Jazigo Perpetuo e Competencia
Jazigo Perpetuo e Competencia
Jazigo Perpetuo e Competencia
Banco do Conhecimento
Divisão de Gestão de Acervos Jurisprudenciais (DGCON/DIJUR)
Serviço de Pesquisa Jurídica (DGCON /SEAPE )
Data da atualização: 08.06.2011
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0312339-95.2009.8.19.0001 - APELACAO - 1ª Ementa
DES. CLAUDIA TELLES DE MENEZES - Julgamento: 15/02/2011 - QUINTA CAMARA
CIVEL
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0002729-82.2009.8.19.0000 (2009.002.15076) - AGRAVO DE INSTRUMENTO
- 1ª Ementa
DES. LUISA BOTTREL SOUZA - Julgamento: 05/05/2009 - DECIMA SETIMA
CAMARA CIVEL
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0019867-28.2010.8.19.0000 - CONFLITO DE COMPETENCIA - 1ª Ementa
DES. CELIA MELIGA PESSOA - Julgamento: 03/08/2010 - DECIMA OITAVA CAMARA
CIVEL
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0010790-97.2007.8.19.0000 (2007.002.14997) - AGRAVO DE INSTRUMENTO
- 1ª Ementa
DES. ODETE KNAACK DE SOUZA - Julgamento: 26/09/2007 - VIGESIMA CAMARA
CIVEL
JAZIGO PERPETUO
BEM PUBLICO DE USO ESPECIAL
CONCESSAO DE DIREITO REAL DE USO
IMPOSSIBILIDADE DE PARTILHA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PARTILHA DE BENS. PECÚLIO. APLICAÇÃO DA REGRA
DO ARTIGO 263, I, DO CC/16. IMPOSSIBILIDADE DE PARTILHA. JAZIGO
PERPÉTUO. OS JAZIGOS PERPÉTUOS TÊM A NATUREZA DE BEM PÚBLICO DE USO
ESPECIAL (ARTIGO 66, II, CC/16 E 98, II, CC/02), CUJO DIREITO REAL DE USO É
CONCEDIDO AO PARTICULAR. CONFORME JURISPRUDÊNCIA DESTE TRIBUNAL DE
JUSTIÇA, É POSSÍVEL A TRANSMISSÃO DO DIREITO DE USO EM RAZÃO DE
SUCESSÃO CAUSA MORTIS, TENDO EM VISTA QUE A CONCESSÃO DO USO DO
JAZIGO VISA AO BENEFÍCIO DA FAMÍLIA. CONTUDO, NÃO SE ADMITE A MUTAÇÃO
DE TITULARIDADE, MOTIVO PELO QUAL SE VEDA A PARTILHA. RECURSO
PROVIDO, EM PARTE.
JAZIGO
TRANSFERENCIA DE TITULARIDADE
ALVARA DE AUTORIZACAO
CONCESSAO DE USO
POSSIBILIDADE
Apelação Cível. "Jus sepulchri". Requerimento de alvará para transferência de
titularidade de jazigo. O direito a jazigo perpétuo constitui concessão de direito real
de uso, sob administração do concedente. No âmbito do direito administrativo,
reconhece-se e consagra-se o direito à perpetuação da sepultura, não propriamente
como direito real, mas como concessão, figura contratual pela qual a
Administração, direta ou delegada, compromete-se a manter o jazigo afetado à
utilização que lhe é inerente, por prazo certo ou indeterminado, de acordo com as
cláusulas estabelecidas. Assim sendo, os cemitérios estão submetidos ao regime
jurídico de direito público, que consagra a faculdade jurídica de perpetuação da
sepultura, não como direito real, mas como concessão, figura contratual pela qual a
Administração direta ou delegada compromete-se a manter o jazigo afetado à
utilização que lhe é inerente, resultando daí a impossibilidade de formalização de
ato de alienação de "jus sepulchri" à revelia do Serviço Funerário, afigurando-se
ainda essa espécie de bem insuscetível de avaliação e inventário. Provimento do
apelo.
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2006.700.238290-2 - CONSELHO RECURSAL - 1ª Ementa
Juiz (a) MARIA CANDIDA GOMES DE SOUZA – Julgamento: 05/06/2006
JAZIGO
TRANSFERENCIA DE TITULARIDADE
RECUSA
CONCESSIONARIA
JUIZADO ESPECIAL CIVEL
COMPETENCIA
Pretensão de transferência de titularidade de carneiro perpétuo. Competência dos
Juizados Especiais Cíveis que se reconhece. Análise da matéria à luz do art. 22 do
CDC. Entidade responsável (Santa Casa de Misericórdia) pela venda dos carneiros
em questão, que é concessionária de serviços, possuindo natureza pública, e que
promove verdadeira relação de consumo com todos aqueles que se dispõe a
adquirir os carneiros perpétuos para sepultamento dos restos mortais de suas
famílias. Embora tendo a autora recebido através de sucessão os direitos
decorrentes do carneiro perpétuo, por ter havido o óbito de sua genitora, e sendo
ela a única herdeira, resistiu a ora ré em proceder àquela transferência sem
qualquer respaldo legal, uma vez que a concessão de utilização perpétua do jazigo
administrado pela ré se constitui em um direito e, como tal tendo ingressado no
patrimônio da genitora da autora para esta foi transferido no momento da
sucessão. Interpretação que se extrai do disposto no Decreto "E" 3.707/70, que
prevê expressamente que, no caso de falecimento do titular, sucede-lhe aquele que
por disposição legal ou testamentária tiver direito ao jazigo, "in casu", a única
herdeira da falecida titular. Inexistência de qualquer impedimento legal para a
competente transferência. Sentença que extinguiu o feito, sem análise do mérito,
por entender incompetente o Juízo para o deslinde da causa, não podendo ser
mantida. Julgamento de plano que se permite pela aplicação do art. 515, par. 3. do
CPC. Recurso provido.
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2008.700.034709-5 - CONSELHO RECURSAL - 1ª Ementa
Juiz (a) FLAVIO CITRO VIEIRA DE MELLO - Julgamento: 07/08/2008
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