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Aula TERMO (Resumida)

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Aula TERMOLOGIA (Resumida)

Prof. LEONARDO S. MOTTA

William Thomson (Lorde KELVIN) (1824-1907)


SUMÁRIO

1) TEMPERATURA

2) ENERGIA TÉRMICA

7) TERMOMETRIA

8) PROPRIEDADE termométrica

9) SISTEMA TERMOMÉTRICO

10) SUBSTÂNCIA Termométrica

11) FUNÇÃO Termométrica

12) ESCALA Termométrica


13) ESCALAS RELATIVAS

13.1 ESCALAS RELATIVAS USUAIS

13.1.1 ESCALA CELSIUS

13.1.2 ESCALA FAHRENHEIT

13.2) ESCALA TERMODINÂMICA (absoluta) KELVIN

14) COMPARAÇÃO entre VALORES das temperaturas

15) COMPARAÇÃO entre VARIAÇÕES das temperaturas

[revisão] ESTADOS DE AGREGAÇÃO DA MATÉRIA.


1) TEMPERATURA

As moléculas/átomos constituintes da matéria estão num


constante estado de agitação denominada AGITAÇÃO
TÉRMICA; de tal forma que há a seguinte correlação
MACRO/MICRO:

MACROSCOPICAMENTE MICROSCOPICAMENTE

Sistema “aquecido-quente”  “Grande” agitação

Sistema “Resfriado-Frio”  “Pequena” agitação


Consideremos dois recipientes (A) e (B) de MESMO

VOLUME e contendo a MESMA MASSA de um DADO GÁS. Estando o

gás em A mais aquecido do que o que está em B, nota-se

que, macroscopicamente, a pressão em A é maior que em B.

A interpretação microscópica para esse fato é a

seguinte: As moléculas/átomos em A movem-se mais

rapidamente (maior agitação térmica), de modo que exercem

maior força/pressão contra as paredes do recipiente a cada colisão e, além disso,

há um maior número de colisões por unidade de tempo.


2. ENERGIA TÉRMICA

Energia cinética translacional total associada à agitação térmica.

• A Energia Térmica corresponde à SOMA de todas as energias

cinéticas translacionais individuais de cada molécula/átomo

constituinte do sistema.

• As moléculas/átomos não possuem todas a mesma velocidade

e, consequentemente, não possuem todas a mesma energia

cinética. A TEMPERATURA está relacionada com a ENERGIA

CINÉTICA TRANSLACIONAL MÉDIA.


Observações:

1) Para um dado sistema (número de moléculas fixado,


constante) quanto maior é a temperatura, maior é a energia
térmica.

2) ATENÇÃO! É possível um sistema A estar a uma


Temperatura maior (mais quente; maior energia cinética
média) que um outro sistema B, de Temperatura menor (mais
frio, menor energia cinética média), e ter menor energia
térmica (energia cinética total), por possuir menor número
de moléculas/átomos.

TA > TB não implica Etérmica A > Etérmica B


A escala de temperatura em que há uma relação mais

direta temperatura x energia cinética média é ESCALA

KELVIN (Escala Termodinâmica).

No zero dessa escala (0 K), denominado ZERO

ABSOLUTO, as moléculas atingem a energia mínima, mas não

nula (tal fato é previsto pela mecânica quântica).


7. TERMOMETRIA

Estudo da MEDIDA da Temperatura.

8. PROPRIEDADE Termométrica

O critério sensorial para caracterizar o estado térmico de

um sistema é muito limitado / alcance restrito e impreciso

, pois depende do observador e, para um mesmo observador,

depende das condições às quais ele estava submetido

anteriormente.
Diante disso, para estabelecer um critério mais

exato, faz-se uso das chamadas PROPRIEDADES

TERMOMÉTRICAS, cujo conceito é: grandezas macroscópicas

que se modificam quando o estado térmico do sistema varia; ou seja, quando o sistema se

torna mais quente ou mais frio.


Para entendermos como a GRANDEZA TERMOMÉTRICA será utilizada

para avaliar-especificar o ESTADO / ESTADO TÉRMICO de um sistema, ou seja, a

TEMPERATURA de um sistema (e, de todos os outros sistemas que, porventura,

estejam em equilíbrio térmico com tal sistema.) ; necessitamos, antes

de prosseguirmos, de uma explicação adicional

para que se entenda conceitualmente os passos

seguintes!
➢ Tomaremos um exemplo que indique o raciocínio
(conceito) geral.

A experiência - e somente ela - indica que o estado de


uma determinada massa de fluido homogêneo é
completamente determinado por duas variáveis
macroscópicas [Volume (V) e pressão (P), por exemplo]; é
o denominado sistema bidimensional. Caso se fixe
(mantenha constante num valor conhecido) uma das duas
variáveis, o sistema “torna-se” unidimensional.

❖ Essa variável que “restou” será a nossa GRANDEZA TERMOMÉTRICA utilizada!


Exemplo: Termômetro de mercúrio.

A Grandeza termométrica é a “altura”(volume) da coluna de


mercúrio no interior do tubo capilar.

A temperatura do sistema constituído pelo mercúrio é a


mesma de todos os corpos(outros sistemas) que, porventura,
estejam em equilíbrio térmico com o mercúrio.

Nesse caso, o termômetro de mercúrio constitui-se num


sistema auxiliar que permite avaliar indiretamente a
temperatura de outros sistemas.
9.SISTEMA TERMOMÉTRICO (TERMÔMETRO)

Sistema auxiliar que permite avaliar indiretamente a temperatura de outros sistemas.

10. SUBSTÂNCIA Termométrica

Substância que constitui o sistema auxiliar (termômetro).

11. FUNÇÃO Termométrica

Função que relaciona (faz corresponder) os VALORES da grandeza termométrica (X) e da


temperatura (θ).
Observações:

1) Nesse ponto, então, passamos a associar


VALORES NUMÉRICOS à Temperatura.

2) A função termométrica é (deve ser) BIJETORA.

3) A função termométrica (lei de correspondência)


é crescente com o nível de aquecimento.

4) Excetuando essas duas condições citadas


anteriormente, a lei de correspondência
(“função”) pode ser arbitrária; pelo menos a
priori.
A função mais simples possível é a função do primeiro

grau, a qual tem a vantagem de que: variações idênticas da

propriedade termométrica correspondem a variações

idênticas da temperatura.

∆𝜽
θ = a X + b onde: a = = constante
∆𝒙
12. ESCALA Termométrica

Sequência ordenada dos valores das temperaturas que definem, em graus, todos os
estados térmicos, ordenados dos mais frios para os mais quentes.

Podemos graduar um termômetro de modo a ler nele não mais


os valores da propriedade termométrica, mas diretamente os
valores da temperatura. Para isso, devemos determinar
primeiro a função (lei de correspondência, mais
exatamente) .
13. ESCALAS RELATIVAS

➢ Determina-se a função termométrica da seguinte maneira:

1) Toma-se estados térmicos bem caracterizados (padrões;


chamados PONTOS FIXOS), estados tais que devem ser
reprodutíveis com “facilidade".

2) Aos pontos fixos, atribui-se valores arbitrários para


as temperaturas associadas a esses estados.

Os estados térmicos geralmente escolhidos, correspondem a mudanças de estados físico


(mudanças de fase) da substância água pura, sob pressão normal (1 atm), e são
denominados PONTOS FÍSICOS FUNDAMENTAIS.
1º: Ponto de Gelo

Temperatura atribuída = θG ;

Variável termométrica medida (observada) = XG


2º: Ponto de Vapor

Temperatura atribuída = θV ;

Variável termométrica medida = XV.


Exemplo: termômetro de mercúrio.
Caso a função termométrica escolhida seja de 1o. grau, a

mesma ficará completamente determinada dadas essas duas

correspondências(pontos fixos):

✓ os coeficientes angular (a) e linear (b) podem ser

determinados (calculados).

✓ ou, o que é equivalente; a reta – gráfico da função) -

fica então definida pelos dois pontos dados (XG; θG) e

(XV; θV).
Observação: podemos criar infinitas escalas relativas,
conforme os números associados aos pontos fixos.
13.1 ESCALAS RELATIVAS USUAIS

13.1.1 Escala CELSIUS

Essa escala divide o intervalo de temperatura entre os dois


pontos fixos (denominado intervalo fundamental) em 100 partes
iguais [(θV = 100) - (θG = 0)].

Cada uma dessas partes constitui a unidade da escala, denominado GRAU da escala.

No caso da escala CELSIUS, temos o GRAU CELSIUS (OC).


13.1.2 Escala FAHRENHEIT

Essa escala divide o intervalo de temperatura entre os dois

pontos fixos em 180 partes iguais [(θV = 212) - (θG = 32)].

No caso da escala FARENHEIT, temos o GRAU FARENHEIT (OF).


13.2 ESCALA TERMODINÂMICA (absoluta) KELVIN

Está relacionada de forma mais direta com o estado (nível)


de agitação molecular.

Tem como valores de temperaturas, correspondentes aos


pontos fixos (apesar da definição da mesma não ter a ver
com os pontos de gelo e vapor):

θG = 273, 16 K e θv = 373,16 K

Os valores de temperaturas são SEMPRE POSITIVOS!

Observação: as temperaturas são dadas em kelvins (K) e


NÃO, graus kelvin (OK)
14. RELAÇÃO entre VALORES de temperaturas

𝜽𝒄 𝜽𝑭 − 𝟑𝟐
= e θk = θc + 273 (aprox.)
𝟓 𝟗

15. RELAÇÃO entre VARIAÇÕES de temperaturas

Δ𝜽𝒄 Δ𝜽𝑭 Δ𝜽𝑲


= =
𝟓 𝟗 𝟓
ESTADOS DE AGREGAÇÃO DA MATÉRIA (Estados Físicos,
fases) [REVISÃO]

Para explicar esses estados de agregação, admite-se

que qualquer material é formado de ÁTOMOS/MOLÉCULAS e

que estes estão em movimento, mais intenso ou menos

intenso, com maior ou menor liberdade, conforme a

intensidade das forças de coesão* entre elas.


No estado SÓLIDO, as forças de coesão são muito intensas,
restringindo o movimento das moléculas a uma ligeira
vibração em torno de uma posição média. Na figura , que
representa esquematicamente as moléculas, esse movimento
restrito é mostrado em A (no destaque).

Por conseguinte, as moléculas, fortemente coesas, dispõem-


se com regularidade, geralmente formando uma rede
cristalina. Assim, os sólidos apresentam forma e volume
definidos.
No estado LÍQUIDO, as distâncias entre as moléculas são,

em média, maiores que no estado sólido. No entanto, as

forças de coesão ainda são apreciáveis e a liberdade de

movimentação das moléculas é limitada, havendo apenas o

deslizamento de umas em relação às outras (fig. B). Em

consequência, os líquidos apresentam volume definido, mas

sua forma é variável, adaptando-se à do recipiente.


No estado GASOSO, as forças de coesão entre as moléculas

têm intensidade muito pequena, possibilitando uma

movimentação bem mais intensa que nos outros estados (fig.

B). Consequentemente, os gases e vapores têm a propriedade

de se difundir por todo o espaço em que se encontram, não

apresentando nem forma nem volume definidos.


Observações:

1) Chamam-se FORÇAS DE COESÃO as forças que se desenvolvem


entre moléculas de mesma natureza, e FORÇAS DE ADESÃO as
que se desenvolvem entre moléculas de naturezas
diferentes.

2) Tanto uma mistura gasosa como uma mistura homogênea de


líquidos apresentam uma única fase — a fase gasosa, no
primeiro caso, e a fase líquida, no segundo. Uma pedra de
gelo flutuando na água constitui um sistema com duas fases
distintas: a fase sólida e a fase líquida.

Assim, FASE de um sistema é uma parte geometricamente definida e fisicamente

homogênea desse sistema. Por isso, podemos nos referir aos


estados de agregação de uma substância como fases da
substância.
As MUDANÇAS DE FASE estão descritas abaixo.

❖ Fusão é a passagem do estado sólido para o líquido.


Solidificação é o inverso.
❖ Vaporização é a passagem do estado líquido para o gasoso (gás
ou vapor).

- Evaporação é a vaporização lenta, que ocorre na superfície


do líquido, sem agitação nem surgimento de bolhas.

- Ebulição é a vaporização rápida, com agitação do líquido e


aparecimento de bolhas.

- Calefação é uma vaporização muito rápida, com gotas do


líquido “pulando” em contato com uma superfície ultra
aquecida.

❖ Liquefação ou Condensação é a passagem do gás ou vapor para o


estado líquido.

❖ Sublimação é a passagem do estado sólido diretamente para o


gasoso (e menos frequentemente usada para a transformação
inversa).
Consideremos o processo de AQUECIMENTO da água (p = 1 atm)

Se estas observações forem transportadas para um gráfico,

teremos o chamado DIAGRAMA DE MUDANÇA DE ESTADOS FÍSICOS.


Neste gráfico notamos dois trechos horizontais (dois patamares). O
primeiro patamar do gráfico exprime o fato de que a FUSÃO do gelo
ocorre à temperatura constante de 0 °C, que é a temperatura de fusão
ou ponto de fusão (P.F.) do gelo. Do mesmo modo, o segundo patamar
indica que a EBULIÇÃO da água ocorre à temperatura constante de 100
°C, que é a temperatura de ebulição ou ponto de ebulição (P.E.) da
água.
No RESFRIAMENTO da água, o gráfico será “invertido”:
Se tivermos uma MISTURA (ou substância impura), os
patamares mostrados acima não serão mais encontrados.
Assim, por exemplo, uma mistura de água e sal terá um
intervalo (ou faixa) de fusão abaixo de 0 °C e um
intervalo (ou faixa) de ebulição acima de 100 °C, ao nível
do mar, como se vê abaixo.
Existem MISTURAS ESPECIAIS que acabam se comportando como
se fossem substâncias puras, diante dos fenômenos de
fusão/solidificação ou de ebulição/condensação.

• No primeiro caso, temos uma mistura EUTÉTICA (ou,


simplesmente, um eutético), que se funde/solidifica em
temperatura constante.

Ex: liga metálica que contém, em massa, 62% de estanho e 38% de chumbo,

que se funde à temperatura constante de 183 °C);

• No segundo caso, temos uma mistura AZEOTRÓPICA (ou,


simplesmente, um azeótropo), que ferve/se condensa em
temperatura constante
Ex: mistura contendo, em volume, 96% de álcool comum e 4% de água, que

ferve à temperatura constante de 78,1 °C).

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