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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PARINTINS


LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

JADE DE JESUS MENDES DOS SANTOS

RESENHA
METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA: FRAGMENTOS POSSÍVEIS

Parintins-AM
2020
JADE DE JESUS MENDES DOS SANTOS

RESENHA
METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA: FRAGMENTOS
POSSÍVEIS

Trabalho apresentado ao curso de


Licenciatura em Matemática, do Centro
de Estudos Superiores de Parintins,
Universidade do Estado do Amazonas –
CESP/UEA, para obtenção de nota
parcial da disciplina de Metodologia e
Prática do Ensino da Matemática, sob a
responsabilidade do Professor Msc.
Maildson Fonseca.
Parintins-AM
2020
COSTA, Lucélida de Fátima Maia da. Metodologia do Ensino de Matemática:
Fragmentos possíveis. 2. Ed. Manaus: BK, Editora, 2020.

Lucélida de Fátima Maia da Costa é doutora em Educação em Ciências e


Matemáticas, sua área de concentração: Educação Matemática, pela Universidade
Federal do Pará (UFPA). Mestra em Educação em Ciências na Amazônia pela
Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Mestra em Estudos Amazônicos pela
Universidade Nacional da Colômbia (UNAL), título revalidado pela Universidade
Federal do Pará (UFPA). Possui especialização em Metodologia e Didática do Ensino
Superior pela Faculdade de Educação de Cacoal. Especialização em Tecnologias
Educacionais pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Licenciada em
Matemática pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atualmente é professora
da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no Centro de Estudos Superiores de
Parintins (CESP), atuando principalmente nos campos de conhecimento de Formação de
Professores e Etnomatemática. Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em
(Educação) Matemática e Tecnologias – COMPLEXUS.

A reforma do Ensino Médio recém-aprovada pelo Senado Nacional que altera a


lei n◦ 9.394, de 20 de dezembro de 1996, provoca mudanças estruturais. A Matemática
permanece como disciplina “obrigatória”, tais mudanças terão reflexo nos diversos
níveis de escolaridade, aproximando-se dos objetivos descritos pela Base Nacional
Comum Curricular (BNCC). É importante saber os objetivos, pois é a mola propulsora
na formação do professor.
O livro aborda questões importantíssimas para futuros e atuais professores que
atuam na área da matemática. Este apresenta ideias, registros, didáticas, metodologias,
contextos e temas que estão voltados para uma didática-pedagógica, que nos permite
essa reflexão relatados por uma professora que conhece esse ambiente e suas
dificuldades muito bem. A mesma, expõe estas problemáticas em 4 pontos do livro que
são fundamentais para esse processo de formação de futuros docentes, mostrando
fragmentos específicos sobre a importância e os objetivos do ensino dessa matemática
na educação básica.

O livro também desconstrói esse estereótipo de que para ser um professor de


matemática, basta apenas saber a matemática, ele tem que se reconhecer como um
professor e não como um matemático, pois não há um professor sem metodologia. E é
nesse primeiro ponto do livro que vemos justamente a abordando dessa reflexiva sobre a
importância dessa matemática no ensino, que primeiramente surge para ajudar na
compreensão de um mundo, agindo e desenvolvendo sobre ele, que ajuda a adquirir
ferramentas cognitivas que se desenvolve desde a infância, como o conhecimento
lógico-matemático, físico e social que auxiliam na realidade diária.

Esses tipos de conhecimentos devem ser incentivados e desenvolvidos em sala,


sempre tomando como base um conhecimento que a criança já tenha pré-adquirido,
formando um ensino matemático contextualizando e ajudando ao aluno o melhor
desenvolvimento de sua comunicação, interpretação e argumentação. Esse
conhecimento matemático é necessário para sua aplicação na sociedade contemporânea,
não apenas deve ser ensinado de maneira axiomática, apenas para aquisição de
informação para serem usadas em resoluções de provas, testes e obtenção de notas para
uma avaliação quantitativa, o saber matemático vai muito além do ensinar em sala de
formas matemáticas, mas sim formar cidades críticos e acima de tudo que saibam a
verdadeira aplicação da matemática em seu cotidiano e na sua vida. É preciso
aproximar a Matemática dos interesses dos alunos e dos aspectos da vida fora da sala de
aula.

O professor deve ter não só em mente, mas praticar e desenvolver as


competências específicas da matemática; 1° reconhecendo que a mesma é uma ciência
humana, que surgiu das necessidades e preocupações de diversas culturais; 2°
desenvolver esse raciocínio lógico, a investigação e a prática em procurei argumentos
consistentes; 3° entender relações entre conceito e procedimentos dos diversos cantos da
matemática; 4° fazer observações dos aspectos quantitativos e qualitativos que estão
presentes nas práticas sociais e culturais; 5° utilizar processos e ferramentas digitais
para ajudar nessa compreensão; 6° enfrentar situações problema em diversos contextos,
incluindo imaginárias; 7° desenvolver discursos com base em princípios éticos e
valorizando a diversidade de opinião de indivíduo ou grupo social, sem algum
preconceito; 8° interagir e trabalhar de forma coletiva no planejamento e busca de
soluções de problemas. Competências essas que devem ser estimuladas nos alunos
durante toda a educação básica, exaltam a necessidade do ensino da matemática ocorrer
de forma cooperativa, de maneira dinâmica, e relacionar a outras áreas do
conhecimento por meio de trabalhos investigativos e resoluções de problemas,
estimulando assim suas habilidades.

No ensino médio as finalidades de ensino se ancora em consolidar e aprofundar


os conhecimentos já adquirido no ensino fundamental; preparar o educando para o
trabalho; adaptando a novas condições e cidadania; ajudar no aprimoramento do
educando como ser humano como formação ética, intelectual e do pensamento crítico; e
a compreensão dos fundamentos científico-tecnológico no ensino de cada disciplina.

O professor de matemática deve sempre está atento a recorrentes transformações


da sociedade, sempre procurando se reinventar, buscar e adquirir novos conhecimentos
científicos e tecnológicos, pois a necessidade de uma busca de uma matemática e
metodologias atuais. Assim como é imprescindível a leitura, análise, reflexão e
discussão do professor em formação sobre os fundamentos, finalidades e objetivos da
BNCC, que completa as orientações e dão direcionamento aos currículos escolares.

É necessário haver essa organização desse ensino para a adequação às


necessidades exigida pela sociedade humana. Promovendo as motivações e condições
para que o aluno aprenda e acima de tudo utilize esse conhecimento matemático
construído em escola em situações de sua vida social, esse ensino não pode acontecer de
maneira isolada, tem que manter um diálogo e conexão entre os conhecimentos
produzidos em diversas áreas.

As tendências da educação matemática surgem no contexto de diversas


discussões, indicações e sugestões sobre a metodologia, sobre as estratégias e matérias
didáticos, ou seja, modos bem sucedidos para se realizar o ensino que surge para buscar
meios de solucionar esses percalços da educação matemática. Entre essas tendências
temos a etnomatemática, que compreende os conhecimentos matemáticos, e sua
utilização num contexto escolar ocorrendo quando o professor conhece os princípios
etnomatemáticos e os assume, permitindo ver formas cotidianas de pensar a matemática
e conduz o aluno a aprender por meio de soluções de problemas que são encontrados no
cotidiano em que a escola está inserida, com problemas reais, econômicos, sociais e
culturais. A etnomatemática busca a preocupação de tentar entender, descrever é
divulgar esse conhecimento matemático, com relação a diversos contextos culturais,
étnicos e grupos sociais. Ela permite mostrar a matemática na sua pluralidade, como um
conjunto de conhecimentos produzidos por culturas e tradições diferentes, a
etnomatemática permite essa compreensão da matemática.

Outro ponto bem relevante no livro é sobre o ensino da matemática para pessoas
com necessidades educativas especiais. É um desafio grande para o educador conseguir
transmitir de maneira adequada os conteúdos de matemática, tendo em sua frente vários
percalços para que isso não aconteça adequadamente e com uma aprendizagem
significativa os desafios são muitos e se apresentam de varias maneiras . Pela legislação
brasileira o aluno com deficiência deve ter acesso ao meio escolar, mas isso não é
garantia de conhecimento, pois muitas as vezes a escola ou o professor não estão
preparados para receber e trabalhar de maneira adequada com esses alunos. Os alunos
surdos sofrem por falta de intérpretes qualificados tanto para o ensino médio e
fundamental , quanto para o superior. Informações muitas vezes se modificam ao passar
pelo mediar até o aluno por conta da perda das suas características iniciais. Deve ter
todo um processo para a inclusão, formação de intérpretes capacitados na área
específica, tecnologias que ajudem na aprendizagem, e principalmente compromisso do
professor, escola, mediador, da turma, da família e do próprio aluno.

Mas pouco a pouco essa realidade vem se é modificando, com criações de


matérias didáticos, tecnologias que facilitam a aprendizagem de um aluno cego por
exemplo. O professor tem por dever encontrar meios acessíveis que ajudem na
aprendizagem para esse aluno com deficiência, utilizando de planejamentos de aula que
englobe a participação de todos, inclusive do aluno com deficiência. Mas a tarefa é de
todos, principalmente, do sistema educacional que tem por dever fornecer as condições
mínimas para que uma aprendizagem significativa aconteça.

No último capítulo se trata da avaliação no ensino da matemática, e essa


avaliação só é válido realmente quando o aluno compreende os conceitos e
significados da Matemática passada. Com isso tornasse cada vez mais necessário ao
professor diversificar seus conhecimentos, inventando e adaptando atividades para a
melhor aprendizagem do aluno. Este processo de avaliação em si servi para construir
possibilidade de aprendizagem, analisar as falhas e buscar suprir essa dificuldade. Nem
sempre notas altas são sinal de que ouve aprendizagem significativa, assim como as
notas baixas não são sinal de o aluno não aprendeu, o professor deve ser um olhar
sensível para esses pontos em sala, saber levar a avaliação não como um plano pra se
obter nota somente, mas para avaliar a qualidade dessa aprendizagem, e para direcionar
novos planejamentos, saber lhe dar com isso, sem humilhar, ou menosprezar alunos que
tiram notas mais baixas nessas avaliações. O professor está ali pra ser esse ponte entre o
aluno é a aprendizagem. Mais importante que o instrumento de avaliação e somarmos
notas para saber se alcançou, é perguntarmos oque faremos com os resultados obtidos,
temos por dever oferecer os mesmas oportunidades de aprendizagens, sabendo lhe dar
com diversas situações, culturais, sociais, étnicas, etc. Entender que na docência
matemática o professor está lá para ensinar e trocar conhecimento, para ter esse olhar
coletivo, mas de maneiras individual de cada aluno presente em sala.

A Matemática deve buscar novos caminhos. Se tornando mais dinâmica e


atraente. É importante que o professor esteja preparado para lidar com as dificuldades
que podem surgir no decorrer do processo de ensino e aprendizagem. Não existe
aprendizagem se não há compreensão, ou seja, para que o aluno realmente aprenda um
determinado conteúdo é necessário que ele compreenda o seu conceito e usos concretos.
E a metodologia do ensino da matemática buscar mostrar todas esses dificuldades que o
professor licenciando ira encontrar em sala, mas ao mesmo tempo que expõe as
dificuldades mostrar as soluções relatando ideias, registros, as didáticas e metodologias.
Por isso, é de suma importância conhecer mais sobre essas teorias, culturas,
diversidades, legislações, pesquisas e experiências para obter essa carga de
conhecimento necessária para ensinar nos mais diversos meios e realidades, assumindo
essa responsabilidade que é ser professor.

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