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Aula 3

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Aula 3 : Resinas

Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC


Centro Tecnológico de Joinville

Prof. Gabriel Benedet Dutra


Tópicos abordados

• Resinas e etapa de cura

• Tipos de resinas

• Modificadores de resina
Resina de Poliéster – Obtenção
Resina de Poliéster - Obtenção

• Líquido viscoso / sólido – pasta

Moléculas de pequena mobilidade, assim, a probabilidade de duas


instaurações se aproximarem é muito pequena

Como processar?

• Adição a resina de poliéster de unidades


monoméricas de baixo peso molecular- aumentando
a probabilidade de reações intermoleculares assim
diminuindo a viscosidade do sistema – Estireno
Resina de Poliéster – Cura/Polimerização
Energia: Para acontecer a cura/polimerização é necessário quebrar
primeiramente as duplas ligações

• Aquecimento, a temperatura da massa deve ser suficientemente alta


para que as moléculas de poliéster e monômero liberem quantidades
apreciáveis de radicais livres.

• Aplicação de radiações eletromagnéticas: Radiações eletromagnéticas


de determinados comprimentos de ondas também atuam como
ativadores de radicais livres. Esse processo de cura é pouco usado
comercialmente.

• Adição de iniciadores: Os iniciadores são substâncias que facilmente se


decompõem em radicais livres. Essa decomposição pode acontecer em
altas temperaturas (cura a quente) ou a temperatura ambiente, pela
ação de aceleradores.
Resina de Poliéster – Cura/Polimerização

• Adição de iniciadores :

- radicais livres que atacam as duplas ligações do poliéster ou nos


monômeros de baixa massa molar, como o estireno.

- Formação de um copolímero estireno-poliéster

- Reação altamente exotérmica


Resina de Poliéster – Obtenção

• Iniciador:

- Mais utilizado: peróxido de metil-etil cetona (MEKP) – mistura de


peróxidos que possibilita variar a reatividade do produto modificando as
proporções de cada componente

- Cura a temperatura ambiente

- Proporções entre 1,5-3%, depende da temperatura no ambiente


Resina de Poliéster - Cura

MEKP

POLIÉSTER

ESTIRENO
Cura de termorrígidos

Cura ou polimerização:

- Em termos macroscópicos: transformam


de líquido em sólido

- Em termos microscópicos: aumento do


peso molecular médio com a formação
de ligações cruzadas
Cura de termorrígidos – Fatores que influenciam

- Funcionalidade da resina e do monômero: numero de ligações


cruzadas que o mesmo pode fazer;

- Funcionalidade do iniciador;

- Temperatura e tempo: ajustar o coeficiente de expansão térmica


entre fibras e matriz, evitar a formação de microtrincas ou tensões
internas;

- Adição de modificadores de resina: aceleradores e inibidores.


Cura de termorrígidos – Evolução (5 etapas)

1. Reação química: ação dos constituintes para formação de radicais


livres e inicio das ligações cruzadas

- na prática é chamado de tempo gel ou geltime;

- intervalo em que ainda é possível a manipulação da resina;

- é possível impregnar as fibras e acomodá-las adequadamente;

- O geltime é um fator determinante, depende do tipo de resina,


dimensões da peça fabricada, experiência do transformador entre
outros;

- É possível manipular o geltime através do uso de aditivos


Cura de termorrígidos – Evolução (5 etapas)

2. Evolução de calor : geralmente exotérmicas, dependendo do


sistema utilizado pode promover danos irreparáveis aos moldes.

Exemplo: sistema poliéster/MEKP/colbalto a temperatura ambiente


Cura de termorrígidos – Evolução (5 etapas)

3. Evolução de voláteis: em alguns sistemas a evaporação de gases


ocorre durante o processo de cura

- cuidados devem ser tomados durante o procedimento, como adequado


uso de EPIs.

4. Gelificação: a cadeia polimérica se estende ao longo da massa


polimérica, ocorre quando a mesma se transforma de um estado
líquido para um estado borrachoso.

- A viscosidade tende ao infinito e é uma transformação irreversível


Cura de termorrígidos – Evolução (5 etapas)

5. Vitrificação: Não há mais movimentação molecular e o polímero


se torna rígido e alcança as propriedades finais para utilização.

- Passa ao estado vítreo;

- Na prática, é utilizado um durômetro BARCOL para verificar a dureza


adequada para desmoldagem

- Este procedimento é realizado para evitar empenamento e distorções


na peça fabricada.

1.Reação 2.Evolução 3.Evolução de


4.Gelificação 5.Vitrificação
química do calor voláteis

Aparar as rebarbas e os bordos do laminado


Cura de termorrígidos - Características

• Mudanças nas características físicas do polímeros,

- O módulo elástico (E) da resina sofre alterações significativas ao passar de


uma região de estado borrachoso para um estado sólido rígido

• Grau de cura: densidade de ligações cruzadas,

- Não pode ser medido diretamente;

- Um dos métodos utilizados é a temperatura de transição vítrea;

- Utilização de técnicas de análises térmicas.


Tópicos abordados

• Resinas e etapa de cura

• Tipos de resinas

• Modificadores de resina
Resinas propriedades

Ortoftálicas:
- Mais baratas e higroscópica;
- Tem estireno em sua composição
- Utiliza MEKP como agente de cura
- Utilizado em embarcações que não ficam muito tempo na água.

Isoftálicas:
- São um pouco mais caras que as resinas ortoftálicas;
- Apresentam melhores propriedades higroscópicas;
- Tem estireno em sua composição
- Utiliza MEKP como agente de cura
- Indicada para embarcações maiores que ficam mais tempo na
água, tubulações, formas e escapamento de motores.
Resinas propriedades
Éster-vinílicas:
- Apresentam boa resistência a ataques de diversos agentes
químicos;
- boa adesão as fibras de vidro; tem estireno e utiliza MEKP
- Utilização: ampliado uso na indústria náutica, principalmente
devido a redução de seus custos, bem como a maior utilização de
fibras mais nobres, que justifica o uso de uma matriz mais cara.

Epóxi:
- Recomendam sua aplicação quando for necessário realizar
laminações de alta performance;
- Tem diferentes tipos de agente de cura, também chamdo
endurecedor
- O custo é alto (~3,5 vezes o valor de uma resina ortoftálicas).
Altíssimo desempenho!
Resinas propriedades
The Advantages of Epoxy Resin versus Polyester in Marine Composite Structures

■ Better adhesive properties (the ability to bond to the reinforcement or core)


■ Superior mechanical properties (particularly strength and stiffness)
■ Improved resistance to fatigue and micro cracking
■ Reduced degradation from water ingress (diminution of properties due to water
penetration)
■ Increased resistance to osmosis (surface degradation due to water permeability
The Advantages of Epoxy Resin versus Polyester in Marine Composite Structures

Polyester and vinyl ester resins are


prone to water degradation due to
the presence of hydrolysable ester
groups in their molecular
structures. As a result, a thin
polyester laminate can be
expected to retain only 65% of its
inter-laminar shear strength after
immersion over period of one year,
whereas an epoxy laminate
immersed for the same period will
retain around 90%.
Utilização de Resina - Estimativa
Tópicos abordados

• Resinas e etapa de cura

• Tipos de resinas

• Modificadores de resina
Resina de Poliéster - Acelerador

• Aceleradores: Naftenato de colbalto (CoNap) ou dimetilanilina (DMA)

- Quantidades inferiores a 0,5% em peso, em


relação ao total de resina utilizada para evitar
exotermia

- Na prática, as resinas de poliéster são


comercializadas com acelerador de tal forma
que o sistema seja obtido pela mistura pré-
acelerada com o catalisador

- As resinas formuladas para cura ambiente são


ligeiramente instáveis e inibidores do processo
de cura, em quantidades menores que 100 ppm
devem ser adicionados para prolongar vida
durante estocagem
Resina de Poliéster – Obtenção
Modificadores de resina

São utilizados para proporcionar tanto uma maior facilidade de


processamento quanto para alterar as propriedades

Forma sólida ou forma líquida

• Inibidores:

- retardam a cura, aumentando tempo de estocagem


- algumas vezes utilizados para ajustar o tempo gel
Ex: hidroquinina, parahidroquinina, TCB

• Absorvedores de ultravioleta:
- absorvem energia de ultravioleta dissipando-a de forma inócua
- função protetora por 2-3 anos
Ex: Benzofenona
Modificadores de resina

• Pigmentos e Corantes:
- colorir e alguns casos proteger
- Devem ser utilizados na parte externa após inspeção visual
Ex: trióxido de antimônio (pigmento branco)

• Cargas minerais:
- reduz o encolhimento do laminado no processo de cura
- aumentam a tenacidade (microesfera de vidro) – reforço particulado
- dificultam o posterior lixamento
Ex: sílica coloidal, talco, microesferas plásticas

• Agente tixotrópico:
- permite que a resina seja aplicada em superfícies verticais sem
apresentar escorrimento
Ex: sílica sintéticas (aerosil), argilas organofílicas
Modificadores de resina

• Desmoldantes internos:

- Substâncias que migram durante a reação de cura para interface


molde/peça, facilitando a extração.
Ex: Estearato de Zinco

• Agentes tenacificantes:

- na forma de elastômeros líquidos


- formação de uma estrutura heterogênea na solução de termorrígido
- precipitação da fase borrachosa
- partículas de 0,1 – 5 microns
Ex: polibutadieno acrilonitrila

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