Aula Ciclo Da Auditoria 2
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Estrutura
Bem-vindo(a) a esta aula!
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Nesta segunda parte da aula, trabalharemos os três últimos tópicos relacionados ao ciclo de auditoria.
Assim, estudaremos as Etapas de execução, relatório e comentários do gestor,
mas antes trataremos da duração da auditoria e da composição da equipe.
Em seguida, conheceremos as Etapas de apreciação do relatório de auditoria e de divulgação deste.
Finalmente, falaremos do Monitoramento das deliberações propostas pela auditoria, conhecendo o Plano de Ação,
os prazos e procedimentos e a classificação do estágio de implementação das deliberações.
Então vamos começar!
Objetivos
O que você pode conseguir com esta aula?
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ESTUDO DE CASO
“Estudo de caso é um método usado para
conhecer uma situação complexa, baseado
em compreensão abrangente da situação,
obtida a partir de sua ampla descrição e
análise, considerada como um todo e no seu
contexto.” [grifamos] (GAO, 1990, p. 14).
PESQUISA DOCUMENTAL
Abrange o exame de toda espécie de
registros administrativos, inclusive
estatísticas oficiais. Além de material
produzido pela instituição auditada, são
pesquisados relatórios de auditorias
anteriores dos órgãos de controle (interno e
externo), assim como estudos realizados por
outras instituições.
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Dica!
O preenchimento da matriz de achados deve ser
iniciado durante os trabalhos de campo, à medida
que os achados são constatados. Os
esclarecimentos que se fizerem necessários
devem ser colhidos ainda em campo, para evitar
mal-entendidos e eventuais novas solicitações de
informações, com o consequente desperdício de
esforços. Voltaremos a esse assunto na aula que
trata da matriz de achados.
Atenção!
É fundamental que você se atualize
continuamente, pois sempre há novas técnicas de
coleta e análise de dados sendo introduzidas nas
auditorias operacionais.
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Atenção!
Neste material, as etapas da AO estão apresentadas de forma
sequencial, mas, na prática, a equipe de auditoria analisa dados
desde o seu início. A etapa de análise é apresentada aqui como o
momento no qual os dados coletados, conforme previsto no
planejamento, estão disponíveis para serem trabalhados e
tornarem-se evidências.
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4.1 Apreciação
Apreciação do relatório de auditoria
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Como sabemos, o produto final das auditorias operacionais (AO) O relatório final, após ser revisado pela supervisão do trabalho,
é o relatório, que contém propostas de recomendações e será enviado pela unidade técnica ao gabinete do Ministro-
determinações. O relatório visa a contribuir para a Relator e será utilizado como subsídio para a elaboração do
accountability de desempenho e o aperfeiçoamento da gestão relatório e voto do Ministro-Relator, os quais serão, então,
pública. encaminhados ao Plenário, para apreciação.
No TCU/Brasil, por exemplo, a apreciação dos relatórios de Após a apreciação do relatório de AO, são expedidas cópias do
auditoria operacional é uma competência privativa do Plenário. Relatório e Voto do Ministro-relator e da deliberação do
As AO devem ser apreciadas e votadas por todos os ministros do TCU/Brasil para os gestores responsáveis pelo objeto de
Tribunal, diferentemente dos outros processos de fiscalização, auditoria, bem como para as autoridades e organizações
que podem ser apreciados pela 1ª ou 2ª Câmara. indicadas no relatório da equipe.
Você acha que a comunicação formal aos gestores é suficiente para promover a accountability de desempenho e contribuir
para o aperfeiçoamento da gestão pública?
4.2 Divulgação
Divulgando o relatório de auditoria
As instituições de controle podem ter um papel indutor no
desenvolvimento da responsabilização por desempenho e na
melhoria da gestão, por intermédio da produção e divulgação
ampla de avaliações que revelem dados sobre o desempenho
governamental de forma crítica.
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5. Monitoramento
Monitorando
Para refletir...
Recomendações, por si só, são insuficientes para produzir melhorias sugeridas pelas auditorias.
Como verificar se as recomendações estão sendo implementadas? Como avaliar se a implementação das recomendações está
provocando o efeito esperado?
É por meio do instrumento de fiscalização denominado monitoramento que se pode fazer essa verificação. Portanto, esse é o tema
deste tópico.
Vamos conhecer a sistemática de monitoramento das auditorias operacionais, estudando o caso do Tribunal de Contas da União
(TCU/Brasil).
Monitorando
Monitorando
Para o órgão de controle, como ferramenta da gestão da O artigo 243 do Regimento Interno do TCU/Brasil estabelece que
qualidade, o monitoramento permite a identificação de “monitoramento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo
oportunidades de aperfeiçoamento, de aprendizado, e a Tribunal para verificar o cumprimento de suas deliberações e os
qualificação de benefícios atribuíveis à auditoria. resultados delas advindos”.
aperfeiçoar o diagnóstico do
problema, das necessidades da
população-alvo e o estabelecimento
de metas;
adequar a oferta de bens e
serviços a serem disponibilizados ao
público-alvo;
aperfeiçoar os critérios de
alocação orçamentária e os critérios
de seleção de beneficiários;
fortalecer o conhecimento, o
aspecto pedagógico e a
sensibilização da sociedade quanto
ao programa;
adequar a abrangência ou o
acesso da rede de atendimento;
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aperfeiçoar os instrumentos
normativos e procedimentos
operacionais;
pactuar competências e
atribuições entre as instâncias de
supervisão, coordenação e
execução;
aperfeiçoar a sistemática e os
instrumentos de controle
administrativo e operacional;
aperfeiçoar a sistemática e os
instrumentos de prestação de
contas;
aperfeiçoar a sistemática e os
instrumentos de monitoramento e
de avaliação;
apurar impropriedades na
execução do programa ou da ação;
melhorar a capacitação das
equipes gerenciais e executoras;
melhorar a tempestividade e a
qualidade das informações
gerenciais;
aperfeiçoar o apoio técnico às
equipes executoras;
promover a articulação e
integração de ações de diferentes
órgãos e entidades; e
aperfeiçoar a divulgação, às
equipes executoras, de informações
e boas práticas sobre o programa.
Monitorando
O monitoramento da auditoria identifica e documenta o seu impacto e o progresso na implementação das recomendações.
O monitoramento é vital para fornecer informação sobre o resultado das auditorias para a direção do órgão de controle e para o
Poder Legislativo (ISSAI 3000/3.1).
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Plano de ação é um documento, apresentado pelo gestor ao TCU/Brasil, que formaliza as ações que serão tomadas para
atender às deliberações propostas no sentido de corrigir os problemas identificados durante a auditoria.
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Envolve, basicamente, um cronograma em que são definidos responsáveis, atividades e prazos para a implementação das
deliberações.
Em geral, as deliberações do TCU/Brasil, por proposta dos relatórios de Auditoria Operacional (AO), contêm determinação aos
gestores e aos órgãos responsáveis nos termos que serão apresentados a seguir:
9.3. com fulcro no art. 250, inciso II do Regimento Interno do TCU, determinar à Companhia
Nacional de Abastecimento que remeta ao Tribunal, no prazo de 90 dias, plano de ação
contendo o cronograma de adoção das medidas necessárias ao atendimento das
determinações e recomendações deste Tribunal, com o nome dos responsáveis por cada
medida.
Atenção!
A elaboração do plano deverá ser realizada pelos gestores do órgão auditado, contudo, membros da equipe de auditoria podem
acompanhar o processo de construção do plano para que dificuldades e obstáculos sejam devidamente considerados. O resultado
esperado desse esforço é que o plano de ação seja exequível.
Plano de ação
O plano de ação deve incluir um campo para registro dos benefícios previstos após a implementação das deliberações.
Esses benefícios devem ser estimados com os gestores, ainda durante a auditoria, e podem ser:
BENEFÍCIO QUALITATIVO
Caracterizar-se-á como qualitativo o benefício que, mesmo sendo observado, não puder ser medido ou for de inviável medição. As
ações do controle externo, por vezes, implicam apenas impactos não numéricos, mas, nem por isso, menos significativos.
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O relatório do último monitoramento deve conter os resultados efetivamente alcançados, os benefícios causados pela
implementação das recomendações e a forma de mensuração desses benefícios, se possível.
A evolução dos indicadores de desempenho sugeridos pela equipe de auditoria nas datas previstas para apresentação dos
resultados deve ser acompanhada em quadro próprio, separado das demais recomendações.
Veja a seguir alguns modelos de plano de ação adotados no TCU/Brasil e um modelo de avaliação do plano de ação a ser preenchido
pela equipe de auditoria:
Modelo 1
Modelo 2
Modelo 3
Modelo 4
Modelo 1
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Modelo 2
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Modelo 3
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Modelo 4
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REUNIÃO INICIAL
É recomendável a realização de reunião com o gestor logo após
a apreciação do relatório de auditoria, na qual sejam tratados os
seguintes assuntos:
PLANO DE AÇÃO
Determina-se ao gestor que encaminhe o plano de ação após a
comunicação das deliberações ao responsável.
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RELATÓRIO DE MONITORAMENTO
O relatório de monitoramento tem por objetivos:
IMPLEMENTADA/CUMPRIDA
Para ser considerada implementada, deve-se buscar evidências de que atividades e providências decorrentes da deliberação
foram efetivamente incorporadas ao desenho ou à gestão do objeto auditado.
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PARCIALMENTE IMPLEMENTADA/CUMPRIDA
Aplica-se essa categoria quando o gestor considerou concluídas as providências referentes à implementação da deliberação, sem
implementá-la totalmente.
EM IMPLEMENTAÇÃO
Aplica-se essa categoria se há evidências de que existem ações em curso no sentido de solucionar as ocorrências apontadas
durante a auditoria e que deram origem à deliberação proposta.
NÃO APLICÁVEL
A deliberação é considerada não mais aplicável em razão de mudanças nas circunstâncias encontradas pela auditoria, as quais
tornam sua implementação inexequível ou contraindicada.
Essas categorias podem ser apresentadas em quadro-resumo, nas conclusões do relatório de monitoramento, de forma a
mensurar o percentual de implementação das deliberações.
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Exemplo
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INTRODUÇÃO
A introdução é a parte inicial do texto e deve conter os
elementos necessários para situar o tema da fiscalização.
d. método do monitoramento.
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SUBTÍTULO
As análises de implementação das deliberações devem ser
apresentadas dentro de cada capítulo, em subtítulos
apresentados em ordem decrescente de relevância.
O relatório preliminar tem todos os elementos do relatório final, exceto o capítulo de análise dos comentários dos gestores.
Representa a oportunidade de o gestor tomar conhecimento dos achados, das conclusões e das propostas em seu contexto
completo e por escrito (ISSAI 3000/4.5).
A unidade técnica poderá deixar de incluir a proposta de encaminhamento no relatório preliminar, caso seu conhecimento pelos
gestores coloque em risco o alcance dos objetivos da auditoria.
Os gestores devem ser informados sobre o caráter sigiloso do relatório preliminar. O relatório deve conter marca d'água na
diagonal de todas suas páginas com a expressão SIGILOSO.
Quando os auditados fornecerem novas informações ao apresentarem seus comentários, a equipe deverá avaliá-las, segundo os
padrões aplicáveis às evidências, antes de incorporá-las ao relatório (ISSAI 3000/4.5).
Caso as novas informações e argumentos dos auditados sejam importantes para esclarecer pontos do relatório ou sejam
suficientes para alterar o entendimento da equipe, as modificações serão feitas nos capítulos principais do relatório, sem
necessidade de mencioná-las no capítulo de análise dos comentários dos gestores. Nesse caso, deve constar da análise a
informação de que foram feitas alterações no relatório em razão dos comentários dos gestores.
CONCLUSÃO
Esse item conterá o quadro da situação de implementação das
deliberações e o resumo dos principais benefícios identificados.
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PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
O relatório de monitoramento poderá apresentar proposta de encerramento
do processo ou de novas determinações/recomendações, se for o caso.
Atenção!
O relatório de monitoramento apresenta estrutura semelhante à do relatório
de auditoria, no que é pertinente.
Síntese
Síntese
Nesta aula aprendemos sobre cada uma das fases do ciclo das
auditorias operacionais, desde a seleção do objeto a ser
auditado até o monitoramento das deliberações decorrentes
das auditorias realizadas.
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No primeiro vídeo, vimos resumidamente como selecionar os temas da auditoria e como planejá-la.
Aqui, veremos as etapas de execução, análise e relatório preliminar, comentários do gestor, apreciação do relatório,
divulgação e monitoramento das deliberações propostas pela auditoria.
Na execução da auditoria operacional, a equipe irá desenvolver os trabalhos de campo, analisar os dados obtidos e elaborar
a matriz de achados.
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O trabalho de campo consiste na coleta de dados conforme definido no planejamento da auditoria. O tipo de dados a coletar
e suas fontes dependerão da estratégia metodológica e dos critérios estabelecidos.
As estratégias metodológicas mais utilizadas são: estudo de caso, pesquisa documental e pesquisa (survey).
Após a coleta, a equipe inicia a fase de tratamento e análise dos dados, com o uso de ferramentas e técnicas adequadas.
Os achados obtidos no trabalho de campo devem, então, ser registrados na matriz de achados.
A matriz de achados reúne os principais elementos que irão constituir os capítulos principais do relatório da auditoria.
Seguindo o ciclo, a equipe analisa as informações registradas na matriz e elabora um relatório preliminar, que será enviado
ao gestor para que ele apresente seus comentários.
O relatório final é encaminhado para apreciação do colegiado do órgão de controle e, logo depois, para divulgação, com o
objetivo de dar maior transparência ao trabalho do controle e promover o debate público qualificado sobre os resultados
alcançados.
Completando o ciclo de auditoria, realiza-se o monitoramento da implementação das deliberações do órgão de controle e
dos seus resultados.
O relatório de monitoramento deve conter, também, os benefícios causados pela implementação das recomendações e a
forma de mensuração desses benefícios, se possível.
Lembre que, para viabilizar um monitoramento mais eficiente, os gestores do órgão auditado devem elaborar um plano de
ação, que formaliza as ações que serão adotadas para atender às deliberações.
A partir da análise do plano de ação, o gestor será informado sobre a previsão de monitoramento da auditoria.
O relatório de monitoramento apresenta estrutura semelhante à do relatório de auditoria, no que for pertinente.
Cada uma das etapas do ciclo de auditoria contribui para que os esforços de fiscalização sejam direcionados a objetos
relevantes, bem como aumenta o potencial de que esses trabalhos tragam efetivos ganhos para o desempenho da gestão
pública.
Chegamos ao final deste vídeo. Agora, convidamos você a revisar o conteúdo sobre monitoramento. Vamos lá!
Fechamento
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