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ELETRÓLITOS

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ELETRÓLITOS

Os eletrólitos têm um papel importante na manutenção da


homeostase no organismo.

Nos mamíferos, os líquidos e eletrólitos estão distribuídos nos


compartimentos intra e extracelular, cuja manutenção de volume
e composição, é essencial para processos metabólicos
fundamentais à vida.

Por serem moléculas ionizadas, os eletrólitos adquirem cargas


negativas (ânions) ou positivas (cátions) sendo responsáveis por
regular a pressão osmótica.
O sódio, o potássio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados
no organismo.

Esses são componentes essenciais de fluidos corporais, como


sangue e urina e, ajudam a regular a distribuição de água ao
longo do organismo além de desempenhar um papel importante
no equilíbrio ácido básico.

O rim é o órgão mais importante na regulação do volume e da


composição dos fluidos corporais, mesmo que outros órgãos
como o coração, o fígado, os pulmões e a glândula pituitária
ajudem a manter o equilíbrio eletrolítico.
Considerando os fluídos corporais, o sódio (Na+) é o principal
cátion extracelular, o potássio (K+) é o principal cátion intracelular
e o cloro (Cl-) é o principal ânion extracelular.

As concentrações de Na+ e K+ são mantidas pela bomba Na-K


ATPase das membranas plasmáticas, a qual transporta de forma
ativa o Na+ para o exterior das células e K+ para o interior.
As diferenças na composição entre o líquido intra e o extracelular
são mantidas ativamente pela membrana celular, que é
semipermeável (totalmente permeável à água e seletiva para outras
substancias como os íons).

Como a água se difunde livremente através da barreira celular, seu


movimento é determinado pelas alterações na concentração dos
eletrólitos osmoticamente ativos (principalmente o sódio e o
potássio) de cada lado da membrana.
Oriundos da alimentação, os eletrólitos não são totalmente
absorvidos pelo trato digestivo, havendo excreção do excesso
(urina, fezes, suor, saliva e bile) quando há um estado de
saturação na circulação porta.

Quando absorvidos, sofrem pouco ou nenhum processamento


hepático sendo transferidos aos tecidos periféricos para exercer
suas funções fisiológicas.
Em termos fisiológicos os eletrólitos devem ser considerados em
conjunto uma vez que as células necessitam de uma combinação
específica de ânions e cátions para funcionar de forma eficiente.

Os processos fisiológicos operar dentro de uma gama estreita das


condições, especialmente no que diz respeito ao pH.
Assim, as mudanças no equilíbrio ácido-básico têm uma
ampla influência sobre a função das células e, o animal deve
regular a entrada e saída de íons para manter a homeostase.

A falha em manter o equilíbrio eletrolítico correto dentro da


célula significa que as vias metabólicas são incapazes de
funcionar de forma eficiente e os recursos são desviados para
alcançar a homeostase em detrimento as demais funções tais
como crescimento e produção.
SÓDIO ( Na )
É importante na manutenção do equilíbrio osmótico.
Valores normais:
• Variam de 135 a 145 mEq/L

O sódio desenvolve as seguintes funções:


• Ajuda na distribuição da água corporal;
• Mantém a pressão osmótica do LEC;
• Ajuda a promover a função neuromuscular;
• Ajuda a manter o equilíbrio ácido-básico;
• Influencia os níveis de cloreto e potássio.
ALTERAÇÕES DO NIVEL DE SÓDIO (Na) :

Hiponatremia- Diminuição dos níveis de sódio.

Causas mais frequentes:


• uso de diuréticos
• Reposição de líquidos intravenosos hipotônico
• Perdas gastrointestinais por vômitos e diarréia
• Drenagem por sonda nasogástrica
• Sudorese
• Queimaduras extensas.
ALTERAÇÕES DO NIVEL DE SÓDIO (Na) :

Hipernatremia - Aumento do nível de sódio.

Causas mais frequentes:


• Reposição oral ou venosa por superdosagem ( parenteral por
hidratação venosa)
• Hiperalimentação parenteral
• Síndrome de Cushing( desordem endócrina causada pela elevação
do glicocorticóide).
POTÁSSIO ( K )

• O potássio é o cátion de maior concentração nos


líquido intracelulares(LIC)
• Somente cerca de 2% do potássio corpóreo é
líquido extracelular (LEC)

Valores Normais:
• Concentração no LIC: 150 a 160 mEq/L
• Concentração no LEC: 3,5 a 5 mEq/L
POTÁSSIO ( K )

• O potássio é medido especialmente no LEC para se


determinar o seu excesso ou a sua diminuição e para
saber qual a origem das arritmias cardíacas.
• A manutenção do potássio é importante para o
funcionamento neuromuscular normal. Pois alterações
podem ocasionar arritmias, na transmissão e condução
de impulsos nervosos.
• O potássio mantém a neutralidade elétrica celular.
A avaliação dos níveis séricos de potássio é útil
para:

• Avaliar o equilíbrio eletrolíticos, especialmente em


paciente idosos;

• Em Hiperalimentação parenteral;

• Uso de diuréticos, nas doenças renais;

• Nos pacientes em hemodiálise.


ALTERAÇÕES DO NIVEL DE POTÁSSIO ( K ) :
Hipocalemia ou Hipopotassemia- Diminuição do
nível de potássio.

Principais Sinais Clínicos :


• Fadiga;
• Mialgia, fraqueza muscular;
• Instabilidade emocional;
• Hipoventilação, hiporeflexia;
• Paralisia;
• Taquicardia, alterações no eletrocardiograma.
ALTERAÇÕES DO NIVEL DE POTÁSSIO ( K ) :

Causas mais comuns:

• Doenças gastrointestinais e renais,


• Cetoacidose diabética,
• Vômitos, Diarreia,
• Uso de diuréticos, Aspiração gástrica.
ALTERAÇÕES DO NIVEL DE POTÁSSIO ( K ) :

• Hipercalemia ou Hiperpotassemia- Nível elevado


de potássio.

Sinais clínicos:
• Confusão mental ;
• Fraqueza ;
• Bradicardia ;
• Hipoventilação por fraqueza da musculatura
respiratória.
ALTERAÇÕES DO NIVEL DE POTÁSSIO ( K ) :

Causas mais comuns:

• Excreção renal inadequada;


• Insuficiência renal, Acidose;
• Deficiência da insulina;
• Queimaduras;
• Cirurgia extensas;
• Infarto Agudo do Miocárdio - IAM.
Cálcio ( Ca )

No adulto cerca de 98% do cálcio está localizado nos ossos e


dentes. O restante encontra-se no meio extracelular
(sangue) e nos músculos esqueléticos.
Ao medir os níveis de cálcio total, consegue-se avaliar :
• A função endócrina;
• O metabolismo do cálcio ;
• O equilíbrio ácido-básico.
Valores normais em adultos:
• Cálcio total: 8,2 a 10,2 mg/dl
• Cálcio ionizado: 4,65 a 5,28 mg/dl
A Manutenção do equilíbrio dos níveis de cálcio no
organismo envolve diferentes órgãos:
• Intestino delgado;
• Rins ;
• Esqueleto.
Os níveis de cálcio são regulados por diferentes
hormônios:
• Paratormônio: Aumenta a reabsorção tubular e
mobilização do cálcio ósseo;
• Hormônio derivado do metabolismo da vitamina D e pela
calcitonina que atuam sobre a reabsorção óssea e nos
túbulos renais;
• Outros hormônios (tiroideanos, do crescimento,
glicorticorticóides adrenais e esteróides) que afetam o
metabolismo do cálcio, mas têm sua secreção alterada
pelas alterações das concentrações do íon.
A excreção do cálcio se dá por via urinária e pequena parcela
pela transpiração.

A determinação do cálcio urinário é útil para:


• O acompanhamento das terapias de reposição,
• Nas investigações de litíase renal
• No seguimento de patologias que envolvem o metabolismo
do cálcio, como nas doenças ósseas primárias e metásticas,
• Na intoxicação por vitamina D,
• Nas hipercalciúrias idopáticas
• Nas doenças da paratireóide.
Na acidose ocorre o aumento de cálcio ionizada;

Na alcalose ocorre a diminuição de sua concentração.

O cálcio ionizado é muito útil para avaliar distúrbios


ácido-básico que pode ocorrer :
• Na hemodiálise, nas septicemias, nos mielomas, na
cirrose, nas politransfusões, nos distúrbios
cardiovasculares, na insuficiência renal e no
diagnóstico de hiperparatireidismo.
Alterações dos níveis de cálcio (Ca):

Hipocalcemia- Diminuição do nível de cálcio.


• Pode ocorrer em paciente com síndrome de Cushing,
insuficiência renal, pancreatite aguda ou peritonite
Hipercalcemia- aumento dos nível de cálcio.
• Pode ocorrer na ingestão excessiva de cálcio, uso
excessivo de anti-ácido;
• Insuficiência da supra-renal e nas doenças renais;
• Nos tumores das paratireoides, carcinoma metásticos;
• Fraturas múltiplas ou imobilização prolongada.
OBS: Orientar ao paciente para não suplementação de
cálcio durante 8 a 12 horas antes do exame.
O cloro é essencial no equilíbrio hídrico e na regulação da pressão
osmótica e no equilíbrio ácido-básico onde desempenha um papel
especial no sangue pela ação do desvio de cloretos.

Além disso, no suco gástrico o cloreto também tem importância


especial na produção do ácido clorídrico.
O cloreto das secreções gástricas é derivado do cloreto do sangue e
normalmente é reabsorvido durante os últimos estágios da digestão
no intestino grosso. Tanto a ingestão quanto a excreção do cloreto é
inseparável das do sódio.

O hormônio ADH intensifica a excreção de cloro e reduz a sua


absorção pelos túbulos renais.
Existe uma estreita relação entre os íons sódio e cloreto. O cloreto
está envolvido na regulação da pressão osmótica extracelular e
alcança mais de 60% dos ânions nos líquidos desse
compartimento.

A concentração do íon cloreto esta mais sujeita a maiores


variações do que o íon sódio, pois outros ânions especialmente
bicarbonato podem ser trocados pelo cloreto.
A ingestão ótima de cloreto e sódio na deita aproxima-se
da proporção de 1:1, excesso de cloreto e nível constante
de sódio podem resultar em acidose enquanto que um
excesso de sódio e um nível constante de cloreto podem
resultar em alcalose.
A concentração dos eletrólitos é regulada pelos rins por meio da
ação em cascata do sistema renina-angiotensina-aldosterona que é
um eixo endócrino no qual cada componente de uma cascata é
produzido por diferentes órgãos, todos engajados na luta para
manter a estabilidade hemodinâmica.
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO!!

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