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Reflexao Sobre A Eficacia Do Uso de Um A

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II ENINED - Encontro Nacional de Informática e Educação ISSN:2175-5876

Reflexão sobre a eficácia do uso de um ambiente virtual no


ensino de Física
Reginaldo A. Zara
UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas
Rua Universitária, 2069. Jardim Universitário.
Caixa Postal 711 - CEP 85819-110 Cascavel, PR

reginaldo.zara@unioeste.br

Resumo. O processo de ensino aprendizagem de conceitos físicos pode ser


facilitado através do uso de experiências virtuais uma vez que as simulações
permitem ao estudante concentrar-se nos aspectos qualitativos do problema
em contraste com a excessiva matematização da realidade física. Neste artigo
é apresentado o relato de uma experiência de uso do pacote de simulações
PhET (Physics Educational Technology) para o estudo das propriedades
físicas de associações de capacitores submetidos a tensões elétricas. O estudo
foi desenvolvido junto aos alunos da disciplina de Física do Curso de Ciência
da Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste,
Campus de Cascavel. O desempenho de dois grupos de estudantes na
resolução de problemas de análise de circuitos foi acompanhado: um grupo
fez uso de simuladores para execução experiências virtuais enquanto outro
grupo concentrou-se nos métodos tradicionais de análise. Os resultados
indicam o grupo de alunos que não utilizou as experiências virtuais teve
desempenho levemente superior.

1. Introdução

O ensino de Ciências deve ser alicerçado na interdisciplinaridade e na contextualização


com ênfase tanto aos conceitos básicos quanto à tecnologia envolvida, uma vez que a
educação em ciências deve ter um enfoque amplo, não se restringindo somente a
discussões metodológicas, mas estendido às dimensões culturais e tecnológicas.
Atualmente, o desenvolvimento tecnológico da sociedade vem sendo associado ao
desenvolvimento das ciências aplicadas enquanto a prática pedagógica de muitos
professores de Ciências, especialmente nas áreas de Física, Química, Matemática e
Biologia, continua baseada na utilização de quadro-negro e giz, com pouco ou nenhum
uso de atividades experimentais ou de novas tecnologias de ensino. O uso do
computador pode contribuir sobremaneira na educação devido à capacidade de
apresentar ao estudante aspectos do conteúdo difíceis de serem visualizados. O uso do
computador aumenta as possibilidades de implantação de novas técnicas de ensino uma
vez que hoje, o custo financeiro para implantação e manutenção de laboratórios de
informática é relativamente baixo.
Existem muitas formas de utilizar a informática educativa no ensino de Ciências,
especialmente softwares de simulação que funcionam como verdadeiros laboratórios
virtuais e que podem ser de grande valia em sala de aula, principalmente nas escolas que
não possuem laboratórios adequados para aulas as práticas. No entanto falta ainda
compreensão da atual realidade do uso da informática no ensino de Ciências e, em
especial, deve-se ter a clareza de que os experimentos virtuais não podem ser substitutos
de atividades práticas em laboratório, mas uma ferramenta auxiliar ao ensino.
A falta de compreensão de alguns princípios fundamentais da Física é uma
realidade que vem sendo enfrentada atualmente tanto nas atividades didáticas na escola
quanto no quotidiano. No caso específico do ensino de Física, segundo teóricos do
desenvolvimento das matrizes de competências e habilidades na escola (BRASIL,2002),
o professor deve desenvolver continuamente algumas competências, como o uso de
novas tecnologias, que terão reflexo direto no trabalho com os alunos. Neste contexto o
uso de simuladores em sala de aula auxilia no processo de ensino-aprendizagem uma vez
que as simulações permitem ao estudante centrar-se na essência do problema, tornando
mais eficiente a absorção dos conteúdos. Além disso, a utilização de simuladores permite
o estudo de situações que, na prática, seriam difíceis ou até mesmo inviáveis de serem
realizadas. O uso dessa ferramenta pelo educador pode também contribuir para a clareza,
dinâmica e interatividade com o conteúdo, reforçando e fixando os conceitos aprendidos
em aulas teóricas (PERRENOUD,2000; MEDEIROS,2002) e facilitando o
desenvolvimento de atividades práticas de laboratório, imprescindíveis para o efetivo
aprendizado de Ciências.
O projeto PhET Interactive Simulations (Physics Education Technology)
(PhET, 2010; WIEMAN, 2008; FILKENSTEIN, 2005) é uma iniciativa da Universidade
do Colorado cujo objetivo é prover um pacote de simulações que possam auxiliar no
modo como as Ciências (física, química, matemática, biologia) são ensinadas e
aprendidas. As simulações são ferramentas interativas que permitem ao usuário
estabelecer conexões entre fenômenos reais e a ciência básica, através da formulação de
seus próprios questionamentos. O PhET é disponibilizado na Internet através do sítio
http://phet.colorado.edu/index.php e pode ser livremente utilizado. O ambiente de
simulação disponibilizado pode ser executado diretamente na Internet ou um pacote de
instalação (disponível para diferentes sistemas operacionais) pode ser baixado e instalado
em máquinas locais.
Neste trabalho são apresentadas reflexões baseadas na experiência do uso do
aplicativo Circuit Construction Kit (AC+DC) do ambiente Physics Education
Technology (PhET) para ensino de métodos de análise de circuitos ou associações de
capacitores submetidos a tensões elétricas. O estudo foi desenvolvido com dois grupos
de estudantes aos alunos da disciplina de Física de um Curso de Ciência da Computação.
O desempenho dos grupos de estudantes frente à resolução de problemas de análise de
circuitos foi acompanhado. Enquanto um grupo desenvolveu seus estudos fazendo uso
de simuladores para execução experiências virtuais enquanto outro grupo concentrou-se
nos métodos tradicionais de análise de circuitos, efetuados de forma teórica. O
desempenho dos grupos foi comparado usando notas atribuídas à solução de um mesmo
problema para ambos os grupos.

2. Metodologia

Diversos softwares educacionais, muitos deles de uso livre, podem ser utilizados no
ensino de Ciências. Para este trabalho foi utilizado o PHET- Interactive Simulations
está disponibilizado na Internet através do sítio http://phet.colorado.edu/index.php
podendo ser livremente utilizado. As simulações deste laboratório virtual são interativas
e permitem ao usuário estabelecer conexões entre fenômenos reais e a ciência básica,
através simulação de experimentos propostos e da formulação de seus próprios
questionamentos. Para o caso em questão a metodologia adotada envolveu três
componentes:
 Preparação teórica dos assuntos a serem abordados, com a escolha de
circuitos de associações de capacitores comuns nos livros texto adotados
nas disciplinas (YOUNG & FREEDMAN, 2003, CAPUANO & MARINO,
2002);
 Implementação das simulações e elaboração de roteiros de aplicação de
atividades para os problemas selecionados;
 Acompanhamento do uso do roteiro através de trabalhos escritos entregues
pelos estudantes tomando como base as experiências virtuais propostas.
 Proposição, na avaliação escrita individual, de um problema relacionado ao
conteúdo estudado.
 Atribuição e comparação de pontuação obtida pelos estudantes de cada
grupo.
Os problemas selecionados envolvem encontrar as distribuições de cargas
elétricas em circuitos de capacitores em associados em série, em paralelo e em
associações série-paralelo (ou mistas), quando submetidos a uma diferença de voltagem
elétrica, conforme os aspectos teóricos descritos no livro texto. Os problemas propostos
aos estudantes foram simulados através do aplicativo Circuit Construction Kit (AC+DC)
do pacote Physics Education Technology (PhET).
Recentemente o uso de simulações para o estudo de associações de capacitores
submetido a tensões elétricas foi avaliada sob o ponto de vista da receptividade dos
estudantes às experiências virtuais (WICHNOSKI & ZARA 2011). Os resultados
obtidos neste estudo apontam que a iniciativa foi bem recebida pelos estudantes que se
mostraram animados e motivados pelo uso de simulações computacionais como
ferramenta auxiliar às aulas teóricas para o estudo de circuitos. Porém, o impacto do
uso de experimentos virtuais no aprendizado não foi avaliado de forma quantitativa.
Assim, neste trabalho, admitindo que a receptividade dos estudantes ao uso dos
simuladores sejam similares às relatadas (WICHNOSKI & ZARA 2011), é desenvolvida
uma reflexão sobre do impacto do uso de tais ferramentas computacionais com base nas
nas pontuações obtidas por cada grupo de estudantes.
Uma maneira simplificada de avaliar o impacto do uso do simulador é avaliar o
rendimento de diferentes grupos, sujeitos às mesmas condições de ensino-aprendizagem
exceto pelo uso do laboratório virtual. Para isto lançou-se mão das atividades
desenvolvidas na disciplina de Física para o Curso de Ciência da Computação durante o
ano de 2009. Esta turma teve aulas ministradas pelo mesmo professor que a turma 2011
sendo utilizado o mesmo livro texto porém, a turma de 2009, não teve atividades
programadas com a utilização do simulador. Para comparação entre as turmas um
exercício de circuito de capacitores associados em série-paralelo submetido a uma tensão
elétrica utilizado na avaliação escrita da turma de 2009 foi repetido na avaliação escrita
da turma de 2011 e desempenho dos estudantes foi comparado. O problema proposto
aos estudantes é reproduzido abaixo.

Quadro I. Problema proposto os estudantes objeto de estudo.


Problema Proposto na Avaliação: Na figura abaixo, C1 = C2 = 4,00 F; C3 = C4 = 2,00
F e Vab = 100,0 V. Calcule a) a carga em cada capacitor; b) a diferença de potencial através de
cada capacitor; c) a energia armazenada em cada capacitor.

As pontuações alcançadas em cada grupo de estudantes na resolução do


problema em questão foram elencadas e seus valores comparados. Na próxima seção os
desempenhos são descritos e comparados. Uma reflexão sobre a eficácia do uso de
simuladores virtuais é desenvolvida com base em hipóteses baseadas nos desempenhos
relativos dos grupos.
3. Resultados e Discussão

A análise aqui apresentada refere-se a grupos de alunos da disciplina de Física ministrada


em um Curso de Ciência da Computação. Para o ano de 2009 compareceram à
avaliação 27 alunos enquanto ano de de 2011 um total de 46 alunos estiveram presentes
na avaliação escrita. A solução completa do problema em questão corresponde a 20
pontos na nota final da avaliação cujo valor máximo é 100. São admitidas pontuações
parciais, igualmente distribuídas em cada item da questão e arredondadas, quando for o
caso, para a primeira casa decimal.
Para a turma de 2009 a pontuação média atingida é de 11,3 pontos sendo que
dos 27 avaliados 13 atingiram a pontuação máxima para a questão enquanto 7 não
pontuaram (pontuaram 0). Estes números representam 48% de pontuação máxima e
26% de zero pontos para a questão apresentada. Já para a turma de 2011, com 46
estudantes comparecendo à avaliação, a nota média foi de 10,5 pontos. A pontuação
máxima foi atingida por 20 estudantes enquanto 16 não pontuaram. Em termos
percentuais, 43% dos estudantes atingiram pontuação máxima enquanto 35% não
pontuaram. Em ambas as turmas pontuações parciais baixas são justificadas pela própria
estrutura da questão apresentada: os itens (a) e (b) são intrinsecamente relacionados e
devem ser resolvidos concomitantemente. Isto não é uma falha na elaboração da questão,
mas decorre da natureza do problema físico.
Na comparação entre os percentuais de pontuação máxima existe uma pequena
diferença, embora pequena, em favor da turma de 2009, que não usou recursos de
simulação. Porém, chama à atenção a diferença entre os percentuais de pontuação zero.
A turma de 2011, que usou recursos de simulação durante as aulas, que os tinha
disponíveis para uso durante a resolução das listas de exercícios propostas pelo professor
e que tiveram trabalhos extraclasse a serem entregues, elaborados obrigatoriamente com
o uso do simulador, tem um percentual de pontuação zero consideravelmente maior do
que o da turma de 2009. Este resultado aparentemente contraditório pode ser justificado
pela forma como as simulações são conduzidas.
Ao resolver um problema usando o simulador o estudante monta o circuito no
ambiente virtual e tem ferramentas de medidas ao seu dispor. Um circuito montado no
ambiente de simulação possui o aspecto mostrado na Figura 1. Após implementar o
circuito no simulador e ajustar os valores das propriedades físicas de cada um dos
dispositivos (valores das capacitâncias para os capacitores e tensão elétrica para a
bateria) o estudante aciona o circuito e, usando a ferramenta multímetro, mede os
valores de tensão em cada um dos dispositivos, conforme ilustrado na Figura 1.
Conhecendo os valores das tensões, os valores das cargas nas placas dos capacitores
podem ser calculados diretamente, usando os valores das capacitâncias conhecidas
(usando a expressão matemática para a definição de capacitância C  , onde C é o
Q
V
valor da capacitância e Q é a carga elétrica armazenada no capacitor quando suas placas
são submetida a uma diferença de tensão elétrica V.) e a solução do problema torna-se
trivial. Assim, corre-se o risco de o estudante ser levado a encontrar a distribuição de
cargas no sistema somente quando dispõe de informações sobre os valores de
capacitância de voltagem sem relacionar o conteúdo teórico de que o conhecimento
apenas dos valores das capacitâncias e da voltagem total aplicada são suficientes. O
estudante pode usar a facilitação do trabalho no cálculo das distribuições de carga em
detrimento do raciocínio físico sobre as propriedades das distribuições de carga e
voltagem estudadas nas aulas teóricas. Assim, quando apresentado ao problema teórico
o estudante pode apresentar dificuldades devido ao que julga constituir “falta de dados”
suficientes para a solução do problema. O elevado percentual de pontuação zero para a
turma de 2011 indica que os estudantes, quando confrontados com o problema teórico,
não souberam lançar mão da aplicação das leis físicas básicas. Os estudantes da turma
2009 por sua vez, tiveram percentual de pontuação zero mais baixa pois não foram
apresentadas a formas alternativas de solução e aplicação das leis física era a única forma
possível de solução do problema. Mesmo não conseguindo resolver totalmente o
problema, os estudantes tentaram aplicar o método teórico de solução, o que explica o
índice de pontuação parcial em torno de 26%.

Figura 1. Aspecto do ambiente de simulação Circuit Construction Kit (AC+DC) do PhET


para o circuito objeto de estudo.
Embora as reflexões acima pareçam desencorajar o uso da ferramenta
computacional para o estudo de circuitos de capacitores as observações baseadas na
experiência com apenas dois grupos não são suficientes para conclusões, mesmo porque
os resultados podem ser fortemente dependentes da metodologia empregada. É possível
que uma metodologia que enfatize o uso das experiências virtuais como auxiliar ao
processo de aprendizagem dos métodos de análise de circuitos e não como uma
ferramenta de solução produza resultados diferentes. A metodologia de uso de
simulações adotada neste trabalho não teve sucesso em apresentar este aspecto das
atividades e deverá ser aperfeiçoada para aplicação em novas turmas uma vez que os
estudantes apresentam grande motivação para o uso do computador durante as
atividades letivas.

4. Conclusões

Este artigo apresenta algumas reflexões baseadas na experiência com o uso de


simuladores para o ensino associações de capacitores. O estudo foi desenvolvido com
dois grupos de estudantes aos alunos da disciplina de Física do Curso de Ciência da
Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste, Campus de
Cascavel. O desempenho dos grupos de estudantes frente à resolução de problemas de
análise de circuitos foi acompanhado: um grupo desenvolveu seus estudos fazendo uso
de simuladores para execução experiências virtuais enquanto outro grupo concentrou-se
nos métodos tradicionais de análise de circuitos, efetuados de forma teórica. Os
resultados indicam o grupo de alunos que não utilizou as experiências virtuais teve
desempenho levemente superior. Este resultado, de certa forma surpreendente, pode ser
justificado pela postura do estudante frente ao problema proposto, os quais encararam a
simulação como um método de solução ao invés de uma ferramenta auxiliar à
aprendizagem. Esta postura pode ser decorrente da metodologia adotada pelo docente
para o desenvolvimento das atividades. Desta forma, outras metodologias devem ser
adotadas e aperfeiçoadas permitindo a extensão da iniciativa do uso de experiências
virtuais a outras disciplinas de Física de outros cursos de graduação de forma a obter
melhor avaliação do impacto que a adoção desta ferramenta de suporte ao ensino sobre a
aprendizagem.

Referências

[1] BRASIL, PCN + ENSINO MÉDIO. Orientações Educacionais Complementares aos


Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias. MEC – SEMTEC, Brasília, 2002.
[2] MEDEIROS, A.; MEDEIROS, C. F. “Possibilidades e limitações das simulações
computacionais no ensino da física”. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 24, n. 2,
2002.
[3] WIEMAN C. E.; ADAMS W.K.; PERKINS K.K. “PhET: Simulations That Enhance
Learning”, Science, v.322, p683, 2008.
[4] FINKELSTEIN N. D.; ADAMS W. K.; KELLER C. J.; KOHL P. B.; PERKINS K.
K.; PODOLEFSKY N. S.; REID S; LEMASTER R. “When learning about the real
world is better done virtually: A study of substituting computer simulations for
laboratory equipment”, Phys. Rev. Special Topics - Physics Education Research 1,
010103, 2005.
[5] PERRENOUD P. Dez novas competências para ensinar. 1. ed. Artmed. Porto
Alegre: 2000
[5] PhET - Physics Educational Technology http://phet.colorado.edu. Consultado em 26
de agosto de 2011.
[6] YOUNG, H. D; FREEDMAN, R. A. Física III, IV – Sears e Zemansky, 12ª edição.
São Paulo: Addison Wesley, 2003.
[7] CAPUANO, F.G.; MARINO, M.A.M. Laboratório de eletricidade e Eletrônica, Ed.
Érica, 22ª edição. São Paulo, 2002.
[8] WICHNOSKI, P.; ZARA, R.A. Avaliação do uso de simuladores no ensino de
Circuitos de Capacitores. In: XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física, 2011,
Manaus. Anais do XIX SNEF, 2011. Disponível em
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xix/sys/resumos/T0399-1.pdf. Consultado
em 26 de agosto de 2011.

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