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Histórico Das Tecnologias Digitais

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WBA0169_v2.

APRENDIZAGEM EM FOCO

A TECNOLOGIA E OUTROS
PARADIGMAS DA GESTÃO
ESCOLAR
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Eliane de Siqueira
Leitura crítica: Juliana dos Santos

Você já parou para pensar em como seria nosso dia a dia sem o uso
de alguns recursos tecnológicos?

Para muitas pessoas, esse uso já se transformou em rotina. No


entanto, essa ainda não é uma realidade em todas as escolas e a
distância é ainda maior, quando pensamos no uso das tecnologias
no processo educacional de maneira contextualizada e intencional.

São muitas concepções, paradigmas e desafios enfrentados


pela gestão escolar para que essas práticas potencializem
processos educativos e favoreçam a construção de aprendizagens
significativas.

Além dos desafios, temos também muitas possibilidades e esse


repertório se amplia cada dia mais, evidenciando que não depende
apenas do recurso, mas, principalmente, do uso que fazemos dele.

Para discutir essas e outras questões, a disciplina de Tecnologias


e os paradigmas da gestão escolar, apresentará a diferença entre
TICs, TDICs e todo contexto histórico do desenvolvimento desses
recursos. Discutirá a importância da formação docente nesse e em
outros contextos, tendo em vista as profundas transformações que
tivemos, o que inclui não só o perfil do profissional que atua na
educação, como também as necessidades do público que frequenta
as escolas e que buscam acompanhar as transformações de uma
sociedade caracterizada como sociedade da informação.

Apresentaremos também as Políticas Públicas e programas


existentes para o trabalho com as tecnologias nas escolas e, claro,

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como tudo isso precisa de um gerenciamento eficaz quanto ao
seu uso e organização, discutiremos a atuação do gestor escolar,
pensando o planejamento junto com sua equipe, organizando o
espaço e engajando todos os sujeitos em aprendizagens cada vez
mais significativas e ativas.

Dialogicidade, interação, aprendizagens e planejamento


intencional serão termos muito presentes em nossas discussões
que objetivam, entre outras questões, que você possa não só
reconhecer a importância e o impacto do uso das tecnologias nos
espaços escolares, como também planejar com sua equipe ações
intencionais para o uso de diferentes ferramentas.

INTRODUÇÃO

Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira


direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática
profissional. Vem conosco!

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 1

Histórico das Tecnologias e


Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação
______________________________________________________________
Autoria: Eliane de Siqueira
Leitura crítica: Juliana dos Santos
DIRETO AO PONTO

O uso da tecnologia está cada dia mais presente na vida das


pessoas. Desde a simples ida ao supermercado até a conexão com
uma ampla rede de pessoas, em muitos contextos, fazemos o uso de
seus recursos.

Mesmo assim, um dos grandes desafios ainda enfrentados para


esse uso é inserir a tecnologia de forma efetiva na educação,
considerando como ferramenta mediadora das aprendizagens.

Nesse cenário controverso, é necessário compreender que


o desenvolvimento tecnológico sempre marcou a história da
humanidade. A necessidade de se comunicar de ampliar fronteiras
e de se conectar com o mundo, mobilizou pesquisas, investigações
e, ao mesmo tempo, muito conhecimento, para que novos aparatos
fossem criados. Esse movimento de criação, usando informações de
diversas áreas do conhecimento é o que chamamos de tecnologia,
ou seja, conjunto de instrumentos, métodos e técnicas, criados para
facilitar a vida das pessoas em diferentes contextos.

Dessa forma, desde a prensa de Gutemberg, ampliando as


impressões, até a internet, tão presentes em nossas vidas, temos a
tecnologia sendo usadas.

Quando esse processo inclui o uso de Tecnologias de Informação


e Comunicação, temos as TICs. Quando se amplia para o uso do
digital, consideramos TDICs.

Seja qual for, seu uso deve ser intencional e permitir que
aprendizagens significativas sejam construídas.

Pensar dessa forma requer um planejamento articulado para


esse fim, incluindo ações que estejam para além da sala de

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aula, compreendendo a escola, sua equipe e todos os processos
educacionais de maneira integrada.

Os desafios são grandes, não é mesmo?

Esses desafios se tornam ainda maiores quando pensamos


nos equívocos deste uso. Entre eles, está o investimento em
equipamentos modernos e sofisticados, no entanto, com o uso
sendo feito aleatoriamente, apenas para reproduzir informações
descontextualizadas, ou ainda para considerar a escolha do recurso
como uma prática inovadora, sendo que continua desconsiderando
a participação ativa, a interação e o protagonismo dos estudantes.

É importante que você perceba, nesse momento, que o recurso por


si só não garante aprendizagens. Ter o uso da tecnologia pode não
ser significativo, a depender de vários fatores, entre eles, o próprio
planejamento da equipe.

A necessidade de um trabalho articulado aparece também na


Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao expressar as dez
competências gerais, o documento sinaliza a importância de
trabalhar as tecnologias digitais de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética, dialogando com os diferentes contextos e ainda,
relacionando-as com a coletividade.

Para isso, as propostas não devem ser restritas a uma área do


conhecimento, mas planejadas como forma de garantir os direitos
de aprendizagem dos alunos, dialogando com situações reais.
Os estudantes não ficam de fora, são partes essenciais destas
construções, em uma abordagem ativa e reflexivas.

De que forma isso se materializa nas sequências de atividades que


são propostas? A diferença não está no recurso, mas na maneira
que é utilizado. A cópia de um texto disponível na Internet ou no

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drive não mobiliza aprendizagens diferentes daquelas que são
desenvolvidas com o uso do livro didático, apenas por estarem
disponíveis em outro suporte. No drive, por exemplo, é possível criar
documentos compartilhados, não só de textos como também de
apresentação. Os estudantes podem ser instigados a sistematizar
ideias, propor soluções e discutir projetos de maneira coletiva, antes
de socializarem com toda turma. Podemos, ainda, organizar murais,
painéis interativos, mapas mentais, e tantas outras atividades que
trazem o recurso com fins pedagógicos. Viu como o uso do recurso
pode ser potencializado? O drive, usado como exemplo, não é
apenas destinado ao armazenamento de informações.

Perceber essas questões é considerar os recursos tecnológicos como


ferramentas viáveis e mediadoras da construção do conhecimento e
não apenas, facilitadoras do acesso à informação.

Acesso, possibilidades, articulação pedagógica, planejamento


com foco na aprendizagem, são alguns dos saberes que devem
ser compartilhados com toda equipe escolar, potencializando as
TICs e TDICs para a construção de processos educacionais mais
significativos.

Figura 1 – Desenvolvimento das TICs e TDCs

Fonte: elaborada pelo autor.

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PARA SABER MAIS

Você já ouviu falar em ciberespaço?

O ciberespaço se refere aos mais diversos ambientes virtuais de


comunicação existentes, sejam nas escolas, nas bibliotecas, nos
cibercafés dos shoppings centers, sejam comunidades de bairros ou
mesmo em nossas residências.

É o termo usado para definir qualquer espaço onde a comunicação


aconteça virtualmente. Sua característica principal é a comunicação
instantânea.

Como temos apresentado, todas as ferramentas devem ser


facilitadoras do processo de ensino e de aprendizagem, mediando
a construção das aprendizagens e ampliando progressivamente os
processos cognitivos.

Isso significa que se no primeiro desafio os alunos e equipe escolar


forem estimulados a refletir ou conhecer algo, posteriormente,
devem pensar em ações que possibilitem comparar, criar ou
planejar a partir dos conhecimentos adquiridos. Nessa trajetória, os
recursos tecnológicos são meios para essas construções.

Onde temos então o ciberespaço? O ciberespaço está presente


no dia a dia das pessoas e pode, de forma mais ampla, ser
ressignificado, potencializado como ferramenta na construção de
aprendizagens. Além disso, possibilita o acesso rápido e mecanizado
a um volume imenso de informações.

Como transformar a informação em conhecimento? É nesse


caminho interativo que escola e toda equipe que a compõe podem
atuar, ampliando a capacidade de comunicação, pesquisa e até
mesmo, interação.

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Associado a este ciberespaço, temos também a cibercultura,
definida por Levy (1999) como o comportamento sociocultural que
provém da relação entre a sociedade, cultura e o espaço eletrônico
virtual.

Referências bibliográficas
LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: 34, 1999.

TEORIA EM PRÁTICA

Você já parou para pensar nas ferramentas tecnológicas que estão


presentes em sua vida? E sobre a importância delas?

Antes de planejar mudanças, de ressignificar usos sob o ponto de


vista pedagógico, é necessário olhar para nossa relação com tudo
isso, seja como usuários ou consumidores, estabelecemos diferentes
relações com tudo que temos a nossa volta.

Com a análise sugerida, é importante também pensar nos espaços


escolares e na mediação que essas ferramentas ofertam, para que
seu uso se torne mais significativo.

Que ferramentas, já presentes no seu dia a dia, podem engajar


alunos em seus processos de aprendizagem?

Registre quais são esses recursos e escolha uma deles para


explicar como poderia ser usado nos espaços escolares, com
intencionalidade pedagógica.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

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LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O livro apresenta algumas reflexões acerca das inovações na


educação, considerando o uso das tecnologias da informação e
comunicação como possibilidade. Aborda, entre outras questões,
a reorganização de tempos e espaços para esse trabalho, o
desenvolvimento de projetos e a abordagem ativa, essencial nessas
propostas.

Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual e


busque pelo título da obra no parceiro Biblioteca Senac.

FILATRO, C. A. Práticas inovadoras de educação mediada pelas


tecnologias da informação e comunicação. São Paulo: Senac, 2017.

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Indicação 2

O livro aborda algumas questões relacionadas às tecnologias digitais


e a sociedade, conectando suas reflexões aos espaços escolares.
Objetiva compreender os impactos das tecnologias nos processos
de ensino e aprendizagem e, para isso, discute desde os aspectos
históricos das novas tecnologias na educação até a formação
docente e o ensino no contexto mobile.

Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual e


busque pelo título da obra no parceiro Biblioteca Senac.

OLIVEIRA, C. T. C. Novas tecnologias aplicadas à educação. São


Paulo: Senac, 2017.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da
questão.

1. As tecnologias da informação e comunicação, bem como as


tecnologias digitais de informação e comunicação, precisam
ser ressignificadas nos espaços escolares para que, de forma
mais ampla, possam resultar em aprendizagens. Diante do
exposto, podemos afirmar que:
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a. O uso de TICs e TDICs são mediadores da construção de
aprendizagens.
b. As tecnologias sempre compartilham boas ideias, por isso,
sem necessidade de mediação, já conseguem desenvolver
aprendizagens.
c. As tecnologias digitais são obrigatórias nos espaços escolares
e, por isso, devem ser contempladas na formação dos
professores.
d. As TICs e TDICs não interferem em nenhum procedimento
escolar.
e. As tecnologias apenas atrapalham os processos escolares,
pois funcionam como distração para os alunos.

2. Quando consideramos o planejamento docente para


a construção de aprendizagens, temos os recursos
mediadores incluindo as TICS e TDICs. Isso significa pensar
em propostas que:

a. Ampliem o uso dos recursos para garantir apenas o acesso.


b. Mobilizem a interação com recursos sofisticados.
c. Favoreçam aprendizagem ativa.
d. Tenham como foco facilitar o ensino.
e. Sejam usadas apenas como fechamento de um assunto.

GABARITO

Questão 1 - Resposta A
Resolução: As tecnologias da informação e comunicação e as
tecnologias digitais, por si só, não garantem o desenvolvimento
de aprendizagens. Torna-se necessária a mediação e as
intervenções dialogadas para que as aprendizagens sejam
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construídas. Para isso, planejar com intencionalidade é
essencial.
Questão 2 - Resposta C
Resolução: O planejamento intencional para o uso das TICS
e TDICs requer pensar em propostas que ampliem o uso dos
recursos para além do acesso, mobilizando a interação e o
compartilhamento de ideias. É essencial que favoreçam as
aprendizagens de forma ativa, com foco na aprendizagem e não
apenas o ensino.

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 2

Políticas Públicas para o uso das


tecnologias nos espaços escolares
______________________________________________________________
Autoria: Eliane de Siqueira
Leitura crítica: Juliana dos Santos
DIRETO AO PONTO

As políticas públicas são criadas como formas de solucionar, ou


ao menos amenizar questões que são de interesse coletivo. Dessa
forma, explicitam necessidades da sociedade que também estão
presentes nos espaços escolares, fazendo com que tenhamos
políticas públicas voltadas exclusivamente para a educação.

São muitas ações e, entre elas, aquelas destinadas a organizar


propostas para o uso das tecnologias, pensando não apenas nos
recursos que serão destinados a isso, como também garantia de
acesso, formação dos profissionais, organização dos espaços, entre
outras questões.

Antes de conhecer alguns exemplos destas políticas públicas, é


necessário considerar que TICS e TDICs devem estar a serviço da
educação, mediando a construção de aprendizagens e ampliando
as ações pedagógicas. No entanto, são recursos que apoiam esse
processo e não devem ser vistos como fim, como elementos que
por si só, garantem resultados satisfatórios. Apoiam, mas não
substituem a ação docente.

É necessário também considerar a necessidade de aproximação do


contexto social. Seu uso é muito frequente em diferentes espaços,
mas ainda distante da escola.

Por isso, pensar em políticas públicas que tornem os ambientes em


verdadeiros espaços de aprendizagem, amenizem conflitos e valorizem
o uso planejado e intencional das tecnologias, torna-se essencial.

Os programas, projetos e políticas públicas destinados à


implantação das TICs e TDICs nos espaços escolares, desde 1960,
são discutidas. A Rede Saci, buscava a conexão via satélite para a
transmissão de videoaulas e abriu caminho para que outras ações,
como a implantação do Tele Curso 2000 acontecesse anos depois.
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A criação da Secretaria Especial de Informática e a formulação da
Política Nacional de Informática (PNI) acontecem em 1979 e, anos
mais tarde, o programa Formar é destinado para a formação de
professores e técnicos da rede pública, buscando ampliar a rede de
multiplicadores para o uso das tecnologias nas escolas.

Um caminho marcado ainda pela criação da TV Escola, pela menção


da educação tecnológica e formação de professores na modalidade
a distância pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, até que em
1997, o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO) foi
criado com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática
na rede pública.

A necessidade de inovar com o uso das tecnologias nas escolas se


torna cada vez mais evidente e, em 2014, houve a criação do programa
Educação Conectada, cujo objetivo principal era acelerar a inserção
da tecnologia nas escolas. Só que tudo isso não poderia acontecer
sem um planejamento e sem procedimentos que regulassem essa
ação em todo território nacional. Dessa forma, há também a criação
das Diretrizes para uma Política Nacional de Inovação e Tecnologia
Educacional, com período vigente de 2017 a 2021.

Não podemos deixar de mencionar a ampliação do uso desses


recursos em função da excepcionalidade causada pela pandemia e a
determinação das aulas no contexto remoto.

Mudamos o recurso, mas não a intencionalidade da ação e essas


discussões precisam estar presentes nos momentos formativos
da escola, ressignificando seu uso, planejamento, competências,
habilidades e aprendizagens que se pretendem construir.

São muitos documentos, não é mesmo?

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Repensar a forma que as tecnologias chegam aos espaços escolares
é reconhecer sua importância, conectando-a com a realidade, com o
contexto e com as especificidades dos educandos.

Mesmo que uma política pública seja firmada no âmbito federal,


estados e municípios podem pensar em ações complementares que
atendam às suas demandas.

Agora que você conheceu alguns exemplos de políticas públicas para


o uso das tecnologias nos espaços escolares, e podem perceber a
importância de ações planejadas de maneira intencional, observe a
imagem abaixo, reunindo os principais elementos dessa reflexão.

Figura 1 – Políticas públicas para o uso das tecnologias nas


escolas

Fonte: elaborada pelo autor.

PARA SABER MAIS

Você já ouviu falar no Guia de Tecnologias Educacionais para


gestores?

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Trata-se de um documento elaborado pelo Ministério da Educação,
com o objetivo de oferecer aos gestores, elementos que possam
auxiliar na escolha das tecnologias para as escolas.

O documento é atualizado periodicamente e está organizado


considerando o que chamam de blocos de tecnologias. Temos o
bloco da gestão da educação, ensino aprendizagem, formação
de profissionais da educação, educação inclusiva e portais
educacionais.

A partir de um estudo integrado, o documento apresenta, por


exemplo, um conjunto de tecnologias relacionadas às áreas que
atendem e indicadores de seu uso. Esses dados são apresentados
em um quadro síntese e, em seguida, cada recurso é detalhado
considerando a área atendida, as modalidades de ensino e o público
para o qual se destina.

É um documento de apoio para potencializar os investimentos da


escola em tecnologias e favorecer os processos educacionais que
não se limitam à sala de aula, mas devem contemplar o espaço
escolar de maneira ampla, juntamente com toda sua equipe.

Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de tecnologias educacionais da educação
integral e integrada e da articulação da escola com seu território. Brasília,
2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=14545-guia-tecnologias-20130923-pdf&category_
slug=novembro-2013-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 3 ago. 2021.

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TEORIA EM PRÁTICA

Estamos imersos em uma sociedade designada como sociedade da


informação, porém, ter acesso à informação não significa que na
mesma velocidade teremos o conhecimento sendo internalizado.

Esse é um dos conflitos entre alunos que insistem no uso de


alguns recursos e professores que se recusam a perceber as
potencialidades que isso pode trazer.

Pensando na atuação do gestor e na mediação necessária para


que a sociedade da informação e do conhecimento esteja presente
em sua unidade escolar, organize uma ação com um recurso
tecnológico, para auxiliar a equipe escolar. Nesse planejamento, é
importante que percebam a importância dos recursos tecnológicos
como mediadores e ferramentas capazes de realizar a transposição
das informações para a construção de aprendizagens.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

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Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O livro indicado oferta reflexões acerca da necessidade de mudar.


Essa mudança, embora traga a ideia de jogos, metodologias ativas
e recursos tecnológicos dos mais diversos tipos, apresenta também
a necessidade de pensarmos em processos. Como fica o sistema
educacional nesse contexto? Práticas culturalmente construídas, que
não atendem mais às necessidades dos estudantes. Um convite para
se inspirar nas iniciativas e propostas que o livro apresenta.

Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e


busque pelo título da obra no parceiro Biblioteca Virtual 3.0.

SOUZA, M. V.; TEIXEIRA, S. C. Educação fora da caixa: tendências


internacionais e perspectiva sobre inovação na educação. São Paulo:
Blucher, 2018.

Indicação 2

O livro indicado apresenta reflexões sobre as inovações que temos


em diferentes setores, inclusive na educação e a necessidade de
aprendermos sempre mais para lidar com tudo isso. Ressalta a
importância da ação docente como algo que não se limita a dar aula.
O livro está dividido em duas partes que abordam a multiplicidade
de tempos e menciona o tempo tecnológico e, na segunda parte,
traz reflexões sobre a formação continuada dos professores e de
toda equipe escolar.

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Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual e
busque pelo título da obra no parceiro Biblioteca Virtual 3.0.

KENSKI, V. Tecnologias e tempo docente. São Paulo: Papirus, 2013.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. As políticas públicas têm como objetivo central atender a


demandas coletivas e se inserem também nos espaços escolares
para fins diversos. Quando nos referimos ao uso das tecnologias
nas escolas, também estão presentes e todas as propostas,
desenvolvidas desde 1960, trazem não só o recurso, como
também a intencionalidade de seu uso. Dessa forma, podemos
afirmar que:

a. A Rede Saci inclui uma proposta de uso de tecnologias nas


escolas.
b. O projeto UCA foi responsável pela universalização do acesso
dos estudantes.
c. A Educação conectada tinha como foco a formação dos
professores.

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d. O ensino híbrido trouxe a obrigatoriedade do uso dos
recursos tecnológicos em todas as escolas.
e. O Tele Curso 2000 não representou um proposta de Política
Pública de Inclusão para o uso de tecnologias na educação.

2. Inovar na educação é um grande desafio e deve considerar,


além do uso dos recursos, os _________.
Assinale a sentença que completa corretamente a frase.

a. Estudantes.
b. Professores.
c. Processos educacionais.
d. Anseios da sociedade.
e. Materiais escolhidos.

GABARITO

Questão 1 - Resposta A
Resolução: A Rede Saci, ao implantar a transmissão via
satélite, foi uma das primeiras ações para o uso da tecnologia
nas escolas. Isso não está relacionado apenas à Internet
ou computadores, mas ações favoráveis para ampliação da
informação e comunicação nas escolas.
Questão 2 - Resposta C
Resolução: Nenhum recurso será inovador se os processos
educacionais não o inserirem com intencionalidade e
planejamento, considerando outras especificidades. São muitos
os desafios e, por isso, para além dos recursos, é essencial
pensar nos processos.

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 3

Formação docente e as práticas


pedagógicas em diferentes contextos
______________________________________________________________
Autoria: Eliane de Siqueira
Leitura crítica: Juliana dos Santos
DIRETO AO PONTO

Por que falar em formação docente de forma continuada se já temos


a formação inicial?

Essa é uma pergunta muito recorrente nos espaços escolares. Pensar


em formação docente é garantir que os mais diversos assuntos sejam
ofertados aos profissionais da educação, ampliando seu repertório e
suas possibilidades de transposição para a sala de aula.

Tudo muda e a educação não está isenta das transformações que


acontecem no mundo. Não é possível conceber uma formação
completa e imutável, conectada a todos os tempos e espaços.

Dessa forma, a formação continuada, formação permanente e até


mesmo a formação em serviço, que não deixa de ser um processo
continuado, estão presentes no dia a dia do professor.

Vejamos a diferença:

• A formação continuada é aquela que acontece após a


formação inicial do profissional. Pode ocorrer em um curso
de pós-graduação, especializações, cursos livres e demais
propostas ofertadas por diversas instituições, incluindo o
próprio Ministério da Educação.

• A formação permanente é aquela que acontece diariamente.


Estamos sempre aprendendo, compartilhando ideias e
sendo expostos a experiências diversas. Sendo assim,
ampliamos nosso repertório, podendo ou não fazer uso desse
conhecimento em nossas práticas profissionais.

• A formação em serviço é ofertada por algumas redes de


ensino. Nela, os professores que optam pela ampliação de
sua jornada de trabalho participam de cursos de formação
específicos e são remunerados por isso.

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Em todas as situações, é importante considerarmos as
possibilidades de acesso ao conhecimento.

Essas propostas podem acontecer de maneira presencial, na


modalidade EaD ou semipresencial. Qualquer que seja a escolha, a
ressignificação desse conhecimento para que aprendizagens mais
significativas sejam construídas torna-se uma possibilidade.

As mesmas reflexões estão presentes quando o assunto é


tecnologia. Constatar que um colega é usuário dos recursos
tecnológicos, no seu dia a dia, não significa, na mesma proporção,
que a utilização acontece nas aulas e ainda, quando acontece, se
possui as aprendizagens como foco.

Por esse motivo, programas ofertados pelo Ministério da Educação


apoiam os profissionais nesse uso, apresentam exemplos e, em
alguns casos, mostram possibilidades que no dia a dia acabamos
nem percebendo.

Falar do uso de uma rede social, por exemplo, com fins educacionais
pode ser surpresa para muitos educadores, assim como é saber
que portais educativos são construídos como forma de apoiar o
planejamento docente.

Tudo se relaciona com o acesso à informação e ao uso que fazemos


dela para que novos conhecimentos possam ser construídos.

A informação e conhecimento não representam a mesma coisa? A


informação está acessível com o simples toque dos nossos dedos.
A diferença é o sentido que damos a ela no nosso dia a dia. A partir
daí, pode ser transformada em conhecimento. É por esse motivo
que, de acordo com Hargreaves (2004), atuar nessa sociedade do
conhecimento exige muita criatividade, flexibilidade, capacidade
de solucionar problemas, inventividade, inteligência coletiva,
confiança profissional, disposição para o risco e claro, a formação, o
aperfeiçoamento permanente para enfrentar tudo isso.

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Figura 1 – Formação profissional

Fonte: elaborada pelo autor.

Referências bibliográficas
HARGREAVES, A. O ensino na sociedade do conhecimento: educação na era
da insegurança. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed. 2004.

PARA SABER MAIS

Você já ouviu falar em ensino híbrido?

Essa é uma proposta de ensino que traz muito evidente o uso


dos recursos tecnológicos. Além do ensino híbrido, temos outras
estratégias que mobilizam aprendizagens e ativas que podem ter o
uso de recursos tecnológicos sendo incluídas.

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Especificamente sobre o ensino híbrido, temos as ações sendo
realizadas parte na escola e parte fora dela, com o uso de recursos
on-line.

O professor apresenta, aos alunos, o objeto de conhecimento que


será discutido nas aulas e estes investigam o assunto antes da
aula, chegando munidos de informações e de descobertas para
enriquecerem as discussões.

De acordo com a especialista do assunto Lilian Bacich (2021), esse


trabalho auxilia os estudantes no desenvolvimento de autonomia,
na construção de aprendizagens significativas e colaboração. A
autora afirma ainda que:

Ensino Híbrido tem como foco a personalização, considerando que


os recursos digitais são meios para que o estudante aprenda, em
seu ritmo e tempo, que possa ter um papel protagonista e que,
portanto, esteja no centro do processo. Para isso, as experiências
desenhadas para o online além de oferecerem possibilidades de
interação com os conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades,
também oferecem evidências de aprendizagem. A partir dessas
evidências, nos momentos em que os alunos estão face a face com
o professor, presencialmente, em uma sala de aula física, é possível
que o professor utilize as evidências coletadas para potencializar a
aprendizagem de sua turma (BACICH, 2020, [n. p.])

Mais uma forma de repensar o uso dos recursos tecnológicos em


sua prática.

Referências bibliográficas
BACICH, L. Presente e distante: pesquisas que abordam a transmissão de aulas
presenciais. Inovação na educação. São Paulo, 2020. Disponível em: https://
lilianbacich.com/2020/08/21/presente-e-distante-pesquisas-que-abordam-a-
transmissao-de-aulas-presenciais/. Acesso em: 3 ago. 2021.

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TEORIA EM PRÁTICA
Em uma reunião de planejamento, um grupo de professores
questionou a gestão da escola sobre a implantação de um projeto
que estava sendo proposto. Nesse trabalho, os professores
precisariam usar a gamificação em suas aulas e grande parte
do grupo afirmava que levar jogos para a sala de aula seria uma
distração para os alunos, comprometendo suas aprendizagens.

Com essa afirmação, você, que faria parte da equipe gestora,


percebeu equívocos na compreensão da proposta.

Que estratégias poderiam ser tomadas para ampliar o conhecimento


dos professores e, ao mesmo tempo, possibilitar o engajamento de
toda equipe com a metodologia ativa usada como exemplo?

O Teoria e Prática desafia a elaborar um plano de ação,


considerando as possibilidades de formação da equipe, para que
essa proposta possa ser colocada em prática.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

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Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O livro traz uma abordagem sobre a formação de professores,


buscando estabelecer reflexões sobre a necessidade de mudança,
inerente a todas as transformações que temos também em outros
setores. Entre as propostas, está a busca pela construção da
identidade docente, o trabalho colaborativo e diferentes contextos.

Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual e


busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca.

IBERNÓN, F. Formação continuada de professores. Porto Alegre:


Artmed. 2010.

Indicação 2

O livro aborda a crise de alguns paradigmas educacionais e a


necessidade de compreender a função social da escola para
que outras mudanças sejam possíveis. Discute alguns exemplos
de Políticas Públicas destinadas à formação de professores e a
importância da relação entre escola, currículo e formação.

Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual e


busque pelo título da obra no parceiro Senac.

29
FELDMANN, M. G. Formação de professores e escola na
contemporaneidade. São Paulo: Senac. 2017.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. A formação de professores pode ser proposta de diversas


formas, entre as quais temos a formação permanente e a
formação continuada. Sobre esses dois tipos de formação, é
correto afirmar que:

a. A formação permanente é a que acontece ao longo de toda


vida, ampliando o que se aprende na formação inicial.
b. A formação contínua é aquela que ocorre a partir das
disciplinas eletivas do ensino superior.
c. A formação permanente é aquela que se obtém ao cursar o
ensino superior e ser habilitado para uma profissão.
d. A formação contínua é a que acontece ao longo de toda vida,
ampliando o que se aprende na formação inicial.
e. A formação permanente é aquela ofertada pelos órgãos
governamentais onde o professor é remunerado para estudar.

30
2. Entre os motivos que justificam a importância da formação
dos profissionais da Educação, Ibernón (2010) fala sobre:

a. A necessidade de melhorar os salários.


b. A necessidade de criar uma identidade docente.
c. A importância de ampliar o que o ensino superior não deu
conta de ofertar.
d. A importância de se firmar profissionalmente e melhorar sua
autoestima.
e. A obrigatoriedade dessas práticas para atualização constante.

GABARITO

Questão 1 - Resposta A
Resolução: A formação permanente é aquela que acontece
em espaços formais e não formais, ampliando o conhecimento
das pessoas que pode ou não ser usado em sua prática
profissional. Já a formação contínua é aquela realizada em
cursos de diversos tipos, e que acontece após a formação inicial
do profissional.
Questão 2 - Resposta B
Resolução: Ibernón (2010) apresenta importantes
considerações sobre a formação docente, entre as quais, a
necessidade de constituir uma identidade docente articulada
com o contexto social. Todas as mudanças impactam a
educação e o profissional precisa estar preparado para lidar
com tudo isso.

31
INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 4

Gestão escolar e seus paradigmas


______________________________________________________________
Autoria: Eliane de Siqueira
Leitura crítica: Juliana dos Santos
DIRETO AO PONTO

A gestão escolar enfrenta inúmeros desafios, assim como


acontece com os demais profissionais da educação. Entre eles,
está o de inovar em processos educacionais significativos,
incluindo o uso de recursos tecnológicos na rotina escolar. Tudo
isso pautado na gestão democrática, princípio educacional que,
desde a Constituição Federal de 1988, tem sido apresentado e
encontra respaldo em outros documentos normativos.

A gestão democrática não pode ser manifestada apenas


em situações pontuais, na convocação da comunidade para
discussão de um assunto ou no acolhimento de sua equipe sem
necessariamente dar encaminhamento às demandas.

Trata-se de um amplo processo de diálogo, interação, organização


e planejamento de ações que beneficiem a coletividade

O uso de TICs e TDICs passa por esses princípios e a escolha deve


ser feita de acordo com o público que a escola atende e com as
especificidades manifestadas dentro e fora de seus espaços. São
ações que representam uma nova forma de se relacionar com a
informação e buscar, não apenas a construção do conhecimento
como também, facilitar a comunicação, a organização, criar
procedimentos, otimizar tempo, entre outras questões.

Esse uso não contempla apenas a sala de aula, desde a garantia


de acesso até o domínio técnico, pedagógico e gerencial, todos os
espaços escolares devem ser incluídos, construindo de maneira
progressiva, a identidade da escola.

33
Além disso, é importante considerar que esses desafios não
se limitam ao uso do recurso em si. Em muitas situações os
limitadores são fatores externos que uma boa gestão, dialógica e
conectada com sua equipe, conseguiria resolver.

É por tudo isso que reforçamos a importância do uso intencional


dos recursos tecnológicos, pautados em um planejamento que
tenha como foco as aprendizagens, sejam dos alunos, da equipe
ou da comunidade.

A pergunta central não é o que usar, ou qual o melhor recurso,


mas para que pode ser usado, de que forma amplia as
possibilidades de aprender e favorece o trabalho nos espaços
escolares.

Como sugestão, temos o planejamento reverso, focado naquilo


que se espera aprender e que contempla em suas etapas, as
experiências de aprendizagem nas quais diferentes estratégias
são planejadas para o alcance dos objetivos previamente
estabelecidos.

Trata-se de romper com aspectos culturalmente construídos e


trazer uma nova forma de olhar toda dinâmica que faz parte dos
espaços escolares e que não está isolado do que acontece na
sociedade.

34
Figura 1 – Gestão democrática, o uso da tecnologia e o
planejamento

Fonte: elaborado pelo autor.

35
PARA SABER MAIS

O uso dos recursos tecnológicos tornou-se muito evidente quando


o contexto remoto, imposto pela emergência causada em cenários
pandêmicos, como no caso do Covid, que se transformou em uma
realidade.

Ninguém teve tempo para se preparar e as circunstâncias foram


mudando, espaços foram transformado, o tempo perdendo a
referência e as tecnologias cada dia mais necessárias.

Nesse movimento, alguns conceitos começaram a se misturar e,


entre eles, o de contexto remoto e ensino híbrido.

Para que estes equívocos não aconteçam em sua prática


profissional, vamos diferenciar as duas situações.

Como acabamos de dizer, o contexto remoto é instituído em


situações emergenciais. A Lei n. 14.040, de agosto de 2020,
estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas
durante o estado de calamidade pública. Com a flexibilização de
dias letivos e necessidade de isolamento social, práticas que já eram
desempenhadas no ensino presencial passam a ser compartilhadas
por meio de recursos tecnológicos.

Isso não é Educação a Distância tão pouco, ensino híbrido. O que


temos é um trabalho remoto.

Várias ações buscaram contemplar as crianças que não tinham


acesso aos computadores. Tivemos programas de TV, materiais
sendo impressos, número de telefone compartilhado e as redes
sociais tornaram-se fortes meios de comunicação entre os
professores e suas turmas.

36
Com o tempo, a volta às aulas se tornou progressiva e parte das
crianças poderiam frequentar as escolas presencialmente, enquanto
outras, por decisão das famílias, permaneceriam on-line. Foi aí
que a grande confusão se formou, pois o que temos, nesse caso,
é um modelo híbrido, no sentido de termos uma mistura de ações
(derivada do termo blended). As mesmas ações do presencial,
portanto, seriam repetidas com as adaptações necessárias, para os
alunos que acompanhariam as aulas de casa.

Isso tudo é diferente de ensino híbrido, que envolve uma concepção


de ensino, estratégias pedagógicas para aprendizagens ativas onde
as ações, que acontecem dentro e fora da escola, se complementam
na construção das aprendizagens.

Esteja sempre atento (a) às especificidades de cada proposta, pois


revelam compreensões e intencionalidades bem diferentes.

TEORIA EM PRÁTICA

A escola onde você atua como gestor (a), acaba de ser notificada
sobre a inclusão em um projeto de tecnologia que prevê a
entrega de cinquenta notebooks. O equipamento deve ser
utilizado com os alunos, potencializando as práticas escolares
e, para acompanhamento dos resultados, uma equipe fará uma
avaliação diagnóstica antes dessa entrega, e outra após um ano de
implantação da proposta.

Sua missão? Planejar a implantação do projeto na escola


contemplando sua equipe e os estudantes que farão uso do
equipamento.

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Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O livro indicado trata sobre a importância da mediação e outros


conceitos importantes para a compreensão sobre o uso da TICs
na educação. Versa sobre a sociedade da informação, Educação a
Distância e perspectivas sobre a EMT em espaços educativos.

Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual e


busque pelo título da obra no parceiro Biblioteca Senac.
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FLORES, A. M. Educação mediada pelas tecnologias da
informação e comunicação. São Paulo: Senac. 2017.

Indicação 2

O livro indicado apresenta importantes reflexões sobre a


necessidade de mudança da escola frente aos diferentes contextos
sociais. Apresenta alguns problemas que fazem parte da educação e
os desafios do gestor educacional para superá-los.

Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual e


busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca.

SANTOS, C. R. A gestão educacional e escolar para modernidade.


São Paulo: Cengage Learning. 2009.

QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. Muitos são os desafios enfrentados pelo gestor no processo de


implantação de recursos tecnológicos, vinculando-os a processos
educacionais significativos. Entre eles, podemos citar:

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a. A organização de espaços adequados para o uso dos recursos.
b. O investimento em equipamentos modernos.
c. A contratação de equipe para cuidar dos espaços que terão os
recursos.
d. O monitoramento e o controle do uso dos recursos
escolhidos.
e. O planejamento de ações que possam homogeneizar as
práticas.

2. Em situações emergenciais, é possível a flexibilização de


muitas situações escolares, entre elas, o próprio espaço
onde as aulas serão desenvolvidas. Isso caracteriza o que
chamamos de:

a. Ensino híbrido.
b. Modelo híbrido.
c. Educação a distância.
d. Contexto remoto.
e. Ensino semipresencial.

GABARITO

Questão 1 - Resposta A

Resolução: Para o uso de recursos tecnológicos nos espaços


escolares, não é o tipo de recurso que faz a diferença, nem a
necessidade de uma equipe, muito menos um padrão para
execução das tarefas. Os desafios são imensos e não serão
superados, se o gestor não pensar em espaços adequados para
esse desenvolvimento.

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Questão 2 - Resposta D

Resolução: O ensino híbrido mobiliza estratégias de ensino


onde os estudantes realizam uma parte da aula com o uso de
recursos on-line, potencializando discussões que aconteceram
ou estão planejadas para acontecer. O que temos em situações,
como a exemplificada na questão, é um contexto remoto e
todas as ações planejadas para acontecer presencialmente
passam a acontecer de modo remoto, mediadas por diferentes
recursos.

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BONS ESTUDOS!

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