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Estudo Bíblico de Escatologia

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EVENTOS ESCATOLÓGICOS

1 – O Arrebatamento da Igreja.
2 – O Tribunal de Cristo.
3 – As Bodas do Cordeiro.
4 – A Grande Tribulação.
5 – A Manifestação de Cristo.
6 – O Milênio.
7 – A Condenação de Satanás.
8 – O Juízo Final.
9 – O Estado Eterno.

“Saber é uma virtude


de quem Lê!”

Pr. VMS 1
INTRODUÇÃO

A palavra Escatologia vem do grego “ESKATOS” que


significa “Último” e “LOGIA”, que significa “Estudo, Tratado
e Discurso”.
Escatologia é o estudo acerca de coisas e eventos futuros
profetizados na Bíblia.
Nas primeiras palavras no texto de Ap 1.1 podemos
entender o sentido da Escatologia para a Igreja: “Revelação
de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus
servos as coisas que brevemente devem acontecer”.
A SEGUNDA VINDA DE JESUS – marca o início dos
eventos escatológicos.
(Jo 14.2,3) “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não
fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.
E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei
para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós
também.”
Dizemos “SEGUNDA VINDA DE JESUS”, visto que na
“Primeira” JESUS veio como homem, nascido de Maria,
em Belém de Judá.
(Gl 4.4) “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher...”

Pr. VMS 2
Sua primeira vinda deu-se em cumprimento de diversas
profecias, dentre as quais vamos citar três:
(Is 7.14) Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis
que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o
seu nome Emanuel. (700-680 a.C.)
(Is 9.6) Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu,
e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o
seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.
(Mq 5.2) “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre
milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em
Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde
os dias da eternidade.” (740-710 a.C.)
Assim, se as profecias que anunciaram Sua Primeira Vinda
foram cumpridas, da mesma forma se cumprirão as que
falam de Sua Segunda vinda.
A SEGUNDA VINDA DE JESUS - Está dividida em duas
fases:
• A Primeira fase chama-se Arrebatamento. Nesta fase
Jesus vem até as nuvens para arrebatar a Igreja (1Ts
4.16,17).
• A Segunda fase chama-se Manifestação. Nesta fase
Jesus vem visivelmente sobre o Monte das Oliveiras para
livrar Israel da tirania do Anticristo e estabelecer o Reino
Milenial. (At 1.10,11; Mt 24.30; Ap 1.7; Zc 12.10; 14.4)

Pr. VMS 3
Há um intervalo de “sete anos” entre a primeira e a
segunda fase da vinda de Jesus:
• Neste intervalo haverá grande aflição na terra: “A Grande
Tribulação” (Mt 24.21; Dn 12.1).
• Ao mesmo tempo que acontece a Grande Tribulação na
terra, acontece as “Bodas do Cordeiro” no céu. (Ap
19.7)
É um grande contraste. Como está escrito em Apocalipse.
(Ap 12.12) “Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles
habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o
diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem
pouco tempo.”

Pr. VMS 4
1- O ARREBATAMENTO DA IGREJA

O termo “Arrebatamento” deriva da palavra raptus em


latim, e harpazo em grego que significa “arrebatado
rapidamente e com força”.
Trata-se da ocasião em que a igreja do Senhor será
arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares.
(1Ts 4.16, 17) Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
(1Co 15.51, 52) Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade,
nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,
num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
A promessa de JESUS em vir buscar a sua igreja, é o
clímax da esperança dos crentes fiéis.
(1Ts 4.18) “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas
palavras.”

Pr. VMS 5
Quando será o Arrebatamento?
(1) Ninguém sabe o dia nem a hora.
(Mt 24.36) Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem
os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai
(Mt 24.44) Por isso, estai vós apercebidos também, porque
o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis.
(Mt 25.13) Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora
em que o Filho do Homem há de vir.
(2) Deus olha o tempo sob a perspectiva da eternidade.
(2Pe 3.8) Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia
para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.
(Sl 90.4) Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de
ontem que passou, e como a vigília da noite.

Como acontecerá o Arrebatamento?


(1) Jesus desce até às nuvens.
(1Ts 4.16 NTLH) Porque haverá o grito de comando, e a voz
do arcanjo, e o som da trombeta de Deus, e então o próprio
Senhor descerá do céu...
(2) Traz consigo o galardão dos salvos.
(Ap 22.12) E eis que cedo venho, e o meu galardão está
comigo para dar a cada um segundo a sua obra.

Pr. VMS 6
(3) Os mortos em Cristo ressuscitam primeiro.
(1Ts 4.16 NTLH) ...Aqueles que morreram crendo em Cristo
ressuscitarão primeiro.
Essas verdades deve encher de fé, esperança e anelo o
povo de Deus, enquanto aguarda o dia da Segunda Vinda
de Cristo.
Como ressuscitarão os mortos? (1Co 15.35).
(1) Encontramos na Bíblia duas ressurreições: A
primeira para vida eterna e a segunda para condenação
eterna.
(Dn 12.2) E muitos dos que dormem no pó da terra
ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para
vergonha e desprezo eterno.
(Jo 5.28,29) Não vos maravilheis disso, porque vem a hora
em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.
E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida;
e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.
(2) A primeira ressurreição, está dividida em cinco
ordens como diz Paulo: “...cada um por sua ordem:” (1Co
15.23).
1. Primeiro: Cristo, o primeiro exemplar.
(1Co 15.20) Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi
feito as primícias dos que dormem.

Pr. VMS 7
2. Segundo: Os que ressuscitaram por ocasião da
ressurreição de Jesus. Estes santos foram incluídos na
palavra primícias, dita a respeito da ressurreição de Cristo.
(Mt 27.52,53) Os sepulcros se abriram, e os corpos de
muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E,
saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus,
entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
3. Terceiro: Os que são de Cristo na sua vinda.
(1Co 15.23) Porém cada um será ressuscitado na sua vez:
Cristo, o primeiro de todos; depois os que são de Cristo,
quando ele vier;
4. Quarto: As duas testemunhas escatológicas.
(Ap 11.11,12) E, depois daqueles três dias e meio, o espírito
de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre
os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E
ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E
subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os
viram.
5. Quinto: Os mártires da Grande Tribulação.
(Ap 20.4) ...E vi as almas daqueles que foram degolados
pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que
não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam
o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com
Cristo durante mil anos.

Pr. VMS 8
E com que corpos virão? (1Co 15.35).
(1) Teremos um corpo semelhante ao corpo ressurreto do
Senhor Jesus.
(Fp 3.20,21) Mas a nossa cidade está nos céus, donde
também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que
transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o
seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar
também a si todas as coisas.
(2) Um corpo idêntico ao atual (porém de glória), porque
seremos reconhecíveis na eternidade.
(Lc 24.30,31) Quando estava à mesa com eles, tomou o
pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles. Então os olhos
deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu
da vista deles.
(3) Um corpo não mais sujeito à fraqueza, doença e morte.
(1Co 15.42-44) Pois assim também é a ressurreição dos
mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na
incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória.
Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se
corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo
natural, há também corpo espiritual.
(4) Um corpo não mais limitado pela lei física da natureza.
(Jo 20.19) Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana,
estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por

Pr. VMS 9
medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e
disse: “Paz seja com vocês!”
(5) Um corpo de Glória (não quer dizer um vulto), mas um
corpo palpável.
(Lc 24.39,40) Vede as minhas mãos e os meus pés, que
sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem
carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo
isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.
(6) Um corpo capaz de comer e beber.
(Lc 24.41-43) E, não o crendo eles ainda por causa da
alegria e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui
alguma coisa que comer? Então, eles apresentaram-lhe
parte de um peixe assado e um favo de mel, o que ele
tomou e comeu diante deles.
Razões por que a ressurreição do corpo é
necessária:
(1) O corpo é a parte essencial da total personalidade do
homem; o ser humano é incompleto sem o corpo.
(2) A redenção que Cristo oferece abrange a pessoa total,
inclusive o corpo.
(Rm 8.22,23) Porque sabemos que toda a criação geme e
está juntamente com dores de parto até agora. E não só
ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito,
também gememos em nós mesmos, esperando a adoção,
a saber, a redenção do nosso corpo.
Pr. VMS 10
(3) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas.
(1Co 15.53) Porque convém que isto que é corruptível se
revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se
revista da imortalidade.
(4) Para aniquilar o derradeiro inimigo do homem (a morte
do corpo).
(1Co 15.26) Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado
é a morte.
(1Co 15.54) E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da
imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte na vitória.
Quem participará do Arrebatamento?
(1) Aqueles que já nasceram de novo. Isto é, a mudança
da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência
a Jesus Cristo.
(Jo 3.3) ...Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
(Jo 1.13 NVT) Estes não nasceram segundo a ordem
natural, nem como resultado da paixão ou da vontade
humana, mas nasceram de Deus.
(1Jo 3.9) Qualquer que é nascido de Deus não vive na
prática do pecado; porque a sua semente permanece nele;
e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.

Pr. VMS 11
(2) Aqueles que já receberam a adoção de filho por
Jesus Cristo. Porque só os filhos têm direito à herança.
(Jo 1.12) Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu
nome.
(Rm 8.16.17) O mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos,
somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-
herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos,
para que também com ele sejamos glorificados.
(1Pe 1.3,4) Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos
gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição
de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança
incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar,
guardada nos céus para vós
(3) Os que vivem uma vida santificada.
(1Ts 5.23) E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo;
e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo.
(Hb 12.14) Segui a paz com todos e a santificação, sem a
qual ninguém verá o Senhor.

Pr. VMS 12
(4) Aqueles que andam com Deus.
A exemplo de Enoque:
(Gn 5.24) E andou Enoque com Deus; e não se viu mais,
porquanto Deus para si o tomou.
Andar com Deus, é andar de acordo com a sua vontade.
(Am 3.3) Andarão dois juntos, se não houver entre eles
acordo?
É andar como Jesus andou.
(1Jo 2.6) aquele que diz que permanece nele, esse deve
também andar assim como ele andou.

Estás preparado para encontrar-se com o


Senhor Jesus Cristo?

PENSE NISSO!

Jesus Breve voltará!

Pr. VMS 13
2- O TRIBUNAL DE CRISTO

A Bíblia nos mostra três grandes julgamentos


escatológicos:
O Tribunal de Cristo
(2Co 5.10) Porque todos devemos comparecer ante o
tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o
que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.
O Julgamento das nações (Mt 25.31-34,41).
(v.31) E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e
todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no
trono da sua glória;
O Juízo Final (Ap 20.11-15).
(v.11) E vi um grande trono branco e o que estava
assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu,
e não se achou lugar para eles.

O Tribunal de Cristo.
O termo “Tribunal” é representado pela palavra grega
bema, que se refere a uma plataforma elevada de
julgamento e recompensa.
O bema não é um evento prejudicial; ao invés disso, é um
local de análise, de premiação.
Pr. VMS 14
Será um local onde as obras do cristão serão expostas e
examinadas. “...a obra de cada um se manifestará; na
verdade, o Dia a declarará.” (1Co 3:13).
A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar
contas “ante o Tribunal de Cristo”, de todos os seus atos
praticados por meio do corpo, sejam bons ou maus.
(2Co 5.10) Porque todos devemos comparecer ante o
tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que
tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.
(Ec 12.14) Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até
tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.
Este texto nos traz uma verdade inalterável: “A prestação
de contas do ser humano perante Deus, por todos os seus
atos”. O Senhor julgará a todos nós!

(1) Quando ocorrerá o Tribunal de Cristo?


• Esse julgamento ocorrerá quando Cristo vier buscar a sua
Igreja. (Jo 14.3) ...virei outra vez e vos levarei para mim
mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.
• A Bíblia diz que o Senhor Jesus trará consigo o galardão,
em sua vinda. (Ap 22.12) E eis que cedo venho, e o meu
galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua
obra.

Pr. VMS 15
Assim podemos afirmar que o Tribunal de Cristo se dará
logo após o Arrebatamento da Igreja, ainda nos ares, por
ocasião da nossa reunião com Ele.
(1Ts 4.16,17) Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Cada salvo, de todas as épocas, participará dessa gloriosa
reunião, pois Jesus afirmou que haverá recompensa na
ressurreição dos justos.
(Lc 14.12-14) “...Quando deres um jantar ou uma ceia,
...chama os pobres, aleijados, mancos e cegos e serás
bem-aventurado; porque eles não têm com que to
recompensar; mas recompensado serás na ressurreição
dos justos.”
Os heróis do Antigo Testamento, que, tendo o testemunho
pela fé, morreram sem alcançar a promessa estarão lá no
Tribunal também.
(Hb 11.39,40) E todos estes, tendo tido testemunho pela fé,
não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa
melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não
fossem aperfeiçoados.
Todos os santos do AT morreram sem receber todas as
bênçãos e promessas de Deus. Mas com a morte e
Pr. VMS 16
ressurreição de Cristo, Ele obteve a perfeita salvação para
eles, os quais receberão sua herança integral conosco.

(2) No Tribunal de Cristo já estaremos glorificados.


No momento em que cremos em Jesus Cristo e o
confessamos como Senhor, obtivemos a certeza da vida
eterna.
(Jo 5.24) Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já
passou da morte para a vida.
(Rm 10.9,10) Se você confessar com a sua boca que Jesus
é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê
para justiça, e com a boca se confessa para salvação.
No entanto, a salvação — no sentido de glorificação — só
ocorrerá no momento do Arrebatamento da Igreja.
À luz da Bíblia, a nossa salvação possui três tempos e
um tríplice aspecto:
1. No passado, ela é Posicional. Passamos a estar em
Cristo!
(2Co 5.17) “...se alguém está em Cristo, nova criatura é: as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
2. No presente, é Progressiva. Estamos nos
aperfeiçoando, a cada dia.

Pr. VMS 17
(Hb 6.9) “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas
melhores e coisas que acompanham a salvação...”.
3. No futuro, ela será Perfectiva. É a nossa glorificação.
Que ocorrerá por ocasião do Rapto da Igreja.
(Rm 13:11) “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora
de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está,
agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.”
(1Co 15.51) “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade,
nem todos dormiremos, mas todos seremos
transformados,”
(Fp 3.20,21) “Mas a nossa cidade está nos céus, donde
também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que
transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o
seu corpo glorioso...”
Quem será o Juiz do Tribunal?
Em todo Tribunal há um Juiz. Jesus Cristo será o Juiz que
julgará as Obras, boas ou más, realizadas enquanto
estávamos na Terra.
(2Co 5.10) “Porque todos devemos comparecer ante o
tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que
tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”
(Jo 5.22) E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho
todo o juízo.

Pr. VMS 18
O propósito do Tribunal de Cristo.
O propósito do Tribunal de Cristo é avaliar as obras de cada
um, se foram dignas ou não.
(1Co 3.11-15) Porque ninguém pode pôr outro fundamento,
além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se
alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro,
prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de
cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará,
porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual
seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou
nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a
obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal
será salvo, todavia como pelo fogo.
Aqueles que fazem a Obra de Deus por dinheiro, buscando
glória para si, já alcançaram suas recompensas aqui
mesmo na Terra. “Deus conhece a intenção dos
corações.”
(Mateus 6:2) Quando, pois, deres esmola, não faças tocar
trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos
homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu
galardão.
Suas ações eram boas, mas as motivações não. A vanglória
será a única recompensa dos hipócritas, mas Deus
recompensará os que são sinceros em sua obra.

Pr. VMS 19
Como as obras serão julgadas?
(1) Pelos interesses que levaram os cristãos a fazer a
Obra de Deus.
(1Co 4.5) Portanto, não julguem nada antes da hora devida;
esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está
oculto nas trevas e manifestará as intenções dos
corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a
sua aprovação.
Observe: As Obras serão analisadas segundo a intenção
do coração.
(2) Se as obras realizadas estavam de acordo com a
Palavra de Deus.
Em nossos dias alguns pregadores: Não se preocupam
mais em pregar o que é certo, e sim, o que dá certo.
“O que estamos acompanhando é um verdadeiro
comércio das Escrituras, onde o evangelho se torna
um produto, o púlpito um balcão e os crentes
consumidores” Pr. Hernandes.
Realizar a Obra de acordo com a Palavra de Deus é
apresentar ao homem um sermão Cristocêntrico que
glorifique a Deus, uma pregação que apresente o estado
caído do homem e lhe mostre o caminho da salvação.
(3) Se os métodos tiveram as motivações corretas.
(2Co 5.10) “...para que cada um receba segundo o que tiver
feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”
Pr. VMS 20
Mesmo que os motivos sejam sinceros visando o bem do
Reino de Deus, os métodos que devemos usar precisam ter
a aprovação de Deus.
Muitos têm usado métodos que buscam apenas o
entretenimento, mas não levam as pessoas ao verdadeiro
arrependimento da vida de pecados.
No Tribunal será avaliado como administramos aquilo que
o Senhor nos deu. Bem ou mal.
(1Co 9.17) E, por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio;
mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é
confiada.

Como as Obras serão classificadas no


Tribunal de Cristo?
(1Co 3.11-13) Porque ninguém pode pôr outro fundamento,
além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se
alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro,
prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de
cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará,
porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual
seja a obra de cada um.

(1) Ouro, prata e pedras preciosas.


Esses materiais representam as Obras daqueles que
desempenharam a Obra de Deus como bons servos.

Pr. VMS 21
Os crentes que terão esses materiais serão aqueles que
buscaram glória não para o seu nome ou ministério, mas
para Deus.
(Mt 5.16) Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
Ouro: Simboliza aquilo que procede de Deus, as coisas
divinas.
(Ap 3.18) “aconselho-te que de mim compres ouro provado
no fogo, para que te enriqueças...” (Igreja de Laodiceia)
Podemos comparar o ouro às obras que os crentes fizeram
para a glória de Deus.
(1Co 10.31) Portanto, quer comais, quer bebais ou façais
outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
Obras praticadas por crentes que têm um espírito
quebrantado e contrito. Estas foram “feitas em Deus”.
(Jo 3.21) “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a
fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são
feitas em Deus.” ou seja, em parceria, comunhão com o
Senhor.
Prata: Simboliza o preço da redenção pago pelo Senhor
Jesus Cristo.
(1Co 6.20) “Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito,
os quais pertencem a Deus.”
Pr. VMS 22
No Antigo Testamento, a redenção dos filhos de Israel era
paga em prata (Êx 30.11-16; Lv 5.15).
No Novo Testamento, simboliza a redenção feita por Cristo
(1Pe 1.18,19; 1Co 6.20).
A Prata são as obras feitas pela graça de Deus.
(1Co 15:10) “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a
sua graça para comigo não foi vã; antes, trabalhei muito
mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de
Deus, que está comigo.”

Pedras Preciosas: São símbolos do Espírito Santo, ou da


glória de Cristo no crente.
(Jo 17.22) E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para
que sejam um, como nós somos um.
Pedras Preciosas: São as obras feitas através do poder do
Espírito Santo.
(1Co 4.20) “Pois o Reino de Deus não consiste de palavras,
mas de poder.”
(Rm 14.17) “porque o Reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”

(2) Madeira, feno e palha.


(1Co 3:15) “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá
detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo”.

Pr. VMS 23
Esse texto mostra que haverá crentes cujas obras não
subsistirão quando passarem pelo crivo do fogo divino.
É possível então, que estes servos compareçam perante o
Tribunal de Cristo com o sentimento de remorso pela
oportunidade perdida, pelo fato de não terem prestado um
bom serviço ao Reino de Deus.

Madeira: Na Bíblia, madeira é símbolo das coisas


humanas. É uma figura da árvore, que cresce por si mesma.
Há crentes que fazem muitas coisas, mas buscando a glória
humana.
No fogo do julgamento, essas obras, irão desaparecer.
Há quem trabalhe muito na igreja, mas não o faz para a
glória de Deus (1Co 10:31). Madeira não resiste ao fogo.

Feno: Feno é capim, erva seca.


São obras aparentes, mas sem consistência, sem vida, tais
como erva seca. O capim é perecível (Isaías 51:12) e
representa as obras dos que trabalham somente buscando
a glória e a fama para si.
Infelizmente, nos dias atuais, há muitos que só realizam a
obra de Deus pelo dinheiro ou se o evento tiver destaque
na mídia. Estes “já receberam o seu galardão”, aqui mesmo
(cf. Mateus 6:2, 5, 16).

Pr. VMS 24
Palha: A palha é muito fraca. Não resiste à força do fogo.
O vento a leva com facilidade (Salmo 1:4; Jó 21:18; Oséias
13:3). É instável. Não pode se misturar com o trigo (Jr
23:28); palha representa obras sem firmeza, ou seja, feita
por pessoas inconstantes.
São levados, como a palha, por “todo vento de doutrina”
(Ef 4:14) para que não sejamos mais meninos inconstantes,
levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano
dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

Haverá surpresas no Tribunal de Cristo.


Quando partirmos deste mundo, as nossas obras nos
seguirão.
(Ap 14.13) “...Bem-aventurados os mortos que, desde
agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que
descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.”
Tudo o que temos feito está registrado. E, no
Arrebatamento, Jesus — que conhece todas as nossas
obras (Ap 2.2,9,13,19; 3.8,15) — trará consigo o resultado,
a avaliação de nosso trabalho, a fim de nos galardoar.
Coisas encobertas, positivas ou negativas, virão à tona. Em
(1Co 4.5) “nada julgueis antes do tempo, até que o Senhor
venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das
trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então,
cada um receberá de Deus o louvor”.
Pr. VMS 25
O que sentirão aqueles cujas Obras foram consumidas
pelo Fogo?
(1) Não receberão completo galardão. (2Jo 1:8) “Olhai por
vós mesmos, para que não percamos o que temos
ganhado; antes, recebamos o inteiro galardão.”
(2) Será considerado o menor no reino dos Céus. (Mt 5:19)
Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos,
ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o
mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo
aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será
chamado grande no Reino dos céus.
(3) Terão tristeza ao verem suas obras queimadas. (1Co
3:15) Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá
prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa
através do fogo.
(4) Ficarão envergonhados. (1Jo 2:28) Filhinhos, agora
permaneçam nele para que, quando ele se manifestar,
tenhamos confiança e não sejamos envergonhados diante
dele na sua vinda.
Não há muitos detalhes na Bíblia sobre a
natureza do galardão.
Após o julgamento das obras no Tribunal os salvos
recebem as suas recompensas.
(Ap 22.12) E eis que cedo venho, e o meu galardão está
comigo para dar a cada um segundo a sua obra.
Pr. VMS 26
(Hb 6.10) Porque Deus não é injusto para se esquecer da
vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu
nome, mostrastes, ...
(Mt 5.11,12) Bem-aventurados sois vós quando vos
injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque
é grande o vosso galardão nos céus...
(Mt 10.42) E qualquer que tiver dado só que seja um copo
de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo,
em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu
galardão.
Muitos pensam que os galardões serão, literalmente,
coroas de ouro, com pedras preciosas.
A coroa dada no Tribunal de Cristo simboliza a nossa
posição no Reino de Deus.
O termo “coroa” alude, figuradamente, a posição, domínio,
poder.
O Novo Testamento relata como exemplo, o tipo de
galardão que os corredores das olimpíadas gregas e
romanas recebiam como prêmio.
(1Co 9.24,25) Não sabeis vós que os que correm no
estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o
prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo
aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para

Pr. VMS 27
alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma
incorruptível.
Os tipos de coroas: (As coroas falam de prêmios)
(1) Coroa da vida - Participação na vida eterna.
(Tg 1.12) Bem-aventurado o varão que sofre a tentação;
porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a
qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
(Ap 2.10) Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
(Jo 5.24) Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve
a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida
eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte
para a vida.
(2) Coroa de Glória - Participação na glorificação de Cristo.
(1Pe 5.4) E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a
incorruptível coroa de glória.
(Rm 8.16,17) O mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos,
somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-
herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos,
para que também com ele sejamos glorificados.
(Rm 8.29,30) Pois aqueles que de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou;

Pr. VMS 28
aos que chamou, também justificou; aos que justificou,
também glorificou.
(3) Coroa da justiça - Obteremos a perfeita retidão eterna
de Deus.
(2Tm 4.7,8) Combati o bom combate, acabei a carreira,
guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia;
e não somente a mim, mas também a todos os que amarem
a sua vinda.
(Mt 5.48) Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso
Pai, que está nos céus.
(4) Coroa incorruptível - Participação na santidade de
Deus.
(1Co 9.25) E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles
o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém,
uma incorruptível.
(1Co 15.53) Porque convém que isto que é corruptível se
revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se
revista da imortalidade.
Nota: O Tribunal de Cristo será um trono de concessão de
prêmios aos vencedores deste mundo tenebroso.
As coras que citamos são apenas exemplos que o Novo
Testamento nos dá. Porque o galardão está com o Senhor,
e só Ele sabe o tipo desse galardão. “E eis que cedo venho,

Pr. VMS 29
e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo
a sua obra.” (Ap 22.12)
Não temos como saber de tudo o que nos espera naquele
Dia. “...As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,
e não subiram ao coração do homem, são as que Deus
preparou para os que o amam.” (1Co 2.9)

Depois do Tribunal de Cristo a Igreja segue


para as Bodas do Cordeiro

Glória a Deus!

Pr. VMS 30
3- AS BODAS DO CORDEIRO

As Bodas do Cordeiro é um evento escatológico


profetizado, descrito na Bíblia
(Ap 19.7-9) Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe
glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua
esposa se aprontou.
8 E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos
santos.
9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são
chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas
são as verdadeiras palavras de Deus.
Após a avaliação de Cristo das obras de seus servos diante
do Tribunal, Ele, então conduzirá a sua Igreja para o terceiro
céu. Onde será servido a Ceia das Bodas. “E disse-me:
Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à
ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as
verdadeiras palavras de Deus.” (Ap 19.9)
A ceia das bodas do Cordeiro é a celebração da perfeita
unidade, da perfeita comunhão, da perfeita intimidade que
passará a haver entre o Senhor e o Seu povo, sem qualquer
restrição, sem qualquer limite “...virei outra vez, e vos
levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais
vós também.” (Jo 14.3)
Pr. VMS 31
Jesus celebrou a primeira ceia e celebrará vitorioso a última
ceia, que se dará na Nova Jerusalém, como a
concretização da vitória da Igreja.
Assim, estará definitivamente terminada a missão da Igreja
que lhe foi estabelecida durante a sua dispensação,
integrando-se ela, de agora em diante, aos exércitos
celestiais, onde servirá ao Senhor, mas em outro patamar,
assim como os anjos, como servos e auxiliares do Senhor,
a começar no estabelecimento do reino Milenial de Cristo
na Terra.
Cremos que a ceia das Bodas do Cordeiro seguirá o mesmo
roteiro estabelecido pelo Senhor, com a participação de
todos os crentes, do corpo e do sangue de Cristo,
simbolizados pelo pão e pelo vinho. Assim cremos porque
Jesus disse que voltaria a tomar do fruto da vide nesta ceia
e, como se trata de uma celebração simbólica e de uma
ordenança do Senhor, não vemos por que não venha a se
reproduzir aqui a mesma celebração que deu início a esta
ordenança, há mais de dois mil anos atrás.
(Mt 26.29) E digo-vos que, desde agora, não beberei deste
fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo
convosco no Reino de meu Pai.
Os salvos que ali se reúnem são oriundos de todas as
partes da terra e de todas as dispensações, alegremente
vamos nos confraternizarmos.

Pr. VMS 32
(Mt 8.11) Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do
Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e
Jacó, no Reino dos céus.
Desde o momento em que a igreja foi arrebatada da terra
até o final das Bodas passa um período de sete anos.
Durante este período estará acontecendo na terra a Grande
Tribulação.
Terminada a ceia das Bodas, Jesus, na companhia da Sua
Igreja, voltará para a Terra, a fim de salvar Israel de
destruição iminente no vale do Megido. O Senhor Jesus
descerá com sua igreja para o sombrio vale do Armagedom.
(Ap 19.11-16).
Jesus vem para terminar com aquela grande guerra.
(Ap 17.14) Estes combaterão contra o Cordeiro, e o
Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o
Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados,
eleitos e fiéis.

Glória a Deus!

Deus seja louvado!

Pr. VMS 33
4- A GRANDE TRIBULAÇÃO

Os Capítulos 6 ao 18, do livro de Apocalipse, encontra-se a


ocorrência dos eventos referentes à Grande Tribulação.
Neste estudo vamos fazer referência sobre o que é, quando
será, o tempo de sua duração e para quem está reservada
à Grande Tribulação, destacando a Doutrina Pré-
Tribulacionista.
A Igreja ao longo da História, de forma especial nos três
primeiros séculos de sua existência, bem como durante
toda Idade Média, passou por Tribulações.
Porém, a Igreja, ou qualquer crente, em particular, nunca
passou, e não passará, por uma Tribulação igual, ou
semelhante, àquela que a Bíblia chama de A Grande
Tribulação.
O que é a Grande Tribulação.
O próprio Jesus disse o que é a Grande Tribulação: “Porque
haverá então grande aflição, como nunca houve desde o
princípio do mundo até agora, nem tão pouco haverá
jamais” (Mt 24.21).
Mais de 560 anos antes do Senhor Jesus ter dito estas
palavras, o profeta Daniel também falou sobre a Grande
Tribulação, dizendo: “e haverá um tempo de angústia, qual
nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo”
(Dn 12.1).
Pr. VMS 34
Falando mais sobre a Grande Tribulação, o Senhor Jesus,
disse: “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na
terra angústia das nações em perplexidade pelo bramido do
mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na
expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo.
Porquanto as virtudes do céu serão abaladas” (Lc 21:25-
27).
O Profeta Jeremias referindo-se à Grande Tribulação,
chama-a de “tempo de angústia para Jacó” - “Ah, porque
aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante!
E é tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7).
O Profeta Sofonias falou sobre a Grande Tribulação,
identificando-a como “O Grande Dia do Senhor”. “O
grande dia do Senhor está perto, e se apressa muito a voz
do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem
poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de
angústia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e
de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de
trombeta e de alarido contra as cidades forte e contra as
torres altas. E angustiarei os homens, e eles andarão como
cegos, porque pecaram contra o Senhor, e o seu sangue se
derramará como pó, e a sua carne como esterco. Nem a
sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor
do Senhor; mas pelo fogo do seu zelo toda esta terra será
consumida; porque certamente fará de todos os moradores
da terra uma destruição total e apressada” (Sf 1.14-18).

Pr. VMS 35
O Profeta Joel falou sobre a Grande Tribulação, também a
identificando com “O Dia do Senhor” - “perturbem-se todos
os moradores da terra, porque o Dia do Senhor vem, ele
está perto; dia de trevas e de tristeza; dia de nuvens e de
trevas espessas” (Joel 2:1-2).
O Profeta Isaias falou sobre a Grande Tribulação, dizendo:
“Porque a indignação do Senhor está sobre todas as
nações, e o seu furor sobre todo o exército delas; ele as
destruiu totalmente, entregou-as à matança. E os mortos
serão arremessados, e do seu corpo subirá o mau cheiro; e
com o seu sangue os montes se derreterão. E todo o
exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como
um livro, e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide
e como cai o figo da figueira” (Is 34.2-4).
É certo que este escrito de Isaias ainda não aconteceu.
Qualquer estudante de História pode confirmar isto. Isaias
profetizou estas palavras cerca de 750 anos antes do
Sermão Escatológico pregado por Jesus, no Monte das
Oliveiras, certamente que os dois falaram sobre o mesmo
acontecimento.
O anunciado pelo profeta Isaias acontecerá naquele dia
referido por Jesus, quando - “haverá, então grande aflição
como nunca houve desde o princípio do mundo até agora,
nem tampouco haverá jamais” Mateus 24:21.
Podemos afirmar que a Grande Tribulação significa aquele
“Dia”, descrito como sendo “O Dia do Senhor”, quando
Pr. VMS 36
Deus irá punir a Nação de Israel por ter rejeitado o Senhor
Jesus, como Seu Messias e por ter pedido “que o seu
sangue caísse sobre eles e sobre os seus filhos, ou sobre
seus descendentes” - Mateus 27:25; também quando Deus
punirá os gentios incrédulos que estão rejeitando o Senhor
Jesus como seu Salvador.
Quando será a Grande Tribulação.
O ponto de partida está no cumprimento das Setenta
Semanas de Daniel, (Dn 9.24-27).
O Anjo Gabriel, falando com Daniel, disse: “Setenta
semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a
tua santa Cidade” Daniel 9:24. Portanto, estas “Setenta
semanas” estão relacionadas, diretamente, com a Nação
de Israel “o teu povo”, e com Jerusalém “a tua santa
Cidade.”
Por analogia com Números 14:34 e Ezequiel 4:6, as
Setenta Semanas foram interpretadas como sendo
Semanas de anos, sendo que cada semana representaria
um período de sete anos, totalizando, portanto, 490 anos.
O próprio Anjo dividiu esse tempo em três períodos:
• um de sete semanas, ou 49 anos;
• outro de sessenta e duas semanas, ou 434 anos;
• outro de uma semana, ou 7 anos.

Pr. VMS 37
O Primeiro Período - Sete Semanas, ou 49 anos. “Desde
a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém”
Daniel 9:25.
Segundo a História a “ordem” foi dada através de um
Decreto assinado pelo Rei Artaxerxes, aproximadamente
em março de 445 a.C. Autorizando Neemias a reedificar o
muro de Jerusalém - Neemias 2:1-9. O muro foi reedificado
e inaugurado em 52 dias - Neemias 6:15.
O período de 49 anos incluía a construção da muralha de
Jerusalém, por Neemias, e a exigência de que um em cada
dez Israelitas construísse uma casa em Jerusalém e para
lá se mudasse (Ne 11.1). Este tempo e estas duas
exigências foram cumpridas.
O Segundo período - Sessenta e duas semanas ou 434
anos. As Sete semanas somadas às Sessenta e duas,
levariam o tempo “até ao Messias, o Príncipe”, conforme
informa o anjo Gabriel. “Sabe e entende: desde a saída da
ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao
Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas
semanas” Daniel 9:24-25.
Isto significa dizer que em 49 anos, ou sete semanas, os
muros e a cidade de Jerusalém, destruídos pelo Exército de
Nabucodonosor, em 586 a.C, seriam reconstruídos.
Depois disto, contando-se mais 434 anos, ou sessenta e
duas semanas, o Senhor Jesus Cristo seria rejeitado pelos

Pr. VMS 38
judeus como sendo o “Messias, o Príncipe”. “Veio para o
que era seu, e os seus não o receberam.” João 1:11
Após a rejeição de Jesus e sua crucificação, o Anjo Gabriel
afirmou que a cidade de Jerusalém, bem como o seu
Templo seriam destruídos pelo Império Romano, que se
levantaria, como Império, cerca de uns 300 anos depois. “E
o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o
santuário” Daniel 9:26.
Observe que, quando o Senhor Jesus afirmou que o Templo
seria destruído – “...Em verdade vos digo que não ficará
aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”. (Mt 24.2),
ele falou com base no que estava escrito.
No ano 70 d.C., Jerusalém e o Templo, foram destruídos,
pelo exército romano comandados pelo general Tito Flávio
Sabino Vespasiano.
Das 70 semanas, cumpriram-se 69. Ficou faltando uma
semana, a septuagésima (70º) semana de Daniel. Os
acontecimentos referentes à esta semana não aparecem
na História. Isto significa que ainda não foram cumpridos.
O Anjo Gabriel disse que as “Setenta Semanas” diziam
respeito a Israel - “Setenta semanas estão determinadas
sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade” (Dn 9.24).
Daniel era Israelita e Jerusalém era a sua cidade.
Sabemos, pela Bíblia, que nesta Dispensação da Graça,
Israel está, temporariamente, rejeitado, como Nação.
Romanos 11.1-29.
Pr. VMS 39
A Dispensação da Graça é o período reservado à formação
da igreja. “Onde não há grego nem judeu, circuncisão nem
incircuncisão, bárbaros, cita, servo ou livre; mas Cristo é
tudo em todos” Colossenses 3:11.
Deus, como que abriu um parêntese no tempo, ou na
história, para dar uma oportunidade para todos os povos,
tribos, e nações, que quiserem fazer parte da Igreja de
Cristo.

Pr. VMS 40
Neste período, que já dura mais de dois mil anos, o relógio
de Deus permanece parado em relação à Nação de Israel.
Porém, ao terminar esta Dispensação da Graça, com o
Arrebatamento da Igreja, então o relógio de Deus voltará a
andar em relação a Israel, porque ficou faltando uma
semana, das setenta que, o anjo Gabriel falou que estavam
determinada para o povo de Daniel - Israel.
Para o cumprimento desta última semana, ou sete anos, o
Anjo Gabriel afirmou que “E ele firmará um concerto com
muitos por uma semana” Daniel 9:27. Este “ele” refere-se

Pr. VMS 41
ao “príncipe, que há de vir”, mencionado no versículo
anterior, que não será outro senão o “Anticristo”.
Assim, chegamos a uma conclusão: a Grande Tribulação
será cumprida durante a 70ª Semana, de Daniel, que,
segundo entendemos, deverá começar logo após O
Arrebatamento da Igreja. VOCÊ ENTENDEU?

O tempo de duração da Grande Tribulação.


“E ele firmará um concerto com muitos por uma semana”
Daniel 9:27.
Conforme vimos no item anterior, a Grande Tribulação, em
relação ao tempo, deve ter seu início logo após o
Arrebatamento da Igreja, e terá a duração de sete anos.
Sua duração será, pois, o tempo compreendido entre a
primeira fase da Segunda Vinda de Jesus, conhecida como
“Arrebatamento da Igreja”, e a segunda fase, conhecida
como “O Dia da Revelação do Senhor”, descrita em
Apocalipse 19:11-21.
Esse tempo de sete anos será dividido em duas partes de
três anos e meio cada uma. “Ele fará firme aliança com
muitos, por uma semana. Na metade da semana, fará
cessar o sacrifício e a oferta de cereais”. Daniel 9:27- (Veja
no gráfico)
No início de seu Governo, o Anticristo firmará um Concerto,
ou uma Aliança com Israel, pelo qual a paz entre Israel e as

Pr. VMS 42
Nações Árabes será assegurada. Israel terá garantias para
Reconstruir o Terceiro Templo e plena liberdade religiosa.
A essa altura dos acontecimentos Israel pensará que o
Anticristo é o Messias. Israel viverá em paz, e em
segurança durante esta primeira metade da semana.
Talvez no final deste período, Israel dirá que, agora “Há paz
e segurança”. Porém, está escrito que: “quando disserem:
Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina
destruição, com as dores de parto àquela que está grávida;
e de modo nenhum escaparão” (1Ts 5:3).
Paulo pode ter escrito isto, baseado no que disse o Anjo
Gabriel, quando afirmou sobre o concerto que o Anticristo
firmaria com os judeus “E ele firmará um Concerto com
muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará
cessar o sacrifício e a oferta de manjares” Daniel 9:27, ou
seja, depois de três anos e meio, o Anticristo irá romper a
Aliança com Israel e determinará o fim das atividades
exercidas no Templo, ou o culto a Deus. “...No meio da
semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do
templo será colocado o sacrilégio terrível...”. Daniel 9:27.
Nesse tempo, pessoalmente, ou através de uma imagem
sua, colocada no Templo, então o Anticristo vai exigir ser
adorado, como deus, por Israel – “de sorte que se
assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus”. (2Ts 2:4).

Pr. VMS 43
Quando isto acontecer Israel descobrirá que ele não era o
Messias. É claro que Israel não irá adorar o Anticristo -
então - “sobre a asa das abominações virá o assolador, e
isso até a consumação; e o que está determinado será
derramado sobre o assolador” Daniel 9:27.
O “assolador” refere-se ao Anticristo, o “ungido de
Satanás”. A expressão “e isso até a consumação”, significa
até o final da 70ª semana, ou seja, mais três anos e meio
após a Aliança ter sido rompida.
Assim, o tempo de duração da Grande Tribulação,
propriamente dita, durará, de forma especial para Israel,
três anos e meio, tempo este correspondente à segunda
metade da 70ª semana.

Para quem será a Grande Tribulação.


A Grande Tribulação está reservada, de forma especial,
para a Nação de Israel, porém, é certo que, de forma
secundária, ela atingirá todos os Povos da Terra.
A Igreja, “A Noiva do Cordeiro”, não passará pela Grande
Tribulação. Ela será arrebatada no último momento desta
Dispensação da Graça. “e esperar dos céus a seu Filho, a
quem ressuscitou dos mortos: Jesus, que nos livra da ira
que há de vir” (1Ts 1.10).

Pr. VMS 44
Israel na Grande Tribulação.
“Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer
que recebe por filho” Hebreus 12:6.
Israel foi escolhido para ser o Povo de Deus, o instrumento
através do qual Deus desenvolveria todo Seu Plano em
relação à Humanidade.
Foi uma escolha pessoal de Deus. Israel nada tinha para
merecer ser escolhido, conforme declarou Moisés “Porque
povo santo és ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te
escolheu, para que lhe fosse o seu povo próprio, de todos
os povos que sobre a terra há. O Senhor não tomou prazer
em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era
mais do que a de todos os povos, pois vós éreis menos em
número do que todos os povos, mas porque o Senhor vos
amava” Deuteronômio 7:6-8.
O Senhor, conforme disse Moisés, não escolheu Israel
porque ele era grande povo, ou uma grande Nação; mas,
porque o amava.
Todavia, a história de desobediência, traições, rebeliões,
idolatria, vem desde o Sinai, logo após Deus ter feito um
Pacto, ou Aliança com Israel.
Israel foi infiel no deserto, foi infiel depois que entrou na
Terra Prometida. Continuou infiel no tempo dos Juízes, em
todo o período da Monarquia.

Pr. VMS 45
Foi levado ao Cativeiro da Assíria e da Babilônia. Ao
retornar continuou infiel. Rejeitou o Messias, foi espalhado
pelo mundo, retornou à sua terra em 14 de maio de 1948 -
porém, Israel continua com seu coração endurecido,
rebelde, não aceitando o Senhor Jesus como Seu Messias,
e Salvador.
Porém, Deus continua amando Israel, e não querendo
perdê-lo como Seu Povo.
Assim, na verdade Deus tem estabelecido um “Dia”, que
hoje sabemos estar próximo, para um acerto de contas com
o Seu Povo, Israel. A Bíblia descreve esse “Dia” como
sendo “O Dia do Senhor”.
O Profeta Sofonias fala desse dia como sendo “O Grande
dia do Senhor”, dizendo: “Aquele dia é um dia de
indignação, dia de angustia e de ânsia, dia de alvoroço e de
desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e
de densas trevas, dia de trombeta e de alarido contra as
cidades fortes e contra as torres altas” Sofonias 1:15-16.
O Profeta Jeremias chama esse dia, como sendo o “tempo
de angústia para Jacó”. “AH! Porque aquele dia é tão
grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de
angústia para Jacó” Jeremias 30:7.
Será tão terrível para Israel, que o Senhor Jesus disse:
“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve
desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco
haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados,
Pr. VMS 46
nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos,
serão abreviados aqueles dias”. Mateus 24:21-22.
Estes “escolhidos” aqui mencionados referem-se aos
filhos de Israel. A Grande Tribulação, propriamente dita,
durará para Israel três anos e meio, ou seja, a segunda
metade da 70ª semana de Daniel.
Israel, sendo o alvo principal, na Grande Tribulação morrerá
muitos israelitas. Porém, como Nação não poderá ser
destruída, totalmente, pois Israel continuará sendo uma
Nação, ou um Povo escolhido por Deus, então “por causa
dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias”, para
que “um remanescente” possa ser salvo.
Como afirmou Paulo, confirmando o que o Profeta Isaias já
havia dito “Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como
a areia do mar, só um resto dele se converterá; uma
destruição está determinada, transbordando de justiça.
Pelo que assim diz o Senhor Jeová dos Exércitos a
executará no meio de toda esta terra”. Isaias 10:22-23 e
Romanos 9:27.
Este “remanescente”, que será salvo da Grande
Tribulação entrará no Milênio e reinará com Cristo “pois o
Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a
quem aceita como filho". Hebreus 12:6

Pr. VMS 47
Esta correção aplicada pelo Senhor cumprirá
seu duplo objetivo:
Primeiro: Castigar Israel por todas suas rebeldias e,
principalmente, por haver rejeitado o Senhor Jesus como
Seu Messias. Conforme disse João - “Veio para o que era
seu, e os seus não o receberam”. (Jo 1.11)
Segundo: Trazer de volta o Seu Povo aos Seus pés.
Conforme disse Zacarias - “E sobre a casa de Davi e sobre
os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça
e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e
o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e
chorarão amargamente por ele, como se chora
amargamente pelo primogênito”. (Zc 12.10).
Os gentios na Grande Tribulação.
(Lc 21.25,26) “E haverá sinais no sol, e na lua, e nas
estrelas, e, na terra, angústia das nações, em
perplexidade pelo bramido do mar e das ondas; homens
desmaiando de terror, na expectação das coisas que
sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão
abalados”.
Como dissemos, a Grande Tribulação se destina, de forma
especial, para Israel, porém, toda terra, todos os povos e
nações serão, também alcançados por ela.
Deus tem um acerto de contas com toda a humanidade -
por causa do pecado – Como disse Isaias - “Porque eis que
Pr. VMS 48
o Senhor sairá do seu lugar para castigar os moradores da
terra, por causa da iniqüidade; e a terra descobrirá o seu
sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos”
Isaias 26:21.
“Porque a indignação do Senhor está sobre todas as
nações, e o seu furor sobre todo o exército delas; ele as
destruiu totalmente, entregou-as à matança. E os mortos
serão arremessados, e do seu corpo subirá o mau cheiro; e
com o seu sangue os montes se derreterão” Isaias 34:2-3.
Fala-se, pois, de mortos em quantidade inumerável e “rios”
de sangue.
Será, realmente, tal como o Senhor Jesus falou - “haverá,
então, grande aflição como nunca houve...” Mateus 24:21.
Ninguém escapará desta “Grande aflição”. Conforme
registrou João na revelação do Apocalipse - “E os reis da
terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os
poderosos, e todo servo, e todo o livre se escondem nas
cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes
e aos rochedos: cai sobre nós e escondei-nos do rosto
daquele que está assentado sobre o trono e da ira do
Cordeiro, por que é vindo o grande dia da sua ira; e quem
poderá subsistir?” Apocalipse 6:15-17.
Toda terra será abalada por terremotos, trovões, sinais no
sol, na lua e nas estrelas; sofrerão aflições sem
precedentes, causada pela fome, pestes e mortos.

Pr. VMS 49
Três eventos marcam os sofrimentos desse
tempo de angústia:
• Sete Selos; Esses juízos são
• Sete Trombetas; sucessivos.
• Sete Taças.
Nos dias da Grande Tribulação, vão acontecer coisas que
não foram reveladas. (Ap 10.4) diz: “E, sendo ouvidas dos
sete trovões as suas vozes, eu ia escrevê-las, mas ouvi
uma voz do céu, que dizia: Sela o que os sete trovões
falaram e não o escrevas.”

OS SETE SELOS (Ap 6.1-17; 8.1-5).


O rompimento dos Selos marca o início da Grande
Tribulação sobre a terra.
O livro selado com sete selos contém uma mensagem para
o “tempo do fim” – o “tempo da ira do Cordeiro”, por essa
razão só Ele é digno de abrir os seus selos e dar sequência
à história (Ap 5.1-7).

PRIMEIRO SELO.
(Ap 6.1,2) E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei
e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de
trovão: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo branco; e o que
estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada
uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer.
Pr. VMS 50
O cavaleiro do cavalo “branco” é o Anticristo, ele aparece
no cenário mundial com seu falso plano de paz
(simbolizado no cavalo branco).
Seus primeiros três anos e meio ele fica camuflado numa
falsa paz. – “Pois que, quando disserem: Há paz e
segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição,
como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo
nenhum escaparão”. (1Ts 5.3).

SEGUNDO SELO.
(Ap 6.3,4) E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o
segundo animal, dizendo: Vem e vê! E saiu outro cavalo,
vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que
tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e
foi-lhe dada uma grande espada.
O cavalo “vermelho” simboliza vingança, guerra, morte e
violência. Este cavaleiro recebeu ordem para tirar a paz da
terra, aquela paz aparente do cavalo branco.
O que será da terra sem a paz? O texto diz: “Foi lhe dado
uma grande espada”. Simbolizando o tamanho das guerras
que vai assolar a terra nos dias da Tribulação.
Essas guerras são os primeiros estágios da campanha do
Armagedom.

Pr. VMS 51
TERCEIRO SELO.
(Ap 6.5,6) E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro
animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto;
e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na
mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia:
Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de
cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
A cor “Preta” descreve a fome e a destruição – “Mas agora
estão mais negros do que o carvão; não são reconhecidos
nas ruas. Sua pele enrugou-se sobre os seus ossos;
parecem agora madeira seca”. Lamentações 4:8 (NVI)
(Lm 5.10) “Nossa pele se enegreceu como um forno, por
causa do ardor da fome”.
O cavaleiro do cavalo preto tinha uma balança na mão. A
balança fala de racionalização de alimentos de primeira
necessidade. – “Então, me disse: Filho do homem, eis que
eu torno instável o sustento de pão em Jerusalém, e
comerão o pão por peso e com desgosto; e a água beberão
por medida e com espanto” (Ez 4.16).
“...Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de
cevada por um denário” (Ap 6.6).
Haverá escassez de produtos básicos de sobrevivência, e
a carestia será grande. Haverá fome em toda a terra.
“Uma medida” (aproximadamente um litro) por um denário
isto é equivalente o salário de um dia de trabalho. Conforme
Pr. VMS 52
está em Mateus 20.2 – “E, ajustando com os trabalhadores
a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha”.
Isto é uma alimentação para uma pessoa. E a família?

QUARTO SELO.
(Ap 6.7,8) E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do
quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo
amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por
nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para
matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e
com peste, e com as feras da terra.
O cavaleiro do cavalo amarelo tinha por nome morte, e o
inferno o seguia.
A morte e o inferno são aqui representados: A morte
ceifando os corpos e o inferno ceifando as almas.
A morte e o inferno são os dois guardiões respectivos dos
corpos e almas dos homens – “... E a morte e o inferno
deram os mortos que neles havia” (Ap 20.13b).
A este cavaleiro foi-lhe dado poder para matar a quarta
parte da terra com:
• Espada = Guerra.
• Fome = A grande escassez de alimentos.
• Peste = Doenças.

Pr. VMS 53
• Feras da terra = Além de animais bravios pode
significar uma multiplicação de vírus e bactérias
destrutivas.

QUINTO SELO.
(Ap 6.9-11) E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do
altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra
de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam
com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo
Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra? E a cada um foi dada uma comprida
veste branca e foi-lhes dito que repousassem ainda um
pouco de tempo, até que também se completasse o número
de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos
como eles foram.
Quando é aberto o quinto selo, João vê o que está
acontecendo no céu. “...vi debaixo do altar as almas dos
que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor
do testemunho que deram”. (Ap 6:9).
Ele contempla “as almas” dos que foram martirizados por
amor da Palavra de Deus e causa da sua fé em Cristo.
São pessoas que ficaram no Arrebatamento da Igreja e
outras que creram após o arrebatamento, agora se tornam
testemunhas autenticas de Jesus e são martirizados.

Pr. VMS 54
A cada uma foi dada uma comprida vestes brancas. O
branco é o traje característico do céu.
O período da tribulação será um tempo terrível de
perseguição para quem crer no evangelho e permanecer
fiel a Deus e a sua Palavra.

SEXTO SELO.
(Ap 6.12-17) Em seguida vi o Cordeiro quebrar o sexto selo.
Houve um violento terremoto, o sol se tornou negro como
uma roupa de luto, e a lua ficou toda vermelha como
sangue. As estrelas caíram do céu sobre a terra, como os
figos verdes caem da figueira sacudida por um vento forte.
O céu desapareceu como um rolo de papel que se enrola
de novo, e todos os montes e ilhas foram tirados dos seus
lugares. Então os reis do mundo inteiro, os governadores e
os chefes militares, os ricos e os poderosos e todas as
outras pessoas, escravas ou livres, se esconderam nas
cavernas e debaixo das rochas das montanhas. E gritavam
para os montes e para as rochas: —Caiam sobre nós e nos
escondam dos olhos daquele que está sentado no trono e
nos protejam da ira do Cordeiro! Pois já chegou o grande
dia da ira deles, e quem poderá aguentá-la?
Os juízos catastróficos de Deus, descritos aqui, abrangem
tremores físicos no mundo, comoções cósmicas, densas
trevas e terror para todos os habitantes da terra, cumprindo
assim o que disse Jesus – “homens desmaiando de terror,

Pr. VMS 55
na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo,
porquanto os poderes do céu serão abalados”. (Lc 21.26).
O sol tornou-se negro como saco de cilício. A lua tornou-se
como sangue. E as estrelas caíram do céu. É o
cumprimento da profecia de Joel. (800 a.C.) – “O sol se
converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha
o grande e terrível dia do SENHOR” (Jl 2.31).
Jesus também falou sobre este acontecimento. – “E, logo
depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua
não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as
potências dos céus serão abaladas”. (Mt 24.29)
Esses fenômenos acontecerão produzidos por forças
sobrenaturais descarregadas pelo poder de Deus.
Conforme profetizou Naum – “O SENHOR é um Deus
zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e
é cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus
adversários e guarda a ira contra os seus inimigos”. (Na
1.2).
O Apóstolo João observa que na abertura do sexto selo o
céu enrolou-se como um livro – “O céu desapareceu como
um rolo de papel que se enrola de novo.” (Ap 6.14a).
Isto é exatamente o que profetizou Isaias – “E todo o
exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como
um livro, e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide
e como cai o figo da figueira”. (Is 34.4)

Pr. VMS 56
Esse acontecimento se consolidará (1000 anos depois).
Cumprindo o que escreveu o Apóstolo Pedro – “O dia do
Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão
com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos
pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada.
Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é
necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e
piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua
vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os
elementos se derreterão pelo calor. Todavia, de acordo com
a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde
habita a justiça”. 2 Pedro 3:10-13 - NVI
Todo o sistema do universo sofrerá uma mudança total para
dar lugar ao Novo céu e Nova Terra. Como escreveu João
– “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira
terra passaram, e o mar já não existe”. (Ap 21.1)
Na abertura do sexto selo “...todos os montes e ilhas foram
removidos de seu lugar”. (Ap 6.14b). Esta catástrofe se
consolidará no juízo da sétima taça que diz: - “Todas as
ilhas fugiram, e as montanhas desapareceram” (Ap 16.20).
Toda a terra sofrerá uma gigantesca transformação em toda
sua superfície como profetizou Isaias. - “Vejam! O Senhor
vai arrasar a terra e devastá-la; arruinará sua superfície e
espalhará seus habitantes. A terra será completamente
arrasada e totalmente saqueada. Quem falou esta palavra
foi o Senhor. A terra está contaminada pelos seus
habitantes, porque desobedeceram às leis, violaram os
Pr. VMS 57
decretos e quebraram a aliança eterna. Por isso a maldição
consome a terra, e seu povo é culpado. Por isso os
habitantes da terra são consumidos pelo fogo, ao ponto de
sobrarem pouquíssimos” Isaías 24:1,3,5,6.
Diante destes acontecimentos, grande angustia tomará
conta de todos - “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos,
e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se
esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e
diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e
escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o
trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande Dia da
sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6.15-17).
Na visão, o Apóstolo João presenciou que as pessoas se
escondiam nas cavernas e nas rochas, porém, não tem
como fugir dos olhos de Deus, como falou o salmista - “Para
onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua
face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha
cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da
alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão
me guiará e a tua destra me susterá. Se disser: decerto
que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda
de mim. Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a
noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti
a mesma coisa”. (Sl 139.7-12).
O escritor da carta aos hebreus também falou sobre isto
quando disse – “E não há criatura alguma encoberta diante

Pr. VMS 58
dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos
olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13).
Nós sabemos que a tendência do homem sempre foi de
tentar se esconder, desde o dia em que ele pecou, como
está escrito em Gênesis 3.8 – “E ouviram a voz do
SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do
dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do
SENHOR Deus, entre as árvores do jardim”.
Mas como Deus é rico em misericórdia Ele concede tempo
para o homem se arrepender, como disse o Apóstolo Pedro
– “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns
a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não
querendo que alguns se percam, senão que todos venham
a arrepender-se” (2Pe 3.9).
Porém, Deus não tem o culpado por inocente, como
profetizou o profeta Naum – “O SENHOR é tardio em irar-
se, mas grande em força e ao culpado não tem por
inocente” (Na 1.3a).
É importante saber, que há limite a sua bondade e
paciência. Os que persistem na iniqüidade acabarão como
objeto da ira divina – “porque é vindo o grande Dia da sua
ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6.17).

Pr. VMS 59
SEÇÃO PARENTÉTICA - (Ap 7.1-17)
A seção parentética é um quadro explicativo entre o sexto
e o sétimo selo, onde João contempla dois grupos de
pessoas:
1. OS 144000 ASSINALADOS.
(Ap 7.1-4) “Depois disso vi quatro anjos de pé nos quatro
cantos da terra, retendo os quatro ventos, para impedir que
qualquer vento soprasse na terra, no mar ou em qualquer
árvore. Então vi outro anjo subindo do Oriente, tendo o selo
do Deus vivo. Ele bradou em alta voz aos quatro anjos a
quem havia sido dado poder para danificar a terra e o mar:
"Não danifiquem nem a terra, nem o mar nem as árvores,
até que selemos as testas dos servos do nosso Deus".
Então ouvi o número dos que foram selados: cento e
quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel”.
Os 144 mil assinalados são das tribos de Israel. Como ficou
bem entendido na visão – “E ouvi o número dos
assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil
assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Ap 7.4).
O Selo é uma identificação na pessoa como pertencente a
Deus e sob seu cuidado – “Não danifiqueis a terra, nem o
mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa
os servos do nosso Deus”. (Ap 7.3)
O selo de Deus sobre os 144 mil, é de proteção. Como
vimos na praga dos gafanhotos - “E foi-lhes dito que não

Pr. VMS 60
fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem
a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm
na testa o sinal de Deus” (Ap 9.4).
Exemplo: O profeta Ezequiel descreve uma companhia de
homens que foram assinalados para proteção dos juízos de
Deus sobre Jerusalém (era o remanescente do tempo do
cativeiro) (Ez 9.1-11).
Os 144 mil serão assinalados no início da Grande
Tribulação são preservados na terra para pregarem as
Boas Novas do Reino. – “E este evangelho do Reino será
pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
gentes, e então virá o fim” (Mt 24.14).
O Evangelho do Reino foi pregado por João Batista e
depois por Jesus, mas, como o Rei Jesus foi rejeitado e
morto, daí não se prega mais o Evangelho do Reino e sim
o Evangelho da Graça, não é outro Evangelho e sim a
multiforme do Evangelho.
Quando a Igreja for arrebatada então se iniciará a pregação
das boas novas do Reino que Cristo implantará na terra
depois da Grande Tribulação.

VOCÊ ENTENDEU?

Pr. VMS 61
2. OS MÁRTIRES NA GLÓRIA. (Ap 7.9-17).
Este segundo grupo é diferente dos 144 mil que eram das
tribos de Israel. Estes são de todas as nações da terra.
Quanto a sua posição também é diferente: Os 144 mil
estavam na terra estes estão diante do trono. – “Depois
destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual
ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e
povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o
Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas
mãos” (Ap 7.9).
Esta multidão são aqueles que ao abrir o quinto selo
estavam sendo martirizados, e suas almas aguardavam
debaixo do altar (Ap 6.9-11). Eles são salvos pelo sangue
do Cordeiro. - “Estes são os que vieram de grande
tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no
sangue do Cordeiro”. (Ap 7.14b)
Eles estarão diante do trono de Deus, livre de qualquer
sofrimento. Como viu o Apóstolo João na visão – “Por isso
estão diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite
no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono
os cobrirá com a sua sombra. Jamais terão fome, nunca
mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor
algum, porque o Cordeiro que está no meio do trono os
apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas
da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima” (Ap
7.15-17).
Pr. VMS 62
Esses mártires da Grande Tribulação ressuscitarão por
ocasião do estabelecimento do reino de Cristo. Para reinar
com Ele os mil anos sobre a terra. Como escreveu João –
“E vi as almas daqueles que foram degolados pelo
testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não
adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o
sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo
durante mil anos” (Ap 20.4b).

SÉTIMO SELO
(Ap 8.1-5) E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio
no céu quase por meia hora. E vi os sete anjos que estavam
diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas. E veio
outro anjo e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de
ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as
orações de todos os santos sobre o altar de ouro que está
diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as
orações dos santos desde a mão do anjo até diante de
Deus. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do
altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e
trovões, e relâmpagos, e terremotos.
Este silêncio representa uma breve pausa entre duas
séries: O juízo dos selos e trombetas. É sem dúvida a
calma que costuma preceder a tempestade.

Pr. VMS 63
Quando o sétimo selo é aberto, são revelados os juízos das
sete trombetas. – “E vi os sete anjos que estavam diante de
Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas” (Ap 8.2).

AS SETE TROMBETAS
(Ap 8.6-13; 9.1-21; 11.15-19).
As sete trombetas são a continuação dos juízos de Deus
após o sétimo selo.
Os juízos das trombetas são parciais, ao passo que os
juízos das taças são mais severos porque atinge de modo
geral.

PRIMEIRA TROMBETA.
(Ap 8.7) E o primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva
e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra,
que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça
parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada.
Saraiva e fogo misturado com sangue. Essas três
substâncias são juízos esmagadores que Deus usa no
campo do castigo. (Ex 9.22-25; Ez 38.22).
Deus tem um tesouro de saraiva preparado para este
tempo de angústia. Como Ele revelou a Jó – “Acaso você
entrou nos reservatórios de neve, já viu os depósitos de
saraiva, que eu guardo para os períodos de tribulação, para
os dias de guerra e de combate?” Jó 38:22,23.

Pr. VMS 64
Com essa praga foi queimada a terça parte da terra.
Esses acontecimentos não são simbólicos mais reais!
Lembre-se que Jesus disse que essas coisas “hão de
acontecer” (Ap 1.19).
O julgamento é limitado a uma terça parte do mundo,
porque o propósito é advertir as pessoas para que se
arrependam.

SEGUNDA TROMBETA.
(Ap 8.8,9) O segundo anjo tocou a sua trombeta, e algo
como um grande monte em chamas foi lançado ao mar. Um
terço do mar transformou-se em sangue, morreu um terço
das criaturas vivas do mar e foi destruído um terço das
embarcações.
Ao toque da segunda trombeta foi lançada ao mar uma
coisa como um grande monte em chamas, (pode ser um
meteorito). Essa praga faz tornar em sangue a terça parte
do mar. Como aconteceu nas águas do Egito (Ex 7.20,21).
Morre a terça parte da vida marinha. Essa praga se
consolidará na segunda taça como escreveu João. - “E o
segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou
em sangue como de um morto, e morreu no mar toda alma
vivente” (Ap 16.3).
Outra catástrofe é que um terço dos navios que estavam no
mar foi destruído. Isto trará um desespero terrível para toda
Pr. VMS 65
a humanidade como disse Jesus – “E, na terra, todas as
nações ficarão desesperadas, com medo do terrível barulho
do mar e das ondas” (Lc 21.25b NTLH).

TERCEIRA TROMBETA.
(Ap 8.10,11) E o terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do
céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu
sobre a terça parte dos rios e sobre as fontes das águas. E
o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas
tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das
águas, porque se tornaram amargas.
Com o toque da terceira trombeta caiu do céu uma grande
estrela chamada “Absinto”. Absinto é uma planta amarga,
que representa o julgamento divino e a tristeza humana. –
“Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de
Israel: Eis que darei de comer absinto a este povo e lhe
darei a beber água de fel”. (Jr 9.15).
Esta estrela atingiu um terço dos rios e fontes de água e
ficaram contaminadas, e muitos morreram por causa das
águas.
O sofrimento será sem igual!

Pr. VMS 66
QUARTA TROMBETA.
(Ap 8.12,13) E o quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a
terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das
estrelas, para que a terça parte deles se escurecesse, e a
terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a
noite. E olhei e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo
com grande voz: Ai! Ai! Ai dos que habitam sobre a terra,
por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos
que hão de ainda tocar!
No toque desta trombeta um terço do sol da lua e das
estrelas deixará de brilhar.
Podemos imaginar a angústia e perplexidade dos
habitantes do mundo diante dos acontecimentos cada vez
maiores e piores. Como disse Jesus – “Homens
desmaiando de terror, na expectação das coisas que
sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão
abalados” (Lc 21.26).
Agora durante uma terça parte do dia e da noite as luzes
celestes não brilharão, mas procederão normais durante o
resto do tempo.
Na sequência dos acontecimentos João viu um anjo voar
pelo meio do céu clamando um tríplice ai de lamentação –
“E olhei e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com
grande voz: ai, ai, ai dos que habitam sobre a terra” (Ap
8.13).

Pr. VMS 67
O tríplice ai de lamentação é para advertir que os três
próximos julgamentos será muito mais intenso e devastador
do que os que passaram.

QUINTA TROMBETA
(Ap 9.1-12) E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma
estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do
poço do abismo.
2 E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como
a fumaça de uma grande fornalha e, com a fumaça do poço,
escureceu-se o sol e o ar.
3 E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes
dado poder como o poder que têm os escorpiões da terra.
4 E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem
a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos
homens que não têm na testa o sinal de Deus.
5 E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por
cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era
semelhante ao tormento do escorpião quando fere o
homem.
6 E naqueles dias os homens buscarão a morte e não a
acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.
7 E o aspecto dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos
aparelhados para a guerra; e sobre a sua cabeça havia

Pr. VMS 68
umas como coroas semelhantes ao ouro; e o seu rosto era
como rosto de homem.
8 E tinham cabelos como cabelos de mulher, e os seus
dentes eram como de leão.
9 E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das
suas asas era como o ruído de carros, quando muitos
cavalos correm ao combate.
10 E tinham cauda semelhante à dos escorpiões e aguilhão
na cauda; e o seu poder era para danificar os homens por
cinco meses.
11 E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era
o seu nome Abadom, e em grego, Apoliom.
12 Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois
ais.
Com o toque desta trombeta, João viu uma estrela que
havia caído do céu na terra.
Obs: A palavra estrela tem sentido maleável; pode
significar um homem ou um ser angelical, santo ou decaído
(Gn 37.9; Ap 1.20; Is 14.12).
Esta estrela é um anjo que executa o julgamento divino; no
versículo dois é citado como “ele”.
E foi lhe dada à chave do poço do abismo. A Palavra
“chave” significa a autoridade concedida ao anjo, para
soltar os espíritos maus que estão em prisão.

Pr. VMS 69
O Apóstolo João registrou os acontecimentos, quando o
abismo foi aberto – “E abriu o poço do abismo, e subiu
fumaça do poço como a fumaça de uma grande fornalha e,
com a fumaça do poço, escureceu-se o sol e o ar” (Ap 9.2).
Isso representa o pavor e a angústia que agora vem no
primeiro “aí” para todos os habitantes do mundo.
“E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra” (Ap 9.3).
Estes gafanhotos não são seres normais, mas, são anjos
decaídos que, por expressa ordem de Deus estão
aprisionados no poço do abismo em escuridão – “Porque,
se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas,
havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da
escuridão, ficando reservados para o Juízo”. (2Pe 2.4).
(Jd v.6) “E aos anjos que não guardaram o seu principado,
mas deixaram a sua própria habitação, reservou na
escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande
Dia”.
A estes seres infernais foram dados uma ordem – “E foi-
lhes dito que não fizessem dano à erva da terra” (Ap 9.4).
Esta é uma prova de que esses seres não são normais e
sim um vultuoso número de demônios que imergem do
abismo literalmente.
Observe que os gafanhotos normais eles não tem rei
conforme está escrito em Provérbios – “os gafanhotos, que
não têm rei, contudo, avançam juntos em fileiras” (Pv
30.27).
Pr. VMS 70
Porém, estes gafanhotos que sobem do abismo têm sobre
si um rei – “E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em
hebreu era o seu nome Abadom, e em grego, Apoliom” (Ap
9.11).
Esta praga de gafanhotos infernais tem um período
determinado para atormentar os seres humanos. “...E foi-
lhe permitido que atormentassem os homens por cinco
meses...” (Ap 9.5). O período de tormento (cinco meses) é
exatamente a extensão normal da vida de um gafanhoto
comum.
O tormento causado por estes seres infernais será
semelhante a dor da picada (ou ferroada) do escorpião.
“...E o seu tormento era semelhante ao tormento do
escorpião quando fere o homem” (Ap 9.5b).
Será horrível! Isto é o cumprimento do que disse Jesus –
“homens desmaiando de terror, na expectação das coisas
que sobrevirão ao mundo”. (Lc 21.26a).
Durante os cinco meses da praga ninguém morrerá na
terra. “E naqueles dias os homens buscarão a morte e não
a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles” (Ap
9.6). O sofrimento será tão terrível que as pessoas
desejarão morrer, mas não lhes será possível (por cinco
meses).
O pecado leva o ser humano a esse extremo, em vez de
arrepender-se as pessoas desejam morrer. Cumprindo o

Pr. VMS 71
que disse o Apóstolo Paulo “Porque o salário do pecado é
a morte” (Rm 6.23).
Só estarão livres dessa praga os que têm o selo de Deus
(os 144000) “E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva
da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas
somente aos homens que não têm na testa o sinal de
Deus”. (Ap 9.4). Cf. (Ap 7.3,4).
O primeiro aí passou. Eis que, depois destas coisas, vêm
ainda dois ais (Ap 9.12).

SEXTA TROMBETA
(Ap 9.13-21) E tocou o sexto anjo a trombeta, e ouvi uma
voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro que estava
diante de Deus,
14 a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os
quatro anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates.
15 E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados
para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça
parte dos homens.
16 E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos
milhões; e ouvi o número deles.
17 E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles
cavalgavam tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de
enxofre; e a cabeça dos cavalos era como cabeça de leão;
e de sua boca saía fogo, e fumaça, e enxofre.
Pr. VMS 72
18 Por estas três pragas foi morta a terça parte dos
homens, isto é, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que
saíam da sua boca.
19 Porque o poder dos cavalos está na sua boca e na sua
cauda, porquanto a sua cauda é semelhante a serpentes e
tem cabeça, e com ela danificam.
20 E os outros homens, que não foram mortos por estas
pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos,
para não adorarem os demônios e os ídolos de ouro, e de
prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem
podem ver, nem ouvir, nem andar.
21 E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das
suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem das suas
ladroíces.
E tocou o sexto anjo a trombeta e ouvi uma voz (Ap 9.13).
O Apóstolo João não identificou a voz que vinha das quatro
pontas do altar de ouro, mas certamente foi a voz de Deus.
“A qual dizia... Solta os quatro anjos que estão presos” (Ap
9.14). São anjos decaídos, visto que os anjos santos não
vivem presos.
Eles são soltos para comandar uma cavalaria infernal de
200 milhões (Ap 9.15,16). Que têm hora dia mês e ano para
matar a terça parte dos homens.

Pr. VMS 73
O Apóstolo João descreve a visão e diz: Assim vi os cavalos
(seres demoníacos); e os que sobre eles cavalgavam (os
demônios). (Ap 9.17-19).
Os cavalos (seres demoníacos) tinham: Cabeça de leão.
Cauda semelhante serpentes, e tinham cabeças. Da boca
dos cavalos saíam fogo, fumaça e enxofre.
Os cavaleiros (demônios) tinham couraças de:
• Fogo = vermelho fogoso.
• Jacinto = Azul fumegante.
• Enxofre = amarelo sulfúrico.
Com esta praga (fogo, fumaça e enxofre), foi morta a terça
parte dos homens (Ap 9.18,19).
• Fogo: morre carbonizado.
• Fumaça: morre asfixiado.
• Enxofre: morre derretido como metal em estado de
fusão.
Isto relembra o julgamento de Deus contra Sodoma e
Gomorra.
(Gn 19.24) “Então, o SENHOR fez chover enxofre e fogo,
do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra.”
(Jd 1.7) “assim como Sodoma, e Gomorra, e as cidades
circunvizinhas, que, havendo-se corrompido como aqueles
e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo
a pena do fogo eterno”.

Pr. VMS 74
(Dt 29.23) “...Será como a destruição de Sodoma e
Gomorra, de Admá e Zeboim, que o Senhor destruiu com
ira e furor”.
Os homens que não foram mortos por estas pragas não se
arrependeram de seus pecados (Ap 9.20,21).

SEÇÃO PARENTÉTICA
(Ap 10.1-11; 11.1-14).
Agora temos uma pausa entre a sexta e a sétima trombeta,
abre-se um parêntese e dois eventos se destacam.
1. O ANJO E O LIVRINHO. (Ap 10.1-11).
“Vi outro anjo forte descendo do céu” (v.1). Este anjo “forte”
é da mesma categoria daquele do capítulo cinco e versículo
dois. Que perguntava: “Quem é digno de abrir o livro e de
desatar os seus selos?”.
“Vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava
o arco celeste” (v.1). Vestido de uma nuvem (simboliza a
glória divina). Por cima da cabeça o Arco-íris (símbolo da
aliança de Deus com a terra) (Gn 9.12-16).
“Tinha na mão um livrinho aberto” (v.2). Isso significa uma
mensagem universal.
“Pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra”
(v.2). Isso representa que o Senhor tem domínio sobre toda
região. (cf. Dt 11.24; Js 1.3; Sl 8.6)
Pr. VMS 75
“Os sete trovões fizeram soar suas vozes” (vv.3,4). Isto fala
do aspecto da ira e julgamento de Deus (Ap 8.5; 11.19;
16.18). O que os trovões disseram é um segredo. Isto indica
que ninguém sabe de antemão tudo o que vai acontecer
naquele tempo de angústia.
“Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua
trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou
aos profetas, seus servos”. (v.7). Trata-se das profecias que
terão seu cumprimento, na vinda de Cristo em glória para
estabelecer o seu reino sobre a terra (o milênio).
O Apóstolo João recebe uma ordem para tomar e comer o
livrinho que estava na mão do anjo (vv.8-10). (isto é
simbólico).
O doce e amargo: Fala do misto de benção e maldição
contidas na mensagem que João deveria transmitir (v.11).
O profeta Ezequiel teve uma experiência semelhante. (Ez
3.3).

2. AS DUAS TESTEMUNHAS. (Ap 11.3-14).


“E darei poder às minhas duas testemunhas” (v.3). Essas
duas personagens vão ministrar durante 1260 dias,
vestidas de pano de saco. Esta vestimenta simboliza o
descontentamento com as coisas da maneira como elas
estão.

Pr. VMS 76
Obs: “Não se sabe quem são as duas testemunhas,
mas vão surgir para demonstrar um testemunho de
grande poder”.
Por que duas testemunhas? Segundo a lei mosaica o
testemunho de duas pessoas era verdadeiro. “...Pela boca
de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o negócio”.
(Dt 19.15).
Deus sempre usou assim para testemunhar à sua obra:
• Para falar com Faraó foram usados por Deus Moisés e
Arão (Ex 5.1).
• Para testificar da ressurreição de Jesus dois anjos (Jo
20.12).
• Para testemunho da ascensão de Cristo dois anjos (At
1.10).
Durante o período do seu testemunho serão intocáveis. “E,
se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e
devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer
mal, importa que assim seja morto” (Ap 11.5).
A virtude que operou no ministério de Elias e Moisés estará
sobre eles. (Isto não quer dizer que sejam Elias e Moisés).
“Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova
nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para
convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte
de pragas, quantas vezes quiserem”. (Ap 11.6). Estas
virtudes vemos no ministério de Elias e Moisés (1Rs 17.1;
Tg 5.17; 1Rs 1.10-12; Ex 7.19-21).
Pr. VMS 77
Quando acabarem seu testemunho: O Anticristo os vencerá
e os matará. “E, quando acabarem o seu testemunho, a
besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as vencerá, e
as matará”. (Ap 11.7).
Seus corpos ficarão na praça de Jerusalém por três dias e
meio, e não será permitido que sejam sepultadas. “E jazerá
o seu corpo morto na praça da grande cidade que,
espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu
Senhor também foi crucificado” (Ap 11.8).
“E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações
verão seu corpo morto por três dias e meio, e não permitirão
que o seu corpo morto seja posto em sepulcros” (Ap 11.9).
Os habitantes da terra se regozijarão com a morte das duas
testemunhas. “E os que habitam na terra se regozijarão
sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos
outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado
os que habitam sobre a terra” (Ap 11.10).
E depois daqueles três dias e meio: As duas testemunhas
receberão o espírito de vida e ressuscitarão. Grande temor
cairá sobre os que presenciarem aquela cena. “E, depois
daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus,
entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande
temor sobre os que os viram” (Ap 11.11).
Após ressuscitarem elas são chamadas por Deus e sobem
ao céu em uma nuvem. “E ouviram uma grande voz do céu,

Pr. VMS 78
que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem;
e os seus inimigos os viram” (Ap 11.12).
Naquela mesma hora: Acontece um grande terremoto.
Cai a décima parte da cidade de Jerusalém. Morrem sete
mil pessoas no terremoto. As demais ficaram atemorizadas,
e deram glória ao Deus do céu. “É passado já o segundo
aí” (v.14).

SÉTIMA TROMBETA
(Ap 11.15-19) E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no
céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram
a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para
todo o sempre.
16 E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em
seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre seu rosto e
adoraram a Deus,
17 dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus Todo-
Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste
o teu grande poder e reinaste.
18 E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos
mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o
galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que
temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de
destruíres os que destroem a terra.

Pr. VMS 79
19 E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu
concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e
vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva
O toque da sétima trombeta foi predito pelo anjo do livrinho
(Ap 10.7). Este toque abrange eventos que se estende até
a Volta de Cristo em glória, e que incluem, portanto, os
julgamentos das sete taças a partir do capítulo 16.
O Apóstolo João observa que: “Abriu-se no céu o templo de
Deus” (Ap 11.19). O céu aqui no texto é a habitação de
Deus. Em Apocalipse 21.22, diz: “E nela não vi templo” mas
se trata da Jerusalém celeste, a morada dos remidos.
Com o toque da sétima trombeta “...houve relâmpagos e
vozes, e trovões e terremotos e grande saraiva” (Ap 11.19).
São expressões da ira e julgamento divino.

AS SETE TAÇAS
Os capítulos 15 e 16 de Apocalipse registram os sete
últimos juízos que Deus enviará sobre o mundo nos dias da
Grande Tribulação.
O Apóstolo João diz: “E vi outro grande e admirável sinal no
céu: sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque
nelas é consumada a ira de Deus” (Ap 15.1).
Este mundo que durante muitos milênios de sua história
sempre vem acumulando pecado sobre pecado, até o

Pr. VMS 80
transbordar a medida da ira do TODO PODEROSO. Agora
chegou o tempo de acertar as contas com o criador.
No início é apresentado uma seção parentética onde os
mártires da Grande Tribulação fazem parte de um grande
coral e cantam o “hino da vitória”.
Estes mártires que no abrir quinto selo estavam sendo
martirizados (Ap 6.9). Na seção parentética do capítulo sete
eles são visto em pé diante do trono trajando vestes
brancas e com palmas em suas mãos (Ap 7.9).
Aqui nesta visão eles são vistos cantando num grande
coral. “Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e
os vencedores da besta, da sua imagem e do número do
seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo
harpas de Deus; e entoavam o cântico de Moisés, servo de
Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e
admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-
Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó
Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu
nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as
nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos
de justiça se fizeram manifestos” (Ap 15.2-4).
O cântico de Moisés: É o cântico da vitória sobre o inimigo
(Ex 15).
O Cântico do Cordeiro: É o Cântico da redenção (Jo 1.29;
Ap 5.9-14).

Pr. VMS 81
Depois deste cenário o Apóstolo João tem uma visão
diferente. “Abriu-se no céu o santuário” (Ap 15.5). Um
templo semelhante o tabernáculo do AT (Ex 32.15;
40.34,35; Nm 17.7).
Os Sete anjos que tinham as pragas saíram do templo (Ap
15.6). É o último julgamento divino contra o mundo pecador.
Neste momento “O templo se encheu de fumaça da glória
de Deus” (Ap 15.8). Ninguém podia entrar no templo para
interceder para interromper o justo juízo divino.
O TODO PODEROSO decretou o justo juízo do pecado que
será completo e sem misericórdia.
O apóstolo João diz que ouvi uma grande voz que dava
ordem aos sete anjos: “E ouvi, vinda do templo, uma grande
voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra
as sete taças da ira de Deus” (Ap 16.1).
Os juízos das sete taças atingem a terra de forma total.

PRIMEIRA TAÇA.
(Ap 16.2) E foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a
terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que
tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.
O juízo dessa taça é uma chaga maligna. Estas feridas
abertas indicam desespero, e já um prenuncio da angústia
do inferno.

Pr. VMS 82
SEGUNDA TAÇA
(Ap 16.3) E o segundo anjo derramou a sua taça no mar,
que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no
mar toda alma vivente.
No juízo da segunda taça, o mar se tornou em sangue.
Como um morto deitado em seu próprio sangue coagulado.
Com esta praga morreu todos os seres viventes do mar.
Você já imaginou quanto será horrível.
O mar cobre 70,8% do globo isto é 361 milhões km2 de
água. Todas essas águas viram sangue literalmente.
Lembre-se que Jesus disse que “essas coisas hão de
acontecer” (Ap 1.19).
Prezado, como estás para encontrar-te com Jesus? Só Ele
pode nos livrar destes dias de sofrimento sem igual. Como
escreveu o Apóstolo Paulo – “e esperar dos céus a seu
Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que
nos livra da ira futura”. (1Ts 1.10).

TERCEIRA TAÇA.
(Ap 16.4-7) E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios
e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.
5 E ouvi o anjo das águas que dizia: Justo és tu, ó Senhor,
que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas.

Pr. VMS 83
6 Visto como derramaram o sangue dos santos e dos
profetas, também tu lhes deste sangue a beber; porque
disto são merecedores.
7 E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor,
Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus
juízos.
Com o juízo da terceira taça os rios e fontes de água se
tornaram em sangue. Um exemplo disto é o que aconteceu
na terra do Egito (Ex 7.14-25).
Esse juízo é causado pelo grande derramamento de
sangue pelo homem. Deus agora lhes dará sangue a beber.
Uma justa retribuição como está escrito em Gálatas 6.7 –
“Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o
homem semear, isso também ceifará”.
Será uma das mais horrendas pragas quando os homens e
os animais terão somente sangue coagulado para beber.

QUARTA TAÇA.
(Ap 16.8,9) E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o
sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.
E os homens foram abrasados com grandes calores, e
blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas
pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.

Pr. VMS 84
Uma grande onda de calor insuportável se espalhará por
toda a terra. “Os homens foram abrasados com grandes
calores”.
Imagine a angústia que as pessoas experimentarão ao
serem abrasados por esse calor intenso, e sem água
potável para beber, pois as águas se tornaram em sangue.
Os homens blasfemaram de Deus por causa desta praga,
e não se arrependeram.
A blasfêmia, tem sua raiz no interior do coração do homem.
Foi assim que Jesus falou – “Porque do interior do coração
dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as
prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as
maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a
soberba, a loucura”. (Mc 7.21,22).
Aqueles que estão com Cristo nada disso sofrerão. Diz a
Bíblia: Elas nunca mais terão fome nem sede. Nem o sol
nem qualquer outro calor forte as castigará (Ap 7.16 NTLH).

QUINTA TAÇA.
(Ap 16.10,11) E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o
trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens
mordiam a língua de dor. E, por causa das suas dores e por
causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu e não
se arrependeram das suas obras.

Pr. VMS 85
A quinta taça foi derramada sobre o trono da besta. Este
trono é obra prima de satanás. – “E o dragão deu-lhe o seu
poder, e o seu trono, e grande poderio” (Ap 13.2b).
Este juízo põe em confusão o domínio mundial do
Anticristo. “e o seu reino se fez tenebroso” (Ap 16.10b).
Esse juízo tem um paralelo com a nona praga do Egito (Ex
10.22,23).
Esse julgamento é centralizado no seu quartel-general e
nos seus seguidores. A Bíblia diz: “os homens mordiam a
língua de dor”. Essa expressão é a única na Bíblia e indica
uma agonia mais intensa e cruciante.
Por causa de suas dores e chagas os homens blasfemaram
do Deus do Céu (Ap 16.11). As chagas que saíram nos
homens no juízo da primeira taça agora se tornam mais
intensa, a ponto de morder a língua de dor. Por isso que
Jesus disse que haverá “homens desmaiando de terror, na
expectação das coisas que sobrevirão ao mundo.” (Lc
21.26).

SEXTA TAÇA.
(Ap 16.12-14,16) E o sexto anjo derramou a sua taça sobre
o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se
preparasse o caminho dos reis do Oriente. E da boca do
dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi
saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs, porque

Pr. VMS 86
são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais
vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os
congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus
Todo-poderoso. E os congregaram no lugar que em hebreu
se chama Armagedom.
E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio
Eufrates.
• O rio Eufrates era um dos rios do paraíso (Gn 2.14).
• O curso total do rio Eufrates é de 3.093 km e 600
metros.
• Sua profundidade varia entre 3 a 10 metros.
• Sua largura é de 200 a 400 metros aproximadamente.
A secagem do rio Eufrates permitirá aos exércitos orientais
marcharem sem impedimento à terra de Israel para a
batalha do Armagedom. “E a sua água secou-se, para que
se preparasse o caminho dos reis do Oriente” (Ap 16.12b).
Hoje as nações que estão no extremo Oriente são: China,
Japão, Coréia do norte e Coréia do Sul.
As nações do mundo serão impulsionadas por forças
satânicas para participar da guerra do Armagedom.
Assim diz a Bíblia: “...vi saírem três espíritos imundos,
semelhantes a rãs, porque são espíritos de demônios ...os
quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os
congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus
Todo-poderoso” (Ap 16.13,14).

Pr. VMS 87
Estas nações do mundo representadas pelos seus
exércitos se congregaram no lugar que se chama
Armagedom. Aqui está o ponto final do governo gentílico.
Neste dia se cumprirá literalmente o que Jesus disse:
“Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos
dos gentios se completem” (Lc 21.24b).
Este é o fim da grande tribulação. A 70ª semana de Daniel
9.27.

SÉTIMA TAÇA.
(Ap 16.17-21) E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e
saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está
feito!
18 E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande
terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens
sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto.
19 E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as
cidades das nações caíram; e da grande Babilônia se
lembrou Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação
da sua ira.
20 E toda ilha fugiu; e os montes não se acharam.
21 E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva,
pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram
de Deus por causa da praga da saraiva, porque a sua praga
era mui grande.
Pr. VMS 88
O anjo derramou a sétima taça no ar (v.17). Uma grande
voz (a voz de Deus) disse: “Está feito”. É o fim da presente
era e o estabelecimento do governo de Cristo.
Neste momento houve vozes, trovão, relâmpagos e um
grande terremoto, que nunca houve igual desde a criação
do homem (v.18). A ponto da cidade de Jerusalém fender-
se em três partes e caírem às cidades das nações (v.19).
Você já imaginou o desespero daqueles que não foram
arrebatados com Jesus? Só JESUS nos pode livrar destes
sofrimentos sem igual. Por isso estejamos todos
preparados para o momento do Arrebatamento da Igreja.
Nesta praga da sétima taça Todas as ilhas e os montes
desapareceram (v.20). Isto é a consumação do que
aconteceu no sexto selo quando foram removidos de seu
lugar (Ap 6.14).
Caiu do céu uma grande saraiva, do peso de um talento.
A Bíblia NVI diz: Caíram sobre os homens, vindas do céu,
enormes pedras de granizo, de cerca de trinta e cinco quilos
cada; eles blasfemaram contra Deus por causa do granizo,
pois a praga fora terrível. Apocalipse 16:21
Isto está preparado nos tesouros da saraiva para o dia da
peleja e da guerra – “Acaso você entrou nos reservatórios
de neve, já viu os depósitos de saraiva, que eu guardo para
os períodos de tribulação, para os dias de guerra e de
combate?” (Jó 38.22,23).

Pr. VMS 89
Diz a Bíblia que “os homens blasfemaram de Deus” (Ap
16.21). Resistir a Deus é perder a batalha.

CONCLUSÃO
Os juízos de Deus sobre o mundo no período da grande
Tribulação serão inevitáveis porque a Palavra de Deus os
revela – “Porque dias de vingança são estes, para que se
cumpram todas as coisas que estão escritas”. (Lc 21.22).
O Senhor Jesus disse para o Apóstolo João: “Escreve as
coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas
hão de acontecer” (Ap 1.19).

Prezado, estás preparado para te encontrar


com JESUS? Só Ele nos livra da ira vindoura.
Se você ainda não está preparado aceite a
Jesus hoje mesmo, porque amanhã poderá
ser tarde demais!

Deus seja Louvado!

Pr. VMS 90
5- A MANIFESTAÇÃO DE CRISTO

Texto Bíblico:
(At 1.10,11) E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto
ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões
vestidos de branco, os quais lhes disseram: Homens
galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus,
que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim
como para o céu o vistes ir.
(Mt 24.30) Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do
Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o
Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder
e grande glória.
(Zc 12.10) E sobre a casa de Davi e sobre os moradores de
Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas.
Olharão para aquele a quem traspassaram. Prantearão por
ele como quem pranteia por um filho único e chorarão por
ele como se chora amargamente pelo primogênito.
(Ap 1.7) Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá,
até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos
da terra se lamentarão por causa dele. Certamente. Amém!

Pr. VMS 91
INTRODUÇÃO
A “Segunda fase” da Segunda Vinda de Cristo - chama-se
Manifestação.
Nesta fase Jesus vem visivelmente sobre o Monte das
Oliveiras: “E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o
monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para
o oriente;...” (Zc 14.4).
• Para livrar Israel da tirania do Anticristo.
• Fazer o julgamento das nações.
• Estabelecer o Reino Milenial.
A Aliança entre Israel e o Anticristo é desfeita.
A partir do momento em que a aliança entre Israel e o
Anticristo foi desfeita (a altura dos 3.1/2 anos da Grande
Tribulação), começou a grande perseguição contra Israel.
(Dn 9.27) E ele firmará um concerto com muitos por uma
semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício
e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá
o assolador, e isso até à consumação; e o que está
determinado será derramado sobre o assolador.
Os judeus lutarão heroicamente, mas o Anticristo com seus
aliados prevalecerão e muitos judeus serão mortos e outros
serão levados cativos.
E Jerusalém será pisada pelos gentios. (Lc 21.24) “...e
Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos
dos gentios se completem.”
Pr. VMS 92
(Zc 14.2) Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja
contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão
saqueadas, e as mulheres, forçadas; e metade da cidade
sairá para o cativeiro, mas o resto do povo não será expulso
da cidade.
(Dn 12.7) E ouvi o homem vestido de linho, que estava
sobre as águas do rio, quando levantou a sua mão direita e
a sua mão esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive
eternamente, que depois de um tempo, de tempos e
metade de um tempo, e quando tiverem acabado de
destruir o poder do povo santo, todas essas coisas serão
cumpridas.
(Ap 11.2) E deixa o átrio que está fora do templo e não as
meças; porque foi dado às nações, e pisarão a Cidade
Santa por quarenta e dois meses.
Esta guerra a princípio não é contra Cristo, mas para
exterminar Israel da face da terra.
(Sl 83.3-4) Astutamente formam conselho contra o teu povo
e conspiram contra os teus protegidos. Disseram: Vinde, e
desarraiguemo-los para que não seja nação, nem haja mais
memória do nome de Israel.
Terminada as Bodas do Cordeiro, Jesus retorna a esta terra
com a Igreja e seus anjos, para dar fim à guerra do
Armagedom e estabelecer o Reino Milenial.

Pr. VMS 93
(Ap 19.11-16) E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O
que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro
e julga e peleja com justiça.
12 E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a
sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome
escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo.
13 E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o
nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.
14 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos
brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.
15 E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com
ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele
mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do
Deus Todo-Poderoso.
16 E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos
Reis e Senhor dos Senhores.
(Jd 14) E destes profetizou também Enoque, o sétimo
depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com
milhares de seus santos,
(Ap 17.14) Estes combaterão contra o Cordeiro, e o
Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o
Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados,
eleitos e fiéis.

Pr. VMS 94
Jesus virá visivelmente, todo olho verá.
(Mt 24.30) Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do
Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o
Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder
e grande glória.
(Ap 1.7) Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,
até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da
terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!
A essa altura dos acontecimentos, o mundo estará vivendo
os últimos dias da Grande Tribulação (septuagésima
semana escatológica de (Dn 9.27) “E ele firmará um
concerto com muitos por uma semana; e, na metade da
semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e
sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à
consumação; e o que está determinado será derramado
sobre o assolador.”
Neste momento de desespero, Jesus se manifesta
visivelmente sobre o Monte da Oliveiras.
(Zc 12.10) E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de
Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e
olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão
como quem pranteia por um unigênito; e chorarão
amargamente por ele, como se chora amargamente pelo
primogênito.

Pr. VMS 95
Jesus descerá com grande glória, sobre o Monte das
Oliveiras - que está defronte de Jerusalém para o leste,
(1.200 metros).
(At 1.11,12) os quais lhes disseram: Varões galileus, por
que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós
foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o
céu o vistes ir. Então, voltaram para Jerusalém, do monte
chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à
distância do caminho de um sábado.
Quando os pés de Cristo, tocar no Monte das Oliveiras, o
monte será fendido em duas partes formando um grande
vale. (Esse vale formará o leito do Rio Milenar) (Zc 14.8).
(Zc 14.4) E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte
das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o
oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio,
para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito
grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a
outra metade dele, para o sul.
À volta de Cristo, visível sobre o Monte das Oliveiras a
princípio é livrar Israel das mãos do Anticristo.
(Zc 14.2,3 BLH) O SENHOR ajuntará todas as nações para
atacarem Jerusalém. A cidade será conquistada, tudo o que
estiver nas casas será levado embora, as mulheres serão
violentadas, e metade dos moradores será levada para o
cativeiro. Os outros poderão ficar em Jerusalém. Depois, o

Pr. VMS 96
SENHOR sairá para lutar contra essas nações, como já
lutou no passado.
Neste momento, um anjo é ordenado a convocar todas as
aves carnívoras para a grande carnificina.
(Ap 19.17,18) E vi um anjo que estava no sol, e clamou com
grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio
do céu: Vinde e ajuntai-vos à ceia do grande Deus,
18 para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos,
e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre
eles se assentam, e a carne de todos os homens, livres e
servos, pequenos e grandes.
No Armagedom, Satanás e seus demônios reunirão os
exércitos das nações do mundo inteiro sob o comando do
Anticristo para guerrear contra Israel.
(Ap 16.13,14,16) E da boca do dragão, e da boca da besta,
e da boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos,
semelhantes a rãs,
14 porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios;
os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os
congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus
Todo-poderoso.
16 E os congregaram no lugar que em hebreu se chama
Armagedom.
O Anticristo e o Falso-profeta serão presos e lançados vivos
no lago de fogo.
Pr. VMS 97
(Ap 19.20) E vi a besta, e os reis da terra, e os seus
exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava
assentado sobre o cavalo e ao seu exército. E a besta foi
presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os
sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta
e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos
no ardente lago de fogo e de enxofre.
Os exércitos liderados pelo Anticristo serão mortos pela
espada que sai da boca do Senhor (a Palavra).
(Ap 19.21) E os demais foram mortos com a espada que
saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e
todas as aves se fartaram das suas carnes. (c.f. (Hb 4.12;
Ef 6.17)

Alguns dos acontecimentos que ocorrerá na


hora da batalha:
(1) Os soldados serão tomados de um grande espanto
sobrenatural.
(Zc 14.4) E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte
das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o
oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio,
para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito
grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a
outra metade dele, para o sul.

Pr. VMS 98
(2) Sua carne será consumida estando eles de pé.
(Zc 14.12) E esta será a praga com que o SENHOR ferirá
todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua
carne será consumida, estando eles de pé, e lhes
apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá
a língua na sua boca.
(3) Haverá perturbação do senhor entre os soldados.
(Zc 14.13 BLH) Naquele dia, o SENHOR fará com que eles
fiquem tão confusos e assustados, que cada um agarrará a
pessoa que estiver ao seu lado e a atacará.
(4) Todas as aves se fartarão de suas carnes.
(Ap 19.21) E os demais foram mortos com a espada que
saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e
todas as aves se fartaram das suas carnes.
(Mt 24.28) Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as
águias.
Um anjo com uma cadeia na mão: prende o Diabo por mil
anos.
(Ap 20.1-3) E vi descer do céu um anjo que tinha a chave
do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e
Satanás, e amarrou-o por mil anos.
3 E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre
ele, para que mais não engane as nações, até que os mil

Pr. VMS 99
anos se acabem. E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo.
O ponto central da batalha do Armagedom está na terra de
Israel, mas este evento envolverá o mundo inteiro. Nessa
hora o juízo de Deus será sobre todos aqueles que
desobedecem ao Evangelho.
(2Ts 1.7-10) ...quando se manifestar o Senhor Jesus desde
o céu, com os anjos do seu poder,
8 como labareda de fogo, tomando vingança dos que não
conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho
de nosso Senhor Jesus Cristo;
9 os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a
face do Senhor e a glória do seu poder,
10 quando vier para ser glorificado nos seus santos e para
se fazer admirável, naquele Dia...
É importante observar que quando Cristo desce em (Ap
19.11-21), está ligado com (Ap 11.15) E tocou o sétimo anjo
a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os
reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará para todo o sempre.
Está ligado também com (Ap 16.17-21 NVT) O sétimo anjo
derramou sua taça no ar, e do trono do templo veio um forte
grito: “Está terminado!”.

Pr. VMS 100


18 Então houve relâmpagos, estrondos e trovões, e um
forte terremoto, o mais violento desde a criação da
humanidade.
19 A grande cidade, Babilônia, se dividiu em três partes, e
as cidades de muitas nações tombaram. Deus se lembrou
de todos os pecados da Babilônia e a fez beber do cálice
cheio do vinho de sua furiosa ira.
20 Todas as ilhas desapareceram, e todos os montes foram
arrasados.
21 Houve uma forte tempestade de granizo, com pedras
que pesavam até 35 quilos caindo do céu sobre as pessoas.
E elas blasfemaram contra Deus por causa da terrível praga
de granizo.
É o cumprimento do mistério de Deus. (Ap 10.7) Mas, nos
dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a
trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo
ele anunciou aos seus servos, os profetas.
Após a vitória de Cristo sobre o domínio gentio - o governo
do Anticristo. O Senhor se asentará no seu trono como Rei
de toda a terra. “E o Senhor será rei sobre toda a terra;
naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome.” (Zc
14.9)
JESUS, é a Pedra que esmiúça os reinos. (Dn 2.34,35)
Estavas vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem
mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os
esmiuçou.
Pr. VMS 101
35 Então, foi juntamente esmiuçados o ferro, o barro, o
cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana
das eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar
algum para eles; mas a pedra que feriu a estátua se fez um
grande monte e encheu toda a terra.
Agora, segue-se um período de preparação, para o início
do milênio.
O que acontecerá nesse período?
1. O julgamento de Israel.
(Ez 20.34,35 BLH) Mostrarei a vocês o meu poder e a
minha ira quando eu os ajuntar e trouxer de volta de todos
os países por onde foram espalhados.
35 Eu os levarei ao “Deserto das Nações” e ali os julgarei
cara a cara.
(Zc 13.8,9 BLH) Dos moradores de Israel, dois terços
morrerão; só um terço sobrará com vida. E estes que
sobrarem eu farei passar pelo fogo. Eu os purificarei como
se purifica a prata e os refinarei como se refina o ouro. Aí
eles orarão a mim, e eu os atenderei. Direi: ‘Vocês são o
meu povo’, e eles responderão: “O SENHOR é o nosso
Deus”.
Os anjos terão participação especial neste dia. (Mt 24.31)
E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os
quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos,
de uma à outra extremidade dos céus.
Pr. VMS 102
Neste julgamento só o remanescente de Israel será salvo.
(Rm 9.27) Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda
que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar,
o remanescente é que será salvo.
(Is 10.22,23) Ainda que agora o povo de Israel seja tão
numeroso como os grãos de areia da praia do mar, somente
alguns retornarão. Deus já decidiu exterminar todo o povo;
a justiça virá transbordante, como se fosse uma inundação.
Pois o Eterno, o Deus Todo Poderoso, já determinou
destruir todo este país e ele fará o que decidiu fazer.

2. O julgamento das nações.


Este julgamento será no vale de Josafá. Que
profeticamente é também chamado de “O Vale da Decisão
– decisão do Senhor”.
(Jl 3.14) Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o
dia do SENHOR está perto, no vale da Decisão.
(Jl 3.2,12) congregarei todas as nações e as farei descer ao
vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa
do meu povo e da minha herança, Israel, a quem eles
espalharam entre as nações, repartindo a minha terra.
12 Movam-se às nações e subam ao vale de Josafá; porque
ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor.
Neste dia vai cumprir literalmente o texto de (Mt 25.31-46)

Pr. VMS 103


As pessoas que estarão presentes nesse julgamento são
aquelas que sobreviveram as catástrofes na Grande
Tribulação. Divididas em três grupos: ovelhas, bodes e
irmãos (Mt 25.33,40).
Este julgamento será feito tendo em vista como as nações
trataram Israel.
(Jl 3.2) congregarei todas as nações e as farei descer ao
vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa
do meu povo e da minha herança, Israel, a quem eles
espalharam entre as nações, repartindo a minha terra.
Os anjos terão um papel importante neste julgamento.
(Mt 13.41,42) Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e
eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e
os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na fornalha de
fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

RESUMO FINAL
A partir do Arrebatamento da Igreja, segue-se um período
de três anos e meio de Tribulação, quando o Anticristo
neste período estará camuflado como um governo de paz.
(Dn 9.27).
Quando passar os primeiros três anos e meio, o Anticristo
revela o seu verdadeiro caráter conforme (Ap 13.1-9).

Pr. VMS 104


Agora começa a Grande Tribulação que vai até a destruição
dos exércitos no Armagedom e a prisão da Besta e do
Falso-profeta (Dn 12.7; Ap 19.19,20).
Um período de 1260 dias = 3 anos e meio. (Ap 11.2; 13.5).
Em Daniel 12.11, encontramos um número 1290 dias (um
acréscimo de 30 dias).
Em Daniel 12.12, encontramos outro número 1335 dias
(um acréscimo de 45 dias).
Está escrito em Mt 24.22, que, se aqueles dias 1335, não
fossem abreviados para 1260 = (-75 dias), nenhuma carne
se salvaria; mas, por causa dos escolhidos (os judeus),
serão abreviados aqueles dias.
Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo
venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus! (Ap 22.20)

Amém.

Deus seja Louvado!

Pr. VMS 105


6- O MILÊNIO

O Milênio será a sétima e última dispensação; será a


dispensação da “Plenitude dos Tempos”.
Uma Dispensação é o período durante o qual os homens
são provados a respeito da obediência a certa revelação da
vontade de Deus.
Uma breve observação sobre as
dispensações:
(1) Inocência: Desde a criação até a queda (Gn 1.27; 3.24).
(2) Consciência: Desde a queda até o dilúvio = 1656 anos.
(Gn 3.24; 7.11,12).
(3) Governo Humano: Desde o dilúvio até a chamada de
Abraão = 427 anos (Gn 11.7-9: 12.1-3).
(4) Patriarcal ou Promessa: Desde a chamada de Abraão
até o Sinai = 430 anos (Gn 12.1; Ex 19.8).
(5) Da Lei: Desde o Sinai até a crucificação de Cristo =
1430 anos (Ex 19.8; Lc 23.33).
(6) Da Graça: Desde a morte e ressurreição de Cristo até o
Arrebatamento (Lc 23.33; 1Ts 4.16,17; 1Co 15.51,52).
(7) Do Reino ou Plenitude dos tempos: Esta dispensação
terá, de acordo com a própria Escritura, a duração de 1000
anos (Ap 20.1-6). Ela inicia com o retorno de Cristo em
glória para governar a terra.
Pr. VMS 106
O Milênio será, de acordo com as Escrituras, um tempo de
restauração para todas as coisas.
Ao invés do pecado a justiça encherá a terra. Será
verdadeiramente a “Idade Áurea da Terra”.
O milênio é o maravilhoso reinado de cristo na
terra.
(Ap 20.4-6) E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles
a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles
que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela
palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua
imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e
viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
5. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos
se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.
6. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na
primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a
segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo
e reinarão com ele mil anos.
(Mt 6.10). Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto
na terra como no céu.

Toda criação aguarda ansiosa pelo Milênio.


(Rm 8.19,23) Porque a ardente expectação da criatura
espera a manifestação dos filhos de Deus.

Pr. VMS 107


23. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias
do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando
a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.

Para iniciar o Milênio um anjo prende o Diabo


por mil anos.
Observe que agora o Diabo é preso e não condenado.
(Ap 20.1-3) E vi descer do céu um anjo que tinha a chave
do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
2. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo
e Satanás, e amarrou-o por mil anos.
3. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre
ele, para que mais não engane as nações, até que os mil
anos se acabem. E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo.

Os Mortos da Grande Tribulação (os mártires)


ressuscitarão para reinar com Cristo no
Milênio.
(Ap 20.4,6) E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles
a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles
que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela
palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua
imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e
viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
Pr. VMS 108
5. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos
se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.
6. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na
primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a
segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo
e reinarão com ele mil anos.
O propósito do Milênio:
1) Fazer convergir (unir), em Cristo todas as coisas, isto é,
toda criação. (Ef 1.10 BLH) Esse plano é unir, no tempo
certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que existe no
céu e na terra.
2) Estabelecer a justiça e a paz na terra eliminando toda
rebelião contra Deus.
(1Co 15.24-28 BLH) E então virá o fim. Cristo destruirá
todos os governos espirituais, todas as autoridades e
poderes e entregará o Reino a Deus, o Pai.
25. Pois Cristo tem de reinar até que Deus faça com que
ele domine todos os inimigos.
26. O último inimigo que será destruído é a morte.
27. As Escrituras Sagradas dizem: “Deus pôs todas as
coisas debaixo do domínio dele”. É claro que dentro das
palavras “todas as coisas” não está o próprio Deus, que põe
tudo debaixo do domínio de Cristo.
28. Mas, quando tudo for dominado por Cristo, então o
próprio Cristo, que é o Filho, se colocará debaixo do
Pr. VMS 109
domínio de Deus, que pôs todas as coisas debaixo do
domínio dele. Então Deus reinará completamente
sobretudo.
3) Remover a maldição da terra, ocasionada pelo pecado
do homem.
(Gn 3.14,17 BLH) Então o SENHOR Deus disse à serpente:
—Por causa do que você fez você será castigada. Entre
todos os animais só você receberá esta maldição: de hoje
em diante você vai andar se arrastando pelo chão e vai
comer o pó da terra.
17. E para Adão Deus disse o seguinte: —Você fez o que a
sua mulher disse e comeu a fruta da árvore que eu o proibi
de comer. Por causa do que você fez, a terra será maldita.
Você terá de trabalhar duramente a vida inteira a fim de que
a terra produza alimento suficiente para você.
4) Fazer Israel ocupar toda a terra, que lhe foi prometida
e fazê-lo cabeça das nações.
(Gn 15.18 BLH) Nessa mesma ocasião o SENHOR Deus
fez uma aliança com Abrão. Ele disse: — Prometo dar aos
seus descendentes esta terra, desde a fronteira com o Egito
até o rio Eufrates. (1Cr 16.15-18; Is 11.10; Ex 23.31).
5) Fazer cumprir as profecias, a respeito do Reino do
Messias.

Pr. VMS 110


(Dn 2.34,35) Estavas vendo isso, quando uma pedra foi
cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e
de barro e os esmiuçou.
35. Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o
cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana
das eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar
algum para eles; mas a pedra que feriu a estátua se fez um
grande monte e encheu toda a terra.
(Dn 7.13,14 27) Eu estava olhando nas minhas visões da
noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho
do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram
chegar até ele.
14. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que
todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu
domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu
reino, o único que não será destruído.
27. E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo
de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo;
o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o
servirão e lhe obedecerão.
A forma de governo no Milênio será Teocracia.
Isto é, Cristo reinará através de seus representantes.
(Gn 49.10) O cetro não se arredará de Judá, nem o
legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se
congregarão os povos.
Pr. VMS 111
(Zc 14.9) E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele
dia, um será o SENHOR, e um será o seu nome.

1) A igreja integrará a administração do governo de


Cristo.
(Ap 2.26,27) E ao que vencer e guardar até ao fim as
minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com
vara de ferro as regerá;
27. e serão quebradas como vasos de oleiro; como também
recebi de meu Pai.
(Ap 3.21) Ao que vencer, lhe concederei que se assente
comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei
com meu Pai no seu trono.

2) Jesus reinará sobre Israel através de seus apóstolos.


(Mt 19.28) E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que
vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do
Homem se assentar no trono da sua glória, também vos
assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de
Israel.
Observação: As passagens de (Ez 34.23,24; 37.24,25; Jr
30.9; Os 3.5), indicando que Davi reinará. Essas profecias
apontam para o herdeiro do trono de Davi, JESUS. (Is 16.5;
Lc 1.32,33).

Pr. VMS 112


Haverá dois grupos de povos no Milênio:
1) Os crentes Glorificados.
• Os salvos do AT.
• Igreja (a noiva).
• Os mártires da Grande Tribulação.
2) Os povos naturais.
• Os judeus salvos saídos da Grande Tribulação.
• Os gentios poupados no julgamento das nações.
• Os nascido durante o Milênio.

Será construído o templo milenar.


(Zc 6.12,13, 15).
1) Na descrição do templo milenar, que está em (Ez 40 a
44).
• Não está a “Arca”. Que representa a presença do
Senhor, nesse tempo o Senhor será Rei e Sacerdote
(Zc 6.13).
• Não está o “candelabro”. Que representa Cristo a luz
do mundo (Jo 8.12).
• Não está o “altar do incenso”. Que representa Cristo
nosso intercessor (Hb 4.14-16).

3) Alguns dos sacrifícios e ofertas, serão restaurados e


observados por Israel com a participação dos gentios (Ez
45.21 a 46.24). (como um memorial)

Pr. VMS 113


4) Será observada - a festa dos Tabernáculo ou das
cabanas, que aponta para o Milênio (Lv 23.33-44; Zc 14.16-
19).
5) A festa da Páscoa - tipifica a Redenção (Ez 45.21).
6) A festa da Lua Nova - marcava o início do mês lunar no
calendário judaico (Is 66.21-23).
7) Nesse tempo a cidade de Jerusalém, estará muito
ampliada (Jr 31.38-40).
Observação: Nos dias da Grande Tribulação também
haverá um templo (este durará sete anos), e será profanado
pelo Anticristo (Dn 9.27; 2Ts 2.3,4).

Jerusalém será a sede do governo mundial


(Is 2.3; 60.3; Jr 3.17; Zc 8.3,22, 23; 14.16).
Tanto a “Lei” como a “Palavra” do Senhor sairá de
Jerusalém.
(Mq 4.2) E irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao
monte do SENHOR e à Casa do Deus de Jacó, para que
nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas
veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do
SENHOR, de Jerusalém.

Pr. VMS 114


A santa cidade a Jerusalém celestial descerá
do céu
E pairará nas alturas, sobre a Jerusalém terrestre durante
o Milênio. (Is 2.2; Mq 4.1; Ap 21.2,10).
1) Por que desce essa cidade do céu? O propósito final
de Deus é trazer o céu a terra. Ele tornará a congregar em
Cristo todas as coisas, na plenitude dos tempos (milênio),
tanto as que estão nos céus como as que estão na terra (Ef
1.10); então Deus será tudo em todos (1Co 15.28).
Embora a Nova Jerusalém não chegue até a terra, ela será
visível aos moradores terrestres durante o Milênio, pois “as
nações andarão a sua luz” (Ap 21.24).
2) A glória e o resplendor da Jerusalém celeste iluminarão
a Jerusalém terrestre e as nações andarão na sua glória (Is
4.5; Ap 21.24).
3) Essa glória luminosa será tamanha em Jerusalém e
seus arredores que, o sol e a lua se levantarão e se porão
sem serem notados. (Is 24.23) E a lua se envergonhará, e
o sol se confundirá quando o SENHOR dos Exércitos reinar
no monte Sião e em Jerusalém; e, então, perante os seus
anciãos haverá glória.
4) A Igreja estará glorificada com Cristo na Jerusalém
celeste (Rm 8.17,18, 30). Esta é a morada que Jesus falou
(Jo 14.1-3).

Pr. VMS 115


5) Os salvos virão a terra sempre que quiserem. Teremos
um corpo semelhante ao corpo ressurreto do Senhor que
se locomove sem limitações.
(Fp 3.21) Que transformará o nosso corpo abatido, para ser
conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder
de sujeitar também a si todas as coisas.

O conhecimento de Deus será universal.


(Is 11.9) Não se fará mal nem dano algum em todo o monte
da minha santidade, porque a terra se encherá do
conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar.
(Jr 31.34; Hc 2.14).
As boas-novas do Reino serão anunciadas (Is 52.7; 66.19).

No Milênio a piedade prevalecerá entre as


nações.
(Sl 22.27,28) Todos os limites da terra se lembrarão e se
converterão ao SENHOR; e todas as gerações das nações
adorarão perante a tua face. Porque o reino é do SENHOR,
e ele domina entre as nações. (Sl 102.15,22; Is 60.3; 66.23;
Jr 3.17).
a) Caravanas de nações irão a Jerusalém buscar a lei do
Senhor (Is 2.3; Zc 8.20-23).

Pr. VMS 116


b) Devido às bênçãos do reinado e da presença pessoal
de Cristo, e estando Satanás preso (Ap 20.1-3), ninguém
terá obstáculo espiritual para segui-lo como agora tem.

No Milênio, a impiedade, a incredulidade e


rebelião não serão toleradas como no tempo
da Graça
(Is 60.12) Porque a nação e o reino que te não servirem
perecerão; sim, essas nações de todo serão assoladas.
a) A transgressão será corrigida imediatamente.
(Is 65.20 BLH) Nunca mais morrerão ali criancinhas de
poucos dias; ninguém morrerá antes de ficar bem velho.
Morrer aos cem anos será morrer moço, e não chegar aos
cem anos será uma maldição.
(Zc 14.17 BLH) Se uma nação não for adorar o Rei, o
SENHOR Todo-Poderoso, então não cairá chuva naquele
país.
b) A natureza humana não muda. E continuará o livre-
arbítrio.

No Milênio prevalecerá a paz e a justiça pela


autoridade e presença de Cristo.
(Mq 4.3 BLH) Ele será juiz entre muitos povos e decidirá
questões entre grandes nações distantes. Os povos
transformarão as suas espadas em arados e as suas lanças
Pr. VMS 117
em foices. Nunca mais as nações farão guerra, nem se
prepararão novamente para batalhas.
(Zc 9.10 BLH) Ele acabará com os carros de guerra de
Israel e com a cavalaria de Jerusalém; os arcos e as flechas
serão destruídos. Ele fará com que as nações vivam em
paz; o seu reino irá de um mar a outro, e desde o rio
Eufrates até os fins da terra.
a) Ninguém se queixará de opressão ou injustiça.
(Is 11.4 BLH) Mas com justiça julgará os necessitados e
defenderá os direitos dos pobres. As suas palavras serão
como uma vara para castigar o país, e com o seu sopro ele
matará os maus. Com justiça e com honestidade, ele
governará o seu povo.
b) Não haverá clima nem motivo para descontentamento
ou rebelião. (Is 32.17 BLH) A justiça trará paz e
tranquilidade, trará segurança que durará para sempre.
c) Sim, a paz tão desejada entre os povos prevalecerá!
Pois estará reinando o Príncipe da Paz (Is 9.6). Aleluia!

Haverá pleno derramamento do Espírito Santo


sobre toda carne.
(Jl 2.28,29) E há de ser que, depois, derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos

Pr. VMS 118


jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as
servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

Um rio fluirá do templo milenar em Jerusalém.


(Ez 47.1-12) O homem me levou de volta até a entrada do
Templo. Debaixo da entrada, saía água que corria na
direção do leste, pois o Templo dava frente para esse lado.
A água corria por baixo do lado sul do Templo, ao sul do
altar.
2 Então o homem me fez sair da área do Templo pelo portão
norte e me levou pelo lado de fora até o portão que dá para
o leste. Um riacho saía do lado sul do portão.
3 Com a sua vara de medir, o homem mediu quinhentos
metros na direção da correnteza, para o leste. Ele me fez
atravessar o riacho ali, e a água chegou aos meus
tornozelos.
4 Em seguida, ele mediu mais quinhentos metros, e a água
subiu até os meus joelhos. Mais quinhentos metros, e a
água chegou até a minha cintura.
5 Finalmente, mediu mais quinhentos metros, e o rio era tão
fundo, que eu não podia atravessar. Era fundo demais para
ser atravessado, a não ser a nado.
6 Aí ele me disse: — Homem mortal, preste muita atenção
em tudo isso! Então o homem me levou de novo para a
margem.

Pr. VMS 119


7 Quando cheguei lá, vi que havia muitas árvores nos dois
lados.
8 Então ele me disse: — Esta água corre para o leste e
desce até o rio Jordão e até o mar Morto. Quando entra
neste mar, ela faz com que a água salgada do mar vire água
doce.
9 Em todo lugar por onde esse rio passar, haverá todo tipo
de animais e de peixes. O rio fará com que as águas do mar
Morto fiquem boas e ele trará vida por onde passar.
10 Desde a Fonte de Gedi até a de Eglaim haverá
pescadores na praia do mar, e ali eles estenderão as suas
redes para secarem. Haverá ali muito peixe e muitas
espécies de peixes, como no mar Mediterrâneo.
11 Mas nos brejos e nos charcos a água não ficará boa.
Essa água servirá para a produção de sal.
12 Nas duas margens do rio, crescerão árvores frutíferas
de todo tipo. As suas folhas nunca murcharão, e as árvores
nunca deixarão de dar frutas. Darão frutas novas todos os
meses, pois são regadas pelo rio que vem do Templo. As
frutas servirão de alimento, e as folhas, de remédio.
(Zc 14.8) Naquele dia, haverá em Jerusalém fontes
jorrando água fresca; metade irá para o mar Morto, e a outra
metade, para o mar Mediterrâneo. As águas correrão o ano
inteiro, tanto no verão como no inverno.

Pr. VMS 120


(Jl 3.18b) e sairá uma fonte da Casa do SENHOR e regará
o vale de Sitim.
a) O leito desse rio surgirá, quando os pés de Cristo
tocar o Monte das Oliveira, o monte será fendido no
sentido leste para oeste, formando um grande vale.
Esse vale formará o leito do Rio Milenar, que terá a sua foz
(nascente) debaixo da casa do Senhor (o Templo milenar),
especificamente do lado direito do santuário. (Zc 14.4)
b) Esse rio sairá e se dividirá em dois braços.
(Zc 14.8 BV) Em Jerusalém haverá uma fonte de águas
frescas que fluirão. As águas dessa fonte correrão para o
mar Morto e para o mar Mediterrâneo, tanto no inverno
como no verão.
O primeiro braço do rio: Seguirá em direção ao mar morto
(mar oriental) para sarar as águas do mar morto (Ez 47.8)
• Só serão deixado os charcos e lamaceiros para
produção de sal (Ez 47.11).
• Por onde esse rio passar haverá abundância de árvores
frutíferas (Ez 47.7,12).
• Em suas águas haverá muitos peixes (Ez 47.9,10).
O segundo braço do rio: Segue em direção ao mar
ocidental (o mar Mediterrâneo) para fertilizar as regiões
desérticas de Israel.
(Jl 3.18) e sairá uma fonte da Casa do SENHOR e regará o
vale de Sitim.
Pr. VMS 121
c) Todos os rios da terra santa se tornarão tributários do
Rio Milenar durante o Milênio, e a terra de Israel passará
ser a melhor terra do mundo (Jl 3.18; Is 35.1-7; Ez 20.6,15).
A vida humana será prolongada
Como no princípio da história humana. O morrer será uma
exceção; não uma regra, como atualmente.
(Is 65.20,22 BLH) Nunca mais morrerão ali criancinhas de
poucos dias; ninguém morrerá antes de ficar bem velho.
Morrer aos cem anos será morrer moço, e não chegar aos
cem anos será uma maldição. O meu povo viverá muitos
anos, como as árvores, e todos terão o prazer de aproveitar
as coisas que eles mesmos fizeram.
(Zc 8.4) Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda nas
praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas, levando
cada um na mão o seu bordão, por causa da sua muita
idade.
O gênero humano será muito fértil.
(Zc 8.5) E as ruas da cidade se encherão de meninos e
meninas, que nelas brincarão.
Haverá prosperidade geral para todos.
(Is 65.21,22) E edificarão casas e as habitarão; plantarão
vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que
outros habitem, não plantarão para que outros comam,
porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore,

Pr. VMS 122


e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à
velhice.

Haverá mudança no reino animal.


(Is 11.6-8) Lobos e ovelhas viverão em paz, leopardos e
cabritinhos descansarão juntos. Bezerros e leões comerão
uns com os outros, e crianças pequenas os guiarão. Vacas
e ursas pastarão juntas, e os seus filhotes descansarão no
mesmo lugar; os leões comerão capim como os bois.
Criancinhas brincarão perto de cobras e não serão picadas,
mesmo que enfiem a mão nas suas covas.

CONCLUSÃO.
Que possamos orar a Oração que o Senhor Jesus nos
ensinou: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade assim
na terra como no céu”. (Mt 6.10)
O Plano redentor de Deus para com o homem findará com
o Milênio.

AMÉM
Deus seja Louvado!

Pr. VMS 123


7 - A CONDENAÇÃO DO DIABO.

Texto Bíblico:
(Ap 20.1-3,10) E vi descer do céu um anjo que tinha a
chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e
Satanás, e amarrou-o por mil anos.
3 E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre
ele, para que mais não engane as nações, até que os mil
anos se acabem. E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo.
10 E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo
e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de
noite serão atormentados para todo o sempre.
A princípio quando Jesus vence o Anticristo e seu exército
o Diabo é preso e amarrado por mil anos (Ap 20.1,2).
Durante o governo de Cristo na terra não haverá a
influência maligna de Satanás.
A Bíblia afirma categoricamente, a prisão do Diabo com
“uma grande cadeia”, tinha também a chave do abismo, e
foi posto SELO sobre ele, impedindo qualquer
movimentação ou ação maléfica de sua pessoa. Este SELO
é sinal de autoridade divina sobre ele.
Pr. VMS 124
Passados os mil anos, importa que o Diabo seja solto por
um pouco de tempo diz a palavra profética (Ap 20.3b).
Esse pouco de tempo que Satanás estará solto será o
suficiente para enganar as nações que estão sobre a terra
(Ap 20.7,8).
Essas pessoas são aquelas que nasceram durante o
milênio o governo de Cristo, e nunca tiveram uma tentação
maligna. Esta é a última tentativa de Satanás.
O julgamento divino é a sua destruição e ruína total. E o
Diabo que o enganava, foi lançado no lago de fogo e
enxofre (Ap 20.10).
O Diabo é lançado no lago de fogo, para juntar-se com o
Anticristo e o Falso-Profeta que já estarão lá por mil anos.

Pr. VMS 125


8 - O JULGAMENTO FINAL

O julgamento final é o dia quando Deus julgará


todas as pessoas. Cada pessoa será julgada por
Deus de maneira justa e imparcial. Teremos que
dar conta de tudo que fizemos em nossas vidas.

Apocalipse 20.11-15
11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado
sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se
achou lugar para eles.
12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante
do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que
é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que
estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o
inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados
cada um segundo as suas obras.
14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.
Esta é a segunda morte.
15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi
lançado no lago de fogo.

Pr. VMS 126


INTRODUÇÃO
Diante do Trono Branco, no Julgamento Final, estarão
aqueles que a Bíblia chama de os “outros mortos”. “Mas
os outros mortos não reviveram até que os mil anos se
acabaram. Esta é a primeira ressurreição” (Ap 20.5).
Estes “outros mortos” são todos os ímpios, de todos os
tempos, desde o primeiro que morreu, até o último, no final
do Milênio.
Os ímpios só ressuscitarão diante do Trono Branco; eles
fazem parte da Segunda Ressurreição. “E muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida
eterna e outros para vergonha e desprezo eterno.” Daniel
12:2
A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS - DOS JUSTOS E
DOS ÍMPIOS.
O Senhor Jesus falou sobre Duas Ressurreições: uma ele
chamou de Ressurreição da Vida e a outra, de
Ressurreição da Condenação “Não vos maravilheis disso,
porque vem a hora em que todos os que estão nos
sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão
para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a
ressurreição da condenação” João 5:28-29.
Daniel, em outras palavras, também falou sobre o mesmo
assunto. “E muitos dos que dormem no pó da terra

Pr. VMS 127


ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para
vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).
Destas duas passagens bíblicas fica claro que uma é a
Ressurreição dos Justos e a outra é a Ressurreição dos
Ímpios.
Os Justos ressuscitarão primeiro, por isto chamamos a
Ressurreição dos Justos, de Primeira Ressurreição; como
vimos anteriormente: A primeira Ressurreição dividida em
cinco ordens (páginas 6 e7).
Os ímpios somente ressuscitarão depois do Milênio, diante
do Trono Branco, e para o Julgamento Final; por isto
chamamos A Ressurreição dos Ímpios, de Segunda
Ressurreição.

Ressurreição dos ímpios.


“Mas, os outros mortos não reviveram, até que os mil anos
se acabaram” (Ap 20.5). Fica claro que os ímpios também
ressuscitarão, porém, muito depois “...os que fizeram o mal
para a ressurreição da condenação” (Jo 5.29), ou, conforme
afirmou Daniel: “...para vergonha e desprezo eterno” (Dn
12.2).
Enquanto os salvos ressuscitarão num corpo glorificado,
conforme o Corpo do Senhor, os ímpios ressuscitarão num
corpo imortal, porém, sem nenhuma glória, sem qualquer
beleza.

Pr. VMS 128


Esta Segunda Ressurreição acontecerá numa única etapa.
Todos os ímpios, de todos os tempos, ressuscitarão,
comparecerão diante do Trono Branco, para O Julgamento
Final. A Bíblia diz: “E vi os mortos, grandes e pequenos, que
estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se
outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as
suas obras. E aquele que não foi achado escrito no livro da
vida foi lançado no lago de fogo”. Apocalipse 20:12,15.

O GRANDE TRONO BRANCO


Trono fala de juízo. No Livro de Apocalipse o vocábulo
Trono aparece 36 vezes na RC.
Porém, este Trono branco é diferente de todos os demais
que foram vistos.
Era, também, diferente daquele trono que João viu no
Capítulo 4, de Apocalipse. “E logo fui arrebatado em
espírito, e eis que um trono estava no céu, e um assentado
sobre ele. E o que estava assentado era, na aparência,
semelhante à pedra de jaspe e de sardônica; e o arco
celeste estava ao redor do trono... e do trono saiam
relâmpagos, e trovões, e vozes...” (Ap 4:2-3,5). É claro que
este Trono nada tem a ver com O Grande Trono Branco.
Este Trono, do Capítulo 4, “estava posto no céu” e
prenunciava juízo sobre a terra - “relâmpagos, e trovões, e

Pr. VMS 129


vozes” falam do juízo que será executado sobre a terra
durante a Grande Tribulação.
Porém, queremos ressaltar, aqui, é a presença do arco-íris,
no Trono visto no Céu - “...e o arco celeste estava ao redor
do trono e era semelhante à esmeralda”. A presença do
Arco-íris sempre lembra a misericórdia de Deus e o seu
compromisso de não destruir a raça humana. (Gn 9.12-17).
O Juízo de Deus vai ser derramado sobre a terra, durante
A Grande Tribulação, quando “...haverá, então grande
aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até
agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21).
Todavia, a presença do “arco-celeste... ao redor do trono”,
lá no céu, é uma garantia da misericórdia de Deus. Por isto,
no momento certo, Deus intervirá com seu amor.
Por isto o Senhor Jesus afirmou - “... se aqueles dias não
fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por
causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias” (Mt
24.22). Até mesmo na Grande Tribulação, conhecida como:
O Grande e Terrível Dia do Senhor, haverá misericórdia.
Porém, ao redor do Grande Trono Branco, João não viu
o “arco-celeste”. Isto significa que no Julgamento Final
Deus não tem nenhum compromisso com aqueles que
serão julgados.
Deus não os conhece, porque também eles nunca
conheceram a Deus.
Pr. VMS 130
Entre Deus e os ímpios que serão julgados, não há
nenhuma Aliança, ou Concerto que possa limitar o juízo de
Deus. As Alianças, ou Consertos sempre ofereceu
garantias de limites à operação de Deus.
Deus, contudo, não tem compromissos com os ímpios -
“Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que
não fez misericórdia...” (Tg 2.13).
O Grande Trono Branco simboliza o poder ilimitado de
Deus e a perfeição da execução de seus atos de justiça.

O JULGAMENTO FINAL
Também conhecido como O Julgamento do Grande Trono
Branco - “E vi Um grande Trono Branco” e o que estava
assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu,
e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e
pequenos, que estavam diante do Trono, e abriram-se os
livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos
foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos
livros, segundo as suas obras... e aquele que não foi
achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”
(Ap 20.11-15).

O Juiz que irá presidir este Julgamento.


Sabemos que este Juiz não é o Pai, mas, é o Senhor Jesus
Cristo conforme Ele mesmo declarou: “E também o Pai a
ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22).
Pr. VMS 131
“E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do
homem” (Jo 5.27).
O Apóstolo Pedro confirmou que o Senhor Jesus é o Juiz,
quando disse: “E nos mandou pregar ao povo e testificar
que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos
mortos” (At 10.42).
O Apóstolo Paulo ratificou o que Jesus e Pedro disseram.
Escrevendo aos Crentes, da cidade de Roma, disse: “No
dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por
Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Rm 2.16).
Em Atenas, falando aos Filósofos da Grécia, no Areópago,
Paulo declarou: “Porquanto tem determinado um dia em
que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão
que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando -
o dos mortos” (At 17.31).
Paulo não tinha dúvidas de que aquele que hoje é o nosso
Advogado (1Jo 2.1), amanhã será o Juiz que se assentará
no Grande Trono Branco. “Conjuro-te, pois, diante de Deus
e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os
mortos, na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1).
Portanto, podemos afirmar, com segurança, que o Juiz que
presidirá o Julgamento Final, também conhecido como
Julgamento do Trono Branco, será O Senhor Jesus Cristo,
aquele mesmo que “...sendo em forma de Deus, não teve
por usurpação ser igual a Deus. Mas, aniquilou-se a si
Pr. VMS 132
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a
si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz.
Pelo que Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um
nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus
se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é
o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.6-11).
Quem não dobrou seus joelhos diante de Deus, terá que
dobar naquele dia. Não foi sem razão que o Senhor Jesus
advertiu, dizendo - “E não temais os que matam o corpo e
não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode
fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28).

O Local e o tempo do Julgamento Final.


Pela Bíblia sabemos o local e o tempo dos outros
Julgamentos. Sabemos que:
• O Julgamento dos nossos pecados foi realizado na
Cruz do Calvário, no ano 29 d.C.
• O Julgamento de nossas obras será realizado nos ares,
diante do Tribunal de Cristo, após o Arrebatamento da
Igreja.
• O Julgamento da Nação de Israel será realizado na
Terra, durante A Grande Tribulação.
• O Julgamento das Nações - Mateus 25:31-46 - será
realizado na Terra, no término da Grande Tribulação e
antes do Milênio.

Pr. VMS 133


Todavia, ninguém pode determinar o local em que será
realizado o Julgamento Final. Não será no céu e não será
na terra, pois, estes fugiram da presença daquele que
estava assentado sobre o Trono Branco – “E vi um grande
trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja
presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para
eles”. Ap 20:11. Sabe-se, somente, que será depois do
Milênio.

Quem estará no banco dos Réus.


Ou, quem será julgado no Julgamento Final, diante do
Trono Branco. O Apóstolo João responde, dizendo: “e vi os
mortos, grandes e pequenos... E os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as
suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a
morte e o inferno deram os mortos que neles havia...” (Ap
20.12-13). Não há nenhuma referência aos vivos.
Assim, podemos afirmar que No Banco dos Réus, no
Julgamento Final diante do Grande Trono Branco estarão
todos os mortos ímpios de todos os tempos.
Não importa quando, onde, ou como tenham morrido; se
foram queimados, cremados, devorados pelos peixes ou
qualquer animal marinho, terrestre, ou pelos micro-
organismos, ninguém será esquecido na terra, no mar, no
inferno, em lugar nenhum.

Pr. VMS 134


São todos aqueles chamados de “outros mortos” - “Mas
os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se
acabaram...” (Ap 20.5).
Estes, ao ressuscitarem, receberão um corpo dotado de
vida eterna, porém, não será um corpo de glória como os
que receberam os salvos. Será um corpo sem glória,
“...para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12:2). Conforme
afirmou o Senhor Jesus: “...e os que fizeram o mal, para a
ressurreição da condenação”. João 5:29.

Nota: Os mortos, grandes e pequenos.


“E vi os mortos, grandes e pequenos...”. A expressão
“grandes e pequenos” nada tem a ver com a idade, ou com
a estatura física. Não se trata, também, de adultos e
crianças.
Grandes e pequenos diz respeito ao que esses mortos
tinham sido, quando vivos, aqui na Terra. Diz respeito à
posição, ao prestígio, a importância que representaram em
sua época.
Deus não faz acepção de pessoas, conforme afirmou
Pedro: “E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de
pessoas, julga segundo a obra de cada um...” (1Pe 1.17).
Entre os grandes certamente que estarão milhares de
milhões de Reis, Imperadores, Nobres, Presidentes,
Ditadores, Generais, Cientistas, Milionários etc., etc. Entre

Pr. VMS 135


os pequenos estarão pobre, mendigos, analfabetos etc.,
etc.
A verdade é, ninguém vai para o inferno por ser rico, sábio,
nobre, também é verdade que ninguém vai para o céu por
ser pobre mendigo, analfabeto.
Grandes e pequenos, de todas as camadas sociais que
morreram sem salvação, estarão, naquele dia, diante do
Trono Branco.

A Base do Julgamento - as obras praticadas.


“... e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da
vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam
escritas nos livros, segundo as suas obras. “E deu o mar os
mortos que nele havia, e a morte e o inferno deram os
mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo
as suas obras” (Ap 20.12,13).
O Apóstolo Paulo falou sobre esse dia, dizendo - “No dia
em que Deus há de Julgar os segredos dos homens, por
Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Rm 2.16).
Sabemos, pela Bíblia, que no Livro da Vida só serão
escritos os nomes dos santos - “E não entrará nela coisa
alguma que contamine e cometa Abominação e mentira,
mas, só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”
(Ap 21.27).

Pr. VMS 136


Paulo confirmou esta verdade - “e peço-te também a ti, meu
verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que
trabalham comigo no evangelho, e com Clemente, e com
os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da
vida”. Filipenses 4:3.
Moisés tinha consciência de que seu nome estava inscrito
nesse livro, quando intercedeu diante de Deus, pelo povo,
dizendo - “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-
me, do teu livro, que tens escrito”. Êxodo 32:32.
O Senhor Deus deixou claro a possibilidade de um nome
ser riscado do seu livro - “Então, disse o Senhor a Moisés:
Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu
livro”. Êxodo 32:33.
Assim, o Livro da Vida pode ser aberto, como testemunha
que os que estão sendo julgados não fazem parte da família
de Deus.
Deus não tem nenhuma Aliança celebrada com os Réus,
nenhum compromisso com eles.
Paulo afirma que os gentios, mesmo não tendo conhecido
a Palavra de Deus, são inescusáveis, ou seja, não têm
desculpas, não têm como justificar suas obras más. Deus
revelou-se através da criação e deu aos homens condições
de poder entender e conhecer o Criador. “Porque as suas
obras invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu
eterno poder como a sua divindade, se entendem e
Pr. VMS 137
claramente se veem pelas coisas criadas, para que eles
fiquem inescusáveis. Porquanto, tendo conhecido a Deus,
não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças;
antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu
coração insensato se obscureceu”. Romanos 1:19-21.
Paulo continua sua exposição e afirma que: “...para Deus,
não há acepção de pessoas. Porque todos os que sem lei
pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a
lei pecaram pela lei serão julgados”. Romanos 2:11-12.

A Sentença - ou o Resultado do Julgamento.


“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta
é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no
livro da vida foi lançado no lago de fogo”. Apocalipse 20:14-
15. São com estas palavras, e com esta afirmação, que foi
encerrada a Ata do Julgamento Final.

O local do cumprimento da pena - o “lago de


fogo”.
Em alguns Países existe a pena de Prisão Perpétua. O
condenado à prisão perpétua permanecerá preso enquanto
viver. Morrerá na prisão.
Dissemos que os salvos ressuscitarão num corpo
glorificado, conforme o corpo do Senhor Jesus - Filipenses
3:21, porém, os ímpios, os quais também ressuscitarão,
porém, “...para vergonha e desprezo eterno”. Daniel 12:2,
receberão um corpo sem glória, mas, também, dotado de

Pr. VMS 138


vida eterna. Assim, estarão no “lago de fogo” e, viverão
eternamente.
O “lago de fogo” é uma prisão eterna, pois, segundo
informou o Senhor Jesus, foi o lugar preparado para
Satanás viver, na eternidade. “...Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus
anjos”. Mateus 25:41.
Conforme João informou, será para esse lugar que Satanás
será lançado no final do Milênio. “E o diabo, que os
enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está
a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão
atormentados para todo o sempre”. Apocalipse 20:10.
Será nesse mesmo lugar para onde também serão
lançados os ímpios condenados no Julgamento Final,
diante do Trono Branco. “E aquele que não foi achado
escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”. (Ap
20.15)
No “lago de fogo” estarão eternamente. “...de dia e de
noite serão atormentados para todo o sempre”. Apocalipse
20:10.

CONCLUSÃO
“... E, se alguém pecar, temos um Advogado para com o
Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1). O Senhor Jesus é,
hoje, nosso Advogado. Certamente que o seu desejo é o de
JUSTIFICAR o pecador, diante do PAI. Porém, a partir do

Pr. VMS 139


momento em que o homem partir para a eternidade, sem
salvação, o mesmo Jesus passa a ser o seu Juiz. Aquele
que, no Trono Branco, julgará, com Justiça. “...Ele é o que
por Deus foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos”. Atos
10:41.

PENSE NISSO!

Pr. VMS 140


9 – O ESTADO ETERNO

“E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro


céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” (Ap
21:1).

INTRODUÇÃO
O novo céu e nova terra é uma promessa amplamente
ensinada pelas Escrituras.
Naturalmente muitas dúvidas surgem entre os cristãos
acerca de como será esse estado futuro e eterno.
Apesar de termos muitas referências bíblicas sobre o novo
céu e nova terra, claro que muitos detalhes só serão
esclarecidos quando, finalmente, estivermos vivendo lá.
Neste estudo bíblico, meditaremos sobre o que a Bíblia nos
diz acerca do novo céu e nova terra.
Pr. VMS 141
Quando ocorrerá o surgimento do novo céu e
nova terra?
Podemos dizer que o estado eterno, com novo céu e nova
terra, terá início por ocasião do juízo final.
Quando todos forem julgados, os ímpios serão destinados
à condenação eterna no lago de fogo, enquanto os santos
viverão e reinarão eternamente com Deus, no novo céu e
nova terra.
O Apóstolo João descreve esse momento da seguinte
forma: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o
primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não
existe.” (Ap 21:1).

Como será criado o novo céu e nova terra?


Esse é um ponto que levanta algumas discussões entre os
estudiosos.
Primeiro, vale ressaltar que a expressão “novo céu e nova
terra” deve ser entendida como contemplando o universo
inteiro, ou seja, é uma expressão bíblica para se referir a
todo universo.
Sobre as discussões acerca de como se dará a criação do
novo céu e nova terra, alguns acreditam que o universo
atual será completamente destruído, no sentido de
aniquilado, deixando de existir, e então Deus criará novo

Pr. VMS 142


céu e nova terra, sem continuidade alguma com o universo
atual.
Já outros estudiosos defendem que o universo atual não
será destruído, mas renovado. Será uma transformação tão
profunda que refletirá uma nova criação, mas ainda assim
será a continuidade do universo atual.
Particularmente entendo que há base bíblica suficiente para
que não haja qualquer dúvida de que, na verdade, acorrerá
uma renovação. Por exemplo: se considerarmos o texto
citado acima em Apocalipse 21:1, o termo grego utilizado
para descrever o novo céu e nova terra expressa uma ideia
de um “novo mundo”, e não de um “outro mundo”.
O mesmo termo também é utilizado em 2Pedro 3:13 “Mas
nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e
nova terra, em que habita a justiça.”, trata-se do grego
kainos que significa algo novo ou renovado. Se fosse algo
novo em origem, ou seja, sem qualquer base prévia, o
termo grego deveria ser néos. (Termo que indica novo:
neonato recém-nascido).
Na Carta aos Romanos, o Apóstolo Paulo nos diz que “a
natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os
filhos de Deus sejam revelados” (Rm 8:19). Paulo continuou
explicando que tal expectativa se dá pelo fato de que a
criação será “libertada da escravidão da decadência em
que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de
Deus” (Rm 8:21). Obviamente o apóstolo está dizendo que
Pr. VMS 143
é a criação atual que será libertada dos efeitos do pecado,
e não uma nova criação.
Por fim, também penso que a aniquilação do universo atual
poderia representar um tipo de vitória de Satanás, pois ele
teria conseguido corromper de maneira irreversível a
criação original de Deus, a ponto de precisar ser
completamente descartada para que outra criação seja
criada.
Portanto, a renovação do universo, além de ser a doutrina
bíblica acerca do assunto, também demonstra mais um
meio pela qual a soberania de Deus será revelada, quando
Ele purificar exatamente a criação que Satanás tentou
destruir, removendo todos os efeitos do pecado.

Como será o novo céu e nova terra?


Muita gente possui uma ideia completamente equivocada
acerca do que será o novo céu e nova terra, imaginando ser
um paraíso espiritual.
Essa ideia foi difundida principalmente na idade média,
onde o paraíso futuro sempre era retratado como um lugar
espiritual, entre nuvens, onde as pessoas vestidas de
branco ficariam flutuando com harpas nas mãos.
Na verdade, mesmo dentro das igrejas, alguns cristãos
também entendem desta forma, talvez por conta de
expressões que remetem a ideia de que passaremos a
eternidade num tipo de céu em algum lugar no espaço.
Pr. VMS 144
Primeiro precisamos dizer que hoje, quando um cristão
morre, sua alma vai estar com Deus na morada dEle, um
lugar de descanso de sua vida terrena, enquanto aguarda
a ressurreição de seu corpo.
Porém na eternidade, todos nós teremos corpos
ressurretos e glorificados, isto é, não seremos apenas
almas.
Na verdade, nós podemos dizer seguramente que
passaremos a eternidade no céu, desde que entendamos o
que será o céu no estado eterno.
A doutrina bíblica é a de que haverá uma nova terra na qual
passaremos a eternidade, vivendo em corpos ressurretos e
desfrutando das belezas desse mundo transformado para a
glória de Deus.
Entretanto, a Bíblia se refere a esse futuro lar como “novo
céu e nova terra”, isso porque Deus habitará conosco, ou
seja, esse lugar também será a habitação de Deus. Em
outras palavras, não existirá nenhuma separação entre o
céu (a morada de Deus) e a terra, ou seja, ambos se
fundirão, formando então um único lugar.
Logo, a nova terra será o céu, e o céu a nova terra, e nós,
habitando a nova terra, também estaremos habitando o
novo céu (Ap 21:1-3).
Claro que existem mistérios acerca de como tudo isto
ocorrerá, mas nossa esperança é de que chegará o dia em
que compreenderemos todas estas coisas pessoalmente.
Pr. VMS 145
As referências acerca do novo céu e nova
terra.
O escritor da Epístola aos Hebreus, escreveu que Abraão,
“pela fé peregrinou na terra prometida como se estivesse
em terra estranha; viveu em tendas, bem como Isaque e
Jacó, co-herdeiros da mesma promessa. Pois ele esperava
a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é
Deus” (Hb 11:9,10).
Sobre essa “cidade que tem alicerces” a qual eles
esperavam, o mesmo capítulo 11 nos mostra que não se
tratava de uma cidade terrena da presente era, mas uma
cidade celestial que se encontrará na nova terra.
Logo, eles entendiam que a promessa de Deus transcendia
a Canaã terrena, e buscavam uma pátria, isto é, a “pátria
celestial”, uma cidade a qual Deus lhes preparou.
(Hb 11:16) Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a
celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles,
de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma
cidade.
Jesus disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se
não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos
lugar.” (Jo 14:2)
No Antigo Testamento, as passagens mais conhecidas e
explicitas que descrevem o novo céu e nova terra estão no
livro do Profeta Isaías.
Pr. VMS 146
(Is 65:17) Porque eis que eu crio céus novos e nova terra;
e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se
recordarão.
(Is 66:22) Porque, como os céus novos e a terra nova que
hei de fazer estarão diante da minha face, diz o Senhor,
assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.
Já no Novo Testamento, existem muitas referências que
remetem ao estado eterno, mas certamente as referências
de Romanos 8:21-23; 2Pedro 3:13 e Apocalipse 21-22 são
as principais acerca do novo céu e nova terra.
Considerando todas estas referências, podemos
claramente entender que o novo céu e nova terra será um
lugar glorioso, com uma paz sem igual, toda a criação
estará restaurada e livre da maldição do pecado, onde
haverá abundância de recursos que estarão à disposição
de seus habitantes, não existira mais a morte, a tristeza e a
dor, será um lugar marcado pela justiça e, principalmente,
será a eterna habitação de Deus com Seu povo.

Como viveremos no novo céu e nova terra?


Bem, como já vimos, não devemos imaginar nossas vidas
na nova terra de forma “espiritualizada”, flutuando entre
nuvens e cantando durante toda a eternidade num coral.
Geralmente sobre essa questão, as pessoas costumam ter
dúvidas bem específicas.

Pr. VMS 147


Todavia, a Bíblia (com principal ênfase no capítulo 21 do
Apocalipse) nos fala sobre o que realmente importa
sabermos em relação a nossa vida futura.
A Igreja de Cristo reinará durante toda a eternidade com
Deus, ou seja, na nova terra nós desfrutaremos de
comunhão eterna com Deus. Certamente esse é o aspecto
mais maravilhoso da nossa vida futura. Como já dissemos,
na nova terra não haverá mais lágrimas e sofrimento e a
morte não será mais encontrada. Todas essas coisas já
serão passadas.
Lá poderemos conviver durante toda a eternidade com
nossos amigos e entes queridos que partiram no Senhor,
como também com grandes homens de Deus a quem
conhecemos apenas de ouvir falar, como Noé, Abraão,
Moisés, Isaías, Paulo, Pedro, João e tantos outros.
Na nova terra nós teremos ocupações. Em Apocalipse 22:3
somos informados de que os servos de Deus o servirão. Lá
descansaremos, mas não seremos ociosos, repousaremos
de nossas fadigas, mas não do nosso serviço. Porém, será
um trabalho glorioso e prazeroso, pois serviremos o nosso
Senhor.
Ainda no texto do livro do Apocalipse, lemos que na
eternidade contemplaremos a face de Deus (Ap 22:4). Com
certeza esse é ponto alto da descrição da nossa vida futura.
Poderemos ver o nosso Senhor exatamente como Ele é
(1Jo 3:2).
Pr. VMS 148
Aqui vale ressaltar que nossa vida na nova terra será
essencialmente diferente e infinitamente superior ao que foi
com Adão no Éden.
Antes da Queda, sabemos que Deus descia à terra para
conversar com Adão na viração do dia (Gn 3.8).
Obviamente isso já era maravilhoso, mas perceba que
ainda existia uma distância, pois Deus descia em alguns
momentos.
Os estudiosos entendem que possivelmente essa
manifestação de Deus era sob forma humana. Mas no novo
céu e nova terra não haverá qualquer distância, Deus não
nos visitará em determinados momentos, mas habitará
conosco para todo o sempre. (Ap 21.3) “E ouvi uma grande
voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com
os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo,
e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.”
Além de servirmos a Deus, no novo céu e nova terra
também reinaremos com Ele pelos séculos dos séculos (Ap
22:5). Seremos servos e reis. Devemos nos lembrar que
não merecemos nenhuma destas coisas, tudo isso é graça.
Outro aspecto interessante que a Bíblia nos esclarece é
que, em corpos ressurretos vivendo na nova terra, os
santos não vão se casar. Pelo menos nesse ponto
específico seremos como os anjos. “Porque, na
ressurreição, nem casam, nem são dados em casamento;
mas serão como os anjos no céu.” (Mt 22:30).
Pr. VMS 149
Logo, também não haverá mais nascimentos, pois como a
morte não existirá também não haverá mais a necessidade
de reprodução.

Qual será o papel dos anjos no novo céu e


nova terra? Como eles se relacionarão com a
igreja?
Falando nos anjos, muitas pessoas também se perguntam
sobre como será o papel dos anjos no novo céu e nova
terra, e como será o nosso relacionamento com eles. Na
verdade a Bíblia não fala nada a respeito deste assunto.
Todavia, ao que parece a relação entre os anjos e os
redimidos permanecerá como é atualmente. Os anjos são
“espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos
que hão de herdar a salvação” (Hb 1:14).
Seja como for, é certo que o relacionamento entre os anjos
e a Igreja será de terna união, e juntos adorarão ao Deus
Todo-Poderoso por toda a eternidade. GLÓRIA A DEUS!

Como será o nosso corpo no novo céu e nova


terra?
Também não temos todos os detalhes acerca disto, mas
com certeza o texto do Apóstolo Paulo aos irmãos de
Corinto é bem esclarecedor nesse sentido.

Pr. VMS 150


(1Co 15:50-54) E, agora, digo isto, irmãos: que carne e
sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a
corrupção herda a incorrupção.
51 Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos
dormiremos, mas todos seremos transformados,
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 Porque convém que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da
imortalidade.
54 E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da
imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte na vitória.
É preciso notar que o texto não explica a composição física
do corpo ressurreto, apenas enfatiza que seremos imortais
e incorruptíveis, ou seja, não haverá mais nada que nos
debilite.
Em sua Epístola aos Filipenses, o mesmo apóstolo nos
ensina que o corpo ressurreto será semelhante ao corpo
glorioso de Cristo ressuscitado.
(Fp 3:21) que transformará o nosso corpo abatido, para ser
conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder
de sujeitar também a si todas as coisas.
Pr. VMS 151
CONCLUSÃO
A doutrina bíblica acerca do novo céu e nova terra deve ser
algo presente na vida de todos os cristãos verdadeiros.
As promessas sobre esse futuro glorioso devem nos
confortar na presente era, enquanto ainda vivemos em um
mundo decaído e corrompido pelo pecado.
Apesar de hoje não compreendermos todos os detalhes
acerca do estado eterno, haverá o dia em que
pessoalmente não só entenderemos, mas presenciaremos
e participaremos de todas essas coisas.
Não há dúvida de que o novo céu e nova terra será algo
sem igual, como nunca visto antes.
Porém, entre tudo isto, nada poderá se comparar ao prazer
de contemplar a face de Deus.
Por enquanto só nos resta imaginar o dia em que estaremos
profundamente admirados diante do esplendor do Cordeiro.
Glória a Deus! Aleluia!

Prezado leitor! Você que acabou de ler este livro,


desejo todas as benção de Deus sobre a tua vida.
Nos encontraremos no Novo Céu e Nova Terra!

PENSE NISSO!
Pr. Vilmar M. Silva

Pr. VMS 152

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