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Forum 13º Semana
Palmas, 31 de outubro de 2023
Acadêmico: Gabriel Camargo Gonçalves Cunha 6° Período Matéria: Clínica Integrada I
BIRADS
1. O que é BIRADS? Para quais métodos diagnósticos podemos utilizar o
termo BIRADS? Ele se correlaciona com a gravidade do câncer? Quais as chances de neoplasia em cada categoria BIRADS? BI-RADS é a sigla para Breast Image Reporting and Data System, um sistema que propõe padrões de classificação para exames de imagem das mamas. Para tanto, o BI-RADS separa os achados dos exames em 7 categorias diferentes, considerando suas características e chances de terem evolução maligna. O sistema começou a ser idealizado nos anos 1980, nos Estados Unidos. Autoridades de saúde do país perceberam que, apesar da importância da mamografia para rastrear o câncer de mama, a maioria das biópsias prescritas tinha resultado negativo. Isso porque fatores como a densidade do tecido mamário dificultavam – e ainda dificultam – a palpação de massas detectadas em testes como a mamografia. Diante desse fato, era comum que os especialistas da época pedissem estudos por biópsia com frequência e, muitas vezes, sem necessidade. Sem contar que os laudos podiam ser confusos, porque não havia uma estrutura determinada para sua elaboração. Até que, em 1993, o Colégio Americano de Radiologia se uniu a outras entidades para apresentar a primeira edição do BI-RADS. A partir da adoção do sistema por várias nações, incluindo o Brasil, ficou simples identificar os casos de maior risco para câncer e outras lesões nas mamas. Conforme descreve este estudo: “A proposta visava um sistema que não apenas classificasse as imagens mamográficas, mas que estruturasse os relatórios através das descrições das lesões e da padronização das conclusões, sugerindo ainda orientações que deveriam ser tomadas, dependendo da classificação final obtida. ” Nesse contexto, a interpretação dos testes se tornou mais precisa, atendendo a uma estrutura e linguagem padronizadas. Dúvidas e ambiguidades foram eliminadas, qualificando as avaliações, diagnóstico e assistência prestada aos pacientes. O BI-RADS ainda estabeleceu a estrutura básica para o laudo mamográfico, que deve conter: Um resumo sobre a densidade da mama Descrição dos achados significativos Avaliação final e recomendação daconduta a ser adotada O método Birads classifica diferentes tipos de achados de acordo com as chances de serem ou se tornarem malignos. Considerando detalhes como seu tamanho, limites, forma e densidade, as lesões encontradas recebem um dos enquadramentos BI-RADS entre 0 e 6. Vou falar mais sobre cada um no próximo tópico. Outra função do método BI-RADS é determinar a densidade mamária. Esse fator importa porque mamas densas prejudicam a visualização de massas na mamografia. Caso haja suspeição de lesões, é comum que o médico peça outros testes complementares, como o ultrassom de mamas. A classificação do conteúdo interno das mamas detecta a presença de 3 modalidades de tecido: glandular, adiposo e fibroso. No tipo 1, estão as mamas que têm mais gordura (tecido adiposo) e menos de 25% dos demais tecidos. No 2, mamas com densidade moderada, com 25% a 50% de tecido denso (glandular e fibroso). As mamas enquadradas como tipo 3 são heterogeneamente densas, contendo entre 51% e 75% de tecido glandular e fibroso. Por fim, o tipo 4 se refere a mamas predominantemente densas, com mais de 75% de tecido glandular e fibroso.
Desempenho da ecografia mamária na identificação do tumor residual pós-quimioterapia primária e a concordância entre a aferição ultrassonográfica e histopatológica