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Paliativo 3

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PROBLEMA 3- DOR E CUIDADOS PALIATIVOS

Objetivo 01: Caracterizar Síndrome de Imobilização


INTRODUÇÃO – Rafaella
A síndrome da imobilidade é definida como um conjunto de repercussões deletérias ao organismo acamado por um
período prolongado. Sendo muito prejudicial principalmente para os indivíduos que apresentam idade superior aos 60
anos. As causas desta imobilidade são variadas, porém as mais predominantes são as afecções neurológicas e
músculo-esqueléticas.
● - 7 a 10 dias: Quando o paciente passa de 7 a 10 dias restrito ao leito, considera-se este tempo como
período de repouso.
● - 10 a 15 dias: A partir de 10 dias, entre 12 e 15 dias, já é considerado imobilização.
● - A partir de 15 dias: Depois deste período, o paciente já assume uma condição de decúbito de longa
duração. A cada semana de restrição ao leito, o paciente o paciente perde massa muscular e
consequentemente força muscular. Ao final de quatro semanas, o indivíduo perde aproximadamente 50% da
força inicial. O sistema músculo-esquelético é o mais acometido por esta síndrome, porém não é o único.
Praticamente todos os sistemas do organismo ficam comprometidos: cardiorrespiratório, vascular, endócrino,
gastrointestinal, urinário e neurológico, além do tecido conjuntivo e epitelial.

ETIOLOGIA – Gabriel
A etiologia desta síndrome é multifatorial. Sendo os principais fatores músculo - esqueléticos e neurológicos. Pode
ser desencadeada por fatores psicológicos, sociais e físicos. Aspectos psicológicos/neurológicos O paciente
depressivo, que apresenta medo de cair ou ainda alguma doença neurodegenerativa, como Alzheimer, podem passar
a ficarem restritos no leito e desenvolverem a Síndrome. Aspectos Sociais - Pacientes institucionalizados, pacientes
que se isolam socialmente que não tem estímulos para se levantar, onde não há o apoio da família. Pessoas com
este perfil têm uma tendência maior a se restringir ao leito, culminando nesta afecção. Aspectos Físicos - Indivíduos
idosos apresentam uma série de limitações físicas que podem levar o paciente a imobilidade no leito. Tais afecções
podem ser: osteoporose, fraqueza muscular, insuficiência venosa. O tratamento de fraturas pode ser, em alguns
casos, a restrição ao leito até que a mesma esteja consolidada. Isto pode fazer que o indivíduo fique acamado por
até quatro semanas, trazendo benefícios para o local acometido, porém efeitos deletérios para o organismo de uma
forma geral.

SINTOMATOLOGIA – Stefane
A imobilidade prolongada por consequência da restrição ao leito pode levar o indivíduo a uma redução geral da
condição funcional, diminuição no nível de condicionamento físico, na força muscular, tornando-o mais suscetível a
uma série de mudanças que podem comprometer ainda mais a sua condição, tais como: aumento de peso, com
alterações na composição corporal, aumentando o percentual de gordura e diminuindo o de massa magra, aumento
da pressão arterial, diminuição da amplitude de movimento das articulações, piora do condicionamento
cardiovascular. Os sinais e sintomas desta síndrome podem ser percebidos em praticamente todos os sistemas do
organismo, e seu grau de comprometimento vai variar de acordo com as condições prévias do paciente, às
comorbidades pré-existentes, e aos cuidados no leito com este paciente. Os sistemas mais comumente afetados são:
musculoesquelético, sistema cardiovascular, sistema endócrino, sistema gastrointestinal, sistema geniturinário e
sistema respiratório.

SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO – Camila


Este é o sistema onde as repercussões são mais percebidas pelos profissionais da saúde. Os pacientes podem
apresentar osteoporose, fibrose, contraturas, atrofia muscular, consequentemente fraqueza e diminuição da
resistência muscular, pois os músculos não mantêm a integridade de suas funções em decorrência da inatividade. As
transferências no leito ficam prejudicadas, o paciente passa a não poder auxiliar nas atividades da vida diária. Os
primeiros músculos a serem lesados são os dos membros inferiores, pois a gravidade passa a não exercer seu papel
com plenitude, o que pode contribuir também com a desmineralização óssea e consequente osteoporose. A falta de
mobilidade acarreta inatividade muscular, fraqueza muscular e pode comprometer a irrigação sanguínea, diminuindo
o aporte nutricional e a tolerância ao ácido lático. Peri-Articulares: As contraturas miogênicas e dos tecidos
conjuntivos Peri articulares, tem como consequência diminuição da amplitude articular, dor e desconforto aos
movimentos, prejudicando ainda mais as atividades do paciente restrito ao leito. O posicionamento em que o paciente
fica durante a restrição ao leito é muito importante para prevenir as contraturas. Evitar posições em flexão é uma boa
medida para esta prevenção, além de exercícios passivos e mudanças de decúbito. Intra-Articulares: As estruturas
intra-articulares, como as cartilagens, são nutridas pelo líquido sinovial, que precisa de movimentação. Com a
imobilidade, há a atrofia da cartilagem, desconstituição do tecido dos ligamentos, consequentemente proliferação de
tecido fibroso e culminando em fibrose capsular. Observa-se também durante a síndrome da imobilidade uma
diminuição da massa óssea, desmineralização, devido à ampliação da atividade osteoclástica e diminuição da
atividade osteoblástica

SISTEMA TEGUMENTAR – Leonardo


Durante a restrição prolongada ao leito é comum encontrarmos atrofia de pele, com epiderme fina, e úlceras de
decúbito. Essas úlceras são definidas como locais que apresentam ulcerações com necrose celular causada por
isquemia. A isquemia acontece quando uma pressão externa sobre o tegumento é maior que a pressão capilar, o que
faz diminuir o fluxo sanguíneo para região, a oxigenação dos tecidos e seu aporte nutricional. As úlceras de pressão
causam dor e desconforto ao paciente, além de prolongar a doença, retardo de alta hospitalar e deixar o indivíduo
mais suscetível a quadros infecciosos, devido à descontinuidade da pele, e à umidade e calor aumentados no local.
Causam também o aumento da mortalidade dos indivíduos acometidos, por septicemia por pseudomonas
aeruginosas estreptococos, estafilococos e escherichia coli, tanto local quanto e sistemicamente.

SISTEMA CARDIOVASCULAR –Livia


Nesta síndrome há uma deficiência do retorno venoso, levando a um acúmulo sanguíneo nos membros inferiores,
que além de agravar o edema destes membros, promove um enchimento incompleto do ventrículo esquerdo, levando
a um déficit na eficiência cardiovascular. Estes eventos desencadeiam um mecanismo compensatório, com objetivo
de manter os níveis adequados de irrigação sanguínea. Faz parte deste mecanismo: o aumento da frequência
cardíaca de repouso, onde há o aumento de um batimento por minuto a cada dois dias, elevação da pressão arterial
sistólica causado pela resistência periférica aumentada e o tempo de ejeção sistólico absoluto e de diástole é
encurtado, diminuindo o volume sistólico.

SISTEMA ENDÓCRINO E GASTROINTESTINAL – Lara


Com o imobilismo ocorrem várias alterações hormonais, tais como: aumento do paratormônio no sangue,
possivelmente relacionado à hipercalcemia devido ao aumento da atividade osteoclástica proveniente da
imobilização. Além de diminuição dos níveis do hormônio do crescimento, ACTH e da produção de adrenalina e
noradrenalina. Ocorrem alterações em todo o Trato gastrointestinal (TGI), como, anorexia, diminuição do
peristaltismo intestinal, ocasionando diminuição da absorção de nutrientes e constipação, que é agravada pela
desidratação e redução do volume plasmático. Ocorre também incontinência fecal.

SISTEMA RESPIRATÓRIO – Brenda


As complicações que ocorrem neoste sistema são preocupantes devido à alta mortalidade. A função pulmonar fica
comprometida, em torno de 25% no imobilismo. Há uma redução da capacidade pulmonar total, do volume corrente,
volume minuto, volume residual e volume expiratório forçado. Em decorrência da perda de força muscular, os
movimentos do diafragma e dos músculos intercostais ficam debilitados, tornando a respiração mais superficial. Esta
superficialização da respiração, associada ao aumento relativo do dióxido de carbono, aumenta a frequência
cardíaca. há também o acúmulo de secreções, pois o paciente, a função ciliar, a expansão torácica e a força
muscular estão prejudicadas.

DIAGNÓSTICO – Camili
Os critérios para identificação desta síndrome são classificados em critérios maiores e menores. Existem dois
critérios maiores: múltiplas contraturas e presença de déficit cognitivo. Os critérios menores são: úlcera de pressão,
disfasia, dupla incontinência e afasia. O paciente é considerado como portador da síndrome da imobilidade quando
apresenta os dois critérios maiores e dois dos quatro critérios menores.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO – Deborah


O tratamento e a prevenção da síndrome da imobilidade são baseados em uma abordagem multidisciplinar, onde
cada profissional tem um papel fundamental no cuidado com o paciente, inclusive com a ajuda ativa dos familiares e
cuidadores. O paciente deve ser estimulado a ter uma movimentação no leito. Essa movimentação deve ser realizada
com exercícios preferencialmente ativos, porém, podem ser realizados exercícios passivos, quando o paciente não ti
ver condições de realizá-los sozinho. Esse trabalho é realizado com objetivo de movimentar as articulações,
mantendo os músculos em movimento e evitando ou minimizando os riscos de contraturas e atrofias musculares.
Além disso, se possível, a depender do caso, o paciente deve ser estimulado a deambular. Exercícios pulmonares
devem ser realizados, com objetivo de prevenir ou minimizar complicações pulmonares. Com autorização médica, o
Fisioterapeuta realiza esta atividade e orienta a família a tentar fazer o mesmo. A realização destes exercícios, além
dos benefícios já citados, evita também complicações circulatórias, reduzem dor, edema e promovem relaxamento.
Debora
A prevenção de úlceras de decúbito é muito importante e deve ser feita através da mudança constante de decúbito,
de duas em duas horas, do cuidado na hora do manejo deste paciente, para não machucá-lo, uma vez que este tem
a pele fragilizada. Outro ponto importante na prevenção e a manutenção da pele hidratada e seca. Também devem
existir cuidados com a região já ulcerada, a fim de prevenir complicações. A troca constante de fraldas deve ser
realizada para evitar que a pele do paciente fique úmida e os lençóis do paciente devem estar sem dobras. O
posicionamento do idoso no leito é deve ser estimulado, para que não haja posições viciadas, como, por exemplo,
em flexão, pois este posicionamento é favorável ao desenvolvimento de contraturas musculares. O suporte
nutricional deste paciente deve ser realizado com rigor, pois o indivíduo desnutrido apresenta maiores chances de
ocorrência de úlceras e de complicações. Além disso a absorção de nutriente está prejudicada, devido às alterações
no sistema gastrointestinal.

PLANO DE AÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA – Morgana


Uma das primeiras ações a serem feitas pela equipe da APS é a construção de um plano de intervenção que impeça
a progressão da imobilidade e ainda a promoção de um plano de reabilitação. Estes devem contemplar a
recuperação da situação de base e garantir a hidratação, nutrição, ritmo intestinal, controle adequado da dor, sono
adequado e conforto externo. Deve-se ainda evitar a polifarmacologia e intervir no fator ambiental e promover um
apoio psico-sócio-familiar adequado. É necessário, ainda, que seja identificado os fatores de risco, orientação ao
idoso, família e cuidador na adequação do ambiente e captação do idoso nas atividades de vida diária, evitando
acidentes domésticos além do controle e uso correto de medicações. A visita domiciliar feita pelo PSF contribui para
a solução dos problemas de saúde do idoso em seu foco de origem. Além de permitir que a equipe de saúde tome
conhecimento das condições reais de vida da população assistida.

Objetivo 02: Explicar a escala de performance paliativa (PPS, ECOG, KPS).


KARNOFSKY PERFORMANCE STATUS (KPS) – Rafaella
O KPS (Quadro 2) foi
desenvolvido em 1949 por
Karnofsky e Burchenal e
segue sendo muito utilizado. É uma
escala que avalia a
funcionalidade do paciente em forma
de percentual, classificando-o
quanto à capacidade de
realizar trabalho ativo e
autocuidado e à necessidade de
cuidados médicos frequentes em
razão da maior evidência de
doença. O KPS possui 11 categorias e cada uma é pontuada em 10%; uma pontuação mais baixa indica pior
funcionalidade (100%: função completa – 0%: morte). Essa ferramenta está diretamente relacionada ao prognóstico
em oncologia. Quanto pior a funcionalidade, maior a chance de toxicidade com o tratamento e menor a probabilidade
de sobrevida. Em pacientes com câncer avançado em cuidados paliativos exclusivos, um KPS abaixo de 50% está
associado a uma probabilidade de sobrevida menor que oito semanas.

EASTERN COOPERATIVE ONCOLOGY GROUP (ECOG): Stefane


A escala Eastern Cooperative Oncology Group – Performance Status (Ecog-PS) (Quadro 3) avalia como a doença
afeta as habilidades de vida diária do paciente, com escores que variam de zero a cinco pontos. A pontuação cinco
refere-se à morte, e a zero refere-se ao paciente totalmente ativo.

PALLIATIVE PERFORMANCE SCALE (PPS): Camila


A Palliative Performance Scale (PPS) (Quadro 10) é uma
ferramenta que tem sido amplamente utilizada para
avaliar o desempenho funcional e para traçar
prognóstico de sobrevida entre pacientes com doença
oncológica em cuidados paliativos. Origina-se de uma
modificação da Escala de Desempenho de Karnofsky e mede
cinco domínios funcionais: deambulação, nível de
atividade e evidência da doença, autocuidado, ingestão oral e
nível de consciência. Os domínios são divididos em 11 níveis
que variam de 0 a 100%, em intervalos de 10%, sendo 0% indicando morte e 100% indicando ausência de evidência
de doença com atividade normal.

OUTRAS ESCALAS DE PERFORMANCE PALIATIVA: Leonardo


O Palliative Prognostic Index (PPI) (Quadro 11) é um índice
de prognóstico validado por pesquisadores, concebido para
avaliar pacientes oncológicos com doença avançada.
Consiste na soma do valor atribuído ao PPS com os
valores atribuídos a outras variáveis clínicas, a saber:
ingestão oral, edema, dispneia em repouso e delirium.
Essas variáveis, por si só, já são preditivas de mau
prognóstico e, no PPI, contribuem para predizer se um
paciente sobreviverá ou não a um tempo maior que três ou
maior que seis semanas. De modo geral, a partir da
pontuação obtida nos diferentes itens, os pacientes são
divididos em três grupos:
● - PPI maior que seis: estima uma sobrevivência
abaixo de três semanas.
● - PPI maior que quatro: estima uma sobrevivência
abaixo de seis semanas.
● - PPI menor que ou igual a quatro: estima uma
sobrevivência acima de seis semanas.

3) analisar a receita e fazer as correções pertinentes

INTERAÇÕES
AINE (aas) X AINE (diclofenaco) Livia
IECA (enalapril) X BRA (losartana) Lara
AINE (diclofenaco/aas) X A.H. (losartana/enalapril) Brenda
antidiabético (metformina) X AINE (diclofenaco/aas) Camili
ALZHEIMER (memantina) X ALZHEIMER (donepezila) (ex: comentar sobre o motivo de os 2 serem usados
em combinação, benefícios ou malefícios…) Deborah

● MELHORES OPÇÕES/ESQUEMA DE COMBINAÇÃO PARA ANTI-HIPERTENSIVOS Morgana

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