Trab Noemi Grupo
Trab Noemi Grupo
Trab Noemi Grupo
NÚCLEO COMUM
Cidade
2018
NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA
Cidade
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 3
2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS...........4
2.1 PAPEL DA ESCOLA PARA O EJA...............................................................6
2.2 DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA O DIREITO A EDUCAÇÃO EJA....7
2.3 PROCESSO AVALIATIVO PARA O EJA......................................................9
3 CONCLUSÃO.....................................................................................................11
REFERÊNCIAS.........................................................................................................12
3
1 INTRODUÇÃO
da educação para todos, inclusive os fora da idade escolar como ONGs, INEP entre
outros. Um dos grandes precursores da educação de Jovens e Adultos foi o
educador Paulo Freire.
Na época do Regime militar surge um programa chamado MOBRAL
para erradicar o analfabetismo que se assemelha com as didáticas de Paulo Freire.
Segundo Bello:O projeto MOBRAL permite compreender bem esta fase ditatorial por
que passou o país. A proposta de educação era toda baseada aos interesses
políticos vigentes na época. Por ter de repassar o sentimento de bom
comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, esta instituição estendeu
seus braços a uma boa parte das populações carentes, através de seus diversos
Programas. Bello (1993).
No século XX, a partir da expansões industriais é que começou-se a
valorização do EJA.A Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 208,
assegura a educação de jovens e adultos como um direito de todos:
Mas foi realmente só a partir dos anos 40, que a Educação de Jovens e
Adultos passou a se formar e ser tratada como um “sistema diferenciado e
significativo” para a educação brasileira. E desde aquela época, vem se mostrando
como sistema apto a melhorar dia-a-dia. Sua política educacional não nasceu
apenas no gabinete, foi a defasagem educacional e a implantação das indústrias no
Brasil, na política de Getúlio Vargas, junto com a própria população brasileira, que
causou a implantação de políticas públicas para a Educação de Jovens e Adultos.
ampliação da educação dessa modalidade, pois o país possuía uma taxa alarmante
de analfabetismo e esse fundo tentava dar uma resposta a isso, combatendo o
analfabetismo adulto e infantil.
O que buscava no regime militar era concentrar sim, mas sem preparar a
mão de obra, que no processo de aprendizagem, deviam apenas buscar uma
complementação pedagógica, uma prática de aprendizagem preparando o aluno
para apenas ler e escrever.
por sua clientela pois a todos deveriam atender uma dinâmica permanente de
atualização” (p.117)
Não podemos deixar de citar o Programa Mobral, que por tempos tentou à
sua maneira formatar uma Educação a Distância, e que na década de 80 acabou
sendo substituído pela Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos, o
Educar, que se considerava diferente, mas se baseava em muitos de seus trabalhos.
uma minoria conclua seus estudos, além dos motivos inerentes ao indivíduo para
não ter vontade de estudar por cansaço, por não ter quem cuide de filhos pequenos,
enfim vários são os fatores, inclusive. Há também uma grande responsabilidade
desta evasão por parte dos educadores que não conseguem prender o aluno com
sua didática, então para isso o professor deve está preparado para adaptações e
criar didáticas que sejam produtivas e interessantes para estes alunos, valorizando a
vivência destas de forma que as disciplinas envolvam seu dia- a dia, pensando nesta
evasão,o Ministério da Educação, investiu em dinheiro na Educação de Jovens e
Adultos e ao mesmo tempo fez muitas campanhas como forma de incentivar os
discentes a voltar ou começar seus estudos.
adquirir novos conhecimentos, se atualizar cada vez mais para assim poder ser mais
liberto de um sistema onde opressores oprimem e oprimidos são sofridos. Porém
vale salientar aqui, que não adiantará uma mutua transferência de conhecimentos
sem que mútuas experiências sejam respeitadas. Ai a importância do professor, que
ao nosso ver, está entre os dois lados, o do opressor e do oprimido. Profissional este
que tem o dever de transmitir e respeitar conhecimentos e transferências,
eliminando qualquer preconceito existente.
Na medida em que esta visão bancária anula o
poder criador dos educandos ou o minimiza, estimulando sua
ingenuidade e não sua criticidade, satisfaz ao interesse dos
opressores: para estes o fundamental não é o desnudamento
do mundo, a sua transformação. O seu “humanitarismo”, e não
humanismo, está em preservar a situação de que são
beneficiários e que lhes possibilita a manutenção de sua falsa
generosidade. (FREIRE, 1997:83).
Esta citação de Freire nos indica o real interesse que os opressores têm
com os seus educandos sejam em ensino regular e principalmente na Educação
Popular. Não querem indivíduos críticos e sim indivíduos passivos, domáveis,
obedientes, para que eles possam através de sua falsa erudição controlar tudo e
todos. Vale salientar que quando utilizamos o termo “falsa erudição”, queremos
chamar à atenção para dizer que este saber dito erudito por parte dos opressores, o
saber oficial, não é o saber correto a ser seguido, pois, cada ser social busca em
seu individualismo, seus próprios interesses de aprendizagem. Então, o saber
erudito é como uma mistura de todos os saberes em busca de uma perspectiva que
atenda a todas as classes sociais, respeitando umas às outras, sem que nenhuma
seja tida como maior ou melhor que outro. É como um equilíbrio para que a boa
criticidade seja alcançada e a opressão não aconteça.
Agora retornando ao assunto, queremos aqui, concordar com mais uma
citação de Freire, sobre a espécie de lavagem cerebral que é feita nos oprimidos
para que eles ajam como querem seus opressores:
“Na verdade, o que pretendem os opressores “é transformar a
mentalidade dos oprimidos e não a situação que os oprime”, e isto para que, melhor
adaptando-os a esta situação, melhor os dominem”. (FREIRE, 1997:84).
Caso este objetivo não seja alcançado, a da concepção práxis bancárias,
17
3 CONCLUSÃO
O grande mote que foi observado como ideário pedagógico foi Paulo
Freire, em sua pedagogia da autonomia, que já se vinha sendo
divulgado nos esforços dos movimentos sociais, igrejas, associações
20
Mas o que vemos então é muito mais que uma educação formadora
a educação de jovens e adultos estabelecida hoje em sua maioria
possue um sombra da pedagogia chamada por Paulo Freire de
libertadora, pois a maioria, das instituições que as desenvolvem hoje
valorizam a bagagem social do aluno.
REFERÊNCIAS
MANFREDI, Sílvia Maria. Política e Educação Popular. 2ª ed., São Paulo: Ed.
Cortez,1981.
FREIRE. Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação.2. ed. São Paulo: Moderna,
1996.
DURKHEIM, D.É. As regras do método sociológico. 11ª ed. São Paulo: Nacional,
1984.
https://www.google.com/url?
sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwji4siu0d
zhAhWoErkGHcBcBLQQMwguKAYwBg&url=https%3A%2F
%2Fg1.globo.com%2Feducacao%2Fnoticia%2Ftaxa-de-
analfabetismo-cai-pelo-quarto-ano-no-brasil-mas-sobe-na-regiao-
norte.ghtml&psig=AOvVaw3eO6VU6aJjwX_sMYZpRX9N&ust=155577
9755544561&ictx=3&uact=3