Trabalho de Filosofia - GP1
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Trabalho de Filosofia - GP1
SÃO LUÍS
2024
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INTRODUÇÃO AO FILOSOFAR: O PENSAMENTO FILÓSOFICO EM BASES
EXISTENCIAS.
1. INTRODUÇÂO
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2. DESENVOLVIMENTO
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Perspectiva Antropológica-Existencial: Sugere-se que, para compreender o
comportamento filosófico grego, deve-se adotar uma abordagem antropológico-
existencial, com foco no comportamento humano. Esta abordagem permitir-nos-ia
identificar atitudes filosóficas universais que transcendem as particularidades históricas
e culturais.
Atitudes Filosóficas Fundamentais: Admiração, Dúvida, Insatisfação
Moral
• Exemplo de Admiração: Uma criança visitando um museu de ciências
pela primeira vez.
Descrição: Quando as crianças veem um esqueleto de dinossauro pela
primeira vez, ficam maravilhadas e curiosas. Ela começa a fazer
perguntas sobre como os dinossauros viviam, o que comiam e como
foram extintos.
Relevância Filosófica: Esta atitude de admiração e curiosidade inicial é
semelhante ao que Platão e Aristóteles acreditavam ser o impulso inicial para filosofar.
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Na Grécia antiga, ver e conhecer estavam intimamente ligados, como demonstra a
etimologia das palavras.
Aristóteles também enfatiza que o filosofar deve ser livre de comportamentos
práticos, utilitários e interesseiros. Ele observa que o prazer causado pelas sensações vai
além de sua utilidade prática. O verdadeiro filósofo busca conhecimento pelo prazer de
saber, não por ganhos práticos. Ele ilustra isso com o desenvolvimento das artes:
algumas surgiram para necessidades práticas, outras para o prazer. A filosofia, no
entanto, floresceu em sociedades onde havia tempo para o ócio, afastada de
preocupações utilitárias.
A admiração é central para Aristóteles na gênese do filosofar. Ele explica que a
admiração surge quando nos deparamos com dificuldades que não entendemos, o que
nos leva a investigar e buscar respostas. A admiração está ligada à consciência da nossa
própria ignorância. Perceber uma dificuldade e admirar-se é reconhecer a própria
ignorância, um passo essencial para buscar conhecimento.
Aristóteles também relaciona a admiração ao amor pelo mito. Ele sugere que o
interesse pelos mitos está ligado ao desejo de entender o desconhecido, o que também
impulsiona a filosofia. Platão, outro filósofo, sugere que a filosofia nasce da admiração
e que o amante dos mitos é, de certa forma, amante da sabedoria. Além disso, ele
também menciona que a vida filosófica está associada a um certo ethos de melancolia.
É observado que muitos grandes pensadores, poetas e artistas eram melancólicos,
destacando a melancolia como uma característica comum entre aqueles que buscam
compreender profundamente o mundo.
Trazendo isso para a atualidade, a curiosidade e a admiração continuam a ser
fundamentais na busca pelo conhecimento. Por exemplo, quando alguém assiste a um
documentário sobre o universo e fica maravilhado com a vastidão do espaço, essa
admiração pode despertar um interesse profundo em aprender mais sobre astrofísica ou
filosofia. Este desejo de saber não tem uma aplicação prática imediata, mas enriquece
nosso entendimento do mundo. A consciência da nossa própria ignorância, reconhecida
através da admiração, nos motiva a continuar aprendendo e investigando, seja sobre
questões éticas, científicas ou existenciais.
Também é discutido por Aristóteles a complexidade do problema da melancolia
e sua relação com a admiração. A melancolia, segundo o texto, é esse sentimento de
desgosto e profunda solidão, mas que também pode ter um lado filosófico porque exige
um esforço intenso para lidar com isso. A admiração é mais parecida com aquela
sensação de ficar de boca aberta diante do mundo, absorvendo tudo ao seu redor de
forma receptiva.
O texto compara essas duas experiências. Embora a melancolia possa nos isolar
e nos levar a uma profunda jornada interior, a admiração nos conecta com o mundo
exterior, levando-nos a questionar e explorar o que nos rodeia. É mencionado que
figuras como Sócrates e Platão são vistas como “melancólicos filosóficos”. Eles
enfrentaram desafios profundos na compreensão do ser e de sua missão divina na
filosofia. Assim, permanece a questão: qual destas atitudes é mais fundamental para a
filosofia? Podem ambos coexistir e integrar-se no processo filosófico?
Para concluir, pensar sobre estas questões não só nos ajuda a compreender
melhor a filosofia de Aristóteles, mas também nos leva a refletir sobre como lidamos
com as nossas próprias experiências emocionais e intelectuais na vida.
Exemplos:
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• Melancolia no dia a dia: A pessoa reflete sobre sua vida após uma
grande perda, buscando compreender o sentido da existência por meio
da arte e da filosofia.
• Admiração no dia a dia: Alguém se muda para uma nova cidade e se
encanta com sua diversidade cultural e oportunidades, absorvendo novas
experiências e aprendizados.
Esses exemplos mostram como a melancolia e a admiração podem influenciar
nossas experiências diárias e nosso desenvolvimento pessoal.
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Pascal observou que "os animais não se admiram". Eles estão tão integrados
em seu ambiente que todo seu comportamento é funcional e adaptativo. Isso os
diferencia dos humanos, que podem se distanciar de seu ambiente e reconhecê-lo
como algo separado. Os animais simplesmente agem, enquanto os humanos agem
e sabem que estão agindo.
Pascal também diz que, apesar de ser frágil, o homem é um "caniço
pensante" e tem dignidade porque sabe que está vivo e que pode morrer, algo que o
universo não sabe. Toda a nossa dignidade vem do pensamento.
A peculiaridade do ser humano está em sua consciência, que afeta
profundamente sua relação com o mundo exterior. Mesmo que a consciência
reflexiva seja secundária, a consciência ingênua ou natural só pode existir com a
ideia de subjetividade e interioridade.
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respeito, piedade e gratidão, elevando o homem acima das
preocupações pragmáticas da vida quotidiana.
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3.CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
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