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Globaliza o e Integra o Regional - PPTX 1

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Globalização e Integração

regional
3ª série do Ensino Médio
2024
► Conflitos humanitários e desigualdades sociais extremas provocam o
debate sobre o atual modelo adotado pelos países (principalmente os
desenvolvidos – e que comandam ou orientam as políticas econômicas
mundiais.
► Este capitulo apresenta as transformações que contribuíram para a
ampliação das desigualdades internacionais, bem como algumas das
alternativas econômicas, políticas e sociais que se apresentam no
contexto das Ciências Humanas e Sociais.
► Importante pontuar sobre os processos de integração social, de políticas
econômicas e sociais, dos movimentos altermundialistas (que propõem
um novo olhar para a globalização, mais igualitário – um novo modelo) e
dos fluxos migratórios internacionais que ajudam a compreender,
diagnosticar e propor alternativas aos desequilíbrios criados ou
acentuados pelo próprio capitalismo.
O debate sobre a globalização:
O que é globalização?
► Fenômeno de múltiplas dimensões – econômica, social, política e cultural.
► O estudo da globalização vem sendo feito com base na articulação dos
conceitos utilizados para explicar a organização e as consequências do
capitalismo.
► Trata-se portanto da análise de relações de poder, organização da
produção, apropriação de padrões culturais e ideológicos, etc., em
escala global, com efeitos importantes em todo o mundo.
► O pensamento único procura estabelecer a globalização como um
processo natural e benéfico para a humanidade. Momento de realização
do sonho de reduzir o mundo a uma aldeia global, como afirmou o teórico
canadense Marshall McLuhan em meados do século XX.
A globalização defendida por
Marshall McLuhan (1911-1980)
► “Aldeia Global”: ele queria dizer simplesmente que o progresso tecnológico estava
reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorria em uma aldeia, ou seja, a
possibilidade de se intercomunicar diretamente com qualquer pessoa que nela vive.

► O princípio deste conceito é o de um mundo com estreitas relações econômicas,


políticas e sociais, de um mundo interligado. Essa profunda interligação entre todas as
regiões do globo, formaria uma poderosa teia de dependências e, desse modo,
promoveria a solidariedade e a luta pelos mesmos ideais. A tecnologia permitiria a
difusão imediata das notícias; tornaria s viagens cada vez mais rápida – mobilidade
planetária, identidade universal, cidadania planetária.

► Porem, esse conceito ‘batia de frente’ com as afirmações de muitos teóricos da


globalização e alguns críticos do conceito. Para eles, tratava-se mais de um conceito
filosófico e utópico do que real. “O mundo está longe de viver numa aldeia e muito
menos global: o conceito de aproximação das pessoas numa aldeia, em que todos se
conhecem e participam na vida e nas decisões comunitárias não vai de acordo com a
ideia de sociedade contemporânea”, diziam.
Crítica à globalização elaborada por
Milton Santos (1926-2001)

► Procurou desmistificar o pensamento único: criticando o chamado Consenso de


Washington, cuja receita continha liberdade total de mercado, Estado mínimo, arrocho
de diretos trabalhistas e sociais. A coisa toda vendida como a única forma que um país
podia se posicionar no mundo.

► O professor dizia que o Brasil precisava encontrar seu próprio modelo de


desenvolvimento: “ O centro do mundo é o lugar onde se está. Sem abandonar o que
somos, podemos nos tornar universais.”

► Para fundamentar sua crítica, Santos partiu das evidências sociológicas sobre a
distribuição da riqueza e do poder que explicam as desigualdades sociais nos planos
internacional e local para então demonstrar o caráter ideológico da globalização sobre
o momento atual do capitalismo.
► Notícias que circulam o mundo nem sempre se traduzem em informações
ou conhecimento para as pessoas;
► Encurtamento de distâncias – apenas para quem possui condições
financeiras de viajar;
► Grande mercado global: demarca, de modo crescente, as diferenças
regionais e promove o consumismo. Ignorância, pobreza, desemprego,
incapacidade de exercer a cidadania, disputas étnicas e movimentos
separatistas são situações ainda comuns no planeta e revelam a
dificuldade de se aceitar a visão ideológica da globalização como
processo de aperfeiçoamento do mundo.
► Três faces da globalização:
► Globalitarismo / Farsa ( situação perversa, globalização tal como ela é);
► Fábula (visão idealizada, romântica da globalização);
► Possível (uma outra globalização)
► Por uma outra globalização:
► Bases técnicas atuais agindo para uma globalização mais humana;
► O desenvolvimento tecnológico não leva, necessariamente, a efeitos
perversos, evidenciados por desigualdades e violações de direitos
humanos;
► O problema está na empregabilidade dos meios tecnológicos;
► Onde estão os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade????????
► Chama a atenção para a importância dos movimentos sociais no
contexto atual de sociedade.
► Milton Santos aponta evidências , por meio da existência de alguns
fenômenos, de sobrevivência e revigoramento das relações locais
(possibilitando o uso de avanços tecnológicos em prol da humanidade).
► Ex: índios que utilizam a internet e o cinema para defender suas culturas
e denunciar crimes ambientais.
Defesa do uso alternativo da capacidade
tecnológica e cultural da humanidade
► Mistura crescente dos povos, culturas e costumes promove a mistura de
filosofias e pensamentos que promove outros olhares para as questões que
circundam a vida, a existência, as necessidades humanas. Rompem com
o domínio do racionalismo europeu na construção das “verdades” do
mundo.
► Sociodiversidade: convivência das diferenças em uma sociedade com
múltiplas formas de cultura e aberta a todos; lugar das oportunidades, da
inclusão, do multiculturalismo, da tolerância e do respeito.
► Emergência da cultura popular, que se apropria dos meios de
comunicação de massa e imprime valor estético e cultural diferenciado a
um espaço antes ocupado pela lógica do mercado e pela estética
elitizada.
O mundo se modifica e um novo debate se inicia
A oposição ao processo de globalização e a seus efeitos também inclui diferentes pontos
de vista:
► de movimentos nacionais, alguns deles com tendências fundamentalistas (que rejeitam
a globalização e valorizam a estrutura local com posições conservadoras e/ou até
mesmo xenofóbicas);
► De movimentos antiglobalização (que denunciam a globalização como produtora de
desigualdade e pobreza) ou altermundialistas.
❖ 1990 - divulgação intensa da inutilidade das fronteiras nacionais; avanço tecnológico e
resposta neoliberal à crise dos anos 1970 (surgimento do modelo pós-fordista); fim da
URSS.
❖ Exemplos de possibilidades abertas pelas transformações tecnológicas: grandes
mobilizações convocadas pela internet; transferências monetárias para qualquer
distância pelo celular ou pelo computador; grupos e organizações diversas que agem
transnacionalmente.
Samuel P. Huntington

► Desenvolveu uma linha de raciocínio chamada de “Choque de civilizações” – as


identidades culturais e religiosas das populações serão as principais fontes de conflitos
bélicos no mundo após a Guerra Fria.
► Coloca-se na contramão de alguns pensadores quando afirma que os Estados nacionais
não são uma solução necessária, nem interessante para todas as realidades.
► Para ele, não advém dos interesses distintos entre as classes sociais os grandes conflitos,
e sim das diferenças culturais e religiosas. Portanto, comportamentos como as políticas
anti-imigração dos EUA estão validados pela política social de exelência que esse país
apresenta.
► Sua teoria serve de alerta, mas deve ser apresentada com cautela. Muitos teóricos a
encaram como um risco, principalmente para os países que se encontram subjugados ao
imperialismo praticado pelos EUA e pelos países desenvolvidos.
Globalização como mito

► José Maria Gómez afirma que a globalização funciona como um mito,


uma ferramenta a serviço das novas estratégias de acumulação do
capitalismo internacional.
► Como foi produzido esse mito?
► O termo globalização passou a ser difundido no início dos anos 1980,
depois de ser criado nas escolas americanas de administração de
empresas. Toda a linguagem de marketing internacional e da imprensa
divulgadora do neoliberalismo e dos seus benefícios se imcumbiram de
bradar aos quatro ventos o termo, consolidando-o.
► A base do mito portanto está na visão de grandes corporações
internacionais e de grupos e classes comprometidos com a geração de
lucros no universo capitalista.
► Para estes, a globalização é um fenômeno benéfico e irreversível, pois
❑ une os interesses capitalistas de ampliação de possibilidades de lucro;
❑ Dinamização da comunicação e das tomadas de decisão em tempo real;
❑ Difunde como inevitável o fato de as grandes corporações privadas
ditarem as formas de produção no mundo (e gerarem, na promessa que
elas fazem prosperidade e bem-estar para todas as nações);
❑ Fim do Estado como protagonista econômico e político nas relações
internacionais (Estado Mínimo para a sociedade e Máximo para assegurar
os direitos capitalistas);

Visão otimista e favorável da globalização foi assumida pelos


pensadores neoliberais mais radicais.
Por uma outra globalização:
► Efeitos concretos da globalização: aumento geral do comércio e maior
fluidez das transações financeiras (regras liberais de produção – venda -
consumo - qualidade de vida –cidadania); Voracidade do
empreendedor (aumento de inovações e criatividades) representariam
maior ganho do consumidor.
Cidadania cada vez mais associada ao consumo e
menos associada aos direitos sociais conquistados ao longo da História.
► Aspectos negativos da globalização nos países
periféricos:
► As elites se associam ao grande capital, o que facilita a instalação das
grandes corporações multinacionais;
► A exploração da força de trabalho e dos recursos naturais;
► Exploração do trabalho infantil, turismo sexual, apropriação e destruição
do meio ambiente.
Os críticos apresentam tendências
conservadoras e nacionalistas, universalistas e
progressistas. Inúmeros movimentos e
organizações sociais como: ambientalistas,
sindicalistas, feministas e defensores das
minorias e dos direitos humanos têm em
comum a meta de viabilizar outro tipo de
globalização que....
Garanta os direitos de todos
Preserve a natureza e utilize os
recursos de forma racional e
justa.

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