Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

FOTOGRAFIA

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 9

FOTOGRAFIA

CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS


TREINAEND - DEPARTAMENTO EDUCACIONAL
Este curso e material didático foram desenvolvidos pela TREINAEND.
A TREINAEND é o departamento educacional da BLACK BULL COMPANY que visa o
aperfeiçoamento do profissional da indústria.
Prezado(a) estudante,

Você que está aqui estudando para se tornar um(a) Inspetor(a) de Equipamentos,
como imagina ser uma grande indústria? Você vê grandes equipamentos e máquinas?
É claro que sim. A tecnologia é parte fundamental de qualquer indústria. O(A)
técnico(a) de Inspeção de Equipamentos é o(a) responsável por garantir a
continuidade, a segurança operacional e a integridade estrutural dos equipamentos e
instalações das indústrias onde atua.

Este(a) técnico(a) é o(a) responsável pela integridade estrutural e segurança


operacional dos diversos sistemas de uma indústria, tais como dutos, vasos, torres,
reatores, trocadores de calor, caldeiras e demais equipamentos nos mais diversos
tipos de instalações on ou off-shore. Também são atribuições deste(a) profissional a
execução ou testemunho de ensaios destrutivos, não destrutivos e metalográficos,
testes de pressão, calibração de instrumentos de inspeção, de cálculo de taxa de
corrosão e definição da vida residual dos sistemas.

Esta apostila faz parte do seu programa de estudos. Nela, você vai adquirir
conhecimentos importantes na sua preparação profissional. Lembre-se o quanto é
importante a profissão de Inspetor(a) de Equipamentos, lembrar isso sempre será
incentivo ao seu estudo. Nosso maior tesouro é a educação, ela é a garantia de um
futuro honroso e promissor.

Desejamos a você um excelente aprendizado!

TREINAEND
CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
DISCIPLINA: FOTOGRAFIA

1. INTRODUÇÃO
A fotografia é um recurso, uma ferramenta, cada vez mais utilizado na inspeção
de equipamentos. Com a junção da fotografia aos novos recursos tecnológicos como
câmeras digitais e internet, o inspetor pode encaminhar um relatório detalhado com o
posicionamento das não-conformidades, o que permite maior rapidez na tomada de
decisões.
Há alguns anos, quando havia a necessidade de se revelar o filme, o tempo de
espera tornava esse recurso pouco atrativo. Mas, em alguns segmentos da engenharia,
como nos laudos de perícia legal e nas análises metalográficas sempre foi fonte de
informação, pois ilustram e detalham a realidade.
É claro que não se pode negar que o avanço tecnológico das câmeras facilitou o
seu uso, quase não sendo necessário treinamento para boas imagens. Isso sem contar
com a facilidade de armazenamento e o descarte de imagens desnecessárias. Sendo
assim, a fotografia se tornou uma excelente ferramenta de apoio.

2. DEFINIÇÕES

 Fotografia: a palavra deriva do grego φως [fós], eu significa luz, e γραφις [grafis],
pincel ou γραφη [grafê], e significa desenhar com luz e contraste. Então, a luz é,
portanto, o elemento mais importante da fotografia, ao lado de mais dois
elementos básicos, assunto e câmera.
 Assunto: tecnicamente é o que reflete a luz, isto é, a luz incide sobre o assunto e é
por ele refletida com maior ou menor intensidade. Essa luz refletida passa através
da lente da câmera e imprime as imagens no filme (em câmeras convencionais) ou
no CDD (em câmeras digitais). É fundamental ver como o assunto reflete a luz e
procurar obter melhores resultados dessa iluminação.
 Câmera fotográfica: é um dispositivo usado para capturar imagens (única ou em
sequência). O nome é derivado da expressão “câmara escura”, que vem de outra
expressão, camara obscura (em latim). Seu formato peculiar é derivado das antigas

4
CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
DISCIPLINA: FOTOGRAFIA

observações de Leonardo da Vinci, tido, até hoje, como o primeiro a descrever os


princípios da câmara escura.
 Câmera fotográfica digital: equipamento que, ao invés de usar película
fotossensível para o registro de imagens, para posterior revelação; registra as
imagens através de um sensor, normalmente do tipo CCD, que armazena as
imagens em cartões de memória.
 CCD (charge-coupled device, dispositivo de carga acoplada): sensor para captação
de imagens formado por um circuito integrado, contendo uma matriz de
capacitores ligados. Sob o controle de um circuito externo, cada capacitor pode
transferir sua carga elétrica para outro capacitor sozinho.

CCD

 Diafragma fotográfico: regula a abertura de um sistema óptico. Controla a


intensidade de luz que penetra pela objetiva. É composto por um conjunto de finas
lâminas justapostas, que se localiza dentro da objetiva e que permitem a
regulagem da luminosidade.
 Foco: regulagem ou ajuste com objetivo de oferecer maior nitidez ao assunto de
maior importância na fotografia.
 Luz: é indispensável para sensibilizar o filme ou CCD e, nele, formar as imagens. A
qualidade da foto depende do controle da entrada de luz na câmara.
 Luz artificial: luz incandescente, fluorescente, flash ou etc.

5
CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
DISCIPLINA: FOTOGRAFIA

 Luz natural: luminosidade do dia (sol).


 Obturador: dispositivo da câmera que abre e fecha, controlando o tempo de
exposição do filme, o tempo de passagem da luz. Funciona quando o disparador é
acionado. Quanto mais tempo aberto, mais luz entra.
 Resolução: detalhamento da imagem. A capacidade de resolução ou de detalhe da
imagem depende do número de células fotoelétricas existentes. São os pixels.

3. FOTOGRAFIA NA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS


Pode-se dividir a fotografia de inspeção de equipamentos de acordo com o
próprio conceito que norteia a atividade, fotografias de inspeção de campanha e
fotografias na parada de manutenção de equipamentos.

3.1. Fotografia na inspeção de campanha: aquela efetuada no dia a dia da unidade


em operação. O inspetor deve e pode subsidiar o profissional habilitado da
unidade com registros frequentes das descontinuidades e/ou defeitos observados.
Exemplos:
a) A avaliação do controle da taxa de corrosão na estrutura externa de equipamentos.
A imagem auxilia nas solicitações de reparo da pintura ou na prevenção da
propagação das descontinuidades e defeitos.
b) Relatório de inspeção visual de estrutura externa de uma tubulação em operação.

3.2. Fotografias na parada de manutenção em equipamentos: acontece quando


ocorre a completa paralização das atividades em uma unidade, com o objetivo de
recuperação da capacidade de produção. Nesse momento, os inspetores atam,
sempre sobre a orientação do profissional habilitado, avaliando os equipamentos.
Exemplos:
a) No registro de incrustações, corrosões, trincas e demais defeitos e
descontinuidades.
b) Na troca de elementos de máquinas.

6
CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
DISCIPLINA: FOTOGRAFIA

c) Nas fotografias de descontinuidades de solda é fundamental uma referência


dimensional
A fotografia pode ser um fator decisivo na troca de componentes internos de
um equipamento.

4. FOTOGRAFIAS TÉCNICAS DIVERSAS


Além de fotografias típicas a inspeção, pode-se citar duas outras aplicações
previstas em normas: de microestrutura e submarina.
A fotografia em microestrutura pode ser convencional ou com analisadores de
imagem.
As boas práticas para fotografar macro e micrografias são previstas na norma
ASTM E 883. Norma que especifica os requisitos para avaliação e fotografia com
microscopia de luz refletida. Neste tipo de avaliação, a qualidade da resolução pode
afetar diretamente na avaliação final, principalmente em casos de perícia que
envolvam, inclusive, responsabilidade civil. Um exemplo disso é no caso de acidente
com componente mecânico em função da sua microestrutura frágil
No caso do uso de analisadores de imagem, a evolução tecnológica tem
permitido uma interpretação entre sistemas óticos convencionas (fotografia e
microscopia) e softwares. O desenvolvimento de equipamentos analisadores de
imagem constitui em um avanço na interpretação e armazenamento de materiais.
Sendo assim, os profissionais envolvidos em inspeção devem estar atentos a
essa nova realidade, tendo em vista que, muitas vezes a análise de falhas pode exigir
uma análise metalográfica.

7
CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
DISCIPLINA: FOTOGRAFIA

ANALISADORES DIGITAIS DE IMAGEM E SUAS NORMAS


PROCESSO DE CONTROLE NORMALIZAÇÃO
Determinação do tamanho do grão:
controle rotineiro no qual a
subjetividade do operador é
praticamente eliminada, uma vez que o
analisador automaticamente reconstrói
os contornos do grão extraindo a medida
de forma visual ou através de ASTM E 112; ASTM E
histogramas. 930; ASTM E 1181;
EN 103-71 ; ASTM E
Determinação de inclusões: de suma 1122; DIN 50602 JIS
importância para os tratamentos G -0555
térmicos a determinação de sulfetos,
aluminas e silicatos. Procedimento
lento, que exige grande concentração do
analista. E o anallisador automático
otimiza o processo.

Já a fotografia submarina é tratada especificamente na norma Petrobras N-


2481. Essa atividade é prevista no SNQC, sendo as provas de certificação profissional
realizadas através do SEQUI-Petrobrás. Nesta norma estão as definições e conceitos,
bem como, práticas recomendadas para a identificação das áreas fotografadas.
Os candidatos à certificação de fotógrafos submarinos passam pelas seguintes
provas:
Etapa emersa: execução de fotografias de um corpo de prova emersa panorâmica,
detalhe, sobreposição e profundidade. Assim como a análise da qualidade de uma
coleção de cinco fotografias de componentes submersos.
Etapa submersa: execução de fotografias de um corpo de prova em condição
submersa na panorâmica, no detalhe, na sobreposição e na profundidade.

5. VANTAGENS E LIMITAÇÕES
Vantagens
 Oferecer subsídios para tomada de decisões sem a necessidade de verificação
presencial.

8
CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
DISCIPLINA: FOTOGRAFIA

 Facilidade de armazenamento em diversas mídias.


 Facilidade de envio de informações pela internet.
 Facilidade de operação dos modernos equipamentos de fotografia.
 Possibilidade de descarte de imagens desnecessárias.
 Baixo custo do equipamento.

Limitações
 Possibilidade de alteração das imagens por meio dos novos softwares de imagem.
O que compromete a confiabilidade.
 Pode induzir a erros de interpretação por não analisar o equipamento como um
todo.
 O equipamento é frágil.

Você também pode gostar