Direito Civil 5º Semestre Aula 07
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5º Semestre
Contratual
@oluizbino
Classificação dos Contratos
7. Contratos comutativos: são aqueles contratos bilaterais, nos quais a
prestação e contraprestação são paritárias, ou seja, há um equilíbrio
econômico financeiro. A prestação corresponde a contraprestação
oposta, há um relação de custo e benefícios entre as prestações. Um
contrato essencialmente comutativo é o contrato de compra e venda.
As partes conseguem antever relação de custo e benefício.
8. Contratos aleatórios: são aqueles contratos em que as partes
assumem o risco da prestação não ser equivalem a contraprestação, ou
seja, do desequilíbrio entre as prestações. O contrato naturalmente
aleatório é o contrato de seguro.
Podem ser:
a) contrato Emptio spei (art. 458 Código Civil): No contrato Emptio Spei
a parte assume o risco quanto à existência. O valor combinado deverá
ser pago ainda que nada venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras,
tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer
quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que
de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a
existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não
haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Um exemplo dessa contratação é um indivíduo que combina com o
pescador que comprará os peixes que ainda serão pescados. Nota-se
que há o risco de não ser pescado nenhum peixe. Outro exemplo é a
pessoa que compra uma safra futura, o produto de uma plantação que
está ainda por florescer.
9. Contrato principal: é um contrato que tem existência própria, não depende
de nenhum outro para existir. O contrato de compra e venda é um exemplo de
contrato principal.
Art. 824. Código Civil. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança,
exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do
devedor.
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o
caso de mútuo feito a menor.
Atenção: Sendo o negócio jurídico celebrado com contratante menor
sem assistência, tudo será invalidado, consoante prevê o parágrafo
único do art. 824 do CC.
Art. 824. Código Civil. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança,
exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do
devedor.
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o
caso de mútuo feito a menor.
Contrato de Adesão. Interpretação
dos Contratos. Contrato Preliminar
Conceito de contrato de adesão:
Contrato de adesão é o contrato, no qual uma das partes não pode
discutir as cláusulas contratuais. No contrato de adesão há
manifestação de vontade por parte do aderente, no sentido de aderir ao
contrato, o que não há é discussão das cláusulas contratuais.
Conceito de contrato de adesão:
Contrato de adesão é o contrato, no qual uma das partes não pode
discutir as cláusulas contratuais. No contrato de adesão há
manifestação de vontade por parte do aderente, no sentido de aderir ao
contrato, o que não há é discussão das cláusulas contratuais.
O contrato de adesão é regulado pelo Código Civil, com duas regras
importantes:
a) Regra Interpretativa:
Encontra disciplina no art. 423 do CC.
No contrato de adesão, havendo cláusulas ambíguas, contraditórias,
omissas, o juiz deve interpretar em favor do aderente.
Art. 423. Código Civil. Quando houver no contrato de
adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-
se-á adotar a interpretação mais favorável ao
aderente.
a) Regra Interpretativa:
Os contratos gratuitos ou unilaterais em que a parte está fazendo
uma simples liberalidade, a interpretação deve ser sempre literal,
restritiva, conforme previsão do art. 114 do CC.
Enunciado n° 30 CJF
A disposição do parágrafo único do art. 463 do novo Código Civil deve
ser interpretada como fator de eficácia perante terceiros.
Modalidade de contrato preliminar:
1 - Promessa de compra e venda
Por exemplo, o promitente vendedor e o promitente comprador se
comprometem a celebrar no futuro, a compra e venda de uma casa,
em 27 de outubro de 2023. Havendo recusa por qualquer das partes
na formalização do contrato definitivo, a outra parte poderá requer
a adjudicação do bem. A sentença servirá para registrar a casa no
nome do promitente comprador, nos termos dos artigos 1417 e 1418
do CC.
Modalidade de contrato preliminar:
1 - Promessa de compra e venda
Por exemplo, o promitente vendedor e o promitente comprador se
comprometem a celebrar no futuro, a compra e venda de uma casa,
em 27 de outubro de 2023. Havendo recusa por qualquer das partes
na formalização do contrato definitivo, a outra parte poderá requer
a adjudicação do bem. A sentença servirá para registrar a casa no
nome do promitente comprador, nos termos dos artigos 1417 e 1418
do CC.
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se
não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento
público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de
Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à
aquisição do imóvel.
SÚMULA N. 239
O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao
registro do compromisso de compra e venda no cartório de
imóveis.
Na hipótese em que um terceiro de boa fé adquirir o bem e não tendo
sido realizado o registro, o promitente comprador não pode requerer a
adjudicação compulsória do bem que está nas mãos do terceiro de boa
fé, conforme entendimento da súmula 239 do STJ, juntamente com o
enunciado n° 95 do CJF, pois o registro do contrato da promessa de
compra e venda é condição de eficácia perante terceiros. No caso, o
promitente comprador poderá requer o cuprimento judicial da vontade
do promitente vendedor, que este cumpra a promessa de compra e
venda. Então, o juiz supre a vontade do promitente vendedor e como o
objeto não pode ser entregue, converte a obrigação em perdas e
danos. De forma que o promitente vendedor terá que restituir os
valores recebidos pelo promitente comprador, acrescida da indenização
pelos prejuízos causados.
Conclui-se que quando exercido em face do promitente vendedor,
interpartes, não precisa do registro, por sua vez, perante terceiro,
precisa de registro.
Obrigado!
@oluizbino