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Energia e Transformacao Quimica 24.2

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Cap.

6
Energia e Transformação Química

Brady & Senese, 5th Ed.


Tópicos do Capítulo
6.1 Um objeto possui energia se é capaz de realizar trabalho.
6.2 Energia Interna é o total de energia das moléculas
6.3 Calor pode ser determinado por medidas de variação de
temperatura
6.4 Energia é absorvida ou liberada durante a maioria das
reações químicas
6.5 Calores de reação são medidos a volume constante ou a
pressão constante
6.6 Equações termoquímicas são reações químicas que
incluem quantitativamente o calor
6.7 Equações termoquímicas podem ser combinadas porque a
entalpia é uma função de estado.
6.8 Calores-padrão de reação podem ser usados pra prever o
calor de qualquer reação usando a Lei de Hess
Contexto
• Energia – vemos frequentemente : custo da energia, fontes de
energia, etc.
• Energia não é como a matéria mas é algo que a matéria pode
possuir. Algo que permite que objetos se movam.
• Quase todas as transformações químicas e física são
acompanhadas de variação de energia: evaporação,
condensação, combustão, nosso metabolismo.
• Termoquímica – estuda a energia liberada ou absorvida em uma
transformação.
• Importância: proporciona uma associação entre medidas
práticas (temperatura) com eventos moleculares como quebra
ou formação de ligações.
• Termodinâmica – estuda a transferência e transformação da
energia
Energia é a capacidade de realizar trabalho

• Energia é algo que um objeto tem se for capaz de


realizar trabalho, Ex.: automóvel ou transferir calor.
• Tipos: cinética e potencial
▪ cinética: energia que um objeto possui quando está em
movimento.
▪ potencial: energia que um objeto possui e que pode ser
transformada em cinética (energia armazenada). Ex.
despertador.
• Substâncias químicas possuem energia potencial,
denominada energia química.
• Energia interna (E): A soma das energias cinética e
potencial de cada partícula do sistema. 4
Energia Cinética: A Energia do Movimento
• Ec=½mv2
• Energia que pode ser transferida pelo movimento das
partículas.
• Colisão de partículas rápidas com partículas mais lentas leva a
aceleração das mais lentas e desaceleração das mais rápidas.
▪ É por isso que a água quente esfria quando colocada em
contato com uma superfície fria.

5
Energia Potencial Depende da Posição
• Ex.: livro, tem Ep por causa da força de atração gravitacional.
Se o erguemos há um aumento na sua Ep (fornecido pela
pessoa). A queda do livro irá transformar Ep em Ec.

• Para objetos que se atraem, Ep aumenta quando eles se afastam.


• Para objetos que se repelem, Ep aumenta quando eles se
aproximam.
6
Energia potencial
•Ligação química: forças atrativas que unem os átomos entre si
nas moléculas ou os íons entre si nos compostos iônicos.
•Exotérmica: reações onde as ligações nos produtos são mais
fortes do que nos reagentes.
CH4(g) + 2O2(g) ➔ CO2(g) + 2H2O(g) + calor
Os produtos possuem menos energia potencial e maior energia
cinética (maior temperatura). Parte desta energia pode ser
transferida para a vizinhança como calor.
•Endotérmica: a reação irá quebrar ligações mais fortes do que as
que serão formadas (necessitando de E).
6CO2(g) + 6H2O + energia solar ➔ C6H12O6 + 6O2(g)
•Estas reações transformam energia cinética em potencial; assim a
temperatura tende a diminuir a medida que a reação avança. A
temperatura da vizinhança diminuirá quando houver transferência
de calor para o sistema.
7
Energia potencial
•A força de uma ligação química é medida pela
quantidade de energia necessária para separar os átomos
que as ligações mantém juntos ou pela quantidade de
energia liberada quando a ligação se forma.

Ex. combustão
•Quebra de ligações fracas C-H e formação de ligações
nas moléculas de água e dióxido de carbono.
Sua vez!
Quais dos exemplos abaixo produzem variação de
energia cinética?

A. Um lápis rolando sobre a carteira,


B. Um lápis sendo apontado,
C. Um lápis sendo aquecido,
D. Todos produzem.
E. Nenhum deles.

9
Lei da Conservação da Energia

• Energia não pode ser


criada ou destruída mas
pode ser transformada de
uma forma para outra.
• Também conhecida como
primeira lei da
termodinâmica.
• Como a água caindo em
uma cachoeira demonstra
esta lei?

10
Calor e Temperatura não são a mesma coisa
• A temperatura de um objeto é proporcional a energia
cinética média das suas partículas – quanto maior a
temperatura, maior a energia cinética média.
• Calor é energia (também chamada de energia térmica)
transferida entre objetos que possuem diferentes
temperaturas até que eles atinjam o equilíbrio térmico.
• Todas as formas de energia (cinética e potencial)
podem ser transformadas em energia térmica.

Ex.: pisando no freio, a Ec do carro é transformada em


energia térmica pelo atrito entre os freio e as rodas.
11
Unidades de Energia
• No SI é o Joule, J
▪ J = kg.m2.s-2
▪ Se o valor calculado é maior que 1000 J, usamos o kJ

• Na unidade britânica é a caloria, cal


▪ cal = 4,184 J (exato)

• A unidade nutricional é Caloria (com c maiúsculo),


que equivale a uma kilocaloria
▪ 1 Cal = 1 kcal = 4,184 kJ

12
A energia interna (E) é conservada
• Para um sistema isolado a energia interna (E) é
constante.
• Em uma transformação estamos interessados na
variação de energia que acompanha o processo.

ΔE = Ef - Ei
ΔE = Eproduto - Ereagente
• Não podemos medir a energia interna de nada, apenas
as variações.
• ΔE positivo significa absorção de energia.
O que é temperatura?

• Temperatura (T) é uma grandeza física, proporcional


a energia cinética média de todas as partículas.
• A temperaturas mais altas, a maioria das moléculas
está se movendo mais rápido.
• Energia cinética média / Teoria cinética molecular
A energia interna é uma função de estado
• São propriedades cujos valores dependem apenas do estado
atual do sistema e não do método ou mecanismo para atingir
aquele estado.
•Ex.: Temperatura (não importa como o sistema adquiriu este
valor). (Δ T)
•Esta independência do método ou mecanismo através do qual a
variação ocorre é característica de uma função de estado.

New
York

Los
Angeles
15
Transferência de calor, q
•Medindo a quantidade de calor absorvido ou liberado
podemos quantificar a energia.

•calor (q) = transferência de energia de regiões de alta


temperatura para regiões de baixa temperatura.
• unidades: J, cal, kg·m2/s2
▪Uma caloria é a quantidade de energia necessária para aumentar a
temperatura de 1,00 g de água de 14,5 to 15,5 °C.

•Uma colher de metal a 25°C é colocada em água


fervente. O que acontece?

16
Vizinhança / Sistema / Universo
• Sistema: a reação ou nosso objeto de estudo
• Vizinhança: o resto do universo
• Fronteira: envolve o sistema (visível ou invisível)
• Sistema aberto: pode trocar massa e energia através
de suas fronteiras.
▪ Ex.: corpo humano
• Sistema fechado: pode absorver ou liberar energia
mas não massa, através de suas fronteiras.
▪ Ex.: o bulbo de uma lâmpada
• Sistema isolado: não troca massa nem energia com
suas vizinhanças. (Adiabático)
▪ Ex.: garrafa térmica
17
Convenção de sinais
• Sistema Endotérmico – energia será adicionada ao
sistema, portanto q é (+).
• Sistema Exotérmico - o sistema libera energia para a
vizinhança. Seu q é (-).
• As mudança de energia são medidas a partir do ponto
de vista do sistema.

Como você classificaria a terra?

18
Sua vez!

Um tabuleiro foi retirado do forno quente e


mergulhado em um tanque cheio de água. Qual
das alternativas é falsa?
A. A água esquenta
B. O tabuleiro resfria
C. O calor transferido pelo tabuleiro tem sinal(-)
D. O calor transferido pelo tabuleiro é o mesmo que
o calor recebido pela água.
E. Nenhuma delas
O calor que um objeto ganha ou perde é diretamente
proporcional à sua ΔT

q=C×Δt, onde

• Capacidade calorífica (C)- habilidade (intensiva


como T e densidade) de um objeto com massa
constante absorver calor.
▪ Varia com a massa da amostra e identidade da substância.
▪ Unidades: J/OC, expressando a quantidade de energia
necessária para elevar em 1oC a temp. de um objeto.

▪ q= calor transferido
▪ C= capacidade calorífica do objeto
▪ Δt= variação de Temperatura (tfinal-tinicial)
20
Exemplo
Um copo de água é usado em um experimento. Sua
capacidade calorífica é 720 J/ °C. Quanto de calor
será absorvido se a temperatura variar de19,2°C to
23,5°C?

q = C  t
J
q = 720  ( 23,5 − 19, 2C )
C
= 3,1x103 J

21
Calor específico, s
• Calor específico, (s) - Habilidade (extensiva) de uma
substância estocar calor. Varia com a massa como ex.
volume

▪ C = m×s
▪ Unidades : J/g·°C; J/g · K; J/mol · K , expressa a
quantidade de calor necessária para elevar em 1oC a
temperatura de 1g da substância.

• q=m×Δt×s
▪ q= calor transferido
▪ m= massa do objeto
▪ Δt= variação de temperatura (tfinal-tinicial)
22
Calores específicos Specific Heat,
Substance J/ g °C
Substâncias com altos (25 °C)

valores de c resistem a Carbon


0.711
(graphite)
variações de temperatura. Copper 0.387
Ethyl alcohol 2.45
A água, possui um calor Gold 0.129
específico muito alto. Granite 0.803
Iron 0.4498
(isto explica por que as Lead 0.128
temperaturas na costa são Olive oil 2.0
mais amenas do que no Silver 0.235
interior) Water (liquid) 4.18

23
Exemplo
Calcule o calor específico de 32,91 g de uma amostra de
metal que absorve 235 J para elevar sua temperatura em
2,53oC.

q = m  s  t
q 235J J
s= =  = 2.82 
m  t 32.91g  2.53 C g C

24
Exemplo

• 43,29 g de uma amostra sólida é transferida de


uma água fervendo (T=99,8oC) para 152 g de água
a 22,5oC em uma caneca de café. A Tágua subiu
para 24,3oC. Calcule o calor específico do sólido.
qamostra+ qágua + qcaneca =0
qcaneca neglicenciado pelo problema
qamostra = - qágua q = 43.29g  s  (24.3 − 99.8 C)
sample

 (24.3 − 22.5 C )
4.184J
qwater = 152g  
g C

43.29g  s  (24.3 − 99.8 C ) = −152g   (24.3 − 22.5 C )


4.184J

g C
s  (- 3.2684(10 )g C ) = −1.1447(103) J
3

0.45 J
s= 
g C
A primeira lei da termodinâmica explica as
transferências de calor.
• Se monitorarmos os calores transferidos a todos os
materiais envolvidos podemos prever que sua soma
será zero.
• Monitorando a vizinhança, podemos predizer o que
está acontecendo com o sistema.
• O calor é transferido até que o equilíbrio térmico seja
atingido, portanto, a temperatura final será a mesma
para todos os materiais.

26
Primeira lei da termodinâmica

É uma declaração da lei da conservação da energia sob a


forma de uma equação simples.
ΔE = q – w
É um dos mais sutis e poderosos princípios inventados
pela ciência. Implica que podemos transferir energia de
várias maneiras mas não podemos criar nem destruir
energia.
A quantidade E é chamada de energia interna, que é a
energia total do sistema (cinética + potencial).
ΔE = Efinal – Einicial
Primeira lei da termodinâmica
• Não é possível determinar E
A) não é possível determinar a velocidade de um partícula pois os
sistema move-se à medida que a terra gira em torno de seu
eixo. A terra, por sua vez gira em torno do sol que se move...
B) Também não podemos medir a energia potencial total
provocada por todas as forças atrativas entre o sistema e o
restante do universo.

Mas podemos medir ΔE, que é tudo que importa para nós.
A energia interna é uma função de estado e sua magnitude,
portanto depende apenas dos estados inicial e final do sistema
e não do caminho percorrido.
Convenção de sinais
• A quantidade q representa a quantidade de calor que é
adicionado ao sistema.
• w representa o trabalho realizado pelo sistema.
Assim, a variação de energia interna é igual à diferença entre a
energia fornecida ao sistema como calor e a energia removida
do sistema como trabalho.

q positivo (q>0); calor é adicionado ao sistema


q negativo (q<0); calor é removido (liberado) do sistema
w positivo (w>0); o sistema realiza trabalho – energia é removida
w negativo (w<0); trabalho é realizado sobre o sistema – energia é
adicionada.
Como um sistema pode realizar trabalho?
• Trabalho elétrico: ocorre quando se extrai energia de uma pilha ou bateria
para movimentar um relógio ou dar partida em um carro. As reações químicas
da pilha produzem energia que empurra os elétrons através de um fio e esta
energia elétrica realiza trabalho para nós. A energia que obtemos sob a forma
de trabalho depende de como descarregamos a bateria.
Como um sistema pode realizar trabalho?
•Trabalho mecânico: sempre se realiza trabalho quando uma
força de oposição é empurrada através de uma distância.
•Pressão = força/área
•trabalho = força×distância
O volume do gás no cilindro é dado por: V = Ah
•Quando o gás se expande, A permanece cte porém h varia

•ΔV = Vf –Vi
•Δ V = Ahf – Ahi
•Δ V = A(Δ h)

•W = F x Δ h ou
•W = PxA x Δ h = P x ΔV

31
Trabalho pressão-volume
• Unidades (SI) P em Pascal (N/m2)
• w = P . ΔV N/m2 . m3 = N/m = J
Exemplo: dois conjuntos de q e w que produzem o
mesmo Δ E ; expansão isotérmica de um gás ideal.
ΔE =0 = q - w
q=w
a) Sem pressão de oposição
Trabalho pressão-volume
O gás não irá realizar trabalho porque o gás não está sendo
empurrado de volta.Assim,
w=0 e q=0
b) Com pressão de oposição (Vi =1,00dm3, Vf=10,0dm3)
w = PΔV = 100kPa x 9,0dm3
W = 100 x 103N/m2 x 9,0 x 10-3m3
W = 900 N/m = 900J
(exemplo da bateria)
Como relacionar trabalho com as reações químicas?
• trabalho = força · distância
• É mais frequentemente devido a expansão ou
contração de um sistema devido a mudança no
número de mols de gás.
• Gases se expandem contra a pressão atmosférica, então
Psistema = Patm
• w = Patm×ΔV
• O funcionamento dos airbags é um exemplo deste
processo.
1 C3H8(g) + 5 O2(g) → 3 CO2(g) + 4 H2O(g)
6 mols de gás → 7 mols de gás
34
Exemplo: trabalho P-V
• Cloreto de etila é preparado pela reação do etileno com o
HCl. Quanto de trabalho PV (em J) é realizado se 89,5 g de
etileno e 125 g de HCl reagem a Patm e a mudança de volume
é -71,5 L?
w = 1atm × -71,5L = -71,5 w = -7,24 x103J
L·atm
• Calcule o trabalho (em kJ) feito durante a síntese da amônia
onde o volume contrai de 8,6 L para 4,3L a uma pressão
externa constante de 44 atm

w = 44atm × (4,3-8,6)L = -189,2L·atm


w = -19 kJ
35
Sua vez!
Quando TNT é queimado ao ar, sua combustão ocorre
de acordo com a reação:
4C6H2(NO2)3CH3(s) + 17 O2(g) →24 CO2(g) + 10H2O(l) + 6N2(g)
A reação irá realizar trabalho devido a todas as razões
abaixo, exceto:
A.O número de mols de gás aumenta
TNT structure

B.O volume do gás aumenta


C.A pressão do gás aumenta
D. A temperatura do gás aumenta

36
Trabalho máximo
A quantidade de trabalho que pode ser realizado por uma bateria depende de
como ela é descarregada.
Rapidamente: muito calor e pouco trabalho
Situação limite: velocidade infinitamente lenta ➔ trabalho máximo (força
propulsora = força de oposição) ➔ processo reversível.

Infelizmente, os processos reversíveis levam uma eternidade para ocorrer.


Todas as transformações reais são irreversíveis e portanto o trabalho obtido é
sempre menor do que o máximo teórico.
Calorimetria – Medidas do calor de reação
Calor de reação: quantidade de calor absorvido ou liberado em
uma reação química.
Ex.: H + H ➔ H2 libera energia porque Ep das moléculas de H2
é menor. (energia de ligação)
Se conduzirmos esta reação em um recipiente fechado de volume
fixo, o sistema não poderá realizar trabalho P-V (v cte), logo w
=0 portanto:
ΔE = qv

•Calorímetro ou bomba calorimétrica: aparelho usado para


medir a mudança de temperatura provocada por uma reação.

38
Calorímetro – sistema fechado, qv
•Composto por uma bomba de aço,
imersa em um banho isolado
contendo uma quantidade
conhecida de água.
•A reação se inicia por um pequeno
fio.
•Medindo-se a temperatura da água
e conhecendo-se a capacidade
calorífica do calorímetro, podemos
calcular o calor liberado.
•Mede qv
•w =0
•ΔE = qv
39
Exemplo: Calorímetro
500,0mg de naftaleno (C10H8) é queimado em um
calorímetro contendo 1000g de água. A temperatura da
água aumentou de 20,00°C para 24,37°C. A
capacidade calorífica do calorímetro é 420 J/°C. Qual
a variação de energia interna da reação? cágua = 4,184
J/g°C
qv reação + qágua + qcal = 0 pela primeira lei

qágua= 1000 g ×(24,37-20,00)°C× 4,184 J/g°C = 18.284J

qcal= 420 J/g ×(24,37-20,00)°C = 1835J


qv = ΔE = -18.284 -1835 = -2.0×104 J
40
Sua vez!
252mg de ácido benzoico, C6H5CO2H, é queimado em um
calorímetro contendo 814 g de água a 20,00ºC. A reação eleva a
temperatura da água para 21,70. Qual a energia interna liberada
pelo processo?
A. -711 J
B. -2,85 J
cágua = 4,184 J/g°C
C. +711 J
D. +2,85 J
E. Nenhum dos anteriores
q água + q calorímetro + qv = 0; q calorímetro foi ignorado pelo problema
4,184 J
qv = -q água = -814g  ( 21,70-20,00 ) 
g oC
qv = −5789 J
41
Sistemas abertos, qp
A maioria das reações ocorrem em sistemas abertos (p cte) e,
portanto, permitem variações de volume.
Ex.: 2H2(g) + O2(g) ➔ 2H2O(l)
67dm3 ➔ 0,036dm3
W = PΔV = 100kPa x (0,036-67) = 6,7kJ
•Para evitar a necessidade de se calcular o trabalho, definimos uma
nova função termodinâmica chamada conteúdo de calor ou
entalpia.
•Entalpia, H é o calor transferido a P constante.
•H = E + PV, para uma variação a P cte
•ΔH = ΔE + P ΔV , se apenas trabalho PV está envolvido,
•ΔE = q - P ΔV , substituindo
•ΔH= (q - P ΔV ) + P ΔV
•ΔH = qp ΔH é uma função de estado
42
ΔE = qv e ΔH = qp

• Em muitas situações as diferenças entre ΔH e ΔE


são pequenas (regentes e produtos l ou s).

• Mesmo nas reações envolvendo gases ΔE é muito


maior que o termo P ΔV e assim ΔH e ΔE ainda
são quase os mesmos.

• Vejamos um exemplo
ΔE = qv e ΔH = qp
Quando 2,00 mol de H2 e 1,00 mol de O2, a 100oC e 1atm reagem
para produzir 2,00mols de vapor d’água a 100oC e 1atm, um total
de 484,5kJ são liberados. Quais são (a) ΔH; (b)ΔE para a
formação de 1,00 mol de água?
a) Como a reação está ocorrendo a P constante,
qp = ΔH= -484,5kJ/2,00 mols de água = -242,2kJ/mol
b) Para calcular ΔE usamos a equação ΔE = ΔH –PΔV
Considerando gás ideal PVi=niRT para os reagentes e PVf=nfRT
para os produtos.
O trabalho PV é dado por PVf –PVi=P(Vf-Vi)=P ΔV que é igual a:
P ΔV= ΔnRT
Δn = 2-3=-1mol P ΔV=(-1)8,314 x 373= -3,10kJ (0,6%)
Equações termoquímicas
• Relaciona a energia de uma reação com as quantidades
envolvidas
• Deve estar balanceada, mas pode usar coeficientes fracionários
• É quase sempre interpretada em base molar
Ex. H2O(l) ➔ H2O(g) ΔH = +41kJ
O valor do ΔH será sempre o mesmo, independente do caminho. É
possível considerar qualquer transformação como resultado de
uma série de reações químicas.
O valor de ΔH será a soma das variações de entalpia que ocorrem
ao longo do caminho ➔ Lei de Hess da soma dos calores.

H2O(l) ➔ H2(g) + 1/2O2(g) ΔH = +283kJ


H2(g) + 1/2O2(g) ➔ H2O(g) ΔH = -242kJ

45
Diagrama de Entalpia
• Como zero da escala foi escolhido a entalpia dos
elementos livres.

46
Regras para adicionar as reações químicas

1. Quando uma reação for invertida, o sinal do ΔH


também deve ser invertido.
2. As fórmulas canceladas em ambos os lados de uma
equação devem ser de substâncias no mesmo estado
físico.
3. Se todos os coeficientes de uma equação são
multiplicados ou divididos por um fator, o valor de
ΔH também deve ser multiplicado pelo mesmo
fator.

47
Dicas para adicionar reações

1. Escolha o composto mais complexo da equação.

2. Escolha a equação que contenha o composto.

3. Escreva esta equação de modo que o composto


esteja do lado correto e quantidade correta.

4. Siga para o próximo composto mais complexo.

48
Dicas para adicionar reações
5. Escolha uma equação que permita a você
cancelar intermediários e multiplique-a pelo
coeficiente correto.

6. Some as reações e cancele os termos


semelhantes.

7. Some as energias, modificando os valores da


mesma forma que você modificou a equação.
• Se inverter uma equação, mude o sinal da entalpia.
• Se dobrar os coeficientes da equação, dobre
também o valor da entalpia.
49
Exemplo
• Como podemos calcular a variação de entalpia para a
reação 2H2(g) + N2(g) → N2H4(g) usando as eq.
abaixo?
▪ N2H4(g) + H2(g) → 2 NH3(g) ΔH° = -187,6 kJ
▪ 3H2(g) + N2(g) → 2NH3(g) ΔH° = -92,2 kJ
• Inverta a primeira reação e troque seu sinal
▪ 2 NH3(g) → N2H4(g) + H2(g) ΔH° = +187,6 kJ
• Adicione a segunda reação
▪ 3H2(g) + N2(g) → 2NH3(g) ΔH° = -92,2 kJ
2
• 2 NH3(g)+ 3H2(g) + N2(g) → N2H4(g) + H2(g)+ 2NH3(g)

▪ 2 H2(g) + N2(g) → N2H4(g) (187,6-92,2)= +95,4 kJ


50
Outro exemplo

Calcule ΔH para 2C(s) + H2(g) → C2H2(g) usando:


• 2 C2H2(g) + 5O2(g) → 4 CO2(g) + 2H2O(l) ΔH° = -2599,2
• C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH° = -393,5 kJ
• H2O(l) → H2(g) + ½ O2(g) ΔH° = +285,9 kJ
•-½(2 C2H2(g) + 5O2(g) → 4 CO2(g) + 2H2O(l) ΔH° = -2599,2)
•2 CO2(g) + H2O(l) → C2H2(g) + 5½ O2(g) ΔH° = +1299,6

•2(C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH° = -393,5 kJ)


• 2C(s)+ 2O2(g) → 2CO2(g) ΔH° = -787,0 kJ)

•-1(H2O(l) → H2(g) + ½ O2(g) ΔH° = +285,9 kJ)


• H2(g) + ½ O2(g) →H2O(l) ΔH° = -285,9 kJ

•2C(s) + H2(g) → C2H2(g) ΔH° = +226,7 kJ


51
Sua vez!
Qual a energia do seguinte processo:
6A + 9B + 3D + 1 F→2 G
Dados:
• C → A + 2B ∆H=20,2 kJ/mol
• 2C + D →E + B ∆H=30,1 kJ/mol
• 3E + F →2G ∆H=-80,1 kJ/mol

A. 70,6 kJ
B. -29,8 kJ
C. -111,0 kJ
D. Nenhum dos anteriores

52
Atentem para os estados físicos!
• C3H8(g) + 5 O2(g) → 3 CO2(g) + 4 H2O(g)
▪ ΔH= -2043 kJ
• C3H8(g) + 5 O2(g) → 3 CO2(g) + 4 H2O(l)
▪ ΔH= -2219 kJ

• note que existe uma diferença de energia porque


os estados físicos são diferentes

• Se H2O(l) → H2O(g) ΔH = 44 kJ/mol


• 4H2O(l) → 4H2O(g) ΔH = 176 kJ/mol
• -2219 +176 kJ = -2043 kJ
53
Estado padrão
É o estado mais estável de uma substância pura a
• 1 atm pressão
• 25°C de temperatura
• Soluções possuem concentração 1M.
• Medidas feitas no estado padrão possuem a marca ° :
ΔH°
• Os valores são dados para a forma mais estável de um
composto ou elemento.

54
Entalpia de Formação
• É a variação de entalpia ΔH°f para a formação de 1
mol de uma substância em seu estado padrão,
partindo dos elementos no seu estado padrão.
• Note: ΔH°f = 0 para um elemento, na sua forma
mais estável, em seu estado padrão.
• Exemplo:
▪ Qual a equação que descreve a formação do CaCO3(s)?

Ca(s) + C(gr) +3/2 O2(g) →CaCO3(s)

55
Calculando ΔH da reação usando ΔH°f
ΔH°reação = [soma of ΔH°f dos produtos] – [soma dos ΔH°f dos
reagentes]

• 2Fe(s) + 6H2O(l) → 2Fe(OH)3(s) + 3H2(g)


0 -285,8 -696,5 0 ΔH°f

ΔH°reação = 2(-696,5) – 6(-285,8) = 321,8kJ

• CO2(g) + 2H2O(l) → 2O2(g) + CH4(g)


-393,5 -285,8 0 -74,8 ΔH°f
ΔH°reação = (-74,8) – (-393,5 + 2(-285,8)) = 890,3kJ

57
Sua vez!
Qual a variação de entalpia da seguinte reação?

2 HCH3CO2(aq) + 2 OH-(aq) → 2H2O(l) + 2 C2H3O2(aq)


∆Hfº -487 -229,94 -285,84 -542,96
kJ/mol kJ/mol kJ/mol
kJ/mol

A. -756,28 kJ
B. 756,28 kJ
C. -1545,74 kJ
D. 1545,74 kJ
E. Nenhuma das anteriores

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