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AULA

Sistema muscular

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Nesta aula, os seguintes tópicos serão explorados:

1 Tópico
Introdução ao sistema muscular

2 Tópico
Musculatura axial

3 Tópico
Musculatura apendicular

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Tópico 01
Introdução ao sistema muscular

Eles são como o motor do nosso corpo, permitindo movimento, sustentação e até
mesmo ações internas essenciais para a vida, como, por exemplo, os batimentos
cardíacos e a movimentação de material alimentar pelo trato gastrointestinal.
Há, no corpo humano, três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado
cardíaco e liso, sendo as células presentes neste tecido denominadas fibras
musculares. A seguir, verificam-se as características de cada tipo muscular (Marieb;
Wilhelm; Mallatt, 2014; Martini; Timmons; Tallitsch, 2009; Tortora; Derrickson,
2017):

Músculos estriados esqueléticos

Fixados ao esqueleto, realizam o movimento voluntário do
corpo, ou seja, aqueles que são executados de forma
consciente pelo indivíduo. Esses músculos são aqueles

1 trabalhados, por exemplo, nas academias, para potencializar a

força, conferir hipertrofia e gerar um aspecto estético
satisfatório. Devido à presença de estrias transversais em suas
fibras musculares, esses músculos exibem uma aparência
listrada quando observados ao microscópio, o que os classifica
como músculos estriados. Além disso, apresentam uma forma
cilíndrica distintiva e múltiplos núcleos periféricos.

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Músculo estriado cardíaco

Localizado no coração, suas fibras musculares também
possuem estrias transversais que conferem aspecto estriado
ao microscópio. Seus movimentos são involuntários,

2 funcionando de forma autônoma para manter o ritmo

cardíaco, ou seja, não controlados conscientemente pelo
indivíduo. Ainda bem né? Já pensou ter que se lembrar de
executar o batimento cardíaco todas as vezes? Não
poderíamos nos distrair ou dormir, porque teríamos uma
parada cardíaca.

Músculos lisos
Não possuem estrias em suas fibras musculares e, por essa
razão, são denominados lisos. Estão presentes nas paredes de

3 órgãos internos, como, por exemplo, nos vasos sanguíneos e

na parede do trato gastrointestinal, agindo também de forma
involuntária. Por essa razão, auxiliam na digestão e no
controle do fluxo sanguíneo, para que o indivíduo não tenha
que conscientemente controlar essas funções internas.

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Nesta aula, vamos explorar os músculos esqueléticos, sendo importante

compreender a organização dessas estruturas. O interior das fibras musculares é
denominado de sarcoplasma, enquanto a membrana plasmática destas células é
chamada de sarcolema. Dependendo do nível de organização, constata-se a
presença de uma camada externa de tecido conectivo, cuja terminologia varia a
depender de sua localização. Esse tecido, composto por colágeno e elastina,
oferece suporte estrutural aos músculos, contribuindo para a integridade e
estabilidade durante a contração e o movimento.
Agora, vamos explorar os componentes do sentido macro para o micro (Marieb;
Wilhelm; Mallatt, 2014; Martini; Timmons; Tallitsch, 2009; Tortora; Derrickson,
2017). Neste primeiro momento, observe a figura a seguir.

Fonte: o autor.

Neste segundo momento, vamos analisar a constituição do músculo esquelético.

Foque nas informações dispostas na figura e que estão sublinhadas a seguir. Os
componentes do músculo esquelético são:

• Músculos: composto por um conjunto de fascículos ou feixes musculares,

possuindo suprimento sanguíneo e inervação própria. É envolvido

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externamente por um tecido conectivo denominado de epimísio.

• Fascículos/Feixes musculares: Agrupamento de várias fibras musculares

alinhadas em paralelo. Externamente são envolvidos por um tecido conectivo
denominado de perimísio.

• Fibras musculares: São as unidades estruturais fundamentais do músculo

esquelético, compostas por várias miofibrilas que executam a contração
muscular quando estimuladas. Possuem um formato cilíndrico, com a
presença de vários núcleos periféricos, sendo suas membranas plasmáticas
denominadas de sarcolema, e seu o citoplasma chamado de sarcoplasma.
Externamente são envolvidas por um tecido conectivo denominado de
endomísio.

• Miofibrilas: Estruturas alongadas encontradas dentro das células

musculares constituídas por sarcômeros em série.

• Sarcômeros: Os sarcômeros são compostos por conjuntos de miofilamentos

organizados de maneira altamente estruturada.

• Miofilamentos: Componentes responsáveis pela contração muscular que

apresentam dois tipos: filamento fino, composto predominantemente pela
actina, e o filamento grosso formado pela proteína miosina. Durante a
contração, a interação entre a actina e a miosina resulta no deslizamento
entre os filamentos, encurtando as fibras musculares. A alternância de
bandas claras e escuras nas estrias ocorre devido à sobreposição e ao
arranjo dos filamentos de actina e miosina dentro dos sarcômeros.

Como você notou, os músculos esqueléticos são organizados em diferentes níveis. É

importante entender a ordem e as estruturas envolvidas para a formação dos
músculos associados aos ossos. A imagem animada a seguir apresenta o tecido
muscular esquelético, destacando a estrutura dinâmica de fibras musculares,
miofibrilas e movimentos moleculares de actina e miosina durante a contração
muscular. Observe a seguir.

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Os pontos de fixação dos músculos, os ossos ou na pele, são denominados de

pontos de origem ou ponto de inserção, sendo discriminados a partir do
movimento executado. Por exemplo, se ao contrair, um músculo movimenta um
dos ossos ao qual está fixado, essa extremidade muscular será denominado de
ponto de inserção. Porém, ao contrair, haverá um osso que permanecerá fixo,
sendo essa extremidade muscular nomeada de ponto de origem (Marieb; Wilhelm;
Mallatt, 2014; Martini; Timmons; Tallitsch, 2009; Tortora; Derrickson, 2017).

Os músculos são a força motriz por trás dos movimentos do corpo humano. No
entanto, eles precisam estar firmemente ancorados ao esqueleto ou à pele para
garantir uma ação eficaz, podendo se fixar por aponeuroses ou tendões. A seguir,
veja a diferença entre essas estruturas.
Os tendões são cordões fibrosos de tecido conjuntivo que conectam os músculos

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aos ossos, sendo responsáveis por transmitir a força gerada pelos músculos para
os ossos, permitindo o movimento. Eles são compostos, principalmente, de fibras
colágenas, o que lhes confere uma resistência excepcional à tração.
As aponeuroses são estruturas planas e largas, similares a lâminas, de tecido
conjuntivo. Elas se assemelham a membranas e são encontradas em áreas em que
os músculos precisam de uma ampla área de fixação, como na região abdominal e
dorsal. As aponeuroses servem para distribuir a força gerada pelos músculos de
maneira mais uniforme, evitando pontos de concentração excessiva de pressão
(Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014).
Ao nomear os músculos, diversos critérios são utilizados, tais como (Marieb;
Wilhelm; Mallatt, 2014):

Localização: ex.: M. Supraespinal, em que o prefixo

"supra" indica "acima" em termos anatômicos,
enquanto "espinal" se refere à espinha da escápula.

Formato: M. Trapézio, que possui formato triangular,

lembrando uma forma geométrica.

Função: M. levantador da escápula, responsável por

elevar a escápula.

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Tamanho: ex.: M. Peitoral maior, em que a palavra

“maior” refere-se ao tamanho, e a palavra “peitoral”,
a localização.

Números de pontos de origem: ex.: M. Quadríceps

femoral em que o prefixo “quadri” se refere a "quatro"
e "ceps" do latim significa "cabeça". Assim,
"quadríceps" refere-se a um músculo com quatro
cabeças, referindo aos quatros pontos de origem.

Local de ponto de inserção e origem: ex.: M.

Esternocleidomastoideo, que se origina no esterno e
na clavícula ao qual deriva do termo latino "cleido" e
se insere no processo mastoide do osso temporal.

Direção das fibras musculares: ex.: M. reto do

abdome onde as fibras musculares estão dispostas
verticalmente.

Esses critérios são frequentemente combinados na nomenclatura dos músculos

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para fornecer informações úteis sobre sua localização, função ou características

anatômicas. Esses exemplos representam apenas alguns dos muitos músculos
nomeados com base em diferentes critérios anatômicos e funcionais.
O músculo principal responsável por iniciar e executar um movimento específico é
conhecido como agonista. Enquanto isso, os músculos sinergistas atuam em
conjunto com o agonista, fornecendo apoio e assistência para facilitar o movimento
desejado. Por outro lado, os antagonistas desempenham o papel oposto, agindo
para controlar e suavizar o movimento, evitando movimentos excessivos ou
descontrolados nas articulações. Essa interação entre agonistas, sinergistas e
antagonistas é fundamental para garantir a coordenação e eficácia dos
movimentos musculares no corpo humano.

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A nomenclatura de certos músculos é fundamentada em diversos parâmetros,

sendo a compreensão desses critérios não só importante para o entendimento da
terminologia anatômica utilizada para os músculos, mas também para auxiliar na
correta identificação e distinção entre as estruturas musculares. Considerando a
abreviatura apresentada nas alternativas como referente a palavra músculo,
assinale a alternativa que apresenta a ordem correta, cujos músculos têm seu
nome baseado, respectivamente, em: número de origens, localização, função e
forma.

a. M. Ancôneo (ancon em latim= cotovelo), M. Piriforme (latim= formato de

pera), M. Tríceps braquial (ceps em latim= cabeça/ braquii em latim=braço) e
M. Glúteo mínimo.

b. M. Tríceps sural (tri= três/ ceps em latim= cabeça/ sural = panturrilha), M.

Braquial (braqui em latim= braço), M. Extensor dos dedos, M. Deltoide (delta
é a quarta letra do alfabeto grego).

c. M. Grácil (gracillis em latim= delgado e fino), M. Gastrocnêmio (gastro em

latim=estômago; cnêmio= perna), M. glúteo máximo, M. reto femoral.

d. M. Bíceps femoral, M. Tibial Anterior, M. braquiorradial, M.

esternocleidomastoideo.

e. M. Adutor magno, M. trapézio, M. flexor dos dedos.

A alternativa B é a correta.
Justificativa: Vamos compreender a nomenclatura acima apresentada
abordando os nomes em ordem alfabética:
M. adutor (nome baseado na função); magno (nome baseado no tamanho).
M. ancôneo (nome baseado na localização).
M. bíceps (nome baseado no número de origens); femoral (nome baseado na
localização, já que se remete à região da coxa).
M. braquial (nome baseado na localização).
M. braquiorradial (nome baseado no local de ponto de origem e inserção com
fixação no osso do braço e no rádio).

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M. deltoide (nome baseado em formato, que é triangular, em que se assemelha à

letra grega delta (Δ)).
M. extensor dos dedos (nome baseado em ação muscular).
M. gastrocnêmio (nome baseado na localização, remete a "barriga da perna").
M. glúteo (nome baseado na localização); máximo (nome baseado no tamanho).
M. glúteo (nome baseado na localização); mínimo (nome baseado no tamanho).
M. grácil (nome baseado na forma).
M. piriforme (nome baseado na forma).
M. reto (nome baseado na direção das fibras musculares); femoral (nome baseado
na localização, já que se remete à região da coxa).
M. tibial anterior (nome baseado na localização).
M. tríceps (nome baseado no número de pontos de origens); braquial (referente à
localização).
M. tríceps (nome baseado no número de ponto de origem); sural (referente à
localização).

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Tópico 02
Musculatura axial

Caro(a) estudante, vamos discutir, neste tópico, a musculatura axial, isto é, a

disposição dos músculos (Mm.) localizados na cabeça, pescoço e tronco. Antes de
começarmos a explorar as estruturas musculares da cabeça, é crucial destacar que,
nesta região, há um conjunto de Mm. com funções comuns.
Cada músculo (M.) é fundamental em atividades cotidianas, como mastigação,
expressão facial, movimentos do pescoço ou articulação da língua. Por exemplo, os
Mm. intrínsecos e extrínsecos da língua são aqueles que, respectivamente, formam
a estrutura da língua e auxiliam no seu movimento durante a manipulação do
material alimentar ou na fala.
Na deglutição, contamos com o auxílio dos Mm. localizados no palato, na faringe e
os supra-hioideos, ou seja, aqueles dispostos acima do osso hioide. Já os Mm. da
laringe ajudam no movimento das pregas vocais, sendo o processo de fonação
também influenciado pelos Mm. infra-hioides, desta vez, aqueles localizados abaixo
do osso hioide.
Agora, vamos abordar os Mm. da mastigação, ou seja, aqueles que estão inseridos
na mandíbula, movimentando-a. Eles desempenham um papel importante no
processo digestivo, que inicia na boca (Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014; Moore;
Dalley, 2018; Paulsen; Waschke, 2012).

M. temporal: mais forte na elevação da mandíbula,

ou seja, no ato de fechamento, realizando também
protrusão e retrusão da mandíbula.

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M. masseter: elevação e protrusão da mandíbula.

Mm. pterigoideos (medial e lateral): auxiliam no

movimento de trituração do material alimentar e
realizam elevação da mandíbula.

Na cabeça, evidenciam-se também os Mm. da face, ou seja, aqueles responsáveis

pela expressão facial, pois têm inserção na pele. Apesar do nome, nem todos os
músculos faciais estão localizados na cabeça, como, por exemplo, o M. platisma,
localizado no pescoço e que também faz parte desse grupo.
Vejamos, agora, quais locais os seguintes Mm. faciais atuam:

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Fronte
M. occipitofrontal, que possui um ventre frontal interligado ao ventre
occipital por uma aponeurose epicrânica.

Pálpebras
M. orbicular do olho, M. corrugador do supercílio, M. prócero e M. levantador
da pálpebra superior.

Nariz
M. nasal.

Boca
M. orbicular da boca, M. bucinador, M. levantador do lábio superior, M.
abaixador do lábio inferior, M. mentual, M. abaixador do ângulo da boca, M.
risório, M. levantador do ângulo da boca, M. zigomático maior, M. zigomático
menor, M. levantador do lábio superior e da asa do nariz.

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Pescoço
M. platisma.

Em relação aos Mm. que contribuem para o movimento do pescoço evidenciamos

(Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014; Moore; Dalley, 2018; Paulsen; Waschke, 2012):

M. esternocleidomastoideo: flexão e rotação do

pescoço.

Mm. escalenos (Anterior, Médio e Posterior):

flexão lateral da cabeça e na elevação das costelas
durante a inspiração.

Como ilustrado na imagem a seguir, encontramos no tórax os Mm. intercostais,

responsáveis por movimentar as costelas durante a respiração. Separando o tórax
do abdome, temos o músculo diafragma que, além de constituir uma barreira entre
essas cavidades, permite a passagem de estruturas dos sistemas vascular e
digestório, bem como auxilia nos movimentos de inspiração e compressão
abdominal.

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No abdome, como não há muitos ossos para dar suporte, encontramos na parede
anterolateral uma série de músculos laminados com fibras musculares dispostas
em diferentes direções. Estes incluem o M. reto abdominal, o M. oblíquo externo, o
M. oblíquo interno e o músculo transverso do abdome. Esses músculos
desempenham várias funções importantes como (Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014):

• Suportar o aumento da pressão intra-abdominal.

• Proteger os órgãos abdominais.

• mover o tronco e manter a postura corporal.

• Auxiliar na compressão das vísceras durante a micção, defecação ou parto.

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Conexão
Caro(a) estudante, a seguir, você encontra o
link de uma vídeoaula sobre os músculos
abdominais. Aproveite para aprimorar e fixar
seus conhecimentos.

Como evidenciamos na imagem a seguir, na parede posterior do abdome,

encontramos o M. quadrado do lombo, que ajuda nos movimentos da coluna
vertebral e na respiração, e o M. psoas maior, que auxilia na flexão da região
lombar da coluna vertebral. É importante ressaltar que este último, junto ao M.
ilíaco, também está envolvido em movimentos dos membros inferiores.

Agora, vamos nos concentrar nos músculos que estão no dorso e que atuam na
estabilização e mobilidade da coluna vertebral, além de contribuir para a
manutenção da postura corporal. É importante ressaltar que há, no tronco, o M.
trapézio, M. latíssimo do dorso, os Mm. romboides, M. serrátil anterior e Mm.

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peitorais, que contribuem de forma significativa para o movimento dos membros

superiores e, por isso, serão abordados no tópico 03 desta aula.
Há, nessa região, uma série de músculos denominados de músculos intrínsecos do
dorso. O termo "intrínsecos" refere-se a estruturas cujos pontos de origem e
inserção estão próximos aos locais onde atuam. Esses músculos são divididos em
diferentes camadas (Paulsen; Waschke, 2012):

Camada superficial: Mm. esplênios (da cabeça, do

pescoço), que realizam os movimentos da coluna
vertebral cervical.

Camada média: Mm. eretores da espinha, que são os

principais extensores da coluna vertebral e auxiliam
na manutenção da postura corporal, estão dispostos
ao longo da coluna vertebral.

Camada profunda: Há a presença de uma série de

sistemas musculares responsáveis por realizar a
rotação e flexão da coluna vertebral, bem como
sustentação corporal, sendo eles divididos conforme
os locais dos pontos de origem e inserção em:

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• Mm. transversoespinais: fixados no processo

transverso e espinhoso das vértebras.

• Mm. intertransversários: fixados entre os

processos transversos.

• Mm. interespinais: fixados entre os processos

espinhosos.

• M. levantador das costelas: fixados nos

processos transversos e costelas.

Para concluirmos nossa abordagem sobre a musculatura axial, evidenciamos, na

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pelve, uma série de Mm. que fecham sua abertura inferior, formando um assoalho
que desempenha papel crucial na sustentação de vísceras, como a bexiga, o útero e
o reto. Estes Mm. evitam o prolapso dos órgãos pélvicos, mantendo-os
adequadamente posicionados.
O assoalho pélvico masculino apresenta duas aberturas, uma para a uretra e outra
para o ânus. Em contrapartida, no assoalho pélvico feminino, além destas duas
aberturas, há uma terceira para a vagina, como se pode evidenciar na imagem
(Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014).

Desta forma, o assoalho pélvico também desempenha um papel vital na

continência urinária e fecal, uma vez que exercem controle sobre a saída dessas
excretas. Ele é constituído do diafragma da pelve, localizado mais profundamente,
e de músculos que atuam na região urogenital e que se encontram dispostos mais
superficialmente. Dentre os músculos que formam o diafragma da pelve,
evidenciamos o M. levantador do ânus (dividido em três partes) e o M.
isquiococcígeo, que apresentam função de estabilização das vísceras e que, junto
ao M. esfíncter externo do ânus, auxiliam no controle da defecação.
Como mencionado, voltados mais superficialmente, evidenciam-se os músculos que
atuarão nas estruturas urogenitais, como, por exemplo, o M. transverso profundo
do períneo e o M. esfíncter externo da uretra, que, dentre suas funções, agirão na
ejaculação, bem como no controle da micção durante o orgasmo. A seguir,
evidencia-se a disposição destas estruturas (Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014;
Moore; Dalley, 2018; Paulsen; Waschke, 2012).

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Além de conferir movimento, de modo geral, a musculatura axial contribui para a

sustentação de vísceras, controle da micção e defecação, bem como na ejaculação
e aumento da pressão intra-abdominal durante a evacuação e parto. Desta forma,
encontram-se envolvidos em várias situações cotidianas e requerem conhecimento
dos profissionais da saúde devido sua importância. Assim, analise as sentenças
abaixo e assinale a alternativa correta.

a. O músculo transverso é uma estrutura laminar disposta na camada

superficial da parede posterolateral do abdome.

b. O músculo masseter, músculo temporal e os músculos pterigoideos

compreendem o grupo de músculos da deglutição.

c. Por serem muito frágeis e frouxos os músculos do períneo não conseguem

suportar o peso dos órgãos da pelve, sendo muito frequente anomalias no
assoalho pélvico, após simples aumentos da pressão intrapélvica (tosse,
vômito e esforços expulsivos).

d. Nem todos os músculos da face encontram-se na cabeça, como, por

exemplo, o músculo platisma.

e. Os músculos intrínsecos do dorso desempenham função de sustentação do

peso corporal e manutenção da postura, sem, contudo, contribuir para o
movimento corpóreo.

A alternativa D é a correta.
Justificativa: Na cabeça, evidenciamos a presença de músculos que estão
inseridos na mandíbula e que, desta forma, atuam no processo de mastigação,
sendo eles: o Músculo masseter; Músculo temporal e Músculos pterigoideos.
Auxiliam no processo de deglutição os Músculos do palato, da faringe e os supra-
hioideos. Nesta parte do corpo, encontramos a presença dos músculos da face, ou
seja, aqueles que estão inseridos na pele e contribuem para a expressão facial
(mímica). Apesar da nomenclatura, há um músculo facial que atua sobre o pescoço,
sendo este o Músculo platisma.
Na parede anterolateral do abdome, encontram-se os músculos laminares, cujas
fibras musculares estão dispostas em diferentes direções. Medialmente, encontra-
se o Músculo reto do abdome, que está no interior de uma bainha. Esta bainha é

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formada pela aponeurose de três músculos que se encontram dispostos na

seguinte ordem, do superficial para o mais profundo: M. oblíquo externo do
abdome → M. oblíquo interno do abdome → M. transverso do abdome.
Na vista posterior do tronco, encontram-se dispostos os Músculos intrínsecos do
dorso, que estão dispostos em três camadas. Estas estruturas, além de
contribuírem para a manutenção da postura corporal, ainda desempenham função
de movimento, auxiliando o tronco na execução da extensão, flexão e rotação, por
exemplo.
No assoalho pélvico, evidenciamos a presença de músculos fortes denominados de
músculos do períneo, estes devem apresentar essa característica, uma vez que
auxiliam na sustentação de vísceras pélvicas, para que estas não sofram prolapso.

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Tópico 03
Musculatura apendicular

Caro(a) estudante, vamos compreender como se dá a organização dos músculos do

membro superior. Quando um músculo (M.) apresenta ponto de inserção no úmero,
há movimento do braço por meio da articulação do ombro. Além disso, músculos
(Mm.) que têm pontos de inserção nos ossos do cíngulo do membro superior
(escápula e clavícula) exercem influência indireta sobre essa articulação. As
imagens a seguir ilustram a disposição dos Mm. na vista anterior e posterior que
atuam na movimentação do ombro, cujos movimentos se encontram dispostos na
tabela seguinte. (Paulsen; Waschke, 2012).

Disposição dos Mm. na vista anterior.

Disposição dos Mm. na vista posterior.

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Movimentos:

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Mm. toracoapendiculares posteriores: ponto de origem na região posterior do tórax e ponto de inserção no

úmero

M. Trapézio M. Latíssimo do dorso

- Ação isolada de suas partes: elevação, depressão, retração da - Rotação medial e adução.

escápula. - Principal responsável por realizar extensão do

- Ação conjunta: rotação do ombro. ombro.

Mm. romboides (maior e menor)

M. levantador da escápula
- Auxiliam na estabilização da escápula junto ao
- Elevação da escápula.
tronco.

Mm. toracoapendiculares anteriores: ponto de origem na região anterior do tórax e ponto de inserção no

úmero

M. peitoral maior M. peitoral menor

- Principal responsável pela adução e flexão do ombro. - Abaixo o cíngulo do membro inferior.

M. subclávio M. serrátil anterior

- Estabiliza articulação esternoclavicular e auxilia na proteção - Ação isolada de suas partes: elevação da

de estruturas que passam abaixo da clavícula. escápula ou depressão da escápula.

Mm. intrínsecos do ombro: também denominados de Mm. escapuloumerais, uma vez que possuem pontos

de origem na escápula e pontos de inserção no úmero

M. deltoide
M. redondo maior
- Ação isolada de suas partes: Flexão, adução, rotação medial,
- Rotação medial, extensão e adução do ombro.
abdução, extensão e rotação lateral do braço.

Mm. do manguito: ação conjunta realiza a estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante

o movimento. A ação isolada de seus componentes realiza:

M. redondo menor: rotação lateral do braço.

M. supraespinal: abdução do ombro.

M. infraespinal: principal responsável pela rotação lateral.

M. subescapular: principal responsável pela rotação medial.

Mm. localizados no braço que atuam sobre a articulação do ombro

M. bíceps braquial
M. coracobraquial
- Abdução, flexão, rotação medial e adução devido
- Flexão, rotação medial e adução do braço.
à contração isolada de suas partes.

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M. tríceps braquial: adução e extensão do braço.

Os Mm. responsáveis por movimentar o antebraço sobre a articulação do cotovelo

são aqueles que apresentam pontos de inserção nos terços proximais do rádio e da
ulna. É importante destacar que os Mm. Bíceps e Tríceps Braquial, por
apresentarem pontos de origem na escápula e ponto de inserção em ossos do
antebraço, acabam percorrendo por duas articulações. Desta forma, podem atuar
sobre a articulação do ombro (como visto na tabela) e sobre a articulação do
cotovelo, como veremos a seguir (Moore; Dalley, 2018; Paulsen; Waschke, 2012).

• M. braquial: mais profundo dessa região e é conhecido como um flexor puro,

pois desempenha apenas essa função na articulação do cotovelo.

• M. braquiorradial: flexão do cotovelo.

• M. bíceps braquial: principal flexor do cotovelo, supinação (principal com o

cotovelo fletido).

• M. tríceps braquial: principal músculo de extensão sob a articulação do

cotovelo, sendo antagonista ao movimento realizado pelo M. bíceps braquial.

Em virtude de sua localização, os Mm. dispostos anteriormente no antebraço

realizam movimento de flexão e pronação do antebraço e/ou da mão, sendo esse
compartimento conhecido como flexor-pronador. Enquanto os Mm. localizados
posteriormente no antebraço realizam extensão e supinação do antebraço e/ou da
mão, sendo esse compartimento denominado de extensor-supinador.
Os Mm. anteriores do antebraço se encontram dispostos em três camadas:
superficial, intermediária e profunda, como podemos constatar na imagem a
seguir.

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Já os músculos do compartimento posterior do antebraço estão organizados em

camada superficial e profunda, como observado a seguir:

Quando analisado os grupos musculares da mão, constatamos que eles se

organizam em 5 compartimentos, sendo o hipotenar (que movimentam o dedo

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mínimo), compartimento tenar (que movimentam o polegar), adutor (que realizam

a adução do polegar), interósseo (que realizam adução e abdução em dedos) e
central (que realizam flexão dos dedos II a V) (Moore; Dalley, 2018).

Mm. anteriores do quadril: principal responsável

pela flexão (M. ilíaco e M. psoas maior, que juntos são
denominados M. iliopsoas).
Mm. anteriores da coxa: flexão (M. reto femoral, M.
sartório), rotação lateral e abdução (M. sartório).

Mm. glúteos (máximo, médio e mínimo): principal

responsável pela extensão e rotação lateral (M. glúteo
máximo); abdução (principal é o M. glúteo médio e
auxiliado pelo M. glúteo mínimo).
Mm. do quadril: rotação lateral (Mm. gêmeos
superior e inferior; Mm. obturadores interno e
externo; M. piriforme e M. quadrado femoral), bem
como abdução (M. piriforme) e adução (M. obturador
externo e M. quadrado femoral).

Mm. medial da coxa: flexão, rotação lateral e

adução (M. pectíneo; M. grácil; M. adutor curto, M.
adutor longo; M. adutor magno).

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Mm. posteriores da coxa: extensão (M.

semitendíneo, M. semimembranáceo e M. bíceps
femoral); rotação lateral (M. semitendíneo e M. bíceps
femoral); rotação medial (M. semimembranáceo) e
adução (M. bíceps femoral).

Na vista anterior da coxa, evidenciam-se os seguintes Mm. que atuam sobre a

articulação do joelho (Moore; Dalley, 2018; Paulsen; Waschke, 2012):

M. tensor da fáscia lata: os Mm. da coxa são

envoltos por uma camada denominada de fáscia lata,
que é reforçada lateralmente por um feixe
longitudinal de fibras denominado de trato iliotibial.
Essa faixa consiste na aponeurose do M. tensor da
fáscia lata e M. glúteo máximo e se estende até a
Tíbia. A fáscia lata auxilia na estabilização da
articulação do joelho e no retorno venoso, uma vez
que este se dá contra a gravidade nesta parte do
corpo.
M. sartório: flexão e rotação medial do joelho.

M. quadríceps femoral: formado pelas 4 cabeças

denominadas de M. reto femoral; M. vasto medial; M.
vasto lateral e M. vasto intermédio, sendo essa
última cabeça a mais profunda), a única fonte de
extensão da articulação do joelho.

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M. grácil: flexão e rotação medial do joelho.

Já na vista posterior, os seguintes músculos atuam sobre a articulação do joelho

(Moore; Dalley, 2018; Paulsen; Waschke, 2012):

• M. semimembranáceo: principal músculo a executar a flexão e rotação

medial.

• M. semitendíneo: flexão e rotação medial.

• M. bíceps femoral: flexão e principal responsável pela rotação lateral.

Como ilustrado na imagem a seguir, na perna, evidenciamos,na vista anterior, o M.

tibial anterior que, dentre outras funções, executa a dorsiflexão, ou seja, apontar os
dedos do pé para cima em direção à tíbia, sendo essa ação também auxiliada pelo
M. extensor longo do hálux, M. extensor longo dos dedos, que como seus próprios
nomes se referem, executam outras ações musculares sobre os dedos do pé.

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Fonte: o autor.

No compartimento lateral da perna, constatamos a presença dos músculos que

realizam a eversão do pé, ou seja, movimentar de forma que a planta se mova para
longe da linha média do corpo, sendo o principal deles o M. fibular longo auxiliado
pelo M. fibular curto.
No compartimento posterior da perna, sobretudo em sua camada superficial,
verificamos o M. tríceps sural, composto pelas duas cabeças do M. gastrocnêmio
(cabeças medial e lateral) e o M. sóleo. Por estarem fixados no calcâneo, o M.
tríceps sural é o principal músculo a executar a flexão plantar e inversão do pé.

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Há músculos localizados na camada

profunda do compartimento posterior
da perna, que auxiliam na
estabilização da articulação do joelho
(M. poplíteo); que realizam flexão
plantar e inversão do pé (M. tibial
posterior, M. flexor longo dos dedos,
M. flexor longo do hálux) (Moore;
Dalley, 2018).

No pé, de forma semelhante à mão, os músculos estão organizados em

compartimentos, sendo constatado, nesta região, o compartimento dorsal do pé
(que realiza movimentos de extensão dos dedos), compartimento medial (realiza
movimentos de abdução do hálux), compartimento medial (que realiza flexão dos
dedos e adução do hálux), compartimento interósseo (que realiza abdução e adução
do 2 ao 4 dedo) e compartimento lateral (que realizam movimentos sobre o quinto
dedo, o dedo mínimo) (Moore; Dalley, 2018).

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Fonte: o autor.

Dica
Se você está procurando uma dica de leitura
que vai realmente turbinar os estudos, tenho
uma recomendação. Há um livro de quadros
de músculos, articulações e nervoso para
facilitar a organização das informações.

PAULSEN, F.; WASCHKE, J. Sobotta: atlas de anatomia

humana: quadros de músculos, articulações e nervos. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan.

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Em virtude da movimentação propiciada pelos membros, bem como a sustentação

corporal que o membro inferior executa, as estruturas osteomioarticulares dessa
parte do corpo são altamente suscetíveis à lesões. Desta forma, é imprescindível o
entendimento dos profissionais de saúde sobre a anatomia muscular apendicular.
Sendo assim, analise as sentenças e assinale a alternativa correta.

a. O músculo braquiorradial é o músculo mais profundo do braço e é conhecido

como flexor puro.

b. Os músculos da eminência hipotenar compõem a lateral da mão, enquanto

os músculos da eminência tenar estão medial na mão.

c. Em razão da função geral do compartimento muscular anterior do membro

superior, este é denominado de flexor-pronador.

d. O músculo gastrocnêmio (medial e lateral) e o músculo sóleo compõem o

músculo tríceps femoral.

e. O músculo bíceps femoral, músculo semitendinoso e semimembranáceo

estão localizados no lado posterior da perna.

A alternativa C é a correta.
Justificativa: Nos membros superiores, evidenciamos, especificamente localizado
profundamente no braço, o Músculo braquial. Este, por ter apenas ação de flexão
no cotovelo, é conhecido como flexor puro. Ainda, na mão, os compartimentos
musculares são denominados de acordo com sua localização ou função, sendo os
músculos da eminência tenar aqueles que movem o polegar e, por isso, na posição
anatômica, estão dispostos lateralmente quando comparados aos músculos da
eminência hipotenar. No membro inferior, evidenciamos, na vista posterior da coxa,
a presença de três músculos que apresentam o ponto de fixação no ísquio e nos
ossos da perna, e que, por isso, podem ser denominados de músculos isquiocrurais.
São eles: músculo bíceps femoral, músculo semimembranáceo e músculo
semitendíneo. Já na perna, evidenciamos a presença de um grupo muscular
denominado de músculo tríceps sural, que formam a região da panturrilha. Este
grupo é constituído pelas duas cabeças do músculo gastrocnêmio e pelo músculo
sóleo.

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