Material de Apoio Cadeias e Teis Alimentares
Material de Apoio Cadeias e Teis Alimentares
Material de Apoio Cadeias e Teis Alimentares
Certamente você já viu cenas de uma leoa atacando um animal e ficou com muita pena! Pois é, apesar de
termos esse sentimento, essa relação é extremamente importante para ambas as espécies! Ambas? Como assim?
Para a população de leões essa relação presa-predador permite que esses animais se alimentem e no caso
da presa, essa relação controla o número de indivíduos para que esse grupo não aumente muito e os indivíduos não
entrem em competição por recursos do meio.
As relações alimentares são essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas e é sobre esse tema que vamos
falar!
Você deve lembrar que as células que formam os seres vivos são constituídas por moléculas orgânicas
complexas e inorgânicas. Num mesmo ambiente, os seres autotróficos produzem a sua própria matéria orgânica e
ao servirem de alimento, essa a matéria dos seus corpos vai circular para outros seres que também servirão de
alimento para outras espécies. Essas relações se estabelecem como verdadeiros elos de uma corrente.
Cada vez que a matéria que constitui o corpo dos diferentes seres vivos (biomassa) circula, a energia contida
nas ligações químicas das moléculas orgânicas, também circulará. Parte dessa energia é consumida em cada elo,
pelas atividades que os seres vivos desenvolvem para sobreviver e para realizar as suas funções vitais.
Consideremos as relações alimentares que constituem os “elos” das relações alimentares, tendo em conta
quem se alimenta de quem. Essa sequência é chamada de CADEIA ALIMENTAR (Figura 1) e esses “elos” são chamados
níveis tróficos.
O primeiro nível trófico da cadeia alimentar é formado por seres autotróficos, por serem capazes de
produzir matéria orgânica a partir da matéria inorgânica, sendo por isso chamados de PRODUTORES.
Você já aprendeu que seres autotróficos podem produzir matéria orgânica a partir da energia luminosa –
seres fotossintetizantes – ou a partir da energia química liberada de reações químicas – seres quimiossintetizantes.
Os produtores são, na maioria das vezes, organismos fotossintéticos, tais como plantas, algas, cianobactéria ou
bactérias quimiossintetizantes. Eles são a base de qualquer cadeia alimentar!
Nos ecossistemas aquáticos os produtores são representados por algas microscópicas e cianobactérias
fotossintetizantes que constituem o fitoplâncton.
Os elos seguintes (níveis tróficos) da cadeia alimentar são formados por seres heterotróficos porque
dependem de outros seres para obter a matéria orgânica. Esses indivíduos são considerados os CONSUMIDORES
que por serem incapazes de produzir o próprio alimento, conseguem-no comendo outros seres vivos. Dependendo
do ambiente em questão, poderemos encontrar vários níveis de consumidores. Nos exemplos abaixo você poderá
observar diferentes níveis de consumidores.
A
B
Fonte: https://www.todamateria.com.br/cadeia-alimentar/
Fonte: https://escolakids.uol.com.br/ciencias/cadeia-alimentar.htm
Consumidor primário ou de 1ª ordem – são os que consomem os produtores. Podem ser seres
herbívoros ou omnívoros, isto é, seres vivos que têm uma alimentação variada, podendo consumir tanto alimentos
de origem animal como vegetal.
Outra coisa importante para você estar atento, é que na representação da cadeia alimentar utilizamos
setas para indicar a direção em que ocorre a transferência de matéria e de energia entre os diferentes níveis
tróficos. Como a matéria e a energia fluem num só sentido (unidirecional) as setas vão sempre no sentido de quem
serve de alimento para quem será alimentado, observe na figura 2. Para facilitar, podemos traduzi-las como: “serve
de alimento para”. Perceba que nas imagens a seta vai do produtor para o consumidor primário, do consumidor
primário para o secundário e assim, sucessivamente.
Como você pode perceber, acompanhando essas setas no desenho referente às cadeias alimentares, a
matéria segue um fluxo cíclico. Independentemente de a matéria estar na forma inorgânica ou orgânica, ela
circula entre os diversos níveis tróficos e retorna aos produtores na forma inorgânica.
A energia é também é transferida entre os diferentes níveis tróficos quando um organismo obtém moléculas
orgânicas do corpo dos seres de que se alimentou. Quando a energia química dos compostos orgânicos entra em
um nível trófico, uma parcela vai passar a fazer parte do corpo dos organismos (biomassa) e parte dela vai ser
perdida na passagem de um nível trófico para outro.
Perdida em quê???????
Esses organismos estão em atividade o tempo todo para manter sua sobrevivência, e isso gera gasto calórico.
Até mesmo os vegetais precisam de energia para se manterem vivas, crescer, reproduzir etc. Ainda nesse processo,
uma outra parte vai ser perdida na forma calor (figura 3). Assim, o fluxo de energia vai diminuindo em direção
aos últimos níveis tróficos.
Apenas a energia da biomassa, estará disponível para o próximo nível trófico. Segundo os ecologistas,
somente cerca de 10% da energia que é armazenada como biomassa em um nível trófico ficará disponível para o
nível trófico seguinte (figura 3). Por conta disso, dizemos que o fluxo de energia é acíclico!
Essas perdas de energia, na passagem de um nível trófico para o outro, limita o comprimento das cadeias
alimentares porque a partir de um certo número de níveis tróficos — geralmente de três a seis, haverá muito pouca
energia estará disponível para os últimos níveis tróficos.
Fonte: https://cdn.kastatic.org/ka-perseus-images/9f4bc567be670e1b36733a22fe90177702233cfd.png
Fonte: https://www.planetabio.com.br/energetica.html
É por conta desse fluxo de energia, que se reduz a cada nível trófico, que as cadeias alimentares não
suportam muitos animais desse tipo, pois para obter quantidade suficiente de energia precisariam comer muito e
os recursos possivelmente não seriam suficientes.
Existe ainda um último nível trófico, o nível dos DECOMPOSITORES (Figura 5).
Decompositores
Figura 5: Representação dos decompositores na cadeia alimentar
Será que as cadeias alimentares são uma realidade na natureza? Será que um ser vivo só tem no
seu “cardápio” apenas um tipo de organismo?
Na verdade, não é bem assim! Na natureza as relações alimentares não são lineares porque geralmente os
indivíduos têm mais que uma opção de alimento. Então, o que observamos na realidade é que em um ecossistema
existem diversas cadeias alimentares ligadas umas às outras formando uma rede de relações alimentares e de
transferência de energia. A representação dessas relações é conhecida como TEIA ALIMENTAR (figura 6).
Fonte: https://www.preparaenem.com/biologia/cadeia-alimentar.htm
Essas substâncias químicas podem ser eliminadas, metabolizadas ou até mesmo acumuladas, ao longo do
tempo, no corpo dos diferentes organismos. Quando acontece a acumulação dessas substâncias em um organismo
dizemos que houve BIOACUMULAÇÃO (figura 7).
Fonte: https://aprendendobio.com.br/wp-content/uploads/2021/11/cadeia-alimentar-biomagnificacao-2.png?w=1024
Figura 7: Bioacumulação
A entrada desses compostos no organismo dos seres vivos pode ser feita através da ingestão, da pele,
brânquias ou no caso das plantas, pelas raízes. Quando é acumulado nos tecidos dos animais (geralmente em
gorduras) ou das plantas, esta substância é facilmente transferida para os níveis tróficos seguintes.
Quando ocorre a acumulação da substância em diferentes níveis tróficos e a sua concentração vai
progressivamente aumentando nos níveis mais elevados, dissemos que ocorreu a MAGNIFICAÇÃO TRÓFICA OU
BIOMAGNIFICAÇÃO (figura 8).
Fonte: https://arvoreagua.org/agronegocio/agrotoxicos/bioacumulacao-e-magnificacao-trofica
Agora, ATENÇÃO!
Fonte: https://www.invivo.fiocruz.br/biodiversidade/contaminacao-por-mercurio/