Nutrição de Ruminantes Com Uso Do Feno de Capim Elefante Amonizado
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Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas da Universidade Federal de Sergipe. Av. Marechal
Rondon, s/n, Rosa Elze, São Cristóvão/SE. CEP: 49.100-000; 2Universidade Estadual do Sudoeste
da Bahia; 3Universidade Federal de Sergipe; 4Universidade Federal do Agreste de Pernambuco.
*E-mail: robertalimav@hotmail.com
RESUMO
Objetivou-se avaliar as características químicas e nutricionais do feno de capim elefante amonizado com diferentes
níveis de ureia (0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0% da matéria seca). O delineamento experimental foi o inteiramente
casualizado e a estimativa dos coeficientes de regressão foi feita através do teste T de Student (5% de
significância). Os dados também foram submetidos à análise multivariada, utilizando a distância de Gower e o
método UPGMA de agrupamento, além disso, foram submetidos à análise de componentes principais. O aumento
das doses de ureia não alterou os teores de matéria seca, hemicelulose e material mineral do feno de capim elefante.
Houve redução das frações fibrosas com o aumento das doses de ureia, contudo, houve aumento linear dos teores
de digestibilidade da matéria seca (DMS), proteína bruta, nutrientes digestíveis totais (NDT) e nitrogênio
amoniacal. Observou-se, através da análise multivariada, que os carboidratos não fibrosos, NDT e DMS, foram as
variáveis que mais contribuíram com os resultados observados para o tratamento com 2,0% de ureia. Através da
análise de Cluster, foi possível visualizar a formação de dois grupos, sendo o primeiro formado pela utilização de
2,0% de ureia, que se destacou na composição bromatológica do feno de capim elefante, e o segundo grupo pelas
demais doses de ureia, divididos em dois subgrupos. Em conclusão, entre as doses estudadas, recomenda-se a
adição de 2,0% de ureia ao capim elefante desidratado, pois altera beneficamente a composição nutricional do feno
de capim elefante, principalmente os componentes da fração fibrosa.
Palavras-chaves: Amonização, conservação, digestibilidade, gramínea, nitrogênio.
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the chemical and nutritional characteristics of ammonized elephant
grass hay with different levels of urea (0.0, 0.5, 1.0, 1.5 e 2.0% of dry matter). The experimental design was
completely randomized and the regression coefficients were estimated using the Student's T test (5% significance).
The data were also submitted to multivariate analysis using the Gower distance and the UPGMA method of
grouping, in addition, they were subjected to principal component analysis. There was a reduction in fibrous
fractions with an increase in urea doses, however, there was a linear increase in the contents of digestibility of dry
matter (DDM), crude protein, total digestible nutrients (TDN) and ammoniacal nitrogen. It was observed through
multivariate analysis that non-fibrous carbohydrates, TDN and DDM were the variables that most contributed to
the results observed for the treatment with 2.0% urea. Through the Cluster analysis it was possible to visualize the
formation of two groups, the first formed by the use of 2.0% urea, which stood out in the bromatological
composition of elephant grass hay and the second group by the other doses of urea, divided into two
subgroups.Thus, it is possible to conclude that among the studied doses, the addition of 2.0% urea to the dehydrated
elephant grass is recommended, as it beneficially alters the nutritional composition of elephant grass hay, mainly
the components of the fibrous fraction.
Keywords: Ammonization, conservation, digestibility, grassy, nitrogen.
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*E-mail: robertalimav@hotmail.com
Ciência Animal, v.31, n.2, p.60-75, 2021.
INTRODUÇÃO
Plantas forrageiras são a base da nutrição de ruminantes no Brasil, devido à grande
extensão territorial e às condições climáticas favoráveis para a produção de pastagem. Contudo,
a disponibilidade de forragem, durante o ano, é desuniforme, enquanto no período chuvoso
existe excesso de forragem, durante o período seco é comum observar escassez de alimentos
atingindo negativamente a produção animal (BRAGA et al., 2019). Com o objetivo de diminuir
os efeitos negativos do período de sazonalidade na produção de alimento volumoso, a fenação
surge como alternativa para conservar e utilizar a forragem durante a escassez de alimentos
(GARCEZ et al., 2020).
O capim elefante (Pennisetum purpureum Schum) é uma gramínea difundida em todo
território nacional devido a sua perenidade, elevada produção de matéria seca e valor nutritivo
(FERREIRA et al., 2018). Existe elevação da produção de massa seca do capim elefante com
o avançar da idade de corte e da altura da planta (SALES et al., 2014), entretanto, com o avanço
da idade de corte ocorre redução de folhas e aumento da produção de colmo, resultando em um
material lignificado com menor digestibilidade. Neste sentido, aliado ao processo de fenação é
possível utilizar aditivos químicos, visando melhorias no processo de conservação e elevação
da qualidade do material conservado (REIS et al., 2014; CRUZ e SILVA, 2016).
Dentre os tratamentos químicos se destaca a adição de ureia, conhecida como
amonização que proporciona a solubilização dos constituintes da parede celular vegetal, e
elevação dos conteúdos de nitrogênio, aumentando a disponibilidade para os microrganismos
ruminais e provocando, assim, a redução da fração fibrosa, que resulta na melhoria da
digestibilidade e, consequentemente, no desempenho animal (VAN SOEST et al., 1991;
OLIVEIRA et al., 2011; RIBEIRO JUNIOR et al., 2014; GARCEZ et al., 2020)
A amonização vem sendo utilizada para promover melhoria no desempenho animal.
Neste contexto, Gunun et al. (2013) avaliaram o desempenho de novilhos mestiços alimentados
com palha de arroz tratada com diferentes níveis de ureia e observaram aumento na ingestão de
matéria seca e na digestibilidade de nutrientes, podendo elevar a produtividade do animal. Já
Barros et al. (2010) avaliaram a viabilidade econômica da substituição da silagem de sorgo pelo
bagaço de cana amonizado com ureia no confinamento de bovinos e concluíram que o uso de
100% de bagaço de cana-de-açúcar amonizado é viável como única fonte de volumoso.
Segundo Carvalho et al. (2006), a hidrólise alcalina dos volumosos, melhora a digestibilidade,
com isso, do ponto de vista nutricional, pode predispor os animais a desempenhos iguais aos
obtidos com dietas de alta qualidade.
Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da adição de
diferentes níveis de uréia sobre o valor nutricional do feno de capim elefante.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Fazenda Santo Antônio de Pádua, localizada no
município de Catu, estado da Bahia, entre julho e novembro de 2010. Os valores médios de
precipitação, temperatura máxima, mínima e média, durante o período experimental, foram de
100mm, 28,7, 23,4 e 19,4 ºC, respectivamente. Os dados meteorológicos foram coletados
através do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
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Preparação da forrageira
A espécie forrageira utilizada foi o capim-elefante cv. Napier (Pennisetum purpureum
Schum), coletados manualmente de uma área de pastagem já estabelecida. No início do
experimento, realizou-se um corte mecânico deixando 40cm de resíduo para que a planta tivesse
seu crescimento livre até o dia da colheita, sendo esta realizada após 100 dias de rebrota. Neste
momento, o capim elefante apresentava aproximadamente 2,0m e foi coletado deixando 20cm
de resíduo. Após a colheita, o material foi picado com o objetivo de reduzir as partículas para
3cm e serem expostos ao ar durante 72h, sendo revolvidos com frequência para que houvesse
uma desidratação uniforme. A composição química da espécie forrageira, ao final do processo
de desidratação, encontra-se na Tab. 01, a fim de poder caracterizar o material antes da
amonização.
Tabela 01: Composição química do capim elefante aos 100 dias de rebrota após 72h de
desidratação.
Componentes Teores (% de matéria seca)
Matéria seca 87,05
Cinzas 5,20
Proteína bruta 4,85
Extrato etéreo 1,32
Fibra em detergente neutro 73,71
Fibra em detergente ácido 49,70
Celulose 39,86
Hemicelulose 24,00
Lignina 9,72
Carboidratos não-fibrosos 14,45
Carboidratos totais 88,16
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Análises químico-bromatológicas
Essas amostras foram utilizadas para determinação dos teores de matéria seca (MS)
(método 967.03), proteína bruta (PB) (método 981.10), extrato etéreo (EE) (método 920.29) e
cinzas (CZ) (método 942.05) (AOAC, 1990). Os teores de fibra em detergente neutro (FDN),
fibra em detergente ácido (FDA), celulose (CEL) e lignina (LIG) foram determinados conforme
Van Soest et al. (1991). Os teores de hemicelulose (HEM) foram obtidos pela diferença entre
FDN e FDA. Estimou-se também os teores de nutrientes digestíveis totais (NDT), segundo a
equação NDT = 83,79 – 0,4171 x FDN proposta por Cappelle et al. (2001), e carboidratos não
fibrosos (CNF) e carboidratos totais (CHOT), de acordo com as equações CNF = 100-
(PB+FDN+CZ+EE) e CHOT = 100-(PB+CZ+EE) propostas por Sniffen et al. (1992). A
digestibilidade da matéria seca (DMS) foi estimada por meio da equação DMS = 88,9 – (0,779
x % FDA), descrita por Castro Filho et al. (2007).
Análise Estatística
Os dados obtidos foram analisados com o auxílio do programa estatístico SAS
University Edition, onde foram realizados testes de análise de variância (ANOVA), para
verificar o efeito dos tratamentos, e estimativa dos coeficientes de regressão através do teste T
de Student, considerando 5% de significância. Os dados também foram submetidos à análise
multivariada, utilizando a distância de Gower e o método UPGMA de agrupamento (grupo de
pares não ponderados com média aritmética). Além disso, os dados foram submetidos à análise
de componentes principais (PCA) e os tratamentos foram plotados em relação aos dois
componentes principais (PC1 e PC2), que explicaram a maior parte da variabilidade dos dados.
A análise foi realizada utilizando a função prcomp no R.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi observado efeito linear positivo do pH e dos teores de nitrogênio amoniacal (N-
NH3) com a adição dos níveis de ureia (Fig. 01). Para o capim elefante amonizado com 2% de
ureia, houve aumento de 21,55 e 37,6% no valor de pH e N-NH3, respectivamente, em relação
ao tratamento sem adição de ureia. De acordo com Carvalho et al. (2006), a elevação do pH em
alimentos amonizados pode ser atribuído ao aumento da produção de amônia, que ocorre
quando é adicionada ureia ao material que receberá amonização. Perazzo et al. (2016 e 2017)
avaliaram o desempenho de ovinos alimentados com feno de capim buffel (Cenchrus ciliares)
amonizado com quatro níveis de nitrogênio (0, 18, 36 e 54 g/kg MS). Os autores relataram que
existe uma correlação positiva entre o aumento das doses de nitrogênio e o comportamento
ingestivo, digestibilidade e consequentemente, desempenho animal.
Bezerra et al. (2014) avaliaram fenos de capim buffel amonizado com níveis
crescentes de ureia e não encontraram efeitos com a utilização das doses de ureia. Esses autores
relataram um pH médio de 8, que consideraram alto para essa variável. Por outro lado, Zanine
et al. (2006) observaram aumento do pH do bagaço de cana-de-açúcar amonizado com ureia,
encontrando valor máximo de 3,68 na dose mais elevada (3% de ureia na MS). Isso sugere que
o efeito da amonização sobre o pH depende das doses de ureia e do material que será
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Figura 01: Potencial hidrogeniônico (pH) (A) e teor de Nitrogênio amoniacal (N-NH3) (B)
do capim elefante desidratado amonizado com diferentes níveis de ureia.
(Obs.:*Expresso em porcentagem do nitrogênio total (NT)
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pelo tratamento químico utilizado. Os níveis de ureia utilizados neste experimento não foram
suficientes para alterar o teor de matéria seca do feno de capim elefante.
Tabela 02: Composição química do feno de capim elefante amonizado com diferentes níveis
de ureia.
Níveis de ureia (% da matéria seca)
Variável (%)1 Equação de Regressão R²*
0 0,5 1,0 1,5 2,0
Matéria seca 76,03 75,90 75,87 75,89 75,93 Ŷ = 75,92 -
Proteína Bruta 4,59 5,52 5,81 6,28 6,61 Ŷ = 4,8025 + 0,9595x 0,9518
FDN2 72,16 71,89 70,98 70,89 68,33 Ŷ = 72,58 - 1,7305x 0,8177
FDA2 51,56 51,56 51,28 50,72 48,36 Ŷ = 52,143 - 1,448x 0,7170
Celulose 41,47 51,50 41,35 40,99 39,51 Ŷ = 41,848 - 0,8851x 0,7013
Lignina 10,09 10,07 9,94 9,74 8,84 Ŷ = 10,296 - 0,5629x 0,7416
Hemicelulose 20,60 20,33 20,28 20,58 19,98 Ŷ = 20,35 -
Extrato Etéreo 1,59 1,36 1,43 1,33 1,46 Ŷ = 1,43 -
MM² 4,82 4,99 4,94 4,87 4,69 Ŷ = 4,86 -
CHOT2 89,00 88,13 87,83 87,52 87,24 Ŷ = 88,77 – 0,827x 0,9295
CNF2 16,84 16,25 16,27 16,21 18,91 Ŷ = 17,00 – 2,889x + 1,85x² 0,8808
*Coeficiente de determinação; 1Dados expressos em porcentagem da matéria seca; 2FDN: Fibra em Detergente
Neutro; FDA: Fibra em Detergente Ácido; MM: Material mineral; CHOT: Carboidratos Totais; CNF: Carboidratos
Não Fibrosos.
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respectivamente). Esta redução foi correspondente a 5,3% para FDN e 6,2% para FDA,
comparados ao tratamento que não recebeu adição de ureia. Foi observado redução linear
(p<0,05) dos teores de celulose e lignina com a adição de ureia (Tab. 02). A adição de 2% ureia
com base na MS reduziu 4,7 e 12,3% os teores de celulose e lignina, respectivamente. Porém
não afetou os teores de hemicelulose apresentando média de 20,35%. De acordo com Oliveira
et al. (2011), o teor de FDN presente na dieta está relacionado com a limitação do consumo,
em razão do espaço ocupado no rúmen, levando-o ao enchimento. Quando ocorre o enchimento
do rúmen, a fibra exerce pressão sobre a sua parede, desencadeando respostas fisiológicas que
ativam o processo de ruminação e fazem com que com que o animal pare de consumir
(BERCHIELLI et al., 2011).
A ureia é eficiente em diminuir os compostos da fração fibrosa de plantas forrageiras,
devido à hidrólise dos dos componentes da parede celular, além de provocar alterações sobre
as células da bainha vascular e forçar a ruptura de superfícies cuticulares (ABO-DONIA et al.,
2014; BEZERRA et al., 2014). Assim, existe o rompimento de ligações éster, ocorrendo
aumento na solubilização da hemicelulose através da ruptura com compostos fenólicos, como
a lignina, reduzindo os teores de FDN e FDA (GARCEZ et al., 2014b). Segundo Carvalho e
Pires (2008), a proporção dos tecidos e espessura da parede celular do vegetal têm impacto no
valor nutritivo do alimento. Isso acontece pois os teores de fibra, lignina e proteína bruta afetam
os coeficientes de digestibilidade in vitro da matéria seca. Assim, os tecidos de baixa digestão
(fibra e lignina) afetam negativamente a digestibilidade in vitro da matéria seca do alimento
(OLIVEIRA et al., 2016)
Neste experimento, a solubilização da hemicelulose não foi observada, já que não
houve efeito dos níveis de ureia para essa variável. Assim, a redução da fração fibrosa do feno
de capim elefante parece estar diretamente ligada à solubilização parcial da celulose e lignina
presente na parede celular, uma vez que essas variáveis diminuíram com o acréscimo dos níveis
de ureia (Tab. 02). Altos teores de FDN, na dieta do ruminante, tem efeito efeito negativo no
consumo de matéria seca, por favorecer o enchimento do rúmen (BARROS et al., 2010). Assim,
a redução de compostos fibrosos, através da amonização, é uma alternativa que pode ser
aplicada com o intuito de melhorar a produtividade animal. Além do tratamento químico, a
adição de leguminosas como fonte de urease contribui para redução da fibra em detergente
neutro do feno de capim elefante amonizado com ureia (MORAIS et al., 2017).
Nesse sentido, Gimenes et al. (2011) avaliando o capim marandu sob doses de
nitrogênio (50 e 200 kg ha-1), observaram que a maior dose promoveu um incremento no valor
nutritivo da forragem, caracterizado por maiores valores de PB e digestibilidade in vitro da
matéria seca e menores valores de FDN e FDA, o que resultou em maior ganho de peso vivo
diário dos animais com média anual de 0,511 e 0,630g/dia, respectivamente. Os resultados
referentes à composição bromatológica foram semelhantes aos observados neste trabalho com
a adição das crescentes doses de ureia ao feno de capim elefante, podendo significar que o
comportamento relacionado à fibra, observados no presente trabalho, resultará em incremento
no ganho de peso dos animais (GIMENES et al., 2011).
Com o aumento das doses de ureia, houve efeito linear negativo (p<0,05) para o teor
de carboidratos totais (Tab. 02). A adição de ureia no feno de capim elefante reduziu o teor de
carboidratos totais de 89 para 87,24%. Já os carboidratos não fibrosos do capim elefante se
comportaram de forma quadrática (p<0,05) com o aumento dos níveis de ureia. O menor teor
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de CNF foi encontrado na dose de 0,7% de ureia com base na MS. Neste ponto, o valor mínimo
de CNF foi de 15,88%. Apesar da redução dos carboidratos totais, estes tendem a melhorar a
sua digestibilidade, De acordo com Morais et al. (2020), a amonização tende a favorecer a
maior atividade dos microrganismos ruminais, provocando melhorias na digestibilidade da fibra
através da quebra dos compostos ligados à lignina, os autores relataram aumento na produção
de gás da fração fibrosa do material amonizado, sendo 7,93; 8,56 e 8,07mL/0,1g MS,
respectivamente, utilizando 2, 4 e 6% de ureia na MS, respectivamente.
No feno de capim elefante, a redução linear da lignina (Tab. 02) está relacionada com
aumento do teor de pH e N-NH3 (Fig. 01), pois, de acordo com Van Soest (1994), a elevação
do pH ajuda na redução nos teores de lignina por facilitar a solubilização desse composto em
contato com a amônia liberada no meio amonizado. A lignificação da parede celular provoca
efeitos negativos sobre a digestibilidade do volumoso e, de acordo com Morais et al. (2017), a
lignina pode causar efeito tóxico aos microrganismos ruminais, impedindo o acesso de bactérias
fibrolíticas ao centro de reação de um carboidrato. Assim, a redução da lignina no material
amonizado é interessante, pois a presença desse composto contribui na redução da
digestibilidade do alimento e na ingestão voluntária, afetando negativamente o desempenho
animal (LAZZARINI et al., 2009).
Apesar da redução dos carboidratos totais com o aumento dos níveis de ureia, na maior
dose (2%) houve um aumento de 12,29% no teor de carboidratos não fibrosos em relação à
menor dose (0%). Neste sentido, Sousa et al. (2019) avaliaram a amonização com ureia de palha
de milho e relataram aumento nos teores de carboidratos não fibrosos, que foi atribuído à
solubilização da fração fibrosa em decorrência do contato da amônia produzida com o material
amonizado. O aumento de carboidratos não fibrosos representa incremento no fornecimento de
energia para o desenvolvimento de microrganismos ruminais, o que pode ser considerado como
aspecto positivo, visto que os microrganismos presentes no rúmen são os principais
fornecedores de proteína para os ruminantes (BERCHIELLI et al., 2011). Ademais, os
carboidratos não fibrosos representam compostos de alta degradação e seu aumento indica
redução proporcional dos carboidratos estruturais presentes na parede celular, que são
lentamente degradados no ambiente ruminal (SILVA e SILVA, 2013).
Com o aumento dos níveis de ureia houve aumento linear (p<0,05) dos valores de
nutrientes digestíveis totais (NDT) e digestibilidade da matéria seca (Fig. 02). No maior nível
de ureia (2%), quando comparados ao capim sem tratamento químico, houve aumento de 3 e
5% para os valores de NDT e DMS, respectivamente. Segundo Murta et al. (2011), a digestão
se baseia na quebra de macromoléculas em compostos mais simples para que possam ser
absorvidas no trato gastrointestinal do animal.
Sendo assim, o aumento da quantidade de nutrientes digestíveis presente em um
alimento é um indicativo de que o animal pode aproveitar de forma mais eficiente a alimentação
que está sendo fornecida. Ademais, a determinação dos coeficientes de digestibilidade de um
alimento serve para qualificá-lo quanto ao seu valor nutritivo, que pode indicar o percentual de
cada nutriente que o animal pode aproveitar (VAN SOEST, 1994). Assim, a inclusão de ureia
na forma de amonização é eficiente para aumentar o teor de nutrientes digestíveis totais do feno
de capim elefante (Fig. 02A), evidenciando o efeito positivo desse tratamento químico.
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Figura 02: Teores de nutrientes digestíveis totais (NDT) (A) e digestibilidade da matéria seca
(DMS) (B) do capim elefante desidratado amonizado com diferentes níveis de ureia.
(Obs.: *Em porcentagem da matéria seca)
Ferreira e Zanine (2013) avaliaram o tratamento químico com ureia do feno de capim-
mombaça e relataram aumento na digestibilidade do material amonizado comparado ao não
amonizado. Este fator favorece o aumento da disponibilidade de nutrientes digestíveis pelo fato
de ampliar a área de ataque dos microrganismos ruminais sobre o alimento. Além disso, o
aumento das doses de ureia reflete na solubilização dos componentes da parede celular,
resultando em incremento de nutrientes prontamente digestíveis para o animal (PÁDUA et al.,
2011).
De acordo com Díaz et al. (2015), o aumento da digestibilidade de forragem de baixa
qualidade, através de tratamento químico, resulta em melhorias significativas no desempenho
de ruminantes em regiões tropicais e subtropicais. Contudo, para que não haja perdas na
produtividade animal, é necessário que a utilização do material amonizado esteja associada à
quantidade de concentrado capaz de atender às exigências nutricionais, de acordo com o
objetivo dos sistemas de produção (MISSIO, 2016).
De maneira geral, a produção de nitrogênio amoniacal (NH3-N) é favorável no
processo de amonização por causar solubilização de compostos indisponíveis e aumentar a
digestibilidade do material amonizado. Porém, os efeitos da produção de amônia vão além da
sua ação nas características físico-químicas do alimento e se estende até o animal. De acordo
com Ribeiro et al. (2015), a amônia, ao ser absorvida pela parede ruminal, segue pela corrente
sanguínea até o fígado, onde é convertida em ureia e lançada no sangue, podendo seguir
diferentes destinos, quando a ureia retorna ao rúmen ela é convertida novamente em amônia e
pode ser utilizada como fonte de nitrogênio pelas bactérias, esse processo, denominado de
reciclagem do nitrogênio, é extremamente importante para a sobrevivência dos ruminantes em
condições de dieta deficiente desse nutriente. Assim, o aumento na produção de NH3-N
favorece o crescimento de microrganismos ruminais, principalmente àqueles que degradam
carboidratos fibrosos, aumentando a degradação da fibra a nível de rúmen (FERREIRA et al.,
2015).
Abo-Donia et al. (2014) relataram que a casca de amendoim amonizada com ureia
favorece o aumento da produção ruminal de NH3-N. Esses autores relacionaram este aumento
com a elevação na disponibilização de carboidratos provocada pela produção de amônia durante
o processo de amonização. Dessa forma, a elevação de NH3-N, no rúmen, beneficia o
crescimento de microrganismos por fornecer energia, aumentando, assim, a produção de
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proteína microbiana que será utilizada pelo animal. Ademais, Nguyen et al. (2012) descobriram
aumento na população de bactérias celulolíticas no rúmen de búfalos alimentados com palha de
arroz tratada quimicamente com ureia. O aumento de microrganismos ruminais está relacionado
com a elevação de ácidos graxos voláteis (AGVs), geralmente, de cadeia curta, que favorecem
o aumento da população microbiana ruminal (ABDEL-AZIM et al., 2011).
Perazzo et al. (2016; 2017) avaliaram o desempenho de ovinos alimentados com feno
de capim buffel (Cenchrus ciliares) amonizado com quatro níveis de nitrogênio (0, 18, 36 e
54g/kg MS). Os autores relataram que existe uma correlação positiva entre o aumento das doses
de nitrogênio e o comportamento ingestivo, digestibilidade e consequentemente, desempenho
animal. Alli-Balogun et al. (2018) também relataram melhoria no desempenho de ovinos
quando alimentados com níveis crescentes de ureia na amonização do feno de capim gamba
(Andropogon gayanus). Este fato está relacionado com o aumento da qualidade nutricional do
alimento ocasionado pelo processo de amonização.
Além disso, Morais et al. (2020) relataram aumento na produção de gás da fração
fibrosa do material amonizado, devido à maior ação dos microrganismos ruminais, provocando
aumento na digestibilidade da fibra através da quebra dos compostos ligados à lignina. Dessa
maneira, fica evidenciado que o tratamento de forragens de baixa qualidade é uma alternativa
eficiente para melhorar sua qualidade nutricional e, consequentemente, o desempenho animal.
Análise multivariada
As cargas fatoriais com maior potencial de descriminação do PC1 foram pH, CEL,
DMS, NDT, FDA, LIG e FDN com 70,01% e para o PC2 LIG, CNF, CHOT e FDA com
85,70%. Caracteres como CEL, FDA, LIG e FDN influenciaram diretamente nos tratamentos
utilizando 0,5 e 1,0% de ureia, já para a utilização de 2,0% de ureia as variáveis CNF, NDT e
DMS foram mais eficientes na explicação desse tratamento (Fig. 03A).
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Ciência Animal, v.31, n.2, p.60-75, 2021.
Correlação positiva de alta magnitude foram observadas entre CEL x FDA, CEL x LIG,
CEL x FDN, FDA x LIG, pH x NDT com 0,99; 0,99; 0,97; 0,99 e 0,90, respectivamente.
Enquanto as correlações negativas entre NDT x FDA (-0,99), LIG x DMS (-0,99), CHOT x PB
(-0,99) e pH x FDN (-0,96) (Fig. 03A). Através da análise de Cluster, foi possível visualizar a
formação de dois grupos, sendo o primeiro formado pela utilização de 2,0% de ureia, que se
destacou na composição bromatológica do feno de capim elefante, e o segundo grupo pelas
demais doses de ureia, divididos em dois subgrupos. A menor similaridade pela distância de
Gower (0,1326) foi observada entre as doses 1,0 e 1,5% e a maior entre o controle e 2,0% de
ureia com 0,976 (Fig. 03B).
CONCLUSÕES
Recomenda-se a adição de 2% de ureia ao capim elefante desidratado, pois altera
beneficamente a composição nutricional da forragem, principalmente os componentes da fração
fibrosa. Assim, a utilização da amonização mostrou-se uma técnica viável para melhoria do
valor nutricional do feno de capim elefante, podendo resultar na melhoria no desempenho
produtivo do animal.
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