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Caderno Atividades 2021 Vfinal Vol 2

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Caderno de atividades: sequências didáticas para o ensino de


matemática / Organizadores: André Luiz Galdino,
C122 Thiago Porto de Almeida Freitas, Shirley da Silva Macedo. –
Catalão, 2021.

V. 2. Periodicidade anual. (Online)

ISSN: 2764-0825

1. Sequências didáticas. 2. Ensino matemática. I.


Galdino, André Luiz (Org.). II. Freitas, Thiago Porto de
Almeida. (Org.) III. Macedo, Shirley da Silva (Org.) IV. Título.

CDU: 51:37

Bibliotecária Responsável: Joana Rocha de Souza / CRB1 : 1465


EXPEDIENTE
Universidade Federal de Catalão
Roselma Lucchese - Reitora Pro Tempore
Cláudio Lopes Maia - Vice-Reitor Pro Tempore
Moisés Fernandes Lemos - Pró-Reitor Pro Tempore de Graduação
José Júlio de Cerqueira Pituba - Pró-Reitor Pro Tempore de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação
Neila Coelho de Sousa - Pró-Reitora Pro Tempore de Extensão e Cultura
Heber Martins de Paula - Pró-Reitor Pro Tempore de Administração e Finanças
Emerson Gervásio de Almeida - Pró-Reitor Pro Tempore de Políticas Estudantis
Fabiana Alves de Assunção Mesquita - Pró-Reitora Pro Tempore de Gestão de Pessoas

Instituto de Matemática e Tecnologia


Celso Vieira Abud - Diretor Pro Tempore
Élida Alves da Silva - Vice-Diretora Pro Tempore
Thiago Porto de Almeida Freitas - Coordenador do Curso de Matemática
Daniel da Silveira Guimarães - Subcoordenador do Curso de Matemática

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Matemática


Daniel da Silveira Guimarães
Élida Alves da Silva
Fernando da Costa Barbosa
Jairo Menezes e Souza
Jardel Vieira
Marta Borges
Paulo Henrique Barbosa Galdino
Paulo Roberto Bergamaschi
Porfírio Azevedo dos Santos Júnior
Shirley da Silva Macedo
Thiago Porto de Almeida Freitas

Organizadores
André Luiz Galdino
Thiago Porto de Almeida Freitas
Shirley da Silva Macedo

Design: Thiago Porto de Almeida Freitas


Editoração: André Luiz Galdino
Colaboração: Shirley da Silva Macedo

Periodicidade: Anual
Idioma: Português
Ano de publicação (online): 2021

Instituto de Matemática e Tecnologia - UFCAT


Avenida Dr. Lamartine Pinto de Avelar, 1120, Setor Universitário
CEP 75704-020 - Catalão (GO)
Fone: + 55 (64) 3441-5316 ou 3441-5320

As sequências didáticas foram transcritas de acordo com os originais enviados, sendo, portanto, de inteira responsabili-
dade de seus autores e autoras os conceitos, a formatação, as imagens e todos os demais conteúdos neles veiculados.

A reprodução parcial ou total desta obra é permitida, desde que a fonte seja citada.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · i


APRESENTAÇÃO

Este caderno de atividades é resultado da consolidação de sequências didáticas elaboradas pelos estudantes matri-
culados na retomada do primeiro semestre de 2020, no componente curricular "Trabalho Final de Curso" do Curso de
Licenciatura em Matemática, do Instituto de Matemática e Tecnologia (IMTec), da Universidade Federal de Catalão
(UFCAT).
Segundo o projeto pedagógico do curso (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, 2012, p.45), o Trabalho Final de
Curso visa possibilitar ao estudante um espaço de produção escrita resultante de reflexão que integra a construção teórica
com as experiências adquiridas ao longo do curso, nas práticas e disciplinas pedagógicas.
Tradicionalmente, a referida produção consiste de um trabalho monográfico construído pelo estudante ou por dupla
de estudantes sob a orientação de um professor do curso de Matemática da UFCAT. Entretanto na retomada do primeiro
semestre de 2020, diante da pandemia de COVID-19 que assolou o país, as atividades de ensino no âmbito da instituição
tiveram que ser repensadas.
Nesse sentido, a fim de possibilitar a construção remota do trabalho e a partir da experiência exitosa vivenciada no
curso de licenciatura em Matemática EAD, o Núcleo Docente Estruturante do curso de Matemática (presencial) aprovou
a adoção do formato de sequências didáticas estruturadas em sintonia com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
As três sequências didáticas compartilhadas neste caderno trazem possibilidades de práticas para serem adotadas por
professores de matemática em suas aulas ou para colaborar na formação de estudantes de licenciatura em matemática.

Em ordem, apresentamos as habilidades almejadas em cada sequência didática contida neste caderno.

1. Funções de 1 grau: uma breve introdução - Resolver e elaborar problemas do cotidiano, da Matemática e de
outras áreas do conhecimento, que envolvem equações lineares simultâneas, usando técnicas algébricas e gráficas,
incluindo ou não tecnologias digitais. Construir modelos empregando as funções polinomiais de 1º ou 2º grau, para
resolver problemas em contextos diversos, com ou sem apoio de tecnologias digitais. Converter representações al-
gébricas de funções polinomiais de 1º grau para representações geométricas no plano cartesiano, distinguindo os
casos nos quais o comportamento é proporcional, recorrendo ou não a softwares ou aplicativos de álgebra e ge-
ometria dinâmica.

2. Utilizando formulação, resolução de problemas e jogos como ferramenta de ensino das quatro operações
básicas - Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com
números naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem
uso de calculadora.

3. Teoria dos números no Ensino Fundamental - Classificar os números naturais em primos e compostos, estabele-
cer relações entre números expressas pelos termos “é múltiplo de”, “é divisor de”, “é fator de”, e instituir, por meio
de investigações, critérios de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000. Resolver e elaborar problemas
que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor.

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Sumário
1 UTILIZANDO FORMULAÇÃO, RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E JOGOS COMO FERRAMENTA DE
ENSINO DAS QUATRO OPERAÇÕES BÁSICAS
Alisson Petrakis da Silva, Fernando da Costa Barbosa
17 FUNÇÕES DE 1 GRAU: UMA BREVE INTRODUÇÃO
José Quirino Costa, Porfírio Azevedo dos Santos Junior
44 TEORIA DOS NÚMEROS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Thalia Elias Calixto, Cleves Mesquita Vaz

Lista de Autores 57

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · iii
Utilizando formulação, resolução
de problemas e jogos como
ferramenta de ensino das quatro
operações básicas.
Alisson Petrakis da Silva
Orientador: Fernando da Costa Barbosa
Universidade Federal de Catalão - UFCAT

Estrutura curricular

Modalidade/Nível de Ensino
Ensino Fundamental/6º ano.

Área
Matemática

Unidade Temática (BNCC)


Números
Objeto de Conhecimento (BNCC)
Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão) com números naturais.

Habilidades
(EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou
escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias
variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de
calculadora.

Conteúdos Abordados
Operações de soma, subtração, multiplicação e divisão com os números naturais.

Objetivos/Expectativas de Aprendizagem
• Trabalhar o raciocínio lógico do aluno.
• Desenvolver a capacidade de efetuar o cálculo das operações
mentalmente.
• Desenvolver a agilidade e a rapidez para calcular

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Duração das atividades
10 aulas podendo ser alterada de acordo com a necessidade da turma.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com aluno


É recomendado que nesta etapa o professor já tenha trabalhado o conjunto dos números
naturais.

Estratégias de ensino e recursos educacionais


• Aulas expositivas.
• Resolução de problemas.
• Jogo da adição, subtração, multiplicação e divisão (ASMD), para
desenvolvimento das operações. (Tabuleiro(cartolina), garrafa pet, 3 dados e 5
tampinhas).
• Trabalho em grupo.
• Livro didático, revistas, jornais.
• Caderno, Lápis e borracha.
• Quadro e giz.

Descrição da Sequência de Atividades

1ª etapa – Introdução e aplicação de atividades


Caro professor comece a aula espontaneamente se apresentando e pedindo para
que todos os alunos se sentem em seus devidos locais. Esta etapa será dividida em duas
partes, podendo ser utilizada duas aulas para a conclusão da mesma. A primeira parte
deve iniciar com uma avaliação que é composta das atividades do apêndice A e a
resolução de problemas da segunda parte, atenção professor neste momento essa
atividade tem o objetivo de diagnosticar o conhecimento prévio dos alunos, por
exemplo, na questão 1 letra a temos o seguinte calculo:

a) 49 + 57 = 106

!#$
!"
"#$
Nesta questão queremos avaliar a capacidade do aluno de armar e efetuar a
operação corretamente, as demais questões desta avaliação possuem o mesmo objetivo
só que observando com outras operações e com números de mais algarismos.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 2


Importante identificar as unidades, dezenas, centenas, posicionar corretamente e fazer
os cálculos.

Explique aos alunos o que estamos pedindo na questão 1 citando e resolvendo


um exemplo semelhante aos da avaliação no quadro. Após a explicação é importante
ressaltar para os alunos que esta avaliação não possui nota e que o objetivo é identificar
o que sabem e o que ainda precisam aprender. Portanto fazer todas as questões do jeito
que achar ser o correto é importante. Feito isso, dê 30 minutos para que todos resolvam
e entregue a avaliação; Esta atividade também será para o critério de comparação com a
avaliação no final e assim verificar se houve êxito na aprendizagem dos mesmos. Após
recolher a avaliação de todos os alunos esta concluída a primeira parte, inicie a segunda
parte com a seguinte dinâmica:

Elaborar ou retirar de fontes variadas (livros, jornais, revistas, sites) 10


problemas que envolvam as operações básicas e entregar para os alunos responderem
em sala de aula e devolverem ao professor, importante resolver o exemplo a seguir no
quadro para que os alunos possam entender o que se pede nesta atividade. Exemplo de
problema para ser proposto aos alunos:

João e Maria são irmãos e somam juntos 37 anos de idade, sabendo que Maria é a
mais jovem e tem 13 anos. Qual a idade de João?

Para resolver esse problema que parece simples, não se esqueça de primeiro
colocar os dados no quadro para facilitar a compreensão do problema, solicitar a
participação dos alunos e ver as soluções que eles podem apresentar. Tenha outros
problemas e contextualizações diferentes, de forma a não ficar dúvidas. Fique atento ao
interesse e motivação dos alunos.

Dê cerca de 30 minutos para que os alunos possam concluir esta atividade e


entregar novamente ao professor. Após este período, sortear cinco alunos podendo ser
mais de acordo com o tempo restante de aula, sendo um por vez, para que resolva no
quadro um problema a ser escolhido pelo professor, recomendo que o educador escolha
pelo menos um problema de cada operação para ser resolvido no quadro. Reserve os
cinco minutos finais da aula para solicitar aos alunos que todos tragam para a próxima
aula uma tampinha de garrafa pet podendo ser de qualquer cor e formato, pois as
mesmas serão para representar cada aluno no tabuleiro do jogo que trabalharemos na
aula seguinte.

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2ª etapa - Começando a jogar

Esta etapa consiste em duas aulas, o professor deve iniciar aula apresentando a
proposta da utilização de jogos para a aprendizagem de matemática, motivando os
mesmos a participar, pode usar, por exemplo, uma sequência de perguntas como:

• Pessoal o que acham de estudar Matemática?

• E quem aqui gosta de brincar? Gostam de brincar de que? Quais jogos


conhecem?

As perguntas servem para chamar a atenção, possivelmente haverá quem diga que
não gosta de Matemática, gosta de jogos, mas temos um desafio aqui, criar uma relação
entre algo que não gostam e o que gostam. Fazer da Matemática prazerosa! Conclua
dizendo:

• E se eu disser que é possível aprender matemática brincando.

Agora, explique a turma que vamos usar um jogo chamado O JOGO DA


ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO(ASMD) e que ele
trabalha as quatro operações.

Peça aos alunos que se sentem em grupo de cinco alunos, o professor deve
disponibilizar para cada grupo um jogo ASMD que consiste em um tabuleiro que pode
ser confeccionado de cartolina, madeira ou outro material semelhante, uma garrafa pet
pequena(250ml), 5 tampinhas de garrafa pet(que já havia solicitado para que os alunos
trouxessem na aula anterior) e 3 dados (VERAS,2014), recomendo que o educador
construa os tabuleiros em casa e já leve o material pronto para a aula, porém é opcional
neste momento o professor pedir aos alunos que ajudem na construção do tabuleiro, se
mesmo optar por esta atividade deve acrescentar uma aula extra para esta confecção.

Figura 1- Tabuleiro do jogo

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 4


Na figura acima podemos observar um modelo de tabuleiro que pode ser usado, ou
seja, são 10 linhas e 5 colunas. Aqui na figura 2, podemos visualizar todo material a ser
utilizado no jogo. A garrafinha é para realizar o sorteio dos dados, evitando que se
percam ou caiam. Caso não seja possível, use os dados sobre a mesa.

Figura 2- Material do jogo

Figura 3- Os 3 dados serão sorteados dentro da garrafa pet

Agora separados os grupos e cada um com o material do jogo completo, o professor


começa a ensinar as regras do jogo. O tabuleiro contem cinco colunas com dez
quadros(casas) enumeradas de 1 a 10, cada coluna será para um único jogador que usará
a tampinha para representa-lo no tabuleiro. Para o jogador movimentar no tabuleiro
precisa sortear os três dados na garrafa pet conforme visto na figura 2 e realizar as
operações matemáticas entre os números sorteados para obter o número da casa que se
deseja ocupar no tabuleiro. Primeiro o jogador necessita tirar o número 1(um) para ir à
casa inicial do jogo e assim sucessivamente até chegar ao ponto final que é a casa
10(dez).

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Exemplo: Se nos dados saírem os números 4, 5 e 2 uma forma de se obter o
resultado desejado seria 4+2-5 = 1. Outra forma possível seria 4-(5-2) = 1 (VERAS,
2014).
Ao acertar o resultado o jogador avança no percurso, porém, se errar, o jogador não
avança e passa a vez para o próximo jogador. Para avançar, deve-se respeitar a
sequência de 01 a 10, ou seja, o jogador não pode “pular” as casas. É necessário que o
resultado dessa operação seja exatamente o número da sequência em que se encontra o
jogador ou equipe, ou então ele permanece na mesma casa onde está até conseguir
encontrar o resultado correto. Vence quem conseguir chegar até o número 10 primeiro.
Há também a opção de delimitar o tempo para cada jogada, assim os jogadores devem
tentar fazer o cálculo o mais rápido possível (VERAS, 2014).

É importante que o professor sempre esteja passando nos grupos e verificando


possíveis dúvidas nas operações dos números sorteado nos dados e respondendo sempre
para que todos possam ouvir; Procurar elogiar aqueles que estão vencendo e observar
ainda se os que ainda não venceram ajudando-os e se necessário mudando-os de grupo
para que eles não fiquem desmotivados a participar, coibir aqueles que por venturam
tiverem fazendo piadas com os colegas que erram os cálculos.

Na segunda aula inicie com a organização da turma em grupos novamente similares


ao da aula anterior, distribuía os jogos, deixem que um tempo de 20 minutos para que os
alunos possam jogar e familiarizar com o jogo e consequentemente realizar os cálculos
das operações mentalmente nessa atividade, passados o momento inicial, delimite um
tempo de 30 segundos para tentarem realizar as operações com os números sorteados
pelos dados no jogo, nesta fase é o opcional deixar em que eles possam utilizar uma
calculadora. Esta proposta da utilização dos jogos tem como objetivo trazer um desafio
para o aluno no qual ele possa desenvolver sua capacidade cognitiva brincando, outro
aspecto importante é que contribui na relação social dos mesmos.

No final da aula, utilize 10 minutos para que os alunos devolverem os jogos e


reorganizar a turma, perfilados e sentados em seus lugares, peça a opinião dos alunos
sobre a utilização do jogo e se consideram que o mesmo contribui para o aprendizado
deles, e ainda o que não gostaram isto é importante para que o professor possa realizar
melhorias na aplicação desta atividade dos jogos.

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3ª etapa - Resolvendo e formulando problemas com operações básicas

Esta etapa consiste em cinco aulas, que tem o objetivo de revisar e reforçar o
conteúdo teórico e também desenvolver o raciocínio logico dos alunos na resolução de
problemas com as operações básicas de adição, subtração, multiplicação e divisão.

Inicie as aulas desta etapa sempre organizando a turma, orientandos os alunos que
se sentem perfilados, feito isso deve o professor começar a revisão teórica do conteúdo,
primeiro com as operações de adição e subtração, seguindo o referencial teórico e
pratico nos slides de 1 a 6 que se encontram nos anexos de A à F. A revisão serve para
recordar conceitos, tirar dúvidas e reforçar o conhecimento. Essa parte pode variar de
turma a turma, então cumprir o tempo, nem sempre é o principal. A atividade que seque
irá exigir mais tempo, mas pode ser iniciada em sala, continuada em casa e terminada na
próxima aula.

Após a revisão teórica das operações de adição e subtração, vamos para a atividade
de formulação de problemas a serem criados e respondidos pelos alunos. Para isso,
divida a turma em grupos de até cinco alunos. Importante fazer a divisão dos grupos,
pois seu olhar pode ser importante em distribuir os alunos de forma que possam
produzir e aprender uns com os outros. Nem sempre deixar livre para que eles escolham
é bom. Faça sua avaliação de acordo com a turma.

A atividade será formular problemas que envolvam as operações de adição e


subtração relacionadas a situações reais do cotidiano, por exemplo, comercio,
construção, feira e outros. Na revisão, já trouxe exemplos, mas se precisar construa um
com os alunos. Comece definindo um contexto, por exemplo, uma feira livre, barraca
das frutas. Isso pode ajudar alunos que estejam com dificuldade sobre o que fazer e
como fazer.

A quantidade de problemas a serem construídos por cada grupo é opcional ao


professor devendo o mesmo observar quanto tempo ainda resta de aula, minha indicação
é que seja ao menos três por grupo, disponibilize uma ou mais folhas para que eles
escrevam os problemas formulados e depois entreguem as folhas ao professor para que
ele distribua as folhas com os problemas para que os grupos de alunos possam
responder, observe para que nenhum grupo fique com os problemas que eles mesmos
formularam.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 7


Durante este processo o educador pode caminhar pela sala orientando os grupos e
tirando as dúvidas dos alunos em voz alta para que todos possam ouvir. Para esta etapa
sugerimos que o professor disponibilize aos mesmos livros, revistas, jornais ou
panfletos para ajudar os alunos na atividade. Recomendo que sejam utilizadas três aulas
para este momento.

Concluído a revisão teórica, pratica e a resolução das atividades com as operações


de adição e subtração, inicie o mesmo processo com a revisão das operações de
multiplicação e divisão utilizando o referencial teórico e pratico nos slides de 7 a 10 que
estão nos anexos de G á J, o processo teórico, pratico e a resolução de atividades será
similar aos que utilizamos anteriormente nas operações de adição e subtração só que
desta vez com multiplicação e divisão. Ao final desta etapa encerre com a correção do
apêndice A no quadro, pedir para que os alunos possam copiar no caderno afim de
ajudar no aprendizado.

4ª etapa - Avaliação
Nesta fase presume-se que os alunos já estejam familiarizados com as operações
básicas e tenham conseguido desenvolver sua capacidade de raciocínio logico e
melhorado seu desempenho nos cálculos mentais e escritos, para que o educador possa
verificar a aprendizagem deve aplicar nova avaliação procedendo exatamente como na
1ª etapa só que desta vez utilizando o apêndice B ao invés do apêndice A, e trazendo
novos problemas para a dinâmica, desde que sejam similares aos da 1ª etapa, durante
aplicação da mesma o professor deve estar sempre à disposição dos alunos para
eventuais dúvidas de interpretação esclarecendo elas em voz alta para que todos os
alunos possam ouvir.

Avaliação

A análise dos dados obtidos será dividida de acordo com as etapas estabelecidas
anteriormente, sendo assim teremos as seguintes divisões que se referem à primeira,
segunda, terceira e quarta etapa. Para a primeira etapa será feita analise do quantitativo
de acertos de cada aluno, verificando quantos aluno acertaram de 0 a 3, 4 a 6 e quantos
somaram mais de 7 acertos.

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Na segunda e terceira etapa será avaliado pela participação, envolvimento, domínio
do conteúdo, trabalho individual e em grupo.

Quarta etapa o educador deve proceder com o mesmo método de avaliação da


primeira etapa, e comparando os resultados com os da primeira avaliação observando se
houve aumento expressivo ou não nos acertos do questionário e na resolução de
problemas.

Referência e Bibliografia consultada

A ARTE DE APRENDER BRINCANDO. JOGO QUE ENVOLVE A ADIÇÃO,


SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO: Disponível em:
http://www.aartedeaprenderbrincando.com/search/label/Jogos%20Matem%C3%A1ticos
acesso em 24 de junho de 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília.


Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79601-
anexo-texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192
Acesso em 24 de junho de 2021.

IEZZI, Geson, DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e Realidade. Rio


de Janeiro: Atual Editora, 1996.

IMENES, Luiz Márcio; LELLIS, Marcelo. Matemática. São Paulo: Moderna, 2009.

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Apêndice
APÊNDICE A- 1ª Avaliação

ESCOLA: DATA:

PROFESSOR(a): TURMA:

NOME:

1ª Avaliação de matemática
1) Arme e efetue:

a) 49 + 57 = b) 144 + 169=

c)81 + 1069 = d) 2271 – 323 =

e)34621 – 3829 = f) 112 x 4 =

g)144 x 12= h) 512 x 25 =

i)2048 : 16 = j)11850 : 15 =

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APÊNDICE B- 2ª Avaliação

ESCOLA: DATA:

PROFESSOR(a): TURMA:

NOME:

2ª Avaliação de matemática

1) Arme e efetue:

a)79 + 28 = b) 112 + 623 =

c)81 + 3403 = d) 4722 – 1372 =

e)49551 – 45450 = f) 48 x 27 =

g)2218 x 7 = h) 950 x 17 =

i) 10280 : 8 = j)9760 : 80 =

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ANEXOS
ANEXO A - Slide 1

ANEXO B - Slide 2

ANEXO C - Slide 3

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ANEXO D - Slide 4

ANEXO E - Slide 5

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ANEXO F - Slide 6

ANEXO G - Slide 7

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ANEXO H - Slide 8

ANEXO I - Slide 9

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ANEXO J - Slide 10

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Funções de 1º grau: uma breve
introdução
José Quirino Costa
Orientador: Porfirio Azevedo dos Santos Junior
Universidade Federal de Catalão - UFCAT

Estrutura curricular

Etapa de ensino/Ano ou Série


1º Ano Ensino Médio

Área do conhecimento
Matemática e suas tecnologias

Unidade Temática
Números e Álgebra

Objetos de Conhecimento
• Necessidade dos números reais para medir qualquer segmento de reta;
• Números irracionais: reconhecimento e localização de alguns na reta numérica;
• Plano cartesiano: coordenadas cartesianas e representação de deslocamentos no
plano cartesiano;
• Sistema de equações polinomiais de 1º grau: resolução algébrica e representação
no plano cartesiano;
• Associação de uma equação linear de 1º grau a uma reta no plano cartesiano;
• Funções: representações numérica, algébrica e gráfica.

Habilidades
(EM13MAT301) Resolver e elaborar problemas do cotidiano, da Matemática e de outras
áreas do conhecimento, que envolvem equações lineares simultâneas, usando técnicas
algébricas e gráficas, incluindo ou não tecnologias digitais.
(EM13MAT302) Construir modelos empregando as funções polinomiais de 1º ou
2º grau, para resolver problemas em contextos diversos, com ou sem apoio de tecnologias
digitais.
(EM13MAT401) Converter representações algébricas de funções polinomiais de 1º grau
para representações geométricas no plano cartesiano, distinguindo os casos nos quais o
comportamento é proporcional, recorrendo ou não a softwares ou aplicativos de álgebra
e geometria dinâmica.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 17


Conteúdos Abordados
• Conjuntos Numéricos;
• Plano Cartesiano;
• Funções Polinomiais de 1º Grau.

Objetivos/Expectativas de Aprendizagem
• Revisar os conceitos sobre conjuntos numéricos com foco nos números racionais
e irracionais para que o aluno compreenda a definição e a característica dos
elementos de cada conjunto;
• Utilizar os conceitos de conjuntos numéricos para reconhecer e localizar um
número na reta real, para que o aluno possa visualizar na reta a posição
aproximada dos valores atribuídos;
• Utilizar conceitos da reta real para localizar pares ordenados no plano cartesiano
para que possa visualizar rapidamente o quadrante que o ponto pertence;
• Utilizar conceitos do plano cartesiano para identificar e representar graficamente
uma função polinomial de 1º grau para que, através do gráfico, o aluno extraia as
principais informações, como crescimento e decrescimento da reta, raízes da
função, coeficientes e lei de formação;
• Visualizar funções de primeiro grau em diversas situações no cotidiano.

Duração das atividades


1 hora-aula para revisão sobre conjuntos numéricos;
2 horas-aula para aplicação dos conceitos de reta real;
1 hora-aula para definição de plano cartesiano;
3 horas-aula para apresentação sobre gráficos da função de 1º grau;
2 horas-aula para teoria sobre função polinomial de 1º grau;
2 horas-aula para aplicações no cotidiano;
Total de 11 horas-aula de 50 minutos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com aluno


• Noção de conjunto;
• Conjuntos numéricos;
• Simbologia matemática;
• Significados e representações dos números e operações;
• Operações dentro dos conjuntos numéricos;
• Identificação, localização e representação dos números reais;
• Localização de pontos no plano cartesiano;
• Representação de pares ordenados no plano cartesiano.

Estratégias de ensino e recursos educacionais


Um dos grandes desafios dos professores, principalmente nos primeiros anos do
ensino médio, sempre foi tornar suas aulas mais atrativas e menos complexas para seus
alunos, sem perder nenhuma das habilidades e competências que devem ser adquiridas.
Particularmente, no ano de 2020, com o surgimento da pandemia de covid-19 gerada pelo
Sars-CoV-2, o desafio ficou ainda maior, pois os alunos ficaram impossibilitados de
participar das aulas no formato presencial que estão acostumados.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 18


Nesse novo contexto, foi posta à prova a habilidade dos professores de
enfrentarem o desafio de transmitir o conhecimento e fomentar as habilidades necessárias
para a progressão do aluno no decorrer do ano letivo.
Como é sempre bom enxergar as dificuldades como uma oportunidade de
crescimento iremos “aproveitar” o novo contexto de aulas remotas e suas possibilidades.,
vamos propor, nessa sequência didática, a utilização de vários recursos disponíveis,
também viáveis do ponto de vista financeiro, para melhorar a interação entre professores
e alunos. Pretende-se, assim, tentar reduzir as perdas que a “distância” estabelece para o
ensino de matemática. Buscamos propor ações, que se concentrem na utilização de
programas para melhorar a compreensão dos temas propostos. Visto que se trata de um
contexto não presencial, os estudantes vão precisar, além dos materiais usuais como
caderno, lápis, borracha, régua, compasso e esquadro, também um smartphone ou um
computador simples com acesso à internet e aos softwares aqui apresentados, Geogebra
e Jamboard, para que não tenham prejuízo no quesito aprendizagem. Vale ressaltar que é
recomendado ao professor a utilização da mesa digitalizadora, um computador e acesso
à internet.
Com intuito de minimizar os gastos, é interessante recomendar materiais didáticos
que são disponibilizados de forma gratuita. Nessa perspectiva, utilizaremos no decorrer
da sequência didática o Geogebra, tanto nas atividades propostas no formato remoto
quanto no presencial. Trata-se de um software de acesse livre e gratuito, que pode ser
utilizado para plotagem de gráficos e, se utilizado da forma correta, pode ser uma
excelente ferramenta de auxílio aos professores na apresentação de funções aos alunos,
por ser uma ferramenta fácil de usar.
Como estratégia de ensino, serão propostas aos alunos atividades práticas para
que, por meio delas, possam relembrar os conceitos básicos ministrados nos anos
anteriores. Pretende-se com essas atividades levar os alunos a deduzir os novos conceitos
que serão apresentados posteriormente, tudo isso com o intuito de tornar o professor o
mediador e não o detentor do conhecimento. Será utilizada uma dinâmica de grupo para
relembrar as noções básicas de conjuntos numéricos. Utilizaremos o método proposto por
Oliveira (2020) para demarcarmos pontos na reta numérica e uma versão do jogo Batalha
Naval para entendermos os conceitos de plano cartesiano. A abordagem das funções se
dará através da utilização do Geogebra a fim de que, através da análise das alterações
gráficas e da utilização do controle deslizante e da caixa de entrada disponíveis no
software, os alunos possam deduzir informações importantes, como alterações
proporcionadas pela variação dos coeficientes, funções crescentes e decrescentes e a raiz
da função.

Descrição da Sequência de Atividades

1ª etapa – Sobre conjuntos numéricos


É importante ressaltar que, como o foco desta sequência é função polinomial de
1º grau, uma parte da primeira etapa é uma revisão de alguns conteúdos do 8º e 9º ano do
Fundamental, com um destaque para os conjuntos racionais e irracionais. Portanto, caso
seja necessário, o professor deverá aprofundar o conteúdo dependendo das dificuldades
apresentadas pelos alunos.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 19


1. Conjuntos numéricos

É recomendado que o professor inicie sua aula com a definição de conjunto


numérico apresentada pelo material didático que está em uso no ano vigente e, em
seguida, desenvolva uma pequena dinâmica de grupo para relembrar as principais
propriedades dos conjuntos numéricos.

Dinâmica:

• O professor deve desenhar no quadro a imagem retratada na Figura 1, bem com a


Tabela 1:

Figura 1: Desenho conjuntos numéricos

Fonte: Elaborada pelo autor

Tabela 1: Números para dinâmica


7 π = 3,14414… 2,123123123… 1,111111… -1
0,13579… ½ ! = 2,718281828… 0,0000001 -99
√9 -1/2 -19 99 15,10110111…
1325 0,3333… 1 √5 23
−√9 √2 0 0,010010001… √3
Fonte: Elaborada pelo autor

A quantidade de números deve ser proporcional ao número de alunos presentes,


sendo necessário no mínimo dois números para cada aluno e dois para o professor.
Os números apresentados na Tabela 1 podem ser alterados de acordo com a
necessidade do professor, podendo ser frações, raízes etc., porém devem estar dentro dos
conjuntos dos reais.

• O professor deve posicionar dois números aleatórios da tabela na figura desenhada


em seu respectivo conjunto numérico como exemplo, e explicar por que pertence
àquele conjunto para os alunos.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 20


• Em seguida, deve pedir para que os alunos se dirijam ao quadro um por um,
utilizando os números escritos na tabela e colocar pelo menos dois deles no local
correto, dentro do desenho dos conjuntos numéricos, conforme exemplo feito pelo
professor. Depois, os alunos deverão justificar o porquê da escolha utilizando os
conceitos de conjuntos numéricos.
• Todos os alunos vão anotar as posições e justificativas (embasadas nas definições
apresentadas de conjuntos numéricos obtidas dos números escolhidos por eles).
Caso discordem, podem dar as respostas conforme o próprio entendimento. Ao
final, a atividade tem de ser entregue ao professor para avaliação das respostas.
Após os alunos entregarem a atividade, o professor deve corrigir as
respostas e caso haja alguma dúvida, explicar o erro aos alunos, reposicionando
o número no local correto.

Orientações para utilização do Jamboard

Caso a atividade seja aplicada no formato remoto, o professor poderá utilizar a


Figura 1 como imagem para que possa ser anexada no Jamboard1, conforme Figura 2 e 3.
O resultado deverá ser conforme Figura 4.

Figura 2: Jamboard plano de fundo 1

Fonte: Elaborada pelo autor

Figura 3: Jamboard plano de fundo 2

Fonte: Elaborada pelo autor

1
Disponível no link https://jamboard.google.com/.

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Figura 4: Jamboard tela final

Fonte: Elaborada pelo autor

Agora, deve ser criado outro frame, conforme Figura 5, e utilizando os passos
representados nas figuras 2 e 3, anexar a imagem da Tabela 1 no Jamboard para melhor
visualização dos alunos.

Figura 5: Novo frame

Fonte: Elaborada pelo autor

Para a realização da dinâmica deverão ser usadas as notas autoadesivas, conforme


Figura 6, para posicionar os números em seus respectivos conjuntos e explicar o motivo
da posição escolhida.

Figura 6: Notas autoadesivas

Fonte: Elaborada pelo autor

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2. Racionais e Irracionais

Algumas das dificuldades que os alunos do ensino básico enfrentam no seu


percurso para compreender os números fraccionários, são identificadas na
literatura com os diferentes significados das fracções, com a concepção da
unidade e com o ensino precoce e descontextualizado dos símbolos e
algoritmos. (MONTEIRO; PINTO, 2005, p. 89)

Sabendo que pode existir uma deficiência no conhecimento sobre números


racionais e irracionais, vamos, através desta sequência didática, trabalhar um pouco mais
profundamente esses conjuntos, a fim de melhorar o entendimento dos alunos do 1º ano
do Ensino Médio. Por se tratar de uma revisão, fica a cargo do professor, caso seja
necessário, um maior aprofundamento dos temas aqui expostos.
Como no início da primeira etapa foram abordadas as definições dos conjuntos
numéricos, vamos partir do pressuposto que esses conceitos já foram revisados através da
dinâmica de grupo aqui proposta. Partiremos, então, para representação de números
racionais e irracionais na reta real.

2.1. Representação dos números racionais e irracionais na reta real

Para dar início à representação da reta, os alunos devem pegar uma folha de papel
e desenhar uma linha horizontal e, em alguma parte dela, definir um ponto zero. O
professor deverá fazer a mesma coisa no quadro ou na lousa eletrônica, dependendo do
modelo de aula, e explicar aos alunos que considerando esse ponto zero, os valores à
esquerda serão negativos e à direita positivos, conforme Figura 7.

Figura 7: Reta real

Fonte: Elaborada pelo autor

Os alunos devem representar, em suas respectivas retas, um intervalo numérico,


por exemplo, de -5 a 5 – a escala deverá ser escolhida pelos próprios alunos. Ao professor,
entretanto, cabe indicar uma escala maior para facilitar a visualização dos números. Uma
sugestão é usar 2 cm como unidade de medida.
Para essa atividade nos baseamos no trabalho de Oliveira (2020, p. 4-6). A
proposta se encontra descrita no Anexo A, que apresenta o método para marcar números
racionais e irracionais em uma reta, utilizando geometria. Para realizá-la, é necessário que
os alunos tenham em mãos régua e compasso.
Após o professor marcar, em sua reta, alguns números racionais e irracionais como
exemplo, os alunos devem utilizar esse método para marcar seus números escolhidos.
Eles devem representar todos os números inteiros em sua reta dentro do intervalo proposto
e, em seguida, representar alguns pontos racionais e irracionais. Fica a cargo do professor
escolher esses números. Após finalizada, a atividade deve ser recolhida para avaliação e,

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 23


caso seja necessário, o professor poderá corrigir alguns valores que gerarem alguma
dúvida entre os alunos.
Como atividade extra, se ainda houver tempo, o professor pode fixar a noção de
infinidade de valores dispostos entre dois números quaisquer. O professor deve pegar um
intervalo entre dois números e representá-los com uma escala maior. Então, pedir para
que os alunos encontrem números racionais e irracionais nesse intervalo. O intuito é que
os próprios alunos percebam que nesse intervalo há infinitos números reais e que nos
intervalos entre esses números também existem uma infinidade de outros valores,
concluindo que essa ideia pode ser replicada para qualquer intervalo.
Após essas atividades, o professor poderá introduzir o conceito de reta real
disponível no material didático utilizado no ano vigente.

Atividades de Fixação de Conteúdo

Caso seja necessário, é indicado o emprego de alguns exercícios sobre reta real e
números racionais e irracionais obtidos no material didático utilizado.

2ª etapa – plano cartesiano


Como o tema plano cartesiano é um assunto apresentado no Ensino Fundamental,
nesta sequência didática vamos apenas aplicar uma revisão com os principais temas
necessários para esboçar o gráfico:
• Eixos x e y;
• Pontos no plano cartesiano;
• Quadrantes.

Para introduzir o conceito de eixos, ponto no plano cartesiano e quadrantes, o


professor poderá levar os alunos ao laboratório de informática, caso seja uma aula
presencial e a escola possua esse recurso; ou, caso seja possível pelas regras da instituição,
utilizar o celular. O professor deve, então, pedir que os alunos acessem o site do
Geogebra2 ou façam o download do aplicativo3. Se isso não for possível, pode ser
utilizado somente papel, lápis e régua.
Para apresentar os eixos, o professor deve pedir para que os alunos esbocem o
plano cartesiano em uma folha, com um intervalo e uma escala já pré-definida,
consolidando assim o plano cartesiano que será visualizado através do Geogebra.
Para apresentar o conceito de ponto no plano cartesiano, o professor irá pedir para
os alunos escolherem e marcarem na folha um número em cada um dos eixos. Depois,
devem passar uma reta tracejada paralela ao eixo x que passe pelo número escolhido em
y e uma reta tracejada paralela ao eixo y que passe pelo número selecionado em x. Onde
as retas tracejadas se interceptarem, deve ser marcado o ponto que é definido pelos valores
escolhidos de x e y, obtendo assim o par ordenado (x, y). Em seguida, após obter o par
ordenado, utilizar o Geogebra para plotar os pontos utilizando o passo apresentado na
Figura 8, obtendo assim o ponto exemplificado na Figura 9.

2
https://www.geogebra.org/classic?lang=pt
3
https://play.google.com/store/apps/details?id=org.geogebra.android

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Figura 8: Ferramenta para marcar pontos

Fonte: Elaborada pelo autor

Figura 9: Marcação de um ponto

Fonte: Elaborada pelo autor

Em seguida, o professor poderá utilizar o material didático para apresentar a


definição formal de plano cartesiano e pares ordenados que representam os pontos no
plano.
Os alunos devem utilizar a ferramenta de marcação de ponto do Geogebra,
apresentada na Figura 9, para que através da plotagem de 20 pontos em toda a malha, eles
possam observar as características atribuídas a cada ponto, dependendo de cada quadrante
que o ponto está. Esta informação está descrita na parte esquerda do Geogebra, conforme
exemplo apresentado na Figura 10. O professor devera direcionar os alunos para que os
pontos marcados não fiquem focados somente no primeiro quadrante.

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Figura 10: Pontos no plano

Fonte: Elaborada pelo autor

Note que a ideia por trás da marcação dos pontos é que os alunos percebam as
características de cada um dos quadrantes antes mesmo de estudarem a definição formal.
Em seguida, o professor poderá apresentar a definição formal de quadrantes
utilizando o material didático de sua escolha ou destacando que:

Q1 = {(x, y) |x, y ≥ 0},


Q2 = {(x, y) |x ≤ 0, y ≥ 0},
Q3 = {(x, y) |x, y ≤ 0},
Q4 = {(x, y) |x ≥ 0, y ≤ 0}.

Figura 11: Quadrantes

Fonte: Francisco Bruno Holanda – OBMEP

Atividade 1: Tanto utilizando o Geogebra quanto o desenho manual, os alunos


devem criar uma malha de pontos escolhidos por eles, seguindo as seguintes orientações:

• A malha deve conter os números inteiros de -4 até 4, conforme Figura 11;


• Os números escolhidos e seus opostos devem ser representados nos eixos
coordenados;
• Destaque no plano cartesiano todos os pontos possíveis com os números marcados
nos eixos coordenados.

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Escolha dos números:
• Um número racional entre 0 e 1;
• Um número racional entre 2 e 3;
• Um número irracional entre 1 e 2;
• Um número irracional entre 3 e 4.

Avaliação
Como forma de avaliação, recolher a malha construída pelos alunos e observar se
as representações dos números nos eixos e a representação dos pontos estão corretos. Em
seguida, devolver aos alunos apontando as correções necessárias para o jogo Batalha
Naval.
É proposto que, após as correções, os alunos dupliquem suas malhas para o jogo
Batalha Naval. Em uma das cópias, devem desenhar na malha dois retângulos (na
horizontal ou vertical) que contenham dois pontos adjacentes e dois retângulos (na
horizontal ou vertical) contendo três pontos adjacentes. Conforme exemplificado na
Figura 12 e na Figura 13.

Figura 12: Exemplo de pontos para o jogo

Fonte: Elaborada pelo autor

Figura 13: Exemplo de retângulos na malha

Fonte: Elaborada pelo autor

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Cada jogador deve, inicialmente, chutar pontos marcados na malha, buscando
identificar a posição de cada navio do adversário. Em caso de acerto, é obrigatório
comunicar imediatamente o acerto e ou a destruição de seu navio ao seu concorrente.
Cada jogador deve anotar, conforme a Tabela 2, os pontos jogados, os acertos e erros.
Ganha o jogo quem acertar todos os pontos que compõem os barcos do adversário
primeiro.

Tabela 2: Batalha Naval


Coordenadas Acertou Errou Destruiu

Fonte: Elaborada pelo autor

Ao finalizar a atividade, o professor deverá recolher a tabela juntamente da malha


desenhada. Como forma de avaliar a atividade, deve-se observar a coerência do chute,
seguinte ao acerto de um ponto do barco, para analisar a percepção do aluno em relação
aos pontos adjacentes. O professor deve também avaliar cada aluno quanto à quantidade
de pontos acertados, a organização da malha e se foram utilizadas as habilidades
propostas durante as aulas, tais como a representação de um número racional e irracional
na reta. O valor da atividade cabe ao professor estipular.
Caso seja necessário, o professor poderá utilizar também a lista 2, exercício 1,
itens a e b, disponível no Apêndice A, para fixação do conteúdo.

3ª etapa – Gráfico da Função Polinomial de 1º grau

1) Plotagem da reta através do Geogebra

Para apresentarmos os conceitos de gráficos de função polinomial de 1º grau


utilizaremos o Geogebra, por proporcionar uma visualização mais precisa e por ser
possível de usar tanto no formato presencial quanto no remoto.

Atividade 2: Com o Geogebra aberto, cada aluno deverá plotar 2 pontos no plano
cartesiano, utilizando a ferramenta de marcar ponto apresentada na Figura 8, obtendo
assim dois pontos, conforme exemplo da Figura 14.

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Figura 14: Pontos para reta

Fonte: Elaborada pelo autor

Em seguida, os alunos devem utilizar a ferramenta de criação de reta entre dois


pontos para criar uma reta que passa pelos dois pontos marcados, conforme Figura 15,
obtendo assim a Figura 16.

Figura 15: Criação da reta

Fonte: Elaborada pelo autor

Nesse momento, o professor deve apresentar aos alunos a equação da reta


exemplificada no Geogebra, conforme Figura 16.

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Figura 16: Equação da reta

Fonte: Elaborada pelo autor

Agora, o professor irá apresentar a definição formal da lei de formação da função


de 1º grau utilizando o material didático. Lembrando que:

y = ax + b, com a, b ϵ ℝ e a ≠ 0.

Como cada aluno vai obter uma equação diferente no Geogebra, o professor deve
ensinar a manipulação algébrica para que os alunos isolem o y de sua função. Após cada
aluno encontrar sua função, o professor vai propor que os alunos atribuam valores para x,
a fim de encontrar o valor de y, conforme exemplo da Tabela 3. É importante que os
alunos utilizem valores em todos os conjuntos numéricos para melhor o entendimento.

Tabela 3: Tabela pares ordenados


x F(x) = y = 2x + 1 par ordenado
0 2.0 + 1 = 1 A = (0,1)
1 3 B = (1,3)
-1 -1 C = (-1,-1)
1 !
2 D=( , 2)
2 "
π 7,283185… E = (π, 7,283185…)
F = (3,01001001…,
3,01001001… 7,0200200020… 7,0200200020…)
2,75 6,5 G = (2,75, 6,5)
Fonte: Elaborada pelo autor

O intuito dessa atividade é despertar a percepção dos alunos de que a reta é


composta por infinitos pontos. Além de fazê-los compreender que para cada valor
atribuído à x existe um único valor referente à y obtido por meio dessa função. Portanto,
eles devem plotar no Geogebra cada um dos pontos, com exceção dos irracionais não
convencionais, pois não é possível digitar infinitas casas decimais no Geogebra, obtendo
o exemplo da Figura 17.

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Nota: para escrever raiz quadrada no Geogebra basta digitar sqrt antes do número:
*+,- 2 = √2

Figura 17: Gráfico da Função da Tabela 2

Fonte: Elaborada pelo autor

Para fixar os conceitos, o professor pode utilizar a Lista 2 do Apêndice A,


exercício 01, para que os alunos plotem os gráficos das funções. É recomendável que o
professor faça a correção dos exercícios através do Geogebra.

2) Comportamento do gráfico diante da variação dos coeficientes

Colocar os alunos para desenvolver, por meio do Geogebra, a seguinte atividade:

Atividade 3: Com o Geogebra aberto, os alunos devem digitar na caixa de entrada


do a lei de formação geral da equação de primeiro grau y = ax + b, conforme Figura 18.

Figura 18: Gráfico geral da função

Fonte: Elaborada pelo autor

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Após digitar a função, o Geogebra criará o controle deslizante automaticamente
para que os valores a e b da lei de formação possam ser alterados dentro de um intervalo
manualmente ou automaticamente, conforme Figura 19.

Figura 19: Controle deslizante

Fonte: Elaborada pelo autor

Utilizando o controle deslizante, os alunos devem modificar o valor de b,


iniciando com b = 0. Em seguida, irão modificar o valor de a quatro vezes ou mais,
atribuindo valores positivos e depois negativos. Então, fazer as mesmas modificações em
b, conforme exemplo da Figura 19. Cada aluno deve escrever em uma folha separada o
que observou no comportamento do gráfico após as mudanças dos valores. Lembrando
que os valores de a e b devem seguir a definição que diz: y = ax + b, com a, b ϵ ℝ e a ≠ 0.
Ou seja, a ≠ 0.
O intuito desse processo é que, por meio desses passos, os alunos percebam de
forma prática cada uma das sutis alterações causadas pela modificação dos coeficientes.
É aconselhável que o professor, durante o processo de manipulação dos coeficientes, faça
perguntas como: o que acontece quando o valor de a é maior e menor que 0? Onde a reta
corta o y quando b é igual a 1? O que o valor de b representa na reta? Qual a relação entre
as retas obtidas através da variação de b? O que acontece quando o valor de a é igual a 0?
Qual a diferença entre reta crescente e decrescente? E outros pontos que ache importante.
Após todos esses questionamentos, o professor deverá recolher as observações
que os alunos obtiveram e, mediante esses apontamentos, apresentar a teoria sobre função
polinomial de 1º grau, utilizando o material didático para referenciar os conceitos que
eles aplicaram em sala. O professor poderá aplicar a lista 01 registrada no apêndice A,
caso precise de uma forma mais convencional para avaliar o entendimento dos alunos.

3) Equação da reta que passa por dois pontos

Um fato interessante que pode ser trabalhado pelo professor é um dos métodos de
encontrar a equação da reta que passa por dois pontos dados. Explorar o fato que toda
reta, com exceção de retas horizontais ou verticais, está associada à leis de formação do
tipo y = ax + b, com a, b ϵ ℝ e a ≠ 0.

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Como exemplo, é descrito abaixo a utilização de sistemas para encontrar a reta
que passa entre dois pontos, porém o método pode ser alterado dependendo da
necessidade do professor.

Atividade 3: Utilizando os pontos e a reta obtidos no método descrito na 3ª etapa


desta sequência didática, nas Figuras 14, 15 e 16, o professor deve propor que cada aluno,
explorando esta construção realizada por meio do Geogebra, desenvolva o passo a passo
para encontrar de forma algébrica a equação da reta que passa pelos pontos, já disposta
no Geogebra, conforme exemplo abaixo.

Nota: Caso seja necessário, modifique os pontos iniciais para a atividade.

Exemplo: Dado os pontos A (1, 2) e B (2, 1), represente a equação da reta que
passa por esses dois pontos e descreva o procedimento para o caso particular para a reta
que foi representa a partir da escolha dos pontos.

Nota: É indicado ao professor relembrar com os alunos que o ponto é expresso


por um par ordenado (x, y) e é assim que extraímos da questão os valores de x e y de cada
ponto. Além disso, deve-se explicar que a função de primeiro grau é da forma
f(x) = ax + b e que f(x) = y.

No ponto A temos x = 1 e y = 2;
No ponto B temos x = 2 e y = 1.

Substituindo, na função de primeiro grau temos:


A: y = ax + b = > 2 = a.1 + b.
B: y = ax + b = > 1 = a.2 + b.

Extraindo assim o sistema linear:


2 = 1. 1 + 4
0
1 = 1. 2 + 4

Nota: Como sistemas é aprendido no 7º ou 8º ano, não vamos nos aprofundar


nessa sequência, porém fica a cargo do professor o aprofundamento, caso necessário.
Resolvendo o sistema, obtemos que a = -1 e b = 3.
Após obter os valores de a e b, vamos substituir pela definição da função de
1º grau: y = ax + b, portanto obtemos y = -1x + 3.
Os alunos podem conferir a respostas através do gráfico que foi plotado no início
da atividade, obtendo assim o exemplo da Figura 20.

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Figura 20: Função obtida através dos pontos A e B

Fonte: Elaborada pelo autor

É sempre bom relembrar aos alunos que toda reta que não seja vertical ou
horizontal está diretamente relacionada a uma função polinomial de primeiro grau. Para
fixação do conteúdo o professor poderá aplicar a lista 02 registrada no apêndice A,
exercícios 02 e 03.

4) Informações do cotidiano que podem ser representadas por uma função de 1º


grau
Ao finalizar a sequência didática, é importante apresentar para os alunos os
exemplos de aplicação de função de 1º grau em situações do cotidiano, como conta de
luz, conta de água, valores pagos em uma corrida de táxi, custos de fabricação de produtos
etc.
Atividade 4: O professor deve utilizar o modelo representado na Figura 21 para
que, através da análise da conta, os alunos extraiam as informações, como multa fixa por
atraso e a multa gerada diariamente, assim correlacionando com os elementos da função
de 1º grau, como coeficientes, lei de formação e gráfico da função. Responder os
questionamentos a seguir e os demais que o professor decida ser pertinente.

Figura 21: Conta a paga

Fonte: Elaborada pelo autor

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a) Quanto a empresa pagará a mais no valor da conta, se demorar 5, 10 e 15 dias para
honrar seu compromisso? Para facilitar a visualização basta completar a Tabela 4 com
os dados obtidos.

Tabela 4: Tabela de juros


Pontos
valor da
dia em atraso multa fixa multa diária relacionados
multa
(x, y)

Fonte: Elaborada pelo autor

Nota: O intuito é que os alunos percebam a correlação entre os valores obtidos


nos cálculos.

b) Através do método apresentado na atividade 3, escolha dois pontos adquiridos na


Tabela 3 para plotar e definir a lei de formação da reta que passa por esses pontos e,
assim, os coeficientes obtidos.

Nota: É nesse ponto que o professor irá observar se os conceitos apresentados até
o momento foram absorvidos. Portanto, essa atividade deve ser recolhida para analisar as
respostas dos alunos.

O professor pode também, aplicar a lista 03 do apêndice A para consolidação das


ideias. Caso aplique a lista, é importante que o professor execute a correção.

Atividade extra: Peça aos alunos que tragam, para a próxima aula, um exemplo
de função de 1º grau aplicado no cotidiano, que podem ser encontradas em suas casas,
para apresentar em sala. Os alunos devem explicar como perceberam que era uma função,
como extraiu os dados e a montagem da lei de formação da função. Caso seja possível a
utilização do software Geogebra, os alunos também podem representar graficamente a
função e visualizar as mudanças causadas pela variação dos coeficientes na sua função e
apresentar alguns dados importantes, como a raiz da função, se a função é crescente ou
decrescente etc.

Avaliação
Para o propósito desta sequência didática, o professor pode utilizar todas as
atividades desenvolvidas como forma de avaliar os alunos, assim como a utilização das
listas propostas no apêndice A. A análise, dia a dia, da interação do aluno em sala e da
conclusão das atividades, proporciona ao professor indicadores para avaliação do
desenvolvimento dos alunos. Porém, cabe a cada professor verificar a necessidade de
aplicação de provas convencionais, pois as regras podem variar de acordo com cada
instituição de ensino.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 35


Referência e Bibliografia consultada
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OLIVEIRA, Alessandro José Rosa de. Plano cartesiano: representação de pontos e


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Apêndice
APÊNDICE A – Listas de exercícios

Lista 01
Exercício 01: Observe a reta numérica desenhada abaixo. Ela está segmentada na mesma
medida.

O ponto P representado na reta acima representa o número:


a) 2,31
b) 2,32
c) 2,33
d) 2,41
e) 2,60

Exercício 02: Qual é o coeficiente angular (a) e linear (b) das funções abaixo:

a) f(x) = 2x – 1; → a = ____ b = ____


b) f(x) = -3x – 5; → a = ____ b = ____
c) f(x) = 7x + 41; → a = ____ b = ____
d) f(x) = − 3/ 5x + 8; → a = ____ b = ____
e) f(x) = 16 /3x - 7/2; → a = ____ b = ____
g) f(x) = πx - √2; → a = ____ b = ____

Exercício 03: Analisando o coeficiente angular das funções do 1º grau abaixo, classifique-
as em crescente ou decrescente:

a) f(x) = 5x – 1; ___________________
b) f(x) = -3x – 5; ___________________
c) f(x) = 2x + 21; ___________________
d) f(x) = - 1/2x + 15; __________________
e) f(x) = - 16/3 x -7/2; ___________________
g) f(x) = πx - √2; _____________________
h) f(x) = - x; ___________________

Exercício 04: Aplique o método de encontrar a raiz nas funções apresentadas no exercício
02 e 03.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 37


Lista 02
Exercício 01:Analisando o plano cartesiano abaixo responda:

a) Quais pares ordenados representam os pontos:


R: ( , )
S: ( , )
T: ( , )
U: ( , )
V: ( , )

b) Em quais quadrantes os pontos estão alocados e por quê?

R:

S:

T:

U:

V:

Exercício 2: Agora, como já sabemos os pares ordenados dos pontos R, S, T, U, V, vamos


verificar as leis de formação das retas que passam pelos pontos:

a) Entre os pontos U e R;

b) Entre os pontos V e S;

c) Entre os pontos V e U;

d) Entre os pontos S e R;

Exercício 3: A partir dos resultados do exercício 2, plote os gráficos das funções obtidas
nas letras a, b, c e d, com a utilização do geogebra caso possível.

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 38


Lista 03
Exercício 1: Um motorista de aplicativo cobra como valor fixo R$ 3,50 e mais R$ 0,70
por quilômetro rodado (valor variável). Determine o valor a ser pago por uma corrida
relativa a um percurso de 18 quilômetros.

Exercício 2: (Encceja 2018) Uma prestadora de serviços cobra pela visita à residência do
cliente e pelo tempo necessário para realizar o serviço na residência.
O valor da visita é R$ 40,00 e o valor da hora para realização do serviço é R$ 20,00.
Uma expressão que indica o valor a ser pago (P) em função das horas (h) necessárias à
execução do serviço é:

a) P = 40h

b) P = 60h

c) P = 20 + 40h

d) P = 40 + 20h

Exercício 3: (Enem 2016) Uma cisterna de 6.000 L foi esvaziada em um período de 3h.
Na primeira hora foi utilizada apenas uma bomba, mas nas duas horas seguintes, a fim de
reduzir o tempo de esvaziamento, outra bomba foi ligada com a primeira. O gráfico,
formado por dois segmentos de reta, mostra o volume de água presente na cisterna, em
função do tempo.

Qual é a vazão, em litro por hora, da bomba que foi ligada no início da segunda hora?

Exercício 4: Uma empresa não consegue cumprir com seus compromissos e não
conseguiu pagar a conta de água no dia do vencimento. Sabendo que a distribuidora cobra
multa de R$ 2,50 mais R$ 0,01 por dia de atrasa responda:

c) Qual a lei de formação obtida através do texto?

Caderno de Atividades · sequências didáticas para o ensino de matemática · Agosto - 2021 · 39


d) Quanto a empresa pagará se demora 15 dias para honrar seus compromissos sabendo
que o valor inicia da conta é de R$ 350,00?

e) Plote o gráfico da função obtida da questão 4.

Exercício 5: Para fabricar um bolo, uma padaria tem um custo fixo de R$ 10,00 e mais
R$ 3,00 por bolo fabricado. A partir das informações acima responda:

a) Quanto um cliente pagará se encomendar 30 bolos?

b) Qual a lei de formação obtida através dos elementos acima?

c) Caso o custo abaixe para R$ 9,00 quanto custará para fabricar 15 bolos?

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Anexo

Anexo A – Técnica para marcar pontos


1. Técnica de marcar pontos racionais
! " ! $ #
Inicialmente, faz-se a marcação dos números racionais , = , $ # = 1. É
# # " #
importante o professor destacar que para marcar um número racional, entre 0 e 1, é
necessário dividir esse intervalo em um número de partes iguais. Nesse caso, é dividir o
intervalor [0; 1] em quatro partes iguais.
1.1 – Considere uma reta na horizontal (real ℝ);
1.2 – Marque o ponto A como sendo a origem, zero; a partir do zero, com a abertura do
compasso igual a 5 cm, com a ponta seca em zero (ponto A), marque o ponto B à direita
de A, o qual representa o número 1. Com a mesma abertura e ponta seca em B marque o
ponto P a direita de B (o qual representa o número 2), assim sucessivamente, pode-se
marcar os números 3, 4, 5… De forma análoga, pode-se marcar os pontos a esquerda de
zero, que representam os números inteiros negativos;
1.3 – Traça-se uma reta auxiliar (reta s) que intercepta a reta ℝ no ponto A, formando
ângulo menor que 90° (pede-se ao aluno para utilizar o transferidor, verificando se o
ângulo formado é menor que 90°);
1.4 – Com a ponta seca do compasso em A e abertura qualquer (não muito grande),
marque sobre a reta s o ponto C. Em seguida, com a ponta seca em C com mesma abertura,
marque o ponto D em s, depois com a ponta seca em D, marque o ponto E, da mesma
forma o ponto F.
1.5 – Trace a reta que passa pelos pontos F e B, 56⃖8888⃗;
1.6 – Pelo ponto E trace a reta paralela a ⃖8888⃗
56. Essa reta irá interceptar a reta ℝ no ponto
G. De forma análoga, trace a reta passando por D paralela ⃖8888⃗ 56 e outra reta passando por
C paralela a ⃖8888⃗
56. Essas retas, irão interceptar a reta 56 ⃖8888⃗, respectivamente, nos pontos I e
H. A figura 1 ilustra a referida construção.

Figura 1: Técnica de marcar pontos racionais

Fonte: Elaborada pelo autor

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Obs. O número de pontos marcados na reta auxiliar é igual quantidade do denominador
da parte que quer ser representado. A reta auxiliar passa pelo 0 se o número fracionado
tiver entre 0 e 1 caso não ela passa por k em um intervalo k e k+1.

Justificativa: Por construção, tem-se que :; ⃖8888⃗ =⃖88888⃗


;< = <= ⃖8888⃗ = =5
⃖8888⃗ e os segmentos
⃖8888⃗,⃖88888⃗
56 =5 , <?⃖888⃗!⃖88888⃗
;@ são paralelos, por construção. Então as retas s e ℝ são transversais, e,
como consequência do teorema de Tales, tem-se que :@ ⃖8888⃗ = ⃖888⃗
@? = ⃖88⃗
?A = ⃖8888⃗
A6. Portanto,
! " ! $ #
teremos que: ⃖8888⃗ :@ = , ⃖88⃗
:? = = ,⃖8888⃗ :A = ⃖8888⃗
:6 = = 1. De forma análoga, podemos
# # " # #
!
marcar o número fazendo a mesma construção, considerando a partir item 1.3 três
$
!
pontos sobre a reta auxiliar. Se for marcar , considera 5 pontos e, assim sucessivamente.
%
Desta forma, podemos marcar qualquer número racional entre 0 e 1. Se o número racional
estiver entre o número xi e xi+1 com xi < xi+1, fazemos a mesma construção partindo do
ponto que representa o número xi.

2. Técnica para marcar alguns pontos irracionais mais conhecidos (√2 e √3)
Inicialmente, faz-se marcação dos números irracionais √2 e √3. Mas lembre-se ao aluno
que todo quadrado é um retângulo.
2.1 – Considere a reta na horizontal (ℝ);
2.2 – Marque um ponto (como sendo a origem zero; A partir do zero, com a abertura do
compasso igual a 5 cm, com a ponta seca em zero ponto (A), marque sobre a reta ℝ o
ponto B, a direita de A, o qual representa o número 1. Com a mesma abertura e ponta
seca em B, marque o ponto C à direita de B (o qual representa o número 2), assim
sucessivamente, marcaremos os números 3, 4, 5, … De forma análoga, pode-se marcar
os pontos a esquerda de zero, que representam os números inteiros negativos;
2.3 – Trace a reta s que passa pelo ponto B, perpendicular a ℝ, formando um ângulo
exatamente igual a 90° (pede-se ao aluno para utilizar o transferidor, verificando se o
ângulo formado é menor que 90°);
2.4 – Com a ponta seca do compasso em B, e a mesma abertura que demarcou em ℝ os
números inteiros positivos, marque o ponto P em s. Em seguida, une os pontos A e P,
formando o segmento :B CCCC;
2.5 – Com a ponta seca em A e abertura igual ao segmento :B CCCC (diagonal de um retângulo
de base e altura iguais a 1), faz-se o arco (no sentido horário) com o compasso
interceptando ℝ, o qual representa o número irracional √2;
2.6 – A partir do item 2.5, trace a reta t que passa por P perpendicular CCCC
:B formando um
ângulo exatamente igual a 90°;
2.7 – Com a ponta seca do compasso em P e a mesma abertura que demarcou em ℝ os
números inteiros positivos, marque o ponto Q em t. Em seguida, une os pontos A e Q,
formando o segmento :D CCCC;
2.8 – Com a ponta seca em A, no segmento CCCC :D (diagonal de um retângulo de lado igual
√2 e altura igual a 1), faz-se o arco (no sentido horário) com o compasso interceptando
ℝ, o qual representa o número irracional √3.

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Figura 2: Construção dos números irracionais

Fonte: Elaborada pelo autor

Justificativa: Os números são exatamente √2 e √3, porque o segmento CCCC


:B é a diagonal
de um retângulo de lado e altura igual a 1 (quadrado). O segmento é a diagonal de um
retângulo de lado igual a √2 e altura igual a 1. Como todo quadrado é um retângulo, então
o teorema de Pitágoras nos garante que as diagonais medem, respectivamente, √2 e √3.
Para construir, por exemplo o √5, considere o retângulo de base √4 = 2 e altura 1. E para
construir o √6, considere o retângulo de base √5 e altura 1, assim sucessivamente, pode-
se construir vários números irracionais usando régua e compasso.

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Teoria dos números no Ensino
Fundamental
Thalia Elias Calixto
Orientador (a): Cleves Mesquita Vaz
Universidade Federal de Catalão - UFCAT

Estrutura curricular

Etapa de ensino/Ano ou Série


6º ano do Ensino Fundamental

Área
Matemática

Unidade Temática (BNCC)


Números

Objetos de Conhecimento (BNCC)

Múltiplos e divisores de um número natural;


Números primos e compostos.

Habilidades (BNCC)
(EF06MA05) Classificar os números naturais em primos e compostos, estabelecer relações
entre números expressas pelos termos é múltiplo de , é divisor de , é fator de , e instituir,
por meio de investigações, critérios de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 100
e 1000.
(EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de
divisor.

Conteúdos Abordados

Múltiplos;
Divisores;
Primos e compostos;
Resolução de problemas.

Objetivos/Expectativas de Aprendizagem

Identificação e descrição de múltiplos de um número natural;

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2

Divisores de um número natural;


Critérios de divisibilidade;
Desenvolver estratégias pessoais para descobrir se o número é primo ou composto.

Duração das atividades

4 horas/aula.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com aluno

Múltiplos e divisores de um número natural;


Números primos e compostos.

Estratégias de ensino e recursos educacionais

Conversas informais com a turma sobre Matemática;


Aulas expositivas;
Resolução de problemas;
Trabalhos em equipe.

Descrição da Sequência de Atividades

1ª etapa Explorando os conhecimentos

Inicialmente o professor irá fazer o acolhimento dos alunos, logo em seguida os discentes
serão instigados a relembrar os conhecimentos antes obtidos em relação a múltiplos,
divisores e números primos e compostos.
Após esse momento de conversa, o professor irá distribuir uma folha aos alunos com o
seguinte exemplo:

1. Tárcio e Thuany combinaram que durante o mês de outubro do ano de 2021,


desenvolveriam algumas atividades juntos. Para lembrarem da programação, eles usaram
um calendário:
Quadro 1- Calendário

OUTUBRO
DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
31

Fonte: Próprio Autor

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3

Depois de muita conversa entre os dois, a divisão da programação ficou da seguinte forma:

Os quatro primeiros dias múltiplos de 2 eles irão ao parque.


Nos dias múltiplos de 9 irão visitar a prima Alice.
Nos dias divisores de 3 irão na casa da bisavó.
Nos 3 últimos dias primos do mês, irão jogar vídeo game juntos.

Após distribuir a folha para os alunos, o professor irá ler em voz alta e solicitar que os alunos
acompanhem em silêncio. Ao terminarem, juntos, começarão a resolver o exemplo. O
professor deve utilizar esse momento para analisar se os alunos conseguem lembrar o
conteúdo, e também, para incentivar a interação.
Para facilitar e instigar os alunos, o professor pode fazer algumas perguntas, como por
exemplo:

Quais serão os dias em que Tárcio e Thuany irão ao parque? R: {2, 4, 6, 8}.
Quais dias Tárcio e Thuany visitarão sua prima Alice? R: {9, 18, 27}.
Em quais dias irão na casa da bisavó deles? R: {1, 3}.
Quais dias eles irão jogar vídeo game juntos? R: {23, 29, 31}.

Logo após a resolução e discussão do exemplo a aula será finalizada.

2ª etapa – Descobrindo os múltiplos

O professor iniciará com a acolhida dos alunos e em seguida, apresentará os seguintes slides
explicando o que está escrito sobre múltiplos em cada um deles. Logo após fará a leitura do
mesmo e também explicará o conteúdo aos alunos.

Descobrindo os múltiplos:

Múltiplo de um número natural é o produto desse número por um número natural qualquer,
ou seja, a tabuada dele. Veja a seguir:

M (2) = {0, 2, 4, 6, 8, 10, ...}


2·0=0
2·1=2
2·2=4
2·3=6
2·4=8

Atenção professor: Resolva o próximo exemplo junto com os alunos, extraindo respostas
dos mesmos, para que assim possam compreender e fixar melhor o conteúdo.

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4

Exemplo:

Quais são os múltiplos de 5?

Resolução:

M(5) = {0, 5, 10, 15, 20, 25, ...}5 · 0 = 0


5·1=5
5 · 2 = 10
5 · 3 = 15
5 · 4 = 20
5 · 5 = 25

Atenção professor: Faça a seguinte observação com os alunos: o primeiro múltiplo de um


número sempre será 0, e o segundo, ele mesmo.

Faça também a seguinte pergunta: Alguém sabe dizer quando acaba os múltiplos de 5?
Qual o último número múltiplo de 5?

RESPOSTA: Não é possível definir, pois os múltiplos de um número são infinitos.

Após a explicação a partir dos slides, caso nenhum aluno apresente dúvidas em relação ao
conteúdo, o professor deverá colocar os alunos perfilados e entregar o primeiro questionário
para ser feito individualmente (apêndice 1). Dessa forma, será realizado um diagnóstico
sobre a compreensão do aluno acerca do que foi abordado na aula.
Depois que os alunos terminarem o questionário, o professor recolherá para fazer a correção.
Em seguida, o professor fará um retrospecto da aula e finalizará.

3ª etapa - Divisores e algumas regras de divisibilidade

O professor iniciará com a acolhida dos alunos e em seguida, irá organizar cada aluno em
seu respectivo lugar. Em sequência, apresentará os seguintes slides sobre divisores e
algumas regras de divisibilidade, onde será feito leitura e explicação do conteúdo.

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5

Divisores

Divisibilidade: Um número é divisor de outro, quando o resto da divisão for 0, ou seja,


quando a divisão for exata.

Exemplos

Atenção professor: Mostre aos alunos que na divisão de 20 ÷ 4 não há resto, é uma
divisão exata, portanto, 4 é divisor de 20.

No outro exemplo restam 2 unidades após a divisão, então 6 não é divisor de 20.

Para listar os divisores de um número, devemos buscar os números que o dividem. Veja no
exemplo a seguir:

Liste os divisores de 2, 3, 4, 5 e 20.


D (2):
D (3):
D (4):
D (5):

Atenção professor: Resolva o exemplo proposto com os alunos sempre enfatizando que
alguns números possuem somente dois divisores naturais. Já outros, possuem dois ou mais
divisores naturais, pois será o assunto da próxima aula.

Resolução:

D(2): {1, 2}
D(3): {1, 3}
D(4): {1, 2, 4}
D(5): {1, 5}

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6

Em seguida, o professor junto com os alunos fará uma observação onde os números da lista
dos divisores sempre são divisíveis pelo número em questão. Com isso, verão que o maior
valor que aparece nessa lista é sempre o próprio número, pois nenhum número maior que ele
será divisível por ele.

Atenção professor: Mostre isso com o exemplo dos divisores de 20, onde o maior valor
dessa lista é o próprio 20, pois nenhum número maior que 20 será divisível por ele mesmo.

Veja a seguir:
D (20) = {1, 2, 4, 5, 10 e 20}.

Assim, logo entrará no assunto sobre algumas regras da divisibilidade:

Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, 2, 4, 6 ou 8,


ou seja, quando ele é par. Exemplos: 5040 é divisível por 2, pois termina
em 0. 237 não é divisível por 2, pois não é um número par.
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus
algarismos for divisível por 3. Exemplo: 234 é divisível por 3, pois a soma
de seus algarismos é igual a 2 + 3 + 4 = 9, e como 9 é divisível por 3, então,
234 é divisível por 3.
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número
formado pelos dois últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplos: 1800 é divisível por 4, pois termina em 00. 4116 é divisível por
4, pois 16 é divisível por 4. 1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por
4.
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos:55 é divisível por 5, pois termina em 5. 90 é divisível por 5, pois
termina em 0.87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3. Exemplos:
312 é divisível por 6, porque é divisível por 2 (par) e por 3 (soma: 6). 5214
é divisível por 6, porque é divisível por 2 (par) e por 3 (soma: 12). 716 não
é divisível por 6, (é divisível por 2, mas não é divisível por 3). 3405 não é
divisível por 6 (é divisível por 3, mas não é divisível por 2).
Um número é divisível por 8 quando termina em 000, ou quando o número
formado pelos três últimos algarismos da direita for divisível por 8.
Exemplos: 7000 é divisível por 8, pois termina em 000. 56104 é divisível
por 8, pois 104 é divisível por 8. 61112 é divisível por 8, pois 112 é
divisível por 8. 78164 não é divisível por 8, pois 164 não é divisível por 8.
Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos dos seus
algarismos for divisível por 9. Exemplo: 2871 é divisível por 9, pois a soma
de seus algarismos é igual a 2 + 8 + 7 + 1 = 18, e como 18 é divisível por 9,
então 2871 é divisível por 9.
Um número natural é divisível por 10 quando ele termina em 0. Exemplos:
4150 é divisível por 10, pois termina em 0. 2106 não é divisível por 10,
pois não termina em 0. (JIMDO, 2021).

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7

Após a explicação, o professor abrirá um espaço para que os alunos apresentem suas
dúvidas. Caso surja alguma pergunta ela será respondida, se os alunos não apresentarem
dúvidas, será feito um retrospecto da aula e finalizarão.

4ª etapa - Números primos e compostos

O professor iniciará com a acolhida dos alunos e em seguida irá organizar cada aluno em seu
respectivo lugar. Em sequência, apresentará os seguintes slides, dando continuidade à aula
passada, com o tema de números primos e compostos que será feita a leitura e explicação.

O que são números primos?

Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois divisores: um e o próprio
número. Eles fazem parte do conjunto dos números naturais.

Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por 1 e ele mesmo.

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8

Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são chamados de números
compostos e podem ser escritos como um produto de números primos.
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número composto, já que tem mais de dois
divisores (1, 2 e 3) e é escrito como produto de dois números primos 2 x 3 = 6.

Algumas considerações sobre os números primos:

O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por ele mesmo;


O número 2 é o menor número primo e também o único que é par;
O número 5 é o único número primo terminado em 5;
Os demais números primos são ímpares e terminam com os algarismos 1, 3, 7 e 9.

Atenção professor: Faça um retrospecto afirmando que o número primo possui somente
dois divisores naturais: o 1 e ele mesmo. Já o número composto possui mais de dois
divisores naturais, deixe isso claro com o exemplo a seguir:

D(4): {1,2,4} D(3): {1,3}


D(8): {1,2,4,8} D(7): {1,7}
D(12): {1,2,4,8,12} D(11): {1,11}

Veja que na primeira coluna há mais de dois divisores em todos, no entanto, 4, 8 e 12


são números compostos.
Já na segunda coluna, temos como divisores somente 1 e ele mesmo, então, 3, 7 e 11 são
números primos.

Como saber se um número é primo?

Uma das maneiras de se localizar um número primo é utilizando o Crivo de Eratóstenes.

Crivo de Eratóstenes é um método para determinar todos os números


primos menores ou iguais a um certo número. A palavra "crivo" refere-se
a um utensílio que serve para separar diferentes componentes de uma
mistura, retendo as substâncias maiores e deixando passar as substâncias
de dimensões mais reduzidas. Usando o Crivo de Eratóstenes iremos
separar os números primos dos números não primos (ou seja, do número 1
e dos números compostos). (ATRACTOR, 2019).

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9

Construção do Crivo de Eratóstenes:

Crie uma tabela e escreva os números de um intervalo, por exemplo de 1 a 100.


O número 1 pode ser eliminado, pois ele não é um número primo.
Marque todos os números primos menores que 10 (2, 3, 5 e 7) com cores diferentes.
Elimine os múltiplos desses números marcando-os com as respectivas cores.
Os números restantes na tabela, que não foram marcados, são os números primos.

Fonte:
ATRACTOR. Funcionamento do crivo. 2019. Disponível em:
https://www.atractor.pt/mat/crivo/crivo.html. Acesso em: 12 jun.2021.

TODA MATÉRIA. O que são números primos? Disponível em:https://www.todamateria.com.br/o-


que-sao-numeros-primos/. Acesso em 12 jun. 2021.

Após a explicação, o professor deverá relembrar junto com os alunos o conteúdo da aula
passada e a deste mesmo dia, para que assim possa esclarecer eventuais dúvidas que possa
surgir. Feito isso, cada aluno deverá responder a folha de atividade que o professor irá
entregar (apêndice 2). Esta será feita individualmente, consultando as anotações que fizeram
na 4º e 5º aula,
Após os alunos concluírem a atividade, a mesma será recolhida para composição do
material de avaliação.
Ao finalizar estas 4 etapas, o professor deverá parabenizar toda classe pelo esforço e
participação de todas as atividades propostas e executadas.

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10

Avaliação

Os alunos estarão sendo avaliados em todos os momentos, a partir da interpretação e


desenvoltura das aulas.

Referência e Bibliografia consultada

ATRACTOR. Funcionamento do crivo. 2019. Disponível em:


https://www.atractor.pt/mat/crivo/crivo.html. Acesso em: 12 jun.2021.

JIMDO. Múltiplos e divisores de um número natural. Disponível em:


https://emsmatematica.jimdofree.com/6%C2%BA-ano/m%C3%BAltiplos-e-divisores-de-
um-n%C3%BAmero- natural/. Acesso em: 12 jun. 2021.

TODA MATÉRIA. O que são números primos? Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/.
Acesso em 12 jun. 2021.

APÊNDICE

APÊNDICE 1 - Questionário
1) Determine os 10 primeiros múltiplos de:

a) M(2):
b) M(3):
c) M(4):
d) M(5):
e) M(6):
f) M(7):
g) M(8):
h) M(9):
i) M(10):
j) M(11):
k) M(12):

2) Assinale a opção correta:

a) Dos números abaixo qual NÃO é múltiplo de 3?


( ) 27 ( )54 ( ) 78 ( ) 24 ( ) 32

b) Dos números abaixo qual é múltiplo de 12?


( ) 15 ( ) 20 ( ) 96 ( ) 40 ( ) 75

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11

3) Determine os múltiplos:

a) De 5, que estão entre o 25 e o 35:


b) De 20, que estão entre o 21 e o 60:
c) De 6, que estão entre o 16 e o 41:
d) De 4, que estão entre o 8 e o 20:

4) Faça um X nos quadrinhos que correspondem a um número múltiplo de:

a) 8:
14 24 36 16 4 40

b) 7:
56 35 23 42 17 21

c) 3:
27 6 18 12 4 9

d) 6:
18 16 10 36 23 30

APÊNDICE 2: Folha de Atividade


1) Assinale a alternativa que contém os divisores de 15:

a) 1, 3, 5, 15
b) 2, 4, 6, 15
c) 1, 3, 4, 15

2) Liste os divisores dos números abaixo, e em seguida os classifique como


primo ou composto:

a) D(2):
b) D(3):
c) D(4):
d) D(6):
e) D(11):
f) D(13):
g) D(14):
h) D(17):

3) Verifique quais dos números abaixo são primos:

a) 49:
b) 37:
c) 12:
d) 11:
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12

4) Qual é o menor número primo com dois algarismos?

5) Classifique os números abaixo em composto ou primo:

a) 14:
b) 11:
c) 20:
d) 21:
e) 23:
f) 26:
g) 29:
h) 37:

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Lista de Autores

BARBOSA, F. da C., 1 COSTA, J. Q., 17 SILVA, A. P. da, 1

CALIXTO, T. E., 44 JUNIOR, P. A. dos S., 17 VAZ, C. M., 44

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