LogicaFormal Parte5
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Sentenças Abertas
Tal interroga tiva não é uma proposição. Ela é uma sentença aberta, a qual també m pode
ser represe ntada po r:
Entre ta nto, se s ubstit uirmos a variáve l x por “Belo Horiz onte”, então temos uma
proposição, a qua l pode se r interpre tada como ve rdadeira ou fa lsa.
Uma se nte nça aberta , para ser a valiada, depe nde de um universo de dis curso. No
exemp lo anterior, o uni verso de discurso é o conjunto de todas as capitais brasileiras. Isto
é:
Em geral, podemos ide ntificar uma se nte nça abe rta por s ua pro pr ieda de. Para o e xe mplo
anterior , esta propriedade é: ser a capi tal de M inas Gerais. Nor malme nte, por
generalidade, indicamos uma propriedade por um s ímbo lo, denomi nado de predi cado, e
a va riáve l a q ua l e le se ap lica, neste caso, o se u ar gumento. Assim, poder íamos
representar a propriedade acima por P(x), o nde P indica a propriedade: ser a capital de
Minas Gerais; e x é a variáve l em aberto .
Um o utro e xemp lo de sente nça aberta é: Qua l é o número inteiro que multipl icado por
4 resulta em 36? Podemos i ndicar esta se ntença por Q (x) , o u seja , x tem a p ropriedade
Q. Neste caso, se x = 9, então a se nte nça é verdadeira, caso co nt rário ela é fa lsa.
Simbolicamente temos:
VP(x) = { x | x ∈ U e Ι (P(a)) = V } ou
VP(x) = { x | x ∈ U ∧ P(x) } o u
VP(x) = { x ∈ U | P(x) }
O conjunto-verdade para uma sente nça aberta depende do universo de discurso. Por
exemp lo: VP(x) = { x ∈ N | x2 = 4 } = { 2 }; mas: VP(x) = { x ∈ Z | x2 = 4 } = { 2 , –2 }. E:
VP(x) = { x ∈ R+ | x2 = 4 } = { +2.0 }, mas: VP(x) = { x ∈ R | x2 = 4 } = { +2.0 , –2.0 }.
Dizemos que d uas sentenças aber tas são equivalentes, se , e somente se, admitem o
mesmo co njunto-solução pa ra o mesmo uni verso de disc urso.
c) x é m últiplo de 2, U = N
Exemplos de conjunto-solução:
a) P(x): x + 2 > 7 , U = N
c) R(x): x + 2 < 4 , U = Z
ou ai nda:
Um predicado com n argumentos é dito n-ário. Por exemp lo, o predicado P(X) é unário,
enq uanto q ue P(X, Y) é dito binário. De ve ser salie ntado q ue P(X) ≠ P(X, Y), apesar de
possuíre m o mesmo s ímbo lo de predicado.
Uma se nte nça aberta também pode estar defi nida por um sistema de
equações/ inequa ções. Nes te caso, as sente nças enco ntram -se ligadas pelo conecti vo
“e” (∧ ).
Por exemplo: Qua l o número inteiro positivo que somado 2, resulta num número
maior que 9, e subtraindo 3, resul ta num número menor que 8? Simbolicamente
temos:
Portanto, P(x ): Q(x ) ∧ R(x). Logo, P(x): (x + 2 > 9 ) ∧ (x – 3 < 8 ), com U = Z+.
Neste caso, o conjunto- verdade é dado pela interseção dos conjuntos- verdade das duas
sente nças aber tas q ue co mpõem P( x) . Isto é:
Quantificadores
Uma sente nça aberta pode se tornar uma proposição através do uso de qua ntificadores,
que são e leme ntos q ue t rans mitem a idéia de qua ntidade.
Quantificador Universal ( ∀ )
O s ímbo lo (∀ x) lê-se: para todo x, para qualquer elemento x, qualquer que seja x,
para qualquer x, etc .
∀ x ∈ H, x ∈ M
proposição
ou
∀ x, x ∈ H → x ∈ M
proposição
H(x): x é homem .
Sendo P(x) uma se nte nça aberta em um conjunto A, não va zio, e Vp(x) = {x ∈ A | P(x) }
seu co njunto- verdade, temos q ue (∀ x ∈ A, P(x )) é uma p roposição verdadeira se, e
somente se, Vp(x) = A.
Exemplos :
Vp(x) = { n ∈ N | n + 2 > 8 } = { 7, 8, 9 , .. .} ≠ N
Quantificador Existencial ( ∃ )
O s ímbó lo (∃ x) lê-se: existe x ta l que, para algum elemento x , para pelo menos um x,
ao menos um x, e tc.
E considerando :
∃ x ∈ H, x ∈ F
proposição
ou
∃ x, x ∈ H ^ x ∈ F
proposição
H(x): x é homem .
F(x): x é sábio.
Sendo P(x) uma se nte nça aberta em um conjunto A, não va zio, e Vp(x) = {x ∈ A | P(x) }
seu co njunto- verdade, temos que (∃ x ∈ A, P(x) ) é uma proposição ve rdadeira se, e
somente se, Vp(x) ≠ ∅ . Isto é, pelo menos um x ∈ A satisfa z P(x ).
Exemplos :
Vp(x) = { n ∈ N | n + 4 < 7 } = { 1, 2 } ≠ ∅
Vp(x) = { n ∈ N | n + 6 < 4 } = { 1, 2} = ∅
¬ [∀ x, ¬ p(x)] ≡ ∃ x, p(x)
Exemplos :
1) A negação da proposição:
“Todo aluno desta turm a é bem com portado.” é “Existe pelo m enos um aluno desta
turm a que não é bem com portado.”, ainda, “Algum aluno desta turm a não é bem
com portado.”.
2) A negação da proposição:
“Existe político honesto.” é “Todo político é não honesto.”, ou ainda, “Nenhum político
é honesto.”