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B Cronica

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REPUBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVINCIAL DO UÍGE


GABINETE PROVINCIAL DE EDUCAÇÃO DO UÍGE
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE MANDOGEX –UÍGE

PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL


Apresentada para obtenção do grau Técnico Médio de
Enfermagem Geral

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA AO PACIENTE COM


BRONQUITE CRÔNICA ATENDIDA NA SECÇÃO DA MEDICINA DO
HOSPITAL DO CATAPA DURANTE O IIIº TRIMESTRE 2024.

ELABORANDO POR:

UÍGE /2024
TEMA:
Assistência de enfermagem prestada ao paciente com Bronquite Crônica atendida na
Secção da Medicina do Hospital do Catapa durante o IIIº Trimestre 2024.

AUTOR:

ORIENTAÇÃO CIENTÍFICA:
_____________________________

Dr.

UÍGE / 2024
FOLHA DE APROVAÇÃO

O trabalho intitulado “Assistência de enfermagem prestada ao paciente com Bronquite


Crônica atendida na Secção da Medicina do Hospital do Catapa durante o IIIº Trimestre
2024”, de autoria de, foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo

considerado APROVADO no Curso de Enfermagem Geral.

BANCA EXAMINADORA

Aprovado em: ____/_____/_____

_________________________________________________________________
O Presidente da Banca Examinadora

_________________________________________________________________
(Orientador da Monografia)
Prof. Lukubo Wutawako

_________________________________________________________________
Coordenador (a) do Curso
Prof. Teca JOÃO KAMAUCANA

UÍGE 2024
INTRODUÇÃO
Trata-se de um trabalho de fim do curso intitulado pelo tema “Assistência de enfermagem
prestada ao paciente com Bronquite Crônica atendido na Secção do internamento da
pediatria do Hospital do Catapa durante o IIIº Trimestre 2024”.
Desde 1676 encontram-se na literatura citações sobre sintomas característicos de bronquite
crônica. Entretanto, somente em 1951 houve a primeira manifestação de interesse sobre
bronquite crônica, quando a mesma foi tema de simpósio, na Inglaterra e Irlanda. A partir
desse momento, tiveram início inúmeras discussões sobre a definição e o diagnóstico desta
doença. Em 1959, no Simpósio Ciba, bronquite crônica foi definida como “a presença de
tosse com catarro na maioria dos dias de três meses, que vem ocorrendo desde dois anos
consecutivos, contanto que possam ser excluídas outras doenças capazes de provocar
tosse”. Actualmente, vem sendo discutido se o tempo de duração dos sintomas deve ou não
permanecer na definição de bronquite crônica.
No mundo inteiro, dados epidemiológicos demonstram que milhões de pessoas sofrem
desta
enfermidade, e morrem prematuramente devido a suas complicações. Actualmente, a DPO
é a 12ª doença mais prevalente no mundo e segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), será a quinta, no ano 2020.
As doenças respiratórias crónicas no Uíge são a terceira causa de morte em menores de
cincos anos, depois da malária e das doenças diarreicas. Bronquite crônica é definida como
uma condição na qual a tosse produtiva crônica está presente por no mínimo três meses por
ano, durante pelo menos dois anos consecutivos (MARTINS, 2007).
Segundo a OMS (2021) é uma patologia crônica respiratória que ocorre em diferentes
faixas etárias. Nesse quadro pneumo-respiratório verifica-se que as passagens aéreas
presentes na estrutura pulmonar sofrem um estreitamento decorrente de processos
inflamatórios, somados à contração muscular no entorno das pequenas vias aéreas. Nesse
contexto inflamatório a sintomatologia se caracteriza por tosse, respiração ofegante,
dispneia e compressão torácica.
Embora o início da doença possa acontecer em qualquer idade, é mais frequente que isso
ocorra no início da vida, sendo considerada a doença crônica mais comum na infância.
Breves considerações
A unidade sanitária em referência foi inaugurada por Francisco Pereira Furtado ministro do
estado chefe da casa de segurança do presidente da República isto foi, no dia 27 de outubro
de 2021, com a finalidade de prestar cuidados preventivos e curativos em diversas áreas.

TIPO DE PESQUISA E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO


A presente pesquisa foi realizada com base em estudo descritivo prospectivo transversal.
Trata-se de um estudo de carácter observacional, em que o pesquisador interage com o
paciente de modo directo, fazendo analise e avaliação do estado clinico conseguida através
da observação. Com base no conhecimento da “Assistência de enfermagem prestada ao
paciente com Bronquite Crônica atendida na Secção da Medicina do Hospital do Catapa
durante o IIIº Trimestre 2024”.
Geograficamente o Hospital do Catapa localiza-se pelas seguintes coordenadas
geográficas:
 A NORTE: aldeia do Quidenuco,
 A ESTE: Pavilhão do Catapa
 A SUL: comité central do MPLA,
 OESTE: Colégio do Catapa.

PROBLEMA DE PESQUISA
A Bronquite crônica é uma doença infecciosa, mais frequente em regiões com deficiente
saneamento básico. A mesma ocorre através da contaminação do aparelho respiratório,
principalmente quando é afectado o parênquima bronquial por elementos estranhos como
poeira, objectos estranhos o que faz com este epitélio inflame. A bronquite crônica
constituem um grande problema de saúde pública em todo o mundo e em Angola, devido
aos impressionantes números de morbilidade e mortalidade que causam (Angola, 2019).
Diante do exposto acima, surgiu-me a seguinte pergunta científica:
JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA DO TEMA
A opção pelo tema surgiu durante as realizações dos meus estágios hospitalar e curricular
em que observei vários casos de bronquite crônica. Sendo uma enfermidade ocasionada
por um processo inflamatório bronquial, que se traduz clinicamente como tosse crônica,
podendo progredir para insuficiência respiratória. facto que me motivo avaliar Assistência
de enfermagem prestada ao paciente com Bronquite Crônica atendido na Secção do
internamento da pediatria do Hospital do Catapa durante o IIIº Trimestre 2024.
OBJECTIVOS DO TRABALHO
Geral:
 Avaliar a assistência de enfermagem prestada ao paciente com Bronquite Crônica
atendido na Secção do internamento da pediatria do Hospital do Catapa durante o
IIIº Trimestre 2024
Específicos:
 Identificar o paciente;
 Conhecer a sua proveniência;
 Identificar os sinais e sintomas apresentado pelo paciente;
 Descrever as causas da bronquite crônica;
 Caracterizar os factores de risco da bronquite crônica;
 Conhecer as complicações;
 Cumprir as intervenções de Enfermagem Específica;
 Conhecer a evolução clínica;
 Propor medidas de prevenção ao paciente;
 Conhecer o prognóstico de alta.
HIPÓTESES
De acordo Darwen, (2022)” trata-se de uma afirmação hipotética cuja afirmação da
veracidade obtém-se ao longo da investigação do fenómeno. No presente trabalho
formulou-se as seguintes:
Hip1: É provável que a assistência de enfermagem prestada ao paciente com bronquite
crônica sejam: monitorar os sinais vitais, colocar acesso venoso e manter a terapia de
oxigenoterapia em caso de dispneia;
Hip2: É provável que os cuidados de enfermagem prestado ao paciente com bronquite
crônica, tenham algum impacto no controlo da doença e melhoria dos pacientes com
bronquite crônica.
CAPÍTULO I-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO
1.1. Definição de termos e Conceitos
 Assistência de enfermagem: é definida como um conjunto de cuidados de
enfermagem que tem natureza diversa e que se articulam entre si para melhor
atender o paciente (SANTOS, 2019).
 Bronquite é uma inflamação dos brônquios, canais que conduzem o ar inalado até
os alvéolos pulmonares (SANTOS, 2019).
 A Bronquite aguda: é uma inflamação da árvore brônquica, geralmente associada
com uma infecção respiratória generalizada (CARVALHO, 2012).
 A bronquite crónica define-se por tosse produtiva com duração superior a três ou
mais meses por ano e durante pelo menos dois anos (CARVALHO, 2012).
 Enfermagem: é uma ciência cujo objectivo é a implantação do tratamento de
doenças e o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade
de modo integral e holístico. (Florence Nightingale, 1898).
 Hospital: é um elemento organizador de carácter médico-social, cuja função
consiste em assegurar assistência médica completa, curativa e preventiva a
população, e cujos serviços externos se irradiam até a célula familiar considerada
em seu meio; é um centro de medicina e de pesquisa biossocial. (BETTIN, 2010).
1.2. Epidemiologia
Cerca de 300 milhões de pessoas têm DPOC actualmente. A doença ainda é a 3ª causa de
morte globalmente e muito prevalente, sobretudo em países de baixa e média renda. A
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) constitui um grupo de doenças respiratórias
que inclui a bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas e paralisação da actividade
dos cílios), danos irreversíveis nos alvéolos, intimamente relacionadas ao tabagismo.
De facto, a bronquite crônica é considerada como uma das principais causas de admissão
hospitalar, particularmente nas crianças. Existem no mundo cerca de 300 milhões de
indivíduos com Bronquite e há dados que demonstram que a sua prevalência tem vindo a
aumentar, particularmente em crianças. Outras doenças alérgicas como a rinite e a
dermatite atópica podem estar associadas a asma e constituir mesmo factores de risco para
o seu agravamento (Ministério Saúde, 2021).

1.3. Revisão da anatomia dos brônquios


Os brônquios são estruturas do sistema respiratório que garantem que o ar chegue até os
nossos pulmões, mais precisamente nos alvéolos pulmonares, onde ocorrem as trocas
gasosas. Eles se formam a partir da ramificação da traqueia, no nível da borda superior da
quinta vértebra torácica, e entram nos pulmões pelo hilo, um local onde entram artérias e
saem veias e vasos linfáticos (ALMEIDA, 2021)
Da ramificação da traqueia, formam-se os chamados brônquios primários ou principais,
sendo o direito mais curto, mais largo e com um trajeto mais vertical que o esquerdo. Os
brônquios primários estão localizados na região posterior aos vasos pulmonares, estando o
brônquio esquerdo localizado na região atrás da aorta. Ao entrarem nos pulmões, os
brônquios primários ramificam-se em três no pulmão direito e dois no esquerdo. Esses
brônquios, conhecidos como secundários ou lobares, são responsáveis por suprir cada lobo
pulmonar. Os brônquios lobares vão se ramificando e originando brônquios terciários ou
segmentares. (MATOS, 2016).
1.4. Fisiopatologia e patogênese
A bronquite crônica é caracterizada patologicamente por muco viscoso ou purulento na
árvore traqueobrônquica. Brônquios menores são muitas vezes concluídos, dependendo da
densidade e espessura do muco. A mucosa brônquica se apresentará hiperémica, espessada
e edematosa. Em casos mais graves, proliferações polipoides se projetam a partir da
mucosa para o lúmen brônquico. As vias aéreas estão protegidas por um conjunto de
mecanismos de defesa pulmonar que inclui ação ciliar, quantidade e qualidade do muco,
ventilação colateral eficiente, e o mecanismo de tosse (JOHNSON, 2013).
Quando ocorre infecção persistente ou inalação crônica de irritantes no ar, pode haver
lesão do epitélio brônquico, estimulando a transformação metaplástica do epitélio ciliar,
hiperplasia e hipertrofia das células secretoras de muco, além de hiperemia e infiltração
celular da mucosa brônquica. O diâmetro das vias aéreas é reduzido em função do edema e
infiltração celular das paredes das vias aéreas, bem como quantidades consideráveis de
muco intraluminal viscoso e denso associado à fibrose da lâmina própria e proliferação
polipoide da mucosa pela espasticidade dos músculos lisos brônquicos (PIQUERAS,
2011).
Dilatação e destruição das paredes dos brônquios e bronquíolos podem resultar de uma
longa ocorrência de alterações nas vias aéreas, caracterizando as bronquiectasias, sendo
estas lesões irreversíveis (GASPAR, 2015).
Sinais e sintomas
Segundo Borges (2021), certamente, o primeiro da lista é a tosse persistente e produtiva
que ocorre durante pelo menos três meses consecutivos, sem outra explicação médica.
Os outros sintomas podem variar de leves a graves e podem incluir:
 Expectoração de muco: os pacientes com bronquite crônica muitas vezes
apresentam uma produção maior de muco, que pode ser claro, branco, amarelado
ou esverdeado. A expectoração de muco é um mecanismo de defesa do organismo
para eliminar irritantes e germes presentes nas vias respiratórias;
 Dispneia: mais conhecida como falta de ar, a dispneia é comum na bronquite
crônica. Pode ocorrer durante a atividade física ou até mesmo em repouso,
dependendo da gravidade da doença;
 Sibilos: os sibilos são chiados ou assobios audíveis durante a respiração e podem
ocorrer na bronquite crônica. Os sibilos ocorrem devido ao estreitamento das vias
aéreas e podem ser mais evidentes durante a expiração;
 Aperto no peito: alguns pacientes com bronquite crônica podem sentir uma
sensação de aperto ou pressão no peito. Isso pode estar relacionado ao
estreitamento das vias aéreas e à dificuldade de expirar o ar;
 Infecções respiratórias frequentes: a doença torna os pulmões mais suscetíveis a
infecções respiratórias, como resfriados e gripes. Os pacientes com bronquite
crônica podem apresentar episódios frequentes de infecções respiratórias;
 Fadiga: junto a falta de energia, especialmente durante os períodos de exacerbação
dos sintomas.
É importante ressaltar que os sintomas da bronquite crônica podem variar de pessoa para
pessoa, e nem todos os pacientes apresentarão todos que citamos acima.
Causas da Bronquite Crônica
A bronquite crônica é causada por uma lesão recorrente ou irritação do epitélio respiratório
dos brônquios, resultando em crônica a inflamação, edema (inchaço), e aumento da
produção de muco pelas células caliciformes. O fluxo de ar para dentro e para fora dos
pulmões é parcialmente bloqueada devido do muco inchaço e extra nos brônquios ou
devido a reversível broncoespasmo. Maioria dos casos de bronquite crônica são causados
por fumar cigarros ou outras formas de tabaco. Inalação crônica de vapores irritantes ou
poeira de exposição ocupacional ou a poluição do ar também pode ser causador.
Cerca de 5% da população tem bronquite crônica, e é duas vezes mais comum em
mulheres que em homens.
A bronquite crônica é tratada com os sintomas. Inflamação e edema do epitélio respiratório
pode ser reduzida com inalado corticosteróides. Chiado e falta de ar pode ser tratada
através da redução broncoespasmo (estreitamento reversível dos brônquios de menor
devido à constrição do músculo liso) com broncodilatadores inalatórios, como β-
adrenérgicos agonistas (por exemplo, Salbutamol) e inalados anticolinérgicos.

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