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Trabalho de Filosofia - GP1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


DISCIPLINA: FILOSOFIA
DOCENTE: ELDER MACHADO PASSOS

CAMILY VITÓRIA SILVA LEITE


FRANCISCO FELIPE DA SILVA FILHO
HIAGO BRENNER RIBEIRO
JULLYANA SANTOS DE JESUS
MARCIA RAQUEL FERREIRA DINIZ
MILENA VILAR REIS
PAULA GRAZIELLE MARQUES FERREIRA
VITÓRIA KAUANNY DE JESUS FARIAS

SÃO LUÍS
2024

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INTRODUÇÃO AO FILOSOFAR: O PENSAMENTO FILÓSOFICO EM BASES
EXISTENCIAS.

1. INTRODUÇÂO

Neste livro, Gerd A. Bornheim apresenta uma abordagem aprofundada da


filosofia a partir de uma perspectiva existencial. É explorado os fundamentos do
pensamento filosófico, articulando as bases existenciais que sustentam a filosofia. As
páginas 1 a 37 cobrem uma introdução detalhada a conceitos essenciais e metodologias
filosóficas, proporcionando aos leitores um ponto de partida robusto para o estudo da
filosofia existencial. Com linguagem clara e acessível, o autor busca despertar a reflexão
crítica e o questionamento profundo sobre a existência e o ser, constituindo um recurso
valioso tanto para estudantes quanto para estudiosos de filosofia. Bornheim mostra que
filosofar não é apenas para acadêmicos, mas para todos nós que queremos compreender
melhor a vida e nossas próprias experiências. “Introdução ao Filosofar” é como um bate-
papo com um amigo sábio, que nos ajuda a ver as coisas sob uma nova perspectiva e a
tomar decisões mais conscientes.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A POSIÇÃO DO PROBLEMA.


No início de “Introdução à Filosofia: Pensamento Filosófico sobre Bases
Existenciais”, Gerd A. Bornheim estabelece a importância de compreender a filosofia
não apenas como uma disciplina teórica, mas como uma prática que influencia
diretamente a nossa existência. Ele propõe que a filosofia surge da necessidade humana
de buscar respostas para questões fundamentais sobre a vida, a morte, a verdade e a
moralidade.
É argumentado que a filosofia deve ser vista como um esforço contínuo de
reflexão crítica e questionamento. Ele destaca que o ato de filosofar não se restringe aos
acadêmicos, mas é uma atividade inerente a todos os seres humanos que desejam
compreender o mundo ao seu redor e seu próprio lugar nele. Nesse sentido, o problema
central que o livro aborda é a dificuldade de integrar o pensamento filosófico no
cotidiano das pessoas, tornando-o relevante e aplicável às suas experiências cotidianas.
A "Posição do Problema" são mostrados como diferentes problemas dos
cotidianos, porque são mais profundos e abrangentes. Eles questionam coisas
fundamentais como existência, conhecimento, verdade e realidade.
• Exemplo de Problema Prático: Seu celular quebrou, você leva para
consertar e resolve o problema.
Abordagem: foi a solução prática e técnica.

• Exemplo de Problema Filosófico: O que é felicidade? Isto não tem


solução fácil e precisa de reflexão.
Abordagem: Pense e discuta profundamente.
O autor trata da natureza dos problemas filosóficos e como eles se distinguem
dos problemas de outras áreas do conhecimento. É explicado que os problemas
filosóficos são caracterizados pela sua profundidade e amplitude, muitas vezes
desafiando suposições fundamentais sobre a realidade, o conhecimento, a verdade e a
existência. Esses problemas surgem da experiência humana e da necessidade de
compreender o mundo de uma forma mais profunda e sistemática. Ele destaca que,
diferentemente das questões científicas, que podem ser resolvidas com métodos
empíricos e experimentais, os problemas filosóficos requerem uma abordagem crítica e
reflexiva, baseada no raciocínio lógico e na análise conceitual.
Ao abordar a "Posição do Problema", Bornheim lembra-nos que os problemas
filosóficos nos convidam a ir além das soluções práticas e a explorar questões mais
profundas sobre a nossa existência e compreensão do mundo. Requerem uma
abordagem crítica e reflexiva, incentivando o diálogo e a análise cuidadosa.
É compreendido que a originalidade da filosofia grega é uma tarefa complexa
que não pode ser totalmente resolvida apenas por influências externas (influências de
culturas como a egípcia, a babilônica, a fenícia e a persa na formação do mundo
grego) ou internas. Explicar a originalidade da cultura grega a partir de dentro,
analisando vários aspectos como filologia, literatura, religião, arte, economia e
política.

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Perspectiva Antropológica-Existencial: Sugere-se que, para compreender o
comportamento filosófico grego, deve-se adotar uma abordagem antropológico-
existencial, com foco no comportamento humano. Esta abordagem permitir-nos-ia
identificar atitudes filosóficas universais que transcendem as particularidades históricas
e culturais.
Atitudes Filosóficas Fundamentais: Admiração, Dúvida, Insatisfação
Moral
• Exemplo de Admiração: Uma criança visitando um museu de ciências
pela primeira vez.
Descrição: Quando as crianças veem um esqueleto de dinossauro pela
primeira vez, ficam maravilhadas e curiosas. Ela começa a fazer
perguntas sobre como os dinossauros viviam, o que comiam e como
foram extintos.
Relevância Filosófica: Esta atitude de admiração e curiosidade inicial é
semelhante ao que Platão e Aristóteles acreditavam ser o impulso inicial para filosofar.

• Exemplo de Dúvida: Um consumidor pesquisando um produto antes de


comprá-lo.
Descrição: Antes de comprar um smartphone caro, uma pessoa decide
ler vários comentários e avaliações online. Ele questiona a veracidade
das afirmações publicitárias e compara diferentes fontes de informação
para garantir que você está tomando uma decisão informada
Relevância Filosófica: Este comportamento de dúvida e investigação é paralelo
à abordagem de Descartes, onde a dúvida metódica e o espírito crítico são essenciais
para chegar à verdade e ao conhecimento seguro, distinguindo entre opinião e
conhecimento válido.
• Exemplos de Insatisfação Moral: Um profissional insatisfeito com seu
trabalho atual.
Descrição: Um engenheiro trabalha em uma empresa onde não se sente
valorizado e está desmotivado. Ele começa a questionar o sentido de
continuar em um trabalho que não lhe traz satisfação pessoal ou
profissional.
Relevância Filosófica: A insatisfação moral aqui se assemelha à reflexão
existencial descrita por filósofos como Epicteto, onde a consciência da própria miséria
ou insatisfação leva à introspecção sobre o significado da existência e as ações
necessárias para alcançar uma vida mais plena e significativa.
. Bornheim explora a complexidade da atitude inicial no filosofar, destacando os
pontos de vista de Aristóteles. Ele começa mencionando que, embora a dúvida e a
insatisfação moral possam ser parciais e desviadas, elas são partes essenciais do
comportamento filosófico e não devem ser excluídas desse processo.
Aristóteles foi um dos primeiros a ver na admiração a fonte do filosofar. No
início de sua "Metafísica", ele afirma que todos os homens desejam naturalmente saber,
e esse desejo está ligado ao prazer que as sensações nos causam, especialmente a visão.

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Na Grécia antiga, ver e conhecer estavam intimamente ligados, como demonstra a
etimologia das palavras.
Aristóteles também enfatiza que o filosofar deve ser livre de comportamentos
práticos, utilitários e interesseiros. Ele observa que o prazer causado pelas sensações vai
além de sua utilidade prática. O verdadeiro filósofo busca conhecimento pelo prazer de
saber, não por ganhos práticos. Ele ilustra isso com o desenvolvimento das artes:
algumas surgiram para necessidades práticas, outras para o prazer. A filosofia, no
entanto, floresceu em sociedades onde havia tempo para o ócio, afastada de
preocupações utilitárias.
A admiração é central para Aristóteles na gênese do filosofar. Ele explica que a
admiração surge quando nos deparamos com dificuldades que não entendemos, o que
nos leva a investigar e buscar respostas. A admiração está ligada à consciência da nossa
própria ignorância. Perceber uma dificuldade e admirar-se é reconhecer a própria
ignorância, um passo essencial para buscar conhecimento.
Aristóteles também relaciona a admiração ao amor pelo mito. Ele sugere que o
interesse pelos mitos está ligado ao desejo de entender o desconhecido, o que também
impulsiona a filosofia. Platão, outro filósofo, sugere que a filosofia nasce da admiração
e que o amante dos mitos é, de certa forma, amante da sabedoria. Além disso, ele
também menciona que a vida filosófica está associada a um certo ethos de melancolia.
É observado que muitos grandes pensadores, poetas e artistas eram melancólicos,
destacando a melancolia como uma característica comum entre aqueles que buscam
compreender profundamente o mundo.
Trazendo isso para a atualidade, a curiosidade e a admiração continuam a ser
fundamentais na busca pelo conhecimento. Por exemplo, quando alguém assiste a um
documentário sobre o universo e fica maravilhado com a vastidão do espaço, essa
admiração pode despertar um interesse profundo em aprender mais sobre astrofísica ou
filosofia. Este desejo de saber não tem uma aplicação prática imediata, mas enriquece
nosso entendimento do mundo. A consciência da nossa própria ignorância, reconhecida
através da admiração, nos motiva a continuar aprendendo e investigando, seja sobre
questões éticas, científicas ou existenciais.
Também é discutido por Aristóteles a complexidade do problema da melancolia
e sua relação com a admiração. A melancolia, segundo o texto, é esse sentimento de
desgosto e profunda solidão, mas que também pode ter um lado filosófico porque exige
um esforço intenso para lidar com isso. A admiração é mais parecida com aquela
sensação de ficar de boca aberta diante do mundo, absorvendo tudo ao seu redor de
forma receptiva.
O texto compara essas duas experiências. Embora a melancolia possa nos isolar
e nos levar a uma profunda jornada interior, a admiração nos conecta com o mundo
exterior, levando-nos a questionar e explorar o que nos rodeia. É mencionado que
figuras como Sócrates e Platão são vistas como “melancólicos filosóficos”. Eles
enfrentaram desafios profundos na compreensão do ser e de sua missão divina na
filosofia. Assim, permanece a questão: qual destas atitudes é mais fundamental para a
filosofia? Podem ambos coexistir e integrar-se no processo filosófico?
Para concluir, pensar sobre estas questões não só nos ajuda a compreender
melhor a filosofia de Aristóteles, mas também nos leva a refletir sobre como lidamos
com as nossas próprias experiências emocionais e intelectuais na vida.
Exemplos:

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• Melancolia no dia a dia: A pessoa reflete sobre sua vida após uma
grande perda, buscando compreender o sentido da existência por meio
da arte e da filosofia.
• Admiração no dia a dia: Alguém se muda para uma nova cidade e se
encanta com sua diversidade cultural e oportunidades, absorvendo novas
experiências e aprendizados.
Esses exemplos mostram como a melancolia e a admiração podem influenciar
nossas experiências diárias e nosso desenvolvimento pessoal.

2.2 A ANÁLISE DA ADMIRAÇÃO INGÊNUA

Para entender a admiração em sua forma mais simples e espontânea,


precisamos analisar suas características fundamentais:

A primeira característica é a abertura. A admiração envolve uma disposição


aberta e receptiva em relação ao mundo. Isso se torna mais claro quando
consideramos o comportamento oposto: o pessimismo. Uma pessoa pessimista não
sente admiração porque não quer ou não consegue se surpreender ou apreciar nada.
Para ela, é surpreendente que outras pessoas se admirem de algo. Esse tipo de
admiração pessimista é contraditório, pois vem acompanhada de sentimentos de
pena ou revolta. Focando no pessimismo ingênuo, que é quase instintivo. Nietzsche
diferencia o pessimismo da inteligência e o pessimismo da sensibilidade. O
primeiro está ligado a uma interpretação negativa da realidade, expressa em frases
como "nada de novo sob o sol" ou "melhor não ter nascido". Essa forma de
pessimismo rejeita a realidade porque a vê como sem sentido. O segundo tipo, mais
emocional, é uma resposta negativa instintiva à realidade, manifestando-se como
um desconforto ou apatia.
O pessimismo ingênuo é caracterizado por uma desconfiança profunda e
negativa em relação à realidade. Em contraste, a admiração ingênua é marcada pela
abertura e aceitação. Enquanto o pessimismo rejeita a realidade, a admiração
começa a reconhecer um sentido nela. A admiração envolve um gosto pela
realidade, uma atitude receptiva e disponível.
Na admiração, há uma conexão sincera com a realidade, uma disposição
para se deixar envolver e compreender o mundo. Heidegger diz que deixar algo ser
não é omissão, mas permitir que se revele em sua essência. A admiração implica
uma participação íntima com a realidade, onde o admirador e a coisa admirada se
respeitam mutuamente sem se fundirem.
Nietzsche diz que um pessimista perfeito entende que a vida é uma mentira,
mas não consegue abandonar seu ideal, criando um abismo entre o que quer e o que
sabe. Na admiração ingênua, esse abismo não existe porque o ideal e a realidade se
encontram, fazendo com que a realidade tenha sentido completo para quem admira.
Nesse estado de admiração, o pessimismo e qualquer forma de egocentrismo
desaparecem.
A primeira característica da admiração ingênua é a abertura para o outro,
uma disposição amorosa e desinteressada. Esta abertura também implica o
reconhecimento do outro como diferente e nos leva à segunda característica: a
consciência.

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Pascal observou que "os animais não se admiram". Eles estão tão integrados
em seu ambiente que todo seu comportamento é funcional e adaptativo. Isso os
diferencia dos humanos, que podem se distanciar de seu ambiente e reconhecê-lo
como algo separado. Os animais simplesmente agem, enquanto os humanos agem
e sabem que estão agindo.
Pascal também diz que, apesar de ser frágil, o homem é um "caniço
pensante" e tem dignidade porque sabe que está vivo e que pode morrer, algo que o
universo não sabe. Toda a nossa dignidade vem do pensamento.
A peculiaridade do ser humano está em sua consciência, que afeta
profundamente sua relação com o mundo exterior. Mesmo que a consciência
reflexiva seja secundária, a consciência ingênua ou natural só pode existir com a
ideia de subjetividade e interioridade.

A consciência ingênua tem duas características principais:

1. Distância: O homem se sente separado do que o cerca. Esta distância não


é apenas física, mas também interna. A consciência humana está sempre
direcionada para o exterior, mas nunca se funde completamente com o mundo. Esta
distância cria uma ambiguidade na relação do homem com o mundo, uma presença
ausente e uma ausência presente.

2. Heterogeneidade: A consciência humana reconhece a diferença radical


entre si e o mundo. Este reconhecimento cria um abismo que distingue o homem
dos animais, cuja vida é totalmente adaptada ao ambiente. A consciência transforma
o mundo em objeto de observação e interação, permitindo comunicação e diálogo.

Essas características são evidentes na admiração ingênua. Admirar algo


implica distanciamento e reconhecimento do objeto admirado como algo separado
e diferente. Por isso, a admiração só é possível onde existe vida consciente.

Distinção entre admiração, espanto e surpresa

• Admiração Ingênua: É um olhar respeitoso e agradecido para algo


que é positivo e significativo. É superior ao espanto, que é um
sentimento primitivo de confusão diante do novo e do desconhecido.
O espanto não deve ser confundido com a surpresa, que é mais
intensa que o espanto, mas ainda assim diferente da admiração.

Significado de admiração ingênua

• A admiração ingênua é fundamentalmente humana, distanciando-se


dos impulsos puramente animais de sobrevivência. Marca o início
de uma consciência espiritual no ser humano, onde ele começa a
desenvolver capacidades além da natureza instintiva.

Reflexão sobre a natureza humana

• Segundo Frederico Schlegel, a natureza humana se reflete quando o


homem se contempla. Este momento de contemplação implica

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respeito, piedade e gratidão, elevando o homem acima das
preocupações pragmáticas da vida quotidiana.

Importância Filosófica da Admiração Ingênua


• Apesar de essencial, a admiração ingênua por si só não inicia a
filosofia, pois é dogmática e não questionadora. A filosofia requer
um questionamento crítico e profundo da existência humana e do
mundo. É necessário explorar outras abordagens além da admiração
ingénua para abordar questões filosóficas mais profundas.

Caminhos para a Filosofia

• Os caminhos para a filosofia não são artificiais, mas surgem


naturalmente da vida e das experiências humanas. Superar o
dogmatismo da admiração ingênua requer compreender
profundamente o comportamento humano e buscar experiências que
desafiem essas limitações.

O texto explora profundamente a natureza do espanto, distinguindo-o de outras


experiências emocionais, como espanto e surpresa. A admiração ingênua é caracterizada como
uma atitude positiva e afirmativa, oposta ao espanto que reflete uma perda de controle diante
da realidade e à surpresa que combina atração e desafio. Embora o espanto e a surpresa possam
ser indiferentes ao seu objeto, a admiração ingênua concentra-se apenas naquilo que tem um
significado positivo.
Além disso, argumenta que a maravilha ingênua marca um estágio inicial na evolução
espiritual humana, onde o homem começa a distinguir-se da natureza puramente animal,
desenvolvendo potencialidades espirituais através da consciência. Esta consciência inicial é
vista como um reflexo da própria natureza, permitindo uma contemplação que transcende a
mera adaptação pragmática dos animais. A reflexão filosófica emerge da admiração ingênua,
embora está em si seja ingênua e dogmática, carecendo do questionamento crítico necessário à
filosofia. Assim, embora a admiração ingênua seja fundamental para preparar o caminho para
a filosofia, ela não pode por si só sustentar a atividade filosófica, o que requer um
questionamento e uma problematização mais profundos das experiências humanas e
existenciais.
Portanto, conclui-se que a admiração ingênua desempenha um papel crucial na transição
da natureza animal para a espiritualidade humana, marcando o início de uma consciência
reflexiva que eventualmente leva ao surgimento da filosofia, embora sejam necessárias novas
abordagens além da admiração ingênua para abordar plenamente a questão filosófica. desafios.

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3.CONCLUSÃO

Bornheim em "Introdução à Filosofia: Pensamento Filosófico em Bases Existenciais"


oferece uma base sólida para a compreensão do pensamento filosófico a partir de uma
perspectiva existencial. Neste trecho inicial, o autor consegue articular de forma clara e
envolvente os conceitos fundamentais que sustentam a filosofia, explorando como a existência
humana e a subjetividade são cruciais para o desenvolvimento do pensamento filosófico.
É destacado a importância da filosofia como prática reflexiva que vai além da mera
teorização, buscando conectar o pensamento filosófico com as questões existenciais que
permeiam o cotidiano. Ele enfatiza que a filosofia deve ser vivida e experimentada, e não apenas
estudada de forma abstrata. Esta abordagem torna o filosofar uma atividade dinâmica e
relevante, capaz de influenciar a forma como percebemos e interagimos com o mundo que nos
rodeia.
Além disso, o autor aborda metodologias filosóficas, proporcionando ao leitor
ferramentas para conduzir suas próprias reflexões de forma estruturada e crítica. A clareza com
que Bornheim apresenta suas ideias torna a filosofia acessível a um público mais amplo, sem
perder a profundidade necessária para uma compreensão profunda dos temas abordados.
A leitura das páginas 1 a 37 de “Introdução à Filosofia” serve como um convite aos
leitores para se engajarem ativa e criticamente no pensamento filosófico, aplicando os conceitos
discutidos em suas próprias vidas. Ao final deste trecho, fica claro que a filosofia, para
Bornheim, não é apenas um campo de estudo acadêmico, mas uma prática vital que pode
enriquecer a existência humana, proporcionando um significado mais profundo e uma
compreensão mais clara de si mesmo e do mundo.
Em suma, Gerd A. Bornheim consegue com maestria introduzir o leitor no universo do
pensamento filosófico existencial, estabelecendo as bases para uma jornada de reflexão e
autoconhecimento que se estende além das páginas do livro, impactando diretamente a vida e
as escolhas daqueles que se aventuram a filosofar.

9
BIBLIOGRAFIA

BORNHEIM, Gerd A. Introdução ao Filosofar: o pensamento filosófico em bases


existenciais. 9. ed. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1989. p. 1-37.

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