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Higiene e Segurança Do Trabalho de Forma Descomplicada

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Higiene e Segurança do Trabalho de Forma

Descomplicada. Entenda!21 min read


Por Rodrigo Dias / 27 de julho de 2017

De modo genérico, Higiene e Segurança do Trabalho compõem duas atividades


intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais
de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados.

Do ponto de vista da Administração de Recursos Humanos, a saúde e a segurança


dos empregados constituem uma das principais bases para a preservação da força
de trabalho adequada através da Higiene e Segurança do trabalho.

Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saúde, a saúde é um


estado completo de bem-estar físico, mental e social e que não consiste somente
na ausência de doença ou de enfermidade.

A higiene do trabalho refere-se ao conjunto de normas e procedimentos que visa à


proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos
de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.

Segurança e higiene do trabalho são atividades interligadas que repercutem


diretamente sobre a continuidade da produção e sobre a moral dos empregados.

Segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e


psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições
inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da
implantação de práticas preventivas.
A atividade de Higiene do Trabalho no contexto da gestão de RH inclui uma série
de normas e procedimentos, visando essencialmente, à proteção da saúde física e
mental do empregado.

Procurando também resguardá-lo dos riscos de saúde relacionados com o


exercício de suas funções e com o ambiente físico onde o trabalho é executado.

Hoje a Higiene do Trabalho é vista como uma ciência do reconhecimento,


avaliação e controle dos riscos à saúde, na empresa, visando à prevenção de
doenças ocupacionais.

O que é higiene e segurança do trabalho?


A higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados para
proteger a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de
saúde inerente às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.

A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças


ocupacionais, a partir do estudo e do controle do homem e seu ambiente de
trabalho.

Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto do funcionário,


evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho.

Envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho.

A iluminação, a temperatura e o ruído fazem parte das condições ambientais de


trabalho.

Uma má iluminação, por exemplo, causa fadiga à visão, afeta o sistema nervoso,
contribui para a má qualidade do trabalho podendo, inclusive, prejudicar o
desempenho dos funcionários.

A falta de uma boa iluminação também pode ser considerada responsável por uma
razoável parcela dos acidentes que ocorrem nas organizações.

Envolvem riscos os trabalhos noturnos ou turnos, temperaturas extremas – que


geram desde fadiga crônica até incapacidade laboral.

Um ambiente de trabalho com temperatura e umidade inadequadas é considerado


doentio.

Por isso, o funcionário deve usar roupas adequadas para se proteger do que
“enfrenta” no dia-a-dia corporativo.
O mesmo ocorre com a umidade. Já o ruído provoca perca da audição e quanto
maior o tempo de exposição a ele maior o grau da perda da capacidade auditiva.

A segurança do trabalho implica no uso de equipamentos adequados para evitar


lesões ou possíveis perdas.

É preciso, conscientizar os funcionários da importância do uso dos EPIs, luvas,


máscaras e roupas adequadas para o ambiente em que eles atuam.

Fazendo essa ação específica, a organização está mostrando reconhecimento ao


trabalho do funcionário e contribuindo para sua melhoria da qualidade de vida.

Ao invés de obrigar os funcionários a usarem, é melhor realizar esse tipo de


trabalho de conscientização, pois o retorno será bem mais positivo.

Já ouvi muitos colaboradores falarem, por exemplo, que os EPIs e as máscaras


incomodam e, algumas vezes, chagaram a pedir aos gestores que usassem os
equipamentos para ver se era bom.

Ora, na verdade os equipamentos incomodam, mas o trabalhador deve pensar o


uso desses que é algo válido, pois o ajuda a prevenir problemas futuros.

Na segurança do trabalho também é importante que a empresa forneça máquinas


adequadas, em perfeito estado de uso e de preferência com um sistema de travas
de segurança.

É fundamental que as empresas treinem os funcionários e os alertem em relação


aos riscos que máquinas podem significar no dia-a-dia.

Caso algum funcionário apresente algum problema de saúde mais tarde ou sofra
algum acidente, a responsabilidade será toda da empresa por não ter obrigado o
funcionário a seguir os procedimentos adequados de segurança.

Caso o funcionário se recuse a usar os equipamentos que o protegerão de


possíveis acidentes, a organização poderá demiti-lo por justa causa.

 As prevenções dessas lesões/acidentes podem ser feitas através de:


 Estudos e modificações ergonômicas dos postos de trabalho.
 Uso de ferramentas e equipamentos ergonomicamente adaptados ao
trabalhador.
 Diminuição do ritmo do trabalho.
 Estabelecimento de pausas para descanso.
 Redução da jornada de trabalho.
 Diversificação de tarefas.
 Eliminação do clima autoritário no ambiente de trabalho.
 Maior participação e autonomia dos trabalhadores nas decisões do seu
trabalho.
 Reconhecimento e valorização do trabalho.
 Valorização das queixas dos trabalhadores.

É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a


segurança no ambiente de trabalho se tornem satisfatórios. Nessas mudanças se
faz necessário resgatar o valor humano.

Nesse contexto, a necessidade de reconhecimento pode ser frustrada pela


organização quando ela não valoriza o desempenho.

Por exemplo, quando a política de promoção é baseada nos anos de serviço e não
no mérito ou, então, quando a estrutura salarial não oferece qualquer possibilidade
de recompensa financeira por realização como os aumentos por mérito.

Se o ambiente enfatizar as relações distantes e impessoais entre os funcionários e


se o contato social entre os mesmos for desestimulado, existirão menos chances
de reconhecimento.

Conforme Arroba e James (1988) uma maneira de reconhecer os funcionários é


admitir que eles têm outras preocupações além do desempenho imediato de seu
serviço.

Uma outra causa da falta de reconhecimento dos funcionários na organização são


os estereótipos, pois seus julgamentos não são baseados em evidências ou
informações sobre a pessoa.

A partir do momento que as pessoas fazem parte de uma organização podem


obter reconhecimento positivo ou negativo.

Os grupos de trabalho, por exemplo, podem satisfazer ou frustrar as necessidades


de reconhecimento.

Quem a higiene e segurança do trabalho beneficia?


A Segurança e Higiene do Trabalho beneficia qualquer tipo negócio, além de ser
uma obrigação legal e social.

Todas as organizações deverão entender que este ramo serve para prevenir
acidentes e doenças laborais, mas que também é uma parte essencial para o
sucesso do seu negócio.

Todas as empresas podem gozar de benefícios significativos ao investirem em


medidas de Segurança e Higiene do Trabalho.
Pequenos melhoramentos podem levar ao aumento da competitividade e da
motivação dos trabalhadores.

A qualidade das condições de trabalho é um dos fatores fundamentais para o


sucesso do sistema produtivo de qualquer Empresa.

Nesse âmbito, a melhoria da produtividade e da competitividade das Empresas


passa, necessariamente, por uma intervenção no sentido da melhoria das
condições de trabalho.

Os benefícios da manutenção de um ambiente de trabalho seguro são muitos, mas


em primeiro lugar, a segurança é saber o que é que pode fazer para proteger os
seus trabalhadores.

Na realidade, a prática da segurança nos locais de trabalho traz também inúmeros


benefícios financeiros para a Empresa através da Higiene e Segurança do
trabalho.

O impacto de um ambiente de trabalho seguro é desde logo benéfico tanto direta


como indiretamente.

Senão vejamos, diretamente, falamos na prevenção de custos associados aos


incidentes e acidentes, incluindo os custos com as indemnização e salários aos
trabalhadores, os custos com a assistência médica, os custos com seguros e as
contra ordenações aplicáveis.

Estes só serão minimizados quando existe um Sistema de Gestão da Segurança e


Saúde implementado, que vise e contemple todas as áreas da Segurança.

Indiretamente, a inexistência deste sistema pode levar a perdas acentuadas de


produtividade, custos com a reparação de produtos e equipamentos danificados,
custos associados à substituição de trabalhadores, custos administrativos, perdas
de competitividade, perdas associadas à imagem e custos sociais diversos.

É sabido que, um ambiente de trabalho seguro aumenta a moral do trabalhador, o


que, por sua vez, aumenta a produtividade a eficiência e, consequentemente, as
margens de lucro.

Quando os trabalhadores têm um ambiente de trabalho seguro, sentem que


podem fazer a diferença, verificam-se maiores índices de assiduidade, menos
rotatividade de pessoal e uma melhor qualidade de trabalho.

Outra área não menos importante, e que deve ser parte integrante da Empresa, é
a formação dos trabalhadores em matéria de segurança e saúde.

A formação contínua nesta matéria assume um papel fundamental na melhoria do


nível de vida dos trabalhadores.
Uma formação eficaz permite:

 Contribuir para que os trabalhadores se tornem competentes em matéria de


saúde e segurança;
 Desenvolver uma cultura de segurança e saúde positiva, onde o trabalho e
o ambiente seguro sejam parte integrante e natural do dia-a-dia dos
trabalhadores;
 Informar os trabalhadores dos riscos existentes e inerentes ao seu local de
trabalho, das medidas de prevenção e proteção e respectiva aplicação;
 Tanto em termos de postos de trabalho, como em termos gerais da
empresa;
 Dotar o trabalhador das competências necessárias para atuar em caso de
perigo grave e iminente;
 Evitar os custos associados aos acidentes e problemas de saúde
ocupacional;
 Em especial, os associados às perdas materiais, paragens e consequente
perda de produção, absentismo e a desmotivação dos trabalhadores;
 Cumprir a legislação legal e obrigatória em matéria de Segurança e Saúde.

A importância da higiene e segurança do trabalho


Qualquer empresa de hoje em dia conhece bem as implicações e requisitos legais
quando se fala em HSST- Higiene, Segurança e Saúde no trabalho, tendo
consciência de que uma falha neste âmbito dentro da empresa, pode gerar
automaticamente o pagamento de uma multa por incumprimento legal.
A Higiene, Segurança e Saúde no trabalho é um conjunto de ações que nasceu
das preocupações dos trabalhadores da indústria em meados do século 20, pois
as condições de trabalho nunca eram levadas em conta, mesmo que tal implicasse
riscos de doença ou mesmo de morte dos trabalhadores.

Numa época em que a indústria era a principal atividade económica em Portugal,


os trabalhadores morriam ou tinham acidentes onde ficavam impossibilitados para
toda a vida por não terem os devidos processos de Higiene e Segurança do
trabalho.

Simplesmente porque a mentalidade corrente era a de que o valor da vida


humana era para apenas útil para trabalhar e porque não existia qualquer
legislação que protegesse o trabalhador.

O cenário demorou tempo a mudar e apenas a partir da década de 50/60, surgiram


as primeiras tentativas sérias de integrar os trabalhadores em atividades
devidamente adequadas às suas capacidades, e dar-lhes conhecimento dos riscos
a que estariam expostos aquando do seu desempenhar de funções.

Atualmente a dimensão que encontramos neste âmbito é muito diferente,


sobretudo porque a Lei-Quadro de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho faz
impender sobre as entidades empregadoras a obrigatoriedade de organizarem os
serviços de Segurança e Saúde no Trabalho.

Desta forma, para além de análises minuciosas aos postos de trabalho a empresa
tem que garantir também as condições de saúde dos trabalhadores (como a
existência de um posto médico dentro de cada empresa).

E ainda garantir que são objeto de estudo as investigações de quaisquer tipo de


incidentes ocorridos, sendo sempre analisada a utilização ou não de equipamentos
de proteção individual (vulgo EPI).

Em resumo, todas as atividades de HSST se constituem como as atividades cujo


objetivo é o de garantir condições de trabalho em qualquer empresa “num estado
de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e
enfermidade” (de acordo com a Organização Mundial de Saúde.)

Analisando parcelarmente este tipo de atividades temos que:

 A higiene e saúde no trabalho procura combater de um ponto de vista não


médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar
o ambiente do trabalho e o trabalhador, procurando eliminar ou reduzir os
riscos profissionais.
 A segurança do trabalho por outro lado, propõe-se combater, também dum
ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, eliminando para isso
não só as condições inseguras do ambiente, como sensibilizando também
os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Dadas as características específicas de algumas atividades profissionais,
nomeadamente as que acarretam algum índice de perigosidade, é necessário
estabelecer procedimentos de segurança, para que estas sejam desempenhadas
dentro de parâmetros de segurança para o trabalhador.

Nesse sentido, é necessário fazer desde logo um levantamento dos fatores que
podem contribuir para ocorrências de acidentes, como sejam:

 Acidentes devido a ações perigosas;


 Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.)
 Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem)
 Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar
empilhadores inadequadamente, distrações).

Acidentes devido a Condições perigosas:

 Máquinas e ferramentas;
 Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído).

Condições de organização (Layout mal feito, armazenamento perigoso, falta de


Equipamento de Proteção Individual – E.P.I.)

Após o processo de identificação deste tipo de condições é importante desenvolver


uma análise de riscos, sendo para isso necessária à sua identificação e
mapeamento.

A fim de que posteriormente se possa estudar a possibilidade de aplicação de


medidas que visam incrementar um maior nível de segurança no local de trabalho,
e que concretizam na eliminação do risco de acidente, tornando-o inexistente ou
neutralizando-o.

Por fim, importa ter ainda em conta que para além da matriz de identificação de
riscos no trabalho é imprescindível considerar o risco ergonómico que surge da
não adaptação dos postos de trabalho às características do operador através da
Higiene e Segurança do trabalho.

Quer quanto à posição da máquina com que trabalha, quer no espaço disponível
ou na posição das ferramentas e materiais que utiliza nas suas funções.

Desta feita torna-se mais do que evidente de que o sucesso de um sistema


produtivo passa inevitavelmente pela qualidade das condições de trabalho que
este proporciona aos seus colaboradores.

Nesta perspectiva, a melhoria da produtividade e da competitividade das empresas


portuguesas passa, necessariamente, por uma intervenção no sentido da melhoria
das condições de trabalho.
Ainda que este conjunto de atividades seja visto atualmente, pela gestão das
empresas, mais como um gasto, do que propriamente um incentivo à
produtividade.

Ao tornar evidentes junto dos colaboradores os riscos a que estão expostos


durante o seu período de trabalho, a Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho
permite relembrar todos os colaboradores de que para um trabalho feito em
condições é preciso que as condições permitam que o trabalho se faça.

Legislação aplicada a higiene e segurança do trabalho


A legislação da higiene e segurança do trabalho é bem específica e grande,
sabendo disso iremos mostrar abaixo apenas os artigos e incisos principais.

Art. 163 – Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do
Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.

As instruções do Ministério do Trabalho e Emprego correspondem à NR5, que


trata especificamente das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPA.

O item 5.1, da NR 5, estabelece que o objetivo da CIPA é a prevenção de


acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde
do trabalhador.

O emprego da palavra “permanentemente”, traz a ideia de “sem interrupção”.

O item 5.2, da NR 5, dispõe que devem constituir CIPA, por estabelecimento, e


mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades
de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições
beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições
que admitam trabalhadores como empregados.

Como já vimos, a noção correta, para os obrigados a obedecer toda e qualquer


disposição de Norma Regulamentadora, não só relativa à CIPA, é de empregador.

Na aula 4 conceituamos, de acordo com a CLT, e através de exemplos, o que se


entende, juridicamente, por empregador.

Numa palavra: empregador é aquele que contrata força de trabalho através do


regime celetista.

O item 5.3 dispõe que as normas da NR5 aplicam-se, no que couber, aos
trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as
disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos
específicos.
Sabemos que não existe vínculo empregatício, celetista, na relação de trabalho
avulso. Sabemos, também, que as normas de SST, em regra, só se aplicam aos
trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho.

Entretanto, no caso específico da NR5, suas disposições, quando não forem


incompatíveis com as características do trabalho avulso, são plenamente
aplicáveis a esta relação de trabalho. Fique atento!

Parágrafo único – O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a


composição e o funcionamento das CIPA (s).

Art. 164 – Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos


empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.

 1º – Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por


eles designados.
 2º – Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos
em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação
sindical, exclusivamente os empregados interessados.

Escrutínio secreto significa votação secreta, sigilosa.

Vejamos quais são as disposições específicas da NR5, acerca das atribuições e


composição dos processos de higiene e segurança do trabalho. Não abordaremos
o funcionamento da CIPA, pois a matéria foge do nosso estudo.

5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados,


de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.

Semelhante ao que ocorre para o dimensionamento do SESMT, a NR5 estabelece


grupos de atividades, e os relaciona ao número de empregados do
estabelecimento, para fixar o número de membros da CIPA.

5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles


designados.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em


escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.

A CIPA é um “fórum”, um local de discussão e debate, que se beneficia das


opiniões do empregador e dos empregados. Por isso a necessidade de cada uma
dessas categorias indicar seus membros, para que todos sejam representados nas
decisões.
5.16 A CIPA terá por atribuição:

1. identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos,


com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do
SESMT, onde houver;
2. elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;
3. participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação
nos locais de trabalho;
4. realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de
trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos
para a segurança e saúde dos trabalhadores;
5. realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em
seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram
identificadas;
6. divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
7. participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e
processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
8. requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança
e saúde dos trabalhadores;
9. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano,
permitida uma reeleição.
10. O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número
de reuniões da CIPA.
11. Como as atividades da CIPA são permanentes, os seus membros devem
participar assiduamente, das reuniões.
12. O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o
Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice–
Presidente.
Art. 165 – Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não
poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo–se como tal a que não se fundar
em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.

Parágrafo único – Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de


reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos
motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o
empregado.

Fatores que afetam a higiene e segurança do trabalho


Dadas as especificidades de algumas atividades profissionais através da Higiene e
Segurança do trabalho., as quais acarretam algum índice de perigosidade, é
necessário que sobre as mesmas incidam procedimentos de segurança para que
as mesmas sejam desempenhadas dentro de parâmetros de segurança para o
trabalhador.
Nesse sentido, é necessário fazer desde logo um levantamento dos fatores que
podem contribuir para ocorrências de acidentes, como sejam:

 Máquinas e ferramentas;
 Condições de organização;
 Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído).

Acidentes devido a Acções perigosas:

Falta de comprimento de ordens (não usar E.P.I);

Ligado à natureza do trabalho (Erros na armazenagem);

Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar empilhadores


inadequadamente, distrações, brincadeiras).

Fundamentos de higiene e segurança do trabalho


É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a
segurança no ambiente de trabalho se tornem satisfatórios.

Nessas mudanças se faz necessário resgatar o valor humano através dos


processos de higiene e segurança do trabalho.

Nesse contexto, a necessidade de reconhecimento pode ser frustrada pela


organização quando ela não valoriza o desempenho.

Por exemplo, quando a política de promoção é baseada nos anos de serviço e não
no mérito ou, então, quando a estrutura salarial não oferece qualquer possibilidade
de recompensa financeira por realização como os aumentos por mérito.

Se o ambiente enfatizar as relações distantes e impessoais entre os funcionários e


se o contato social entre os mesmos for desestimulado, existirão menos chances
de reconhecimento.

Conforme Arroba e James (1988) uma maneira de reconhecer os funcionários é


admitir que eles têm outras preocupações além do desempenho imediato de seu
serviço.

Uma outra causa da falta de reconhecimento dos funcionários na organização são


os estereótipos, pois seus julgamentos não são baseados em evidências ou
informações sobre a pessoa.

A partir do momento que as pessoas fazem parte de uma organização podem


obter reconhecimento positivo ou negativo.
Os grupos de trabalho, por exemplo, podem satisfazer ou frustrar as necessidades
de reconhecimento.

As quatro etapas da higiene ocupacional são: antecipação,


reconhecimento, avaliação e controle de riscos.05/08/2022

Confira a lista de quais são os equipamentos de segurança do


trabalho que não podem faltar e como eles devem ser usados.
1. Luvas de proteção. ...
2. Botas de segurança. ...
3. Capacete de segurança. ...
4. Máscara de proteção. ...
5. Óculos de proteção. ...
6. Capas, coletes e aventais. ...
7. Proteção auricular. ...
8. Cinto de segurança.
Equipamentos de segurança
do trabalho: tipos e usos
31/07/20 | Ferramentas

Saiba quais são os equipamentos de


segurança do trabalho que devem ser
usados de acordo com as normas em
diferentes tipos de serviços

Reformas em casa, obras corporativas, trabalhos como autônomo. você sabe quais são
os equipamentos de segurança do trabalho necessários para executar esses serviços?
“Mas uma simples pintura externa nas telhas de casa precisa ser feita usando os tipos de
equipamentos de segurança do trabalho?”, você pode se questionar. A resposta é SIM!

Proteção é essencial, pois quando se trata de construções, são utilizadas várias


ferramentas e executados vários movimentos em áreas cheias de risco. E,
independentemente de quem for realizar a tarefa, você ou um profissional contratado,
seguir as leis de segurança do trabalho e usar as EPIs exigidas é crucial!

De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT), o setor de


construção civil, entre as categorias de trabalho, é:

– o primeiro em acidentes que incapacitam permanentemente;


– o segundo em número de mortes;
– o quinto em afastamentos temporários de 15 dias.

Então, para evitar qualquer trauma decorrente de um acidente, conheça quais são os
equipamentos de segurança do trabalho que precisam ser usados!
Mulher com equipamento de segurança do trabalho (Foto: Shutterstock / Divulgação)

Quais são os equipamentos de segurança do trabalho?

Os tipos de equipamentos de segurança do trabalho são itens básicos, mas que fazem
toda diferença. Executar algumas tarefas sem proteção pode tornar a tarefa até mais
difícil, em casos que o uso de óculos, luvas e máscaras descomplicam alguns
procedimentos. Confira a lista de quais são os equipamentos de segurança do trabalho
que não podem faltar e como eles devem ser usados.

1. Luvas de proteção
As luvas de proteção são o primeiro item da lista de equipamentos de segurança do
trabalho. De acordo com o tipo de trabalho e risco, existe uma especificação de luva. As
luvas também são classificadas quanto à resistência à abrasão, corte, rasgamento e
perfuração. Alguns modelos cobrem apenas a mão e os punhos, outros vão até o
cotovelo e existem também as luvas que cobrem todo o braço.
Confira mais modelos no site: Luvas de Proteção

Luva de Vaqueta com Reforço Fixtil (Foto: Acervo / Telhanorte)

O material das luvas também varia de acordo com a sua função:

– luvas de raspas: seguras para processos de soldas com proteção contra agentes
abrasivos, escoriantes, cortantes e perfurantes;
– luvas com palma antiderrapante: indicadas para trabalhos e
manipulações com temperatura elevada. Esse modelo é ideal para operações de
caldeiras, fornos, estufas, manipulação de peças quentes, trabalhos com panelas quentes,
troca de lâmpadas, entre outros;
– luvas de látex: indicadas para os trabalhos de limpeza nas obras;
– luvas nitrílicas: são feitas com um tipo de borracha que protege no manuseio de
produtos químicos, corrosivos ou biológicos;
– luvas de PVC: usadas no manuseio de blocos de concreto, tijolo ou madeira, no
momento da recepção e montagem das peças.
2. Botas de segurança
O item dois é, sem dúvidas, a bota de segurança. Trabalhar de chinelo, sandálias e
demais calçados é um erro que nenhum profissional deve cometer! Em um ambiente de
obra, existem muitas ferramentas pontiagudas, detritos cortantes que podem causar
acidentes. As botas dão a segurança necessária para andar nesses locais com restos de
materiais que podem arranhar, cortar e até perfurar a pele.

Bota de segurança de couro nobuck (Foto: Acervo / Telhanorte)

Além da proteção contra objetos físicos, as botas protegem contra picadas e mordidas de
animais – escorpiões, por exemplo, são comuns em obras – e, também, evitam
escorregões quando o espaço está molhado e escorregadio.

3. Capacete de segurança
O capacete de segurança é outro item de proteção individual fundamental para a
segurança. Entre andaimes, colunas sem reboco, tetos sem acabamentos, andar de
capacete permite transitar na obra sem grandes riscos de se machucar. Na maioria das
situações de trabalho, o capacete de segurança é obrigatório.
Capacete para a obra de polietileno (Foto: Acervo / Telhanorte)

As peças variam na cor e no tamanho e completam o uniforme, criando uma separação


entre os funcionários de cada setor de uma obra ou área de trabalho.

4. Máscara de proteção
A máscara de proteção é um EPI muito importante e fundamental na manipulação de
substâncias e ferramentas. Ela é utilizada em trabalhos e no manuseio de produtos que
liberam muito pó e têm cheiro forte. Mistura de argamassas e de cimentos são um
exemplo comum de atividade que gera muito poeira.
Máscara de proteção de algodão com elástico Fixtil (Foto: Acervo / Telhanorte)

No uso de ferramentas, como serras e cortadores de madeira, a máscara impede que a


poeira liberada seja aspirada e cause problemas. Também são úteis nos trabalhos de
pintura com tinta spray. Assim como as luvas, existem diferentes tipos de materiais de
máscara de proteção respiratória:
– máscara de proteção com filtro: usada nos casos de contato com produtos
químicos muito fortes, como veneno para dedetização, gases e vapores químicos.
– máscara de proteção isolante: Veda a região da boca, nariz e olhos e é
conectada a uma fonte de oxigênio em trabalhos com agentes pesados.
5. Óculos de proteção
Os óculos de proteção também estão na lista de equipamentos de segurança do trabalho.
Ao usar uma serra ou lixadeira, por exemplo, os óculos são fundamentais para proteger
os olhos de faíscas, poeira e, principalmente, de fragmentos que podem escapar de
placas de alvenaria, madeira, metal, vidro, etc.

Óculos de Segurança policarbonato antirrisco proteção UV transparente VISION 2000


3M (Foto: Acervo / Telhanorte)

Os óculos de proteção individual de policarbonato possuem vários modelos e níveis de


proteção para o tipo de trabalho que será realizado.

6. Capas, coletes e aventais


As capas, coletes e aventais ajudam na proteção e identificação dos profissionais que
estão trabalhando em diversas situações.
Capa Plus manga longa de PVC amarela Balaska (Foto: Acervo / Telhanorte)

– Capa de proteção de PVC: é indicada para profissionais que estão


trabalhando na chuva;
– Coletes em formato de X: possuem material refletivo laranja ou amarelo
para trabalhos e obras noturnos, em locais com pouca luz ou em vias públicas.

7. Proteção auricular
O protetor auricular é o equipamento de segurança do trabalho que promove a proteção
auditiva. Obras e reformas usam ferramentas barulhentas como
britadeiras, marteletes, betoneiras e outras constantemente. Os protetores auriculares
abafam sons e ruídos acima de 20 decibéis e podem ser encontrados em várias cores
diferentes.
Abafador com ajustes 21 decibéis Muffler 3M™ (Foto: Acervo / Telhanorte)

Os tipos de protetor auricular também variam. Existe protetor de fone, de plug e de


concha, sendo o primeiro mais confortável de usar e o segundo, um abafador mais leve.
Protetor com corda de Silicone azul Dura Plus (Foto: Acervo / Telhanorte)

8. Cinto de segurança
O cinto de segurança também faz parte da lista de equipamentos de segurança do
trabalho essenciais. Eles são usados em duas situações:

– Para quem carrega itens pesados ou faz atividades em que abaixa e levanta com
frequência. São as cintas lombares;

– Para quem trabalha suspenso para executar pinturas e ajustes externos em casas e
prédios, por exemplo. São as cintas de segurança ergométricas/antiqueda.
Conjunto Carbografite Talabarte Verde e Preto (Foto: Acervo / Telhanorte)

Tipos de equipamentos de segurança do trabalho: Lei 5452/43

O artigo 166 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), através do decreto de Lei
5452/43, regula o uso dos equipamento de proteção individual (EPI).

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