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BACIAS DE INUNDAÇÃO
Uma bacia é um pedaço de terra plano cercado de diques, exemplo na fig. 4.2. O
método de bacias de inundação é extensivamente usado para a rega do arroz. A água pode
ser mantida na bacia a uma determinada altura para o tempo desejado.
Quanto maior for o declive maior será o custo do nivelamento, o risco de erosão será
também maior na possibilidade da falha do dique. No nivelamento deverá ter-se a cautela de
não expôr o subsolo infértil.
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O tamanho das bacias deverá permitir a inundação do terreno num tempo razoável
para que a aplicação da água necessária seja a um grau de uniformidade aceitável. A
tabela 4.4 mostra os tamanhos recomendados de bacias em diferentes solos e caudais de
inundação.
Tabela 4.4: Tamanho recomendado para bacias e caudal para diferentes solos,
caso de alagamento temporário (não aplicável para a cultura de arroz).
Consiste em fazer fluir a água em pequenos canais dentro da parcela a ser regada.
A água infiltra-se pelo fundo e pelos lados do sulco, sendo que uma parte do solo recebe
a água directamente e o resto humedece-se por infiltração lateral ou ascensão capilar.
O terreno é dividido numa série de sulcos paralelos superficiais, separados por
camalhões, veja exemplos nas figuras 4.4 (a), (b) e (c).
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A rega por sulcos pode ser bem usada para culturas em linhas em todo o tipo de
solos com declive entre 0 e 5%. O comprimento dos sulcos varia entre 25 m em jardins
até cerca de 500 m no campo. Sulcos comumente usados são entre 100 e 200 m. Sulcos
muito longos originam perdas excessivas de água por percolação profunda e erosão do
solo. O espaçamento dos sulcos é basicamente determinado pelo espaçamento das
culturas.
A água é abastecida aos sulcos por canais de terra (o mais comum), flumes de
betão ou metal, sifões ou tubos no solo.
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A rega por aspersão é o método de rega que consiste em espalhar a água sobre a
superfície do terreno a semelhança da chuva através do fraccionamento de jactos de água
em gotas. O jacto de água e o fraccionamento são obtidos pela passagem da água sob
pressão através de pequenos orifícios. Para tal a água é conduzida e aplicada por meio de
equipamentos compreendendo motobombas, tubagem e aspersores.
A regra por aspersão garante uma maior economia da água e uma maior
uniformidade de distribuição de água no terreno.
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0 0 0
1 40 13
2 80 43
3 120 90
4 160 158
5 200 239
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Na rega por sulco é fundamental que a água fique no final do sulco o tempo
suficiente para que infiltre a lâmina real de rega. Tem sido prática comum suspender a
aplicação da água no sulco, no momento em que a frente de avanço atingir o seu final.
Isto vai causar desuniformidade na dotação aplicada ao longo do sulco, com deficiência
de água no final. Deve-se reconhecer que a perda de água por percolação, no início do
sulco, e perda por escoamento superficial no final do sulco, é inerente ao próprio método
de rega por sulcos. O que é importante é dimensionar e manejar os sistemas de rega por
sulco, de modo a minimizar este tipo de perdas. A fig. 5.2 (a) e (b) ilustra a aplicação da
água na rega por sulco.
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ta * qs
d med =
L*W
Onde:
dmed = dotação média por sulco, (mm)
ta = tempo total de aplicação de água por sulco, (h)
qs = caudal aplicado por sulco, (l/h)
L = comprimento do sulco, (m)
w = largura da faixa humedecida - espaçamento entre sulcos para sulcos
próximos, (m).
0,05 300 400 400 400 120 270 400 400 60 90 150 190 12
0,1 340 440 470 500 180 340 440 470 90 120 190 220 6
0,2 370 470 530 620 220 370 470 530 120 190 250 300 3
0,3 400 500 620 800 280 400 500 600 150 220 280 400 2
0,5 400 500 560 750 280 370 470 530 120 190 250 300 1,25
1,0 280 400 500 600 250 300 370 470 90 150 220 250 0,6
1,5 250 340 430 500 220 280 340 400 80 120 190 220 0,4
2,0 220 270 340 400 180 250 300 340 60 90 150 190 0,3
Dotação
(mm) 75 150 225 300 50 100 150 200 50 75 100 125
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