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A Importância Do Inconsciente Na Prática Psicanalítica

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A Importância do Inconsciente na

Prática Psicanalítica a Partir da


Metapsicologia Freudiana
The Importance of the Unconscious in Psychoanalytic Practice from
Freudian Metapsychology

João Jeronimo Galvão Costa1


Janeide Sampaio2

Resumo

Um dos temas mais importantes da psicanálise é o estudo em torno do


inconsciente. Apesar de não ser um termo cunhado pelo pai da psicanálise,
Sigmund Freud se ocupou em estudar e desenvolver o conceito de
inconsciente trazendo luz e base para todas as teorias que viria a desenvolver
e acima de tudo para a compreensão das neuroses que seriam tratadas em
sua prática psicanalítica e as teorias que fundamentariam o nexo causal em
sua metapsicologia. Este artigo abordará a importância do inconsciente na
prática psicanalítica a partir da metapsicologia freudiana, buscando entender
seus conceitos e desenvolvimento através da história e como assumiu lugar de
importância na psicanálise; bem como sua relação na compreensão do
humano bem como das causas fundantes de suas neuroses. Para tanto
utilizaremos a metodologia de pesquisa de revisão bibliográfica através de
obras literárias e artigos científicos e outras fontes e publicações. Além de
obras físicas e artigos impressos, será utilizada também a base de dados das
plataformas do Google Acadêmico, Cielo, Pepsic, dentre outras. Ao final deste
artigo restará comprovado que o entendimento amplo do conceito de
inconsciente e suas relações com as teorias da psicanálise é essencial à
pratica psicanalítica, para um atendimento clinico bem sucedido.

1
Autor do artigo: Aluno do curso de Psicologia da UNIVERSO
2
Professora da cadeira de Projeto de Pesquisa do curso de Psicologia da UNIVERSO
Palavras-Chave: Inconsciente, Pré-Consciente e Consciente; Neuroses, ID,
EGO, SUPEREGO

Abstract: One of the most important themes of psychoanalysis is the study of


the unconscious. Although not a term coined by the father of psychoanalysis,
Sigmund Freud was concerned with studying and developing the concept of the
unconscious, bringing light and basis to all the theories that he would develop
and above all for the understanding of the neuroses that would be treated in his
psychoanalytical practice and the theories that would underlie the causal nexus
in his metapsychology. This article will discuss the importance of the
unconscious in psychoanalytic practice, trying to understand its concepts and
development through history and how it has assumed a place of importance in
psychoanalysis; as well as their relation in the understanding of the human as
well as the founding causes of their neuroses. For this we will use the
methodology of literature review research through literary works and scientific
articles and other sources and publications. In addition to physical works and
printed articles, will also be used the database of platforms of Google Scholar,
Cielo, Pepsic, among others. At the end of this article it will be proved that the
broad understanding of the concept of the unconscious and its relations with the
theories of psychoanalysis is essential to psychoanalytic practice, for a
successful clinical care.

Keywords: Unconscious, Preconscious and Conscious; Neuroses, ID, EGO,


SUPEREGO

INTRODUÇÂO:

Freud não é o autor do termo inconsciente, porém este termo irá ganhar
importância na prática clínica a partir de seus estudos e teorias acerca do
inconsciente e suas relações com o grande mal estar de sua época (séc XIX).
O grande mal estar nos dias de Freud era o que se conhecia por histeria, e a
partir deste contexto Freud desenvolve sua teoria psicanalítica buscando
entender a origem e causas da histeria, e nesta tarefa ele passará à estudar e
desenvolver um conceito que de um certo modo já circulava na comunidade
médica e científica de sua época, mas que todavia não tinha ainda o sentido
que posteriormente foi atribuído por Freud. A doença mental estava ainda
muito ligada às superstições até o séc XVIII, quando irá se tornar objeto da
investigação científica; todavia os estudos se davam essencialmente no campo
fisiológico. É nesse contexto que a fala de Freud acerca do inconsciente
assume grande importância e será o tema que irá propor-se a explicar a fonte e
causas da histeria e mais tarde será fundamental no desenvolvimento de
outras teorias tanto psicológicas quanto psicanalíticas pós freudianas.

Atualmente existem diversas correntes psicanalíticas, ou ainda


abordagens influenciadas pela psicanálise, porém apesar de haver nuances
que as diferencia, o conceito de inconsciente irá perpassar por todas elas, pois
qualquer teoria que queira se chamar de psicanalítica passará pelo conceito de
inconsciente e nenhuma teoria é psicanálise se não houver o conceito de
inconsciente.

MÉTODO

Este estudo se trata de uma revisão bibliográfica descritiva e exploratória, de


abordagem qualitativa, tendo como base para sua discussão teórica, artigos
científicos e obras clássicas da psicanálise. Foram considerados os critérios de
inclusão: artigos e produções intelectuais publicados sem critérios de data.
Foram excluídos trabalhos que não apresentavam claramente o percurso
metodológico e os que não apresentavam conteúdo relacionado ao tema e ou
contribuíam para o alcance do objetivo desse estudo. O levantamento
bibliográfico foi realizado nas bases de dados: Pepsic, SciELO e Google
Acadêmico. Foram utilizadas as palavras chaves Insconsciente, Pré-
Consciente e Consciente; Neuroses, ID, EGO, SUPEREGO. Após seleção dos
materiais para o referencial, foi realizada leitura e análise minuciosa de cada
estudo, e então foram organizados de forma narrativa descrevendo resultados
deste estudo.
1. FREUD E O INCONSCIENTE

A ideia de inconsciente não é algo novo, e tampouco surgiu com os


trabalhos de Sigmund Freud. Esta é uma ideia que veio se construindo desde a
antiguidade como bem observa Elisabeth Roudinesco (p. 389) quando afirma
que “desde a Antiguidade, a ideia da existência de uma atividade diversa do
funcionamento da consciência sempre foi objeto de múltiplas reflexões.”.

Em seu Vocabulário da Psicanálise, Laplanche e Pontalis (1996)


afirmam que, “se fosse preciso concentrar em uma palavra a descoberta
freudiana, essa palavra seria incontestavelmente a de inconsciente.”. Para
eles o inconsciente freudiano é, em primeiro lugar, indissoluvelmente uma
noção tópica e dinâmica que brotou da experiência do tratamento. (Laplanche e
Pontalis, p. 235).
De acordo com Elisabeth Roudinesco, misturando as tradições da
filosofia alemã e da psiquiatria dinâmica, Freud inventou uma concepção
inédita do inconsciente, e para começar efetuou uma síntese do ensino de
Jean Martin Charcot, Hippolyte Bernheim e Joseph Breuer que o conduziu à
psicanálise e num segundo momento, forneceu um arcabouço teórico ao
funcionamento do inconsciente, a partir da interpretação do sonho.
(ROUDINESCO, 1997).
Porém a grande questão a ser respondida aqui é; o que é o inconsciente
na concepção de Freud e qual a sua importância à prática psicanalítica; a para
tanto não iremos nos conter na gênese do desenvolvimento do conceito em
Freud, mas já ao seu entendimento da importância do inconsciente na prática
psicanalítica.
É em sua obra, A Interpretação dos Sonhos que Freud estabelece de
uma vez por todas o conceito de inconsciente. Em nota, o editor da tradução
inglesa da obra de Freud que trata do inconsciente deixa claro que Freud não
tinha uma intenção filosófica ao desenvolver o conceito de inconsciente, mas
sua intenção era prática (p.96)3. Freud acreditava que sem considerar a
possibilidade do inconsciente não era possível explicar ou descrever os
fenômenos com os quais se defrontava em sua prática psicanalítica.

3
FREUD, S. (1914-1916). Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud.
v. 12. Rio de Janeiro: Imago, 1990, p. 96.
Na publicação da Afasia, tratando do caso de Frau Emmy von N. no
rodapé de sua anamnese Freud usa pela primeira vez o termo “inconsciente”
(Edição Standard Brasileira, Vol. II, pág. 120, IMAGO Editora, 1974). Em O
Inconsciente (1915) Freud busca relacionar o inconsciente com o processo de
repressão.

Aprendemos com a psicanálise que a essência do processo de


repressão não está em pôr fim, em destruir a idéia que representa um
instinto, mas em evitar que se torne consciente. Quando isso
acontece, dizemos que a ideia se encontra num estado „inconsciente‟,
e podemos apresentar boas provas para mostrar que, inclusive
quando inconsciente, ela pode produzir efeitos, incluindo até mesmo
alguns que finalmente atingem a consciência. Tudo que é reprimido
deve permanecer inconsciente; mas, logo de início, declaremos que o
reprimido não abrange tudo que é inconsciente. O alcance do
inconsciente é mais amplo: o reprimido não é apenas uma parte do
inconsciente. (FREUD, 1915, p.98).

Para Freud só é possível chegar ao conhecimento do inconsciente como


algo consciente depois que ele sofrer transformação ou tradução para algo
consciente, e para que isto aconteça a pessoa deve superar as barreiras da
resistência que transformam o material ou conteúdos em algo reprimido,
rejeitando-o do consciente (FREUD, 1915). Buscando justificar o seu conceito
de inconsciente, Freud vai afirmar que sua suposição da existência de um
inconsciente é necessária e legítima, e que haveria numerosas provas de sua
existência.

Ela é necessária porque os dados da consciência apresentam um


número muito grande de lacunas; tanto nas pessoas sadias como nas
doentes ocorrem com frequência atos psíquicos que só podem ser
explicados pela pressuposição de outros atos, para os quais, não
obstante, a consciência não oferece qualquer prova... Assim sendo,
devemos adotar a posição segundo a qual o fato de exigir que tudo
quanto acontece na mente deve também ser conhecido pela
consciência, significa fazer uma reivindicação insustentável...
Incidentalmente, mesmo antes da época da psicanálise, as
experiências com a hipnose, especialmente a sugestão pós-hipnótica,
já tinham demonstrado tangivelmente a existência e o modo de
operação do inconsciente mental.
A suposição de um inconsciente é, além disso, uma suposição
perfeitamente legítima, visto que ao postulá-la não nos estamos
afastando um só passo de nosso habitual e geralmente aceito modo
de pensar. A consciência torna cada um de nós cônscio apenas de
seus próprios estados mentais; que também outras pessoas possuam
uma consciência é uma dedução que inferimos por analogia de suas
declarações e ações observáveis, a fim de que sua conduta fique
inteligível para nós... (FREUD, 1915, p.102)
Com isso Freud afirma que:

Na psicanálise, não temos outra opção senão afirmar que os


processos mentais são inconscientes em si mesmos, e assemelhar a
percepção deles por meio da consciência à percepção do mundo
externo por meio dos órgãos sensoriais. (opcit. p.102 ).

Assim Freud conclui que o que está provado em nós não é a existência
de uma segunda consciência, mas a existência de atos psíquicos que carecem
de consciência.
A partir desta compreensão Freud vai desenvolver sua primeira tópica
do aparelho psíquico, também conhecida como teoria topográfica, onde para
ele existem três sistemas no aparelho psíquico que se comunicam entre si,
sendo estes o inconsciente, pré consciente e consciente. Para explicar este
aparelho psíquico Freud vai dizer que em geral um ato psíquico passa por duas
fases quanto ao seu estado, e que este ato passa por uma espécie de censura
onde na primeira fase o ato psíquico é inconsciente e pertence ao sistema
inconsciente, se no teste for rejeitado pela censura, este ato permanecerá no
inconsciente, diz-se então que foi reprimido, devendo permanecer inconsciente.
Se passar pela censura este ato passará a pertencer ao segundo sistema que
é o consciente. Este segundo sistema que Freud chamou de consciente, é o
que ele vai denominar depois de pré consciente, pois aqui ele afirma que nesse
estágio, o ato psíquico passou para o consciente mas não se tornou
consciente, segundo suas próprias palavras, “...o fato de pertencer à este
sistema ainda não determina de modo inequívoco a sua relação com a
consciência. Ainda não é consciente, embora, certamente seja capaz de se
tornar consciente.” (Freud. 1915, p.103).
Aqui Freud entende que ainda pode haver certa censura e por isso irá
denominar esta instancia de pré consciente, entendendo que esta participa do
sistema consciente que seria a instancia topográfica onde os conteúdos já são
manifestos e estão presentes na consciência do indivíduo.
Em sua discussão sobre os vários significados de inconsciente Freud
(1915) após longa discussão e reflexão vai determinar o aspecto topográfico da
existência deste sistema no aparelho psíquico, como se diz, mais tarde, nas
palavras de Garcia-Roza (1996) “o inconsciente é um lugar psíquico” (p.177).
E então Freud vai concluir que o atributo de ser inconsciente é apenas um dos
aspectos do elemento psíquico e que o inconsciente abrange pelo menos dois
processos:

1. Atos que são meramente latentes, temporariamente


inconscientes que não diferenciam dos atos conscientes.
2. Processos de repressão onde se os atos reprimidos se
tornarem conscientes sairiam num contraste grosseiro em relação
aos processos conscientes. (Freud 1915, p.103,104).

Para discutir os processos de repressão Freud irá concentrar suas


análises na topografia e dinâmica da repressão sustentando suas ideias acerca
do inconsciente na formulação desta primeira tópica do aparelho psíquico, e
para tanto irá fazer uma descrição metapsicológica do processo de repressão
naquilo que ele denominou de neuroses de transferência. Antes, contudo,
expliquemos um pouco o que é a metapsicologia freudiana. De acordo com
Joviane Moura:

A metapsicologia freudiana traz os princípios, os modelos teóricos e


os conceitos fundamentais da clínica psicanalítica. É um método de
abordagem de acordo com o qual todo processo mental é
considerado em relação com três
coordenadas: dinâmica, topográfica e econômica.4

Moura esclarece ainda que; em seus aportes teóricos Freud foi levado a
elaborar um modelo de funcionamento mental. Desde cedo ele forjou o termo
metapsicologia mental para designar os aspetos teóricos da Psicanálise. Essa
metapsicologia busca dar conta dos fatos psíquicos em seu conjunto,
principalmente de sua vertente inconsciente. A metapsicologia freudiana traz
os princípios, os modelos teóricos e os conceitos fundamentais da clínica
psicanalítica.(opcit).
Retomando então aqui os estudos de Freud em sua metapsicologia para
descrever os processos de repressão nas neuroses de transferência no que ele
chamou de as três neuroses que eram familiares em sua época, as quais ele
descreve como:

4
MOURA, Joviane. Metapsicologia freudiana. Psicologado. Edição 09/2008. Disponível em
<https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/metapsicologia-freudiana>.
1. Histeria de ansiedade – consiste no surgimento da ansiedade sem
que o indivíduo saiba o que teme.
2. Histeria de conversão – o sintoma se converte para o corpo. Nas
palavras de Freud (1915); “Na histeria de conversão, a catexia
instintual da ideia reprimida converte-se na inervação do sintoma.”
3. Neurose obsessiva - organizado como uma formação de reação,
provoca a primeira repressão, constituindo depois o ponto no qual a
ideia reprimida irrompe.

Para Freud o sistema inconsciente tem características específicas que


em resumo ao que ele escreveu a respeito de tais características podemos
dizer que seu entendimento é que o núcleo do inconsciente consiste em
impulsos carregados de desejos. A censura atua no inconsciente por isso não
há lugar para dúvida ou certeza no inconsciente, a negação é um substituto da
repressão. No inconsciente só existem conteúdos catexizados com mais ou
menos força. Freud ainda destaca que existem processos psíquicos primários e
secundários e o inconsciente está relacionado aos processos primários e o pré
consciente aos processos secundários.; isso para fazer relação ao que ele
chamou de condensação e deslocamento quanto a mobilidade das catexias.
Outra característica ressaltada por Freud quanto ao inconsciente é que seus
processos são intemporais e não são ordenados temporalmente e não se
alteram com a passagem do tempo. A referência ao tempo é trabalho do
consciente segundo o pai da psicanálise. O inconsciente substitui a realidade
externa pela psíquica e seus processos se tornam cognoscíveis por nós sob a
condição de sonhos e neurose. (Freud 1915, p.111-113).
Sendo assim Freud vai destacar a importância do inconsciente na prática
psicanalítica quando em suas palavras afirma que “Não obstante, o tratamento
psicanalítico se baseia numa influência do Ics. a partir da direção do Cs., e pelo
menos demonstra que, embora se trate de uma tarefa laboriosa, não é
impossível.” (opcit, p.116).
2. A SEGUNDA TÓPICA DE FREUD – A TEORIA ESTRUTURAL E SUA
RELAÇÃO COM O INCOSNCIENTE

Freud enquanto um estudioso e psicanalista clínico, não cessava de


evoluir em suas pesquisas e descobertas a respeito do aparelho psíquico, e
após desenvolver a teoria topográfica do aparelho psíquico, ele vai
compreender que este aparelho não funciona apenas a partir de lugares
específicos, mas que também existe uma estrutura. Em seu entendimento;

“A divisão do psíquico em o que é consciente e o que é inconsciente


constitui a premissa fundamental da psicanálise, e somente ela torna
possível a esta compreender os processos patológicos da vida
mental, que são tão comuns quanto importantes, e encontrar lugar
para eles na estrutura da ciência. (FREUD, 1923, p.9).

E na medida em que ele aprofunda e amadurece suas pesquisas e


prática clinica, algumas revisões teóricas se impõem, então após conceber a
primeira tópica, teoria topográfica do aparelho psíquico, Freud aperfeiçoou o
conceito de inconsciente, e formula então a segunda tópica também conhecida
como teoria ou modelo estrutural ao perceber que um instinto se opõe a outro e
que proibições sociais bloqueavam pulsões biológicas e as maneiras de lidar
com determinadas situações. Freud então tenta ordenar este caos aparente
propondo agora três componentes básicos para a estrutura da psique, que
seriam o ID, o EGO e o SUPEREGO.
A teoria estrutural foi desenvolvida por Freud durante a década de 1920,
porém suas raízes se encontram já em escritos anteriores. Como esclarece a
Associação Campinense de Psicanálise, que em 1914, com “Introdução ao
Narcisismo”, tem início uma mudança conceitual pela postulação do ego como
objeto de amor, objeto de investimento sexual. O ego será definido como o
reservatório da libido, ponto de onde flui e para onde retorna a energia sexual.
Em 1923, com “O Id e o Ego”, será a vez de uma revisão no modo de
abordagem do aparelho psíquico, agora descrito em termos tópicos: id, ego e
superego. Esta segunda tópica será o epicentro da revisão conceitual da
psicanálise, tornando-se posteriormente a base de apoio e de discórdia das
escolas pós-freudianas.5

Então de acordo com a teoria estrutural freudiana, o ID é a estrutura da


personalidade original, básica e mais central exposta tanto ás exigências
somáticas do corpo como aos efeitos do EGO e SUPEREGO. É o reservatório
de energia de toda a personalidade. A Dra. Andréa Pereira de Lima da
Universidade Federal de Uberlândia-MG, em seu artigo vai conceituar, de
forma ampla e abrangente, o que segundo Freud, o que vem a ser o ID em sua
teoria estrutural e sua relação com o inconsciente:

O id foi concebido como um conjunto de conteúdos de natureza


pulsional e de ordem inconsciente, constituindo o polo psicobiológico
da personalidade. É considerado a reserva inconsciente dos desejos
e impulsos de origem genética, voltados para a preservação e
propagação da vida. Contém tudo o que é herdado, que se acha
presente no nascimento, acima de tudo os elementos instintivos que
se originam da organização somática. Do ponto de vista "topográfico",
o inconsciente, como instância psíquica, virtualmente coincide com o
id. Portanto, os conteúdos do id, expressão psíquica das pulsões, são
inconscientes, por um lado hereditários e inatos e, por outro lado,
adquiridos e recalcados. Do ponto de vista "econômico", o id é, para
Freud, a fonte e o reservatório de toda a energia psíquica do
indivíduo, que anima a operação dos outros dois sistemas (ego e
superego). Do ponto de vista "dinâmico", o id interage com as funções
do ego e com os objetos, tanto os da realidade exterior como aqueles
que, introjetados, habitam o superego. Do ponto de vista "funcional",
o id é regido pelo princípio do prazer, ou seja, procura a resposta
direta e imediata a um estímulo instintivo, sem considerar as
circunstâncias da realidade. Assim, o id tem a função de descarregar
as tensões biológicas, regido pelo "princípio do prazer". (LIMA,
2010)

Quanto ao EGO, Freud (1923, p.11) vai dizer que é a organização


coerente de processos mentais e que ele é a instância mental que supervisiona
todos os seus próprios processos constituintes e que vai dormir à noite, embora
ainda exerça censura sobre os sonhos. Dele (do EGO) procedem as
repressões, onde, para Freud, o reprimido é protótipo do inconsciente. (opcit.
p10). Porém Freud vai destacar ainda que o inconsciente não coincide com o
reprimido, e tudo o que é reprimido é inconsciente, mas nem tudo o que é
inconsciente é reprimido.(ibidem. p12).

5
http://www.acpsicanalise.org.br/
Assim podemos concluir que o EGO seria a parte do aparelho psíquico
que está em contato com a realidade externa. Nas Palavras do pai da
psicanálise, “o EGO é aquela parte do ID que foi modificada pela influência
direta do mundo externo, por intermédio do Pcpt-Cs6, em certo sentido é uma
extensão da diferenciação de superfície.” (Freud 1923, p.16). De acordo com a
Dra. Joviane Moura:

O EGO é o polo defensivo do psiquismo, É um mediador. Por um


lado pode ser considerado como uma diferenciação progressiva do
id, que leva a um continuo aumento do controle sobre o resto do
aparelho psíquico. Por outro ponto de vista, o ego se forma na
seqüência de identificações a objetos externos, que são
incorporados ao ego. O ego tem raízes no inconsciente, como é o
caso dos mecanismos de defesa, que são funções do ego, assim
como o desenvolvimento da angústia. A função do ego é mediadora,
integradora e harmonizadora entre as pulsões do id, as exigências e
ameaças do superego e as demandas da realidade exterior. (Moura
2010).7

Moura (2010) afirma ainda que O ego tem raízes no inconsciente, como
é o caso dos mecanismos de defesa, que são funções do ego, assim como o

desenvolvimento da angústia .8

Já o SUPEREGO, também chamado por Freud (1923, p.18) de “Ideal


do ego”, desenvolve-se a partir do ego e atua como um juiz ou censor. Seria o
componente moral do aparelho psíquico, um depósito dos códigos morais e
modelos de conduta, é a instância que abriga os valores internos que regem o
indivíduo. Freud então vai dizer que:

“O superego, contudo, não é simplesmente um resíduo das primitivas


escolhas objetais do id; ele também representa uma formação reativa
enérgica contra essas escolhas... Esse aspecto duplo do ideal do ego
deriva do fato de que o ideal do ego tem a missão de reprimir o
complexo de Édipo; em verdade, é a esse evento revolucionário que
ele deve a sua existência... O ideal do ego, portanto, é o herdeiro do
complexo de Édipo, e, assim, constitui também a expressão dos mais
poderosos impulsos e das mais importantes vicissitudes libidinais do
id.” (ibidem, p.21, 22)

6
Na metapsicologia freudiana do período da primeira topografia, o "Sistema de Percepção-Consciência"
designa o sistema localizado na periferia do aparelho psíquico. Sua função é a consciência, e está ligado
ao sistema pré-consciente. A sigla Pcpt-Cs está relacionada ao sistema perceptivo consciente de acordo
com as teorias de Freud.
7
MOURA, Joviane. Psiquismo: Segunda Tópica. Psicologado. Edição 08/2010.
8
ibid
Aqui cabe mais uma vez trazer a visão ampliada e abrangente desta
parte da teoria freudiana resumida pela Dra. Andréa Pereira de Lima no que
ela chamou de “o superego segundo Freud”:

O superego desenvolve-se a partir do ego, em um período que Freud


designa como período de latência, situado entre a infância e o início
da adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral
e social. O superego atua como um juiz ou um censor relativamente
ao ego. Freud vê na consciência moral, na auto-observação, na
formação de ideais, funções do superego. Classicamente, o superego
constitui-se por interiorização das exigências e das interdições
parentais. Num primeiro momento, o superego é representado pela
autoridade parental que molda o desenvolvimento infantil, alternando
as provas de amor com as punições, geradoras de angústia. Num
segundo tempo, quando a criança renuncia à satisfação edipiana, as
proibições externas são internalizadas. Esse é o momento em que o
superego vem substituir a instância parental por intermédio de uma
identificação da criança com os pais. Freud salientou que o superego
não se constrói segundo o modelo dos pais, mas segundo o que é
constituído pelo superego deles. O superego estabelece a censura
dos impulsos que a sociedade e a cultura proíbem ao id, impedindo o
indivíduo de satisfazer plenamente seus instintos e desejos. É o
órgão psíquico da repressão, particularmente a repressão sexual.
(LIMA, 2010).

Com isso podemos concluir que para Freud, o SUPEREGO em sua


relação com o ID relaciona-se com os conteúdos inconscientes, uma vez que
esta é a relação do ID, funcionando como uma barreira que irá controlar os
impulsos do ID; ou seja, podemos dizer que no aparelho psíquico estas
instancias se correlacionam e que Freud mesmo construindo esta segunda
tópica não vai se desvencilhar do conceito de inconsciente, mas compreende o
inconsciente na relação desta nova estrutura do aparelho psíquico. O id refere-
se ao inconsciente, mas o ego e o superego têm, também, aspectos ou “partes”
inconscientes. (BOCK, 1999, p.101)

3. APLICAÇÃO DO CONCEITO DE INCONSCIENTE NA PRÁTICA


PSICANALÍTICA A PARTIR DA METAPSICOLOGIA FREUDIANA

Para uma maior compreensão vamos retomar aqui falas que esclarecem
a compreensão da metapsicologia freudiana. Aqui vale ressaltar novamente e
de forma mais completa a fala de Freud que entendia que o conceito de
inconsciente percorre todo o entendimento e prática da psicanálise:
A divisão do psíquico em o que é consciente e o que é inconsciente
constitui a premissa fundamental da psicanálise, e somente ela torna
possível a esta compreender os processos patológicos da vida
mental, que são tão comuns quanto importantes, e encontrar lugar
para eles na estrutura da ciência. Para dizê-lo mais uma vez, de
modo diferente: a psicanálise não pode situar a essência do psíquico
na consciência, mas é obrigada a encarar esta como uma qualidade
do psíquico, que pode achar-se presente em acréscimo a outras
qualidades, ou estar ausente. (Freud, 1923, p.9)

Com isso em princípio vale retomar aqui também a fala do Dr. Rogério
Henrique da Sociedade Brasileira de Psicanálise Clinica para a compreensão
do que venha a ser a metapsicologia freudiana:

A metapsicologia é a base da teoria freudiana onde estão baseados


todos os conceitos da psicanálise. A metapsicologia é a análise da
relação metodológica com o objeto de desejo ou de necessidade; é
um mecanismo de comunicação com o objeto desejado.9

Sendo assim faz-se necessário uma compreensão um pouco mais


ampla da metapsicologia freudiana e suas relações com o conceito de
inconsciente.
Zimerman (2008) observa que o edifício psicanalítico construído por
Freud pode ser esquematicamente desdobrado em cinco áreas específicas
sendo elas; 1. Histórias Clínicas, 2. Metapsicologia, 3. Teoria, 4. Técnica e 5.
Psicanálise Aplicada.
Segundo Roudinesco (1998, p. 525), numa carta endereçada ao médico
alemão Wilhelm Fliess, em 10 de março de 1898 quando falava sobre o
trabalho em andamento de a interpretação dos sonhos, Freud começa a dar os
primeiros passos para formulação do conceito de sua metapsicologia e então
escreve:
Parece-me que a explicação através da realização de um desejo
fornece uma solução psicológica, mas não uma solução biológica, e
sim metapsicológica... Aliás, é preciso que me digas seriamente se
posso dar à minha psicologia, que desemboca no pano de fundo do
consciente, o nome de metapsicologia. (apud FISCHER, 1986).

9
Conteúdo retirado de suas aulas em plataforma online restritas a alunos do curso de Psicanálise
Clínica.
Porém foi numa, endereçada a Fliess, carta datada de 13 de fevereiro de
1896 que Freud utiliza pela primeira vez o termo metapsicologia sem se
preocupar de inicio em dar explicações: “A psicologia - ou melhor, a
metapsicologia – preocupa-me ininterruptamente.” (ibidem).
A leitura do psiquismo assim esboçada nas diferentes tópicas freudianas
exigiu a constituição de um discurso teórico outro, que não seria nem o da
psicologia clássica, nem o da neuropatologia. Para esse discurso Freud forjou
o nome de metapsicologia. Esta se caracterizaria pela utilização de três
códigos de descrição dos fenômenos mentais, que seriam complementares: o
tópico, o dinâmico e o econômico.(BIRMAN, 2003, P.43). Nas palavras do pai
da psicanálise estes processos psíquicos são a sua metapsicologia, e sendo
assim Freud (1915) vai dizer as seguintes palavras:

Proponho que, quando tivermos conseguindo descrever um processo


psíquico em seus aspectos dinâmico, topográfico e econômico,
passemos a nos referir a isso como uma apresentação
metapsicológica. (opcit. p.108).

Joviane Moura (2008), observa que Freud constrói sua metapsicologia a


partir de reflexões como “Sobre o Narcisismo” (1914), “As Pulsões e suas
Vicissitudes” (1915), “Repressão” (1915), “O Inconsciente” (1915), “Luto e
Melancolia” (1917), e com isso queria construir um método de abordagem de
acordo com o qual todo processo mental é considerado em relação com três
coordenadas, as quais descreveu como dinâmica, topográfica e econômica,
respectivamente.
Sendo assim Moura (2008) conceitua um destes três códigos ou pontos
de vista de descrição dos fenômenos mentais a partir da visão freudiana
afirmando que o ponto de vista Dinâmico explica os fenômenos mentais como
sendo o resultado da interação e de contra-ação de forças mais ou menos
antagônicas. A explicação dinâmica examina não só os fenômenos, mais
também as forças que produzem os fenômenos. Estas forças seriam as
pulsões que conforme a teoria freudiana seria a carga energética que se
encontra na origem da atividade motora do organismo e do funcionamento
psíquico inconsciente do homem (ROUDINESCO,1997). Ou seja, o
representante psíquico dos estímulos somáticos (MOURA, 2008). Zimerman
(1999, apud MOURA, 2008) define pulsão como necessidades biológicas,
com representações psicológicas que urgem em ser descarregadas. Já Bock
(2001) resume o conceito de pulsão freudiano abrangendo as subdivisões das
pulsões tal como Freud compreendia;

A pulsão refere-se a um estado de tensão que busca, através de um


objeto, a supressão deste estado. Eros é a pulsão de vida e abrange
as pulsões sexuais e as de auto conservação. Tanatos é a pulsão de
morte, pode ser autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se
manifestar como pulsão agressiva ou destrutiva. (BOCK, 2001, p.99).

Quanto ao ponto de vista topográfico Birman (2003) explicando a teoria


freudiana vai dizer que para Freud qualquer experiência psíquica exigiria uma
leitura que definisse em que lugares psíquicos estaria acontecendo, antes de
mais nada; e como as representações seriam sempre investidas e quais as
intensidades em pauta seria a dimensão econômica da metapsicologia
freudiana.
Sendo assim é possível compreender que o ponto de vista topográfico
da metapsicologia freudiana tem relação direta com sua primeira tópica onde
formulou o conceito de inconsciente.
Enfim, “Uma descrição metapsicológica do psiquismo seria aquela que
sempre se orientasse, por esta tripla exigência teórica.” Birman (2003, p.43).
Ana Bock resume de forma explicativa e prática estas três dimensões da
metapsicologia freudiana nas seguintes palavras:

O funcionamento psíquico é concebido a partir de três pontos de


vista: o econômico (existe uma quantidade de energia que “alimenta”
os processos psíquicos), o tópico (o aparelho psíquico é constituído
de um número de sistemas que são diferenciados quanto a sua
natureza e modo de funcionamento, o que permite considerá-lo como
“lugar” psíquico) e o dinâmico (no interior do psiquismo existem
forças que entram em conflito e estão, permanentemente, ativas. A
origem dessas forças é a pulsão). Compreender os processos e
fenômenos psíquicos é considerar os três pontos de vista
simultaneamente. (BOCK, 2001, p.99).

Nilson G. V. Filho da Universidade Federal do Amazonas em seu artigo


intitulado; “Inconsciente e Cotidiano na Prática da Atenção Psicossocial em
Saúde Mental”, analisa as concepções sobre o inconsciente ligadas ao
cotidiano da prática terapêutica de rede como contribuição à clinica em saúde
mental a partir do conceito freudiano de inconsciente, e para tanto realiza uma
pesquisa em um CAPS10 da cidade de São Paulo e conclui que nesta prática
surge três conceitos de inconsciente; o inconsciente como inconsciência (estar
fora de si), o inconsciente como desconhecimento e o inconsciente como
método de escuta do sujeito e das relações na instituição.
Em conclusão à esta pesquisa em seu artigo Filho observa que a prática
clínica em redes sociais de atenção à saúde mental deve considerar o conceito
de inconsciente.

Estimular o desenvolvimento da clínica em saúde mental e em rede


social na atenção psicossocial é também promover ocasiões e
atividades na instituição que possibilitem a compreensão da
dimensão humana do inconsciente, principalmente por intermédio da
dimensão do laço com o outro nas redes sociais. (FILHO, 2010, P.54)

Ele ainda conclui que;

Leituras do inconsciente podem emergir, por exemplo, a partir do


desconhecimento, do não-dito, do incompreensível, em relação à
subjetividade de quem sofre, de quem adoece, de quem se encontra
em situação de crise existencial e assim por adiante. (ibidem).

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A importância do inconsciente na prática psicanalítica a partir da


metapsicologia freudiana comprova prioritariamente a importância de se
conhecer o conceito de inconsciente. Neste artigo nos limitamos ao
entendimento do conceito de inconsciente dentro da perspectiva freudiana,
uma vez que consideramos que qualquer que seja a corrente psicanalítica, esta
passará pelo conceito de inconsciente e necessariamente passará pelo pai da
psicanálise Sigmund Freud. Discutir os diversos conceitos de inconsciente nas
mais variadas correntes psicanalíticas tornaria este trabalho extenso e de
leitura exaustiva o que não seria o propósito aqui. Uma compreensão do
conceito de inconsciente a partir da metapsicologia freudiana é o ponto de
partida para o fazer psicanalítico e sua prática clínica.

10
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial. Os CAPS, surgiram como uma política pública para a atenção
de pessoas com transtornos mentais. São instituições que vieram a substituir os hospitais psiquiátricos e
manicômios e seus métodos promovendo uma atenção mais ampla e interdisciplinar.
O inconsciente é a base de toda a constituição, o arcabouço da
psicanálise, por isso Freud vai procurar explicar o sujeito a partir da perspectiva
psíquica buscando fazer uma relação entre o psíquico e o orgânico. Nos dias
de Freud a compreensão era de que toda a doença tem origem no corpo, e era
assim que seu tempo compreendia a histeria que era o grande mal da época.
Então sua psicanálise vai dizer que a origem está na questão psíquica, e vai
dizer que todo o homem tem um aparelho psíquico.
A partir da prática clínica Freud vai dizer que existe um aparelho
psíquico que tem relação com o organismo e que é possível explicar o sujeito e
tratar o mal estar (histeria) a partir de sua origem que está no psiquismo
humano e se reflete no corpo físico. Freud vai concluir que o nosso organismo
funciona a partir de um aparelho psíquico e constrói suas teorias topográfica e
estrutural para compreender esse aparelho psíquico e suas relações com o
sujeito e nesse cenário o inconsciente é peça fundamental para a compreensão
de toda a sua metapsicologia.
Ana Bock (2001) observa que;

No processo terapêutico e de postulação teórica, Freud, inicialmente,


entendia que todas as cenas relatadas pelos pacientes tinham de fato
ocorrido. Posteriormente, descobriu que poderiam ter sido
imaginadas, mas com a mesma força e consequências de uma
situação real. Aquilo que, para o indivíduo, assume valor de realidade
é a realidade psíquica. E é isso o que importa, mesmo que não
corresponda à realidade objetiva. (BOCK, 2001, p.98).

Com isto somos levados à entender que na prática clinica a realidade


psíquica, representada no aparelho psíquico deve assumir importância para o
psicanalista e este deverá devotar a sua atenção à esta realidade que se revela
no sujeito e que tem relação direta com sua estrutura psíquica, e que ainda a
metapsicologia freudiana considera o conceito de inconsciente em todo o fazer
psicanalítico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BOCK, A. M. et al. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São


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Psicossocial em Saúde Mental Disponível em
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completas de Sigmund Freud. v. 14. Rio de Janeiro: Imago, 1990.

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<http://www.scielo.br/pdf/agora/v7n2/v7n2a04.pdf> acesso em 30 Jul 2019.

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Roudinesco, Michel Plon; Tradução Vera Ribeiro, Lucy Magalhães; Supervisão
da edição brasileira Marco Antônio Coutinho Jorge; Rio de Janeiro; Jorge Zahar
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Editora Cultrix, 1996.

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