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Brazilian Journal of Development 7579

ISSN: 2525-8761

Câncer de Mama em mulheres no Brasil: epidemiologia, fisiopatologia,


diagnóstico e tratamento: uma revisão narrativa

Breast cancer in women in Brazil: epidemiology, pathophysiology,


diagnosis and treatment: a narrative review
DOI:10.34117/bjdv9n2-096

Recebimento dos originais: 17/01/2023


Aceitação para publicação: 15/02/2023

Izadora Lima da Cruz


Graduanda em Medicina
Instituição: Universidade de Rio Verde - Campus Formosa - GO
Endereço: Av. Brasília, 2016, Formosinha, Formosa – GO, CEP: 73813-010
E-mail: izadora0305@gmail.com

Paula Fernanda Oliveira Metello de Siqueira


Graduanda em Medicina
Instituição: Universidade de Rio Verde - Campus Formosa - GO
Endereço: Av. Brasília, 2016, Formosinha, Formosa – GO, CEP: 73813-010
E-mail: paulafernandametello@gmail.com

Luma Rodrigues de Moura Peres Cantuaria


Graduanda em Medicina
Instituição: Universidade de Rio Verde - Campus Formosa - GO
Endereço: Av. Brasília, 2016, Formosinha, Formosa – GO, CEP: 73813-010
E-mail: lumarmpcantuaria@gmail.com

Ana Claudia Bertol Câmara


Graduanda em Medicina
Instituição: Centro Universitário Alfredo Nasser (UNIFAN)
Endereço: Av. Bela Vista, 26, Jardim Esmeraldas, Goiânia – GO, CEP: 74905-020
E-mail: bertol.camara@outlook.com

Rejayne Carvalho Branquinho


Graduanda em Medicina
Instituição: Centro Universitário Alfredo Nasser (UNIFAN)
Endereço: Av. Bela Vista, 26, Jardim Esmeraldas, Goiânia – GO, CEP: 74905-020
E-mail: rejayne1982@gmail.com

Thais Magalhães Teixeira Lira


Graduanda em Medicina
Instituição: Centro Universitário Ceuni (FAMETRO) – Manaus
Endereço Av. Constantino Nery, 3000, Chapada, Manaus – AM, CEP: 69050-000
E-mail:thais.m.texeira@hotmail.com

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Eduardo Henrique Pedrão


Graduando em Medicina
Instituição: Universidade de Rio Verde - Campus Formosa - GO
Endereço: Av. Brasília, 2016, Formosinha, Formosa – GO, CEP: 73813-010
E-mail: eduardo.henrique.pedrao@gmail.com

Cleverson Rodrigues Fernandes


Pós-doutor em Ciências Médicas pelo Departamento de Patologia da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto
Instituição: Universidade de São Paulo (FMRP-USP)
Endereço: Avenida Brasília, Formosinha, Formosa - GO, CEP: 73813-010
E-mail: cleversonfernandes@unirv.edu.br

RESUMO
O câncer de mama é uma doença heterogênea associada a fatores genéticos e ambientais
que acomete essencialmente mulheres, sendo o tipo de câncer mais incidente nessa
população no Brasil e no mundo. Sua principal manifestação clínica da doença é nódulo
(caroço) fixo na mama e/ou axila, geralmente indolor. Geralmente os aspectos avaliados
para determinar o prognóstico são: anatômicos, patológicos endócrinos, fatores de
crescimento tumoral e fatores de metástases específicos para os diferentes órgãos. Essa
revisão narrativa tem como objetivo compreender os aspectos clínicos e fisiopatológicos
do câncer mama. Em relação a epidemiologia, o câncer de mama é a primeira causa de
mortalidade por câncer na população feminina no país, sendo a Região Sudeste e Sul, as
áreas com maiores estimativas. Os sintomas mais frequentes nesse tipo de câncer são:
dor, nódulo mamário, telorreia e tumor axilar. O tratamento do câncer de mama pode ser
classificado em local (cirurgia com ou sem reconstrução mamária e radioterapia) e
sistêmico (quimioterapia, hormonioterapia e terapia alvo). O método de diagnóstico por
imagem mais usado é a mamografia devido ao baixo custo, acessibilidade e eficácia em
detectar lesões pequenas e impalpáveis. Espera-se que esta pesquisa possa aprimorar o
conhecimento técnico científico dos profissionais e gestores de saúde em aos aspectos
clínicos e fisiopatológicos do câncer de mama para desse modo detectar casos precoces
com bom prognóstico.

Palavras-chave: Câncer de Mama, diagnóstico Câncer Mamário, tratamento Câncer de


Mama, fisiopatologia de Câncer, epidemiologia do Câncer de Mama.

ABSTRACT
Breast cancer is a heterogeneous disease associated with genetic and environmental
factors that mainly affects women, being the most common type of cancer in this
population in Brazil and worldwide. Its main clinical manifestation of the disease is a
lump (lump) fixed in the breast and/or armpit, usually painless. Generally, the aspects
evaluated to determine the prognosis are: anatomical, endocrine pathologies, tumor
growth factors and specific metastasis factors for different organs. This narrative review
aims to understand the clinical and pathophysiological aspects of breast cancer.
Regarding epidemiology, breast cancer is the leading cause of cancer mortality in the
female population in the country, with the Southeast and South regions being the areas
with the highest estimates. The most frequent symptoms in this type of cancer are: pain,
breast lump, telorrhea and axillary tumor. The treatment of breast cancer can be classified
into local (surgery with or without breast reconstruction and radiotherapy) and systemic
(chemotherapy, hormone therapy and targeted therapy). The most used diagnostic

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imaging method is mammography due to its low cost, accessibility and effectiveness in
detecting small and impalpable lesions. It is hoped that this research can improve the
technical-scientific knowledge of health professionals and managers in the clinical and
pathophysiological aspects of breast cancer in order to detect early cases with a good
prognosis.

Keywords: Breast Cancer, breast Cancer diagnosis, breast Cancer treatment, Cancer
pathophysiology, Epidemiology of Breast Cancer.

1 INTRODUÇÃO
O câncer de mama é um carcinoma ocasionado pela multiplicação desordenada de
células anormais das glândulas mamárias que invadem outros tecidos e órgãos dando
origem ao tumor maligno. É uma doença heterogênea associada a fatores genéticos e
ambientais que acomete essencialmente mulheres, sendo o tipo de câncer mais incidente
nessa população no Brasil e no mundo. Esse tumor maligno pode ser desenvolvido por
meio da transmissão hereditária associada a mutações genéticas, as quais envolvem os
genes supressores te tumor (BRCA1 e BRCA2). Desse modo, conhecer o histórico
familiar é essencial para obter uma conduta melhor de intervenção (BARZAMAN, 2020;
INCA, 2021).
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima-se que a cada ano do
triênio 2020 a 2022 o Brasil terá 625 mil casos notificados de câncer, sendo que desse
total 66.280 será de casos novos de câncer de mama em 2022, ou seja, um risco estimado
de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. Desse modo, é evidente a magnitude e a
incidência do câncer de mama nas mulheres e como esse carcinoma continua sendo um
grande problema de saúde.
Os tipos de câncer de mama mais prevalente são: carcinomas invasivos ductais
(CDI) com variação de 50-75% e, lobulares invasivo (CLI) com variação de 5-15% em
relação a todas as neoplasias invasivas da mama. Em oposição, ao carcinoma medular,
carcinoma mucinoso, carcinoma papilífero, carcinoma inflamatório que são tipos mais
raros desse câncer (GONÇALVES, 2012).
Outrossim, outros aspectos avaliados nesses tipos de tumor a respeito do
prognóstico são: os anatômicos (extensão do tumor, subtipos histológicos e
comprometimento de linfonodos); patologia (velocidade do ciclo celular, avanço
histológico e necrose tumoral); a resposta endócrina (receptores hormonais de estrogênio
e progesterona); fatores de crescimento tumoral (oncogenes e genes supressores

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tumorais); e fatores de metástases específicos para os diferentes órgãos (GONÇALVES,


2012).
O carcinoma mamário geralmente localiza-se no quadrante superior externo, onde
são desenvolvidas as lesões indolores, fixas e com bordas irregulares associadas a
alterações dessa pele na mama em estádio mais avançado. Sendo assim, especificamente,
a principal manifestação clínica da doença é nódulo (caroço) fixo na mama e/ou axila,
geralmente indolor. Outros sinais e sintomas são: dor mamária, pele da mama
(avermelhada com abaulamentos ou retrações de aspecto semelhante à casca de laranja),
saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos, alterações no bico do peito (mamilo)
(SILVA, 2011).
Portanto, essa revisão narrativa tem como objetivo compreender os aspectos
clínicos e fisiopatológicos do câncer mama. Dessa maneira, espera-se que esta pesquisa
possa fornecer conhecimento para os profissionais e gestores de saúde em relação a
epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento do carcinoma mamário a fim de
oferecer medidas de detecção precoce e, consequentemente um tratamento mais eficaz e
uma elevada porcentagem de cura.

2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão narrativa de literatura baseada nas bases de dados:
Biblioteca Virtual da saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Portal de
Periódicos da CAPES e National Center for Biotechnology Information (NCBI). Os
descritores Mesh/Decs e operadores booleanos, “AND” e “OR” foram utilizados, e as
palavras-chaves usadas foram: “câncer de mama”, “diagnóstico câncer mamário”,
“tratamento câncer de mama”, “fisiopatologia de câncer”, “epidemiologia do câncer de
mama.
Foram selecionados artigos publicados entre 2011 a 2022 nas línguas portuguesa,
inglesa e espanhola que abrangiam a temática: epidemiologia, fatores de risco, quadro
clínico, diagnóstico, diagnósticos diferencias, tratamentos utilizados e prognóstico do
câncer de mama feminino.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA
Segundo Tiezzi, o câncer de mama esporádico (sem fatores genéticos) é o mais
comum mundialmente com 90% dos casos desse tipo de câncer. Sendo, esse carcinoma
associado intensamente com a síntese de esteroides sexuais. Desse modo, fatores de risco
intrínsecos a condições endócrinas moduladas pela função ovariana, como menarca
precoce, menopausa tardia e gestação, aumentam potencialmente o surgimento de um
câncer de mama. Ademais, diversos estudos comprovam como fatores ambientais
(tabagismo, uso de hormônios, TRH – terapia de reposição hormonal por tempo
prolongado, obesidade, fumo e alcoolismo) influenciam nessa incidência do câncer de
mama (SILVA, 2011; INUMARU, 2011; ANOTHAISINTAWEE, 2013).
Além disso, o câncer de mama é a primeira causa de mortalidade por câncer na
população feminina no país (sem analisar o câncer de pele não melanoma), exceto na
região Norte com predominância do câncer do colo de útero. Em relação aos dados
contidos na Figura 1, observou-se o risco estimado de câncer de mama na Região Sudeste
(81,06 por 100 mil); Região Sul (71,16 por 100 mil); Região Centro-Oeste (45,24 por 100
mil); Região Nordeste (44,29 por 100 mil); Região Norte (21,34 por 100 mil) (INCA,
2019).

Figura 1 – Representação gráfica do risco estimado de câncer de mama em cada Unidade da Federação do
Brasil.

Incidência de câncer de mama no Brasil (%)

Região Norte Região Nordesre Região Centro-Oeste Região Sudeste Região Sul
Fonte – INCA, (2019)

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É evidente como a Região Sudeste e Sul possuem as maiores estimativas para o


câncer de mama, essa incidência pode está associada a diversos fatores, sendo eles o
maior número de diagnóstico devido a quantidade de mamografias, ultrassons e biópsias
realizadas em cada Unidade Federativa. Sendo assim, a procura e a oferta é maior e o
sistema de saúde é mais qualificado, ou seja, o grau de desenvolvimento socioeconômico
está diretamente relacionado com o maior índice desse câncer (PAIVA, 2021).

3.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS


As mulheres diagnosticadas com câncer de mama podem desenvolver sintomas
físicos, mentais e psicológicos. Desse modo, estresse (33%), estresse pós-traumático (3%
a 19%), ansiedade (quase 60%), depressão (22% a 50%) e função cognitiva
comprometida são manifestações psicológicas e mentais mais recorrentes, enquanto dor,
distúrbios do sono e fadiga estão associados aos sinais e sintomas físicos. Vale salientar
que esses sinais e sintomas ocorrem de forma concomitante, ou seja, estão interligados,
sendo que uma manifestação clínica pode agravar ou desencadear outra (CASTANHEL,
2018). Estudos demonstram como a fadiga deixa a mulher desmotivada,
consequentemente comprometendo seu bem-estar e afetando essa mulher durante e após
o tratamento, entre 40% e 80% dos casos (MENESES, 2015). Na maioria das vezes, esses
sintomas são intensificados devido aos efeitos adversos gerados pelo tratamento
farmacológico (CASTANHEL, 2018).
Ademais, em muitos casos as mulheres procuram atendimento médico por causa
de um sintoma: tumor (nódulo) de mama, geralmente indolor, duro e irregular. No
entanto, existem outros tipos de tumores que são de consistência branda, globosos e bem
definidos. Conforme, um estudo observacional, a manifestação clínica que mais
ocasionou a busca por uma consulta médica foram, respectivamente, nódulo mamário
(59,5% dos casos); achados mamográficos relacionados ou não com telorreia (23,8%);
retração da pele relacionada ou não com telorreia e enduração (4,8% e 2,4%). Essas
pacientes relataram aos profissionais de saúde como sintomas mais frequentes: dor
(46,3%), nódulo mamário (61,1%), telorreia (3,7%) e tumor axilar (3,8%); sendo que no
exame clínico, 84% apresentavam lesão palpável (SANCHEZ, 2012; FIGURA 2).

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Figura 2 – Câncer de mama: saiba como reconhecer os 5 sinais de alerta.

Fonte - BRASIL, Ministério da Saúde, (2021).

3.3 TRATAMENTO
O tratamento do câncer de mama pode ser classificado em local e sistêmico, e para
analisar a intensidade e o local deve-se analisar a fase histopatológica, ou seja, a fase
(estadiamento) e o tipo de tumor da paciente para indicar dessa forma o método mais
efetivo para o seu quadro. Além disso, caso a doença seja diagnosticada no início, o
tratamento tem maior potencial curativo. O tratamento local envolve, geralmente, cirurgia
com ou sem reconstrução mamária e radioterapia. Enquanto, a quimioterapia,
hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo) estão associadas com o tratamento
sistêmico. Esses tratamentos podem ser administrados em conjunto ou de modo isolado
uma vez que vai depender do estágio do câncer, da capacidade de infiltração e da reação
do indivíduo ao tratamento, para escolher a conduta mais adequada. Além disso, esse
tratamento deve ser prestado por uma equipe multidisciplinar com o intuito de obter um
tratamento integral da paciente (TOMAZELLI, 2018; SOUSA, 2019)
Existem também os tratamentos alternativos promissores para o tratamento de
sintomas de câncer de mama., como a Redução de Estresse Baseada em Mindfulness uma
vez que isolada ou combinada com outras intervenções cognitivas (intervenção de

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educação nutricional, terapia em grupo de metacognição), torna-se positiva em amenizar


as manifestações clínicas associadas ao câncer mamário. Esses tratamentos alternativos
acrescentam muito ao tratamento padrão e diminuem os custos de intervenção
(CASTANHEL, 2018; CAMARGO, 2020).

3.4 DIAGNÓSTICO
Compreender os principais sintomas e sinais relacionados ao carcinoma mamário
é essencial na detecção precoce da doença, e o exame clínico constitui-se como um fator
primordial nessa propedêutica diagnóstica. Sendo nessa etapa que é feito o estadiamento
do câncer de mama. Além disso, o exame clínico deve ser associado ao exame físico
(etapa inicial do estadiamento do câncer de mama) e ginecológico em consultas rotineiras
e para complementação os exames complementares, caso necessário ao se observar um
dos cinco sinais de alerta, desse modo permitindo, um bom prognóstico, permite alto
índice de cura, com manutenção da própria mama e tratamentos menos agressivos (DA
CUNHA, 2019; (MIGOWSKI, 2018; TEXEIRA, 2020).
O método de diagnóstico por imagem mais usado é a mamografia, sendo
considerada o exame “Padrão Ouro” entre os realizados em mastologia. A justificativa
para esse fator é baixo custo, acessibilidade e eficácia em detectar lesões pequenas e
impalpáveis ou em estádios iniciais. No entanto, apresenta uma limitação, já que sua
sensibilidade diminui consideravelmente entre as mulheres com menos de 40 anos, sendo
estimada em 81% a 94%, diminui para 54% a 58%. O aumento de diagnósticos depois da
aprovação da lei pelo Congresso Nacional de em 2010, mudou consideravelmente a
situação das mulheres brasileiras, sendo que o rastreamento por meio da mamografia
começou a ser realizado a partir dos 50 anos de idade de forma anual (MIGOWSKI, 2018;
TEXEIRA, 2020; SOUZA, 2015).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A incidência do câncer de mama em mulheres no Brasil mostra como é necessário
investir cada vez mais em estudos científicos nessa área para que assim o sistema de saúde
consiga ter ainda mais diagnósticos precoces com bom estadiamento e prognóstico. Desse
modo evoluir a fim de obter um tratamento na fase inicial da doença. Sendo assim, os
profissionais e os gestores de saúde devem compreender a doença, como os seus sinais e
sintomas e sua epidemiologia no país com o intuito de conseguir abranger o rastreamento,

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além de obter uma detecção precoce da patologia e um tratamento mais específico e


sensível.
Sabe-se que a quantidade de diagnósticos realizados em cada Unidade Federativa
depende diretamente da qualidade socioeconômico do local. Dessa forma é preciso
investir com políticas públicas em áreas remotas com o intuito de melhorar o
desenvolvimento da região e consequentemente disponibilizar para as mulheres uma
oferta de saúde eficiente para que possam se sentir mais motivadas a procurarem um
atendimento médico, essencialmente quando perceberem alguma alteração na mama.
É perceptível que mesmo o câncer de mama tendo índices elevados no país e no
mundo, muitos aspectos relacionados a doença são negligenciados, logo existe uma
necessidade crescente de conhecimento desses profissionais da saúde para estarem alertas
em relação as suspeitas de diagnósticos diferenciais diante às alterações mamárias em
mulheres a fim de atenuar os atrasos diagnósticos e terapêuticos.

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REFERÊNCIAS

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