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ADOLESCENTE ATLETA Letícia Azen Alves Coutinho Tese

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EFETIVIDADE DO

O ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE JOVENS ATLETAS DE


PENTATLO MODERNO

Letícia Azen Alves Coutinho

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação


Pós Graduação em Nutrição (PPGN),
do Instituto de Nutrição Josué de Castro
da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Janeiro
como parte dos requisitos à obtenção do título de
Doutor em Ciências Nutricionais

Orientadores: Profa Dra Anna Paola Trindade Rocha Pierucci


Profa Dra Cristiana Pedrosa Melo Porto

Rio De Janeiro
Julho, 2013
Coutinho, Letícia Azen Alves.
Efetividade do acompanhamento nutricional de jovens atletas de
pentatlo moderno / Letícia Azen Alves Coutinho – Rio de Janeiro: UFRJ/
INJC, 2013.
xvii, 247 f.
Orientadoras: Anna Paola Rocha Trindade Pierucci e
Cristiana Pedrosa Melo Porto
Tese de doutorado – UFRJ/ INJC/ Programa de Pós-
Graduação em Ciências Nutricionais, 2013.
Referências Bibliográficas: f. 141 - 155
1. Adolescentes. 2. Atleta. 3. Pentatlo Moderno. 4. Composição
Corporal. 5. Nutrição. I. Pierucci, Anna Paola Rocha Trindade. II. Pedrosa,
Cristiana. III. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Nutrição
Josué de Castro, Programa de Pós-graduação em Nutrição. IV. Título.
ii

EFETIVIDADE DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE JOVENS ATLETAS DE


PENTATLO MODERNO

Letícia Azen Alves Coutinho

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM


NUTRIÇÃO DO INSTITUTO DE NUTRIÇÃO JOSUÉ DE CASTRO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA
A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIAS NUTRICIONAIS.

Examinada por:

_______________________________________
Profª. Drª. Anna Paola Trindade Rocha Pierucci (Presidente)
Instituto de Nutrição Josué de Castro
Universidade Federal do Rio de Janeiro

_________________________________________
Prof. Drª. Rosângela Alves Pereira
Instituto de Nutrição Josué de Castro
Universidade Federal do Rio de Janeiro

_________________________________________
Profª. Drª. Eliane Lopes Rosado
Instituto de Nutrição Josué de Castro
Universidade Federal do Rio de Janeiro

_________________________________________
Profª. Drª. Gloria Valeria da Veiga
Instituto de Nutrição Josué de Castro
Universidade Federal do Rio de Janeiro

_________________________________________
Profª. Drª. Josely Correa Kuory
Instituto de Nutrição
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

_________________________________________
Prof. Dr. Alexandre Palma de Oliveira
Escola de Educação Física e Desportos
Universidade Federal do Rio de Janeiro

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL


JULHO, 2013
iii

DEDICATÓRIA

Ao meu esposo, Manoel Henrique Pereira Coutinho,


pelo incentivo, paciência, abnegação e amor
demonstrados ao longo desta árdua jornada.

Aos meus amados pais, Leila Rachid Azen Alves e


Paulo Luiz Alves, por todo apoio emocional
e especialmente por terem me substituído
diversas vezes nos cuidados com a nossa Manu.

A minha preciosa filha, Manuela Azen Pereira,


por ter me ajudado a não desistir com a sua alegria
e intensa demonstração de afeto.

A Deus que, em sua infinita bondade,


entendeu minhas dificuldades e
me abençoou com a capacitação necessária
para conseguir desenvolver e concluir este trabalho.
iv

AGRADECIMENTOS

Às professoras orientadoras Anna Paola Pierucci e Cristiana Pedrosa pela generosa


acolhida, por toda paciência e conhecimentos compartilhados. Obrigada também por não
terem permitido que eu desistisse de chegar até aqui.

Aos queridos amigos do Laboratório de Desenvolvimento de Alimentos para Fins


Especiais e Educacionais (DAFEE), especialmente à Elisa Feital, Luiz Lannes, Patrícia
Duque Estrada e Renata Baratta por terem participado ativamente de várias etapas da
coleta e análise de dados. Me sinto privilegiada por vocês terem cruzado o meu caminho.
Sentirei muitas saudades deste convívio regado a juventude, bom humor, respeito e sede de
conhecimento.

Agradeço também à Camila Costa e Priscylla Sola por terem me auxiliado em coletas de
dados referentes aos experimentos iniciais da minha primeira proposta de projeto de
Doutorado.

Agradeço ao Dafee e as minhas orientadoras também por terem me oportunizado conhecer


outras pessoas especiais como a Alessandra Rangel, André Mesquita, Bruna Soares,
Heloisa Pereira, Jéssica Bouviere, Luciana Bittencourt, Luciana Diniz, Margareth
Xavier, Marta Citeli, Paola Maia e Sidnei Junior as quais sempre serão lembradas com
muito carinho e saudosismo.

Às queridas Renata, Nastassja e Darlene, da Secretaria de Pós-graduação do INJC/UFRJ,


pela presteza e competência na execução de suas atividades, mas principalmente pela
atenção e respeito generosamente dispensados a mim.

À professora Rosangela Pereira por ter me honrado ao aceitar revisar esta Tese, por
participar para a minha formação e pelas valiosas contribuições feitas ao longo da
construção de alguns instrumentos para coleta de dados.

A todos os admirados professores que gentilmente aceitaram fazer parte desse sonho
compondo as minhas bancas examinadoras, de qualificação e defesa, como efetivos ou
suplementes: Alexandre Palma, Andrea Ramalho, Eliane Rosado, Gloria Valeria Veiga,
v

Josely Koury e Marcos Fortes. Obrigada pelo apoio e capacidade de somar mais
conhecimento.

À Faperj pelo suporte financeiro fundamental para que eu conseguisse chegar até o final.

À equipe PentaJovem, incluindo os atletas, treinadores (Fábio Corrêa e Nathália Couto) e


dirigentes (Celso Sassaqui). Sem vocês nada disso teria sido possível. Nunca mais
esquecerei do convívio e do quanto aprendi com vocês. Contem com meu apoio, carinho e
amizade sempre.

Aos amigos que fiz no Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx)
em especial ao TC Pitaluga, TC Sabino, TC Salem, Maj Ferreira Pinto, Maj Martinez, Maj
Siqueira e Ten Andrea Patricia, Cap De Boni, Sgt Marcio e Ten Camille que tanto me
incentivaram a ingressar no Doutorado, contribuíram com idéias e participaram ativamente
das minhas primeiras coletas de dados.

Aos coordenadores dos seguintes laboratórios que gentilmente abriram suas portas
permitindo que algumas coletas e/ou análises de dados fossem realizadas: Laboratório
Interdisciplinar de Avaliação Nutricional da UERJ, Laboratório de Biologia do
Exercício da Escola de Educação Física da UFRJ e Laboratório de Análises Clínicas
da Faculdade de Farmácia da UFRJ.

Aos meus familiares, em especial, ao meu irmão Carlos Eduardo Azen Alves, por me
inspirar com sua inteligência e profissionalismo e a minha tia Maria Isabel Alves Peixoto
que carinhosamente sempre buscou saber como andava o meu trabalho.

À comadre Nutricionista Malu Bastos por ter me inspirado a seguir o caminho da Nutrição
Esportiva. Passados 15 anos, ainda me pego muitas vezes sem acreditar que já fui sua
estagiária e hoje nos tornamos irmãs... Muito obrigada por caminhar ao meu lado por tanto
tempo, mesmo quando as nossas vidas por vezes seguem ritmos bem distintos.

Ao recordar o passado, não poderia deixar de agradecer à queridíssima professora Eliane


Abreu. Foi com ela que adquiri os primeiros conhecimentos a cerca de Nutrição Esportiva,
foi por intermédio dela que conheci a Malu, ela fez parte da minha qualificação e defesa da
dissertação do Mestrado, fez parte do corpo docente de um curso de Pós-graduação que
coordenei... Ou seja, alguém que será sempre lembrada com muito carinho. Torcerei para
vi

que possamos nos aproximar novamente na retomada da minha atuação profissional como
docente.

Às Nutricionistas Eliane Vaz e Virginia Nascimento que cruzaram o meu caminho


profissionalmente e hoje se tornaram minhas amigas e principais incentivadoras para que eu
chegasse até aqui. Chego a me emocionar ao imaginar o quanto sou privilegiada por ser
digna do carinho de vocês.

A todos os meus amigos que souberam compreender meus momentos de confinamento e


que nem por isso deixaram de tentar buscar notícias, de me enviar palavras de carinho e
incentivo. Nos últimos dois anos, destaco a amiga Luciana Lento que tem estado do meu
lado me ouvindo e me ajudando a distrair a minha Manu. Amiga, espero que a nossa
caminhada juntas ao lado das nossas filhas esteja apenas começando.

À “irmã” Tatiana Feitoza que me acompanha à distância, mas de uma forma tão especial
que parece que a tenho ao meu lado a todo momento.

Aos amigos que fiz aqui em função do convívio em disciplinas como a Ainá Innocencio,
Tais Lopes e Ursula Viana. Obrigada por me apoiarem compartilhando conhecimento e
aconselhamento nesta reta final. Desejo que o futuro de vocês seja brilhante na carreira
docente e os nossos destinos se cruzem novamente.

Ao Dr Ivan Costa Serra que tanto cuidou da minha saúde nos últimos meses. Um
profissional raro em sua extrema humanidade e competência.

Aos amigos do Studio Life Qualitity, Wellen Oliveira e Jorge Rodrigues, que me ajudaram
de uma forma muito especial no fortalecimento muscular e articular necessários para
suportar as muitas horas de trabalho no computador.

À minha “babá” Sonia, já que sem ela não sou ninguém.

Às secretarias do consultório Alessandra Funchal e Ednelza Zein que muitas vezes


tiveram que alterar a minha agenda ou cancelar clientes para que eu pudesse priorizar as
tarefas inerentes ao meu doutoramento. Obrigada pela paciência e eficiência.
vii

À Rita Adriana Gomes de Souza por ter demonstrado detalhadamente como eu deveria
manusear o programa específico para a deatenuação das médias referentes ao consumo
alimentar (manuscrito 2).

Ao Prof. Ronir Raggio Luiz por tão gentilmente ter dedicado seu precioso tempo a mim
todas as vezes que precisei recorrer aos seus grandiosos conhecimentos de estatística.
Sem o seu auxílio eu não teria conseguido finalizar tão refinadas análises.

À psicóloga Maria Angélica Regalla que desde março deste ano tem me auxiliado a
equilibrar minhas emoções com muita habilidade e conhecimento de causa.
viii

APRESENTAÇÃO

O desempenho do atleta depende fundamentalmente de seu estado nutricional.


Porém, diferentes estratégias nutricionais podem ser adotadas na busca pelo melhor
desempenho físico de atletas, dependendo dos seus objetivos, características
antropométricas, modalidades esportivas praticadas e faixa etária.
As necessidades energéticas e de nutrientes específicas para atletas adolescentes
devem ser capazes de suprir a demanda gerada pela atividade física praticada e garantir o
adequado crescimento e desenvolvimento. Entretanto, a ingestão destes atletas pode estar
comprometida, tendo em vista que diversos estudos têm demonstrado que jovens atletas
ingerem quantidades de energia e nutrientes inferiores às recomendações. Sendo assim, a
adequação da dieta dos adolescentes está sob risco e assim como a sua recuperação
orgânica, de modo que esforço físico intenso pode ser prejudicial ao adolescente, levando-o
ao limiar entre a saúde e a doença.
O pentatlo moderno é um esporte ainda pouco conhecido e praticado no Brasil.
Entretanto, sua projeção foi ampliada com a conquista da única medalha olímpica latino
americana pela brasileira Yane Marques nas Olimpíadas de 2012, em Londres, mas faltam
informações que possam nortear a atuação de profissionais engajados nos Centros de
Treinamento. Desta forma, acredita-se que o contínuo acompanhamento nutricional de
pentatletas permita a construção de um conhecimento inexistente e que servirá como base
para outros nutricionistas atuantes da área esportiva. Além disso, a escassa base científica
quanto às demandas nutricionais poderia contribuir para o consumo de produtos de má
qualidade ou inadequados para o tipo de atividade física que praticam, de modo que a
identificação de eventuais irregularidades no consumo alimentar poderá contribuir de forma
relevante para a implementação de estratégias que visem à promoção da saúde e na
preparação física de atletas, especialmente crianças e adolescentes praticantes de pentatlo
moderno em busca do alto rendimento.
Para tentar responder a estas e outras questões, o Laboratório de Desenvolvimento
de Alimentos para Fins Especiais e Educacionais (DAFEE), coordenado pelas professoras
Anna Paola Trindade Rocha Pierucci e Cristiana Pedrosa Melo Porto, em parceria com a
Confederação Brasileira de pentatlo moderno, deu início a um projeto maior intitulado
“Modelo inovador de gestão em nutrição esportiva e suplementação nutricional com
biomateriais para formação de atletas de alto desempenho”, o qual foi aprovado, em 2010,
com base nos critérios estabelecidos pelo Edital FAPERJ E_06 (Apoio ao Desenvolvimento
de Inovações no Esporte no Estado do Rio de Janeiro).
ix

Esta pesquisa é parte deste projeto maior e tem como objetivo avaliar a efetividade
da implementação de uma rotina de acompanhamento nutricional individualizado entre
jovens atletas de pentatlo moderno.
A Tese é composta por INTRODUÇÃO, na qual a importância do acompanhamento
nutricional de jovens praticantes de pentatlo moderno é apresentada, seguida de REVISÃO
DE LITERATURA acerca dos principais aspectos nutricionais referentes ao praticante de
atividade física adolescente, da descrição dos OBJETIVOS e JUSTIFICATIVA do estudo e
dos MÉTODOS empregados.
Os RESULTADOS obtidos e sua discussão são apresentados na forma de dois
manuscritos (artigos científicos). O manuscrito 1 foi elaborado conforme a formatação
exigida pela Revista de Nutrição, para a qual pretende-se submete-lo, já o manuscrito 2 está
apresentado com livre formatação.
O primeiro manuscrito trata da caracterização da amostra de sujeitos quanto ao perfil
dos pentatletas quanto à composição corporal, aptidão cardiorrespiratória, maturidade
sexual e indicadores sanguíneos de saúde geral (exames laboratoriais). Já o segundo
manuscrito se concentra na evolução do consumo alimentar e da composição corporal ao
longo de seis meses de acompanhamento nutricional individualizado.

As CONCLUSÕES apontam os principais achados apresentados na Tese, sendo


esta finalizada com a apresentação das REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS do corpo da
tese, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
x

DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DAS COLETAS DE DADOS EM EVENTOS


CIENTÍFICOS (MAIS RELEVANTES NA FORMA DE PÔSTER)

1. COUTINHO, Leticia Azen Alves; JUNIOR, Sidnei Jorge Fonseca; PASSOS,


RenateBaratta; FEITAL, Elisa Mello; DUQUE ESTRADA, Patrícia; LOUREIRO, Luiz Lannes;
PIERUCCI, Anna Paola Trindade Rocha. Consumo alimentar de jovens atletas de Pentatlo
Moderno. XXXV Simpósio Internacional de Ciências do Esporte – Celafiscs – Centro de
Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul São Paulo. São Paulo –
SP. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, pág. 217, 06/10/12

2. COUTINHO, L. A.; PASSOS, R. B.; LOUREIRO, L. L.; PEDROSA, C.; PIERUCCI, A. P. T.


R. Práticas nutricionais de atletas de pentatlo moderno em uma competição internacional.
XXII Congresso Brasileiro de Nutrição / III Congresso Ibero-americano de Nutrição / II
Simpósio Latino-americano de Nutrição Esportiva / I Simpósio Ibero-americano de Nutrição
em produção de refeições / I Simpósio Ibero-americano de Nutrição Clínica baseada em
evidências – Centro de Convenções de Pernambuco – Recife - PE - 29/09/12

3. COUTINHO,Letícia Azen Alves, RODRIGUES, André V. S., COUTINHO, Manoel H. P.,


PEDROSA, Cristiana, PIERUCCI, Anna Paola T. R.. Influence of Ad Libitum energetic intake
on the concentration of CK within 24h post-LRT.58th Annual Meeting of the American College
of Sports Medicine and 2nd World Congress on Exercise is Medicine. Denver – Colorado
(USA). Medicine & Science in Sports &Exercise, v. 43, n. 5, p.S30-31, 02/06/11

4. COUTINHO, Letícia Azen Alves, RODRIGUES, André V. Siqueira, PEDROSA, Cristiana,


PIERUCCI, Anna Paola Trindade Rocha. Influência da ingestão energética realizada ad
libitum nas primeiras 24h após o TRL do CAC sobre as concentrações de CK. XIV Simpósio
Internacional de Atividades Físicas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ. Revista de
Educação Física, 05/11/10

5. ALVES, Letícia Azen, RODRIGUES, André V. Siqueira, OLIVEIRA, Andrea Patrícia R. B.


de, PIERUCCI, Anna Paola Trindade Rocha. Alterações na composição corporal induzidas
pelo teste de reações de líderes do Curso de Ações de Comandos. XIII Simpósio
Internacional de Atividades Físicas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ. Revista de
Educação Física, v. 147, p. 87, 07/11/09

Resumo da Tese apresentada ao PPGN/UFRJ como parte dos requisitos necessários para
a obtenção do grau de Doutor em Ciências Nutricionais.
xi

EFETIVIDADE DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE JOVENS ATLETAS DE


PENTATLO MODERNO

Leticia Azen Alves Coutinho


Julho/2013

Orientadores: Profa Dra Anna Paola Trindade Rocha Pierucci


Profa Dra Cristiana Pedrosa Melo Porto

Introdução: O pentatlo moderno combina cinco modalidades esportivas: esgrima, natação,


hipismo e evento combinado de tiro esportivo com corrida. Apesar da elevada demanda
energética desse esporte, não existem estudos que possam dar suporte às recomendações
nutricionais de seus praticantes. Objetivos: Caracterizar jovens atletas de pentatlo moderno
quanto à composição corporal, aptidão cardiorrespiratória, perfil bioquímico e o consumo
alimentar e de suplementos; e avaliar os efeitos do acompanhamento nutricional
individualizado sobre o consumo alimentar e a composição corporal, durante seis meses.
Métodos: Foram estudados 50 atletas, 22 do sexo feminino e 28 do sexo masculino, com
média de idade de 16,0 ± 3,5 anos, peso 57,8 ± 16,3 kg; e estatura 1,6 ± 0,1 m, cujo
consumo alimentar foi analisado por Recordatório de 24 horas, Registro Alimentar de Três
Dias e Questionário de Frequência de Consumo Alimentar. A composição corporal foi
estimada por técnicas antropométricas. Para a elaboração dos planos alimentares
individualizados foram adotadas as recomendações generalizadas para atletas, respeitando-
se o progressivo dispêndio energético semanal nos treinamentos. Resultados: No início do
estudo os meninos consumiam menos energia do que o recomendado. Tanto meninas
quanto meninos não atendiam as recomendações generalizadas para atletas, quanto à
ingestão de carboidratos. Além disso, a ingestão de lipídios correspondeu à recomendação,
em ambos os sexos, foram evidenciadas ingestões insuficientes de cálcio, frutas e vegetais,
e observou-se o consumo frequente de refrigerantes. Ao final do estudo, a ingestão de
cálcio e a contribuição dos lipídios em relação ao total de energia consumido foram
aumentadas; os refrigerantes passaram a ser menos referidos como uma das bebidas mais
frequentemente consumidas e houve maior frequência de ingestão de frutas e suco. Além
disso, observou-se aumento da massa corporal magra, sem alteração da gordura corporal.
Conclusões: Em geral os jovens atletas de pentatlo moderno apresentavam hábitos
alimentares inadequados quanto à ingestão de carboidrato, energia e micronutrientes,
especialmente de cálcio, demonstrando a relevância da implantação de uma rotina de
acompanhamento nutricional. No entanto, este estudo demonstrou que o monitoramento do
estado nutricional de jovens atletas do pentatlo moderno pode promover importantes
mudanças qualitativas no consumo de alimentos, mesmo em curto espaço de tempo.

Palavras-chave: pentatlo moderno, adolescentes, consumo alimentar, composição corporal,


nutrição.
xii

EFFECTIVENESS OF NUTRITIONAL COUNSELING OF YOUNG MODERN PENTATHLON


ATHLETES

Leticia Azen Alves Coutinho


July/2013

Advisors: Profa Dra Anna Paola Trindade Rocha Pierucci


Profa Dra Cristiana Pedrosa Melo Porto

Introduction: The modern pentathlon combines five sports: fencing, swimming, equestrian
and shooting sporting event combined with race. Despite the high energy demands of the
sport, there are no studies to support the nutritional requirements of its athletes.
Objectives: To characterize body composition, cardiorespiratory capacity, biochemical and
food and dietary supplements intake from young athletes of modern pentathlon; and to
evaluate the effects of individualized nutrition counseling on food intake and body
composition of young modern pentathlon athletes, during six months. Methods: Were studied
50 athletes, 22 females and 28 males, mean age 16,0±3,5 years, weight 57,8± 16,3 kg and
height of 1,6 ± 0,1 m, whose food intake was assessed by 24-hour dietary recall, three day
food record and food frequency questionnaire. Body composition was estimated by
anthropometric assessment protocols. Generalized recommendations for athletes were
adopted for development of the individualized dietary plans, respecting the weekly
progressive energy expenditure in training. Results: At baseline boys consumed less energy
than recommended. Both girls and boys did not meet generalized carbohydrate
recommendations for athletes. Moreover, lipids intake was in accordance with
recommendation in both sex, insufficient intake of calcium was found, as well as low
consumption of fruits and vegetables, while the use of soft drinks was frequent. At the end of
the study, calcium and lipids contribution related to total energy intake were increased. The
soft drinks became less referred to as one of the most commonly consumed beverages and
there was a higher frequency of fruit and juice intake. Furthermore, there was a improve in
lean body mass with no change in body fat. Conclusions: In general the young athletes of the
modern pentathlon had inadequate eating habits as concern carbohydrates, energy and
amounts of micronutrients intakes, especially calcium. However, this study has demonstrated
that the nutritional status monitoring from young modern pentathlon athletes can promote
important qualitative changes on food consumption, even in short time.

Keywords: Modern Pentathlon, adolescents, food consumption, body composition, nutrition.


xiii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Página
TESE
Figura 1. Desvio do metabolismo de carboidrato para o de lipídios durante o exercício
prolongado ............................................................................................................................ 38
Figura 2. Desvio do metabolismo de lipídios para o de carboidratos a medida que a
intensidade do exercício aumenta ........................................................................................ 38
Figura 3 . Modelo para os valores de referência de micronutrientes ................................... 53
Figura 4. Desenho do estudo ............................................................................................... 61
MANUSCRITO 1
Figura 1. Gasto energético (média e desvio padrão) semanal durante o treino realizado por
atletas de pentatlo moderno, equipe PentaJovem, RJ, diferenciado por faixa etária
............................................................................................................................................... 87
Figura 2. Frequência (%) de atletas que consumiam cinco ou mais vezes por semana os
grupos de alimentos marcadores de qualidade de alimentação, de acordo com a POF 2008-
2009 ...................................................................................................................................... 93
MANUSCRITO 2
Figura 1. Variação do gasto energético semanal nos treinos realizados por atletas de
pentatlo moderno, equipe PentaJovem, RJ, pertencentes às categorias Jovem E10, Jovem
D, Jovem C (A) (entre 10 e 14 anos) e às categorias Jovem B, Jovem A, Júnior e Sênior (B)
(mais de 15 anos), X+DP ................................................................................................... 114
Figura 2. Concordância entre as quantidades de proteína (%VET) consumidas e prescritas
na 1ª etapa (A) e de proteína (g/kg) (B) e Vitamina A (mcg) (C) na 2ª etapa do estudo (B)
............................................................................................................................................. 122
Figura 3. Variação do hábito alimentar dos atletas (n=17) de pentatlo moderno, equipe
PentaJovem, RJ, quanto à contribuição(%) energética das refeições em relação ao VET,
X+DP .................................................................................................................................. 124
Figura 4. Alimentos mais consumido pré e pós intervenção no desjejum, colação e almoço
pelos atletas (n=17) de pentatlo moderno, equipe PentaJovem, RJ .................................. 125
Figura 5. Alimentos mais consumido pré e pós intervenção durante a atividade física, após a
atividade física, no jantar e na ceia pelos atletas (n=17) de pentatlo moderno, equipe
PentaJovem, RJ ................................................................................................................. 126
xiv

LISTA DE QUADROS

Página
TESE
Quadro 1. Características da competição de pentatlo moderno por categorias .................. 25
Quadro 2. Substratos energéticos no organismo ................................................................ 37
Quadro 3. Vantagens e desvantagens dos distintos métodos para avaliação do consumo
alimentar ............................................................................................................................... 48
Quadro 4. Recomendações de macronutrientes, de acordo com a American Dietetic
Association (ADA) ................................................................................................................. 51
Quadro 5. Dietary Reference Intakes (DRI) de cálcio, ferro, vitaminas A e C, de 9 a 30 anos,
de acordo com o sexo .......................................................................................................... 53
Quadro 6. Exemplos de estudos dietéticos envolvendo jovens atletas brasileiros
............................................................................................................................................... 55
Quadro 7. Equações para predição do percentual de gordura (%G) de adolescentes
............................................................................................................................................... 68
Quadro 8. Caracterização dos estágios de maturação sexual ............................................ 69
Quadro 9. Estimativa da Taxa Metabólica Basal (TMB), de acordo com a FAO/WHO/UNU
(2004) ................................................................................................................................... 72
Quadro 10. Múltiplos da Taxa Metabólica de Repouso equivalentes a algumas modalidades
envolvidas no pentatlo moderno ........................................................................................... 72
Quadro 11. Principais alimentos e suplementos prescritos nos planos alimentares
............................................................................................................................................... 74
xv

LISTA DE TABELAS

Página
MANUSCRITO 1
Tabela 1. Caracterização dos atletas de pentatlo moderno (n=50) quanto à antropometria e
aptidão cardiorrespiratória, de acordo com os estágios de maturação sexual e sexo, X±DP
............................................................................................................................................... 85
Tabela 2. Ingestão de macronutrientes e energia por atletas pentatlo moderno (n=50), de
acordo com o sexo, X±DP.................................................................................................... 89
Tabela 3. Ingestão média de micronutrientes e distribuição dos pentatletas (%) (n=50)
quanto à adequação do consumo de micronutrientes, de acordo com o gênero e faixa etária
............................................................................................................................................... 91
MANUSCRITO 2
Tabela 1. Variação da composição corporal de atletas de pentatlo moderno, X±DP
............................................................................................................................................. 112
Tabela 2. Comparação entre a composição nutricional dos planos alimentares, X+DP
............................................................................................................................................. 116
Tabela 3. Variação da ingestão alimentar de atletas de pentatlo moderno, equipe
PentaJoven, RJ, quanto à energia, macro e micronutrientes, X+DP ................................. 118
Tabela 4. Variação e correlação entre o que foi consumido e prescrito pelos atletas de
pentatlo moderno, equipe PentaJovem, RJ, X+DP ............................................................ 120
Tabela 5. Frequência (%) de atletas que consumiam cinco ou mais vezes por semana os
grupos de alimentos marcadores de alimentação saudável, de acordo com a POF 2008-
2009 .................................................................................................................................... 128
xvi

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

% Percentual
%VET Percentual do Valor Energético Total
Σ2 Somatório de 2 dobras cutâneas
Σ7 Somatório de 7 dobras cutâneas
ACSM American College of Sports Medicine
ADA American Dietetic Association
AGL Ácidos Graxos Livres
AI Adequate Intake
C1 Consumo pré intervenção (2ª etapa do estudo)
C2 2ª análise do consumo alimentar realizada 3 meses após PR1
C3 3ª análise do consumo alimentar realizara 3 meses após PR2 (5ª etapa do estudo)
CBPM Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno
cm Centímetros
DC Dobra Cutânea
DP Média mais ou menos desvio padrão
DRI Dietary Reference Intakes
Dxa Absortometria Radiológica de Dupla Energia
EAR Estimated Energy Requirement
FAD Flavina Adenina Dinucleótido
FAO Food and Agriculture Organization
FGPM Federação Gaúcha de Pentatlo Moderno
FPMERJ Federação de Pentatlo Moderno do Estado do Rio de Janeiro
FPMDF Federação de Pentatlo Moderno do Distrito Federal
FPEPM Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno
FPPM Federação Paulista de Pentatlo Moderno
G1 Estágio 1 de maturação sexual para genitália
GCT (%) Percentual de gordura corporal
GE Gasto energético
GEDT Gasto energético diário total
Hb Hemoglobina
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IMC Índice de massa corporal
Kcal Quilocalorias
Kg Quilogramas
LDL Low Desnsity Lipoprotein
xvii

M1 Estágio 1 de maturação sexual para mamas


MET Metabolic Equivalent of Task
Mg Miligramas
mcg Micrograma
mg/dL Miligramas por decilitro
Mod Moderado
NaCl Cloreto de sódio
NAD Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo
NAF Nível de Atividade Física
P1 Estágio 1 de maturação sexual para pelos pubianos
PO Posição ortostática
PR1 1º plano alimentar (3ª etapa do estudo)
PR2 2º plano alimentar (4ª etapa do estudo)
QFCA Questionário de Frequência de Consumo Alimentar
RA Registro Alimentar
RA3D Registro Alimentar de Três Dias
RDA Recomended Dietary Allowance
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TG Triglicerídeos
ULTolerable Upper Intake Level
UNU United Nations University
VET Valor Energético Total
Vit Vitamina
&O
V 2 máx Volume máximo de oxigênio

WHO World Health Organization


X Média
X+DP Média mais ou menos desvio padrão
18

SUMÁRIO

Página
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 21
2. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................... 24
2.1. O Pentatlo Moderno ................................................................................................... 24
2.1.1. Pentatlo Moderno no Brasil .............................................................................. 25
2.2. A adolescência ……………………….……………………….............…………….……. 26
2.2.1. Necessidades e práticas nutricionais na adolescência ……............….....….… 28
2.2.2. O atleta adolescente …………………………….…....………...............………… 29
2.3. Nutrição e atividade física ........................................................................................ 31
2.3.1. Carboidratos e atividade física ........................................................................ 32
2.3.1.1. Necessidades de carboidratos do atleta adolescente ………....…............… 33
2.3.2. Proteínas e atividade física ............................................................................. 34
2.3.2.1. Necessidades de proteína do atleta adolescente …......................………… 35
2.3.3. Lipídios e atividade física ................................................................................ 36
2.3.3.1. Necessidades de Lipídios do atleta adolescente ......................................... 38
2.3.4. Micronutrientes e atividade física …….………......…….............………………. 39
2.3.4.1. Vitamina A ................................................................................................... 40
2.3.4.2. Vitamina C ................................................................................................... 40
2.3.4.3. Ferro ............................................................................................................ 40
2.3.4.4. Cálcio ........................................................................................................... 42
2.4. Avaliação do consumo alimentar ........................................................................... 43
2.4.1. Métodos para avaliação do consumo alimentar ............................................ 43
2.4.1.1. Recordatório de 24 horas (R24h) ............................................................... 44
2.4.1.2. Questionário de Frequência Alimentar (QFA) ............................................ 45
2.4.1.3. Registro Alimentar (RA) ............................................................................... 46
2.4.2. Critérios para escolha do método ................................................................... 50
2.4.3. Análise e interpretação de dados dietéticos ................................................... 50
2.4.4. Avaliação do consumo alimentar de jovens atletas ........................................ 53
3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................... 58
4. OBJETIVOS .......................................................................................................................... 59
4.1. Geral .............................................................................................................................. 59
4.2. Específicos .................................................................................................................... 59
5. MÉTODOS............................................................................................................................. 60
5.1. Desenho do estudo ................................................................................................... 60
5.2. Sujeitos da pesquisa ................................................................................................. 61
19

Página
5.3. Aspectos éticos ......................................................................................................... 62
5.4. Identificação dos hábitos de consumo alimentar e de suplementos e rotina de
treinamento físico ................................................................................................................. 62
5.4.1. Hábitos de consumo alimentar e de suplementos ........................................... 62
5.4.2. Registro da rotina e do treinamento físico ....................................................... 64
5.5. Caracterização da composição corporal, maturação sexual, aptidão
cardiorrespiratório e perfil bioquímico básico ....................................................................... 65
5.5.1. Composição corporal ...................................................................................... 65
5.5.1.1. Peso, Estatura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) ...................... 65
5.5.1.2. Perímetros .................................................................................................... 66
5.5.1.3. Dobras cutâneas ........................................................................................... 66
5.5.1.4. Predição do percentual de gordura .............................................................. 66
5.5.1.4.1. Adultos ....................................................................................................... 67
5.5.1.4.2. Adolescentes ............................................................................................. 67
5.5.2. Maturação sexual ............................................................................................ 68
5.5.3. Aptidão cardiorrespiratória .............................................................................. 70
5.5.4. Exames clínicos laboratoriais .......................................................................... 71
5.6. Estimativa do gasto energético ................................................................................. 71
5.7. Elaboração dos planos alimentares individualizados ............................................... 72
5.8. Acompanhamento das modificações no consumo alimentar.................................... 74
5.9.Análises estatísticas .................................................................................................. 75
6 . RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 77
6.1. Manuscrito 1: “Caracterização do consumo alimentar de jovens atletas de pentatlo
moderno” .............................................................................................................................. 77
6.2. Manuscrito 2: “Avaliação da efetividade do acompanhamento o nutricional
individualizado sobre o consumo alimentar e a composição corporal de jovens atletas de
pentatlo moderno” ............................................................................................................... 103
7. CONCLUSÕES .............................................................................................................. 139
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 141
9. ANEXOS ......................................................................................................................... 156
Anexo 1. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos menores de idade ............... 157
Anexo 2. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do adulto .................................... 160
Anexo 3. Cadastro de dados pessoais .............................................................................. 163
Anexo 4. Ficha para anamnese ......................................................................................... 164
Anexo 5. Recordatório de 24 horas ................................................................................... 167
Anexo 6. Questionário de Frequencia Alimentar do adulto ............................................... 168
20

Página
Anexo 7. Questionário de Frequencia Alimentar do adolescente ...................................... 173
Anexo 8. Registro Alimentar de Três Dias ......................................................................... 183
Anexo 9. Registro das atividades rotineiras ...................................................................... 190
Anexo 10. Registro do treinamento ................................................................................... 191
Anexo 11. Escala de percepção de esforço ...................................................................... 194
Anexo 12. Treinamento dos atletas registrado em dois momentos ................................... 195
Anexo 13. Ficha para registro de dados antropométricos ................................................. 197
Anexo 14. Escala de Tanner para meninas ....................................................................... 198
Anexo 15. Escala de Tanner para meninos ....................................................................... 199
Anexo 16. Exemplo de Plano Alimentar ............................................................................ 200
Anexo 17. Lista de Substituições ....................................................................................... 204
Anexo 18. Material informativo sobre o cálcio ................................................................... 207
Anexo 19. Material informativo sobre o ferro ..................................................................... 208
Anexo 20. Material informativo sobre a vitamina A ............................................................ 210
Anexo 21. Material informativo sobre a vitamina C ........................................................... 211
10. APÊNDICE ................................................................................................................... 212
Apêndice 1. Demonstrações gráficas de Altman–Bland referentes ao que foi consumido e
prescrito nas duas etapas do estudo .................................................................................. 213
Apêndice 2. COUTINHO, Letícia A. A.; CERQUEIRA, Lucenildo S.; RODRIGUES, A. S. V.;
PEDROSA, C.; PIERUCCI, Anna Paola T. R. Effect of a Carbohydrate-Protein
Supplementation on Indices of Recovery from a Military Practical Situation. Revista de
Nutrição (artigo referente aos experimentos iniciais da primeira proposta do projeto de
Doutorado - sob avaliação) ……………..…………………………………..………………...… 225
21

1. INTRODUÇÃO

O desempenho do atleta depende fundamentalmente de seu estado nutricional.


Os nutrientes presentes nos alimentos são os responsáveis pelo abastecimento da
energia para a movimentação corporal, além de servirem como substratos para a
manutenção e reparo das estruturas biológicas desgastadas pela intensa prática de
exercícios. Porém, diferentes estratégias nutricionais podem ser adotadas na busca
pelo melhor desempenho físico de atletas, dependendo dos seus objetivos,
características antropométricas e modalidades esportivas praticadas. Além disso,
dependendo da faixa etária do esportista, alguns aspectos em nutrição passam a ser
ainda mais relevantes (ADA, 2009; COTUGNA et al., 2005; CROLL et al., 2006;
JUZWIAK et al., 2008; SPEAR, 2002).
As necessidades energéticas e de nutrientes específicas para atletas
adolescentes devem ser capazes de suprir a demanda gerada pela atividade física
praticada e garantir o adequado crescimento e desenvolvimento. Durante o estirão do
crescimento típico da puberdade, de 15 a 25% da altura final é alcançada. Segundo
Aerenhouts et al. (2008) existem poucos estudos abordando as necessidades
nutricionais neste período. Desta forma, percebe-se a necessidade da realização de
pesquisas com adolescentes atletas, visando conhecer os aspectos mais relevantes
para as intervenções relacionadas às mudanças no hábito alimentar. Além disso,
apesar das necessidades aumentadas de energia e de nutrientes como combustível
para as atividades esportivas, a adequada ingestão pode estar comprometida na
alimentação de muitos atletas, especialmente envolvidos com atividades esportivas
nas quais tradicionalmente enfatiza-se o controle de peso ou aparência (ZIEGLER et
al., 2001).
Dados da última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) revelaram que os
adolescentes consomem menos feijão, verduras e saladas e mais biscoitos recheados
e açúcares, quando comparados com os adultos e idosos (IBGE, 2011). Entretanto,
inadequações no hábito alimentar também costumam ser apontadas por pesquisas
envolvendo adolescentes praticantes de atividade física.
Diversos estudos têm demonstrado que jovens atletas ingerem quantidades de
energia e nutrientes inferiores às recomendações (CROLL et al., 2006; PETRIE et al.,
2004; VOLPE, 2007; ZIEGLER et al., 2001). A ingestão de cálcio, por exemplo,
costuma estar inadequada tornando-os suscetíveis a menor densidade óssea e
fraturas por estresse (NATTIV & ARMSEY, 1997). Além disso, a ingestão total de
lipídios, gorduras saturadas, e mono e dissacarídeos costumam estar elevados,
enquanto que a ingestão de ferro muitas vezes está significativamente aquém das
22

recomendações, especialmente no sexo feminino (AERENHOUTS et al., 2008). Sendo


assim, a adequação da dieta dos adolescentes está sob risco e assim como a sua
adequada recuperação orgânica, de modo que esforço físico repetitivo de alta
intensidade pode ser prejudicial ao adolescente, levando-o ao limiar entre a saúde e a
doença (NIEMAN et al., 2001; THONG et al., 2000).
O inadequado balanço energético e a insuficiente ingestão de nutrientes pode
impactar negativamente sobre o crescimento, saúde e performance (CROLL et al.,
2006; PETRIE et al., 2004; VOLPE, 2007; THOMPSON, 1998; ZIEGLER et al., 2001).
Portanto os adolescentes atletas constituem um grupo populacional vulnerável aos
efeitos fisiológicos do desgaste corporal, especialmente quando há consumo
inadequado de alimentos. Desta forma, acredita-se que o conhecimento do perfil
antropométrico e dietético desta população e a intervenção nutricional contribuirão
para o estabelecimento de programas de treinamento e medidas para promoção de
um ótimo estado nutricional.
Atualmente há grande concentração de atletas jovens e adolescentes em
treinamento nas Vilas Olímpicas do Rio de Janeiro, legados dos Jogos Pan
americanos de 2007. Estes locais exercem além de função social a de preparação de
atletas de base em diferentes modalidades. Entretanto, com a pouca verba destinada
ao seu funcionamento, os atletas e treinadores convivem com a precariedade de
infraestrutura e recursos técnicos. Somam-se a essas dificuldades a falta de patrocínio
e a limitada disponibilidade de recursos financeiros por parte de muitos atletas para
obtenção de acompanhamento nutricional qualificado externo e/ou para a aquisição de
suplementos alimentares, muitas vezes fundamentais para satisfazer as necessidades
nutricionais não satisfatoriamente supridas pelas fontes alimentares habituais.
O pentatlo moderno é um esporte ainda pouco conhecido e praticado no Brasil,
mas representa uma das modalidades esportivas praticadas nas vilas olímpicas, e que
vem ganhando destaque em competições nacionais e internacionais, com a crescente
ascensão dos atletas brasileiros no ranking mundial. As cinco modalidades que o
compõem são: Esgrima, Natação, Hipismo e Corrida e Tiro combinados(LE MEUER et
al., 2012).
Dada a complexidade desta modalidade, os atletas chegam a acumular cerca de
24 horas de treino semanal. Desta forma, estima-se que o ritmo de treinamento para a
adequada preparação desses atletas seja muito desgastante e que, portanto, poderia
levar a um significativo esgotamento físico. Além disso, o modo de vida
contemporâneo faz com que as pessoas realizem grande parte de suas refeições fora
do lar e os atletas, por estarem em treinamento intensivo, permanecem a maior parte
23

do dia nos centros de treinamento com vistas ao alcance de seu melhor desempenho,
o que poderia associar-se com práticas alimentares inadequadas.
Atletas adolescentes são particularmente suscetíveis aos efeitos deletérios da
alimentação inadequada e podem se beneficiar enormemente com um programa de
acompanhamento nutricional. Contudo, até o momento, não existem estudos na
literatura que possam dar suporte às orientações nutricionais para o pentatleta e tão
pouco se sabe quais seriam as características antropométricas esperadas para um
adequado rendimento esportivo.
Com base no exposto, o presente estudo visou avaliar a efetividade da
implementação de uma rotina de acompanhamento nutricional individualizado entre
jovens atletas de pentatlo moderno.
24

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. O pentatlo moderno

O pentatlo moderno é um esporte olímpico praticado por homens e mulheres,


individualmente ou em equipes, composto por cinco modalidades diferentes: hipismo,
esgrima, natação, tiro esportivo e corrida (LE MEUER et al., 2012). O atleta que tiver o
melhor desempenho e somar mais pontos em todas elas ganha a competição.
O esporte surgiu na Grécia Antiga em 708 a.C., tendo Lampis de Esparta como
seu primeiro campeão. Era a modalidade mais nobre dos Jogos Olímpicos da
Antiguidade, por premiar o atleta mais completo. Naquela época, as provas iniciais
eram corrida, salto em distância, arremesso de disco e salto em altura. Então, os dois
melhores colocados se enfrentavam em uma luta, e o vencedor ganhava não apenas o
título, mas, também, prestígio na sociedade, passando a ser aclamado quase como
um semideus.
No início do século XX, o Barão de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos
da Era Moderna, decidiu estimular a realização do pentatlo moderno e o esporte
estreou nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo, Suécia. O evento para mulheres foi
introduzido nos Jogos de Sydney em 2000.
O pentatlo moderno é praticado segundo categorias de acordo com a idade dos
atletas (até 10 anos Jovem E; de 11 a 12 anos Jovem D; de 13 a 14 anos Jovem C; 15
a 16 anos Jovem B; 17 a 18 anos Jovem A; de 19 a 21 anos Júnior; 22 a 39 Sênior e
acima de 40 anos Máster). Como é um esporte que exige do atleta um excelente
preparo físico e técnico, as competições são realizadas de forma diferenciada por
categoria. Os mais jovens competem o biatlo moderno, o qual engloba corrida e
natação. Conforme o atleta vai crescendo, assim como sua forma física, técnica e sua
experiência, o número de modalidades vai aumentando até chegar ao pentatlo
moderno (Quadro 1) (BRASIL, 2012).
25

Quadro 1. Características da competição de pentatlo moderno por categorias


Categoria Características da competição
Jovem E8 (8 anos ou Biatlo Moderno, nas seguintes distâncias: Natação – 50m e
mais jovem) Corrida– 500m
Jovem E9 (9 anos) Biatlo Moderno, nas seguintes distâncias: Natação – 50m e
Corrida– 500m
Jovem E10 (10 anos) Biatlo Moderno, nas seguintes distâncias: Natação – 50m e
Corrida– 500m
Jovem D (11 e 12 anos) Biatlo Moderno, nas seguintes distâncias: Natação – 100m
e Corrida– 1000m
Jovem C (13 e 14 anos) Biatlo Moderno (Natação e Corrida), nas seguintes
distâncias: Natação – 100m e Corrida – 1000m
Jovem B (15 e 16 anos) Triatlo Moderno (Tiro, Corrida e Natação), sendo que a
prova de corrida será realizada na distância de 3 x 800m
Jovem A (17 e 18 anos) Tetratlo Moderno (Tiro, Esgrima, Natação e Corrida) com
as mesmas distâncias da categoria sênior.
Júnior (19 a 21 anos) e Pentatlo moderno
o
Sênior 1 ) Esgrima(Espada);
2o) Natação: 200 metros livres;
3o ) Hipismo: Concurso de saltos - percurso de 350 a 450
metros, com 12 a 15 obstáculos. Os cavalos são fornecidos
pela organização e atribuídos por sorteio a cada atleta 20
minutos antes da competição;
4o) Evento Combinado (4 x 800m): consiste na junção do
tiro esportivo com a corrida. O atleta parte da linha de
chegada e corre cerca de 30 metros até o estande de tiro
onde terá que executar 5 tiros certeiros no alvo em, no
máximo, 50 segundos. Caso faça isso em menos tempo
pode sair para correr a distância de 800 metros. Isso é feito
4 vezes, ou seja, são dados 40 tiros certeiros e percorridos
3200 metros correndo. Os atletas são escalonados de
acordo com as pontuações adquiridas nos quatro eventos
anteriores. Desta forma, quem ganha esta etapa será o
vencedor.
Adaptado: www.pentatlo.org.br.

A Hungria, a Suécia e a Rússia são as nações mais vitoriosas do esporte em


Jogos Olímpicos. A única medalha olímpica do Brasil, da América Latina e do
Hemisfério Sul no pentatlo moderno é um bronze conquistado por Yane Marques nas
Olimpíadas de 2012, em Londres, Reino Unido, no ano em que o esporte completou
100 anos de programa olímpico (BRASIL, 2012).

2.1.1. Pentatlo moderno no Brasil

O pentatlo moderno é disputado no Brasil desde 1922, mas durante muitos


anos, a atividade ficou restrita ao âmbito das forças armadas. Foi apenas em 2001 que
o esporte ganhou sua própria entidade com a fundação da Confederação Brasileira de
Pentatlo Moderno (CBPM). Atualmente, apenas cinco federações estão filiadas:
26

Federação Gaúcha de Pentatlo Moderno (FGPM), Federação de Pentatlo Moderno do


Distrito Federal (FPMDF), Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno (FPEPM),
Federação Paulista de Pentatlo Moderno (FPPM) e a Federação de Pentatlo Moderno
do Estado do Rio de Janeiro (FPMERJ).
A FPMERJ conta com dois centros de treinamento: um localizado na capital
(Círculo Militar – Estrada de São Pedro de Alcântara, 2020, Magalhães Bastos), onde
treinam cerca de 45 atletas, e outro em Resende (Academia Militar das Agulhas
Negras - Rodovia Presidente Dutra, Km 306), onde treinam cerca de sete atletas.

2.2. A adolescência

A adolescência, período de crescimento e desenvolvimento humano que ocorre


entre 10 e 19,9 anos de idade, é caracterizada pelo contínuo processo de transição
entre a infância e a vida adulta, com mudanças somáticas, psicológicas e sociais
(WHO, 1995). Nesse período, ocorre um aumento de quase todos os órgãos e
segmentos corporais, com ganho de cerca de 20 a 25% da estatura e 50% do peso
adulto (HEALD, 1975; WHO, 1995). Em meninos a massa muscular duplica e a massa
gorda apresenta discreto aumento ou até mesmo declínio, enquanto nas meninas o
aumento é de 50% na massa muscular, e de até duas vezes na massa gorda (EISSA
et al., 2009; LOOMBA-ALBRECHT& STYNE, 2009; SIERVOGEL et al., 2003).
O início da adolescência é marcado pela puberdade, processo fisiológico de
maturação hormonal e crescimento somático que torna o organismo apto para a
reprodução. Na puberdade, surgem e se desenvolvem os sinais mais precoces das
características sexuais secundárias, e esta fase se prolonga até que as alterações
morfológicas e fisiológicas se aproximem do estágio adulto (WHO, 1995). A idade de
início ou término, magnitude e velocidade de tais mudanças são altamente dinâmicas
e podem variar entre os indivíduos, em ambos os sexos, independente da etnia, e do
meio ambiente onde vive o adolescente (COLLI & SILVA 2002; WHO, 1986).
As necessidades nutricionais durante a adolescência apresentam maior
relação com a idade fisiológica do que com a cronológica, sendo diretamente
proporcionais à velocidade de crescimento e às mudanças da composição corporal
(COLLI, 1986). Dessa maneira, o emprego isolado da idade cronológica não deve ser
utilizado como um indicador do estado de desenvolvimento do adolescente, já que
indivíduos com a mesma idade podem estar em diferentes etapas de maturação
sexual (COLLI, 2002; VITALLE, 2000).
O estágio da maturação sexual passa a ser, nesse momento da vida, o
indicador relevante tanto para o diagnóstico, como para o prognóstico das condições
27

relacionadas ao estado nutricional. Sua avaliação pode ser feita segundo o critério de
Tanner (1962), que divide a adolescência em cinco fases, se iniciando do estágio pré-
pubertário (estágio 1), passando pela puberdade (dos estágios 2 a 4), e finalizando
com o estágio pós-pubertário (estágio 5). A definição é feita com base nos estágios de
desenvolvimento do adolescente para pêlos pubianos, em ambos os sexos (P1, P2,
P3, P4 e P5), desenvolvimento de mamas para as meninas (M1, M2, M3, M4 e M5) e
de genitálias para os meninos (G1, G2, G3, G4 e G5) (COLLI, 1986; COLLI et al. 1993;
DUARTE, 1993).
É importante ressaltar, contudo, que as técnicas e critérios empregados na
avaliação do desenvolvimento e maturação sexual do adolescente podem exercer
influência sobre o diagnóstico e a definição do estágio de maturação sexual,
prejudicando a comparabilidade das investigações e podendo influenciar as
associações. Na pesquisa conduzida por Silva et al. (2007), a avaliação foi realizada
por médico treinado, ao invés do método de auto-avaliação considerado um
procedimento validado mais prático e viável comumente empregado em estudos
epidemiológicos (FRUTUOSO et al. 2003, IULIANO et al. 2004; MARIATH et al.,
2006). Outro aspecto importante é o estágio de maturação considerado na análise de
dados, uma vez que cada adolescente fornece dois indicadores (mama e pêlos nas
meninas; genitália e pêlos nos meninos). Frutuoso et al. (2003) estabeleceram um
escore de maturação sexual para cada adolescente, calculado pela média entre os
estágios de desenvolvimento das mamas e pêlos pubianos para as meninas e genitais
e pêlos pubianos para os meninos, uma vez que a maioria dos adolescentes não
apresentou divergência entre os estágios dos dois indicadores de desenvolvimento
sexual avaliados. Por outro lado, Iuliano et al. (2004) e Mariath et al. (2006), utilizaram
como critério o menor estágio assinalado pelo adolescente entre os dois indicadores
avaliados para cada sexo.
No período que antecede a puberdade (M1 e G1) e particularmente em
meninos, no início da puberdade (G2), se observa o aumento do percentual de
gordura, que servirá como reserva para o crescimento (CHIPKEVITCH, 1995). Já
durante a puberdade ocorre alteração no padrão de secreção hormonal que
desencadeia a secreção dos esteróides sexuais, predominantemente, a testosterona
no menino e o estradiol nas meninas, responsáveis pelas modificações morfológicas
do período puberal. Essas modificações morfológicas se iniciam pelo desenvolvimento
das gônadas (ovários e testículos), dos órgãos sexuais e aparecimento das
características sexuais secundárias. Na sequência ocorre a aceleração da velocidade
de crescimento (também chamado de estirão puberal). Nesta fase, de acordo com o
estágio de Tanner (G3 nos meninos ou M2 nas meninas), a velocidade de ganho de
28

gordura corporal diminui, aumentando o ganho da massa muscular e óssea, refletindo


o ganho de peso do adolescente nesse período e aumento das necessidades
nutricionais (CHIPKEVITCH, 1995; DUARTE, 1993; SAITO, 2002; SAITO & SILVA,
2001; SIERVOGEL et al., 2003). Por fim, ocorre a menarca em meninas e espermarca
em meninos, e a fusão das epífises ósseas com a parada do crescimento
(SIERVOGEL et al., 2003).
Durante a puberdade ocorre aumento da capacidade física, resultante do
desenvolvimento do coração, pulmões, fígado, baço, pâncreas, rins, tireóide, supra-
renais, gônadas, com um pequeno aumento no sistema nervoso central (SAITO &
SILVA, 2001). Frente às intensas modificações ocorridas na puberdade, em ambos os
sexos, torna-se necessária a análise das práticas nutricionais conduzidas nesta fase,
visto que segundo Bachrach (2005) este é um período importante para a construção
de hábitos alimentares e adoção de estilo de vida saudável na vida adulta.

2.2.1. Necessidades e práticas nutricionais na adolescência

A adolescência é o segundo período da vida extrauterina, em que o


crescimento tem sua velocidade máxima, depois da primeira infância. O crescimento
está relacionado com o aumento da massa corporal e o desenvolvimento físico,
compreendendo também a maturação dos órgãos e sistemas para a aquisição de
novas e específicas capacidades (BIANCULLI, 1995). Sendo assim, segundo
Thompson (1998), os atletas adolescentes apresentam necessidades energéticas
diferentes daquelas recomendadas para adultos.
Nesta fase de crescimento grande importância é conferida, não somente ao
aporte energético, mas também a alguns nutrientes, como proteína, ferro, cálcio, zinco
e vitaminas A e C (ALMEIDA & SOARES, 2003). Entretanto, constata-se que em geral,
os hábitos alimentares de adolescentes são frequentemente inadequados: substituem
refeições por lanches de baixo valor nutritivo (FEIJO et al., 1997), ingerem
quantidades insuficientes de leite e derivados, frutas, hortaliças (COSTA et al., 2004;
LEAL et al., 2010) e exageram nos alimentos de alta densidade energética, ricos em
sódio e açúcares, como os refrigerantes e os “fast foods” (ANDRADE et al., 2003;
CARMO et al., 2006; CARVALHO et al., 2001; LEAL et al., 2010; LEVY et al., 2010;
TORAL et al., 2007). De acordo Estima et al. (2009) adolescentes com padrões
insatisfatórios de consumo de refeições apresentam maior risco ao sobrepeso ou
obesidade.
No Brasil, esta é a faixa etária em que se observa o menor consumo de
alimentos como feijão e leguminosas, frutas, vegetais verde-escuros e alaranjados,
29

enquanto o consumo de biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos é elevado, e


supera o de adultos e idosos (IBGE, 2011).
O surgimento de carências nutricionais na adolescência pode ser resultado de
práticas alimentares inadequadas, que se fazem presentes entre os jovens devido a
diversas mudanças comportamentais, tais como busca crescente de autonomia e
independência, alterações psicológicas, definição da própria identidade, influência de
amigos, rebeldia contra padrões familiares, demandas escolares e de trabalho,
pressões e modificação das preferências alimentares (EISENSTEIN et al., 2000;
FISBERG et al., 2000). Outros fatores também podem prejudicar a alimentação do
adolescente, tais como o nível socioeconômico, os conflitos psicossociais e familiares
que se manifestam durante as refeições, a falta de horário e tempo para o preparo e
consumo de alimentos adequados, o abandono e a omissão de pais ou familiares
envolvidos em atividades para garantir o sustento da família (EISENSTEIN et al.,
2000; GARCIA et al., 2003).
Além dos fatores descritos, frequentemente se observa a prática de regime de
emagrecimento, muitas vezes decorrente de distorção da imagem corporal e influência
da mídia, e mesmo com aumento de apetite decorrente das elevadas necessidades
nutricionais, nem sempre o adolescente seleciona os alimentos mais adequados a sua
nutrição (BASSLER et al., 1999). Assim, o constante monitoramento do consumo
alimentar de adolescentes é fundamental como forma de prevenir as carências
nutricionais, especialmente quando estiver engajado na prática regular de exercícios
físicos.

2.2.2. O atleta adolescente

Já se sabe que uma alimentação adequada em conjunto com a prática regular


de exercícios físicos na adolescência são fundamentais para o ótimo crescimento e
desenvolvimento, assim como para a promoção de uma boa saúde (IGLESIAS-
GUTIÉRREZ et al., 2008). Mas para que isto possa ocorrer os requerimentos de
energia e nutrientes de atletas adolescentes precisam estar aumentados para que
consiga suprir a demanda energética gerada pela prática regular da atividade física
(IGLESIAS-GUTIÉRREZ et al., 2008; ROEMMICH et al., 2001). Em casos de
deficiência nutricional pode haver alterações no crescimento, na maturação sexual e
no desempenho físico.
A prática de esportes entre as crianças e adolescentes tem sido estimulada
para garantir um grau satisfatório de atividade física e prevenir doenças decorrentes
do sedentarismo. Para manter a saúde, prevenir lesões e beneficiar o crescimento,
30

assim como o desempenho físico, as crianças e adolescentes precisam consumir uma


dieta adequada (PETRIE et al., 2004). Entretanto, muitas vezes a alimentação nesta
faixa etária não segue as recomendações nutricionais esportivas, o que pode
prejudicar o crescimento e a maturação, causar amenorréia, redução da densidade
mineral óssea e culminar com o surgimento de transtornos alimentares (MEYER &
PERRONE, 2008).
A disponibilidade de informações sobre as necessidades nutricionais e
fisiológicas de crianças que participam de atividade física regular é limitada. Estima-se
que o gasto energético na caminhada e na corrida sejam 30% mais elevado do que
nos adultos (KRAHENBUHL & WILLIAMS, 1992; MacDOUGALL et al., 1983). Além
disso, devido à falta de informações não fica claro se as crianças e adolescentes que
praticam esportes necessitam de um acréscimo de macronutrientes assim como
ocorre com os adultos (MEYER &PERRONE, 2008). Sabe-se basicamente que as
reservas de glicogênio são mais baixas nas crianças do que nos adultos e que as
enzimas envolvidas no metabolismo glicolítico não estão inteiramente desenvolvidas
(BERG et al., 1986; BOISSEAU & DELAMARCHE, 2000; LAGACIONE et al., 2012;
MONTFORT-STEIGER & WILLIAMS, 2007). Além disso, crianças e adolescentes
parecem oxidar relativamente mais gordura do que carboidratos, quando comparadas
com adultos durante o exercício (MARTINEZ & HAYMES, 1992; MONTFORT-
STEIGER & WILLIAMS, 2007) e apresentar menor tolerância à hipertermia
(LAGACIONE et al., 2012), uma vez que podem transpirar 2,5 vezes menos, devido a
distintos mecanismos de dissipação do calor, em comparação com adultos
(COTUGNA et al., 2005; MONTFORT-STEIGER & WILLIAMS, 2007; PERRONE &
MEYER, 2011).
Um decréscimo de 1% do peso corporal induzido pela transpiração decorrente
da prática de exercícios físicos parece já comprometer o desempenho de endurance
em crianças (WILK et al., 2002). Desta forma, a desidratação reduz a performance por
afetar o sistema cardiovascular, a termorregulação, e a fadiga central (percepção de
esforço). Não está claro em qual grau de desidratação o desempenho de endurance
em adolescentes seria prejudicado, mas possivelmente estes devam seguir as
mesmas orientações destinadas à população adulta (PETRIE et al., 2004).
O atendimento das necessidades de energia deveria ser uma prioridade
nutricional para atletas, uma vez que o balanço energético negativo compromete o
crescimento e desempenho e invalida os benefícios do treinamento físico. Quando
ocorre uma ingestão limitada de energia, não somente o tecido gorduroso é utilizado
como fonte de energia, mas também pode haver perda de massa magra (ADA, 2009),
uma vez que proteínas corporais seriam utilizadas como substrato energético ao invés
31

de atuarem como substratos para síntese tecidual (PETRIE et al., 2004). A redução da
massa magra resulta na diminuição da força e resistências físicas, assim como
compromete as funções imunológica, endócrina e musculoesquelética. Além disso,
muitas vezes a carência energética está associada com deficiências nutricionais que
podem gerar disfunções metabólicas e/ou prejuízo na recuperação muscular (ADA,
2009; BURKE et al., 2006; COTUGNA et al., 2005).
A maioria dos atletas que deseja perder peso obtém informações de fontes
inseguras, muitas vezes acham por conta própria que tem necessidade de perder
peso, mesmo não sendo necessário, sendo assim, não tem o conhecimento correto
sobre o assunto. Em alguns casos estes atletas usam métodos radicais, sem a
orientação de um profissional especializado (LAGACIONE et al., 2012). Interessante
também é observar que mesmo quando estão realizando restrições alimentares para a
perda de peso, adolescentes costumam apenas modificar a frequência e quantidade
dos alimentos ingeridos, porém o inadequado padrão alimentar permanece o mesmo
(MARTINSEN et al., 2010).
Informações precisas a respeito da adequada alimentação deveriam ser
propagadas para que atletas pudessem optar por alimentos saudáveis. Entretanto,
segundo Cotugna et al. (2005) jovens atletas e seus responsáveis muitas vezes estão
mal informados ou têm ideias erradas sobre nutrição esportiva, apesar de
demonstrarem amplo interesse pelo assunto. A desinformação já havia sido
considerada por outros autores como possível responsável por equivocadas escolhas
as quais poderiam afetar negativamente seus desempenhos físicos (JACOBSON et
al., 2001; ROSENBLOOM et al., 2002).
Jacobson et al. (2001) relataram que 330 atletas universitários apresentavam
pouco ou nenhum conhecimento a respeito da nutrição adequada, tendo em vista as
fontes de conhecimento mais consultadas: treinadores (19%), coordenadores de
equipe (13%), revistas (10%), familiares (5,5%) e amigos (4%). Além disso, os autores
sugeriram que as meninas seriam mais receptivas à obtenção de informações
transmitidas por um nutricionista e que jovens atletas que estejam recebendo
informação nutricional qualificada seriam mais capazes de responder assertivamente a
questões referentes à importância da nutrição e o papel desempenhado por cada
nutriente.

2.3. Nutrição e atividade física

A importância da nutrição no desempenho e saúde de atletas já se encontra


suficientemente documentada na literatura, tendo sido estabelecidas recomendações
32

de consumo dietético e estratégias nutricionais para o aumento de desempenho e


atenuação do impacto negativo do exercício na saúde (ADA, 2009). Atletas de provas
de longa duração executam treinamentos que impõem demanda significativamente
aumentada nos estoques de energia e, quando não há reposição adequada destes,
pode haver comprometimento do desempenho atlético, retardo na sua recuperação
(SINGH et al., 1994) e aumento da susceptibilidade às lesões (CHEN et al., 1989).
Apesar disso, a nutrição esportiva é muito complexa, pois as recomendações
dependem do tipo de atividade física realizada, das particularidades de cada atleta,
entre outros aspectos. Sendo assim, apesar da maioria dos atletas tentar satisfazer os
seus requerimentos nutricionais antes e após o exercício, as atividades de longa
duração exigem que os seus praticantes também supram as suas necessidades
nutricionais durante o exercício.
As atividades de endurance geram uma elevação do gasto energético, com
significativo aumento das taxas de oxidação de carboidratos e lipídios. Além disso,
induzem a perdas significativas de líquidos e eletrólitos através do suor, principalmente
quando a atividade é de longa duração e realizada no calor. Como resultado, a
ingestão inadequada de líquidos e de nutrientes durante o exercício de endurance
pode levar a desidratação, hiponatremia, depleção de glicogênio, hipoglicemia e queda
no desempenho físico (SAUNDERS, 2007).

2.3.1. Carboidratos e atividade física

Há muitos anos se reconhece a importância dos carboidratos como substrato


energético para a contração da musculatura esquelética. O clássico estudo de
Christensen & Hansen nos anos 30, demonstrou claramente a importância da
disponibilidade de carboidratos durante os exercícios prolongados e a influência do
carboidrato alimentar no metabolismo e no desempenho físico (HARGREAVES, 1992).
Quanto mais intenso o exercício for, maior será sua dependência em relação
ao carboidrato como combustível. Sendo assim, as mensurações de índices de
limitação funcional durante a atividade física tornam-se importantes para que seja
possível fazer um acompanhamento adequado do estado físico do indivíduo. Dentre
estes índices encontram-se a frequência cardíaca (FC), o consumo máximo de
oxigênio (VO2 máx) e o lactato sanguíneo, que auxiliam no controle do treinamento e
desempenho físico de atletas e praticantes de atividades físicas (SAPATA et al.,
2006). Contudo, a contribuição dos carboidratos para o metabolismo durante o
exercício é determinada não somente pela intensidade deste, mas também por
33

diversos outros fatores como a duração do exercício e a dieta (CONLEY & STONE,
1996).
Quando a concentração de glicose se encontra abaixo dos valores fisiológicos
normais o rendimento diminui rapidamente. Neste momento, o atleta apresenta
dificuldade em manter a intensidade normal do exercício e, aqueles que não
consomem quantidades suficientes de carboidrato ou energia e/ou não descansam
adequadamente são os primeiros a sofrerem as consequências. Deste modo, os
atletas que treinam exaustivamente, dia após dia, devem consumir uma quantidade
adequada tanto de carboidrato quanto de energia para minimizar o risco da fadiga
crônica associada à depleção acumulativa de glicogênio muscular (RIBEIRO, 2010).
Sugere-se que os atletas consumam uma dieta contendo cerca de seis a dez
gramas de carboidrato para cada quilo peso corporal por dia (ADA, 2009) e também
descansem periodicamente para que o músculo restabeleça seus estoques de
glicogênio. Já uma dieta contendo de oito a dez gramas de carboidrato para cada quilo
de peso corporal por dia é indicada para atletas que participam de atividades intensas
(acima de 70% VO2máx) durante várias horas diariamente. Porém, se o atleta se
exercitar nesta intensidade por uma hora ou menos, uma dieta que forneça seis
gramas de carboidrato para cada quilo de peso corporal por dia é suficiente para repor
os estoques de glicogênio muscular depletado durante o exercício (RIBEIRO, 2010).
Estas quantidades de carboidratos devem ser distribuídas ao longo do dia,
devendo uma parte ser destinada à administração pré (200 a 300 gramas de três a
quatro horas antes), durante (30 a 60 gramas por hora) e pós-exercício (de um a um e
meio grama para cada quilo de peso, os quais deverão ser ofertados nos primeiros 30
minutos pós-exercício). Para garantia de uma melhor recuperação das reservas de
glicogênio, as mesmas quantidades sugeridas imediatamente no período de
recuperação devem ser ofertadas a cada duas horas, durante seis horas (ADA, 2009).

2.3.1.1. Necessidades de carboidratos do atleta adolescente

Os carboidratos são essenciais para atletas visando atingir as necessidades


energéticas específicas para alta intensidade, para manter a glicemia e recuperar as
reservas de glicogênio. A ingestão inadequada de carboidratos pode resultar em
estoques insuficientes de energia armazenada no organismo como glicogênio
muscular. Além disso, pode estimular a utilização de proteínas corporais, como fonte
energética para a prática das atividades físicas diárias, podendo levar a alguns
comprometimentos e alterações importantes durante os processos de crescimento e
de desenvolvimento (COTUGNA et al., 2005).
34

Conforme já mencionado anteriormente, crianças ainda não apresentam sua


capacidade glicolítica completamente desenvolvida. Desta forma, os lipídios parecem
desempenhar um importante e mais significativo papel como substrato energético para
o desenvolvimento da performance, o que justifica o fato de ainda serem necessários
mais dados que justifiquem os benefícios das dietas ricas em carboidratos para atletas
jovens. Recomenda-se que pelo menos 50% do total da energia consumida seja
oriunda dos carboidratos (COTUGNA et al., 2005; HOCH et al., 2008; PETRIE et al.,
2004) ou o equivalente a cinco a dez gramas para quilo de peso corporal por dia
(PETRIE et al., 2004).

2.3.2. Proteínas e atividade física

As proteínas são nutrientes essenciais ao organismo humano e, como tais,


devem estar presentes na alimentação em quantidades adequadas. As proteínas
cumprem funções variadas, dentre as quais estruturais, reguladoras, de defesa e de
transporte. Alguns dos aminoácidos constituintes das proteínas, denominados
essenciais, devem ser fornecidos pela dieta, uma vez que o organismo humano não
possui a capacidade de sintetizá-los a partir de outras substâncias. Tais aminoácidos
são a histidina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina
(STRYER, 1992). A falta destes aminoácidos ocasiona alterações nos processos
bioquímicos e fisiológicos, podendo acarretar a diminuição no crescimento em
crianças (SGARBIERI, 1996). O valor nutritivo de um alimento rico em proteína
depende de sua composição em aminoácidos, digestibilidade, biodisponibilidade dos
aminoácidos essenciais, ausência de toxicidade e/ou de propriedades antinutricionais.
A necessidade de ingestão protéica na dieta de atletas pode ser influenciada
por alguns fatores, dentre os quais destacam-se a intensidade, duração e tipo de
exercício, conteúdo de glicogênio, balanço energético, sexo, idade e tempo de
treinamento. Além disso, a ingestão inadequada de energia acarreta em aumento da
necessidade protéica na dieta, presumivelmente porque algumas das proteínas
utilizadas normalmente para o processo de síntese de proteínas funcionais
(enzimática) e estruturais (tecidual) são desviadas para o fornecimento de energia
nesta condição metabólica (LEMON, 1998).
O exercício de endurance resulta na oxidação de uma série de aminoácidos,
tendo em vista a contribuição destes com uma pequena parcela (5-15%) da energia
consumida durante o exercício. Por outro lado, é importante reconhecer que esta
pequena parcela de fornecimento de energia torna-se fundamental em condições de
alta demanda de energia durante um período de tempo prolongado. Além disso, o
35

exercício prolongado e intenso acarreta em elevado estresse sobre o turnover protéico


muscular (ARAÚJO et al., 2010).
Alguns estudos demonstraram que a síntese protéica é suprimida durante o
exercício, sendo a magnitude deste efeito proporcional à duração e intensidade da
atividade. Um destes foi desenvolvido por Rennie et al. (1981). Os autores verificaram
que indivíduos do sexo masculino submetidos à corrida em esteira, durante 225
minutos a 50 % VO2max, apresentaram uma diminuição de 14% sobre a taxa de
síntese protéica muscular, enquanto a taxa de degradação de proteínas aumentou em
54%.
A supressão da síntese protéica durante o exercício no tecido muscular pode
ser resultado da diminuição da energia destinada para a síntese protéica, decorrente
do excessivo gasto energético no processo de contração muscular. Desse modo, uma
relação direta entre a diminuição do conteúdo de glicogênio e a taxa de síntese de
proteínas tem sido estabelecida no músculo e fígado.
Sendo assim, sugere-se que uma adequada ingestão de energia e carboidrato
associada às atividades de endurance, especialmente as de baixa a moderada
intensidade, impacta pouco significativamente sobre os requerimentos diários de
proteína, de modo que a ingestão de um grama de proteína para cada quilo de peso
corporal, proposta para indivíduos sedentários, ainda seria suficiente. Por outro lado, a
baixa ingestão de energia e carboidrato aumentaria a oxidação de aminoácidos e os
requerimentos de proteína, especialmente quando associados às atividades de
endurance de alta intensidade, gerando uma necessidade que varia de 1,2 a de 1,4g
de proteína para cada quilo de peso corporal por dia (ADA, 2009).

2.3.2.1. Necessidades de proteína do atleta adolescente

As proteínas são igualmente importantes para a síntese hormonal, a produção


enzimática e reparo tecidual (COTUGNA et al., 2005). Além disso, um adequado
aporte de proteína e energia na dieta são fundamentais para o suprimento ideal de
aminoácidos essenciais ao crescimento e manutenção da massa magra. De acordo
com algumas diretrizes quanto à alimentação de jovens atletas, em linhas gerais,
recomenda-se que crianças e adolescentes atletas consumam as mesmas
quantidades de proteína preconizadas para adultos: de 10 a 15% da energia total da
dieta ou o equivalente a de 1,2 a 2,0 gramas de proteínas para quilo de peso corporal
por dia (COTUGNA et al., 2005; HOCH et al., 2008; PETRIE et al., 2004). Por outro
lado, Petrie et al. (2004) sugerem que mais pesquisas precisam ser realizadas para
confirmar se estas recomendações seriam adequadas, particularmente quando ocorre
36

o estirão de crescimento, associado a períodos de treinos intensos ou competições.


Além disso, é necessário determinar quais seriam as quantidades adequadas de
proteína mediante uma inadequação no aporte de energia, devido ao gasto energético
excessivo ou em função de uma ingestão restrita de energia, visando reduzir o
percentual de gordura e manter a massa corporal magra simultaneamente.
Alguns estudos têm demonstrado que atletas adolescentes habitualmente
ingerem quantidades de proteína além das necessidades (ALMEIDA & SOARES,
2003; BASSIT & MALVERDI, 1998; SOARES et al., 1994) muitas vezes em função da
predileção por carnes em detrimento a outros alimentos ou por acreditarem que desta
forma poderiam aumentar a massa muscular. Entretanto, Lemon (1997) sugere que
dietas hiperprotéicas não aumentam necessariamente a massa muscular e também
podem levar a efeitos adversos (ex. maiores perdas urinárias de cálcio e risco de
desidratação).

2.3.3. Lipídios e atividade física

Os lipídios são nutrientes fundamentais para a manutenção da boa saúde e


para o desempenho esportivo, assim como todos os outros macro e micronutrientes
em suas devidas proporções. Entretanto, atualmente é muito comum o hábito de
procurar evitar a ingestão excessiva de lipídios na dieta como uma medida de
prevenção da obesidade, de doenças cardiovasculares e demais doenças crônico-
degenerativas. Por outro lado, atletas de elite estão apostando cada vez mais na
ingestão de lipídios como um nutriente poupador de glicogênio muscular e uma fonte
inesgotável de energia (LESER, 2010).
O organismo tem a capacidade de estocar uma grande quantidade de lipídios
no tecido adiposo em comparação com outras reservas de energia (LOWERY, 2004;
WILLIAMS, 2005) (Quadro 2). Entretanto, em geral, pessoas fisicamente ativas
tendem a apresentar menor proporção de gordura corporal do que os indivíduos
sedentários, sendo que em mulheres a proporção de lipídios estocados geralmente é
maior do que em homens (LESER, 2010).
37

Quadro 2. Substratos energéticos no organismo


Substrato Energético Locais de Total(g)
armazenamento
Carboidrato glicose sérica 4
glicogênio hepático 100
glicogênio muscular 350
Gordura AGL séricos 1
TG séricos 8
TG muscular 278
TG Tecido Adiposo 8889
Proteína Proteína muscular 7500
Fonte: Williams, 2005

Os lipídios e os carboidratos são os principais substratos utilizados pelo


organismo como fonte de energia durante a atividade física. Ambas as fontes são
oxidadas simultaneamente. Contudo, a proporção de energia que cada substrato
fornecerá irá depender do tipo, intensidade e duração da atividade física, assim como
do nível de condicionamento físico do indivíduo, como também das características da
dieta e da refeição que antecede à atividade. (LESER, 2010). Durante as atividades
deendurance (longa duração), os lipídios se tornam os substratos predominantes no
fornecimento de energia, já durante os exercícios de curta duração, principalmente os
de força e explosão muscular, a creatina-fosfato (CP) e os carboidratos predominam
como fonte energética, sendo proporcionalmente menor a contribuição dos lipídios
para a síntese de energia (HOROWITZ & KLEIN, 2000; POWERS & HOWLEY, 2000)
(Figuras 1 e 2).
O treinamento de endurance aumenta a oxidação de lipídios durante o
exercício submáximo. Vários fatores contribuem para esta resposta adaptativa: o
aumento da densidade das mitocôndrias nos músculos esqueléticos, o que aumenta a
capacidade para a oxidação de gordura; a proliferação de capilares dentro do músculo
esquelético, o que aumenta a entrega de ácidos graxos para o músculo; um aumento
da Carnitina Transferase, o que facilita o transporte de ácidos através da membrana
mitocondrial; dentre outros fatores (HOROWITZ & KLEIN, 2000). O aumento da
oxidação de ácidos graxos livres costuma associar-se com efeito poupador dos
limitados estoques de glicogênio e consequente retardo da fadiga (LOWERY, 2004).
38

Figura 1. Desvio do metabolismo de carboidrato para o de lipídios durante o exercício


prolongado.
Fonte: Powers & Howley, 2000.

Figura 2. Desvio do metabolismo de lipídios para o de carboidratos a medida que a


intensidade do exercício aumenta.
Fonte: Powers & Howley, 2000.

2.3.3.1. Necessidades de lipídios do atleta adolescente

A ingestão de lipídios é importante para o suprimento energético, para o


isolamento térmico e mecânico do nosso organismo, e para viabilizar a ingestão de
vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos essenciais (COTUGNA et al., 2005).
Apesar das crianças oxidarem relativamente mais gorduras do que
carboidratos durante o exercício, quando comparadas com adultos, de acordo com
39

algumas diretrizes quanto à alimentação de jovens atletas, recomenda-se que a


ingestão de lipídios gire em torno de 20 a 35% da energia diária (HOCH et al., 2008;
PETRIE et al., 2004; MEYER & PERRONE, 2008), ou seja, não há nenhuma evidência
de que os jovens atletas que praticam atividades de endurance possam se beneficiar
de uma quantidade elevada de gordura na dieta (MEYER & PERRONE, 2008).
Muitos jovens praticantes de exercício físico restringem excessivamente a
ingestão dietética de gordura com o objetivo de reduzir a massa e/ou a gordura
corporal. Além da preocupação com a ingestão calórica insuficiente e o prejuízo ao
crescimento e desenvolvimento, a restrição de gordura alimentar pode resultar em
uma redução da ingestão de ácidos graxos essenciais e vitaminas lipossolúveis
(PETRIE et al., 2004).

2.3.4. Micronutrientes e atividade física

De acordo com algumas pesquisas que investigaram a ingestão alimentar de


jovens atletas, sugere-se que a maioria consuma uma quantidade de vitaminas e
minerais que garanta o alcance total (ou quase) das recomendações diárias, em
comparação com a ingestão de não atletas (RANKINEN et al., 1995; CUPISTI et al.,
2002). Desta forma, parecem não endossar a ideia de que atletas jovens precisariam
consumir uma quantidade aumentada de micronutrientes em função do treinamento
físico ao qual são submetidos, de modo que não existem recomendações específicas
de micronutrientes para jovens esportistas. As Dietary Reference Intakes são
utilizadas como padrão para verificar a adequação, apesar da pouca especificidade
(JUZWIAK et al., 2000).
Segundo Volpe (2007), atletas que consomem uma quantidade adequada de
energia, não precisariam suplementar micronutrientes para satisfazer suas
necessidades. Além disso, acredita-se que o metabolismo acelerado resultante da
prática de exercícios físicos não aumentaria os requerimentos de minerais (PETRIE et
al., 2004). Entretanto, frequentemente a dieta de crianças e adolescentes costuma
estar deficiente em cálcio e ferro (COTUGNA et al., 2005; CLARKSON & HAYMES,
1995), o que poderia gerar com prejuízos à saúde e à performance, principalmente em
atletas do sexo feminino (CLARKSON & HAYMES, 1995).
Outro aspecto que merece destaque é o fato de que alguns atletas poderiam
apresentar perdas significativas de eletrólitos, especialmente quando estes estivessem
envolvidos com treinamentos prolongados durante os quais a transpiração é bastante
aumentada (PETRIE et al., 2004), mesmo considerando-se que as concentrações de
sódio no suor de atletas jovens possivelmente sejam menores (BERGERON, 1996).
40

2.3.4.1. Vitamina A

Vitamina A constitui um termo nutricional que descreve uma família de


compostos alimentares essenciais lipossolúveis que são estruturalmente relacionados
com o álcool lipídico retinol e que compartilham suas atividades biológicas. A vitamina
A em suas diversas formas (carotenóides ou vitamina A pré-formada) é necessária
para a visão, crescimento, proliferação celular, diferenciação celular e a integridade do
sistema imune (ROSS, 2003). Além disso, o β-caroteno tem sido estudado por suas
propriedades antioxidantes (BARREIROS & BARRETO, 2006) e existem relatos que a
deficiência de vitamina A pode afetar o desempenho físico, piorando o processo de
gliconeogênese no fígado (WILLIAMS, 2005).

2.3.4.2. Vitamina C

O ácido ascórbico (vitamina C) apresenta múltiplas funções. É necessário para


produção e manutenção do colágeno, participando na hidroxilação da prolina
formando hidroxiprolina; é também necessário para redução do ferro férrico a ferro
ferroso no trato intestinal (JACOB, 2003; POWERS & HAMILTON, 1999; RIOS &
PENTEADO, 2003; VANNUCCHI & JORDÃO JÚNIOR, 1998); e para integridade das
funções relacionadas à imunidade(PETERS et al., 2001(a); PETERS et al., 2001(b);
TAULER et al., 2002). Entretanto, a maioria dos estudos relacionando vitamina C e
atividade física discute sobre seus efeitos como antioxidante hidrossolúvel, capaz de
regenerar o radical tocoferoxil e de reagir com as espécies reativas de oxigênio (ERO)
e com radicais peroxil em fase aquosa (CRUZAT et al., 2007; HAMILTON et al., 2000).
Khassaf et al. (2003) demonstraram que, quando há um suprimento inadequado de
vitaminas antioxidantes, é observada a ocorrência de mais significativa peroxidação
lipídica em atletas, entretanto esta pode ser minimizada mediante a suplementação
com vitamina C.

2.3.4.3. Ferro

O ferro é o mineral traço mais abundante no metabolismo celular (NIELSEN &


NACHTIGALL, 1998) e nos últimos 20 anos, muita importância tem sido dada
especificamente ao ferro, em função de toda a sua dinâmica na performance de
atletas. A importância do ferro para o desempenho do exercício se relaciona com o
seu papel na constituição da hemoglobina, da mioglobina, das desidrogenases, dos
citocromos e de algumas enzimas mitocondriais. Todas estas proteínas são essenciais
41

para o transporte de oxigênio no organismo e para a produção de energia (WEAVER &


RAJARAM, 1992).
O consumo inadequado de ferro parece ser o fator mais importante para o
desenvolvimento de uma deficiência deste mineral, mas outras causas já foram
identificadas: redução na absorção deste nutriente devido a dietas com baixa
biodisponibilidade; perda através da transpiração e menstruação; perda gastrintestinal
de sangue levando à excreção através das fezes, perda pela urina e hemólise
intravascular (NACHTIGALL et al., 1996).
A deficiência de ferro prejudica o desempenho do atleta, alterando a
capacidade de trabalho e a captação de oxigênio. Quando a hemoglobina encontra-se
abaixo dos valores ideais, há comprometimento do transporte de oxigênio para os
tecidos do corpo. Essa situação é extremamente prejudicial para a produção de
energia e recuperação do atleta (CLARKSON, 1991; JUZWIAK et al., 2000).
Estudos mostram que atletas, especialmente as de resistência, tendem a
desenvolver uma condição conhecida como “anemia esportiva” ou “pseudoanemia”,
que pode ocorrer no início de um programa de treinamento ou
durante um treinamento prolongado. Reduções transitórias na concentração de
hemoglobina, na contagem de hemácias e hematócrito, que caracterizam esta
condição, podem ser devidas à expansão do volume plasmático como uma adaptação
fisiológica aos exercícios extenuantes (WEIGHT et al., 1992; NACHTIGALL et
al.,1996). Entretanto, pesquisas com atletas do sexo feminino revelam que estas não
apresentam apenas uma redução na concentração de hemoglobina relacionada a uma
hemodiluição, mas também um estado de deficiência de ferro com ou sem anemia
(NUVIALA et al., 1996; VILARDI et al., 2001).
A maior parte dos estudos sobre a deficiência de ferro foi realizada com atletas
mulheres, pois o ciclo menstrual é um fator de risco para a deficiência de ferro,
independente do treinamento. As perdas menstruais da mulher variam
substancialmente, mas, independente do sexo, vários aspectos podem ser
evidenciados, indicando que exercícios intensos podem alterar o balanço de ferro
corporal, uma vez que promovem as seguintes alterações: baixos níveis de ferritina
sérica (FOGELHOLM, 1995; SMITH, 1995), aumento das taxas de eliminação e
depleção dos estoques de ferro no fígado e na medula óssea (NACHTIGALL, 1996).
Na adolescência, especial atenção deve ser dada à ingestão de ferro. O rápido
aumento da massa magra, do volume sanguíneo e das células vermelhas resulta em
uma maior necessidade de ferro para a mioglobulina e a hemoglobina, com maior
possibilidade de ocorrer anemia no estirão (JUZWIAK et al., 2000).
42

2.3.4.4. Cálcio

O cálcio é importante para a manutenção e formação da massa óssea e dos


dentes, mas também é necessário para a coagulação sanguínea e agregação
plaquetária, para a excitabilidade dos nervos, para a contração muscular, tanto dos
músculos estriados quanto lisos, assim como para a união da actina com a miosina.
Este mineral influencia a permeabilidade das membranas celulares e auxilia na
manutenção do equilíbrio ácido-base (ANDRADE, 2010).
A saúde dos ossos é importante para qualquer pessoa, independente da idade,
seja ela atleta ou não. A osteoporose é uma doença prevalente e alvo de grandes
estudos. Para o aumento da densidade óssea são necessários constantes exercícios
físicos e uma alimentação balanceada em cálcio e vitamina D, principalmente durante
a fase de desenvolvimento puberal. A ingestão adequada de cálcio durante toda a vida
continua sendo o melhor meio de prevenção contra a perda óssea decorrente do
processo de envelhecimento (BLOOMFIELD, 2002).
Um consumo adequado de cálcio é extremamente importante para os atletas
em crescimento, para diminuir as fraturas de estresse e, mais tarde, o risco de
desenvolverem osteoporose. Esse fator é particularmente importante entre atletas do
sexo feminino que apresentam amenorréia primária, a qual está associada a uma
densidade óssea menor.
Mulheres atletas muitas vezes são consideradas um grupo de risco, visto que
uma atleta com amenorréia pode apresentar valores de densidade óssea semelhantes
à de uma mulher com osteoporose de idade avançada (NICHOLS et al., 2000).
O aporte de cálcio pode ser insuficiente, principalmente entre jovens que
diminuem a ingestão de produtos lácteos e apresentam consumo elevado de proteínas
e alimentos que fornecem alta quantidade de fósforo (ex. bebidas gaseificadas). Uma
ingestão inferior a 500 mg de cálcio resulta em uma menor retenção desse nutriente
em adolescentes, o que não é uma ingestão incomum nesse grupo (JUZWIAK et al.,
2000). Por outro lado, crianças (SLEMENDA et al., 1991) e adolescentes (BAILEY et
al., 1999; BRADNEY et al., 1998; MORRIS et al., 1997), exercitadas na fase de
crescimento, podem apresentar maior densidade óssea, visto que o exercício físico
induz um aumento da massa óssea em resposta à demanda funcional disposta sobre
ele.
A pressão e a força imposta pela musculatura induzem à fixação de cálcio no
osso e ao aumento da massa óssea. Desta forma, os exercícios com pesos ou
aqueles em que o indivíduo tem que suportar o peso corporal, especialmente quando
impactos sucessivos são realizados, parecem correlacionar-se mais significativamente
43

a uma maior mineralização óssea (ANDREOLI et al., 2001; HUMPHRIES et al., 1999;
LIU et al., 2003; NEMOSECK & KERN, 2009; NUNES et al., 2001; PROCTOR et al.,
2000; RYAN et al., 2004), de modo que passa a existir uma preocupação quanto à
densidade óssea de nadadores, tendo em vista que as atividades aquáticas,
aparentemente, não seriam as mais benéficas neste sentido.

2.4. Avaliação do consumo alimentar

Para avaliar o estado nutricional individual ou coletivo, e desenvolver um


tratamento dietético, a combinação de dados dietéticos, bioquímicos, clínicos e
antropométricos, ainda são considerados o "padrão-ouro" para o diagnóstico
nutricional (DWYER, 2001). Isto porque nenhum método por si só provê um
diagnóstico preciso do estado nutricional. Por isso a necessidade de conjugar métodos
diretos, como a avaliação antropométrica, clínica e laboratorial, com métodos indiretos,
como a avaliação dietética.
A avaliação do consumo alimentar é um dos procedimentos mais utilizados
na prática do nutricionista e em pesquisas de nutrição humana. Ela parte do
pressuposto de que a análise do consumo de alimentos pode expressar a adequação
na ingestão de nutrientes segundo as necessidades nutricionais do indivíduo, grupo ou
população. Portanto, ela tem como objetivo principal obter, de forma mais precisa
possível, informações quantitativas e/ou qualitativas da ingestão de alimentos e de
hábitos alimentares individuais e coletivos (BIESEK & GUGELMIN, 2010).
O interesse crescente na relação nutrição e desempenho físico tem gerado
diversos estudos na área (CUPISTI et al., 2000, 2002; ECONOMOS et al., 1993;
FELDER et al., 1998; GARCIA-ROVES et al., 1998; GRANDJEAN, 1989;
JONNALAGADDA et al., 2000; RIBEIRO & SOARES, 2002), demonstrando a
importância da composição da dieta como fator que interfere na magnitude das
mudanças na composição corporal e no condicionamento físico. Entretanto, ainda que
o avanço tecnológico tenha permitido maior agilidade na coleta e análise dos dados
dietéticos, facilitando o diagnóstico da situação alimentar e nutricional de indivíduos e
coletividades, a dieta tem sido uma das variáveis mais difíceis de avaliar em estudos
observacionais (BIESEK & GUGELMIN, 2010).

2.4.1. Métodos para avaliação do consumo alimentar

O desenvolvimento de ferramentas que permitam avaliar a ingestão alimentar


de maneira fidedigna tem merecido destaque nas pesquisas dos profissionais da área
44

de saúde e nutrição. Existem vários métodos para avaliação do consumo alimentar,


aparentemente de fácil utilização, mas muitos são os fatores que interferem na
precisão, na validade e na reprodutibilidade deles. Não há um “melhor método”, porém
o mais adequado a uma determinada situação (FISBERG et al., 2005) e a utilização de
mais de um método, aplicado de forma individualizada, objetiva aumentar a exatidão
da avaliação nutricional (DWYER, 2001).
Os métodos dietéticos apresentam limitações que devem ser consideradas
no momento do planejamento da pesquisa e da análise e interpretação dos dados.
Além disso, as questões sociais, culturais, ideológicas e econômicas afetam
diretamente o consumo de alimentos e o próprio relato do consumo alimentar. Mais
ainda a estimativa da ingestão de nutrientes a partir dos dados de consumo de
alimentos também pode se associar a erros, uma vez que certos componentes de
alimentos não necessariamente representam nutrientes biologicamente disponíveis e
absorvidos pelo corpo (THOMPSON & BYERS, 1994; WILLET, 1998).
Com a finalidade de obter informação sobre o consumo de alimentos em nível
individual, as metodologias foram classificadas segundo o período de tempo em que
as informações são colhidas. Dessa maneira, existem: métodos prospectivos, que
registram a informação presente, e métodos retrospectivos, que colhem a informação
do passado imediato ou de longo prazo (DWYER, 2001).
Os métodos amplamente utilizados na avaliação do consumo alimentar incluem
o Questionário de Frequência Alimentar (QFA), o Recordatório de 24 horas (R24h), o
Registro Alimentar (RA)(PENNINGTON, 1991).

2.4.1.1. Recordatório de 24 horas (R24h)

O R24h pode ser considerado o instrumento mais empregado para a avaliação


da ingestão de alimentos e nutrientes de indivíduos e diferentes grupos populacionais
no mundo todo e também aqui no Brasil. Como o nome indica, consiste em definir e
quantificar todos os alimentos e bebidas ingeridos no período anterior à entrevista, que
pode ser as 24h precedentes ou, mais comumente, o dia anterior (DEHOOG, 1996;
DWYER, 2001; FISBERG et al., 2005).
A qualidade da informação dependerá da memória e da cooperação do
entrevistado, assim como da capacidade do entrevistador em estabelecer um canal de
comunicação em que se obtenha a informação por meio do diálogo. A informação
obtida por este método está determinada pela habilidade do indivíduo em recordar, de
forma precisa, seu consumo de alimentos. Tal habilidade é influenciada por idade,
sexo e nível de escolaridade, entre outros fatores (FISBERG et al., 2005).
45

É necessário que o sujeito responda detalhadamente sobre o tamanho e o


volume da porção consumida. Para isto acontecer, o entrevistador poderá fazer uso de
álbuns de fotografias, medidas geométricas ou caseiras. O alimento pode ser
registrado em unidades específicas como: uma fatia, uma banana média, uma bala,
um pacote de biscoito. Em nosso meio, essa forma de quantificação tem-se
aprimorado bastante, pois se conta com softwares, tabelas de medidas caseiras,
álbuns fotográficos, que possuem diferentes formas de porcionamento em unidades,
medidas caseiras e marcas comerciais de alimentos tradicionais (FISBERG et al.,
2005).
É importante que se interrogue sobre a quantidade realmente consumida, bem
como se façam perguntas que possibilitem quantificar as sobras, em especial quando
o R24h é aplicado a crianças. Além disso, pelo fato de uma cidade estar integrada
com indivíduos culturamente diferentes, é preciso perguntar a forma de preparação
(frito, assado, cozido...). Uma mesma preparação, embora receba nomes
semelhantes, pode ter receita diferente e estar composta de ingredientes distintos, de
acordo com a região do país (ex. cuscuz) (FISBERG et al., 2005).
As maiores limitações do R24h incluem a dependência da memória do
entrevistado, da motivação para responder corretamente e da capacidade em
transmitir informações precisas. A precisão do R24h poderá ser melhorada através da
habilidade do entrevistador em fazer questionamentos apropriados e de forma
padronizadas para todos os respondentes (DEHOOG, 1996; DWYER, 2001; FISBERG
et al., 2005; THOMPSON & BYERS, 1994). Demais vantagens e desvantagens do
método podem ser visualizadas no Quadro 3.

2.4.1.2. Questionário de Frequência Alimentar (QFA)

De acordo com Fisberg et al. (2005), o QFA é frequentemente considerado o


mais prático e informativo método de avaliação da ingestão dietética e
fundamentalmente importante em estudos epidemiológicos que relacionam a dieta
com a ocorrência de doenças crônicas não-transmissíveis.
O QFA foi desenhado para obter informação qualitativa, semi-quantitativa ou
quantitativa sobre o padrão alimentar e a ingestão de alimentos ou nutrientes
específicos, e possui basicamente dois componentes: uma lista de alimentos e um
espaço, no qual o indivíduo responderá com que frequência consome cada alimento. A
lista é constituída pelo maior número possível de alimentos (FISBERG et al., 2005).
Um dos objetivos implícitos do QFA é conhecer o consumo habitual de
alimentos por um grupo populacional; neste sentido, a estrutura do instrumento
46

contempla o registro da frequência de consumo de alimentos em unidades de tempo


(ex. "diariamente", "uma vez por semana", "nunca", etc.). Há três formas possíveis de
se apresentar os questionários: a primeira é a que prevê a coleta da informação sem a
adição do tamanho de porções, ou seja, um questionário simples (qualitativo). A
segunda possibilidade é especificar o tamanho de uma porção de referência como
parte da pergunta (ex. “com que frequência você consome uma xícara de leite?”). A
terceira seria incluir o tamanho (pequeno, médio ou grande) de uma porção de
referência (ex. 1 xícara de chá) (FISBERG et al., 2005).
Comparado com outros métodos, como a história alimentar ou o R24h, o QFA
requer menos especialização do entrevistador e pode ser aplicado em entrevista
pessoa a pessoa, auto administrado e enviado pelo correio (FISBERG et al., 2005).
Demais vantagens e desvantagens deste método então demonstradas no Quadro 3.

2.4.1.3. Registro Alimentar (RA)

Da mesma forma que o R24h, o registro alimentar recolhe informações sobre a


ingestão atual de um indivíduo ou de um grupo populacional. Nesse método o
indivíduo ou a pessoa responsável anota, em formulários especialmente desenhados,
todos os alimentos e as bebidas consumidos ao longo de um ou mais dias, devendo
anotar também os alimentos consumidos fora do lar (FISBERG et al., 2005).
A aplicação do registro alimentar, independentemente dos dias selecionados,
deve ser em dias alternados e abrangendo um dia de fim se semana (FISBERG et al.,
2005). O uso de vários dias proporciona a informação sobre os alimentos consumidos
com menor frequência, bem como obtém dados sobre a variação intra e interindividual
(PAO & CYPEL, 1991).
O registro alimentar pode ser aplicado de duas maneiras: na primeira, o
indivíduo deve registrar o tamanho da porção consumida em medidas caseiras, e na
segunda, todos os alimentos devem ser pesados e registrados antes de serem
consumidos, da mesma maneira as sobras devem ser pesadas e registradas. Em
ambos os casos o indivíduo registrará de modo detalhado o nome da preparação, os
ingredientes que a compõem, a marca do alimento e a forma de preparação. Devem
também ser anotados detalhes como a adição de sal, açúcar, óleo e molhos, se a
casca do alimento foi ingerida e, também se o alimento ou a bebida consumido era
regular ou diet/light. Para a melhor estimativa do tamanho da porção, o participante
deverá contar com o auxílio de medidas caseiras tradicionalmente utilizadas podendo
usar também fotografias de diferentes tamanhos de porções (FISBERG et al., 2005).
47

O registro alimentar tem sido o método de preferência de muitos


pesquisadores. Cabe assinalar que uma característica importante é que pelo fato de
registrar o tamanho da porção do alimento no mesmo momento do consumo, ele reduz
ou “elimina” o viés da memória (FISBERG et al., 2005). As vantagens e desvantagens
desse método estão no Quadro 3.
48

Quadro 3. Vantagens e desvantagens dos distintos métodos para avaliação do consumo alimentar
Métodos Vantagens Desvantagens
Recordatório de 24 - Curto tempo de administração - Depende da memória do entrevistado
horas - O procedimento não altera a ingestão do - Depende da capacidade do entrevistador em estabelecer
indivíduo canais de comunicação
- Recordatórios seriados podem estimar a ingestão - Um recordatório não estima a ingestão habitual
habitual - Dificuldade em estimar o tamanho das porções
- Pode ser utilizado em qualquer faixa etária e em
analfabetos
- Baixo custo
Questionário de - Utilizado em estudos epidemiológicos - Depende da memória dos hábitos alimentares passados
Frequência Alimentar - Estima a ingestão habitual do indivíduo - Desenho do instrumento requer esforço e tempo
- Rápido e simples de administrar - Pode haver limitações em analfabetos e idosos
- Não altera o padrão de consumo - Informação passada “viés” pela informação atual
- Baixo custo - A validade deve ser testada a cada novo questionário
- Classifica os indivíduos em categorias de - Dificuldades para o entrevistador conforme o número e a
consumo complexidade da lista de alimentos
- Minimiza a variação intrapessoal ao longo dos - Quantificação pouco exata
dias
Adaptado: Fisberg et al., 2005
49

Quadro 3 (cont.). Vantagens e desvantagens dos distintos métodos para avaliação do consumo alimentar
Registro Alimentar - Os alimentos são anotados no momento do - Consumo pode ser alterado pois o indivíduo sabe que está
consumo sendo avaliado
- Não depende da memória - Depende mais do entrevistado
- Menor erro quando há orientação - Há dificuldade de estimar as porções
- Mede o consumo atual - Menor adesão de pessoas do sexo masculino
- Maior precisão (registro do peso) e exatidão das - O número de dias de registro depende do que será avaliado
porções ingeridas (nutriente)
- As sobras são computadas como alimentos ingeridos
- Requer tempo
- Custo elevado (registro do peso)
- O indivíduo deve conhecer medidas caseiras
Adaptado: Fisberg et al., 2005
50

2.4.2. Critérios para escolha do método

A decisão sobre qual é o método mais adequado deve considerar o objetivo


do estudo, a população a ser estudada, a validade e reprodutibilidade do método, os
recursos disponíveis e os aspectos custo-efetividade. Por exemplo, quando a intenção
é avaliar a ingestão usual, os métodos retrospectivos (QFA e R24h) são as melhores
opções, enquanto que, para a avaliação da ingestão atual para estudos clínicos ou
metabólicos, os dados são melhor obtidos por meio do registro alimentar. Outros
fatores também influenciam na escolha do método como o número de pessoas
investigadas e de entrevistadores disponíveis, a capacidade de compreensão dos
indivíduos avaliados e o tempo para a coleta dos dados dietéticos. Sendo assim,
alguns aspectos que devem ser considerados no planejamento do estudo:
 A proposta do estudo e a disponibilidade de recursos;
 O tamanho da amostra (número de entrevistados);
 A necessidade de dados individuais ou de um grupo;
 As características da população (idade, motivação, grau de alfabetização, diversidade
cultural);
 A capacidade e a cooperação dos indivíduos (para avaliar a responsabilidade que
pode ser imposta aos entrevistados);
 A capacidade dos entrevistadores/"staff" (para avaliar a responsabilidade que pode ser
imposta ao "staff" );
 O tempo disponível para o estudo (PENNINGTON, 1991)
Considerando estes aspectos ainda na fase do planejamento, a ocorrência de
erros poderá ser controlada ou minimizada, tornando o estudo mais preciso.

2.4.3. Análise e interpretação de dados dietéticos

Após as informações dietéticas terem sido coletadas, torna-se necessário


processar, analisar e interpretar as informações obtidas. A entrada dos dados
dietéticos tem sido realizada em softwares específicos para análise de dietas. Esses
programas podem diferir em termos de fontes de dados de composição dos alimentos
e do número de produtos incluídos. Em geral, alguns falham em não apresentar
produtos regionais e preparações comerciais, receitas e produtos formulados, como os
alimentos esportivos. Recomenda-se que as entradas sejam feitas por um único
digitador treinado, a fim de evitar os erros e reduzir a variabilidade nas decisões a
respeito da quantificação das porções descritas (BIESEK & GUGELMIN, 2010).
Em função das dificuldades no manejo dos softwares, os alimentos são
51

então habitualmente convertidos em nutrientes empregando-se as tabelas de


composição química. Entretanto, este procedimento também pode gerar diversos erros
e limitações na análise dos dados, pois o número de alimentos presentes nas tabelas
varia muito, bem como as unidades para expressar o tamanho das porções e o
conteúdo de nutrientes em cada porção. Além disso, também ocorre uma variação na
composição química de alimentos de acordo com o solo, maturidade, estação do ano,
clima, estocagem, transporte e processamento do alimento. Desta forma, estes fatores
invalidam o uso de diversas tabelas de composição de alimentos na análise dos dados
dietéticos, portanto sugere-se o emprego de apenas uma tabela para quantificar a
ingestão de nutrientes de um indivíduo (GIBSON, 1990; UNDERWOOD, 1986;
WOTEKI, 1986).
Os dados de ingestão de nutrientes podem ser apresentados por média,
mediana ou distribuição percentual por grupos específicos, segundo a idade, sexo,
etnia, renda, entre outras características. Estas características afetam diretamente a
ingestão de alimentos, por isso a necessidade de considerá-las no momento da
análise. Por exemplo, os homens tendem a consumir maior quantidade de alimentos
que as mulheres. Assim, a distribuição por sexo explicitará este fato (WOTEKI, 1986).
Em geral, especialmente quando não existem recomendações específicas para
a modalidade esportiva estudada, para avaliação da adequação quanto ao consumo
de macronutrientes, considera-se as recomendações descritas no posicionamento da
American Dietetic Association (ADA) sobre “Nutrição e Performance Atlética” (Quadro
4) (ADA, 2009).

Quadro 4.Recomendações de macronutrientes, de acordo com a American Dietetic


Association (ADA)
CARBOIDRATO
Recomendações gerais: superior a 60% do Valor Energético Total ou
de 6,0 a 10,0g / kg / dia.
Durante o exercício: 30 a 60g / h.
Após o exercício: 1,0 a 1,5g / kg nos primeiros 30min e novamente a cada 2h,
durante um período de 4 a 6h.
PROTEÍNA
Recomendações gerais: 1,2 a 1,7 g / kg / dia ou de 10 a 35% do Valor Energético
Total
LIPÍDIOS
Recomendações gerais: de 20 a 35% do Valor Energético Total
Adaptado: ADA, 2009
52

A avaliação da adequação quanto à ingestão de micronutrientes costuma


basear-se nas ingestões dietéticas de referência (DRI, do inglês Dietary Reference
Intakes) (IOM, 2011) (Quadro 5; Figura 3), que incluem seis parâmetros com
definições e aplicações diferenciadas. Estes parâmetros são:
- EAR (Estimated Energy Requirement): valor de ingestão de um nutriente, estimado
para cobrir as necessidades de 50% dos indivíduos de um grupo específico. É
utilizado com o objetivo de avaliar a adequação da dieta de indivíduos e grupos
popilacionais e para o cálculo das RDA;
- RDA (Recomended Dietary Allowance): nível de ingestão diária suficiente para cobrir
as necessidades de aproximadamente 97% a 98% dos indivíduos de um grupo
específico. Quando a EAR está disponível e a necessidade do nutriente em questão
apresenta distribuição normal, a RDA = EAR + 2 desvios padrão. A RDA deve ser
usada como meta de ingestão individual, ou seja, para prescrição de dietas para
indivíduos;
- AI (Adequate Intake): deve ser usada no lugar da RDA, quando o nutriente em
questão não tiver EAR e RDA disponível. Portanto, deve ser utilizada como meta de
ingestão individual, ou seja, para prescrição de dietas para indivíduos para aqueles
nutrientes sem RDA. A AI tem base em estimativas de médias de ingestão de
nutrientes por grupos de indivíduos saudáveis.
- UL (Tolerable Upper Intake Level): é o nível mais alto de ingestão diária de
nutrientes, estabelecido com o objetivo de evitar riscos ou efeitos adversos à saúde.
Portanto, a UL não é uma recomendação, e sim um parâmetro para limitar a ingestão
de nutrientes, considerando-se que ingestões acima deste valor ocasionam riscos de
efeitos adversos aos indivíduos (IOM, 2011).
Vale ressaltar que a estimativa de ingestão de nutrientes não pode ser usada
isoladamente para avaliar o estado nutricional dos indivíduos. Se na avaliação da
ingestão habitual do nutriente houver indicações de inadequação, recomenda-se que
sejam feitas avaliações clínicas ou laboratoriais complementares do estado nutricional
do indivíduo (MARCHIONI et al., 2004).
53

Quadro 5. Dietary Reference Intakes (DRI) de cálcio, ferro, vitaminas A e C, de


9 a 30 anos, de acordo com o sexo

Vitaminas Minerais
Vit A (mcg) Vit C (mg) Cálcio (mg) Ferro (mg)
EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA UL
Sexo
masculino
9 a 13 anos 445 600 1700 39 45 1200 1100 1300 3000 5,9 8 40
14 a 18 630 900 2800 63 75 1800 1100 1300 3000 7,7 11 45
anos
19 a 30 625 900 3000 75 90 2000 800 1000 2500 6 8 45
anos
Sexo
feminino
9 a 13 anos 420 600 1700 39 45 1200 1100 1300 3000 5,7 8 40
14 a 18 485 700 2800 56 65 1800 1100 1300 3000 7,9 15 45
anos
19 a 30 500 700 3000 60 75 2000 800 1000 2500 8,1 18 45
anos
Fonte: IOM, 2011

Figura 3.Modelo para os valores de referência de micronutrientes.


Fonte: MARCHIONI et al., 2004

2.4.4. Avaliação do consumo alimentar de jovens atletas

A avaliação dietética é fundamental para conhecer os hábitos alimentares, o


nível de conhecimento em relação à alimentação saudável, as deficiências e os
excessos de ingestão de nutrientes de um atleta ou de um grupo de atletas em uma ou
em várias modalidades de esporte. Além disso, com essa ferramenta pode-se avaliar o
54

uso de suplementos alimentares e a ingestão de nutrientes em fases específicas do


treinamento ou competição, bem como os hábitos dietéticos do atleta antes, durante e
após a atividade física, aspectos de fundamental importância para uma adequada
recuperação e um bom resultado durante as competições.
De acordo com Magkos & Yannakoulia (2003), a subestimação da ingestão
energética é muito comum em atletas e que os métodos existentes para avaliação do
consumo alimentar descritos anteriormente foram originalmente desenvolvidos para a
população em geral. Apesar disso, o método mais utilizado para avaliar o consumo
alimentar de atletas é o RA aplicado de três a quatro dias. Entretanto, de acordo com
estes mesmos autores, atletas representam um subgrupo populacional que apresenta
necessidades nutricionais e padrões alimentares especiais, portanto é desapontadora
a constatação de que não existem estudos envolvendo o desenvolvimento,
modificação e validação dos instrumentos existentes para aplicação nesta população,
de modo que a subestimação da ingestão energética é muito comum em atletas.
Outro desafio parece ser a avaliação do consumo alimentar de indivíduos
jovens. Desta forma, considerando as dificuldades existentes em torno do processo de
avaliação do consumo alimentar, especificamente na adolescência, alguns estudos se
propuseram a comparar diferentes instrumentos de inquérito dietético utilizados no
grupo em questão. De acordo com Barbosa et al. (2007) e McPherson et al. (2000),
uma única aplicação do R24h ou RA seria capaz de estimar a ingestão média de
energia e nutrientes na alimentação de crianças e adolescentes estudados, uma vez
que as aplicações repetidas de instrumentos para avaliação do consumo alimentar têm
sua utilização limitada devido à tendência a um baixo nível de motivação e
cooperação. Entretanto, vale destacar que para estimativa do consumo usual várias
replicações destes métodos seriam necessárias.
No Brasil poucos são os estudos de âmbito nacional que incluem aspectos
dietéticos na análise do perfil nutricional de atletas. A avaliação dietética de atletas
permite analisar os hábitos alimentares e as principais deficiências do grupo. Além
disso, auxilia no planejamento de estratégias de orientação nutricional que possam
evitar maiores riscos nutricionais e prejuízo no desempenho físico desses indivíduos.
No entanto, geralmente os estudos são conduzidos com pequenos grupos e não
seguem uma padronização quanto à metodologia de coleta e análise dos dados,
conforme pode-se observar no Quadro 6, dificultando a comparação entre eles.
55

Quadro 6. Exemplos de estudos dietéticos envolvendo jovens atletas brasileiros.


Autor Amostra Faixa etária Modalidade Análise/
(anos) Método Programa Principais resultados
computador
Sousa (1993) 37 homens 13-46 Musculação R24h Tabela Média de ingestão energética aquém da
16 mulheres 13-44 Guilherme recomendada (2434 kcal para homens e 1938
Franco kcal para mulheres); 84,9% consumiam uma
dieta inadequada em relação à proteína e
lipídeos.
Soares et al. 30 homens 15-26 Natação R24h, RA de Software da Ingestão média de energia de 4110 kcal; A
(1994) 37 mulheres 15-24 2 dias e QFA Escola ingestão glicídica foi menor que a recomendada
Paulista de para atletas e a ingestão protéica superou a
Medicina, recomendada (2,5-3,0g/Kg/dia); Alta ingestão de
1990. gordura saturada e aporte inadequado de
magnésio, ferro e vitaminas A e D; O grupo dos
cereais ofereceu a maior contribuição energética
alimentar.
Colares & 34 homens 17-34 Handebol R24h, RA de Software da Não havia diferença estatística entre os
Soares (1996) 33 mulheres 15-31 2 dias e QFA Escola resultados dos três inquéritos; Ingestão média de
Paulista de energia de 3170 kcal (3742 Kcal para homens e
Medicina, 2598 kcal para mulheres) e de proteína
versão 2.5, 1,8g/kg/dia para ambos os sexos;
1993 Grupo de cereais e carne com maior contribuição
no valor energético total; Inadequação de cálcio,
ferro, zinco, magnésio, vitamina A e do complexo
B.
Legenda: R24h = Recordatório de 24h; RA = Registro Alimentar; QFA = questionário de frequência alimentar.
56

Quadro 6 (cont.). Exemplos de estudos dietéticos envolvendo jovens atletas brasileiros.


Autor Amostra Faixa etária Modalidade Análise/
(anos) Método Programa Principais resultados
computador
Bassit & 31 homens 16-35 Triatlo RA de 3 dias Software da Ingestão energética diária de 3000kcal
Malverdi (1998) (19 amadores e Escola (amadores) e 3800 kcal (profissionais); 2,4 e 2,8
12 profissionais) Paulista de g/kg/dia proteína; Ingestão de proteína e
Medicina, lipídeos acima dos padrões, carboidratos muito
versão 2.5, abaixo.
1993
Kazapi & 14 mulheres 13-21 Natação RA de 7 dias Tabela IBGE Maior ingestão energética e de nutrientes entre
Ramos (1998) 13 homens e QFA homens (média de 3125 kcal e 2,2g/Kg/dia
proteína), com exceção da vitamina C. Os
valores para mulheres foram 1865 kcal e
1,4g/Kg/dia.; Ingestão de carboidratos abaixo do
recomendado para atletas; Realizam quatro
refeições diárias.
Ribeiro & 46 meninas 11-14 Ginástica R24h e RA Software da Ingestão energética média foi de 1521 kcal
Soares (2002) (17 Rio de olímpica de 3 dias Escola (cariocas) e 1423 kcal (paulistas), valores muito
Janeiro e Paulista de abaixo dos recomendados; Atletas de São
29 São Paulo) Medicina, Paulo realizavam maior consumo de lipídeos,
versão 2.5, proteínas, vitaminas e minerais, com exceção
1993 do cálcio, mas este ainda estava aquém das
recomendações; Ambos os grupos
apresentavam adequado estado nutricional de
ferro.
Legenda: R24h = Recordatório de 24h; RA = Registro Alimentar; QFA = questionário de frequência alimentar.
57

Quadro 6 (cont.). Exemplos de estudos dietéticos envolvendo jovens atletas brasileiros.


Autor Amostra Faixa etária Modalidade Análise/
(anos) Método Programa Principais resultados
computador
Almeida & 25 mulheres 15-19 Voleibol RA de 3 dias Software da Média de ingestão energética foi de 3945 kcal
Soares (2003) e QFA Escola (150% da recomendação); A distribuição
Paulista de percentual dos nutrientes em relação ao valor
Medicina, energético total foi de 20% de proteínas, 48% de
versão 2.5, carboidratos e 32% de lipídeos; A ingestão diária
1993 de proteína foi de 2,4g/kg/dia (adequação de
160%).
Legenda: RA = Registro Alimentar; QFA = questionário de frequência alimentar.
58

3. JUSTIFICATIVA

Atualmente, no Brasil, muitos investimentos estão sendo dirigidos à criação e


implementação de estratégias que visem melhorias das condições de treinamento e
de preparo físico de atletas e praticantes de atividade física, com vistas à prospecção
de resultados em eventos mundialmente consagrados, como a Copa do Mundo de
Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016).
A nutrição é um dos campos do conhecimento privilegiado no desenvolvimento
de programas de atenção aos atletas pela possibilidade de orientação nutricional
individualizada que promova o aprimoramento do desempenho esportivo. Sendo
assim, atletas, especialmente crianças e adolescentes, por serem mais suscetíveis
aos efeitos deletérios da alimentação inadequada, poderiam se beneficiar mais
significativamente de um programa de implementação de uma rotina de atendimento
nutricional individualizado. Além disso, acredita-se que, a aplicação de recentes
descobertas em nutrição esportiva no acompanhamento de atletas em formação,
possa ter grande impacto na minimização dos efeitos nocivos resultantes da prática de
diversas modalidades esportivas e na promoção de novos talentos do esporte.
Entretanto, o acesso ao acompanhamento nutricional individualizado por atletas ainda
é escasso no nosso país, tendo em vista existirem poucos profissionais especializados
na área esportiva, o que talvez explique em parte o fato da maioria das equipes
esportivas, especialmente voltadas ao atendimento às categorias de base, ainda não
contar com a presença do nutricionista esportivo.
O pentatlo moderno é um esporte ainda pouco conhecido e praticado no Brasil e
com limitada base científica, uma vez que não foram encontradas publicações que
pudessem estabelecer diretrizes para os requerimentos nutricionais desta modalidade.
Desta forma, acredita-se que o contínuo acompanhamento nutricional de pentatletas
permita a construção de um conhecimento inexistente e que servirá como base para
outros nutricionistas atuantes da área esportiva.
59

4. OBJETIVOS

4.1. Geral: avaliar a efetividade da implementação de uma rotina de acompanhamento


nutricional individualizado entre jovens atletas de pentatlo moderno.

4.2. Específicos

1. Identificar os hábitos de consumo alimentar e de suplementos bem como a rotina de


treinamento físico de atletas da Federação de Pentatlo Moderno do Rio de Janeiro -
FPMRJ;
2. Conhecer o perfil dos pentatletas quanto à composição corporal, aptidão
cardiorrespiratória, maturidade sexual e indicadores sanguíneos de saúde geral
(exames laboratoriais);
3. Elaborar planos alimentares individualizados e avaliar sua adoção e os seus efeitos
sobre o consumo alimentar e a composição corporal dos pentatletas.
60

5. MÉTODOS

5.1. Desenho do estudo

Trata-se de um estudo de intervenção, realizado de Janeiro de 2011 a Junho


de 2012, com a equipe da Federação de Pentatlo Moderno do Estado do Rio de
Janeiro (FPMERJ).
Inicialmente o serviço de atendimento nutricional foi implantado por meio da
escolha do local, cotação e aquisição de materiais. Posteriormente, foi iniciada a
caracterização da amostra de sujeitos, a qual envolveu a avaliação do consumo
alimentar e a composição corporal. Estas informações serviram de base para a
elaboração dos primeiros planos alimentares individualizados, os quais foram
entregues a 32 atletas, visto que 18 deles haviam sido excluídos, em função de terem
abandonado a equipe. A adesão aos planos alimentares foi avaliada após três meses,
quando mais 12 atletas também haviam abandonado o estudo pelo mesmo motivo.
Neste momento, mediante as mudanças registradas na rotina de treinamento e
composição corporal dos atletas, os planos alimentares foram reajustados e
reavaliados ao final de três meses. Todos os atendimentos e análises foram realizados
pelo mesmo pesquisador, o qual também esteve presente aos treinamentos, pelo
menos, uma vez por semana, e nas principais competições, visando o esclarecimento
de eventuais dúvidas (Figura 4).
61

1ª etapa: Implantação do serviço de atendimento nutricional

2ª etapa: Caracterização da amostra de sujeitos (n=50)


Perdas: n=18 (abandonaram a equipe)

3a etapa: Elaboração dos primeiros planos alimentares individualizados


(n=32)
3 meses Perdas: n=12 (abandonaram a equipe)

4a etapa: Avaliação do impacto dos primeiros planos alimentares individualizados


e elaboração dos segundos planos alimentares individualizados (n=20)
Perdas: n=2 (abandonaram a equipe)
3 meses

5a etapa: Avaliação do impacto dos segundos planos alimentares


individualizados (n=18)

Figura 4. Desenho do estudo.

5.2. Sujeitos da pesquisa

A amostra de sujeitos foi inicialmente constituída de 50 atletas de pentatlo


moderno pertencentes à equipe “Penta Jovem”, filiada à Federação de Pentatlo
Moderno do Estado do Rio de Janeiro (FPMERJ), com idade entre 10 e 25 anos, de
ambos os sexos (22 feminino e 28 masculino), dos quais apenas seis eram adultos
(maiores que 19 anos, com base na classificação da Organização Mundial de Saúde
(WHO, 1995).
Fizeram parte do estudo os atletas que se interessaram em participar, tendo
sido previamente apontados pelo treinador como assíduos aos treinos e que
estivessem gozando de boa saúde (não poderiam apresentar doenças crônicas e/ou
fazer uso regular de medicamentos) e que estivessem em treinamento com a equipe
há, pelo menos, seis meses.
Por meio de palestras, todos os sujeitos da pesquisa foram devidamente
informados sobre os procedimentos aos quais seriam submetidos ao longo da
pesquisa. Posteriormente, os interessados em participar formalizaram seu
consentimento por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),
62

diferenciado para menores de idade e adultos (Anexos 1 e 2, respectivamente), em


duas vias, sendo uma do pesquisador e a outra do sujeito.
Vale destacar que os atletas menores de 18 anos estiveram acompanhados de
seus responsáveis em todas as etapas da pesquisa. Além disso, os pesquisadores
responsáveis não receberam remuneração específica para a sua execução e, a todo o
momento, colocaram-se à disposição dos sujeitos da pesquisa e seus responsáveis,
para esclarecimento de dúvidas e atendimento em caso de necessidade.

5.3. Aspectos éticos

A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do


Hospital Universitário (Protocolo no 90/11) e foi realizada em sua totalidade com
respeito às normas contidas na resolução nº 196 do Conselho Nacional de Saúde, que
regulamenta as práticas de pesquisas envolvendo seres humanos.

5.4. Identificação dos hábitos de consumo alimentar e de suplementos e rotina


de treinamento físico

5.4.1. Hábitos de consumo alimentar e de suplementos

Visando conhecer melhor a amostra de sujeitos e levantar informações para a


futura elaboração dos planos alimentares, no primeiro dia de contato dos atletas com o
pesquisador, foram registrados dados pessoais, o histórico familiar e pessoal de
doenças crônicas, dentre outras informações relevantes sobre a saúde e a rotina dos
atletas. Para tal foi aplicado um formulário para cadastro de dados pessoais (Anexo 3)
e ficha para anamnese (Anexo 4).
Na ficha para anamnese também foram levantadas informações sobre o que o
atleta esperava do acompanhamento nutricional, se ele já vinha sendo acompanhado
por nutricionista, histórico familiar e pessoal de doenças e ele foi questionado quanto à
presença de intolerâncias e/ou alergias alimentares e ao uso de suplementos. Quando
os sujeitos referiram utilizar algum tipo de suplemento, estes foram questionados
quanto ao tipo, finalidade, como este era utilizado e quem o sugeriu.
Segundo Marchioni et al. (2004) para estabelecer a ingestão de nutrientes
devem ser utilizados métodos de inquérito alimentar, sendo os mais indicados os
Registros Alimentares (RA) e o Recordatório de 24 horas (R24h). A utilização de mais
de um método, aplicado de forma individualizada, objetiva aumentar a exatidão da
avaliação nutricional (Dwyer, 2001).Desta forma, para identificação do consumo
63

alimentar dos atletas foram adotados três métodos amplamente utilizados para análise
da ingestão alimentar: Recordatório de 24 horas (R24h) (Anexo 5), Questionário de
Frequência Alimentar (QFA), diferenciado para adultos e adolescentes(Anexos 6 e 7,
respectivamente) e Registro Alimentar de três dias (RA3D) (Anexo 8).
Para adultos aplicou-se o QFA proposto por Ribeiro et al. (2006) e para
adolescentes um modelo específico validado para esta população (ARAÚJO et al.,
2010). Ambos instrumentos compreendem uma lista de alimentos com uma seção de
respostas sobre as quantidades consumidas (em medidas caseiras) e opções para
relato da frequência com que estes alimentos ou grupo de alimentos são consumidos
durante um determinado período de tempo (ex.: "diariamente", "uma vez por semana",
"nunca", etc.).
Visando facilitar a especificação das medidas caseiras e, portanto, auxiliar o
entrevistado na estimativa da quantidade dos alimentos consumidos (ALBANO &
SOUZA, 2001), utilizou-se um material contendo fotografias de alimentos e respectivas
porções. Para interpretação dos resultados do QFA, os alimentos foram agrupados,
tomando-se como base os grupos alimentares adotados como marcadores de
qualidade da alimentação para a apresentação dos resultados da Pesquisa de
Orçamento Familiar (POF) 2008-2009: feijão, verduras e legumes, frutas, peixes,
biscoitos, sucos, refrigerantes, pizzas, salgados, sanduíches, carnes processadas.
A ingestão alimentar foi avaliado quanto ao conteúdo de energia (kcal), macro
(carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (cálcio, ferro, vitaminas A e C).
Estas análises foram escolhidas dada a sua relevância em saúde pública (ANDRADE
et al., 2003).
A análise quantitativa dos nutrientes ingeridos foi realizada pelo mesmo
pesquisador mediante a conversão das medidas caseiras referidas pelos sujeitos em
medidas de peso/volume com o auxílio da Tabela para Avaliação de Consumo
Alimentar em Medidas Caseiras (PINHEIRO et al., 2004). A composição nutricional de
todos os alimentos avaliada de acordo com a Tabela de Composição de Alimentos do
IBGE (1996) e para os alimentos e suplementos inexistentes na referência foram
consideradas informações descritas em sua rotulagem.
Como não existem recomendações específicas para atletas de pentatlo
moderno, para avaliação da adequação quanto à ingestão de macronutrientes,
considerou-se as informações descritas no posicionamento da American Dietetic
Association (ADA) sobre “Nutrição e Performance Atlética” (ADA, 2009). Ao passo que
para a avaliação da adequação quanto à ingestão de micronutrientes analisados foram
consideradas as ingestões dietéticas de referência (DRI, do inglês Dietary Reference
Intakes), mais especificamente as Recomended Dietary Allowance (RDA) para os
64

micronutrientes analisados. Desta forma, considerou-se ingestão inadequada aquela


que estiver inferior a Estimated Energy Requirement (EAR) ou superior a Tolerable
Upper Intake Level (UL) (IOM, 2011).

5.4.2. Registro da rotina e do treinamento físico

Em formulário específico, adaptado do questionário proposto por Bouchard et


al. (1983) (Anexo 9), os atletas, ou seus respectivos responsáveis, foram orientados a
registrar as atividades cotidianas realizadas (ex. quanto tempo dormiam, realizavam
as refeições, permaneciam na escola (especificando a duração da Educação Física
escolar, quando realizada), estudavam, assistiam televisão, utilizavam o computador,
etc.). Este registro foi utilizado para o cálculo do gasto energético com as atividades
rotineiras
Para complementar estas informações considerou-se fundamental o registro do
treinamento ao qual os atletas costumavam ser submetidos. Neste momento, foi
solicitado que a equipe de treinadores fizesse esta anotação com o auxílio de fichas
especialmente elaboradas (Anexo 10). Nestas foram registradas todas as atividades
realizadas por dia, por um período de uma semana. Além disso, visando refinar ainda
mais os dados e facilitar os cálculos, também foram anotadas as respectivas
durações, distâncias percorridas e intensidades, com auxílio da escala de percepção
de esforço (BORG, 1998) (Anexo 11).
Estes registros foram realizados ao longo da etapa do treinamento na qual há
uma mais significativa demanda de energia por parte do atleta, intitulado “microciclo
de choque”1. Nas duas ocasiões que antecederam a elaboração dos planos
alimentares individualizados (com intervalo de trêsmeses). As principais diferenças do
treinamento realizado nestas duas etapas pelos atletas de distintas categorias (Jovem
E10, Jovem D, Jovem C, Jovem B, Jovem A, Júnior e Sênior) estão apresentadas no
Anexo 12.

1
Microciclo de choque: caracteriza-se pela soma de cargas máximas ou próximas das máximas, o que representa 80
a 100% relativamente à carga que exige, em dada etapa do treinamento, a mobilização máxima das reservas do
organismo. A carga do microciclo de choque constitui o fator de maior influência que estimula no organismo do atleta, o
processo ativo de adaptação. Esse microciclo é muito utilizado na preparação dos atletas de alto rendimento. O
conteúdo específico dos microciclos de choque representa de 2 a 5 cargas de choque por semana (GOMES, 2002).
65

5.5. Caracterização da composição corporal, maturação sexual, aptidão


cardiorrespiratória e perfil bioquímico básico

5.5.1. Composição corporal

Os atletas foram submetidos a avaliações antropométricas para a inicial


caracterização da amostra de sujeitos e posterior avaliação do impacto do treinamento
e da dieta sobre a composição corporal, com vistas à identificação de eventuais
ajustes necessários à adequação com base nos padrões de normalidade previstos e
preservação da saúde.
Os dados antropométricos incluíram medidas corporais de peso, altura,
perímetros (circunferências) e dobras cutâneas (DCs) para posterior predição do
percentual de gordura corporal.
Estas avaliações foram realizadas pelo mesmo pesquisador periodicamente: no
primeiro dia de contato do atleta com o pesquisador (no momento em que forem
coletados dados para a caracterização da amostra), no momento da entrega dos
planejamentos alimentares, três e seis meses após os atletas estarem colocando em
prática as orientações recebidas.
Para registro das medidas realizadas foi utilizado um formulário específico
(Anexo 13).

5.5.1.1. Peso, Estatura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC)

A massa corporal e a estatura foram mensuradas de acordo com os critérios de


Gordon et al. (1998)com o auxílio de uma Balança clínica com estadiômetro, marca
Welmy® (Brasil), modelo mecânico, com escala de zero até 150 quilos e precisão de
100g.
Para mensuração do peso, o avaliado foi orientado a posicionar-se em pé, de
costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés, estando a
plataforma entre os mesmos. Em seguida, ele foi colocado sobre e no centro da
plataforma, ereto com o olhar num ponto fixo à sua frente. O avaliado recebeu
orientação para estar trajando biquíni (sexo feminino) ou sunga (sexo masculino) e foi
realizada apenas uma medida (FERNANDES FILHO,1999).
Já para a mensuração da estatura, o avaliado precisou estar descalço e na
posição ortostática (PO): indivíduo em pé, posição ereta, braços estendidos ao longo
do corpo, pés unidos, procurando pôr em contato com o instrumento de medida as
66

superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região


occipital. A medida foi realizada com o avaliado em apnéia inspiratória, de modo a
minimizar possíveis variações sobre esta variável antropométrica. A cabeça estava
orientada segundo o plano de Frankfurt, paralela ao solo. A medida foi feita com o
cursor em ângulo de 90o em relação à escala (FERNANDES FILHO,1999).
O cálculo do índice de massa corporal (IMC) foi realizado por se tratar de um
método de avaliação nutricional de baixo custo e de fácil realização, considerado um
bom indicador de gordura corporal nos jovens de 12 a 19 anos. Contudo, o uso de
critérios de classificação baseados na população americana (Centers for Disease
Control and Prevention - CDC), ou mesmo o critério do International Obesity Task
Force (IOTF), que tem sido proposto para uso internacional, deve ser visto com
cautela diante da baixa sensibilidade apresentada, principalmente nos adolescentes
mais jovens, quando se usa o IOTF, e nos mais velhos, quando se usa o CDC
(VIEIRA et al., 2006). Além disso, o IMC apresenta como limitação a não distinção dos
diferentes componentes da massa corporal (água, massa muscular, massa adiposa)
(ANDRADE et al., 2003).

5.5.1.2. Perímetros

Os perímetros são caracterizados pelas medidas lineares realizadas


circunferencialmente. Os pontos anatômicos utilizados para estas medidas variam de
acordo com o protocolo utilizado no momento da aferição. No presente estudos foram
medidos os perímetros abdominal e do antebraço, de acordo com os critérios
estabelecidos por FERNANDES FILHO (1999).

5.5.1.3. Dobras cutâneas

Para medição das dobras cutâneas (DCs) foi utlizado um adipômetro ou


plicômetro com pressão de 10 g/mm2 (Lange®). Foram mensuradas as DCs Peitoral,
Axilar Média, Tríceps, Subescapular, Suprailíaca Anterior, Coxa e Panturrilha, com
base no protocolo preconizado por POLLOCK & WILMORE (1993).
67

5.5.1.4. Predição do percentual de gordura corporal

5.5.1.4.1. Adultos

Para predição da densidade corporal dos adultos foi utilizado o protocolo


proposto por Jackson & Pollock (1978, 1980), levando-se em consideração todas as
dobras cutâneas mensuradas para mulheres (Σ7) (JACKSON & POLLOCK, 1978); e
para homens as mesmas Dobras Cutâneas (Σ7), além dos perímetros Abdominal
(Pabd) e do Antebraço (Pabr) (JACKSON & POLLOCK, 1980). Estas medidas foram
aplicadas nas seguintes equações para estimativa da densidade corporal:
Homens: DC=1,1010 - 0,00041150(Σ7) + 0,00000069(Σ7) 2- 0,00022631(idade) -
0,000059239 (Pabd) + 0,000190632 (Pabr)
Mulheres: DC=1,0970 - 0,00046971 (Σ7) + 0,00000056 (Σ7) - 0,00012828 (idade)
2

Após a obtenção do valor referente à densidade corporal o percentual de


gordura foi obtido a partir da seguinte equação proposta por Siri (1961):

Equação de para cálculo do percentual de gordura corporal (%G):


%G =  4 , 95 − 4 , 50  x 100
 
 DC 

5.5.1.4.2. Adolescentes

Tendo sido adotados os mesmos procedimentos para aferição das DCs, para
adolescentes os resultados das DCs do tríceps e subescapular foram somados (∑2) e
lançados nas seguintes equações abaixo propostas por Slaughter et al. (1988)
(Quadro 7).
68

Quadro 7. Equações para predição do percentual de gordura (%G) de


adolescentes
Equação Maturação
Meninos Brancos (<35mm)
%G = 1.21 (∑2) – 0.008 (∑2)2 – 1.7 Pré-Púbere
%G = 1.21 (∑2) – 0.008 (∑2)2 – 3.4 Púbere
%G = 1.21 (∑2) – 0.008 (∑2)2 – 5.5 Pós-Púbere
Meninos Negros (<35mm)
%G = 1.21 (∑2) – 0.008 (∑2)2 – 3.2 Pré-Púbere
%G = 1.21 (∑2) – 0.008 (∑2)2 – 5.2 Púbere
%G = 1.21 (∑2) – 0.008 (∑2)2 – 6.8 Pós-Púbere
Meninos Brancos e Negros
%G= 0,783 (∑2) + 1,6 (>35mm) 8 – 18 anos

Meninas Brancas e Negras


%G= 1,33(∑2) - 0,013(∑2)2 - 2,5 (<35mm) 8 – 18 anos
%G= 0,546 (∑2) + 9,7 (>35mm) 8 – 18 anos
Fonte: Slaughter et al., 1988.

A partir da predição do percentual de gordura poderá ser calculada a massa


corporal magra por meio da seguinte equação: Peso x percentual de gordura =
gordura absoluta. Peso – gordura absoluta = massa corporal magra.
Por não estarem estabelecidos os padrões de normalidade para atletas de
pentatlo moderno não será realizada a classificação dos resultados obtidos.

5.5.2. Maturação sexual

Segundo Saito (1984), quando se pretende avaliar o crescimento físico


envolvendo o estado nutricional na adolescência, além do peso e da estatura, deve-se
considerar a maturação sexual. Isto porque na adolescência o critério cronológico,
importante referencial na infância, perde muito de sua conotação, desde que
indivíduos da mesma idade podem estar em diferentes estágios da maturação sexual,
ou seja, em momentos distintos do processo de crescimento, já que é nesta fase que
se iniciam mudanças no corpo que indicam a aproximação da fase adulta.
A maturação sexual evidenciada pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários – mamas (M) e pêlos pubianos (P) no sexo feminino e genitália externa
(G) e pêlos pubianos no sexo masculino – é portanto parâmetro fundamental nas
estimativas de crescimento físico e no diagnóstico e prognóstico do estado nutricional
na adolescência.
Atendendo aos critérios propostos por Tanner (1962), nesta pesquisa tal
avaliação foi realizada por meio de informações que o próprio atleta ou responsável
69

forneceu. Em um formulário contendo figuras que indicam diferentes estágios de


amadurecimento, o atleta foi instruído a assinalar as que melhor representariam sua
maturação sexual.
Tal critério foi constituído de fotos que caracterizam as cinco etapas do
desenvolvimento sexual, possibilitando o reconhecimento da fase de maturação. As
fotos demonstravam o desenvolvimento dos pelos pubianos (P1, P2, P3, P4 e P5),
para ambos os sexos, segundo a quantidade e distribuição. Para os meninos, o grau
de desenvolvimento da genitália (G1, G2, G3, G4 e G5), e nas meninas, o
desenvolvimento das mamas (M1, M2, M3, M4 e M5)(Anexos 14 e 15,
respectivamente; Quadro 8) (SILVA et al., 2010).

Quadro 8. Caracterização dos estágios de maturação sexual.


Genitália (meninos)
G1 Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções infantis
G2 Aumento do escroto e com mudanças de textura e de cor da pele escrotal, que se torna
avermelhada
G3 Crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior crescimento dos testículos e
escroto
G4 Continua crescimento peniano, agora principalmente em diâmetro. Maior crescimento dos
testículos e do escroto
G5 Desenvolvimento completo de genitália, que assume tamanho e forma adulta
Mamas (meninas)
M1 Mama infantil, com elevação somente da papila
M2 Broto mamário, aumento inicial da glândula mamária com elevação da aréola e papila,
formando uma pequena saliência. Aumenta o diâmetro da aréola
M3 Maior aumento da mama e da aréola, mas sem separação de seus contornos
M4 Maior crescimento do mamilo e da aréola, sendo que esta agora forma uma segunda
saliência acima do contorno da mama.
M5 Mamas com aspecto adulto. O contorno areolar novamente incorporado ao contorno das
mamas com desaparecimento da saliência presente em M4.
Pelos pubianos (ambos os sexos)
P1 Ausência de pelos pubianos. Pode haver uma leve penugem semelhante à observada na
parede abdominal.
P2 Aparecimento de pelos esparsos, levemente pigmentados, lisos ou pouco encaracolados,
principalmente na base do pênis (ou ao longo dos grandes lábios).
P3 Maior quantidade de pelos, agora mais grossos, escuros e encaracolados, espalhando-se
esparsamente pela sínfise púbica.
P4 Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, mas ainda sem atingir a
face interna das coxas.
P5 Pilosidade pubiana igual à do adulto, em quantidade e distribuição, invadindo a face
interna das coxas.
Fonte: Silva et al., 2010

Assim como realizado no estudo de Frutuoso et al. (2003) foram estabelecidos


escores de maturação sexual para cada adolescente, calculado-se a média entre os
estágios de desenvolvimento das mamas e pêlos pubianos para as meninas e genitais
e pêlos pubianos para os meninos, uma vez que a maioria dos adolescentes não
70

apresentou divergência entre os estágios dos dois indicadores de desenvolvimento


sexual avaliados. Os atletas enquadrados no nível 1 foram classificados como pré-
púberes, do nível 2 ao 4 como púberes e no nível 5 como pós-púberes
(CHIPKEVITCH, 2001).
Esta avaliação foi realizada no primeiro dia de contato do atleta com o
nutricionista.

5.5.3. Aptidão cardiorrespiratória

Com o objetivo de avaliar a aptidão cardiorrespiratória, os atletas foram


&O
submetidos a um teste consumo máximo de oxigênio ( V ) em esteira (RT 350
2 máx

Movement®), por meio do protocolo de Rampa descrito previamente por Cunha et al.
(2010), com duração entre 8 a 12 minutos.
Seguindo as diretrizes do American College of Sports Medicine – ACSM
(ACSM, 1996), antes dos testes, os atletas receberam instruções para garantir mais
segurança e conforto: a) usar roupas e tênis apropriados durante o teste; b) beber um
volume mais abundantes de líquidos nas 24 horas que precedam o teste; c) evitar
alimento, fumo, álcool e cafeína por pelo menos três horas antes do teste; d) dormir
por um período de tempo suficiente (seis a oito horas) na noite anterior ao teste.
O teste foi realizado com incrementos de velocidade a cada minuto e inclinação
&O
constante de 1%. Após aquecimento de três minutos a 40% do V , a velocidade
2 máx

&O
inicial foi correspondente a 60% V &O
. O V foi predito a partir do modelo de
2 máx 2 máx

Mathews et al. (1999) e a velocidade final calculada a partir da equação sugerida pelo
ACSM (ACSM, 2006). Desta forma, foi possível individualizar o teste com dez estágios
de aumento da velocidade a partir da inicial até a final. As trocas gasosas foram
medidas pelo calorímetro indireto (CPX, Vacumed®), a cada incursão respiratória, e a
frequência cardíaca por cardiotacômetro (RS800 da Polar®). O analisador de gás foi
calibrado com um padrão de mistura de oxigênio (16,0%) e dióxido de carbono
(4,00%) balanceado com nitrogênio. A temperatura do ambiente precisou estar em
torno de 23°C e umidade relativa do ar entre 50-70% .
Os testes foram considerados como máximos quando os atletas tivessem
alcançado três dos quatro critérios a seguir: exaustão máxima avaliada através do
score 19-20 na escala de Borg, ≥90% da frequência cardíaca máxima (220-idade),
presença de um platô do V&O2máx entre 2 estágios consecutivos e valor RER (relação

entre VCO2 e VO2) ≥ 1,1.Os testes foram realizados no Laboratório de Biologia do


Exercício da Escola de Educação Física da UFRJ, sob a responsabilidade técnica do
71

Professor João Werneck e mediante acompanhamento do médico da Escola de


Educação Física.

5.5.4. Exames clínicos laboratoriais

Como parte da caracterização da amostra de sujeitos determinou-se o perfil


bioquímico dos sujeitos. Estes foram orientados a estarem em jejum de 12 horas, sem
realizar atividade física nas últimas 24 horas e com abstinência de bebidas alcoólicas
por 72 horas. As amostras de sangue foram coletadas por um enfermeiro qualificado,
seguindo as normas de biossegurança (MMA, 1993) e as análises realizadas em
triplicata no Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia da UFRJ.
Inicialmente foi feita punção da veia antecubital, com material descartável,
sendo o sangue coletado em tubos a vácuo (Vaccuette®) sem anticoagulante. Após a
coagulação do sangue, as amostras foram centrifugadas (Centrífuga Baby I 206 BL,
Fanem®), por 10 minutos a 2000-2500 rpm, para separação do soro.
Foram analisados, de forma automatizada, o hemograma completo,
®
lipidograma completo (LabMax Plenno Labtest ) e glicose (Citometro Cell-Dyn 1700
Abbott®), utilizando-se kits Labtest Diagnóstica® e protocolos específicos para sua
determinação.

5.6. Estimativa do gasto energético

Para estimativa do gasto energético diário total (GEDT), adaptou-se os


métodos propostos por Iglesias-Gutierrez et al. (2005)e Leenders et al. (2001),
considerou-se três componentes: 1) – Taxa Metabólica Basal (TMB), calculada por
meio da equação da FAO/WHO/UNU (2004) (Quadro 9), específica por gênero e faixa
etária; 2) Efeito térmico da alimentação, o qual deve corresponder de 10 a 15% do
GEDT; e 3 – Gasto energético referente às atividades rotineiras e treinamento físico
praticado, por um período de sete dias. Cada intervalo referente ao treinamento físico
registrado foi quantificado em equivalentes metabólicos (Metabolic Equivalent of Tasks
– METs) (AINSWORTH et al., 2000)em uma escala de 1 a 9, sendo 1 = sono e 9 =
atividade vigorosa (Quadro 10).
O MET ou simplesmente equivalente metabólico, expressa o custo
energéticode atividades físicas em múltiplos de Taxa Metabólica de Repouso(TMR).
Ele compara a taxa de consumo de energia durante uma atividade física específica
com a taxa metabólica de referência em repouso convencionada como 3,5ml de
72

oxigênio (O2) captado para cada quilo (kg) de peso por minuto (ou equivalente a 1kcal
gasta para cada kg por hora).

Quadro 9. Estimativa da Taxa Metabólica Basal (TMB), de acordo com a


FAO/WHO/UNU (2004).
Idade Sexo Feminino Sexo Masculino
10 a 18 anos 13,384 x P + 692,6 17,686 x P + 658,2
18 a 30 anos 14,818 x P + 486,6 15,057 x P + 692,2
Legenda: P = peso corporal em kg
Adaptado: FAO/WHO/UNU, 2004

Quadro 10. Múltiplos da Taxa Metabólica de Repouso equivalentes a algumas


modalidades envolvidas no pentatlo moderno
Atividade Física METS
Corrida 17,5 km/h 18,00
Corrida 16,0 km/h 16,00
Corrida 14,4 km/h 15,00
Corrida 13,8 km/h 14,00
Corrida 12,8 km/h 13,50
Corrida 12,0 km/h 12,50
Corrida 11,2 km/h 11,50
Corrida 10,7 km/h 11,00
Corrida 9,7 km/h 10,00
Corrida 8,3 km/h 9,00
Corrida 8,0 km/h 8,00
Corrida cross-country 9,00
(terrenos irregulares)
Equitação (galope) 8,00
Equitação (trote) 6,50
Esgrima 6,00
Natação (livre / forte) 10,00
Natação (livre / leve) 7,00
Natação (livre / médio) 8,50
Natação 45 m/min 8,00
Natação 68 m/min 11,00
Adaptado: Ainsworth et al., 2000

5.7. Elaboração dos planos alimentares individualizados

Após as avaliações do consumo alimentar, antropometria, estágio de


maturação sexual e laboratorial foi possível elaborar planos alimentares
individualizados. Estes foram calculados com base nas necessidades energéticas
estimadas descritas no item “estimativa do gasto energético” e adotando-se as
recomendações da ADA e as DRI para o planejamento das quantidades de macro e
micronutrientes ofertados, respectivamente.
73

Os planos individualizados levaram em consideração as diferentes demandas


geradas de acordo com o sexo e faixa etária, ajustada a cada rotina de exercício
físico, sendo esta diferenciada entre os atletas mais jovens (com idades entre 10 e 14
anos – pertencentes às categorias Jovem E10, Jovem D, Jovem C) e mais velhos
(com idades superiores a 15 – pertencentes às categorias Jovem B, Jovem A, Júnior e
Sênior). Estes eram representados por exemplos de refeições (Anexo 16) e indicação
de substituições com auxílio de uma Lista de Substituições especialmente elaborada
(Anexo 17).
Os planos alimentares foram entregues juntamente com um parecer a respeito
do hábito alimentar observado. Além disso, para cada micronutriente (cálcio, ferro,
vitaminas A e C) deficiente foi entregue um material informativo específico contendo a
descrição a respeito da importância, fontes alimentares e eventuais manifestações de
carência (Anexos 18, 19, 20 e 21, respectivamente).
Após três meses de execução dos primeiros planos alimentares estes foram
reajustados, com base na revisão das estimativas dos gasto energético nos
treinamentos e novas avaliações antropométricas e do consumo alimentar. Os
principais alimentos e suplementos prescritos nos dois momentos estão demonstrados
no Quadro 11.
Vale destacar que ao longo de todo estudo o avaliador esteve presente aos
treinamentos, pelo menos, uma vez por semana, e nas principais competições,
visando o esclarecimento de eventuais dúvidas.
74

Quadro 11. Principais alimentos e suplementos prescritos nos planos alimentares


Refeição Composição P1 Composição P2
Desjejum - Leite semi desnatado - Leite integral com
enriquecido com frutas e cereal achocolatado
- Sanduíche de queijo - Sanduíche de queijo
- Fruta
Colação - Guaraná natural - Guaraná natural
- Sanduíche de queijos e frios - Sanduíche de queijo
- Barra de cereal - Barra de cereal
Almoço - Vegetais crus, cozidos ou na Idem ao P1
forma de sopa
- Arroz (ou substitutos)
- Feijão
- Carne magra (ou substitutos)
- Purê (ou substitutos)
- Bebida: suco de fruta natural
- Sobremesa: fruta
Durante a atividade - Suplemento hidroeletrolítico Idem ao P1
física - Suplemento energético
Após a atividade física - Iogurte - Biscoito Maisena ou barra
- Sanduíche de queijo de cereal ou cereal matinal
pasteurizado e geleia - Bananada ou goiabada
- Bananada / goiabada
Jantar - Vegetais crus, cozidos ou na - Vegetais crus, cozidos ou
forma de sopa na forma de sopa
- Arroz (ou substitutos) - Arroz (ou substitutos)
- Carne magra (ou substitutos) - Feijão
- Sobremesa: fruta - Carne magra (ou
substitutos)
- Bebida: suco de fruta
- Sobremesa: fruta
Ceia - Fruta com cereal e mel Refeição excluída
Legenda: P1 = plano alimentar 1; P2 = plano alimentar 2.

5.8. Acompanhamento das modificações no consumo alimentar

De acordo com Barbosa et al. (2007) e McPherson et al. (2000) uma única
aplicação do R24hou RA seria capaz de reproduzir a ingestão média de energia e de
todos os nutrientes avaliados na alimentação de crianças e adolescentes estudados,
uma vez que as aplicações repetidas de instrumentos para avaliação do consumo
alimentar têm sua utilização limitada devido à tendência a um baixo nível de motivação
e cooperação. Desta forma, para caracterização do hábito alimentar dos sujeitos
optou-se por considerar os resultados das análises do R24h e QFA.
Para a interpretação das mudanças quantitativas do consumo alimentar frente
à eventual execução dos planos alimentares, realizou-se o cálculo das médias
75

referentes às variações (∆) observadas entre o que foi prescrito por meio dos dois
planos alimentares e o que foi efetivamente consumido.

5.9. Análises estatísticas

1 - No que se refere à estatística descritiva a média e o desvio padrão das


variáveis contínuas foram obtidos.
2 - Realizou-se o ajuste da ingestão de nutrientes pela energia, com o objetivo
de controlar os fatores de confusão dados pelo consumo total de energia e remover as
variações externas, de acordo com o método dos resíduos proposto por Willett et al.,
(1997). A estimativa de energia foi considerada como variável independente e os
nutrientes como variáveis dependentes, em modelos de regressão linear simples.
Após a definição do α e do β, foi obtido o resíduo. O resíduo do nutriente
representa a ingestão do mesmo nutriente que não é explicado pela ingestão da
energia total. Porém, como o resíduo possui média igual à zero, é necessário que seja
somada uma constante aos valores do resíduo. A constante representa a ingestão do
nutriente para a média do total de energia consumida pela população estudada.
Para o cálculo da constante, utilizam-se os coeficientes α e β obtidos na
regressão (C = α + (β*Energia média do grupo)). Assim o nutriente ajustado pela
energia é obtido pela soma do resíduo e a constante encontrada.
3 - Em virtude da elevada variabilidade de consumo alimentar relativa aos
registros de poucos dias, a qual pode levar a interferências errôneas a respeito da
estimativa da ingestão habitual de nutrientes, procedeu-se com a deatenuação das
médias obtidas. Este ajuste da distribuição do consumo pela variabilidade intrapessoal
foi feito com a utilização do software Multiple Source Method, desenvolvido pelo
departamento de Epidemiologia do German Institute of Human Nutrition Potsdam-
Rehbrücke (versão 1.0.1, 2012). O software produz uma estimativa empírica da
ingestão habitual de cada nutriente e utiliza a metodologia proposta por Nusser et al.
(1996), adotando-se um modelo de erro que pressupõe que a ingestão observada de
um indivíduo em um determinado dia (I0) é igual à ingestão habitual (Ih) deste indivíduo
acrescido de um erro de medida (ε) (I0 = Ih + ε). A variância da ingestão habitual é a
variância interpessoal (Vinter). A variância do erro de medida é a variância
intrapessoal (Vintra) e reflete a variabilidade diária da ingestão de um individuo
(FREEDMAN, 1991).
4 - Para comparação entre duas amostras dependentes adotou-se o Teste T
pareado e para comparar dados independentes fez-se opção pelo Test T para
amostras independentes.
76

5 - Quando foram realizadas comparações entre os hábitos alimentares e


alterações antropométricas ao longo do tempo, utilizou-se a Anova para dados
repetidos, seguida do post hoc de Bonferoni. O nível de significância adotado foi
p<0,05.
6 - Para avaliação da concordância entre os planos alimentares prescritos e o
que os atletas efetivamente haviam consumido, em dois momentos, calculou-se o
coeficiente de correlação intraclasse (intraclass correlation coefficient - ICC), por ser
uma das ferramentas estatísticas mais utilizadas para a mensuração da associação
entre medidas.
O valor do ICC obtém-se dividindo o valor da variação entre os indivíduos - Vb,
pela variação total - Vt, que inclui a variação entre indivíduos e a variação não
pretendida (o "erro" ) - Ve. Quando o ICC é igual a 0 o estudo não é reprodutível, ou
seja, há uma grande variabilidade intra-observador mas não há variabilidade inter-
observador. Ao passo que quando o ICC é igual a 1, o estudo é reprodutível ao
máximo, ou seja, não há variabilidade intra-observador mas há uma grande
variabilidade inter-observador). A interpretação dos valores do ICC baseou-se nas
mesmas sugestões estabelecidas pelo coeficiente kappa de concordância, devido à
equivalência entre os 2 índices da seguinte maneira: ICC ≥ 0,8 – muito boa; 0,6 ≤ ICC
< 0,8 – boa; 0,4 ≤ ICC < 0,6 – moderada;0,2 ≤ ICC < 0,4 – razoável;e ICC < 0,2 –
pobre (ALTMAN, 1991).
Estas análises foram complementadas pela demonstração gráfica Altman-
Bland (ALTMAN & BLAND, 1983) considerada um melhor examinador de modelos de
concordância entre medições do que o valor obtido pelo ICC (HIRAKATA & CAMEY,
2009). A ideia central desta abordagem é a caracterização das diferenças entre as
duas avaliações (ou dois métodos) para cada unidade de análise (alvo). O gráfico de
Altman-Bland é um diagrama de dispersão XY, onde no eixo Y se representa a
diferença entre as duas avaliações (A-B) e no eixo X, a media entre elas ((A + B)/2).
Ao invés de algum índice que sintetize a concordância, Altman e Bland propõem que
se calculem limites de concordância a partir das diferenças observadas, sendo a
media e o desvio-padrão destas diferenças a base para cálculo dos limites (LUIZ,
2011).
8 - Com exceção da deatenuação das médias, as demais análises estatísticas
realizadas com auxílio do software SPSS versão 20.0 (SPSS® Inc., Chicago, USA).
77

6 . RESULTADOS E DISCUSSÃO

MANUSCRITO 1
(elaborado segundo as normas da “Revista de Nutrição”)

CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE JOVENS ATLETAS DE


PENTATLO MODERNO

Short Title: Alimentação de jovens pentatletas

Leticia Azen Alves Coutinho (executora principal da intervenção)


leticiaazenalves@gmail.com
Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco
Doutoranda em Ciências Nutricionais
Universidade Federal do Rio de Janeiro / Instituto de Nutrição Josué de Castro: Av.
Carlos Chagas Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2o andar, Cidade
Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902.

Cristiana Pedrosa Melo Porto(coordenadora das atividades: coleta de dados,


escrita e revisão do manuscrito)
cristiana@nutricao.ufrj.br
Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora do Departamento de Nutrição Básica e Experimental
Universidade Federal do Rio de Janeiro / Instituto de Nutrição Josué de Castro: Av.
Carlos Chagas Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2o andar, Cidade
Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902.

Anna Paola T. R. Pierucci, PhD (autora correspondente e coordenadora das


atividades: coleta de dados, escrita e revisão do manuscrito)
pierucci@nutricao.ufrj.br
Doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora do Departamento de Nutrição Básica e Experimental
Universidade Federal do Rio de Janeiro / Instituto de Nutrição Josué de Castro: Av.
Carlos Chagas Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2o andar, Cidade
Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902.
78

Resumo

O pentatlo moderno combina cinco modalidades esportivas: esgrima, natação, hipismo


e evento combinado de tiro esportivo com corrida. Apesar da elevada demanda
energética desse esporte, não foram encontrados estudos que possam dar suporte às
recomendações nutricionais de seus praticantes. Objetivo: Caracterizar jovens atletas
de pentatlo moderno quanto à composição corporal, aptidão cardiorrespiratória, perfil
bioquímico e o consumo alimentar e de suplementos. Métodos: Foram estudados 50
atletas, 22 do sexo feminino e 28 do sexo masculino, com média de idade de 16,0±3,5
anos, peso 57,8±16,3kg; e estatura 1,6± 0,1 m, cujo consumo alimentar foi analisado
por Recordatório de 24 horas e Questionário de Frequência de Consumo Alimentar. A
avaliação da composição corporal foi realizada por meio da aferição de medidas
antropométricas (massa corporal, estatura, perímetros e dobras cutâneas) e
protocolos condizentes com a faixa etária dos sujeitos. Resultados: Os meninos
consumiam menos energia do que o recomendado (2748±1141 vs 3162±695kcal,
p<0,01). Tanto meninas quanto meninos não atendiam as recomendações
generalizadas para atletas, quanto à ingestão de carboidratos (6,5±2,3 vs 5,6±
2,6g/kg/dia, respectivamente). A ingestão de lipídios correspondeu à recomendação,
em ambos os sexos, foram evidenciadas ingestões insuficientes de cálcio, frutas e
vegetais, e o consumo frequente de refrigerantes. Conclusões: Os jovens atletas de
pentatlo moderno apresentavam hábitos alimentares inadequados quanto à ingestão
de carboidratos e energia, além de muitos estarem ingerindo quantidades insuficientes
de micronutrientes, especialmente de cálcio. Os resultados deste estudo apontam
para a necessidade do acompanhamento nutricional continuado destes atletas.

Termos de Indexação: adolescentes, nutrição, exercício físico, composição corporal.


79

Abstract

The modern pentathlon combines five sports: fencing, swimming, equestrian and
shooting sporting event combined with race. Despite the high energy demands of the
sport, there are no studies to support the nutritional requirements of its athletes.
Objective: To characterize body composition, cardiorespiratory capacity, biochemical
profile and food and nutritional supplements intake from young modern pentathlon
athletes. Methods: Were studied 50 athletes, 22 females and 28 males, mean age
16,0±3,5 years, weight 57,8± 16,3 kg and height of 1,6 ± 0,1 m, whose food intake was
assessed by24-hourdietary recall and food frequency questionnaire. Body composition
was estimated by anthropometrics measurements (body mass, height, perimeters and
skinfolds) and specific protocols according to subjects’ age. Results: Boys consumed
significantly less energy than recommended (2,748± 1,141 vs 3,162± 695, p<0,01).
Both girls and boys did not meet the generalized carbohydrate recommendations for
athletes (6.5 ± 2.3 vs 5.6 ± 2.6 g.kg.day, respectively). Lipids intake was in accordance
with recommendation in both sex, were found insufficient intake of calcium, as well low
consumption of fruits and vegetables, while the use of soft drinks was frequent.
Conclusions: Young modern pentathlon athletes had poor dietary habits regarding the
consumption of carbohydrate and energy, and many were ingesting insufficient
amounts of micronutrients, especially calcium. The results of this study suggest the
need for continued nutritional monitoring of these athletes.

Index terms: adolescents, nutrition, physical exercise, body composition.


80

INTRODUÇÃO

O pentatlo moderno é um esporte olímpico que envolve a prática de cinco


modalidades: hipismo, esgrima, natação e evento combinado (tiro esportivo e
corrida)1. No Brasil, o pentatlo moderno ainda é pouco divulgado, mas tem importante
inserção em projetos sociais promovidos pela Confederação Brasileira de Pentatlo
Moderno (CBPM), havendo predominância de jovens e adolescentes entre seus
praticantes.
A prática de esportes competitivos por adolescentes requer atenção especial
por ser um momento biológico que integra mudanças corporais expressivas
relacionadas à maturação sexual e ao crescimento. A nutrição de atletas adolescentes
deve promover o adequado crescimento e desenvolvimento, além de suprir a
demanda aumentada de nutrientes pela prática de atividade física. Porém, estudos
têm demonstrado que jovens atletas ingerem quantidades de energia e nutrientes
abaixo das recomendações2,3.
Atletas adolescentes frequentemente apresentam ingestão de cálcio
insuficiente, tornando-os suscetíveis a menor densidade óssea e fraturas porestresse4.
A ingestão total de lipídios, gorduras saturadas, e mono e dissacarídeos podem estar
elevados, enquanto que a ingestão de ferro costuma estar aquém das
recomendações, especialmente no sexo feminino5. O balanço energético deficiente e a
insuficiente ingestão de nutrientes pode comprometer o crescimento, saúde e
desempenho físico destes sujeitos2,3. Sendo assim, jovens atletas constituem um
grupo populacional vulnerável aos efeitos fisiológicos do desgaste corporal impostos
pela prática de exercícios intensos, especialmente quando há o consumo inadequado
de alimentos.
Recentemente, Le Meuer et al.6,7 avaliaram a demanda fisiológica do combinado
(tiro esportivo e corrida) de adultos praticantes de pentatlo moderno, demonstrando
que esta etapa da competição é realizada próxima ao nível máximo de esforço dos
praticantes. Contudo, ainda há pouca literatura científica a este respeito1, de modo que
não foram estabelecidas, por exemplo, as exigências metabólicas das outras etapas e
tampouco se sabe sobre as práticas nutricionais e o perfil antropométrico requerido
para esta modalidade. Portanto, o principal objetivo do presente estudo foi avaliar o
consumo alimentar de jovens, com base nas recomendações generalizadas para
atletas.
81

MÉTODOS

Sujeitos
Participaram do estudo 50 atletas que estavam em treinamento há, pelo
menos, seis meses na equipe “Penta Jovem”, filiada à Federação de Pentatlo
Moderno do Estado do Rio de Janeiro (FPMERJ), com idades entre 10e 25 anos,
sendo 22 atletas do sexo feminino e 28 do sexo masculino.
Todos os sujeitos da pesquisa foram devidamente informados sobre os
procedimentos aos quais seriam submetidos ao longo da pesquisa, sendo seu
consentimento formalizado por meio do termo de consentimento livre e esclarecido,
diferenciado para adolescentes e adultos. Os atletas menores de 18 anos foram
acompanhados de seus responsáveis em todas as etapas da pesquisa.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(Protocolo no 90/11) e foi realizada em sua totalidade com respeito às normas contidas
na resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, que trata das diretrizes e
normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

Antropometria e Maturação sexual


A massa corporal e a estatura foram mensuradas de acordo com os critérios de
Gordon et al.8, em balança clínica com estadiômetro (Welmy®, Brasil), modelo
mecânico, com escala de zero a 150 quilos e precisão de 100g. Os perímetros
(abdominal e antebraço) foram medidos utilizando-se a trena de medidas
antropométricas (WCS®, Brasil). As sete dobras cutâneas (DCs) (peitoral, axilar média,
tríceps, subescapular, suprailíaca anterior, coxa e panturrilha) foram medidas com o
adipômetro com pressão de 10 g/mm2 (Lange®, USA). As avaliações antropométricas
foram realizadas por um único pesquisador.
A avaliação da maturação sexual dos atletas foi realizada atendendo aos
critérios propostos por Tanner9que divide a adolescência em cinco fases, se iniciando
do estágio pré-pubertário (estágio 1), passando pela puberdade (dos estágios 2 a 4), e
finalizando com o estágio pós-pubertário (estágio 5). A definição foi feita por meio da
aplicação de um formulário constituído de fotos referentes aos estágios de
desenvolvimento do adolescente para pêlos pubianos em ambos os sexos (P1, P2,
P3, P4 e P5), desenvolvimento de mamas para as meninas (M1, M2, M3, M4 e M5) e
de genitálias para os meninos10.
O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado com o auxílio do software
Anthro Plus da Organização Mundial de Saúde e os resultados comparados à
82

distribuição de referência11. A densidade corporal e o percentual de gordura corporal


(GCT%) de adultos foram estimados de acordo com a equação de Siri12e o protocolo
de Jackson & Pollock13,14, respectivamente. O GCT% dos adolescentes foi estimado
conforme Slaughter et al.15.

Aptidão cardiorrespiratória
&O
O consumo máximo de oxigênio ( V ) dos atletas foi analisado por meio de
2 máx

um teste de esforço máximo em esteira (RT 350 Movement®), segundo o protocolo de


rampa descrito previamente por Cunha et al.16, com duração entre 8 a 12 minutos. As
trocas gasosas foram medidas de modo direto (Vista Mini-CPX, Vacumed®,USA), a
cada incursão respiratória, e a frequência cardíaca por cardiotacômetro (RS800 da
Polar®, Finland).

Análises laboratoriais
Amostras de sangue foram coletadas por um enfermeiro qualificado, por meio
de punção da veia antecubital, pela manhã, após jejum de 12 horas. Os sujeitos foram
orientados a não realizar atividade física nas últimas 24 horas e abster-se de bebidas
alcoólicas por 72 horas. Foram analisados, de forma automatizada, o hemograma e
lipidograma completos (LabMaxPlennoLabtest®) e glicose (Citometro Cell-Dyn 1700
Abbott®), utilizando-se kits Labtest Diagnóstica®.

Estimativa do gasto energético


Para estimativa do gasto energético total (GET), adaptou-se os métodos
propostos por Iglesias-Gutierrez et al.17 e Leenders et al.18, considerando-se três
componentes: 1) taxa Metabólica Basal (TMB), calculada por meio da equação da
FAO/WHO/UNU19; 2) efeito térmico da alimentação (10% do GET); e 3)gasto
energético referente às atividades rotineiras e de treinamento físico.
Para cálculo do gasto energético com as atividades rotineiras, os atletas, ou
seus respectivos responsáveis, foram orientados a registrar as atividades cotidianas
realizadas (ex. quanto tempo dormiam, comiam, permaneciam na escola,
especificando a duração da educação física escolar, quando realizada, estudavam,
assistiam televisão, utilizavam o computador, etc.), em formulário adaptado do
questionário proposto por Bouchard et al.20. O registro do treinamento físico praticado
pelos atletas foi feito pela equipe de treinadores, sendo anotados os tempos de
duração, as distâncias percorridas e a intensidades de cada atividade conforme escala
de percepção de esforço21. Os equivalentes metabólicos (Metabolic Equivalent of
83

Tasks – METs)22 foram utilizados para quantificar o gasto energético em cada


atividade física.

Consumo alimentar e de suplementos


O consumo alimentar dos atletas foi avaliado por meio do Recordatório de 24
horas (R24H) e o Questionário de Frequência Alimentar (QFA) para adultos23e
adolescentes24. O uso de suplementos pelos atletas foi registrado em formulário à
parte, com especificação do tipo, finalidade, modo de uso e origem da indicação.
A análise quantitativa de energia e nutrientes ingeridos (carboidratos,
proteínas, lipídios, cálcio, ferro, vitaminas A e C), para cada refeição relatada pelos
sujeitos no R24H, foi realizada após a conversão das medidas caseiras em medidas
de peso/volume, com o auxílio da Tabela para Avaliação de Consumo Alimentar em
Medidas Caseiras25, sendo a composição nutricional avaliada de acordo com a Tabela
de Composição de Alimentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)26
e com as informações nutricionais de rótulos dos alimentos, quando estes não foram
encontrados nesta tabela de referência.
A avaliação da adequação da ingestão de macronutrientes foi feita conforme
posicionamento da American Dietetic Association (ADA) sobre “Nutrição e
Performance Atlética”27. Para a avaliação da adequação quanto à ingestão de
micronutrientes, foram consideradas as ingestões dietéticas de referência (DRI, do
inglês Dietary Reference Intakes)28. Considerou-se ingestão inadequada aquela que
estivesse inferior a Estimated Energy Requirement (EAR) ou superior a Tolerable
Upper Intake Level (UL).
Para interpretação dos resultados do QFA, os alimentos foram agrupados,
tomando-se como base os grupos alimentares adotados como marcadores de
alimentação saudável da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-200929.

Análises estatísticas
Os resultados são expressos em média (±desvio padrão). A normalidade dos
dados foi testada com o teste de Shapiro-Wilk. Para comparação entre dados
independentes fez-se opção pelo Test T para amostras independentes, ao nível de
significância p<0,05. As análises foram realizadas no software SPSS® versão 20.0.
84

RESULTADOS

Os resultados referentes à antropometria e maturação sexual estão


demonstrados na Tabela 1. Observou-se que 82% dos sujeitos avaliados
encontravam-se no estágio púbere ou pós-púbere, em ambos os sexos. As meninas
apresentavam o GCT% superior aos meninos em todos os estágios de maturação
sexual.
O volume de oxigênio consumido pelos atletas meninos foi superior em todos
os estágios da maturação sexual, quando comparados às meninas (púberes: 64,4±7,1
vs 55,8±6,5; pós-púberes: 73,7±3,6 vs 59,7 mL de O2/kg/min) . Entretanto vale
ressaltar que apenas 29 sujeitos compareceram ao teste.
85

Tabela 1. Caracterização dos atletas de pentatlo moderno (n=50) quanto à


antropometria e aptidão cardiorrespiratória, de acordo com os estágios de
maturação sexual e sexo, X±DP
Masculino (n=28) Feminino (n=22)
Púberes Pós- Adultos Pré- Púberes Pós- Adultos
púberes púberes púberes
(n=20) (n=4) (n=4) (n=2) (n=15) (n=2) (n=3)
Peso (Kg) 58,5±12,5 73,2±9,8 85,2±23,7 34,6±6,9 47,7±8,7 62,6±4,5 61,7±8,6
Estatura (cm) 163,3±10,4 176,8±8,3 175,8±7,8 146,0±5,7 155,2±10,8 158,5±7,8 162,7±0,6
2
IMC (kg/m ) 21,7±3,2 23,3±2,1 27,6±8,0 16,1±2,0 19,6±2,2 24,8±0,6 23,3±3,2
Gordura corporal 19,5±8,1 17,5±6,0 15,2±7,9 15,2±7,9 23,2±6,5 26,8±5,9 25,2±2,8
(%)
Legenda: IMC=índice de massa corporal.
86

Os parâmetros laboratoriais analisados, de uma forma geral, apresentaram-se


dentro das faixas de normalidade para todos os sujeitos do estudo, sendo observados
os seguintes valores médios: Hemoglobina 13,4±1,2g/dl; Hematócrito 41,9±3,5%;
Glicose 90,5±6,0mg/dl; Lipídios Totais 413,7±74,4mg/dl; Colesterol Total
148,6±24,1mg/dl; Colesterol HDL 52,3±12,8mg/dl; Colesterol LDL80,5±20,9 mg/dl;
Triglicerídeos 78,8±33,8mg/dl. Apenas dois atletas apresentaram concentrações de
glicose acima da normalidade e outro apresentou contagem de plaquetas
aumentadas. Os fosfolipídios apareceram aumentados apenas no exame de um atleta,
assim como os triglicerídeos e o colesterol total.
Na Figura 1 estão demonstrados os valores de gastos energéticos (GE)
estimados a partir dos registros das rotinas de treinamento físico dos atletas. Os
atletas mais jovens (com idades entre 10 e 14 anos – pertencentes às categorias
Jovem E10, Jovem D, Jovem C) apresentaram gasto energético inferior aos mais
velhos (com idades superiores a 15 anos – pertencentes às categorias Jovem B,
Jovem A, Júnior e Sênior). Os atletas mais velhos treinavam cerca de três horas por
dia e os mais jovens cerca de duas horas, todos à tarde (das 14 às 18h,
aproximadamente), sendo o gasto energético crescente de segunda à quarta-feira,
declinando, posteriormente, até a sexta-feira. Aos sábados, a intensidade era similar
ao treino de quinta-feira.
87

2500
Gasto energético (kcal) durante o treino

2000

Entre 10 e 14
1500 anos (n=27)

Mais de 15
1000 anos (n=23)

500

0
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Dias da semana

Figura 1. Gasto energético (média e desvio padrão) semanal durante o treino


realizado por atletas de pentatlo moderno, equipe PentaJovem, RJ, diferenciado
por faixa etária.
* diferença significativa em relação ao GE dos atletas com idade superior a 15 anos
(p<0,05), Teste T para amostras independentes.
88

Quando questionados quanto ao consumo de suplementos, 30 (60%) sujeitos


que referiram fazer uso de algum tipo de suplemento nutricional, sendo que apenas
7% dos sujeitos utilizava suplementos por indicação de nutricionista, enquanto que a
maioria (36%) fazia uso por indicação de treinador, corroborando com fato de 74% dos
atletas ter referido não ter recebido orientação nutricional no último ano.
Os Suplementos Hidroeletrolíticos, Suplementos Energéticos, a vitamina C e os
polivitamínicos foram os mais consumidos, correspondendo a, respectivamente,
28%,23%, 21% e 16% dos produtos relatados entre os sujeitos da pesquisa.
Na Tabela 2 pode-se observar que meninos ingeriam mais energia do que as
meninas (p<0,01), mas ainda assim não atingem o GET estimado. Em geral, a
ingestão de macronutrientes não difere entre meninos e meninas, sendo a ingestão de
proteínas e lipídios adequada. Entretanto, atletas de ambos os sexos consomem
menos carboidratos (p<0,01) do que as recomendações médias da ADA (2009)27.
89

Tabela 2. Ingestão de macronutrientes e energia por atletas pentatlo moderno


(n=50), de acordo com o sexo, X±DP

Meninas(n=22) Meninos(n=28)
Variáveis Recomendações Recomendações
Ingestão Ingestão
da ADA (2009) da ADA (2009)
2748,63
Energia (kcal) 2180,29 +484,34# 2537,85 +858,54 3162,62 +695,91#
+1141,89*,**
Proteína (g/kg) 1,20 a 1,70 1,74 +0,63 1,20 a 1,70 1,54 +0,52
Carboidrato
6,00 a 10,00 6,58 +2,38*** 6,00 a 10,00 5,66 +2,63***
(g/kg)
Lipídios (%VET) 25 a 35% 30,23 +6,60 25 a 35% 31,47 +8,49
# valores estimados por meio de metodologia adaptada de Iglesias-Gutierrez et al.
(2005)17 e Leenders et al. (2001)18; * diferença significativa em relação ao gasto
energético estimado (p<0,01); ** diferença significativa entre sexos (p<0,01); ***
diferença significativa em comparação com as recomendações médias da ADA
(2009)27 (p<0,01), Teste T para amostras independentes.
90

Quanto à ingestão de energia nas refeições em relação ao valor energético


total (VET) consumido, observou-se que os sujeitos concentravam a maior ingestão
nas principais refeições (desjejum, almoço e jantar): 21% do desjejum, 5% na colação,
30% no almoço, 4% durante a atividade física, 14% após a atividade física, 24% no
jantar e 2% na ceia.
A adequação quanto à ingestão de micronutrientes foi realizada considerando-
se os requerimentos por sexo e faixa etária, de modo que pode-se observar que, em
geral, os sujeitos com idades até 18 anos apresentavam maior proporção de
inadequação quanto à ingestão de vitamina A, em ambos os sexos. Evidenciou-se
distribuição equivalente (50%) de meninos e meninas consumindo quantidades de
vitamina C abaixo da EAR e dentro da faixa de normalidade (entre a EAR e a UL). A
maioria dos sujeitos, de ambos os sexos e todas as faixas etárias, consumia
quantidades adequadas de ferro (apenas cerca de 20% ingeriam quantidades
inferiores à EAR). Entretanto, situação inversa ocorreu quanto à ingestão de cálcio,
visto que 100% de meninos e meninas encontrava-se abaixo da EAR,
independentemente da idade. Apenas 7,5% dos sujeitos apresentavam ingestão
alimentar acima da UL referente à vitamina A (Tabela 3).
91

Tabela 3. Ingestão média de micronutrientes e distribuição dos pentatletas (%) (n=50) quanto à adequação do consumo de
micronutrientes, de acordo com o gênero e faixa etária
Vitaminas Minerais

Vit A Vit C Cálcio Ferro

Ingestão <EAR >EAR >UL Ingestão <EAR >EAR >UL Ingestão <AI >AI >UL Ingestão <EAR >EAR >UL
(mgc) < UL (mg) < UL (mg) <UL (mg) < UL
Gênero masculino

10 a 13 anos (n=10) 825,7+1649,4 60% 40% - 35,8+67,8 40% 60% - 250,6+222,6 100% - - 8,0+4,4 20% 80% -

14 a 18 anos (n=14) 1385,2+2824,6 64% 28,5% 7,5% 67,7+71,7 50% 50% - 457,7+331,4 100% - - 14,2+4,4 7% 93% -
19 a 20 anos (n=4) 2661,5+3988,2 33,5% 66,5% - 127,7+102,5 - 100% - 510,0+71,7 100% - - 16,0+7,1 - 100% -

Gênero feminino

10 a 13 anos (n=12) 1151,5+2752,9 50% 50% - 33,0+55,8 50% 50% - 313,4+255,0 100% - - 11,3+9,6 20% 80% -

14 a 18 anos (n=8) 1469,8+3103,7 40% 60% - 88,6+118,6 50% 50% - 464,1+301,2 100% - - 12,4+4,5 20% 80% -

19 a 30 anos (n=2) 245,7+78,1 100% - - 106,0+81,9 - 100% - 561,0+200,0 100% - - 21,8+13,0 - 100% -

Legenda: EAR =Estimated Energy Requirement; UL = Tolerable Upper Intake Level; AI = Adequate Intake.
92

A análise qualitativa do hábito alimentar dos sujeitos, realizada por meio do


QFA, está demonstrada na Figura 2. Pode-se observar que o feijão era consumido
cinco ou mais vezes por semana por cerca de 81% dos sujeitos, seguido pelos
refrigerantes e sucos (19%). Nesta mesma frequência, nota-se que apenas 5% dos
sujeitos consomem peixe e 8% legumes e verduras.
93

Grupo de alimentos de acordo Peixes


Verduras e legumes
com a POF 2008-2009

Carnes processadas
Pizzas, salgados, sanduíches
Frutas
Doces
Biscoitos
Refrigerantes
Sucos
Feijão
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Frequência (%) de consumo 5 ou mais vezes por semana

Figura 2. Frequência (%) de atletas que consumiam cinco ou mais vezes por
semana os grupos de alimentos marcadores de qualidade de alimentação, de
acordo com a POF 2008-2009
94

DISCUSSÃO

A nutrição e o treinamento físico adequados são considerados fatores


essenciais ao sucesso esportivo30. Desta forma, torna-se relevante a realização de
estudos com atletas, visando estabelecer seus hábitos alimentares e suas
necessidades nutricionais, especialmente quando envolvidos com modalidades
esportivas pouco conhecidas, como é o caso do pentatlo moderno. Este é o primeiro
estudo que se tem conhecimento que visou avaliar a antropometria, perfil laboratorial,
aptidão cardiorrespiratória e as práticas nutricionais de jovens atletas de pentatlo
moderno.
As competições de pentatlo moderno têm duração aproximada de oito horas,
envolvendo a prática sequencial de esgrima (espada, todos contra todos), natação
(200 metros livres), hipismo (concurso de saltos com escolha aleatória dos cavalos) e,
por último, o evento combinado de tiro esportivo e corrida (cinco tiros certeiros no alvo
intercalados com quatro percursos de 800m de corrida)1. Existem poucas publicações
científicas envolvendo praticantes desta modalidade, de modo que ainda não se tem
conhecimento a respeito do desgaste físico ao qual estariam expostos. Recentemente,
Le Meuer et al.6,7 avaliaram a demanda fisiológica da etapa final das competições
(combinado de tiro e corrida) de pentatlo moderno, em adultos. O estudo de Le Meuret
al.7 demonstrou que o término do combinado seria executado em um nível de esforço
&O
próximo ao V , sugerindo que a etapa final das competições de pentatlo moderno
2 máx

promoveria uma elevada demanda energética e desgaste físico.


Adolescentes requerem atenção especial por ser um momento biológico que
integra mudanças corporais expressivas relacionadas à maturação sexual e ao
crescimento. Em fases de crescimento grande importância é conferida, não somente
ao aporte energético, mas também a alguns nutrientes, como proteína, ferro, cálcio,
zinco e vitaminas A e C31. Já a nutrição de atletas adolescentes deve também suprir a
demanda aumentada de nutrientes pela prática de atividade física. Porém, estudos
têm demonstrado que jovens atletas ingerem quantidades de energia e nutrientes
abaixo das recomendações2,3,32.
Tem-se constatado que em geral, os hábitos alimentares de adolescentes são
frequentemente inadequados: substituem refeições por lanches de baixo valor
nutritivo33, ingerem quantidades insuficientes de leite e derivados, frutas, hortaliças34 e
exageram nos alimentos de alta densidade energética, ricos em sódio e açúcares,
como os refrigerantes e os “fastfoods”34,35,36. O presente estudo corrobora com os
achados anteriores, demonstrando que jovens atletas apresentam inadequação na
95

ingestão alimentar, principalmente quanto à energia, carboidratos e cálcio, embora


estejam adequados em relação aos lipídios, proteínas, vitaminas A e C e ferro.
Dentre os sujeitos avaliados no presente estudo, verificou-se um déficit na
ingestão energética total em homens e de carboidratos em ambos os sexos, com
maior significância de inadequação para o sexo masculino, diferentemente do que
havia sido demonstrado no estudo de Kazapi & Ramos37, no qual houve uma maior
prevalência de inadequação de ingestão energética no sexo feminino. Além disso,
Braggion et al.38 também observaram uma ingestão energética abaixo das
recomendações de ingestão dietética entre atletas adolescentes de ambos os sexos.
Os carboidratos são essenciais para atletas, pois contribuem para o alcance
das necessidades energéticas específicas, para manter a glicemia e para recuperação
das reservas de glicogênio. A ingestão inadequada de carboidratos pode resultar na
utilização de proteínas corporais como fonte de energia, comprometendo os processos
de crescimento e de desenvolvimento39. Estudos adicionais poderão ser realizados
para avaliar se a ingestão insuficiente de energia e carboidratos, segundo as
recomendações da ADA27, pode comprometer além do crescimento também o
desempenho físico de atletas jovens de pentatlo moderno.
Estima-se que crianças oxidem relativamente mais gorduras do que
carboidratos durante o exercício, quando comparadas com adultos, mas, apesar disso,
não há nenhuma evidência de que os jovens atletas que praticam atividades de
endurance pudessem se beneficiar de uma quantidade elevada de gordura na dieta40.
Já foi evidenciada elevada ingestão de lipídios, em relação às recomendações, por
adolescentes atletas41 ou não atletas42. Entretanto, no presente estudo, os sujeitos
realizavam ingestão lipídica adequada.
A ingestão de cálcio pelos pentatletas de ambos os sexos encontrava-se
abaixo da EAR, independentemente da idade. Em levantamentos realizados no Brasil
com população de adolescentes não atletas43eatletas32,44,45, observa-se com
frequência uma baixa ingestão de cálcio em relação às recomendações dietéticas.
Levando-se em consideração o envolvimento do cálcio em inúmeros processos
metabólicos, sua deficiência poderia manifestar-se de diversas formas: câimbras
musculares, dores músculo-esqueléticas, cólicas menstruais e osteoporose43.Uma boa
saúde óssea está associada a hábitos alimentares saudáveis, principalmente com
uma ingestão adequada de cálcio desde o início da vida, contribuindo para uma
densidade óssea adequada. Embora não tenha sido avaliada a densidade óssea dos
adolescentes no presente estudo, observou-se que estes adolescentes necessitam da
adoção de hábitos alimentares que favoreçam o aumento da ingestão de cálcio, para a
prevenção de problemas relacionados à sua carência.
96

Além do cálcio, o ferro dietético também aparece inadequado na alimentação


de adolescentes atletas43,44,45,46. Contudo, no presente estudo as quantidades médias
de ferro ingeridas pela maioria dos sujeitos de ambos os sexos estão de acordo com
as recomendações28.
Neste estudo foi visto que a maioria dos adolescentes atletas concentrava a
ingestão de alimentos em três refeições principais (desjejum, almoço e jantar). Desta
forma, sugere-se que seja implementada uma distribuição energética mais ampla e
homogênea ao longo das refeições realizadas pelos pentatletas estudados, com a
valorização dos lanches no aporte nutricional diário, principalmente nos horários de
treinamento. O hábito de consumir pequenos lanches por indivíduos fisicamente ativos
poderia auxiliar no alcance das necessidades de energia e de nutrientes, segundo
Burke et al.47. Vale destacar também que a maioria dos atletas havia referido no R24H
um pequeno intervalo entre o almoço e o início dos treinos, reforçando a possível
necessidade de se reduzir a quantidade de energia concentrada nesta refeição, de
modo a facilitar o processo digestório.
A análise qualitativa do hábito alimentar dos pentatletas, por meio da aplicação
do QFA, com base nos grupos alimentares adotados como marcadores de
alimentação saudável da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-200929, revelou
que os alimentos mais frequentemente consumidos (cinco ou mais vezes por semana)
eram os feijões, seguidos dos sucos e refrigerantes, biscoitos, frutas e pizzas,
salgados e sanduíches e carnes processadas. Poucos pentatletas consumiam
verduras, legumes e peixe nesta mesma frequência. Em outros estudos este mesmo
método foi utilizado32,37, mas a comparação entre resultados torna-se difícil devido a
ausência de padronização quanto a sua interpretação e apresentação dos principais
achados. Em geral, os autores que estudaram atletas de voleibol32 e de
natação37relatam uma baixa frequência no consumo de hortaliças e frutas e uma alta
frequência no consumo de alimentos de baixa densidade nutricional, como os ricos em
gorduras e açúcares.
De acordo com Jacobson48, jovens atletas costumam receber orientação de
origem questionável quanto ao uso de suplementos (ex. treinadores, amigos,
familiares, revistas e televisão). O presente estudo corroborou com este dado, uma
vez que a maioria dos atletas referiu seguir orientação dos seus treinadores, sendo
poucos aqueles que os utilizavam por indicação de nutricionista. Os suplementos
hidroeletrolíticos e energéticos foram os mais consumidos pelos atletas estudados. O
suplemento de vitamina C, os polivitamínicos e os aminoácidos de cadeia ramificada
também foram citados por uma menor proporção de atletas.
97

Lagowska&Jeszka49 identificaram que cerca de 65% de atletas polonesas,


praticantes de diversas modalidades esportivas, faziam uso de suplementos,
principalmente os polivitamínicos (73,6%) e aminoácidos de cadeia ramificada
(47,3%), sendo também citados o Whey Protein, L-carnitina, B-hydroxy-B-metilbutirato
(HMB),ômega 3 e creatina. No presente estudo, alguns desses suplementos citados
não foram referidos pelos pentatletas, sugerindo que o uso de suplementos pode
depender de modismos, modalidade esportiva praticada, fases do treinamento,
objetivos dos atletas e legislação de cada país. Independentemente disto, informações
precisas a respeito da adequada alimentação deveriam ser propagadas para que
atletas pudessem optar por alimentos saudáveis, uma vez que a desinformação é
considerada como possível responsável por escolhas equivocadas as quais poderiam
afetar negativamente seus desempenhos físicos50.
As necessidades nutricionais durante a adolescência apresentam maior
relação com a idade fisiológica do que com a cronológica, sendo diretamente
proporcionais à velocidade de crescimento e às mudanças da composição corporal.
Dessa maneira, o emprego isolado da idade cronológica não deve ser utilizado como
um indicador do estado de desenvolvimento do adolescente, já que indivíduos com a
mesma idade podem estar em diferentes etapas de maturação sexual51,52. No presente
estudo pode-se confirmar a importância da avaliação do estágio da maturação sexual
associada à avaliação da composição corporal, visto que particularmente as meninas
entre 13 e 15 anos de idade foram classificadas tanto como púberes quanto como
pós-púberes.
A atividade física vigorosa e extenuante associada à redução da
disponibilidade energética pode levar a efeitos adversos sobre o desenvolvimento
puberal e a função reprodutiva. Dentre os principais mecanismos fisiopatológicos
envolvidos nessa disfunção encontra-se a diminuição acentuada da gordura
corporal53.Com base no exposto acredita-se que não possa haver uma dissociação do
estágio da maturação sexual com os resultados da avaliação antropométrica e do
condicionamento físico de atletas adolescentes, entretanto não foram encontrados
estudos que tivessem realizado tais associações.
No estudo de Le Meuer et al.7 o V
&O
2 máx
dos atletas de pentatlo moderno

estudados (n=9 adultos) foi de 74+5 mL de O2 / kg / min, resultado próximo ao


observado no presente estudo para os atletas pós-púberes masculinos (73,71±3,65mL
de O2 / kg / min).
O alcance de um desempenho físico ótimo é resultado de complexas
interações de diversos fatores. Um dos pré-requisitos para o sucesso atlético na
98

maioria das modalidades esportivas estaria relacionado às características


antropométricas do atleta. A comparação dos resultados de antropometria do presente
estudo com a literatura torna-se difícil devido à inexistência de estudos com
adolescentes de pentatlo moderno. O único estudo publicado que envolveu atletas
desta modalidade foi o desenvolvido por Claessens et al.54 com pentatletas adultas de
diferentes países. Essas competidoras (n=54) tinham em média 61+5,3kg de peso e
16+2,4% de gordura corporal, sendo identificado relação inversa entre a quantidade
de gordura corporal e o desempenho físico na modalidade.
Espera-se que este trabalho com categorias de base contribua para que cada
vez mais jovens atletas venham a conhecer e praticar o pentatlo moderno, conscientes
da importância da nutrição e o papel de cada nutriente para o adequado desempenho
físico, recuperação muscular, preservação da saúde e promoção do crescimento e
desenvolvimento. Entretanto mais estudos deverão ser realizados acerca deste
esporte, especialmente com relação às demandas nutricionais necessárias em cada
uma de suas etapas.

CONCLUSÃO

Os jovens atletas praticantes de pentatlo moderno apresentavam hábitos


alimentares inadequados quanto à ingestão de energia, carboidratos e cálcio. Além
disso, a maioria fazia uso de suplementos, mesmo sem estar recebendo orientação
nutricional qualificada. Os atletas também apresentavam inadequação qualitativa no
seu hábito alimentar, especialmente do que diz respeito ao frequente uso de
refrigerantes e baixo consumo de frutas e vegetais. Os resultados deste estudo
apontam para a necessidade do acompanhamento continuado dos atletas por
profissionais da área de nutrição e da adoção de práticas educativas, especialmente
nas faixas etárias mais jovens, devido ao fato de muitos estarem em fase de
crescimento e expostos a uma exaustiva rotina de exercícios físicos.
Este foi o primeiro trabalho realizado no Brasil com atletas de pentatlo
moderno, de modo que acredita-se que esta abordagem auxilie não somente
profissionais da área de nutrição esportiva no acompanhamento de atletas, mas
também futuras pesquisas que visem elucidar as reais necessidades nutricionais para
o bom desempenho físico nesta modalidade.
99

AGRADECIMENTOS: à Faperj pelo financionamento desta pesquisa (no


E26/190.122/2010 “Modelo inovador de gestão em nutrição esportiva e suplementação
nutricional com biomateriais para a formação de atletas de alto desempenho”), à
equipe PentaJovem da Federação de Pentatlo Moderno do Estado do Rio de Janeiro
(FPMERJ); ao Laboratório de Biologia do Exercício da Escola de Educação Física da
UFRJ; e ao Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia da UFRJ.

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103

MANUSCRITO 2

(elaborado com livre formatação)

AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL


INDIVIDUALIZADO SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR E A COMPOSIÇÃO
CORPORAL DE JOVENS ATLETAS DE PENTATLO MODERNO

Leticia Azen Alves Coutinho


Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco
Doutoranda em Ciências Nutricionais
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Nutrição Josué de Castro
Av. Carlos Chagas Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2o andar
Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902

Cristiana Pedrosa Melo Porto


cristiana@nutricao.ufrj.br
Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora do Departamento de Nutrição Básica e Experimental
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Nutrição Josué de Castro
Av. Carlos Chagas Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2o andar.
Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902

Anna Paola T. R. Pierucci, PhD


Doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora do Departamento de Nutrição Básica e Experimental
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Nutrição Josué de Castro
Av. Carlos Chagas Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2o andar
Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902
Correspondência para: +55 21 2562-6697 / pierucci@nutricao.ufrj.br
104

Resumo

É crescente a participação de adolescentes em programas de treinamento intenso e


competições, como o pentatlo moderno. O acompanhamento nutricional desses jovens
é fundamental para o adequando crescimento/desenvolvimento, saúde e desempenho
físico. Objetivo: Avaliar os efeitos do acompanhamento nutricional individualizado, a
cada três meses durante seis meses, sobre o consumo alimentar e a composição
corporal de jovens atletas de pentatlo moderno, durante seis meses. Métodos: Foram
estudados 32 atletas de ambos os sexos, cujo consumo alimentar foi analisado por
Registro Alimentar de três dias e Questionário de Frequência de Consumo Alimentar.
A composição corporal foi estimada por técnicas antropométricas. Para a elaboração
dos planos alimentares individualizados foram adotadas as recomendações
generalizadas para atletas, respeitando-se o progressivo dispêndio energético
semanal nos treinamentos. Resultados: No início do estudo observou-se
inadequação quanto à ingestão de cálcio e carboidratos. Ao final, a ingestão de cálcio
foi aumentada, assim como a contribuição dos lipídios, em relação ao total de energia
consumida. Acredita-se que este resultado tenha sido influenciado pelo aumento da
frequência no consumo de pizzas, salgados e sanduíches. Os refrigerantes passaram
a ser menos referidos como uma das bebidas mais frequentemente consumidas e
houve uma maior frequência no consumo de frutas e sucos. Além disso, observou-se
aumento da massa corporal magra, sem alteração da gordura corporal. Apesar das
mudanças observadas, devido ao reduzido tamanho amostral, não foi verificada
associação aos planos alimentares preconizados. Conclusões: Considera-se que a
abordagem realizada foi positiva pelo fato da modalidade em questão ser pouco
estudada e por ter sido possível identificar que o acompanhamento nutricional é
relevante na promoção de hábitos saudáveis. Contudo, é sugerido que o
acompanhamento seja atrelado à ações educativas para promoção de maior
motivação para a adesão aos planos alimentares individualizados.
Termos de Indexação: adolescentes, alimentação, exercício físico, composição
corporal.
105

Abstract

The involvement of adolescents in intense physical training programs and competition,


such as modern pentathlon, is increasing. The nutritional monitoring in such population
is fundamental for the adequate growth/development, health and physical
performance.
Objective: To evaluate the effects of individualized nutrition counseling on food intake
and body composition of young modern pentathlon athletes, during six months.
Methods: Were studied 32 athletes of both sexes, whose food intake was analyzed by
Three-day Food Records and Food Frequency Questionnaires. Body composition was
estimated by anthropometric assessment protocols. Generalized recommendations for
athletes were adopted for development of the individualized dietary plans, respecting
the weekly progressive energy expenditure in training. Results: At baseline it was
observed an inadequate intake of calcium and carbohydrates. At the end of the study,
calcium intake was increased, however, the lipids contribution related to total energy
intake were also increased. It is believed that this result was influenced by the increase
in the consumption of pizzas, sandwiches and snacks. The soft drinks became less
referred to one of the most commonly consumed beverages and there was higher
frequency fruit and juice consumption. Furthermore, there was a significant increase in
lean body mass with no change in body fat. Despite the observed changes, due to the
small sample size, there was no association to the recommended dietary plans.
Conclusions: It is considered that the approach taken was positive because of the
sport in question is poorly studied and have been identified that nutritional counseling
is important in promoting healthy habits. However, it is suggested that the monitoring
have to be linked with educational activities to promote greater motivation for
adherence to individualized food plans.

Index terms: adolescents, nutrition, physical exercise, body composition.


106

INTRODUÇÃO

As últimas décadas têm sido marcadas por um grande número de feitos no


esporte mundial realizados por atletas cada vez mais jovens. Tal fato tem gerado
discussões e investigações por parte de treinadores e pesquisadores na área das
ciências do esporte interessados na promoção de talentos esportivos. A promoção se
relaciona às medidas objetivas quanto à utilização dos procedimentos de treinamento
e todas as outras medidas que levem ao desenvolvimento do talento até o alto
rendimento (COLANTONIO, 2007).
A adolescência é um período de intenso e rápido crescimento e desenvolvimento
físico, psíquico e social, demandando um aumento das necessidades nutricionais. Os
desequilíbrios do balanço entre o consumo alimentar e o gasto de energia durante
esta fase podem causar prejuízos à saúde(JACOBSON et al., 1998), crescimento,
manutenção de tecidos e desempenho de suas atividades intelectuais e físicas
(JUZWIAK et al., 2000). Sendo assim, o acompanhamento nutricional de adolescentes
e a prática de exercícios físicos têm sido apontados como as principais ferramentas
para a prevenção precoce de alguns distúrbios frequentemente iniciados nesta fase da
vida: anemia ferropriva, transtornos alimentares, obesidade, osteopenia e
aterosclerose (BRAGA et al., 2007; EISENSTEIN et al., 2000; FEIJO & OLIVEIRA,
2001; JACOBSON et al., 1998).
Atualmente é crescente a participação de jovens atletas em programas de
treinamento bastante intensos e em eventos competitivos (EISENSTEIN et al., 2000)
de diversas modalidades esportivas, dentre elas o pentatlo moderno, que é um
esporte que envolve a prática da esgrima, natação, equitação e evento combinado
(tiro esportivo e corrida) (KELM, 2010).
Segundo Aerenhouts et al. (2008), existem poucos estudos abordando as
necessidades nutricionais neste período, entretanto já existem evidencias sugerindo
que jovens atletas ingerem quantidades de energia e nutrientes inferiores às
recomendações (CROLL et al., 2006; PETRIE et al., 2004; VOLPE, 2007; ZIEGLER et
al., 2001). A ingestão de cálcio, por exemplo, pode estar inadequada tornando-os
suscetíveis a menor densidade óssea e fraturas por estresse (NATTIV & ARMSEY,
1997). Além disso, a ingestão total de lipídios, gorduras saturadas, e mono e
dissacarídeos podem estar elevados, enquanto que a ingestão de ferro costuma estar
aquém das recomendações, especialmente no sexo feminino (AERENHOUTS et al.,
2008). Sendo assim, jovens atletas constituem um grupo populacional vulnerável aos
efeitos fisiológicos do desgaste corporal (CROLL et al., 2006; PETRIE et al., 2004;
VOLPE, 2007; THOMPSON, 1998; ZIEGLER et al., 2001).
107

Com base no exposto, percebe-se a necessidade da realização de estudos com


adolescentes atletas, visando estabelecer uma rotina de acompanhamento nutricional,
especialmente de praticantes de pentatlo moderno, por se tratar de um esporte ainda
pouco conhecido, praticado e estudado no Brasil. Sendo assim, o presente estudo
objetivou avaliar os efeitos do acompanhamento nutricional individualizado sobre o
consumo alimentar e a composição corporal de jovens atletas de pentatlo moderno.

MÉTODOS

Desenho do estudo
Tratou-se de um estudo de intervenção, conduzido entre 2011 e 2012,com
atletas de pentatlo moderno em treinamento na equipe “Penta Jovem”, filiada à
Federação de Pentatlo Moderno do Estado do Rio de Janeiro (FPMRJ).
Após a implantação de um serviço de atendimento nutricional, cada atleta
recebeu planos alimentares individualizados, cuja adesão foi avaliada após três
meses. Neste momento, mediante as mudanças registradas na rotina de treinamento
e composição corporal dos atletas, os planos alimentares foram reajustados e
reavaliados novamente ao final de três meses. Todos os atendimentos e análises
foram realizados pelo mesmo pesquisador, o qual também esteve presente aos
treinamentos, pelo menos, uma vez por semana, e nas principais competições,
visando o esclarecimento de eventuais dúvidas.

Sujeitos
Dos 32 atletas que faziam parte da equipe foram considerados elegíveis
apenas os menores de 18 anos e que estivem em treinamento a pelo menos seis
meses. Sendo assim, o estudo foi iniciado 28 atletas de pentatlo moderno, com idades
entre 11 e 18 anos, sendo 11 atletas do sexo feminino e 17 do sexo masculino.
Todos os sujeitos da pesquisa foram devidamente informados sobre os
procedimentos aos quais seriam submetidos ao longo da pesquisa, sendo seu
consentimento formalizado através do termo de consentimento livre e esclarecido. Por
se tratarem de menores de idade, todos foram acompanhados de seus responsáveis
em todas as etapas da pesquisa.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(Protocolo no 90/11) e foi realizada em sua totalidade com respeito às normas contidas
na resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, que trata das diretrizes e
normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.
108

Avaliação da composição corporal


A massa corporal e a estatura foram mensuradas de acordo com os critérios de
Gordon et al. (1988), em Balança clínica com estadiômetro (Welmy®, Brasil), modelo
mecânico, com escala de zero a 150 quilos e precisão de 100g. Os perímetros (P)
[abdominal (Pabd) e antebraço (Pabr)] foram medidos utilizando-se a trena de
medidas antropométricas (WCS®, Brasil). As sete dobras cutâneas (DCs) (peitoral,
axilar média, tríceps, subescapular, suprailíaca anterior, coxa e panturrilha) foram
aferidas com o adipômetro com pressão de 10 g/mm2 (Lange®, USA). As avaliações
antropométricas foram realizadas por um único pesquisador.
A densidade corporal e o percentual de gordura de adultos foram estimados de
acordo com a equação de Siri (1961) e o protocolo de Jackson & Pollock (1978, 1980),
respectivamente. O percentual de gordura corporal (GCT%) dos adolescentes foi
estimado conforme Slaughter et al. (1988).

Avaliação do consumo alimentar


O consumo alimentar dos atletas foi avaliado por meio do Registro Alimentar de
três dias (RA3D) e o Questionário de Frequência Alimentar (QFA) para adultos
(RIBEIRO et al., 2006) e adolescentes (ARAÚJO et al., 2010).
A análise quantitativa de energia e nutrientes ingeridos (carboidratos,
proteínas, lipídios, cálcio, ferro, vitaminas A e C), para cada refeição relatada pelos
sujeitos no RA3D, foi realizada após a conversão das medidas caseiras em medidas
de peso/volume, com o auxílio da Tabela para Avaliação de Consumo Alimentar em
Medidas Caseiras (PINHEIRO et al., 2004), sendo a composição nutricional avaliada
de acordo com a Tabela de Composição de Alimentos do IBGE (IBGE, 1996) e com as
informações nutricionais de rótulos dos alimentos, quando estes não foram
encontrados nesta tabela de referência.
A avaliação da adequação da ingestão de macronutrientes foi feita conforme
posicionamento da American Dietetic Association (ADA) sobre “Nutrição e
Performance Atlética” (ADA, 2009). Para a avaliação da adequação quanto à ingestão
de micronutrientes, foram consideradas as ingestões dietéticas de referência (DRI, do
inglês Dietary Reference Intakes) (IOM, 2011). Considerou-se ingestão inadequada
aquela que estivesse inferior a Estimated Energy Requirement (EAR) ou superior a
Tolerable Upper Intake Level (UL).
Para interpretação dos resultados do QFA, os alimentos foram agrupados,
tomando-se como base os grupos alimentares adotados como marcadores de
109

alimentação saudável da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009 (BGE,


2011).

Estimativa do gasto energético e elaboração dos planos alimentares


individualizados
Para estimativa do gasto energético (GE) total (GET), adaptou-se os métodos
propostos por Iglesias-Gutierrez et al. (2005) e Leenders et al. (2001), considerando-
se três componentes: 1) taxa Metabólica Basal (TMB), calculada por meio da equação
da FAO/WHO/UNU (2004); 2) efeito térmico da alimentação (10% do GET); e 3) gasto
energético referente às atividades rotineiras e de treinamento físico.
Para cálculo do gasto energético com as atividades rotineiras, os atletas, ou
seus respectivos responsáveis, foram orientados a registrar as atividades cotidianas
realizadas (ex. quanto tempo dormiam, comiam, permaneciam na escola,
especificando a duração da educação física escolar, quando realizada, estudavam,
assistiam televisão, utilizavam o computador, etc.), em formulário adaptado do
questionário proposto por Bouchard et al. (1983). O registro do treinamento físico
praticado pelos atletas a cada dia foi feito pela equipe de treinadores, sendo anotados
os tempos de duração, as distâncias percorridas e a intensidades de cada atividade
conforme escala de percepção de esforço (BORG, 1998). Os equivalentes
metabólicos (Metabolic Equivalent of Tasks – METs) (AINSWORTH et al., 2000) foram
utilizados para quantificar o gasto energético em cada atividade física.
Os planos alimentares individualizados levaram em consideração as diferentes
demandas geradas, de acordo com o sexo, faixa etária e treinamento físico para cada
dia da semana, o qual diferia entre os atletas mais jovens (com idades entre 10 e 14
anos – pertencentes às categorias Jovem E10, Jovem D, Jovem C) e mais velhos
(com idades superiores a 15 – pertencentes às categorias Jovem B, Jovem A, Júnior e
Sênior). Estes eram representados por exemplos de refeições e indicação de
substituições com auxílio de uma Lista de Substituições especialmente elaborada.
Visando alcançar uma mais ampla e homogênea distribuição energética nas
menores refeições (desjejum, colação, durante a atividade física, após a atividade
física, ceia), a contribuição energética do desjejum e do almoço foi reduzida, ao passo
que a contribuição energética da colação, da refeição realizada durante a atividade
física e ceia foi significativamente aumentada; e não foram alteradas as contribuições
percentuais em relação ao valor energético total da refeição realizada após a atividade
física e do jantar.
110

Análises dos dados


No que se refere à estatística descritiva a média e o desvio padrão das
variáveis contínuas foram obtidos. Realizou-se o ajuste das variáveis dietéticas pela
energia, de acordo com o método dos resíduos proposto por Willett et al. (1997). Além
disso, em virtude da elevada variabilidade de consumo alimentar relativas aos
registros de poucos dias, procedeu-se com a deatenuação das médias obtidas, com o
auxílio do software Multiple Source Method, desenvolvido pelo departamento de
Epidemiologia do German Institute of Human Nutrition Potsdam-Rehbrücke (versão
1.0.1, 2012).
Para comparação entre duas amostras dependentes adotou-se o Teste T
pareado e para comparar dados independentes fez-se opção pelo Test T para
amostras independentes. Quando foram realizadas comparações entre os hábitos
alimentares e alterações antropométricas ao longo do tempo, utilizou-se a Anova para
dados repetidos, seguida do post hoc de Bonferoni.
Para avaliação da concordância entre os planos alimentares prescritos e o que
os atletas efetivamente haviam consumido, em dois momentos, realizou-se o cálculo
das médias referentes às variações (∆) observadas e calculou-se o coeficiente de
correlação intraclasse (intraclass correlation coefficient - ICC), considerando-se como
satisfatório ICC ≥ 0,8. Posteriormente, estes resultados foram complementados com a
demonstração gráfica de Altman-Bland considerada um melhor examinador de
modelos de concordância entre medições do que o valor obtido pelo ICC (LUIZ, 2011).
As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do software SPSS versão 20.0
(SPSS® Inc., Chicago, USA), com nível de significância de p<0,05.
.
111

RESULTADOS

O estudo foi iniciado com 28 atletas de pentatlo moderno os quais foram


orientados a seguir planos alimentares individualizados e a adesão aos mesmos foi
avaliada a cada três meses. Após os primeiros três meses, dois atletas deixaram de
treinar com a equipe e nos três meses seguintes mais uma perda ocorreu pelo mesmo
motivo. Desta forma, o estudo foi concluído com 17 atletas de pentatlo moderno, com
idade entre 11 e 18 anos, sendo 7 atletas do sexo feminino e 10 do sexo masculino.
Na Tabela 1observa-se as mudanças na composição corporal (estatura, peso,
massa corporal magra e GCT%) evidenciadas a cada três meses do
acompanhamento nutricional. Ao final do estudo a massa corporal total e a massa
corporal magra estavam aumentadas, mas sem alteração do GCT%.
112

Tabela 1. Variação da composição corporal de atletas de pentatlo moderno,


X±DP
1ª avaliação 2ª avaliação 3ª avaliação
Variáveis antropométricas
(n=17) (n=17) (n=17)

Massa corporal total (kg) 56,8+9,9 58,0+ 9,5* 59,7+8,6**,#


Gordura corporal por DC (%) 15,7+ 5,7 16,2+6,3 15,1+6,9
Massa corporal magra (Kg) 48,2+ 10,4 49,1+ 10,8* 51,1+9,9**,#
* 2ª avaliação diferente da 1ª avaliação (p<0,05), **3ª avaliação diferente da 2ª
avaliação (p<0,05), #3ª avaliação diferente da 1ª avaliação (p<0,05), Anova para
dados repetidos.
Legenda: DC = dobra cutânea.
113

Na Figura 1 (a,b) estão demonstrados os gastos energéticos (GE) durante o


treinamento, estimados a partir dos registros das rotinas de treinamento fornecidos
pelos treinadores para os atletas mais jovens (com idades entre 10 e 14 anos –
pertencentes às categorias Jovem E10, Jovem D, Jovem C)e mais velhos (com idades
superiores a 15 – pertencentes às categorias Jovem B, Jovem A, Júnior e Sênior) no
início do estudo (GE1) e três meses após os primeiros planos alimentares terem sido
entregues (GE2). Os primeiros registros da rotina de treinamento revelam que os
atletas mais velhos treinavam cerca de 3h por dia e os mais jovens cerca de 2h, todos
na parte da tarde, sendo a intensidade crescente de segunda à quarta-feira,
declinando posteriormente até a sexta-feira. No sábado, eles também treinavam e a
intensidade era similar ao treino de quinta-feira.
Ao analisarmos a evolução do GE (GE1 vs GE2) durante o treinamento dos
atletas, nota-se que o houve aumento significativo do mesmo em quase todos os dias
da semana, após três meses de estudo, tanto para os atletas mais velhos quanto para
os mais jovens. Além disso, foi observada mudança no dia de treino de maior
intensidade, sendo antes a quarta-feira e, posteriormente, as terças e sábados, com
intensidades iguais. Desta forma, três meses após a entrega dos primeiros planos
alimentares estes tiveram que ser ajustadas quanto ao total de energia que deveria
ser oferecido durante o dia, mas também foi importante ajustar a distribuição ao longo
da semana.
114

2000
Gasto energético (kcal) durante o treino realizado pelos atletas das

*
1800 *
categoerias Jovem E10, D, C (entre 10 e 14 anos)

1600 *
1400
*
1200 *
1000
*
800
GE 1
600
GE2
400

200

0
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Distribuição ao longo da semana

B
atletas das categoerias Jovem B, A, Júnior, Sênior (mais de

3000
Gasto energético (kcal) durante o treino realizado pelos

* *
2500

*
2000

*
15 anos)

1500
* GE 1

1000
GE 2

500

0
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Distribuição ao longo da semana

Figura 1. Variação do gasto energético semanal nos treinos realizados por atletas de
pentatlo moderno, equipe PentaJovem, RJ, pertencentes às categorias Jovem E10,
Jovem D, Jovem C (A) (entre 10 e 14 anos) e às categorias Jovem B, Jovem A, Júnior e
Sênior (B) (mais de 15 anos), X+DP
Legenda: GE 1 = gasto energético pré-intervenção; GE 2 = gasto energético três meses após
a entrega dos planos alimentares.
* diferença significativa entre GE 1 e GE2 (p<0,05), Teste T pareado.
115

Os segundos planos alimentares também contemplaram os resultados das


avaliações do consumo alimentar realizadas após três meses da entrega dos
primeiros planos alimentares. As principais diferenças entre eles estão apresentadas
na Tabela 2. Houve aumento significativo da oferta de energia e o total em gramas
dos macronutrientes, entretanto, a contribuição percentual dos nutrientes em relação
ao valor energético total (VET) não foi alterada. A oferta de ferro e vitamina C foi
aumentada de forma não intencional e sim como reflexo da maior oferta de alimentos,
visto que os atletas de forma geral apresentavam adequação quanto à ingestão destes
nutrientes já no início do estudo, conforme pode-se observar na Tabela 3.
116

Tabela 2. Comparação entre a composição nutricional dos planos alimentares,


X+DP
P1 P2
p
(n=17) (n=17)

Proteína (g) 129,4+19,9 147,8+34,1 0,00


Proteína (%) 16,0 + 0,6 15,7+1,0 0,03
Proteína (g/kg) 2,3+0,1 2,6+0,3 0,06
Carboidrato (g) 504,6 + 95,6 576,4 +92,8 0,00
Carboidrato (%) 62,2+1,3 61,3+2,2 0,50
Carboidrato (g/kg) 8,9+0,5 10,2+0,8 0,02
Lipídios (g) 74,6+13,8 94,2+17,7 0,00
Lipídios (%) 21,6+0,8 22,8+1,6 0,22
Energia (kcal) 3235+580 3735+661 0,00
Cálcio (mg) 624,4+197,3 587,6+66,6 0,00
Ferro (mg) 17,0+2,6 18,4+4,0 0,00
Vitamina A (mcg) 1259,3+218,6 1203,7+266,5 0,43
Vitamina C (mg) 190,7+65,5 308,8+68,3 0,15
117

Na Tabela 3 está demonstrada a evolução do consumo alimentar dos atletas


ao longo do estudo, quanto à energia, macronutrientes e micronutrientes. De acordo
com as recomendações da ADA (2009), as primeiras avaliações revelavam que havia
ingestão média de carboidrato insuficiente, em relação ao VET, e que os sujeitos
consumiam menos metade dos requerimentos de cálcio e um pouco menos do
preconizado para a ingestão de vitamina A.
Logo após a execução dos primeiros planos alimentares, observou-se redução
da ingestão de proteínas e lipídios em relação ao VET. Além disso, houve aumento da
ingestão de carboidratos em relação ao VET e do percentual de adequação de cálcio
e vitamina C. Entretanto, nos três meses seguintes, a quantidade de carboidratos em
relação ao VET reduziu a valores inferiores à ingestão inicial. O percentual de
adequação do cálcio também foi reduzido nos três meses seguintes, entretanto os
sujeitos ainda estavam consumindo quantidades acima dos valores iniciais e mais
próximos às recomendações quando o estudo foi encerrado. A partir da segunda
metade do estudo, observou-se aumento da ingestão de lipídios, tanto em gramas
totais quanto em relação ao VET, o que coincidiu com a ingestão aumentada da
vitamina A.
118

Tabela 3. Variação da ingestão alimentar de atletas de pentatlo moderno, equipe


PentaJoven, RJ, quanto à energia, macro e micronutrientes, X+DP

Avaliações

1a avaliação 2a avaliação 3a avaliação


(n=17) (n=17) (n=17)

Proteína (g) 118,8+31,2 144,7+49,7 135,5+37,2


Proteína (g/kg) 2,1+0,4 2,5+0,8 2,3+0,2
Proteína (% VET) 15,9+0,0 15,4+ 0,4* 15,3+0,4**
Carboidrato (g) 414,8+102,0 558,2+259,0 484,1+95,7
Carboidrato (g/kg) 7,5+1,3 9,9+4,4 8,0+1,1
Carboidrato (% VET) 56,3+0,8 58,5+1,5* 54,6+1,8**,#
Lipídio (g) 94,19+29,1 93,9+21,4 126,7+35,2**,#
Lipídio (%) 27,6+0,7 26,0+2,0* 30,4+0,8**,#
Energia (kcal) 2.9985+801 3.658+1.454 3.543+924
Cálcio (% adeq) 42,3+8,94 65,9+17,9* 53,9+7,6**,#
Ferro (% adeq) 152,4+38,48 167,0+30,4 144,3+21,2
Vitamina A (% adeq) 95,1+12,18 109,5+22,7 191,6+16,3**,#
Vitamina C (% adeq) 137,2+7,66 167,8+19,9* 169,0+61,5**
* 2a avaliação diferente da 1a (p<0,05); ** 3a avaliação diferente da 1a (p<0,05); # 3a
avaliação diferente da 2a (p<0,05), Anova para dados repetidos.
119

A Tabela 4 demonstra as variações (∆) observadas entre o que foi prescrito por
meio dos dois planos alimentares e o que foi efetivamente consumido em dois
momentos, com três meses de intervalo. Levando-se em consideração que os valores
negativos refletem uma ingestão inferior ao prescrito, observa-se que após a
implementação dos planos alimentares os sujeitos consumiram menos do que o
esperado para a maioria dos nutrientes, com exceção dos lipídios, tanto em gramas
totais, nos primeiros três meses, quanto em relação ao VET, desde o início da
intervenção nutricional, e das proteínas em relação ao VET nos primeiros três meses.
Quando os ∆ de cada nutriente nos dois momentos foram comparados, pode-se notar
que apenas a variação referente à ingestão de cálcio passou a ser significativamente
menor (p=0,017), após a segunda intervenção nutricional.
Com base nos valores de p e do ICC, sugere-se que apenas as quantidades de
carboidrato em relação ao VET, tanto na primeira quanto na segunda etapas do
estudo, assim como total de carboidratos consumido para cada quilo de peso corporal
na primeira etapa e o total de proteína consumido para cada quilo de peso corporal na
segunda metade do estudo estavam iguais e concordantes, o que significaria que
somente a ingestão alimentar referente a estas variáveis nutricionais estaria
influenciada pela prescrição. Entretanto, vale destacar que foram obtidos alguns
resultados conflitantes, tendo em vista a existência de dados iguais (p>0,05) e não
concordantes (ICC<0,8) e vice-versa.
120

Tabela 4. Variação e correlação entre o que foi consumido e prescrito pelos


atletas de pentatlo moderno, equipe PentaJovem, RJ, X+DP
Consumo versus prescrição 1 (n=17) Consumo versus prescrição 2 (n=17)
Variáveis ∆1 (%) p ICC ∆2 (%) p ICC
Proteína (g) -5,4+26,4 (96,3+19,6) 0,44 0,51 -15,8+25,1 (90,0+15,5) 0,01 0,51
Proteína (%) 0,0+1,7 (100,3+10,7) 0,49 0,47 -0,0+1,4 (99,6+9,5) 0,66 0,54
Proteína (g/kg) -0,0+0,4 (96,3 +19,6) 0,24 0,74 -0,4+0,6 (84,1 +25,6) 0,08 0,98
Carboidrato (g) -30,4+129,1(94,2+24,7) 0,02 0,50 -78,3+97,0(86,8+15,8) 0,01 0,50
Carboidrato (%) -1,7+3,7 (97,2+5,9) 0,22 0,71 -1,88+2,6(96,9+4,3) 0,78 0,80
Carboidrato (g/kg) -0,5 +2,1(94,2+24,7) 0,59 0,71 -1,3+1,6(86,8+15,8) 0,00 0,72
Lipídio (g) 2,2+20,3 (104,4+26,1) 0,16 0,49 -0,8+21,4(99,5+23,9) 0,01 0,50
Lipídio (%) 1,6+2,9(107,7+13,6) 0,43 0,18 1,9+2,4 (108,8+10,8) 0,12 0,14
Energia (kcal) -123+757(96+22) 0,03 0,50 -459,9+605,4 (88,1+15,2) 0,00 0,50
Cálcio (mg) -155,5+207,0(82,0+29,0) 0,14 0,50 -35,8+246,1(95,2+43,6)* 0,82 0,50
Ferro (mg) -2,0+2,1(88,9+10,6) 0,00 0,80 -1,1+3,4(94,0+18,2) 0,00 0,57
Vitamina A (mcg) -80,6+126,9 (94,5+9,7) 0,00 0,50 -35,0+160,9 (97,3+12,9) 0,00 0,50
Vitamina C (mg) -32,7+115,0(92,7+63,7) 0,57 0,50 -25,7+124,8 (94,6+37,2) 0,35 0,50
Legenda: Ptn = proteína; Carb = carboidrato; Lip = lipídios; Ca = cálcio; Fe = ferro; Vit
A = vitamina A; Vit C = vitamina C; ∆ = delta da variação entre o prescrito e o
consumido; % = percentual da variação entre o prescrito e o consumido; ICC = índice
de correlação intraclasse.
* ∆ 2 diferente do ∆ 1(p<0,05), Teste T pareado.
121

A complementação da análise de concordância por meio das demonstrações


gráficas de Altman-Bland demostrou que na primeira fase do estudo o consumo de
proteína (% em relação ao VET) (Figuras 2a) estava concordante com as prescrições.
Este achado foi de encontro com os resultados sugeridos pelo ICC. Na segunda fase
do estudo, as demonstrações gráficas Altman-Bland sugeriram que as quantidades
consumidas de proteína (em gramas para cada quilo de peso) e vitamina A (Figuras
2b e 2c, respectivamente) estavam concordantes com as prescrições. Destes
resultados, apenas as quantidades de proteína (gramas para cada quilo de peso)
haviam sido consideradas igualmente concordantes pelo cálculo do ICC.
122

C
Figura 2. Concordância entre as quantidades de proteína (%VET) consumidas e
prescritas na 1ª etapa (A) e de proteína (g/kg) (B) e Vitamina A (mcg) (C) na 2ª
etapa do estudo (B).
Legenda: PTN = proteína; VIT A = vitamina A.
123

Na Figura 3 está demonstrada a variação do hábito alimentar ao longo do


estudo quanto à contribuição percentual das refeições (desjejum, colação, almoço,
durante a atividade física, após a atividade física, jantar e ceia) em relação ao VET. Os
resultados das análises da ingestão energética realizada seis meses após os
primeiros planos alimentares terem sido entregues demonstraram que a oferta
energética no desjejum, almoço, jantar e ceia não foram alteradas até o final do
estudo. Já a contribuição energética da colação e da refeição realizada pré-exercício
foram significativamente aumentadas logo após os três primeiros meses e mantidas
até o final do estudo. Situação inversa foi evidenciada com relação ao total de energia
consumida na refeição realizada após a atividade física.
Além das mudanças referentes à contribuição energética, pode-se notar nas
Figuras 4 e 5,nas quais estão demonstrados os principais alimentos consumidos em
cada refeição no período pré intervenção e pós intervenção (após seis meses de
implementação dos planos alimentares individualizados), que também houve
modificação qualitativa em todas elas. No desjejum (Figura 4a,b) preparações
consideradas boas fontes de cálcio (vitamina e achocolatado) passaram a representar
os alimentos mais consumidos, o que configura uma adequada mudanças visando
aumentar a ingestão deste nutrientes, mas, por outro lado, mais atletas passaram a
consumir pão com manteiga (22,2% vs 33,3%). A colação passou a ser realizada pela
maioria dos sujeitos e estes incorporam o guaraná natural como alimento principal,
seguido pelos biscoitos sem recheio, salgados e barras de cereal, ou seja, itens
considerados práticos (Figura 4c,d). No almoço e no jantar os legumes e os sucos de
fruta passaram a constar na lista de alimentos mais consumidos ao final do estudo, em
detrimento das frituras e refrigerantes (Figuras4e,f; 5c,d). A maioria dos atletas
passaram a consumir algo durante a atividade física, tendo os suplementos
energéticos como principal opção (Figura 4g,h). Mais atletas passaram a não
consumir nada após a atividade física e muito introduziram um suplemento (Endurox
R4) comercializado com a proposta de promoção de uma mais eficiente recuperação
muscular (Figura 5a,b). Cerca de 80% dos sujeitos continuaram não realizando a ceia
(Figura 5e,f).
124

Figura 3. Variação
riação do hábito alimentar dos atletas (n=17)) de pentatlo moderno,
equipe PentaJovem, RJ, quanto à contribuição(%) energética das refeições em
relação ao VET,X+DP
Legenda: C1 = consumo pré intervenção;C2 = 2ª análise do consumo alimentar
realizada 3 meses após a entrega dos primeiros planos alimentares; C3 = 3ª análise
do consumo alimentar realizara 3 meses após a entrega dos segundos planos
alimentares; VET = valor energético
energét total.
* C2 diferente de C1; # C3 diferente de C1, Anova para dados repetidos.
125

Alimentos mais consumidos pré intervenção Alimentos mais consumidos pós intervenção
A B
DESJEJUM

C D
COLAÇÃO

E F
ALMOÇO

G H
DURANTE A ATIVIDADE FÍSICA

Figura 4.. Alimentos mais consumido pré e pós intervenção no desjejum, colação
e almoço pelos atletas (n=17) de pentatlo moderno, equipe PentaJovem, RJ
R
126

Alimentos mais consumidos pré intervenção Alimentos mais consumidos pós intervenção
A B
APÓS A ATIVIDADE FÍSICA

C D
JANTAR

E F
CEIA

Figura 5.. Alimentos mais consumido pré e pós intervenção durante a atividade
física, após a atividade física, no jantar e na ceia pelos atletas (n=17) de pentatlo
moderno, equipe PentaJovem, RJ
127

As análises da evolução qualitativa do hábito alimentar por meio da aplicação


do QFA (Tabela 5), também revelaram melhora em vários aspectos (redução na
ingestão das carnes processadas, doces, biscoitos e refrigerantes; aumento
expressivo da ingestão de frutas e sucos), entretanto houve pequena redução da
ingestão de verduras, legumes e peixes e discreto aumento da ingestão de pizzas,
salgados e sanduíches.
128

Tabela 5. Percentual de atletas (%) que consumiam cinco ou mais vezes por
semana os grupos de alimentos marcadores de alimentação saudável, de acordo
com a POF 2008-2009
Grupos de alimentos Antes da Após a
intervenção intervenção
(%) (%)
Feijão 81,5 94,5
Verduras e legumes 8 4
Frutas 17 89
Peixes 5 0
Biscoitos 18 13
Sucos 19 26,5
Refrigerantes 19 10
Pizzas, salgados e sanduíches 12 25,5
Doces 18 14
Carnes processadas 12 2,6
129

DISCUSSÃO

O acompanhamento nutricional individualizado é uma prática necessária a


promoção de talentos esportivos. Porém, a efetividade da implementação de uma
rotina de acompanhamento individual em um contexto coletivo, ou seja, atletas que
treinam conjuntamente em uma mesma equipe ou centro de treinamento, até o
momento não foi avaliada. Este é o primeiro estudo que avaliou a efetividade do
acompanhamento nutricional sobre o consumo alimentar e a composição corporal de
jovens atletas de pentatlo moderno, esporte ainda pouco conhecido e estudado.
Além da escassez de informações científicas a respeito do pentatlo moderno,
faltam estudos envolvendo o acompanhamento nutricional de atletas. Valliant et al.
(2012) realizaram o acompanhamento nutricional de 11 atletas adultas de vôlei do
sexo feminino, por quatro meses. Os autores verificaram que a educação nutricional
foi capaz de gerar positivas mudanças na ingestão alimentar (aumento da ingestão de
energia, carboidratos e proteínas) e conhecimento a respeito da nutrição. Mas, o
estudo supracitado não envolveu a aplicação de orientação nutricional individualizada.
As recomendações para atletas de elite costumam enfatizar dietas ricas em
carboidratos, com ênfase nos complexos em detrimento aos simples. Os carboidratos
devem representar mais de 60% da energia total ingerida, de 10 a 35% da energia
deve ser fornecida pelas proteínas e de 20 a 35% pelos lipídios (ADA, 2009).
Entretanto, os ajustes nutricionais específicos para crianças e adolescentes atletas
são pouco conhecidos. Além disso, as particularidades metabólico-energéticas das
modalidades esportivas (SOARES et al., 1994) e dos diferentes ciclos de treinamento
na rotina dos atletas podem gerar demandas nutricionais específicas.
Os planos alimentares implementados no presente estudo respeitaram as
estimativas propostas quanto à oferta de energia, a distribuição dos macronutrientes
de acordo com a ADA (2009) e tentaram aproximar a oferta de micronutrientes frentes
às recomendações específicas para cada sexo e faixa etária (IOM, 2011). Sendo
também considerado o progressivo dispêndio energético nos treinamentos ao longo do
período de acompanhamento nutricional.
Após três meses de execução dos primeiros planos alimentares foram
observadas mudanças positivas na ingestão alimentar dos atletas, visto que
contribuição percentual dos carboidratos em relação ao VET havia aumentado em
detrimento das proteínas e lipídios. Além disso, apesar de ainda não satisfatória, a
proporção de adequação da ingestão de cálcio já estava significativamente
aumentada. Entretanto, nos três meses seguintes a ingestão de cálcio voltou a reduzir,
mas não em proporção suficiente para que os valores voltassem ao que havia sido
130

observado no início do estudo.


Além disso, os atletas passaram a valorizar mais a contribuição energética
referente à ingestão aumentada de lipídios em detrimento aos carboidratos, sem
aumentar de forma expressiva a ingestão total de energia. Apesar destes resultados
poderem ser considerados não satisfatórios, vale destacar que as quantidades de
lipídios consumidas não excederam as recomendações e que possivelmente atletas
mais jovens oxidem relativamente mais gorduras do que carboidratos durante o
exercício, quando comparadas com adultos (MEYER & PERRONE, 2008;
MONTFORT-STEIGER & WILLIAMS, 2007). Estudos adicionais deverão ser
realizados para avaliar se a ingestão insuficiente de energia e carboidratos, segundo
as recomendações da ADA (2009), poderia comprometer além do crescimento
também o desempenho físico de atletas jovens de pentatlo moderno. Além disso,
torna-se necessário correlacionar diferentes concentrações de carboidratos
consumidas ao longo dia, especialmente antes, durante e após os treinos e
competições, com o desempenho físico de jovens pentatletas.
Acredita-se ser desafiadora a intenção de se avaliar o consumo alimentar de
adolescentes, visto que já foram descritas dificuldades, por exemplo, para estimar
corretamente as quantidades e as porções dos alimentos ingeridos diariamente
(BARBOSA et al., 2007). Sugere-se que jovens atletas ingiram quantidades de energia
e nutrientes (principalmente cálcio, ferro e zinco) inferiores às recomendações,
especialmente aqueles envolvidos com atividades esportivas nas quais
tradicionalmente enfatiza-se o controle de peso ou aparência (ZIEGLER et al., 2001).
Desta forma, atletas adolescentes devem ser alertados quanto ao consumo de dietas
balanceadas para manter a saúde e o desempenho físico ótimos (MEYER et al.,
2007).
As análises da ingestão alimentar dos atletas no início do estudo revelaram
uma preocupante inadequação quanto a ingestão de cálcio e considerou-se que a
contribuição dos carboidratos em relação ao VET deveria ser aumentada, pois não
atendiam aos requerimentos considerados mínimos para atletas, de acordo com a
ADA (2009). Em levantamentos realizados no Brasil com população de adolescentes
não atleta (SANTOS et al., 2007) e atleta (ALMEIDA & SOARES, 2003;FERRAZ et al.,
2007; RIBEIRO & SOARES, 2002), observa-se com frequência uma baixa ingestão de
cálcio em relação às recomendações dietéticas. Levando-se em consideração o
envolvimento do cálcio em inúmeros processos metabólicos, sua deficiência poderia
manifestar-se de diversas formas: câimbras musculares, dores musculoesqueléticas,
cólicas menstruais e osteoporose (SANTOS et al., 2007).
131

Os carboidratos são essenciais para atletas, pois contribuem para o alcance


das necessidades energéticas específicas, para manter a glicemia e para recuperação
das reservas de glicogênio. A ingestão inadequada de carboidratos pode resultar na
utilização de proteínas corporais como fonte de energia, comprometendo os processos
de crescimento e de desenvolvimento (COTUGNA et al., 2005).
Outro fato intrigante diz respeito aos positivos resultados referente à
composição corporal, visto que, uma suposta inadequação da ingestão de energia,
frente ao aumento da demanda gerada pelos treinamentos, poderia comprometer o
crescimento e desenvolvimento dos atletas. Entretanto situação inversa foi
evidenciada: os atletas aumentaram significativamente a estatura e o peso,
especificamente em função do aumento da massa corporal magra, sem alterarem o
percentual de gordura. Estes resultados poderiam sugerir erros de estimativa do gasto
energético ou maior eficiência energética ao longo do tempo, a qual dispensaria o
significativo e proporcional ajuste do total de energia ofertado.
Para que estes resultados possam ser melhor compreendidos e que os
eventuais danos do desajuste energético possam ser avaliados, sugere-se que novos
estudos sejam conduzidos para a avaliação da demanda energética durante os treinos
e competições. Além disso, acredita-se ser importante a implementação de testes
validados para a avaliação da aptidão cardiorrespiratória na rotina destes atletas, já
que não foram realizadas associações entre a ingestão alimentar e desempenho
físico. Outro aspecto considerado igualmente relevante seria a condução de estudos
que pudessem sugerir o perfil antropométrico mais correlacionado com melhor
desempenho físico.
De acordo com Burke et al. (2003), na população fisicamente ativa, o hábito de
realizar pequenos lanches poderia auxiliar o alcance das necessidades de energia e
de nutrientes. Desta forma, ao serem planejados os primeiros planos alimentares,
modificou-se a distribuição da energia ingerida nas refeições, visando alcançar uma
mais ampla e homogênea distribuição energética: a contribuição energética do
desjejum e do almoço foi significativamente reduzida, ao passo que a contribuição
energética da colação, da refeição realizada durante a atividade física e ceia foi
significativamente aumentada; e não foram alteradas as contribuições percentuais em
relação ao valor energético total da refeição realizada após a atividade física e do
jantar. Vale destacar também que a maioria dos atletas havia referido um pequeno
intervalo entre o almoço e o início dos treinos, por isso optou-se por reduzir a
quantidade de energia concentrada no almoço, o que fez com que tivesse sido
considerada relevante a adequada ingestão durante os treinos. Além disso, de acordo
com os atletas estudados, haveria um intervalo bem pequeno entre os lanches
132

realizados ao término dos treinos e o jantar, de modo que não considerou-se


igualmente importante enfatizar uma maior ingestão energética nos lanches realizados
após a atividade física, até porque isto poderia gerar uma menor ingestão alimentar no
jantar.
Ao final do estudo observou-se que os atletas passaram a ingerir
significativamente mais energia na colação e na refeição realizada durante o exercício,
sendo estas modificações alcançadas logo após a execução dos primeiros planos
alimentares. Entretanto, neste momento os atletas já estavam consumindo
significativamente menos energia na refeição realizada imediatamente após a
atividade física, em relação ao total ingerido no dia. Com base neste resultado,
sugere-se outras investigações sejam conduzidas para verificar se esta modificação
poderia comprometer a recuperação das reservas energéticas destes atletas.
A atividade de endurance realizada por longos períodos ou sob elevada
intensidade estaria associada com uma maior probabilidade de surgimento de dano no
tecido muscular (SAUNDERS et al., 2004; WHITE et al., 2008) e depleção do
glicogênio (BERARDI et al., 2006; VAN LOON et al., 2000). Segundo Jentjens &
Jeukendrup (2004), existem evidências científicas sugerindo que a ingestão de
carboidratos imediatamente após a atividade física poderia promover um mais rápido
reabastecimento das reservas de glicogênio. Entretanto, não foram encontrados na
literatura estudos com que tivessem objetivado avaliar os efeitos de distintas
intervenções nutricionais ou estratégias de suplementação após a atividade física em
amostra constituída por pentatletas e/ou adolescentes.
Em estudos anteriormente publicados tem-se constatado que em geral, os
hábitos alimentares de adolescentes são frequentemente inadequados: substituem
refeições por lanches de baixo valor nutritivo (ESTIMA et al., 2009), ingerem
quantidades insuficientes de leite e derivados, frutas, hortaliças (LEAL et al., 2010) e
exageram nos alimentos de alta densidade energética, ricos em sódio e açúcares,
como os refrigerantes e os “fast foods” (ANDRADE et al., 2003; LEAL et al., 2010;
LEVY et al., 2010). Após a interpretação dos resultados das duas aplicações do QFA
acredita-se que não tenham ocorrido significativas mudanças qualitativas na
alimentação dos atletas. Entretanto, ainda sim merece destaque o fato dos
refrigerantes passarem a ser menos referidos como uma das bebidas mais
frequentemente consumidas e que houve uma maior frequência de ingestão de frutas
e suco. Por outro lado, os sujeitos passaram a consumir mais frequentemente pizzas,
salgados e sanduíches, o que talvez explique a maior ingestão de lipídios.
Os instrumentos de avaliação do consumo alimentar usualmente aplicados não
permitem interpretar os motivos pelos quais os sujeitos realizam determinadas
133

escolhas alimentares. Por este motivo, Iglesias-Gutiérrez et al. (2008) tiveram o


interesse em avaliar se as preferências alimentares de 22 adolescentes jogadores de
futebol influenciariam nas suas escolhas alimentares. Entretanto,
surpreendentemente, neste estudo não observou-se uma correlação entre as
preferências e os hábitos alimentares destes atletas, sugerindo uma forte influência do
ambiente familiar na seleção de alimentos.
Para tentar identificar uma associação entre os resultados da avaliação do
consumo alimentar, realizada a cada três, com o que havia sido ofertado por meio dos
planos alimentares, foram realizadas análises de concordância por meio de dois
métodos: cálculo do coeficiente de correlação intraclasse (intraclass correlation
coefficient - ICC) e da demonstração gráfica de Altman-Bland. Na primeira fase do
estudo, nenhuma variável mostrou-se concordante pelos dois métodos
simultaneamente. Já na segunda fase do estudo, houve concordância entre consumo
alimentar e prescrição quanto às quantidades consumidas de proteína (gramas para
cada quilo de peso).
Com base nos resultados expostos, acredita-se ser mais relevantes investir em
investigações mais específicas quanto à promoção de mudanças qualitativas da
ingestão alimentar, especialmente enquanto não se tem muita clareza sobre as
recomendações nutricionais específicas para jovens atletas praticantes de
modalidades ainda pouco conhecidas e/ou estudadas, como é o caso do pentatlo
moderno. A construção deste conhecimento deverá ser norteada por estudos que
tentem correlacionar longitudinalmente o crescimento, desenvolvimento e
desempenho físico de atletas, frente a distintos padrões de ingestão alimentar. Além
disso, torna-se necessário investigar as diferenças existentes entre as mudanças no
consumo alimentar de jovens atletas, frente a introdução do acompanhamento
nutricional no seu ambiente de treinamento, com e sem a adoção de práticas
educativas paralelas que venham a agregar a participação dos familiares.
Mesmo com tantos desafios, sugere-se ter sido relevante a implantação de um
serviço de atendimento nutricional para os atletas de pentatlo moderno estudados,
visto já ter sido possível evidenciar melhoras no consumo alimentar associadas a um
esperado aumento da massa corporal magra, especialmente considerando-se que
muitos atletas de pentatlo moderno estudados estavam em fase de crescimento e
expostos a uma exaustiva rotina de exercícios físicos.
134

CONCLUSÃO

Após três meses de execução dos primeiros planos alimentares observou-se


mudanças positivas na ingestão alimentar dos atletas, visto que contrição percentual
dos carboidratos em relação ao VET havia aumentado em detrimento das proteínas e
lipídios. Além disso, apesar de ainda não satisfatória, a proporção de adequação da
ingestão de cálcio já estava significativamente aumentada. Entretanto, nos três meses
seguintes a ingestão de cálcio voltou a reduzir, mas não em proporção suficiente para
que os valores voltassem ao que havia sido observado no início do estudo e os atletas
passaram a valorizar mais a contribuição energética referente à ingestão
significativamente aumentada de lipídios em detrimento aos carboidratos, sem
exceder as recomendações.
Ao longo do estudo o total de energia consumida não foi aumentada, o que
poderia sugerir que os atletas de pentatlo moderno estudados estariam em déficit.
Entretanto, não observou-se prejuízo no crescimento dos sujeitos ou significativa
redução do percentual de gordura.
Nenhuma das alterações observadas no consumo alimentar foi considerada
concordante com os planos alimentares individualizados. Desta forma, ao longo de
seis meses de acompanhamento nutricional, atletas de pentatlo moderno modificaram
quantitativa e qualitativamente o consumo alimentar, mas com fraca associação com
os respectivos planos alimentares.

AGRADECIMENTOS: à Faperj pelo financionamento desta pesquisa (no


E26/190.122/2010 “Modelo inovador de gestão em nutrição esportiva e suplementação
nutricional com biomateriais para a formação de atletas de alto desempenho”), à
equipe PentaJovem da Federação de Pentatlo Moderno do Estado do Rio de Janeiro
(FPMERJ); aoLaboratório Interdisciplinar de Avaliação Nutricional da UERJ; ao Prof.
RonirRaggio Luiz do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ.
135

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139

7. CONCLUSÕES

Por meio do presente estudo foi possível concluir que:

- No início do estudo alguns atletas apresentavam hábitos alimentares inadequados


quanto à ingestão de energia e carboidratos, muitos estavam ingerindo insuficientes
quantidades de frutas, vegetais, micronutrientes, especialmente de cálcio, e
consumindo frequentemente refrigerantes. Tais constatações justificaram a
implantação uma rotina de atendimento nutricional.
- As estimativas do gasto energético durante os treinos sugeriram que havia
diferenciação em cada dia da semana. Após três meses de acompanhamento
nutricional, já foi possível evidenciar que o gasto energético estava significativamente
aumentado em boa parte dos dias, independente das categorias das quais os atletas
faziam parte. Entretanto, os aumentos não foram proporcionais, de modo que os dias
da semana nos quais os atletas fariam um maior esforço físico nos treinos foram
alterados. Desta forma, os segundos planos alimentares tiveram que ser ajustados
quanto à oferta de energia e consequentemente passaram a conter uma quantidade
maior de macronutrientes, mas sem modificar a contribuição percentual destes frente
ao VET.
- Após três meses de execução dos primeiros planos alimentares observou-se
mudanças positivas na ingestão alimentar dos atletas, visto que contribuição
percentual dos carboidratos em relação ao VET havia aumentado em detrimento das
proteínas e lipídios. Além disso, apesar de ainda não satisfatória, a proporção de
adequação da ingestão de cálcio já estava significativamente aumentada. Entretanto,
nos três meses seguintes a ingestão de cálcio voltou a reduzir, mas não em proporção
suficiente para que os valores voltassem ao que havia sido observado no início do
estudo. Além disso, os atletas passaram a valorizar mais a contribuição energética
referente à ingestão significativamente aumentada de lipídios em detrimento aos
carboidratos. Entretanto, vale destacar que as quantidades de lipídios consumidas ao
final do estudo não excederam as recomendações generalizadas para atletas.
- As análises da evolução qualitativa do hábito alimentar revelaram uma redução na
ingestão das carnes processadas, doces, biscoitos e refrigerantes; aumento
expressivo da ingestão de frutas e sucos, entretanto houve pequena redução da
ingestão de verduras, legumes e peixes e discreto aumento da ingestão de pizzas,
salgados e sanduíches.
140

- Com base nas estimativas referentes ao gasto energético diário total realizadas no
início do estudo, sugeriu-se que os meninos estariam consumindo uma quantidade
insuficientes de energia. Entretanto, os planos alimentares não foram capazes de
gerar um aumento significativo na ingestão de energia.
- Ao final do estudo os atletas haviam aumentado significativamente a massa corporal
total e a massa corporal magra, sem modificar o percentual de gordura. Este resultado
leva ao questionamento a respeito do eventual déficit energético sugerido
anteriormente ou levanta suspeitas a respeito das equações empregadas para a
obtenção de tais estimativas.
- As análises de concordância revelaram que na primeira fase do estudo nenhuma
variável mostrou-se concordante pelos dois métodos simultaneamente. Já na segunda
fase do estudo, houve concordância entre consumo alimentar e prescrição quanto às
quantidades consumidas de proteína (gramas para cada quilo de peso).
- Acredita-se ter sido relevante a implantação de um serviço de atendimento
nutricional para os atletas de pentatlo moderno estudados, visto já ter sido possível
evidenciar melhoras no consumo alimentar associadas a um esperado aumento da
massa corporal magra, especialmente considerando-se que muitos atletas de pentatlo
moderno estudados estavam em fase de crescimento e expostos a uma exaustiva
rotina de exercícios físicos.
- Por ser um estudo inédito e conduzido com praticantes de um esporte pouco
conhecido e estudado faltam dados na literatura para uma discussão mais ampla, de
modo que sugere-se que estudos complementares sejam realizados na tentativa, por
exemplo, de se correlacionar a ingestão alimentar e a composição corporal com
desempenho físico.
141

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year 2000”. (WHO - Technical Report Series, 731) Geneva: World Health Organization;
1986.

191. [WHO] WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical status: the use and
interpretation of antropometry. Technical Report Series, 854. Geneva: World Health
Organization; 1995.

192. WOTEKI, C.E. Dietary survey data: Sources and limits to interpretation.
Nutrition Reviews, v.44 (suppl.), p.204-213, 1986.

193. ZIEGLER, P.; NELSON, J. A.; BARRATT-FORNELL, A. et al. Energy and


macronutrient intakes of elite skaters. Journal of the American Dietetic Association, v.
101, p. 319-325, 2001.
156

9. ANEXOS
157
Anexo 1

I NSTITUTO DE N UTRIÇÃO J OSUÉ DE C ASTRO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Seu filho(a) está sendo convidado a participar como voluntário da pesquisa “AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL E FUNCIONAL DA EQUIPE PENTA JOVEM”. Esta pesquisa tem o
objetivo de conhecer algumas características de nutrição e de treinamento físico dos atletas da
equipe de pentatlo moderno da Federação de Pentatlo Moderno do Estado do Rio de Janeiro
(FPMRJ). A prática de atividade física na formação de atletas precisa ser cuidadosamente
acompanhada por profissionais da saúde, porque podem interferir na saúde, no crescimento e no
desenvolvimento, principalmente em adolescentes. Além disso, nem sempre os atletas apresentam
hábitos alimentares que possam suprir suas necessidades, e isto pode ser prejudicial à saúde,
principalmente de adolescentes. A seguir, apresentamos em detalhes todos os procedimentos que
serão realizados nesta pesquisa:
1) Consumo alimentar, ou seja, avaliação dos tipos e as quantidades de alimentos que seu
filho(a) costuma comer no dia a dia - seu filho será entrevistado com perguntas sobre sua
alimentação e as respostas serão escritas pela nutricionista em dois formulários: o Recordatório de
24 horas e o questionários de frequência do consumo de alimentos. Além disso, ele será solicitado a
registrar, durante um período de 3 dias, tudo que ele consumir. Com essas informações, serão
calculadas as quantidades de nutrientes que são normalmente consumidos e será possível verificar
se estão dentro das recomendações, além de avaliar os tipos de alimentos que fazem parte de hábito
alimentar do seu filho(a). Também será necessário o preenchimento de um formulário com detalhes
das atividades que seu filho (a) realiza ao longo da semana.
2) Avaliação antropométrica, ou seja, avaliação das medidas corporais– para avaliação das
medidas corporais, seu filho(a) precisará estar vestido de roupa de banho de piscina. O peso e altura
serão avaliados em balança comum, encontrada em consultórios médicos. Serão medidas as dobras
cutâneas, ou seja, a espessura da pele, com um aparelho chamado adipômetro ou plicômetro, em
que o avaliador segurará, com uma das mãos, locais específicos do corpo e, com o aparelho na outra
mão, irá medir a espessura da dobra da pele. Os locais do corpo que serão medidos são a parte de
trás do braço (tríceps), perna (coxa), barriga (abdome), tórax (peitoral), costas (subescapular), axila
(abaixo da axila) e no quadril (supra-ilíaca). Também serão medidas as circunferências do braço,
158
antebraço e do abdome com uma fita métrica. Estas medidas são necessárias para calcular, a
quantidade de gordura do corpo e o volume de músculo do braço.
A composição corporal também será avaliada através de um exame feito em um equipamento
chamado DEXA (absortometria radiológica de dupla energia), uma vez que este método é
considerado um dos mais precisos e também porque ele permite saber a densidade dos ossos. Para a
realização desta avaliação seu filho(a) deverá deitar em uma maca enquanto o equipamento passa
lentamente por cima dele, sem encostar, havendo o registro das informações em um computador.
Este equipamento emite Raio X durante o exame, mas não oferece risco à saúde de seu filho porque
a quantidade de Raio X é muito pequena. De qualquer forma, se houver suspeita de gravidez em sua
filha, pedimos que avise ao responsável pelo estudo, pois assim não realizaremos esse exame.
3) Avaliação do estágio de maturação sexual - quando se pretende avaliar o estado nutricional de
adolescentes é importante fazer a avaliação do estágio da maturação sexual. Porque é nesta fase que
se inicia mudanças no corpo que indicam a aproximação da fase adulta. Nesta pesquisa esta
avaliação será realizada por meio de informações que seu próprio filho(a) irá fornecer preenchendo
um formulário que tem figuras/desenhos de bonecos que indicam diferentes estágios de
amadurecimento. A figura que melhor representar o estágio de seu filho(a) deverá ser assinalada por
ele. As figuras do formulário apresentam diferenças entre elas quanto ao tamanho dos seios (no caso
de meninas), crescimento de pelos e aparência dos órgãos genitais (no caso de meninos).
4) Coletas de sangue - serão realizadas por profissional qualificado (enfermeiro), adotando-se as
práticas e os padrões para a coleta do material biológico de acordo com as normas de biossegurança
para dosagem de hemograma completo, glicose e lipidograma completo Serão coletados dois tubos
de sangue, cada qual com, aproximadamente, 10mL, e durante a coleta seu filho(a) poderá sentir o
desconforto ocasionado pela entrada da agulha na veia do braço, tipo uma picada. É possível que no
braço onde foi retirado o sangue ocorra um certo desconforto e/ou fraqueza e até mesmo ficar um
pouco roxo no local em que a agulha foi colocada.
5) Avaliação funcional - Para a avaliação das qualidades físicas consideradas essenciais a prática
do Pentatlo Moderno, seu filho(a) fará alguns testes físicos. Basicamente, ele precisará apertar com
a mão um aparelho denominado Dinamômetro, fazer flexão e extensão de braços e abdominal, para
avaliação da força e a resistência muscular localizada. Além disso, será instruído a correr e nadar
pequenas distâncias, no menor tempo possível e repetidas vezes, para verificar como está seu
desempenho físico (resistência) para realizar atividades de alta intensidade e sua capacidade de
recuperação. Também será realizado um teste em esteira ergométrica, onde seu filho (a) precisará
correr por aproximadamente 12 minutos, com uma máscara no rosto, que analisa o ar de sua
respiração. Este teste é necessário para avaliar o volume máximo de oxigênio que ele (a) consegue
absorver na respiração (VO2Max).
159
Todos os atendimentos nutricionais serão feitos com a Nutricionista Letícia Azen dentro do
consultório de Avaliação Nutricional a ser ativado no Centro Nacional de Tiro Olímpico em
parceria do Instituto de Nutrição da UFRJ e a FPMRJ. Os testes funcionais serão aplicados nos
locais onde seu filho(a) costuma treinar (Circulo Militar e/ou Centro Nacional de Tiro Olímpico) e
no laboratório de Biologia do Exercício da Escola de Educação Física da UFRJ, com o Professor de
Educação Física Sidnei Junior. O exame de DEXA será realizado no Laboratório interdisciplinar de
Avaliação Nutricional da UERJ e as coletas de sangue serão feitas no Laboratório de Análises
Clínicas da Faculdade de Farmácia da UFRJ.
Os procedimentos da pesquisa não oferecem risco à saúde e fornecerão resultados
importantes para avaliar se seu filho apresenta hábitos alimentares que possam suprir suas
necessidades nutricionais, já que está envolvido em prática de atividade física intensa. Ao final das
avaliações seu (a) filho (a) receberá um roteiro alimentar, que será elaborado a partir das análises
realizadas. Isto poderá trazer benefícios para seu rendimento nas atividades de treino e competição
de pentatlo moderno.
Você tem a liberdade de recusar que seu filho(a) participe desta pesquisa ou de retirar seu
consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao
treinamento de seu filho(a). Os resultados desta pesquisa serão publicados na forma de artigos
científicos em revistas científicas, sem haver a identificação dos voluntários que aceitarem
participar, ou seja, as informações pessoais de seu filho(a) serão mantidas em sigilo. A participação
de seu (a) filho nesta pesquisa não lhe trará ônus algum.
Em caso de dúvida ou necessidade de mais esclarecimentos, faça contato com Sra. Letícia
Azen Alves Coutinho, através do telefone (021) 9393-2334 ou através do email:
leticiaazenalves@gmail.com ou Dra. Anna Paola Pierucci, através dos telefones (021) 9992-0101
ou (21) 2562 6697, email: pierucci@nutricao.ufrj.br, endereço Av. Carlos Chagas Filho, 373 - CCS
J2ss08, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, 21941-902, Brasil.
Concordo que meu filho(a) participe da pesquisa em questão e declaro estar suficientemente
informado sobre os procedimentos e riscos da pesquisa,

Rio de Janeiro, ____ de ________________ de 20___

Nome do responsável Nome do pesquisador

Assinatura do responsável Assinatura do pesquisador


160
Anexo 2

I NSTITUTO DE N UTRIÇÃO J OSUÉ DE C ASTRO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado a participar como voluntário da pesquisa “AVALIAÇÃO


NUTRICIONAL E FUNCIONAL DA EQUIPE PENTA JOVEM”. Esta pesquisa tem o
objetivo de conhecer algumas características de nutrição e de treinamento físico dos atletas da
equipe de pentatlo moderno da Federação de Pentatlo Moderno do Estado do Rio de Janeiro
(FPMRJ). A prática de atividade física na formação de atletas precisa ser cuidadosamente
acompanhada por profissionais da saúde, porque podem interferir na saúde, no crescimento e no
desenvolvimento, principalmente em adolescentes. Além disso, nem sempre os atletas apresentam
hábitos alimentares que possam suprir suas necessidades, e isto pode ser prejudicial à saúde,
principalmente de adolescentes. A seguir, apresentamos em detalhes todos os procedimentos que
serão realizados nesta pesquisa:
1) Consumo alimentar, ou seja, avaliação dos tipos e as quantidades de alimentos que você
costuma comer no dia a dia - você será entrevistado com perguntas sobre sua alimentação e as
respostas serão escritas pela nutricionista em dois formulários: o Recordatório de 24 horas e o
questionários de freqüência do consumo de alimentos. Além disso, você será solicitado a registrar,
durante um período de 3 dias, tudo que ele consumir. Com essas informações, serão calculadas as
quantidades de nutrientes que são normalmente consumidos e será possível verificar se estão dentro
das recomendações, além de avaliar os tipos de alimentos que fazem parte do seu hábito alimentar.
Também será necessário o preenchimento de um formulário com detalhes das atividades que você
realiza ao longo da semana.
2) Avaliação antropométrica, ou seja, avaliação das medidas corporais – para avaliação das
medidas corporais, você precisará estar vestido de roupa de banho de piscina. O peso e altura serão
avaliados em balança comum, encontrada em consultórios médicos. Serão medidas as dobras
cutâneas, ou seja, a espessura da pele, com um aparelho chamado adipômetro ou plicômetro, em
que o avaliador segurará, com uma das mãos, locais específicos do corpo e, com o aparelho na outra
mão, irá medir a espessura da dobra da pele. Os locais do corpo que serão medidos são a parte de
trás do braço (tríceps), perna (coxa), barriga (abdome), tórax (peitoral), costas (subescapular), axila
(abaixo da axila) e no quadril (supra-ilíaca). Também serão medidas as circunferências do braço,
161
antebraço e do abdome com uma fita métrica. Estas medidas são necessárias para calcular, a
quantidade de gordura do corpo e o volume de músculo do braço.
A composição corporal também será avaliada através de um exame feito em um equipamento
chamado DEXA (absortometria radiológica de dupla energia), uma vez que este método é
considerado um dos mais precisos e também porque ele permite saber a densidade dos ossos. Para a
realização desta avaliação você deverá deitar em uma maca enquanto o equipamento passa
lentamente por cima de você, sem encostar, havendo o registro das informações em um
computador. Este equipamento emite Raio X durante o exame, mas não oferece risco a sua saúde,
porque a quantidade de Raio X é muito pequena. De qualquer forma, se houver suspeita de
gravidez, pedimos que avise ao responsável pelo estudo, pois assim esse exame não será realizado.
3) Coletas de sangue - serão realizadas por profissional qualificado (enfermeiro), adotando-se as
práticas e os padrões para a coleta do material biológico de acordo com as normas de biossegurança
para dosagem de hemograma completo, glicose e lipidograma completo Serão coletados dois tubos
de sangue, cada qual com, aproximadamente, 10mL, e durante a coleta você poderá sentir o
desconforto ocasionado pela entrada da agulha na veia do braço, tipo uma picada. É possível que no
braço onde foi retirado o sangue ocorra um certo desconforto e/ou fraqueza e até mesmo ficar um
pouco roxo no local em que a agulha foi colocada.
4) Avaliação funcional - Para a avaliação das qualidades físicas consideradas essenciais à prática
do Pentatlo Moderno, você fará alguns testes físicos. Basicamente, você precisará apertar com a
mão um aparelho denominado Dinamômetro, fazer flexão e extensão de braços e abdominal, para
avaliação da força e a resistência muscular localizada. Além disso, você será instruído a correr e
nadar pequenas distâncias, no menor tempo possível e repetidas vezes, para verificar como está seu
desempenho físico (resistência) para realizar atividades de alta intensidade e sua capacidade de
recuperação. Também será realizado um teste em esteira ergométrica, onde você precisará correr
por aproximadamente 12 minutos, com uma máscara no rosto, que analisa o ar de sua respiração.
Este teste é necessário para avaliar o volume máximo de oxigênio que você consegue absorver na
respiração (VO2Max).
Todos os atendimentos nutricionais serão feitos com a Nutricionista Letícia Azen dentro do
consultório de Avaliação Nutricional a ser ativado no Centro Nacional de Tiro Olímpico em
parceria do Instituto de Nutrição da UFRJ e a FPMRJ. Os testes funcionais serão aplicados nos
locais onde você costuma treinar (Circulo Militar e/ou Centro Nacional de Tiro Olímpico) e no
laboratório de Biologia do Exercício da Escola de Educação Física da UFRJ, com o Professor de
Educação Física Sidnei Junior. O exame de DEXA será realizado no Laboratório interdisciplinar de
Avaliação Nutricional da UERJ e as coletas de sangue serão feitas no Laboratório de Análises
Clínicas da Faculdade de Farmácia da UFRJ.
162
Os procedimentos da pesquisa não oferecem risco à saúde e fornecerão resultados
importantes para avaliar se você apresenta hábitos alimentares que possam suprir suas necessidades
nutricionais, já que está envolvido em prática de atividade física intensa. Ao final das avaliações
você receberá um roteiro alimentar, que será elaborado a partir das análises realizadas. Isto poderá
trazer benefícios para seu rendimento nas atividades de treino e competição de pentatlo moderno.
Você tem a liberdade de se recusar a participar desta pesquisa ou de retirar seu consentimento,
em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu treinamento. Os
resultados desta pesquisa serão publicados na forma de artigos científicos em revistas científicas,
sem haver a identificação dos voluntários que aceitarem participar, ou seja, as suas informações
pessoais serão mantidas em sigilo. A sua participação nesta pesquisa não lhe trará ônus algum.
Em caso de dúvida ou necessidade de mais esclarecimentos, faça contato com Sra. Letícia
Azen Alves Coutinho, através do telefone (021) 9393-2334 ou através do email:
leticiaazenalves@gmail.com ou Dra. Anna Paola Pierucci, através dos telefones (021) 9992-0101
ou (21) 2562 6697, email: pierucci@nutricao.ufrj.br, endereço Av. Carlos Chagas Filho, 373 - CCS
J2ss08, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, 21941-902, Brasil.
Concordo em participar da pesquisa em questão e declaro estar suficientemente informado
sobre os procedimentos e riscos da pesquisa,

Rio de Janeiro, ____ de ________________ de 20___

Nome do responsável Nome do pesquisador

Assinatura do responsável Assinatura do pesquisador


Anexo 3
163

DADOS CADASTRAIS DOS ATLETAS

Nome completo:___________________________________________ ; Número:________


Data de Nascimento: ___ / ___ / ____
Telefone residencial ____________________ ; Celular:____________________________
Email: ___________________________________________________________________
Endereço residencial:_______________________________________________________;
Número: _________; Complemento:_________; CEP:________________

FILIAÇÃO
Pai:
Nome: ____________________________________; Profissão : _____________________
Celular:____________________; Email: ________________________________________
Mãe:
Nome: ____________________________________; Profissão : _____________________
Celular:____________________; Email: ________________________________________

OBSERVAÇÕES:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Anexo 4 164

FICHA PARA ANAMNESE


01. Nome:
02. Número:
02. Qual(is) o(s) benefício(s) esperado(s) deste acompanhamento nutricional?
a. ( ) perder de peso. Quantos quilos?______________
b. ( ) aumentar a massa muscular c. ( ) melhorar o desempenho físico
d. ( ) melhorar hábitos alimentares e. ( ) fortalecer a imunidade
f. ( ) prevenir lesões g. ( ) melhorar a recuperação muscular
h. ( ) auxiliar no crescimento adequado
i. ( ) outro(s) objetivos(s). Qual(is)?
03. Você recebeu algum tipo de orientação nutricional no último ano?
a. ( ) não b. ( ) sim. De quem?
b.1. ( ) médico b.2. ( ) nutricionista b.3. ( ) outro profissional. Quem?_______________
3.1. Você seguiu as orientações? a. ( ) sim b. ( ) não.
Por que não seguiu as orientações prescritas?
b.1. ( ) não entendeu as orientações
b.2. ( ) não gostou dos alimentos/preparações indicados
b.3. ( ) não tinha uma pessoa para preparar os alimentos/preparações prescritos
b.4. ( ) não teve como preparar os alimentos/preparações prescritos por falta de tempo
b.5. ( ) não encontrou os alimentos indicados para comprar
b.6. ( ) não pôde comprar os alimentos porque eram muito caros
b.7. ( ) outro(s) motivo(s). Qual(is)?
04. Seu pai e/ou sua mãe e/ou irmão já receberam diagnóstico médico de alguma
doença?
a. ( ) não b. ( ) sim. Qual(is)? b.1. ( ) Diabetes b.2. ( ) Hipertensão
b.3. ( ) Cardiopatia b.4. ( ) Obesidade b.5. ( ) Osteoporose
b.6. Outra(s) doença(s). Qual(is)?
05. Você recebeu diagnóstico médico no último ano para algum problema de saúde?
a. ( ) não b. ( ) sim. Qual(is)?
06. Recebeu diagnóstico médico no último ano para alguma lesão?
a. ( ) não b. ( ) sim. Qual(is)?
07. Você está tomando regularmente algum medicamento?
a. ( ) não b. ( ) sim. Qual(is)?
b.1. ( ) anti-inflamatório b.2. ( ) antibiótico b.3. ( ) anti-depressivo
b.4. ( ) vermífugo b.5. ( ) para redução do colesterol b.6. ( ) hipoglicemiante/insulina
b.7. ( ) hipotensores b.8. ( ) diuréticos b.9. ( ) hormônios. Qual(is)?_______________
b.10. ( ) outro(s) medicamento(s). Qual(is)?
08. Como você classificaria o seu funcionamento intestinal?
a. ( ) normal b. ( ) acelerado c. ( ) lento.
Quantos dias você fica sem evacuar? c.1. ( ) de 1-3 dias c.2. ( ) de 4-7 dias
c.3. ( ) entre 1 e 2 semanas c.4. ( ) mais de 2 semanas
8.1. Costuma tomar algum(ns) cuidado(s) para reverter esta complicação?
a. ( ) não b. ( ) sim.
Qual(is) cuidado(s)? b.1. ( ) aumenta a ingestão de fibras b.2. ( ) bebe mais água
b.3. ( ) usa laxantes naturais e/ou medicamentos. Qual(is)? _______________________________
b.4. Outro(s) cuidado(s). Qual(is)?
165

09. No último mês, sentiu alguma alteração digestiva?


a. ( ) não b. ( ) sim. Qual(is) sintomas?
b.1. ( ) azia.
Com que freqüência? b.1.1. ( ) todos os dias ou quase todos os dias
b.1.2. ( ) 3 ou 5 vezes na semana b.1.3. ( ) 1 ou 2 vezes na semana
Qual(is) alimento(s) que costuma(m) ocasionar este(s) sintoma(s)? __________________________
b.2. ( ) refluxo.
Com que freqüência? b.2.1. ( ) todos os dias ou quase todos os dias
b.2.2. ( ) 3 ou 5 vezes na semana b.2.3. ( ) 1 ou 2 vezes na semana
Qual(is) alimento(s) que costuma(m) ocasionar este(s) sintoma(s)? ___________________________
b.3. dilatação do estômago (fica “empanzinado”’).
Com que freqüência? b.3.1. ( ) todos os dias ou quase todos os dias
b.3.2. ( ) 3 ou 5 vezes na semana b.3.3. ( ) 1 ou 2 vezes na semana
Qual(is) alimento(s) que costuma(m) ocasionar este(s) sintoma(s)? ___________________________
b.4. ( ) mau hálito.
Com que freqüência? b.4.1. ( ) todos os dias ou quase todos os dias
b.4.2. ( ) 3 ou 5 vezes na semana b.4.3. ( ) 1 ou 2 vezes na semana
Qual(is) alimento(s) que costuma(m) ocasionar este(s) sintoma(s)? ___________________________
b.5. outro(s) sintoma(s). Qual(is)? ___________________________________________________
Qual(is) alimento(s) que costuma(m) ocasionar este(s) sintoma(s)?
10. Já sentiu sintoma alérgico relacionado com algum alimento?
a. ( ) não b. ( ) sim.
Qual(is) sintomas? b.1. ( ) coceira b.2. ( ) vermelhidão b.3. ( ) inchaço
b.4. ( ) outro(s) sintoma(s). Qual(is)? _________________________________________________
Qual(is) alimento(s) que costuma(m) ocasionar este(s) sintoma(s)?
11. Já sentiu sintoma de intolerância alimentar?
a. ( ) não b. ( ) sim.
Qual(is) sintomas? b.1. ( ) diarréia b.2. ( ) dilatação do abdome
b.3. ( ) outro(s) sintoma(s). Qual(is)? _________________________________________________
Qual(is) alimento(s) que costumam ocasionar estes sintomas?
166

12. Você utiliza suplemento(s) nutricional(is)? (a) não (b) sim. Qual(is)? (preencher quadro abaixo)
Acha
Nome comercial Marca Finalidade Dose / momento Frequencia Quem prescreveu?
saboroso?
(por extenso) (por extenso) (assinale abaixo) (por extenso) (assinale abaixo) (assinale abaixo)
(assinale abaixo)
( ) perder de peso
( ) aumentar a massa muscular
( ) dar energia ( ) médico
( ) diariamente
( ) complementar a alimentação ( ) nutricionista
( ) treinos
( ) fortalecer a imunidade ( ) sim ( ) treinador
( ) competições
( ) prevenir lesões ( ) não ( ) parente ou amigo
( ) treinos e
( ) melhorar a recuperação muscular ( ) balconista da loja
competições
( ) auxiliar no crescimento adequado ( ) outros
( ) melhorar a hidratação
( ) outro(s) objetivos(s)
( ) perder de peso
( ) aumentar a massa muscular
( ) dar energia ( ) médico
( ) diariamente
( ) complementar a alimentação ( ) nutricionista
( ) treinos
( ) fortalecer a imunidade ( ) sim ( ) treinador
( ) competições
( ) prevenir lesões ( ) não ( ) parente ou amigo
( ) treinos e
( ) melhorar a recuperação muscular ( ) balconista da loja
competições
( ) auxiliar no crescimento adequado ( ) outros
( ) melhorar a hidratação
( ) outro(s) objetivos(s)
( ) perder de peso
( ) aumentar a massa muscular
( ) dar energia ( ) médico
( ) diariamente
( ) complementar a alimentação ( ) nutricionista
( ) treinos
( ) fortalecer a imunidade ( ) sim ( ) treinador
( ) competições
( ) prevenir lesões ( ) não ( ) parente ou amigo
( ) treinos e
( ) melhorar a recuperação muscular ( ) balconista da loja
competições
( ) auxiliar no crescimento adequado ( ) outros
( ) melhorar a hidratação
( ) outro(s) objetivos(s)
167
Anexo 5

RECORDATÓRIO DE 24H

NOME: Número:
Horário Local Alimento / Bebida Quantidades
168
Anexo 6

NOME: Número:
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos seis meses?
Este questionário foi desenhado para conhecer o consumo habitual de alguns alimentos. Essas
informações são muito importantes para nós! Agradecemos a sua colaboração!
Para cada alimento listado abaixo, marque a opção que melhor descreve o seu consumo médio nos
últimos seis meses. Por favor, tome a porção indicada como uma referência para relatar o seu consumo.
Veja o exemplo dado nas duas primeiras linhas. Se você, usualmente, come arroz duas vezes por dia,
sendo uma colher de servir em cada refeição, faça um círculo em torno da opção de QUANTIDADE que melhor
descreve a quantidade média que v. consome a cada vez e assinale a FREQÜÊNCIA mais próxima do seu hábito,
no caso, de 2 a 3 vezes ao dia.
Ainda no exemplo: se você, geralmente, tem por hábito comer meia concha de feijão três vezes por
semana, proceda da mesma forma, circule a opção de QUANTIDADE que melhor descreve a quantidade média
que v. consome a cada vez (no caso, meia concha) e assinale a FREQÜÊNCIA mais próxima do seu hábito, no
caso, de 2 a 4 vezes por semana.
No caso de não comer o alimento em questão, assinale “Nunca ou quase nunca”.
Estas duas primeiras linhas representam os exemplos citados:

QUANTIDADE Freqüência
Mais 2a3 1 5a6 2a4 1 vez 1a3 Nunca
PRODUTO de 3 vezes vez vezes por vezes por por vezes ou
vezes por por semana semana semana por quase
por dia dia dia mês nunca
Arroz 1 1 colher 2decolheres
colher de servir servir X
ou mais
½ 1 2 conchas
Feijão concha concha ou mais X

Freqüência
Mais 2a3 1 5a6 2a4 1 a 3 Nunca
PRODUTO QUANTIDADE de 3 vezes vez vezes vezes 1 vez vezes ou
vezes por por por por por por quase
por dia dia semana semana semana mês nunca
dia
1-2 1 colher 2 colheres de
Arroz colheres de servir servir ou mais
de sopa
1 2 3 pegadores ou
Macarrão pegador pegadores mais

Farinha de 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais


mandioca

Polenta ou 1 2 pedaços 3 pedaços ou mais


angu pedaço
1 2
Batata unidade 3
ou 1 unidades unidades/3colheres
cozida ou 2 colheres
purê colher de sopa ou mais
de sopa
Mandioca ou 1 2 pedaços 3 pedaços ou mais
aipim pedaço
Lasanha,
Nhoque, Marque só a freqüência
Ravióli
½ 1 concha 2 conchas ou mais
Feijão concha
Lentilha,
ervilha ou 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais
grão de bico
169

Freqüência
Mais 2a3 1 5a6 2a4 1 a 3 Nunca
PRODUTO QUANTIDADE de 3 vezes vez vezes vezes 1 vez vezes ou
vezes por por por por por por quase
por dia dia semana semana semana mês nunca
dia

Bolo 1 fatia 2 fatias 3 fatias ou mais

Biscoito 1-2 3-5 6 unidades ou


recheado unidades unidades mais

1-2 3-5 6 unidades ou


Biscoito doce unidades unidades mais

Biscoito 1-2 3-5 6 unidades ou


salgado unidades unidades mais

Pão francês 1 2
unidades unidades 3 unidades
ou pão de / / 6 fatias ou mais
forma /2 fatias 4 fatias
Manteiga ou Marque só a freqüência
margarina

Queijo 1 fatia 2 fatias 3 fatias ou mais

Requeijão Marque só a freqüência

Leite 1 copo 2 copos

1 copo ou 2 copos ou unidades ou


Iogurte unidade mais

Alface 1 folha 3-4 folhas 5 folhas ou mais

Couve 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais

Repolho 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais

Couve-flor 1 ramo 2 ramos 3 ramos ou mais


ou Brócolis

½ 1-2 3 unidades ou
Tomate unidade unidades mais

1-2 3-4 fatias 5 fatias ou mais


Pepino fatias

Chuchu 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais

Abobrinha 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais

1 2 pedaços 3 pedaços ou mais


Abóbora pedaço

Cenoura 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais

1-2 3-4 fatias 5 fatias ou mais


Beterraba fatias

Quiabo 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais


170

Freqüência
Mais 2a3 1 5a6 2a4 1 a 3 Nunca
PRODUTO QUANTIDADE de 3 vezes vez vezes vezes 1 vez vezes ou
vezes por por por por por por quase
por dia dia semana semana semana mês nunca
dia

Vagem 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais

Pimentão Marque só a freqüência

Alho Marque só a freqüência

Cebola Marque só a freqüência

Laranja ou 1 média 2 médias 3 méd. ou mais


tangerina

Banana 1 média 2 médias 3 méd. ou mais

1 fatia ou ½ 2 fatias ou 1 papaia ou


Mamão papaia mais

Maçã 1 unidade 2 unidades ou mais

Melancia ou 1 fatia 2 fatias


melão

Abacaxi 1 fatia 2 fatias 3 fatias ou mais

Manga 1 unidade 2 unidades ou mais

Limão Marque só a freqüência

Maracujá Marque só a freqüência

1/2 1 cacho 2 cachos ou mais


Uva cacho

Ovos 1 ovo 2 ovos 3 ovos ou mais

1 filé ou posta 2 filés ou 2 postas ou


Peixe fresco mais

Carne de 1 pedaço 2 pedaços ou mais


porco

Frango 1 pedaço 2 pedaços ou mais

1 bife ou 1 2 bifes ou 2 pedaços


pedaço médio, 3 médio, 6 colheres de
colheres de sopa de carne
Carne de boi sopa de carne
ensopada ou de ensopada ou de carne
carne moída moída

1 hambúrguer 2 hambúrgueres ou
Hambúrguer mais

Sardinha ou Marque só a freqüência


atum (lata)
171

Freqüência
Mais 2a3 1 5a6 2a4 1 a 3 Nunca
PRODUTO QUANTIDADE de 3 vezes vez vezes vezes 1 vez vezes ou
vezes por por por por por por quase
por dia dia semana semana semana mês nunca
dia
Bucho,
fígado, Marque só a freqüência
moela,
coração
1 2 3 unidades médias
Salsicha unidade unidades ou mais
média médias
1 2 3 unidades médias
Lingüiça unidade unidades ou mais
média médias
Frios como
mortadela,
presunto, Marque só a freqüência
apresuntado,
salame,
Bacon ou Marque só a freqüência
toucinho
Carnes ou
peixes
conservados
em sal; Marque só a freqüência
bacalhau,
carne seca,
etc.

Churrasco Marque só a freqüência

Pizza 1 pedaço 2 ou mais pedaços

2 pacotes 3 ou mais
1 pacote pequenos pacotes
pequeno de de chips ou pequenos de
chips ou o o chips ou o
Batata frita, equivalente equivalente equivalente
a 1 porção a2 a3
chips ou ou mais
palha pequena de porções porções
batata frita pequenas pequenas de
do de batata batata frita do
McDonald’s frita do McDonald’s
McDonald’s
Salgadinhos
tipo Cheetos, 1 pacote 2 pacotes 3 pacotes ou
Fofura, mais
Torcida

Pipoca (saco) Marque só a freqüência

Salgados
tipo risoli, 1 unidade 2 unidades ou mais
coxinha,
pastel, quibe
Amendoim Marque só a freqüência
(saco)
Alimentos
enlatados:
ervilha, Marque só a freqüência
azeitona,
palmito, etc.

1 colher de chá 2 colheres de chá ou


Maionese mais

Sorvete 1 bola 2 bolas ou mais


172

Freqüência
Mais 2a3 1 5a6 2a4 1 a 3 Nunca
PRODUTO QUANTIDADE de 3 vezes vez vezes vezes 1 vez vezes ou
vezes por por por por por por quase
por dia dia semana semana semana mês nunca
dia

Balas Marque só a freqüência

Chocolate
em pó ou 1 colher 2 colheres 3 colheres ou mais
Nescau
Chocolate
1 2 3 unidades ou
barra (30g) unidade unidades mais
ou bombom
Doce à base 1 2 pedaços 3 pedaços ou mais
de leite pedaço

Doce à base 1 2 pedaços 3 pedaços ou mais


de fruta pedaço

1 colher de 2 colheres de
Açúcar sobremesa sobremesa ou mais

Café 1 xícara 2 xícaras 3 xícaras ou mais

Chá ou Mate 1 copo 2 copos 3 copos ou mais

Refrigerantes
à base de 1 copo 2 copos 3 copos ou mais
cola
Outros
refrigerantes 1 copo 2 copos 3 copos ou mais
e guaranás
Suco da
fruta ou da 1 copo 2 copos 3 copos ou mais
polpa

Vinho 1 copo 2 copos 3 copos ou mais

1-2 3-4 copos 5 copos ou mais


Cerveja copos
Outras
bebidas 1 dose 2 doses 3 doses ou mais
alcoólicas
Anexo 7
Processo no. 506336/2004-2

Questionário de Freqüência de Consumo de Alimentos 173


Alimentos para Adolescentes
Entrevistador: ___________________________
Nome: ________________________________________________Número: ___________
Turma:_________ Idade:______ Data de Nascimento: ______/______/_____
( ) Feminino ( ) Masculino Data da Entrevista: ______/______/_____

A) Assinale o tipo de leite que consome com mais freqüência: B) O que você usa para adoçar bebidas e outros alimentos?
( ) leite integral ( ) Açúcar
( ) leite semi-desnatado ou desnatado ( ) Adoçante
( ) leite em pó ( ) Mel

C) Em geral, qual a quantidade de açúcar que você adiciona D) Você usa azeite para temperar a salada ou comida?
cada vez que bebe leite, leite com chocolate, sucos, café, chá, ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
mate e outras bebidas? ( ) 1-3 vezes por mês
( ) não usa açúcar ( ) 1 vez por semana
( ) usa menos de 1 colher de sobremesa ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 1 a 2 colheres de sobremesa ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 3 a 4 colheres de sobremesa ( ) 1 vez por dia
( ) 5 ou mais colheres de sobremesa ( ) 2 ou mais vezes por dia

E) O que você usa mais freqüentemente em pães, biscoitos etc: F) Com que freqüência você consome alimentos fritos?
( ) margarina (por exemplo: Qualy, Doriana, Piraquê, ( ) nunca ou quase nunca
Claybon etc) ( ) 1-2 vezes por semana
( ) manteiga ( ) 3-4 vezes por semana
( ) usa manteiga e margarina em igual proporção ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) não usa nenhuma das duas
( ) outro ______________________________

G) Quando come carne, você costuma comer a gordura visível H) Quando come frango, você costuma comer a pele?
das carnes? ( ) freqüentemente
( ) freqüentemente ( ) de vez em quando
( ) de vez em quando ( ) nunca
( ) nunca

I) Onde você usualmente toma seu café da manhã? (marque J) Onde você usualmente almoça? (marque apenas uma
apenas uma opção) opção)
( ) em casa ( ) em casa
( ) na escola ( ) na escola
( ) não tomo café da manhã ( ) não almoço
( ) outro _____________________________ ( ) outro ______________________________

L) Onde você usualmente janta? (marque apenas uma opção) M) Usualmente, quantas vezes por semana você come
( ) em casa lanches em lanchonetes, vans ou trailers?
( ) na escola ( ) nunca ou quase nunca
( ) não janto ( ) 1-2 vezes por semana
( ) outro _____________________________ ( ) 3-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana

N) Com que freqüência você faz pequenos lanches ou come O) Você toma vitaminas (em comprimidos, pó ou líquido)
doces e outros petiscos fora do horário do café da manhã, do atualmente?
almoço, lanche da tarde ou jantar? ( ) não (passe para a página seguinte)
( ) nunca ou quase nunca ( ) sim (passe para o quadro seguinte)
( ) 1-2 vezes por semana
( ) 3-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana

P) Qual a marca da vitamina que você está tomando? R) Há quanto tempo você toma essa vitamina?
____________________________________________ ( ) menos de um mês
Q) Quantas vezes por semana você toma essa vitamina? ( ) entre 1-3 meses
( ) nunca ou quase nunca ( ) entre 4-6 meses
( ) 1-2 vezes por semana ( ) entre 6 meses e um ano 173
( ) 3-4 vezes por semana ( ) há mais de um ano
( ) 5 ou mais vezes por semana
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
174

Primeiro Exemplo: Leite


Por favor, tome a porção indicada Um copo ou uma xícara
como uma referência para relatar o
seu consumo; por exemplo, se v. tem o ( )menos de uma vez por mês ou nunca
hábito de tomar ½ copo de leite duas ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana
vezes ao dia, todos os dias, então
( ) 2-4 vezes por semana
marque que toma um copo de leite ( ) 5-6 vezes por semana
uma vez ao dia (1/2 copo + 1/2 copo) ( X ) 1 vez por dia
como no exemplo ao lado: ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia

Refrigerante
Segundo Exemplo:
1 lata ou copo
Se você toma uma lata de refrigerante,
duas a três vezes na semana, contando ( )menos de uma vez por mês ou nunca
inclusive o sábado e domingo, então ( ) 1-3 vezes por mês
você deve marcar como no exemplo ( ) 1 vez por semana
ao lado: ( X ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia

Para cada alimento listado abaixo, marque a opção que melhor descreve o seu consumo médio da quantidade
especificada durante os últimos 3 meses.

1) Leite (considere leite puro ou adicionado de café, 2) Chá ou mate


chocolate ou similares ou batido com fruta) 1 copo ou 1 xícara de chá
1 copo ou 1 xícara de chá ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 1 vez por dia
( ) 1 vez por dia ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 2-3 vezes por dia ( ) 4 ou mais vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia

3) Café 4) Achocolatado em pó (produtos como Toddy ou Nescau)


1 copo ou 1 xícara de chá 1 colher de sopa
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2-3 vezes por dia ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia ( ) 4 ou mais vezes por dia

5) Iogurte 6) Produtos à base de cereais (Neston, Mucilon, Farinha


1 copo ou pote Láctea, sucrilhos e similares)
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ½ xícara de chá ou 3 colheres de sopa
( ) 1-3 vezes por mês ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1 vez por semana ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 2 ou mais vezes por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia
174
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
175
om que freqüência você comeu estes alimentos no último mês?
7) Suplemento nutricional ou outros complementos similares em 8) Mingau ou canjica (de maisena, milho, aveia, cremogema
pó (por exemplo, sustagem) etc)
1 colher de sopa 1 prato fundo
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia ( ) 2 ou mais vezes por dia

9) Pão de forma ou torrada 10) Pão francês


2 fatias ou 5 torradas 1 pão
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana Qual o tipo que ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana consome mais ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana freqüentemente: ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) branco ( ) 1 vez por dia
( ) 2-3 vezes por dia ( ) integral ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia ( ) 4 ou mais vezes por dia

11) Pão doce (ou similares, como pão careca doce, sonho, 12) Margarina (Por exemplo: Qualy, Doriana, Becel, Claybom,
bolinho de chuva etc) Piraquê)
1 unidade 1 ponta de faca ou 1 colher de chá
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4-5 vezes por dia
( ) 6 ou mais vezes por dia

13) Manteiga (por exemplo: Itambé, Leco, Vigor) 14) Biscoito cream cracker ou outro biscoito salgado (por
1 ponta de faca ou 1 colher de chá exemplo: Salclic, Club Social, de polvilho etc)
( ) menos de uma vez por mês ou nunca 6 unidades
( ) 1-3 vezes por mês ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1 vez por semana ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 2-3 vezes por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia ( ) 2 ou mais vezes por dia

15) Biscoito doce simples (por exemplo: biscoito Maria ou 16) Biscoito recheado ou waffer
Maizena, biscoito de leite, de coco etc) ½ pacote
6 unidades ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 1 vez por dia
( ) 1 vez por dia ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia ( ) 4 ou mais vezes por dia

17) Pão de queijo 18) Bolo com cobertura e/ou recheio (bolo de festa, torta de
10 unidades pequenas ou 2 unidades grandes confeitaria, bolo caseiro com cobertura)
( ) menos de uma vez por mês ou nunca 1 fatia
( ) 1-3 vezes por mês ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1 vez por semana ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana
175
176
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
om que freqüência você comeu estes alimentos no último mês?
19) Bolo simples (sem cobertura ou recheio) 20) Requeijão
1 fatia ou pedaço 1 colher de sobremesa
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

22) Feijão
21) Queijo (queijo minas, queijo mussarela, queijo prato etc) 1 concha
1 fatia ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 1 vez por dia
( ) 1 vez por dia ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 2-3 vezes por dia ( ) 4-5 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia ( ) 6 ou mais vezes por dia

23) Arroz
1 colher de servir 24) Macarrão Instantâneo (miojo, cup noodles)
( ) menos de uma vez por mês ou nunca 1 pacote
( ) 1-3 vezes por mês ( ) menos de um vez por mês ou nunca
Qual o tipo de
( ) 1 vez por semana ( ) 1 a 3 vezes por mês
arroz que
( ) 2-4 vezes por semana consome mais ( ) 1 vez por semana
( ) 5-6 vezes por semana freqüentemente: ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) branco ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 2-3 vezes por dia ( ) integral
( ) 4-5 vezes por dia ( ) risoto
( ) 6 ou mais vezes por dia

25) Macarrão (com molho de tomate, alho e óleo) 26) Lasanha


1 pegador 1 porção
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
1 porção é
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
aproximadamente
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
o tamanho de um
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana
prato raso.
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

27) Panqueca, nhoque, torta salgada e empadão 28) Polenta ou angu


1 porção 1 colher de sopa
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês 1 porção = 1 ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana panqueca; ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana 1 fatia de torta;
( ) 2-4 vezes por semana
1 prato raso de
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana
inhoque ou
outras massas

29) Farinha de Mandioca ou Farofa 30) Carne ensopada com legumes (feito com carne de boi ou
1 colher de sopa outra carne)
( ) menos de uma vez por mês ou nunca 3 colheres de sopa
( ) 1-3 vezes por mês ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1 vez por semana ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 2 ou mais vezes por dia

176
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
177
om que freqüência você comeu estes alimentos no último mês?
31) Estrogonofe (de carne, frango ou outro) 32) Peito de frango
1 concha 1 pedaço ou 1 bife médio
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

33) Coxa, sobrecoxa, asa, ou outra parte do frango 34) Carne de porco (costela fresca, costeleta, ou carré,
1 pedaço médio lombo, pernil etc)
( ) menos de uma vez por mês ou nunca 1 fatia, 1 pedaço médio, 3 costelinhas, 1 costeleta ou carré
( ) 1-3 vezes por mês ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1 vez por semana ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 2 ou mais vezes por dia

35) Ovo ou omelete 36) Peixe enlatado (atum, sardinha etc)


1 unidade 1 sardinha de lata ou ½ lata de atum
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1 a 3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

37) Peixe 38) Lingüiça ou Salsicha*


1 posta média, 1 pedaço médio de filé, 1 salsicha ou 1 pedaço médio de lingüiça
1 porção média ou 1 sardinha ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana * cachorro-quente é perguntado à parte

39) Dobradinha, moela, fígado e coração de frango ou boi 40) Carne seca ou outra carne salgada
1 bife, 1 pedaço médio ou 3 colheres de sopa 1 pedaço médio ou 3 colheres de sopa
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

41) Carne de boi 42) Bacon


1 bife, 1 pedaço médio, 3 colheres de sopa de carne 1 colher de sopa, 1 tira ou fatia
ensopada ou de carne moída ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

43) Presunto, mortadela, apresuntado, peito de peru etc


44) Laranja ou tangerina
1 fatia
1 unidade
( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia
177
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
178

45) Morango 46) Banana


10 unidades 1 unidade
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia

48) Maçã
47) Abacaxi
1 fatia 1 unidade
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

50) Goiaba
49) Mamão
½ goiaba
1 fatia ou ½ mamão papaia
( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

51) Pêra 52) Uva


1 unidade 1 cacho
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

53) Melão 54) Manga


1 fatia 1 fatia
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

55) Melancia 56) Oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas e avelãs)


1 fatia 1 punhado
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

57) Couve-flor 58) Brócolis


1 ramo 1 ramo
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

178
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
179
om que freqüência você comeu estes alimentos no último mês?
59) Alface 60) Folhosos verde-escuros (agrião, espinafre, chicória, etc)
2 folhas ou 3 colheres de sopa 2 folhas ou 3 colheres de sopa
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia ( ) 2 ou mais vezes por dia

61) Repolho ou couve 62) Chuchu


3 colheres de sopa ½ chuchu ou 3 colheres de sopa
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

63) Quiabo 64) Pepino


3 colheres de sopa 3 colheres de sopa
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

65) Beterraba 66) Cenoura


1 cenoura média ou 3 colheres de sopa
1 beterraba média ou 3 colheres de sopa ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana

67) Abóbora
68) Tomate
1 colher de servir
1 tomate pequeno, 3 colheres de sopa
( ) menos de uma vez por mês ou nunca
ou 3 rodelas grandes
( ) 1-3 vezes por mês
( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1 vez por semana
( ) 1-3 vezes por mês
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 1 vez por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

69) Aipim (cozido, ensopado, etc) 70) Inhame ou batata doce (cozido, ensopado, etc)

1 pedaço médio 1 pedaço médio


( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

179 7
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
180
Com que freqüência você comeu estes alimentos no último mês?
71) Batata frita 72) Batata (cozida, ensopada, assada ou sob forma de purê)
1 Porção média 1 unidade média ou 1 colher de servir
( ) menos de vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana Porção média = ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana um saquinho ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana médio do
( ) 5-6 vezes por semana
McDonalds ou
um prato de ( ) 1 vez por dia
sobremesa ( ) 2 ou mais vezes por dia

73) Sopa 74) Salada de maionese


1 prato fundo 1 escumadeira
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

75) Refrigerante light ou dietético 76) Refrigerante


1 lata ou copo 1 lata ou copo
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2-3 vezes por dia ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia ( ) 4 ou mais vezes por dia

77) Refresco de xarope de guaraná (guaraná natural, guaravita, 78) Açaí


guaraplus, guaracamp) 1 copo de 200ml
1 copo ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana

79) Suco industrializado (em pó, garrafa, lata ou caixa)


80) Suco de fruta natural
1 copo
1 copo
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês Que tipo de suco: ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) em pó ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) em garrafa ( ) 2-4 vezes por semana
( ) caixa ou lata
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2-3 vezes por dia ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia ( ) 4 ou mais vezes por dia

81) Pipoca (sal ou doce) 82) Milho verde


1 saco médio ou 1 prato fundo 1 espiga
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

180
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
181
Com que freqüência você comeu estes alimentos no último mês?

83) Salgados (como coxinha, esfiha, pastel, empada, quibe, 84) Sanduíche de hambúrguer
italiano, joelho etc) 1 unidade
1 unidade ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

85) Cachorro-quente 86) Outro sanduíche (por exemplo, queijo, misto, natural)
1 unidade 1 sanduíche
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

87) Pizza
1 fatia 88) Batata chips (como Ruffles ou Lays) ou salgadinhos como
( ) menos de uma vez por mês ou nunca Torcida, Cheetos, Fandangos etc
( ) 1-3 vezes por mês 1 pacote médio
( ) 1 vez por semana ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana

89) Nuggets 90) Sorvete ou picolé


4 unidades 1 bola ou 1 unidade
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia

92) Bala (drops, pastilha, jujuba etc)


91) Chocolate ou bombom
1 pacote
1 barra ou 1 bombom
( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5-6 vezes por semana ( ) 5-6 vezes por semana
( ) 1 vez por dia ( ) 1 vez por dia
( ) 2 ou mais vezes por dia ( ) 2-3 vezes por dia
( ) 4 ou mais vezes por dia

93) Doce de leite, pudim, leite condensado ou brigadeiro 94) Doce de fruta (bananada, goiabada etc, em pasta ou corte)
1 pedaço ou unidade 1 fatia ou 1 colher
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

181
Com que freqüência você comeu estes alimentos nos últimos 3 meses?
182
Com que freqüência você comeu estes alimentos no último mês?

95) Amendoim, doce de amendoim ou paçoca 96) Gelatina


1 unidade ou 1 pacote 1 porção
( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

97) Queijo ralado 98) Molho de maionese ou outros molhos cremosos para salada

( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

99) Cerveja 100) Vinho

( ) menos de uma vez por mês ou nunca ( ) menos de uma vez por mês ou nunca
( ) 1-3 vezes por mês ( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana ( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana ( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana

101) Pinga, cachaça, uísque, conhaque, drinques, ice, coquetéis


com álcool e outras bebidas

( ) menos de uma vez por mês ou nunca


( ) 1-3 vezes por mês
( ) 1 vez por semana
( ) 2-4 vezes por semana
( ) 5 ou mais vezes por semana

182
Anexo 8 183

REGISTRO ALIMENTAR DE 3 DIAS

Nome: Número:

Caro participante,

O preenchimento correto deste inquérito é muito importante para


realização de uma análise fidedigna a respeito dos seus hábitos alimentares. Para
isso, siga cuidadosamente as seguintes orientações:
1. Escreva tudo que você comeu ou bebeu imediatamente após cada
refeição ou lanche.
2. Escolha 3(três) dias de consumo alimentar, sendo 2(dois) dias durante
a semana e 1(um) dia do final de semana (Exemplo: 2ª, 5ª e Sábado ou 3ª, 4ª e
Domingo).
3. Inclua tudo que você comer ou beber, em casa e fora de casa, durante
o dia inteiro (da hora que você se levantar até a hora de ir dormir).
4. Especifique, o máximo possível, as quantidades de tudo que você
comer ou beber durante o dia, e insira estas informações nas tabelas da forma
mais detalhada possível. Veja abaixo o exemplo de como realizar o
preenchimento(*).
5. Escreva a forma como o alimento foi preparado. Ex. informe se o
alimento estava frito, cozido, assada, refogado, etc.
6. Se possível, registre a marca comercial e a variedade dos alimentos
consumidos (ex. banana prata ou banana-d’água);
7. Não esqueça de incluir tudo o que você for adicionando aos alimentos,
e as respectivas quantidades, como, por exemplo, o açúcar que for adicionado ao
café, margarina no pão, azeite na salada, etc.
8. Tudo que você “beliscar” entre as refeições (ex. balas, chicletes,
biscoitos, chocolates, etc.) também deverá ser registrado;
9. Mantenha a alimentação habitual. Não modifique o seu padrão
alimentar pelo fato de estar descrevendo-o, pois o objetivo é exatamente
conhecê-lo.

(*) Exemplo de preenchimento correto


Horário Local Alimento / Bebida Quantidade
Café da casa Leite desnatado 1 copo de 200ml cheio
manhã Nescau 2 colheres de sopa rasas
7h Açúcar 1 colher de sopa cheia

Pão francês 1 unidade


Manteiga 1 ponta de faca
Queijo minas 1 fatia grossa
Presunto de peru 2 fatias finas

Exemplo de preenchimento incorreto


Horário Local Alimento / Bebida Quantidade
Café da casa Leite com Nescau 1 copo
manhã
7h Pão com queijo e presunto 1 sanduíche
184

REGISTRO ALIMENTAR DE 3 DIAS 1º DIA ______________________


NOME:
HORÁRIO LOCAL ALIMENTO / BEBIDA QUANTIDADE COMENTÁRIOS/
PERGUNTAS
185

HORÁRIO LOCAL ALIMENTO / BEBIDA QUANTIDADE COMENTÁRIOS/


PERGUNTAS
186

REGISTRO ALIMENTAR DE 3 DIAS 2º DIA ______________________


NOME:
HORÁRIO LOCAL ALIMENTO / BEBIDA QUANTIDADE COMENTÁRIOS/
PERGUNTAS
187

HORÁRIO LOCAL ALIMENTO / BEBIDA QUANTIDADE COMENTÁRIOS/


PERGUNTAS
188

REGISTRO ALIMENTAR DE 3 DIAS 3º DIA ______________________


NOME:
HORÁRIO LOCAL ALIMENTO / BEBIDA QUANTIDADE COMENTÁRIOS/
PERGUNTAS
189

HORÁRIO LOCAL ALIMENTO / BEBIDA QUANTIDADE COMENTÁRIOS/


PERGUNTAS
Anexo 9 190

REGISTRO DA ROTINA DIÁRIA

Nome: Número:
ROTINA DIÁRIA (faça uma descrição detalhada, procurando destacar, por exemplo, o tempo destinado a cada uma das principais
atividades desempenhadas ao longo do dia – ex. sono, estudo e treino)
Horário (início-fim) Atividade Local Observações (especialmente referentes à alimentação ou gasto de energia)

Exemplo de como realizar o preenchimento


Horário (início-fim) Atividade Local Observações
(especialmente referentes à alimentação)
22h-06h Sono Casa
07h-12h Estudo Escola Às 9h30 há um intervalo para realização de lanche (levo de casa)
12h-13h Deslocamento Escola-Casa
13h-13h30 Almoço Casa
13h30-14h Deslocamento Casa-Treino De ônibus normalmente lotado
14h-18h Treino Pentatlo Vila Militar A rotina é diferenciada ao longo da semana;
Normalmente são realizados lanches nos intervalos (levo de casa)
18h-18h30 Deslocamento Treino-Casa
18h30-20h Descanso Casa Logo que chego em casa realiza outro lanche
20h-20h30 Jantar Casa
20h30-22h Estudo Casa
Anexo 10 191

DETALHAMENTO DO TREINAMENTO SEMANAL

Nome: Número:

Exemplo de como realizar o preenchimento


Atividade física Distância percorrida Duração Intensidade Dia da semana Horário (início-fim) Local
(quando for o caso) (escala de Borg)
Natação 1500m 30min Segunda-feira 14h30-15h Vila militar
Corrida 8km 45min 15h30-16h15 Vila militar
Esgrima - 1h30 16h30-18h Vila militar

1º DIA – Data: / /
Atividade física Distância percorrida Duração Intensidade Dia da semana Horário (início-fim) Local
(quando for o caso) (escala de Borg)

OBSERVAÇÕES:

2º DIA – Data: / / 2º DIA ______________________


Atividade física Distância percorrida Duração Intensidade Dia da semana Horário (início-fim) Local
(quando for o caso) (escala de Borg)

OBSERVAÇÕES:
192

3º DIA – Data: / / 3º DIA ______________________


Atividade física Distância percorrida Duração Intensidade Dia da semana Horário (início-fim) Local
(quando for o caso) (escala de Borg)

OBSERVAÇÕES:

4º DIA – Data: / / 4º DIA ______________________


Atividade física Distância percorrida Duração Intensidade Dia da semana Horário (início-fim) Local
(quando for o caso) (escala de Borg)

OBSERVAÇÕES:

5º DIA – Data: / /
Atividade física Distância percorrida Duração Intensidade Dia da semana Horário (início-fim) Local
(quando for o caso) (escala de Borg)

OBSERVAÇÕES:
193

6º DIA – Data: / /
Atividade física Distância percorrida Duração Intensidade Dia da semana Horário (início-fim) Local
(quando for o caso) (escala de Borg)

OBSERVAÇÕES:

7º DIA – Data: / /
Atividade física Distância percorrida Duração Intensidade Dia da semana Horário (início-fim) Local
(quando for o caso) (escala de Borg)

OBSERVAÇÕES:
Anexo 11 194

ESCALA DE BORG

Percepção Subjetiva de Esforço

Escala Original
6
7 Muito, muito leve
8
9 Muito leve
10
11 Leve
12
13 Algo pesado
14
15 Pesado
16
17 Muito pesado
18
19 Muito, muito pesado
20
Fonte: BORG, G. Borg’s perceived exertion and pain scales. Champaign, IL:
Human Kinetics, 1998.
195

ANEXO 12

Descrição da rotina de treinamento dos atletas de pentatlo moderno, equipe PentaJoven, RJ, pertencentes às categorias Jovem E10,
Jovem D, Jovem C, pré elaboração dos planos alimentares
Modalidade Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado
Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração
dade (h) dade (h) dade (h) dade (h) dade (h) dade (h)
Natação - - Moderada 1 Alta 1 Leve 1 Moderada 1 Moderada 1
Corrida Alta 0,5 Leve 1,5 Alta 1 Moderada 1 Leve 1,5 Alta 1

Descrição da rotina de treinamento dos atletas de pentatlo moderno, equipe PentaJoven, RJ, pertencentes às categorias Jovem B, Jovem
A, Júnior e Sênior, pré elaboração dos planos alimentares
Modalidade Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado
Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração
dade (h) dade (h) dade (h) dade (h) dade (h) dade (h)
Natação - - Mod 1 Alta 1 Leve 1 Mod 1 Mod 1
Corrida Alta 0,5 Leve 1,5 Alta 1 Mod 1 Leve 1,5 Alta 1
Hipismo - - - 1 - - - 1 - - - -
Esgrima - 1 - - - 1 - - - - - -
Legenda: Mod = moderada.
196

Descrição da rotina de treinamento dos atletas de pentatlo moderno, equipe PentaJoven, RJ, pertencentes às categorias Jovem E10,
Jovem D, Jovem C, três meses após à entrega dos primeiros planos alimentares
Modalidade Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado
Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração
dade (h) dade (h) dade (h) dade (h) dade (h) dade (h)
Natação Moderada 1 Moderada 1 Alta 1 Leve 1 Moderada 1 Alta 1
Corrida Moderada 1 Leve 1 Alta 1 Moderada 1 Leve 1 Alta 1

Descrição da rotina de treinamento dos atletas de pentatlo moderno, equipe PentaJoven, RJ, pertencentes às categorias Jovem B, Jovem
A, Júnior e Sênior, três meses após a elaboração dos planos alimentares
Modalidade Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado
Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração Intensi- Duração (h) Intensi- Duração Intensi- Duração (h)
dade (h) dade (h) dade (h) dade dade (h) dade
Musculação Mod 1 Mod 1 Mod 1 Mod 1 Mod 1 - -
Esgrima Alta 2 Mod 1 Mod 1 - - Alta 2
Natação Leve 1 Mod 1 Alta 1 Leve 1 Mod 1 Alta 1
Corrida - - - - - - - - - - - 1
Hipismo - - - 1 - - - 1 - - - -
Combinado Mod 1,5 Alta 1,5 Alta 1 Mod 1 Leve 1 Alta 1
Legenda: Mod = moderada
Anexo 13 197

FICHA PARA REGISTRO DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS

NOME: Número:
1ª avaliação 2ª avaliação 3ª avaliação 4ª avaliação 5ª avaliação
Data
Altura
Peso (kg)
Dobras Cutâneas (mm)
Peitoral
Axilar média
Tríceps
Subescapular
Abdominal
Suprailíaca anterior
Coxa
Perímetros (Circunferências) (cm)
Abdominal
Antebraço
Anexo 14 198

Avaliação do estágio de maturação sexual de meninas

Fonte: PRIORE et al, 2010


199
Anexo 15
Avaliação do estágio de maturação sexual de meninos

Fonte: PRIORE et al, 2010


Anexo 16

200
Planejamento Alimentar – (nome)
CONDUTA NUTRICIONAL: realizou-se os ajustes nutricionais necessários para auxiliá-la na melhora do
condicionamento físico.

DIETA 1 – QUARTAS (NATAÇÃO + CORRIDA + ESGRIMA)

CAFÉ DA MANHÃ
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Leite enriquecido com fruta Leite semi-desnatado – 1 copo 1 porção do Grupo 6 (ex. 1 pote de
e cereal médio (300mL) iogurte natural desnatado)
Açúcar – 2 colheres de chá 1 colher de sopa de mel
Banana prata – 1 unidade média 1 porção do Grupo 8
(ex. 1 maçã pequena)
Cereal (ex. aveia) – 4 colheres de 1 porção do Grupo 2 (ex. 3 colheres
sopa cheias de sopa de farinha láctea)
Sanduíche Pão de forma integral - 2 fatias 1 porção do Grupo 2
(ex. 1 pão francês)
Requeijão - 1 colher de sopa 1 porção do Grupo 6 (ex. mesma
quantidade de cream cheese)

LANCHE DA MANHÃ 1
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Bebida Guaraná natural - 1 copo médio Mesma quantidade de suco de fruta
(300mL) natural – dê preferência a esta
opção!
Sanduíche Pão de forma integral - 2 fatias 1 porção do Grupo 2
(ex. 1 pão francês)
Requeijão - 1 colher de sopa 1 porção do Grupo 6 (ex. mesma
quantidade de cream cheese)
Queijo minas frescal - 1 e ½ fatia 1 porção do Grupo 6
média (ex. 2 fatias finas de queijo prato)
Peito de peru - 2 fatias finas 3 fatias finas de blanquet de peru

LANCHE DA MANHÃ 2
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Cereal em barra Barra de cereal - 1 unidade 1 porção do Grupo 10
(ex. 1 chocolate Batom®)

ALMOÇO
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Entrada: vegetais crus, cozidos, Vegetais A – à vontade
refogados ou na forma de sopa Azeite – 1 colher de sobremesa
Vegetais B – no mínimo 2 colheres
de sopa
Acompanhamentos Arroz – 6 colheres de sopa 2 porções do Grupo 3
(ex. 2 pegadores de macarrão)
Feijão – 1 concha média 1 porção do Grupo 4
(ex. 5 colheres de sopa de lentilha)
Guarnição Purê de batata – 4 colheres de sopa 2 porções do Grupo 3
(ex. 4 colheres de sopa de suflê de
legumes)
Prato principal ou protéico Filé de peito de frango - 1 unidade ½ porção do Grupo 5
pequena (ex. 1 e ½ sobrecoxa de frango)
Sobremesa Laranja – 1 unidade média 1 porção do Grupo 8
(ex. 1 fatia média de abacaxi)
201
Planejamento Alimentar – (nome)
APÓS 1ª HORA DE TREINO (fracionadamente!)
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Reposição energética Maltodextrina – 2 colheres de sopa
Água – 400 a 800mL
APÓS A 2ª HORA DE TREINO (fracionadamente!)
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Reposição energética Maltodextrina – 2 colheres de sopa
Água – 400 a 800mL
DURANTE A PARTE FINAL DO TREINO (fracionadamente!)
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Reposição hidroeletrolítica Gatorade® - 1 garrafa (500mL) PowerAde
®

APÓS O TREINO
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Reposição energético- Maltodextrina – 2 colheres de sopa
protéica(*) Água – a gosto
Leite em pó – 3 colheres de sopa
Nutren Active Nestlé® – 3 colheres
de sopa
(*) – leve todos os ingredientes já porcionados em uma garrafinha e acrescente água no momento da utilização. Caso não seja possível
liquidificar, procure intercalar a adição de pequenos volumes de água com a agitação vigorosa. Outra opção seria que o preparo fosse feito de
véspera e congelado.

LANCHE DA TARDE
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Bebida Iogurte integral com fruta 1 caixinha (200mL) de
® ®
(ex. Danup ) - 1 garrafinha achocolatado light (ex. Nescau )
Sanduíche Pão de forma integral - 2 fatias 1 porção do Grupo 2
(ex. 1 pão francês)
®
Polenguinho – 1 unidade 1 porção do Grupo 6 (ex. 1 e ½
fatia média de queijo minas)
Geleia – 1 colher de sobremesa 1 porção do Grupo 8
(ex. 10 morangos)
Sobremesa Bananada – 1 unidade 2 porções do Grupo 8
(ex. 2 bananas prata pequenas)

JANTAR
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Entrada: vegetais crus, cozidos, Vegetais A – à vontade
refogados ou na forma de sopa Azeite – 1 colher de sobremesa
Vegetais B – no mínimo 2 colheres
de sopa
Acompanhamento Macarrão – 2 pegadores 2 porções do Grupo 3
Prato principal ou protéico Bife - 1 unidade média 1 porção do Grupo 5 (ex. 3
colheres de sopa de carne moída)
Sobremesa Tangerina – 1 unidade pequena 1 porção do Grupo 8 (ex. 1 fatia
média de melancia)

CEIA
PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Fruta com cereal e mel Mamão papaia – ½ unidade 1 porção do Grupo 8
pequena (ex. 1 banana prata pequena)
Cereal (ex. Neston®) – 4 colheres de 1 porção do Grupo 2
sopa
Mel – 2 colheres de sopa
202
Planejamento Alimentar – (nome)
Proteína Carboidrato Lipídio
TOTAL (G) 145,65 628,90 90,99
KCAL 582,62 2515,61 818,89
TOTAL (KCAL) 3917,11
DISTRIBUIÇÃO CALÓRICA (%) 14,87 64,22 20,91
G/KG DE PESO
2,08 9,00 1,30

DIETA 2 – QUINTAS (NATAÇÃO + CORRIDA + HIPISMO – treinos mais intensos) E SÁBADOS


(NATAÇÃO + CORRIDA - treinos mais intensos)

O QUE MUDA EM RELAÇÃO À DIETA 1? Exclua a Ceia.

Proteína Carboidrato Lipídio


TOTAL (G) 140,59 558,90 89,79
KCAL 562,38 2235,61 808,09
TOTAL (KCAL) 3606,07
DISTRIBUIÇÃO CALÓRICA (%) 15,60 62,00 22,41
G/KG DE PESO
2,01 8,00 1,28

DIETA 3 – SEGUNDAS (CORRIDA + ESGRIMA), TERÇAS (NATAÇÃO + CORRIDA + HIPISMO) E


SEXTAS (NATAÇÃO + CORRIDA)

O QUE MUDA EM RELAÇÃO À DIETA 2? Exclua a Reposição Energético-protéica pós-treino e altere a(s)
seguinte(s) refeições:

LANCHE DA TARDE – exclua a sobremesa


PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Bebida Iogurte integral com fruta - 1 1 caixinha (200mL) de
® ®
garrafinha (ex. Danup ) achocolatado light (ex. Nescau )
Sanduíche Pão de forma integral - 2 fatias 1 porção do Grupo 2
(ex. 1 pão francês)
®
Polenguinho – 1 unidade 1 porção do Grupo 6 (ex. 1 e ½
fatia média de queijo minas)
Geleia – 1 colher de sobremesa 1 porção do Grupo 8
(ex. 10 morangos)

Proteína Carboidrato Lipídio


TOTAL (G) 124,06 487,30 80,59
KCAL 496,22 1949,19 725,27
TOTAL (KCAL) 3170,68
DISTRIBUIÇÃO CALÓRICA (%) 15,65 61,48 22,87
G/KG DE PESO
1,77 6,97 1,15
203
Planejamento Alimentar – (nome)
DIETA 4 – DIAS QUE NÃO FIZER ATIVIDADE FÍSICA

O QUE MUDA EM RELAÇÃO À DIETA 1? Exclua toda a suplementação e altere a(s) seguinte(s) refeições:

CAFÉ DA MANHÃ – exclua o sanduíche


PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Leite enriquecido com fruta Leite semi-desnatado – 1 copo 1 porção do Grupo 6 (ex. 1 pote de
e cereal médio (300mL) iogurte natural desnatado)
Açúcar – 2 colheres de chá 1 colher de sopa de mel
Banana prata – 1 unidade média 1 porção do Grupo 8
(ex. 1 maçã pequena)
Cereal (ex. aveia) – 4 colheres de 1 porção do Grupo 2 (ex. 3 colheres
sopa cheias de sopa de farinha láctea)

LANCHE DA MANHÃ 1 - mantido

LANCHE DA MANHÃ 2 – excluído

ALMOÇO – modifique as quantidades do um dos acompanhamentos e da guarnição


PREPARAÇÃO ALIMENTO/QUANTIDADE SUBSTITUIÇÕES
Entrada: vegetais crus, cozidos, Vegetais A – à vontade
refogados ou na forma de sopa Azeite – 1 colher de sobremesa
Vegetais B – no mínimo 2 colheres
de sopa
Acompanhamentos Arroz – 3 colheres de sopa 1 porção do Grupo 3
(ex. 1 pegador de macarrão)
Feijão – 1 concha média 1 porção do Grupo 4
(ex. 5 colheres de sopa de lentilha)
Guarnição Purê de batata – 2 colheres de sopa 1 porção do Grupo 3 (ex. 2 colheres
de sopa de suflê de legumes)
Prato principal ou protéico Filé de peito de frango - 1 unidade ½ porção do Grupo 5
pequena (ex. 1 e ½ sobrecoxa de frango)
Sobremesa Laranja – 1 unidade média 1 porção do Grupo 8
(ex. 1 fatia média de abacaxi)

LANCHE DA TARDE – exclua a sobremesa (idem Dieta 3)

JANTAR – mantido

CEIA - excluída
Proteína Carboidrato Lipídio
TOTAL (G) 112,14 329,38 63,73
KCAL 448,54 1317,51 573,53
TOTAL (KCAL) 2339,58
DISTRIBUIÇÃO CALÓRICA (%) 19,17 56,31 24,51
G/KG DE PESO
1,60 4,71 0,91
Anexo 17
204
Lista de Substituições
Cookies Diet Vitao 7 unidades
Cookies Light Vitao 4 unidades
Grupo 1: Vegetais Farinha Láctea 3 colheres de sopa rasas
Vegetais A – à vontade GoodCookies Good Soy 1 pacote com 2 unidades
Abobrinha, acelga, agrião, aipo, alcachofra, alface, almeirão, Granola / Kelness 3 colheres de sopa cheias
aspargos, berinjela, bertalha, brócolis, cebola, champignon, chicória, Marilan Magic Toast 10 unidades (1 e ½ pacote)
couve, couve-flor, escarola, espinafre, jiló, maxixe, nabo, nirá, Neston 4 colheres de sopa cheias
palmito, pepino, pimentão, rabanete, repolho, rúcula, taioba, tomate,
Panetone 1 fatia média
tomate cereja
Pão árabe 1 unidade grande ou 1 e ½
Vegetais B – 1 Porção – 40 Kcal
unidade pequena
ALIMENTO MEDIDA CASEIRA
Pão bisnaguito 2 unidades
Abóbora cozida 2 colheres de sopa cheias
Pão careca 1 unidade média
picada
Pão de batata 1 unidade média
Beterraba cozida 5 colheres de sopa cheias
picada Pão de forma 2 fatias
Beterraba crua 6 colheres de sopa cheias Pão de forma light 3 fatias
ralada Pão de forma light (sem casca) 4 fatias
Cenoura cozida 4 colheres de sopa cheias Pão de hambúrguer ½ unidade média
picada Pão de queijo 3 unidades pequenas
Cenoura crua 8 colheres de sopa cheias Pão francês 1 unidade
ralada Pipoca doce 1 saco médio
Chuchu cozido 5 colheres de sopa cheias Pipoca salgada 1 saco grande
picada Torrada Bauducco ou Visconti ou 3 unidades
Ervilha vagem 2 colheres de sopa cheias Bi-Tost
Jiló cozido 5 colheres de sopa cheias Grupo 3: Arroz, Massas e Vegetais C – 1 Porção – 120-
picada 150Kcal
Milho 2 colheres de sopa cheias ALIMENTO MEDIDA CASEIRA
Quiabo 2 colheres de sopa rasas Aipim cozido 1 pedaço médio
Vagem cozida 5 colheres de sopa cheias Angú 3 colheres de sopa cheias
picada Arroz cozido 3 colheres de sopa cheias
Grupo 2: Pães, Biscoitos e Cereais – 1 Porção – 120-150Kcal Batata baroa cozida picada 1 e ½ colher de arroz
ALIMENTO MEDIDA CASEIRA Batata doce cozida 3 fatias pequenas
All Bram / Fiber 1 / Fiber Gran 6 colheres de sopa cheias Batata inglesa cozida 1 unidade média
Aveia em flocos 4 colheres de sopa cheias Canelone de frango ou ricota 2 unidades médias
Aveia Quacker c/ sabor 1 sachê Creme de milho 3 colheres de sopa cheias
Barra de cereais de chocolate 1 e 1/2 unidade Farofa 2 colheres de sopa cheias
Barra Bauducco Maxi 1 e ½ unidade Inhame cozido picado 2 colheres de arroz
Barra de cereais de frutas 2 unidades Macarrão cozido 1 pegador
Biscoito de Água ou Cream Cracker 4 unidades Milho enlatado 5 colheres de sopa cheias
Biscoito Água light Piraquê 12 unidades Nhoque 3 colheres de sopa cheias
Biscoito Cream Cracker Light 5 unidades Pirão de farinha de mandioca 3 colheres de sopa
Piraquê Polenta 2 colheres de sopa cheias
Biscoito Cream Cracker Levíssimo 6 unidades Purê de batata 2 colheres de sopa cheias
Bauducco Quinoa 2 colheres de sopa cheias
Biscoito Cream Cracker Levíssimo 8 unidades Suflê 2 colheres de sopa cheias
Light Bauducco Grupo 4: Leguminosas – 1 Porção – 100Kcal
Biscoito amanteigado (s/ recheio) 5 unidades ALIMENTO MEDIDA CASEIRA
Biscoito Fibrocrac Light 1 sachê com 6 unidades Ervilha enlatada 5 colheres de sopa cheias
Biscoito Goiabinha Piraquê 3 unidades Feijão preto ou feijão branco cozido 1 concha média cheia
Biscoito integral Jasmine salgado 20 unidades Grão de bico cozido 3 colheres de sopa cheias
Biscoito Aveia e mel/ Passatempo (s/ 5 unidades Lentilha cozida 5 colheres de sopa
recheio)/ Leite Soja 2 colheres de sopa cheias
Biscoito Maizena/ Maria 6 unidades
Biscoito polvilho 10 roscas
Biscoito recheado 2 unidades
Biscoito Salclic 6 unidades
Biscoito Club Social ou Toda Hora 1 pacote
Biscoito Vita Life 10 unidades
Biscoito waffer 3 unidades
Bolo simples 1 fatia pequena
Corn Flafes /Nefit / Gold / 7 colheres de sopa
Sucrilhos / Moça Flakes
Cookies Nutry 1 pacote
Cookies Vitao 3,5 unidades
205
Lista de Substituições
Grupo 6: Leite e Derivados – 1 Porção – 90 a 110Kcal
Grupo 5: Carnes – 1 Porção – 230Kcal ou 28g de proteína ALIMENTO MEDIDA CASEIRA
ALIMENTO MEDIDA CASEIRA Canjica 3 colheres sopa cheia
Almôndegas de carne 3 unidades médias Catupiry 1 fatia fina
Almôndegas de peru light 5 unidades Coalhada ¼ copo pequeno
Atum em água e sal 1 lata Coalhada light 1 pote
Atum em conserva (óleo) 5 colheres de sopa cheias Cream cheese 1 colher de sopa cheia
Bacalhau 1 pedaço médio Cream cheese light 3 colheres de sopa cheia
Bife à milanesa 1 unidade média Iogurte batido ½ copo duplo
Bife à parmegiana 1 unidade pequena Iogurte batido desnatado 1 copo pequeno cheio
Bife de fígado 1 bife médio Iogurte com mel ½ pote grande
Bife 1 unidade média Iogurte com polpa de frutas ½ copo duplo
Bife de gluten (Daceres) 2 unidades Iogurte Corpus (ou similar) 2 potes pequenos
Bife de soja (Daceres) 1 e ½ unidade Iogurte natural ½ pote grande
Bife rolet 1 unidade média Iogurte natural desnatado 1 pote grande
Leite achocolatado light 1 copo duplo cheio
Camarão cozido 10 unidades grandes
Leite desnatado 1 copo duplo cheio
Camarão frito 30 unidades pequenas
Leite desnatado em pó 2 e ½ colheres de sopa cheias
Carne assada 2 fatias finas
Leite semi-desnatado 1 copo pequeno cheio
Carne bovina ensopada 4 colheres de sopa
Leite semi-desnatado em pó 1 e ½ colher de sopa cheia
Carne de porco (carré) 1 unidade média
Leite integral 1 copo pequeno cheio
Carne moída 3 colheres de sopa
Leite integral em pó 1 colher de sopa cheia
Carne seca 3 pedaços pequenos
Mingau 2 colheres de sopa
Clara de ovo cozida 8 claras
Muzzarela de búfala 1 e ½ nó
Coração de galinha 28 unidades
Polenguinho 2 unidades
Coxa de frango sem pele 4 unidades médias
Polenguinho light 3 unidades
Dobradinha 3 colheres sopa
Queijo cottage 3 colheres de sopa cheias
Filé de peito de frango grelhado 1 unidade grande
Queijo minas padrão 1 fatia pequena
Filé de frango desfiado 5 colheres de sopa
Queijo minas frescal 1 e 1/2 fatia média
Filé de peixe à milanesa 1 unidade pequena
Queijo minas frescal light 2 fatias médias
Filé de peixe magro ensopado 1 filé grande
Queijo muzzarela 1 fatia grande
Hambúrguer de carne bovina 2 unidades médias
Queijo parmesão 3 colheres de sopa cheias
(Sadia)
Queijo prato 2 fatias finas
Hambúrguer de soja (Sadia) 1 e ½ unidade
Queijo prato light ou minas padrão 3 fatias finas
Hambúrguer de peru light (Sadia) 3 unidades médias
light
Kani 1 pacote (≈ 7 unidades)
Requeijão comum 1 colher de sopa cheia
Língua 3 fatias médias
Requeijão light 2 colheres de sopa cheias
Lingüiça calabresa 2 unidades
Ricota 1 fatia grande
Nuggets tradicional 4 unidades
Grupo 7: Frios – 1 Porção – 90 Kcal
Nuggets de soja 4 unidades
ALIMENTO MEDIDA CASEIRA
Ovo cozido 3 unidades
Fatiado de chester 4 fatias finas
Ovo de codorna 15 unidades
Lombo canadense 3 fatias médias
Ovo de galinha frito ou omelete 2 unidades
Mortadela de frango 2 fatias
Panqueca de carne 1 unidade
Peito de peru defumado 6 fatias finas
Peito de frango 1 peito médio
Presunto de peru 6 fatias médias
Peito de peru 8 fatias finas
Chester defumado 3 fatias
Peru 3 fatias grandes
Blanquet de peru 8 fatias
Polvo refogado 7 colheres arroz cheias
Salmão defumado 2 fatias médias
Quibe frito 2 unidades médias
Salpicão de frango 3 colheres arroz cheia
Salsicha em lata 2 unidades
Salsicha hot dog 1 e ½ unidade
Salsicha de peru light 3 e ½ unidades
Salsichão ½ unidade média
Sardinha em conserva 2 unidades médias
Sardinha frita 2 unidades médias
Sobrecoxa de frango sem pele 3 sobrecoxas médias
Soja (proteína texturizada) 4 e 1/2 colheres de sopa
Strogonoff de carne 3 e 1/2 colheres arroz cheia
Strogonoff de frango 5 colheres sopa cheias
Tofú Defumado (Ecobras) 1 e ½ unidade
206
Lista de Substituições
Grupo 8: Frutas – 1 Porção – 40Kcal Refrescos industrializados c/
ALIMENTO MEDIDA CASEIRA adoçante – Limonada / maracujá /
Abacaxi 1 fatia média acerola / melancia / melão / pêra
Acerola 10 unidades Grupo 10: Sobremesas – 1 Porção – 80-120Kcal
Ameixa fresca 2 unidades grandes ALIMENTO MEDIDA CASEIRA
Amora 20 unidades Achocolatado em pó 2 colheres de sobremesa cheias
Ameixa seca 5 unidades Achocolatado em pó diet 2 colheres de sopa cheias
Banana prata 1 unidade pequena Baba-de-moça 1 colher de sobremesa cheia
Banana d’água 1 unidade pequena Bala 5 unidades
Banana ouro 1 unidade média Banana à milanesa ½ unidade pequena
Banana passa 1 unidade Banana frita 1 unidade grande
Caju 2 unidades grandes Bananada Diet Huê 1 unidade
Caqui ½ unidade média Bananinha Banana Brasil 1 unidade
Cereja 18 unidades Bananinha original Tachão 1 unidade
Carambola 2 unidades médias Bananinha sem açúcar Tachão 1 unidade
Damasco seco 5 unidades médias Bananinha com canela Tachão 2 unidades
Figo 1 unidade grande Barra Bauducco Maxi 1 unidade
Figo seco 2 unidades Barra de cereal com chocolate 1 unidade
Fruta do conde 1 unidade média Barra de sementes Levitá 2 unidades
Goiaba ½ unidade média Bolo com glacê e recheio ¼ fatia pequena
Jabuticaba 20 unidades Bolo de banana ½ fatia média
Jaca 60g Bolo Casa Suíça ½ fatia
Kiwi 1 unidade média Bolo de chocolate com recheio 1/3 fatia pequena
Laranja 1 unidade média Bolo de cenoura / chocolate 1 fatia pequena
Lima da pérsia 1 unidade média Bolo de chocolate 1 fatia pequena
Laranja lima 2 unidades pequenas Bolo Plus Vita light ½ fatia
Maçã 1 unidade pequena Bolinho Suavipan Light 1 unidade
Mamão Bahia 1 fatia pequena Bombom Ouro Branco/ Sonho de 1 unidade
Mamão papaya ½ unidade pequena Valsa / Serenata de Amor
Manga espada 1 unidade pequena Bombom sortido (ex. Alpino) 2 unidades
Maracujá 1 unidade média Brigadeiro 2 e ½ unidades pequenas
Melancia 1 fatia média Cajuzinho 2 unidades pequenas
Melão 2 fatias médias Chocolate ao leite / meio-amargo 2/3 da barra pequena
Morango 10 unidades médias Chocolate Batom 1 unidade
Nectarina ½ unidade grande Cocada ¼ unidade média
Nêspera 2 unidades grandes Cocada Diet Flormel 1 unidade
Pêra ½ unidade grande Crocante de Gergelim Airon 2 unidades
Pêssego 1 unidade grande Curau de milho 1 taça pequena
Pitanga 15 unidades médias Cuscuz 1 fatia pequena
Romã 1 unidade pequena Doce de abóbora com coco 5 colheres de sobremesa rasas
Tangerina 1 unidade pequena
Doce de banana em calda 4 colheres de sopa rasas
Tâmara seca 2 unidades
Doce de leite Diet São Lourenço ou 1 colher de sopa cheia
Uva 10 bagos Huê
Uva passa sem semente 1 colher sopa cheia
Gelatina preparada 6 colheres de sopa cheias
Grupo 9: Sucos – 1 Porção – 50Kcal
Geléia de fruta 2 colheres de sopa rasas
ALIMENTO MEDIDA CASEIRA
Geléia de mocotó 3 colheres de sopa rasas
Abacaxi, goiaba, morango, melancia, 1 copo duplo cheio
Geléia diet 3 colheres de sopa cheias
mamão, água de coco, manga
Goiabada 1 fatia pequena
Água de coco 1 copo duplo cheio
Goiabada Cascão Diet Huê 1 fatia pequena
Caldo de cana 1 copo de cafezinho
Iogurte Corpus (ou similar) 2 potes pequenos
Laranja, cenoura e beterraba ½ copo pequeno
Mabel até 100kcal por pacote 1 sachê
Laranja ½ copo pequeno
Paçoquita Diet Flormel 1 unidades
Néctar de fruta – Del Valle 1 copo duplo raso
Pé-de-moleque Flormel 1 unidade
Néctar de fruta – Del Valle light 2 copos duplos rasos
Picolé de fruta 2 unidades
Refresco de groselha s/ açúcar ½ copo duplo
Salada de frutas 3 colheres de sopa cheias
Sucos Ades / All Day ½ copo duplo
Sorvete ao leite light 1 e ½ colher de sopa
Sucos Ades light 1 copo duplo cheio
Sorvete Lafruta Nestlé 6 colheres de sopa
Sucos sem açúcar de abacaxi / cajú 1 copo duplo cheio Sucrilhos 1 caixinha
/ cupuaçú / goiaba / graviola / Supino light de ameixa 1 unidade
mamão / manga / morango
Supino light de banana 1 e ½ unidade
Sucos sem açúcar de laranja e ½ copo duplo
Supino Light Fibras e banana 2 unidades
banana / laranja e beterraba / maçã
Anexo 18 207
Orientações Nutricionais
COMENTÁRIOS: Após detalhada análise sobre seu consumo alimentar habitual seguem abaixo instruções para
melhora da ingestão de vitaminas e minerais:

CÁLCIO (Elemento mais abundante no corpo humano)

Você sabia?
O cálcio é o mineral responsável principalmente pela formação e manutenção de
ossos e dentes. Além disso, ele ainda está envolvido na contração muscular e na transmissão de impulsos
nervosos. O Cálcio é um elemento importante para praticantes de atividade física, que necessitam
do bom funcionamento dos músculos e fortalecimento dos ossos para o desempenho de suas atividades.

DEFICIÊNCIA

Por ser essencial para o funcionamento do organismo, quando existe deficiência de cálcio na corrente sanguínea o
corpo tende a repor retirando cálcio dos ossos.
Assim, a deficiência de cálcio pode futuramente levar à Osteopenia e à Osteoporose, nas quais os ossos se
deterioram e há um aumento no risco de fraturas.

FIQUE ATENTO: Sua deficiência também pode causar agitação, unhas quebradiças, propensão a cáries, depressão,
hipertensão, insônia, irritabilidade, dormência no corpo e palpitações.

PRINCIPAIS ALIMENTOS FONTE RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS


 Homens e mulheres (de 9 a 18 anos): 1300mg;
 Laticínios (leite, queijos, iogurtes, bebidas  Homens e mulheres (de 19 a 30 anos): 1000mg.
lácteas);
 Vegetais de folha verde-escuros (brócolis,
repolho, couve em geral, etc.); CONTEÚDO DE CÁLCIO NOS ALIMENTOS
 Leguminosas (Feijão preto, soja, ervilha); TEOR DE CÁLCIO
ALIMENTOS QUANTIDADE
 Peixes (sardinha). (mg)
Queijo minas 3 fatias médias 685
Couve cozida 5 colheres de sopa cheias 410
Sardinha 1 lata pequena 402
Beterraba cozida 4 colheres de sopa cheias 216
Espinafre cozido 4 colheres de sopa cheias 162
Chicória cozida 1 escumadeira média rasa 142
Leite 100mL 123
Agrião 2 colheres de arroz cheias 121
Iogurte natural ½ pote 120
Brócolis cozida 10 colheres de arroz cheias 114
Exemplo de como atingir quase totalmente Acelga 10 colheres de arroz cheias 110
a recomendação diária de ingestão de Nozes 20 unidades 99
Cálcio: Chocolate ao leite 100g 94
2 copos de leite integral + 1 fatia média de Soja cozida 100g 90
queijo branco Quiabo cozido 3 colheres de sopa cheias 88
Ervilha em vagem 3 colheres de sopa cheias 82
Grão-de-bico cozido 2 colheres de arroz cheias 78
Vagem 5 colheres de sopa cheias 54
Inhame 3 colheres de sopa cheias 54
Feijão branco cozido 1 concha média rasa 50

DISTRIBUA OS ALIMENTOS FONTE DE CÁLCIO NAS PRINCIPAIS REFEIÇÕES DO DIA.

PROCURE SEGUIR O PLANO ALIMENTAR QUE LHE FOI ENTREGUE, POIS ASSIM ESTARÁ CONSUMINDO
SUA NECESSIDADE DIÁRIA RECOMENDADA.

207
Anexo 19 208
Orientações Nutricionais
FERRO (Mineral mais abundante no metabolismo celular)

Você sabia?
O ferro é tem papel importante no transporte respiratório e na produção de energia,
além de estar envolvido na função imunológica e no desempenho cognitivo.
Para atletas a importância do ferro está relacionada com o rendimento esportivo.

DEFICIÊNCIA

A deficiência nutricional de ferro pode causar a anemia ferropriva.


A deficiência de ferro prejudica o desempenho do atleta, já que altera a capacidade de captação de
oxigênio.

FIQUE ATENTO: Sua deficiência também pode levar à sensação de cansaço ou baixa de energia; tornar difícil a
concentração; enfraquecer o sistema imunológico (tornando difícil para o organismo combater infecções) e afetar o
aprendizado.
Atletas do sexo feminino podem estar mais suscetíveis à carência de ferro.

PRINCIPAIS ALIMENTOS FONTES RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS


 Carnes em geral;  Homens (de 9 a 13 anos): 8mg;
 Vegetais de folha verde-escuros (agrião,  Homens (de 14 a 18 anos): 11mg;
rúcula, couve em geral, etc.);  Homens (de 19 a 30 anos): 8mg;
 Leguminosas (feijão preto, soja, ervilha);  Mulheres (de 9 a 13 anos): 8mg;
 Nozes e sementes.  Mulheres (de 14 a 18 anos): 15mg;
 Mulheres (de 19 a 30 anos): 18mg.

CONTEÚDO DE CÁLCIO NOS ALIMENTOS


TEOR DE FERRO
ALIMENTOS QUANTIDADE
(mg)
Acelga 100g 3,6
Agrião 100g 1,9
Batata-baroa 1 unidade média 3,0
Exemplo de uma refeição rica em ferro bem Batata-doce 1 unidade média 2,8
absorvido: Batata-inglesa 1 unidade média 0,9
Bertalha refogada 100g 3,2
Salada com folhosos verde-escuros, carne Beterraba 100g 1,0
bovina, de ave ou de peixe, arroz, feijão e Bife de carne de boi 100g 4,2
Bife de fígado 100g 10,6
suco de fruta cítrica. Brócolis cozido 100g 1,1
Camarão 100g 2,4
Carré 100g 3,5
Chocolate ao leite 100g 3,0
Coração de galinha 100g 3,7
Couve 100g 1,0
Couve-flor cozida 100g 1,0
Ervilha enlatada 100g (1/2 lata) 1,7
Espinafre cozido 100g 6,6
Feijão-branco cozido 1 concha média cheia 3,8
Feijão-preto cozido 1 concha média cheia (140g) 2,1
Fígado de galinha 1 unidade média 2,5
Frango 100g 1,3
Grão-de-bico cozido 1 concha média cheia (120g) 2,8
Lentilha cozida 1 concha média cheia (160g) 3,4
Ovo 1 unidade média 1,2
Peru 100g 1,5
Vagem cozida 100g 1,7

208
209
Orientações Nutricionais
DICAS PARA AUMENTAR A INGESTÃO E ABSORÇÃO DE FERRO

Consuma vários alimentos ricos em ferro ao longo do Desfrute de nozes e frutas secas como passas,
dia e procure não consumi-los junto com alimentos damascos, ameixas, figos e tâmaras como petisco ou
fontes de cálcio. adicione-as ao cereal matinal.

Consuma os alimentos fontes de ferro com alimentos Adicione feijões, ervilhas ou lentilhas às sopas,
fontes de vitamina C na mesma refeição ou lanche para ensopados, saladas, ou molhos.
aumentar a absorção do ferro. Por exemplo: uma fruta
cítrica na forma de suco, na salada ou como Evite a preparação bife com ovo, pois o ovo possui uma
sobremesa. substância que atrapalha a absorção do ferro.

Evite tomar chá ou café com alimentos ricos em ferro.

DISTRIBUA OS ALIMENTOS FONTE DE FERRO NAS PRINCIPAIS REFEIÇÕES DO DIA.

PROCURE SEGUIR O PLANO ALIMENTAR QUE LHE FOI ENTREGUE, POIS ASSIM ESTARÁ CONSUMINDO
SUA NECESSIDADE DIÁRIA RECOMENDADA.

209
210
Orientações Nutricionais Anexo 20

VITAMINA A (essencial para visão)

Você sabia?
A vitamina A desempenha funções básicas no organismo.
Atua principalmente no crescimento, adaptação visual à penumbra, fortalecimento do sistema imunológico e
para a manutenção das células epiteliais.
A vitamina A é importante para praticantes de atividade física, pois fortalece o sistema imunológico
(auxilia na defesa do organismo e reduz a probabilidade de doenças), proporciona funcionamento normal da retina,
principalmente para visão noturna. Além de ter papel antioxidante, ligando-se a radicais livres e reduzindo seus
efeitos nocivos sobre as células, como: catarata, tumores, doenças da pele e doenças reumáticas.

DEFICIÊNCIA

A deficiência de VITAMINA A está relacionada à doença chamada cegueira noturna, caracterizada pela dificuldade
de enxergar ou cegueira total em situações de pouca luz (penumbra), principalmente à noite.

FIQUE ATENTO: Sua deficiência também pode causar xeroftalmia, que é a não produção de lágrimas (olho-seco) e
aumento de risco para o desenvolvimento de neoplasias (Câncer).

RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS
PRINCIPAIS ALIMENTOS FONTES
 Homens (de 9 a 13 anos): 600mcg;
 Homens (de 14 a 30 anos): 900mcg;
 Vegetais folhosos verdes-escuros (Brócolis,
 Mulheres (de 9 a 13 anos): 600mcg;
agrião, espinafre);
 Mulheres (de 14 a 30 anos): 700mcg.
 Vegetais e frutas de cor fortemente alaranjada
(cenoura, abóbora, morango);
 Fígado e vísceras; CONTEÚDO DE CÁLCIO NOS ALIMENTOS
 Leite; ALIMENTOS QUANTIDADE TEOR DE VITAMINA A
(mcg)
 Gema de ovo.
Abóbora 1 Escumadeira Cheia 280
Abobrinha
1 Escumadeira Cheia 5
verde
Agrião 100 g 173
Alface 100 g 425
5 Colheres de sopa
Beterraba 2
cheias
Brócolis 100 g 200
Cenoura
2 unidades pequenas 1.100
crua
5 Colheres de sopa
Couve 750
cheia picadas
Fígado 100 g 7937
Gema de
6 Und M 87,60
Ovo

DISTRIBUA OS ALIMENTOS FONTE DE VITAMINA A NAS PRINCIPAIS REFEIÇÕES DO DIA.

PROCURE SEGUIR O PLANO ALIMENTAR QUE LHE FOI ENTREGUE, POIS ASSIM ESTARÁ CONSUMINDO
SUA NECESSIDADE DIÁRIA RECOMENDADA.

210
211
Orientações Nutricionais Anexo 21

VITAMINA C (Vitamina hidrossolúvel mais citada na literatura)

Você Sabia?
Vitamina antioxidante que está envolvida na síntese de colágeno.
A Vitamina C atua na função antioxidante do organismo, fortalecendo o sistema imunológico e reduzindo a
suscetibilidade a infecções, importante na produção e manutenção do colágeno que garante a integridade e
resistência dos tendões e ligamentos diminuindo assim a fraqueza muscular, aumenta a absorção de ferro e
participa do processo de cicatrização.
DEFICIÊNCIA
Sua deficiência é rara, mas quando ocorre pode levar a ocorrência de uma doença chamada escorbuto.
FIQUE ATENTO:
Sua deficiência também pode acarretar em cicatrização deficiente de feridas, função imunológica alterada e
danos oxidativos que contribuem para o envelhecimento e o surgimento de muitas doenças como câncer,
doença de Parkinson, aterosclerose (inflamação dos vasos sanguíneos) e lesões de membranas das células
musculares, contribuindo para a fadiga muscular.

PRINCIPAIS ALIMENTOS FONTES RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS


 Homens (de 9 a 13 anos): 45mg;
 Frutas cítricas (morango, limão, acerola,  Homens (de 14 a 18 anos): 75mg;
abacaxi, laranja, goiaba, kiwi, caju);  Homens (de 19 a 30 anos): 90mg;
 Hortaliças frescas (vegetais verdes escuros,  Mulheres (de 9 a 13 anos): 45mg;
pimentão, brócolis, couve, tomate).  Mulheres (de 14 a 18 anos): 65mg;
 Mulheres (de 19 a 30 anos): 75mg.
CONTINUAÇÃO
ALIMENTOS QUANTIDADES TEOR DE VIT. C
(mg)
kiwi 1 unidade média 7,45
laranja 1 unidade média 84,29
maçã 1 unidade média 7,80
mamão 1 fatia média 78,20
mamão papaia 1 unidade média 142,60
CONTEÚDO DE VIT. C NOS ALIMENTOS manga espada 1 unidade média 74,20
ALIMENTOS QUANTIDADES TEOR DE VIT. C maracujá 1 unidade média 13,50
(mg) melancia 1 fatia média 10,00
abacate unidade 51,60 melão 1 fatia média 26,10
abacaxi 1 fatia média / 1 47,75 / 457,50 morango 1 unidade média 8,40
unidade média pêra 1 unidade média 5,50
acelga 100g 34,00 pêssego 1 unidade média 3,60
acerola 1 unidade 164,28 pimentão 1 unidade média 77,00
agrião 100g 44,00 repolho 100g 17,60
banana d’água 1 unidade média 5,60 tangerina 1 unidade média 44,55
banana-da-terra 1 unidade média 5,20 tomate 1 unidade média 23,00
banana-maçã 1 unidade média 8,45
banana-ouro 1 unidade média 3,20
banana-prata 1 unidade média 5,60 DICAS
batata-inglesa 1 unidade média 18,34 Por ser hidrossolúvel (solúvel em água) é facilmente
brócolis cozido 100g 62,77 oxidada quando exposta a luz e ao calor. Assim,
caqui 1 unidade média 12,10 alimentos cozidos podem apresentar menor teor de
chicória 100g 10,00
coco da bahia 1 unidade média 13,00
vitamina C. Desta forma, ocorre preservação de
couve 100g 92,00 vitamina C na cocção rápida ou em vapor e
espinafre 100g 82,00 quando são utilizados utensílios tampados. O
figo 1 unidade média 2,20 congelamento rápido e a refrigeração também
fruta do conde 1 unidade média 21,00 ajudam a manter essa vitamina.
goiaba 1 unidade média 370,00

DISTRIBUA OS ALIMENTOS FONTE DE VITAMINA C NAS PRINCIPAIS REFEIÇÕES DO DIA.


PROCURE SEGUIR O PLANO ALIMENTAR QUE LHE FOI ENTREGUE, POIS ASSIM ESTARÁ CONSUMINDO
SUA NECESSIDADE DIÁRIA RECOMENDADA.

211
212

10. APÊNDICES
213

APENDICE 1 - Demonstrações gráficas de Altman–Bland referentes ao que foi


consumido e prescrito nas duas etapas do estudo
A

Figura 1. Concordância entre as quantidades de proteína (g) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: PTN = proteína
214

Figura 2. Concordância entre as quantidades de proteína (%VET) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: PTN = proteína; VET = valor energético total.
215

Figura 3. Concordância entre as quantidades de proteína (g/kg) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: PTN = proteína.
216

Figura 4. Concordância entre as quantidades de carboidrato (g) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: CARB = carboidrato.
217

Figura 5. Concordância entre as quantidades de carboidrato (%VET) consumidas


e prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: CARB = carboidrato; VET = valor energético total
218

Figura 6. Concordância entre as quantidades de carboidrato (g/kg) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: CARB = carboidrato.
219

Figura 7. Concordância entre as quantidades de lipídio (g) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: LIP = lipídio.
220

Figura 8. Concordância entre as quantidades de lipídio (% VET) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: LIP = lipídio; VET = valor energético total.
221

Figura 9. Concordância entre as quantidades de energia (kcal) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
222

Figura 10. Concordância entre as quantidades de cálcio (mg) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: Ca = cálcio.
223

Figura 11. Concordância entre as quantidades de vitamina A (mcg) consumidas


e prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: VitA = vitamina A.
224

Figura 12. Concordância entre as quantidades de vitamina C (mg) consumidas e


prescritas na 1ª etapa (A) e na 2ª etapa do estudo (B).
Legenda: VitC = vitamina C.
225

APÊNDICE 2
(artigo referente aos experimentos iniciais da primeira proposta do projeto de
Doutorado)

EFFECT OF A CARBOHYDRATE-PROTEIN SUPPLEMENTATION ON INDICES OF


RECOVERY FROM A MILITARY PRACTICAL SITUATION

Short Title: Supplementation on indices of recovery

Leticia Azen Alves Coutinho (executora principal da intervenção)


leticiaazenalves@gmail.com
Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco
Doutoranda em Ciências Nutricionais / Universidade Federal do Rio de Janeiro /
Instituto de Nutrição Josué de Castro
Av. Carlos Chagas Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2oandar
Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902

Lucenildo SilvaCerqueira (análises estatísiticas dos dados e revisão do


manuscrito)
nildo.luce@gmail.com
Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro
Doutorando em Engenharia Biomédica / Universidade Federal do Rio de Janeiro /
Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia: Av.
Horácio Macedo, 2030 - Centro de Tecnologia, Bloco G, sala 101, Cidade
Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-914

André Valentim Siqueira Rodrigues (recrutamento dos sujeitos, coleta de dados


e revisão do manuscrito)
asiqueirar@gmail.com
Mestre em Educação Física pela Universidade Gama Filho
Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército: Fortaleza de São João
Av. João Luis Alves, s/no, 2º piso,Urca, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 22291-090
226

Cristiana Pedrosa Melo Porto (coordenadora das atividades: coleta de dados,


escrita e revisão do manuscrito)
cristiana@nutricao.ufrj.br
Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora do Departamento de Nutrição Básica e Experimental / Universidade
Federal do Rio de Janeiro / Instituto de Nutrição Josué de Castro: Av. Carlos Chagas
Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2o andar, Cidade Universitária, Ilha
do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902

Anna Paola Trindade Rocha Pierucci (autora correspondente e coordenadora


das atividades: coleta de dados, escrita e revisão do manuscrito)
pierucci@nutricao.ufrj.br
Doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora do Departamento de Nutrição Básica e Experimental / Universidade
Federal do Rio de Janeiro / Instituto de Nutrição Josué de Castro
Av. Carlos Chagas Filho, 373 - Centro de Ciências da Saúde, Bloco J, 2o andar
Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21941-902
227

COMPROVAÇÃO DA SUBMISSÃO

---------- Mensagem encaminhada ----------


De: Maria Cristina Matoso <suporte.aplicacao@scielo.org>
Data: 26 de fevereiro de 2013 11:39
Assunto: [<B>RN</B>] Agradecimento pela Submissão
Para: Sra Leticia Azen Alves Coutinho <leticiaazenalves@gmail.com>

Prezado(a) Professoro(a) Dr(a)Sra Leticia Azen Alves Coutinho,

Agradecemos a submissão do seu manuscrito "Effect of a


Carbohydrate-Protein Supplementation on Indices of Recovery from a Military
Practical Situation" para Revista de Nutrição. Para toda correspondência
futura relativa a este trabalho, por favor, refira-se ao número gerado pelo
sistema SciELO.

Tão logo quanto possível, V.Sa será notificado(a) a respeito do processo


para consideração de eventuais sugestões dos revisores ou sobre a
aprovação ou rejeição do trabalho.

APROVEITAMOS PARA INFORMÁ-LO(A) QUE CASO O ARTIGO SEJA


CONSIDERADO COM
MÉRITO PARA PUBLICAÇÃO, SERÁ ACEITO SOMENTE MAIS UMA
RESUBMISSÃO DO
MESMO POR V.SA (APÓS O PROCESSO DE REVISÃO POR PARES).

Além disso, a Revista de Nutrição vem desenvolvendo uma política de


ampliação de seu impacto, com vistas à indexação em outras bases de
dados internacionais, para o que é recomendável a publicação de
manuscritos em outro idioma. Assim, gostaríamos de saber sobre o seu
interesse em:

1) Publicar o seu artigo em inglês, arcando com os custos da tradução.

O artigo tramitará em português e somente quando for aprovado em


última versão pelos revisores ad hoc é que os autores providenciarão a
versão em inglês.

Em caso de concordância, informamos que a Revista de Nutrição dispõe


de tradutor especializado a ser informado posteriormente solicitação.

2) Caso negativo, devido ao fato de grande número de artigo em


tramitação e/ou já aceitos pela nossa Revista, o artigo em questão,
após aprovação final, entrará em uma fila de espera.

3) Salientamos que a partir de 2013, ainda estaremos recebendo artigos em


português, mas a publicação será no idioma inglês, conforme a nova
política editorial da Revista de Nutrição.

No aguardo de sua breve manifestação, reiteramos a relevância dessa


política no aumento da visibilidade internacional das publicações, e
agradecemos sua valiosa colaboração com a Revista de Nutrição.

Através da interface de administração do sistema, utilizado para a


228

submissão, será possível acompanhar o progresso do documento dentro do


processo editorial, bastando logar no sistema localizado em:

URL do Manuscrito:
http://submission.scielo.br/index.php/rn/author/submission/112311
Login: leticia-azen1975

Em caso de dúvidas, envie suas questões para este email. Agradecemos mais
uma vez considerar nossa revista como meio de transmitir ao público seu
trabalho.

Maria Cristina Matoso


Revista de Nutrição
http://submission.scielo.br/index.php/nutr
229

ABSTRACT

The supplementation of carbohydrate conjugated with protein held after the exercise
has been associated with a lower increase in concentrations of muscle damage
markers. Objective: to assess the influence of supplementation with carbohydrate
added by pea protein concentrated on muscle recovery, after practical military
operation called Leader Reaction Test. Methods: Twenty-four soldiers from Brazilian
Army were divided into three equal groups (n=8). They received either supplementation
with carbohydrate (0.8g•body weight-1•hr-1) or carbohydrate+carbohydrate (1.0g•kg
body weight-1•hr-1) or carbohydrate+protein (0.8g•kg body weight-1•hr-1 carbohydrate+
0.2g•kg body weight-1•hr-1protein), immediately, 60 and 120min after Leader Reaction
Test. Prior, immediately after and 24 hours postLeader Reaction Testmaximal isometric
strength and body composition were assessed and blood samples were collected for
later analysis of concentrations of lactate dehydrogenase and creatine kinase.
Results:24 hours post Leader Reaction Test maximal creatine kinase concentrations
were significantly reduced compared withimmediately after (501.00±422.09 vs.
275.29±242.08 U/L (carbohydrate); 616.88±291.45 vs. 334.57±191.61 U/L
(carbohydrate+carbohydrate); and 636.75±340.67 vs. 382.88±234.42 U/L
(carbohydrate+protein), p=0.004). The maximal isometric strength and lactate
dehydrogenase levels were not significantly different during the time trials.
Conclusion: the present findings suggest that carbohydrate+proteincoingestion did not
improve the recovery of muscle function nor attenuated postexercise muscle damage
markers over carbohydrate alone.

Index terms: creatine kinase, lactate dehydrogenase, military, nutrition, recovery,


supplementation
230

RESUMO

A suplementação de carboidratos conjugada à proteína administrada após o exercício


tem sido associada com menores concentrações de marcadores de dano muscular.
Objetivo: avaliar a influência da suplementação com carboidratos adicionada do
concentrado protéico de ervilha na recuperação muscular, após uma operação militar
prática chamada Teste de Reação de Líderes. Métodos: Vinte e quatro soldados do
Exército Brasileiro foram divididos em três grupos iguais (n=8). Eles receberam a
suplementação com carboidrato (0.8g•kg de peso corporal-1•h-1) ou
-1 -1
carboidrato+carboidrato (1.0g•kg de peso corporal •h ) ou carboidrato+proteína
(0.8g•kg de peso corporal-1•h-1 de carboidrato + 0.2g•kg de peso corporal-1•h-1 de
proteína), imediatamente, 60 e 120min após o Teste de Reação de Líderes. Antes,
imediatamente após e 24 horas de após o Teste de Reação de Líderes avaliou-se a
força isométrica máxima e composição corporal e amostras de sangue foram
coletadas para análise posterior das concentrações de lactato desidrogenase e
creatina quinase. Resultados: 24 horas de após o Teste de Reação de Líderes as
concentrações de creatina quinase estavam significativamente reduzidas em
comparação o momento imediatamente após (501.00±422,09 vs. 275.29±242.08 U/L
(carboidrato); 616.88±291,45 vs 334.57±191,61 U/L (carboidrato+carboidrato) e
636.75±340.67 vs 382.88 ± 234,42 U/L (carboidrato+proteína), p=0,004). A força
isométrica máxima e os níveis de lactato desidrogenase não foram significativamente
diferentes em nenhum momento. Conclusão: os resultados sugerem que a
coingestão de carboidrato+proteína não melhora a recuperação da função muscular
nem atenua a liberação de marcadores de danos musculares após o exercício em
comparação com carboidrato isoladamente.

Termos de indexação: creatina quinase, lactato desidrogenase, militares, nutrição,


recuperação, suplementação
231

INTRODUTION
Prolonged endurance and short bouts of high intensity exercise are associated
with elevated muscle tissue damage 1,2 and glycogen depletion3,4. The increased levels
of some markers of muscle damage and muscle soreness, such as creatine kinase
(CK), lactate dehydrogenase (LDH)4 are associated with decreased physical
performance5, thus the early recovery from exhaustive exercise is necessary. There is
scientific evidence that carbohydrate (CHO) intake immediately after exercise can
promote rapid glycogen repletion and athletes recovery6. However, some researchers
have demonstrated that the association of protein (PRO) with CHO intake can improve
athlete’s recovery better than CHO alone.
Studies have shown that intake of CHO plus PRO during the recovery period
after exercise optimizes glycogen repletion3,7,8and protein balance9. Many other studies
have demonstrated that the consumption of supplements containing CHO+PRO
compared with only CHO after exercises has been associated with attenuated post-
exercise muscle damage markers, such as plasma CK10,11,1,12,13,14andLDH11and could
also improve muscle function15, since is thought to be one of the more valid indirect
measures of muscle damage16,17. The improved muscle function eventually observed
after CHO+PRO ingestion might have practical implications for performance in
subsequent exercise14,18.
However, controversial results are found in the literature, where no addition
ergogenic effect is promoted by CHO+PRO compared to CHO alone18,19,20. Thus, the
efficacy of adding PRO to CHO for endurance performance or recovery remains
unclear. The studies that aimed to identify the effect of CHO+PRO in the recovery of
athletes where conducted with different methodological approaches, which can
contribute to the controversial results in the literature. Studies varies, principally, as
concerns the study design (e.g., crossover, placebo controlled), performance trial, the
CHO:PRO ratio and the source of protein21.
The main protein source studied until now is the whey protein14,18,19,22. Hence,
researches are currently directed toward the evaluation of under exploited sources,
such as alternative protein crops. Proteins from legume seeds, such as pea
(Pisunsativun), have been widely studied as regards functional and bioactive properties
important for novel food development and for human health23,24. The use of pea protein
in the recovery of individuals undergoing exhaustive physical activity is novel and could
probably bring new contribution to sports supplements development.
Special soldiers from the Brazilian Army engaged in a specific field operation
showed a significant increase in blood concentrations of CK, featuring high muscle
damage25. Probably, this population will benefit from nutritional strategies aimed to
232

optimize muscle recovery after an exhaustive physical activity test. Thus, the aim of
this study was to assess the influence of a CHO+PRO (pea protein concentrate)
supplementation on muscle recovery parameters in militaries undergoing a Leader
Reaction Test (LRT), which is a very exhaustive stage of a military operation designed
to prepare military leaders under severe conditions of feed, water and sleep deprivation
in a jungle crossing.

METHODS

Participants
The subjects consisted of twenty-three soldiers, aged 26.96±4.14 years, who
participated in the LRT. All participants signed an informed consent before taking part
in the study. The experimental protocolwasaprovedbytheEthicalComiteeofthe Instituto
de Estudos em Saúde Coletiva from Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
(Nº81/2010).

Experimental Design
The study was double-blind randomized controlled trial. Maximal isometric
strength, body composition and blood samples (for analysis of serum CK and LDH)
were assessed in three time trials: prior (T1), immediately after (T2) and 24 hours post-
LRT (T3). At T2 subjects were required to consume one of three recovery treatments:
1) carbohydrate (CHO); 2) carbohydrate plus carbohydrate (CHO+CHO); and 3)
carbohydrate plus protein (CHO+PRO). All tests were conducted in a fasted state.

Leader Test Reaction


LTR basically consists in a 100km march on foot (with inclines and slopes of
roads, fields and woods), climbs, sprints and crawling, interspersed with practical
workshops. During these activities the subjects were using uniform and carried the
food supplies and weapons with a total weight around 25kg. The subject’s energy and
water intakes and sleep periods were restricted and permanently controlled during the
four days of LTR, according to the brazilian military regiment (Table 1).

Body Composition
Body mass and height were determined using clinical scales with stadiometer
®
Filizola (Brazil), mechanical model, with a scale from zero to 150kg and 100g
precision, according to the Lohman protocol26. Body fat percentage was assessed
using Lange® skinfold caliper and three-site skinfold protocol: abdomen, pectoral, and
233

thigh locations27. The total body water was predicted by tetrapolar bioelectrical
impedance using Biodynamics® 310 equipment.

Maximal isometric strength


Maximal isometric force was measured to evaluate muscle function bilaterally
using hand-held Takei® Dynamometer. The subjects exerted a maximal force on the
dynamometer, making three attempts with each hand alternating with 30 seconds
intervals, according to Johson&Nelson28.

Blood analysis
In each time trial (T1, T2 and T3) a 10-mL blood sample was collected from the
antecubital vein and centrifuged at 7000 rpm during 10 min for the extraction of blood
plasma and further analysis. All plasma samples were stored at -80°C. Enzymatic
analysis of LDH and CK concentration was performed using the semiautomatic
Express Plus 550™analyzer.

Supplementation
The CHO supplement provided subjects with 0.8g•kg body weight-1•hr-1;the
CHO+CHO provided the amount of CHO added by 0.2g carbohydrate•kg body weight-
1
•hr-1, making the total of 1.0g carbohydrate•kg body weight-1•hr-1;and CHO+PRO
provided 0.8g•kg body weight-1•hr-1 of carbohydrate, and 0.2g protein•kg body weight-
1
•hr-1.The supplementation was provided twice, in the first and in the second hour after
LRT. It is emphasized that CHO and CHO+PRO had the same amounts of
carbohydrates and CHO+CHO and CHO+PRO were isocaloric, also all supplements
were designed to have the same physical aspect. All the supplementations provided
identical types of carbohydrate in the form of maltodextrin (50%)(Corn Brazil MOR REX
1910), glucose (35%) (Corn Brazil MOR REX 1940) fructose (15%), and pea protein
concentrated (PPC) (Propulse Perrheim Foods, Canada) in the CHO+PRO
supplement.

Food intake after the LRT


Each subject was submitted to a 24-hour dietary recall (24HDR) in T3, aiming to
quantify the energy and macronutrients intake after the LRT, during the 24h interval
between T2 and T3. The results were obtained with the support of DietPro™ 5.1i
Professional software.
234

Statistical Analysis
Descriptive statistics are presented as Mean±SD and in figures as Mean±SEM.
All variables were investigated using separate two-way ANOVA (time: T1, T2 and T3; x
group: CHO, CHO+CHO and CHO+PRO) with repeated measures on time, with Tukey
post hoc analyses. The evolution of body mass, TBW and body fat through time trials
was made as percentage of the values in T1.
All statistical analysis was performed using the SPSS statistical package
(Version 20.0) and statistical significance p < 0.05.

RESULTS

Body Composition
Only twenty-three subjects completed all testing in the study. Their
characteristics are displayed in Table 2. The body mass, TBW and body fat recorded
during the LRT are demonstrated in Figure 1. For the body mass, there were no
significant differences between treatments (p=0.227) and interactions for treatments x
time (p=0.161). However, only were observed main effect for time (p = 0.038). There
were statistically significant differences for T1 vs. T2 (p=0.020), and T1 vs. T3
(p=0.035) (Figure 1A). The TBW were no statistically significant different between
treatments (p=0.664) and interactions for treatments x time (p = 0.881). However, the
ANOVA indicated statistically significant main effect for time (p < 0.001). There were
statistically significant differences for T1 vs. T2 (p<0.0001), and T1 vs. T3 (p<0.0001)
(Figure 1B). In the body fat, there were no statistically significant differences between
treatments (p=0.068) and interactions for treatments x time (p = 0.562). However, the
ANOVA indicated statistically significant main effect for time (p < 0.001). There were
statistically significant differences for T1 vs. T2 (p<0.0001) and T2 vs. T3 (p<0.0001)
(Figure 1C).

Maximal isometric strength


The maximal isometric strength of the subjects measured by dinanometry was
in average 35,58 ± 6,28 Kgf and were not significantly different during the time trials.

Blood analysis
The plasma LDH subjects levels varied from 213.00 to 820.00 U/L and the
statistical analysis demonstrated that there was no significant difference between
treatments (p = 0.394) or time course (p = 0.125). The plasma CK levels of subjects in
the initial of the study varied from 104.00 to 1139.00 U/L. As demonstrate in Figure 2,
235

CK data were statistically different in all time trials, indicating that there was an
increase in T2 and a decrease in T3 (p = 0.004), independently from the
supplementation treatments (Figure 2).

Food intake after the LRT


The 24HDR applied in T3 demonstrated that there was no difference between
groups on energy and macronutrients intake as shown in Table 3.

DISCUSSION

The primary objective of this study was to examine whether acute ingestion of a
CHO added by pea protein supplement, as opposed to CHO alone, over 2h following
strenuous military practical situation would have an impact on systemic indices of
muscle damage and alterations in muscle function.
Recovery of muscle function and exercise performance is important for soldiers
often involved in military practical situation with physical activities performed until
exhaustion. Muscle recovery can be evaluated by several parameters, such as plasma
LDH and CK and isomeric strength, which were investigated in this study as concern
the influence of different type of supplementation, immediately after the exercise bout.
According to previous studies, CK and LDH measurements at 24 h post-exercise have
a practical relevance13,22supporting the use of such analysis in this work.
The present results demonstrated that the CHO+PRO intake did not improve
any of the measured markers of post-exercise recovery compared to CHO
independently from the dose, corroborating the results from many others
studies18,19,20,22. Additionally, in accordance with our study, Betts et al.19,Breen et
al.18,Green et al.20and White et al.2, showed that the co-ingestion of CHO and PRO
does not improve the recovery of isometric strength.
On the other hand, controversial results have been found in the literature, since
in many other studies ergogenic effect was promoted by CHO+PRO in the reduction of
plasma CK1,10,11,12,13,14 and LDH11, compared with ingestion of only CHO. Miller et al.29
and Koopman et al.9 reported that CHO+PRO ingestion could improve the balance
between protein degradation and protein synthesis, which might explain reductions in
muscle damage with CHO+PRO ingestion demonstrated in those studies. According to
Breen et al.18 it would seem that studying direct markers of sarcolemmal disruption
(biopsy or magnetic resonance imaging techniques), in concert with post-exercise tests
of muscle function, may provide clearer answers regarding the efficacy of CHO+PRO
for improving recovery.
236

Many other controversial results are found in the literature. Ivy et al.30 discussed
some methodological variances that could explain these inconsistencies, including
differences in carbohydrate and protein concentrations in the supplements, supplement
administration protocols, the time period of recovery measurements, and the applied
exercise protocol. Since this is the first study to investigate the effect of CHO
supplementation added by pea protein in a practical condition, such as the LRT,
comparison with other findings is limited.
This study aimed not only to test the effects of two different CHO concentrations
but also the impact of adding the protein with a standardized energy supply. According
to Saunders et al.1, by matching the carbohydrate portion, any difference in recovery
can be attributed to something other than the absolute carbohydrate content of the
supplements. So a limitation from many studies is that the increased availability of total
calories from the CHO+PRO supplementation may have contributed to differences
between trials1,10,12. It is becoming apparent that when total calories are controlled, the
proposed beneficial effects of the added protein are not fully supported20. It is unclear
from some studies, however, whether benefits were the result of supplements
consumed during exercise14,18, post-exercise10,20,22 or both11,12,19.Luddenet al.10 provided
evidence that significant attenuation in plasma CK can be achieved with only post-
exercise feedings of CHO+PRO.Millard-Stafford et al.22 andGreen et al.20 also
investigated the effects of post-exercise ingestion of CHO+PRO supplementation in the
muscle damage prevention, in comparison with CHO only, but none of these confirmed
the theory from Luddenet al.10 regarding CK indices.
It should be noted that CHO+PRO group received a 4:1 ratio of carbohydrate to
protein supplementation as has already been tested in other studies1,7,11,12,14,20,22,31,32.
However, more recent studies have tested the 3:1 ratio, so a larger amount of PRO
relative to CHO18,19,33,34. Therefore, the optimal protein concentration must be clarified,
so that we can better understand if the result obtained in this study could also be
related to this variable.
Another possible explanation for the inconsistent findings in this area might be
related to the response magnitude of certain systemic indexes of muscle damage,
because the majority of studies showing significant effects have maximum CK levels
between 250 and 600 U/L10,11,14,35, while those showing no significant effects have
typically reported peak CK levels in the region of 1000-1400 U/L2,20. Considering that
the subjects in the present study already had high levels of plasma CK before the LRT
it is reasonable to suppose that our results could be correlated to the hypothesis cited
above.
237

The exercise protocol applied to test the effects of the supplementation could
also influence the results from the study. Currell & Jeukendrup36 highlighted the fact
that the ecological validity of laboratory exhaustive exercise protocols is limited
because athletes do not compete in events that require sustaining a fixed output for as
long as possible. The field activities, as such performed by the soldiers in this study,
are executed in a real training condition under environment ecological variables and
this might reflect in a higher physical effort and generalized whole-body soreness,
differently from that experienced in laboratory protocol exercise applied in many
studies. Betts et al.19 and Green et al.20 also adopted field exercise protocol and their
reported results corroborate with our study suggesting that the additional protein in the
supplement do not confer any benefit in the muscle recovery in such conditions. When
performance is measured in a not controlled environment, additional protein does not
seem to be advantageous18. Probably, because of this, in the present study the effects
of a CHO supplement combined with PRO failed to demonstrate the effects on CK and
LDH, even having been given after a military practical activity known for its high
physical stress.
Although diet was not controlled in our study it was observed by the 24HDR that
military held a high energy intake in the recovery period, compared to their nutritional
requirements. It was initially considered that this could mask the effects of
supplementation. However, Breen et al.18 standardized the individual’s diet according
to their eating habits throughout the study and did not find effect of the CHO+PRO
supplementation on the muscle recovery parameters. Many other researchers only
asked the subjects to maintain similar diets throughout the study. They found no
significant differences in calories, protein, or carbohydrate content of their diets during
treatment periods10,11,19,35. But in opposite to Breen et al.18, only Luddenet
al.10andRomano-Ely et al.11 have found that the CHO+PRO attenuated post-exercise
muscle damage, compared with CHO supplementation. A comparison between those
studies becomes difficult, since only in the study of Breen et al.18 diets composition was
demonstrated. Probably, controlling the subjects diet does not interfere in the analyzed
parameters, but this issue still needs to be clarified.
Because total dietary protein intake was adequate during both treatments
(CHO+PRO and CHO), Ludden et al.10 proposed that the positive attenuation in CK
levels, observed with CHO+PRO supplementation, might be related to timing of protein
intake rather than to total daily protein ingestion. Therefore, after supplementation
period, beyond the control of the diet, we believe that is also necessary to determine
nutrient intake, as concerns to the recommendations. Finally, it should also be
investigated the differences benefits or effects between animal and vegetable proteins
238

so that we can better understand if vegetable protein tested (pea protein concentrate)
could generate the same results as whey protein, since this is the most commonly
source added to the basis of CHO supplements1,10,11,14,18,19,20,22.

CONCLUSION

In conclusion, according our results, when supplemented energy intake is


controlled and CHO is ingested at rates considered optimal for recovery, the addition of
pea protein concentrate in the first two hours after field exercise, do not seems to
improve the 24 h recovery of muscle function nor post-exercise muscle damage
markers, over CHO alone. In accordance to previous studies, the metabolic and the
physiological response to CHO+PRO supplementation may be dependent on the
magnitude of CK increasing, exercise protocol applied, the CHO:PRO ratio and type of
protein administered. Moreover, it seems to be relevant to evaluate recovery under are
strict diet control throughout the research period.

Acknowledgments
The authors would like to thank FAPERJ and CNPq for financial support and budget.

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243

Table 1. Description of sleep, distance, hydration and daily energy intake

during TRL

Period Sleep Distance Hydration Daily energy intake

(day) (h) (km) (L) (kcal)

1st 4h 20km 3L 1737

2nd 3h 36km 2L 1190

3nd 2h 28km 1L 970

4nd 1h 16km - -
244

±SD
Table 2. Subjects characteristics, Mean±

Total Group

(n=23)

Height (m) 1.78 ±0.06

Body Mass (kg) 80.74 ±9.89

BMI (kg.m-2) 25.53 ± 2.20

Body Fat (%) 10.82 ±3.44

Total Body Water (L) 53.43 ±6.66


245

Figure 1. Evolution of the body mass (A), TBW (B) and body fat (C), Mean (±SEM),
through time trials, as percentage of the values in T1. CHO = carbohydrate; PRO =
protein. *Significant difference between T1 vs. T2 (p = 0.020(A); p < 0.0001 (B); p <
0.0001(C)); **Significant difference between T1 vs. T3 (p = 0.035(A); p < 0.0001 (B); p
< 0.0001(C)).
246

Figure 2. Creatine kinase levels (U/L), Mean (±SEM), through time trials. CHO =
carbohydrate; PRO = protein. *Significant difference between T2 versus T3 (p = 0.004).
247

Table 3. Energy and macronutrients intake after LRT, Mean ±SD

Total Group CHO Group CHO+CHO CHO+PTN

(n=23) (n=7) Group (n=8) Group (n=8)

Total Energy 6034.60±1272.56 5522.77±936.58 6176.56±1297.30 6340.49±1504.26

(kcal)

Carbohydrate (g) 1061.52±207.86 967.69±131.51 1119.60±205.46 1132.28±271.65

Protein (g) 140.58±19.35 135.58±21.33 142.23±21.87 143.31±16.47

Lipid (g) 136.24±45.33 123.30±39.02 139.51±55.70 152.60±46.97

Note: Statistical differences were not observed between groups (p>0.05).

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