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TRABALHODEHISTORIA Ditadura Militar

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ANA LIBÓRIA

ALUNA: MAYRON ELIZABETH AUGUSTUS

DITADURA MILITAR NO BRASIL (1964)

BOA VISTA - RR
2024
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................................Pág. 1
DITADURA MILITAR NO BRASIL (1964)..........................................................................Pág. 2
GOLPE DE 1964: INICIO DA DITADURA MILITAR NO BRASIL......................................Pág. 2
TORTURAS E MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA.............................................................Pág. 3
CONSEQUÊNCIAS DA DITADURA MILITAR NO BRASIL...............................................Pág. 4
O QUE CAUSOU O FIM DA DITADURA MILITAR NO BRASIL?..................................Pág. 4-5
CONCLUSÃO......................................................................................................................Pág. 6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................Pág. 7
ANEXOS.............................................................................................................................Pág. 8
INTRODUÇÃO

A ditadura militar no Brasil, que teve início em 1964 e perdurou por mais de duas
décadas, foi um período de profunda transformação e controvérsia na história do país. Durante
esse regime autoritário, o Brasil testemunhou restrições às liberdades civis, censura à
imprensa, perseguições políticas e violações dos direitos humanos. A ascensão dos militares
ao poder representou um marco significativo na trajetória política brasileira, impondo
mudanças profundas na estrutura do Estado e na vida dos cidadãos. Ao longo desse período,
o governo militar implementou políticas de repressão e controle estatal, resultando em prisões
arbitrárias, tortura, desaparecimentos forçados e intervenções nas instituições sociais e
culturais. A sociedade brasileira viu-se diante de um cenário de medo e repressão, com
impactos duradouros nas estruturas políticas, sociais e culturais do país. No entanto, a
ditadura militar também foi marcada pela resistência e pela luta por liberdade e justiça.
Movimentos sociais, organizações de defesa dos direitos humanos e figuras proeminentes da
sociedade civil desempenharam papéis fundamentais na oposição ao regime autoritário,
buscando promover a redemocratização do Brasil.
Neste contexto, a compreensão da ditadura militar no Brasil é essencial para
compreender os impactos políticos, sociais e culturais que moldaram a nação até os dias
atuais. Este trabalho tem como objetivo analisar os eventos e as consequências desse período
histórico crucial, buscando lançar luz sobre as suas complexidades e proporcionar uma
reflexão sobre o legado deixado pela ditadura militar.

Ditadura Militar no Brasil (1964)

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A Ditadura Militar foi o regime político no qual membros das Forças Armadas de um
país centralizam política e administrativamente o poder do Estado em suas mãos, negando à
maior parte dos cidadãos a participação e a decisão nas instituições estatais. Seu período
mais recente durou de 1964 a 1985. Durante a ditadura, ocorreu o “milagre econômico”, ao
mesmo tempo que houve congelamento dos salários. Prisões, torturas e outras violências
extremas ocorreram nesse regime. Antes de entender o período militar brasileiro, é preciso
compreender os eventos que levaram até ele, os antecedentes do golpe militar de 1964.

O primeiro momento é marcado por Jânio Quadros, que assumiu a presidência em


1961 e nesse mesmo ano renunciou ao cargo. A partir disso, seu vice, João Goulart, foi quem
assumiu seu lugar. Os dois eram de partidos políticos diferentes e tinham projetos opostos
para o país. O projeto de Jango, apelido por qual era conhecido o novo presidente, estava
apoiado em “reformas de base”, como fiscal, administrativa, universitária e, principalmente,
agrária. Além disso, o presidente era um representante trabalhista, do legado de Getúlio
Vargas. Assim, esse foi um momento de bastante efervescência e polarização política entre a
população. Houve apoio de parte da população para a derrubada do governo, principalmente
dos setores mais conservadores da sociedade e de partes da classe média. A relação política
de Jango com os trabalhadores e os sindicatos era vista pela classe média e alta do Brasil
como indício de comunismo. Essa mesma interpretação era feita pelo governo americano em
relação a Jango, principalmente, porque aquela época era o auge da Guerra Fria, e os
Estados Unidos haviam acabado de passar pela histeria macartista. Tudo isso aproximou
militares, elites econômicas do Brasil e o governo americano. O resultado disso foi o
nascimento de uma conspiração contra o presidente.

Golpe de 1964: início da Ditadura Militar no Brasil

O golpe de 1964 foi o evento que promoveu a instauração da Ditadura Militar no


Brasil. Esse golpe foi iniciado em 31 de março de 1964, quando militares instalados em Juiz
de Fora rebelaram-se contra o governo, e foi concluído em 2 de abril, quando os
parlamentares brasileiros ratificaram a destituição de João Goulart. O golpe, portanto, foi
iniciado pelos militares, mas também contou com apoio político e civil. No dia 15 de abril, o
general Castello Branco toma posse, tornando-se o primeiro de cinco militares a governar o
país durante esse período. Assim se inicia a ditadura militar no Brasil, que vai durar até 1985.
No governo de Castello Branco (1964-67) foi declarado o primeiro ato institucional da Ditadura
Militar no Brasil – conhecido como AI 1! Atos institucionais eram decretos e normas, muito
utilizados durante a ditadura – eles davam plenos poderes aos militares e garantiam a sua
permanência no poder. Em 1965 – por meio do Ato Institucional nº 2 – todos os partidos
políticos foram fechados e foi adotado o bipartidarismo, ou seja, a partir desse momento
passaram a existir apenas dois partidos: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o
Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

No governo de Costa e Silva (1967-69) foi marcado muita repressão, violência,


tortura aos opositores do regime e restrição aos direitos políticos e à liberdade de expressão.
A insatisfação de parcelas da população com as medidas antidemocráticas fez crescer o
número de manifestações, sendo uma das maiores a Passeata dos 100 mil. Em resposta,
Costa e Silva promulgou o AI 5, que fechou o Congresso por tempo indeterminado;
decretou estado de sítio; cassou mandatos de prefeitos e governadores e proibiu a
realização de reuniões. Nesse período, também conhecido como “anos de chumbo”, em

2
resposta ao regime repressivo, começaram a surgir grupos armados, contra os quais houve
forte repressão por parte dos militares.

O Governo de Médici (1969-74) é considerado o período de maior repressão da


Ditadura Militar no Brasil. A censura dos meios de comunicação se intensificou e muitos
prisioneiros políticos foram torturados. Além disso, o período também ficou conhecido como
o “milagre econômico”. Isso porque algumas medidas econômicas adotadas pelo governo
resultaram em taxas de crescimento do PIB acima de 10% e grandes investimentos em
infraestrutura. Em 1973, houve a crise do petróleo no mercado internacional. Diante dessas
dificuldades, o governo militar passa a perder apoio. Em 1971, foi promulgado um decreto-lei
que tornava ainda mais rígida a censura à imprensa, os grupos de esquerda sofriam fortes
repressões e foram criadas instituições para lutar contra eles, como o Departamento de
Operações Internas (DOI) e o Centro de Operação da Defesa Interna (CODI).

Geisel (1974-79) iniciou seu governo com uma abertura política lenta, gradual e
segura. Na prática, isso significava a transição para um regime democrático, mantendo os
grupos de oposição e movimentos populares excluídos dos processos de decisão política.
Essa transição também tinha como razão o desgaste das Forças Armadas após anos de
repressão, violência e restrição à liberdade. As violações aos direitos humanos e repressões
violentas continuaram apesar do início da abertura. A crise econômica também se agravou e
em 1978 operários metalúrgicos do ABC iniciaram o maior ciclo de greves da história do Brasil.
Diversos setores da sociedade começaram a se mobilizar e denunciar as atrocidades
cometidas pelo governo, a situação ficava ainda mais insustentável para a manutenção da
Ditadura Militar no Brasil. Diante da pressão da população e do surgimento de movimentos
contrários ao regime, em 1978, o presidente revogou diversos decretos-lei, inclusive o AI 5.

O Governo de Figueiredo (1979-85) durou 6 anos e colocou fim ao período ditatorial.


Em 1979, foi promulgada a Lei de Anistia. Aos poucos, presos políticos foram sendo libertados
e os exilados voltaram ao país. A partir desse momento, tornou-se possível a criação de novos
partidos políticos, mas essa abertura do final do regime não era aceita por todos os militares,
algumas alas desejavam manter a ordem vigente. Ao final do mandato de Figueiredo, a
população mobilizou-se pela realização das eleições diretas, pois segundo a Constituição, o
sucessor seria eleito pelo Congresso. Tancredo Neves foi eleito por voto indireto e somente
em 1989 a população brasileira teve o direito de votar diretamente para a presidência.

Torturas e Movimentos de Resistência

Um dos maiores horrores cometidos pela Ditadura Miliar, foi a tortura, que foi uma
das formas de perseguir e combater os opositores do regime. A tortura também ocorreu com
pessoas que não tinham relação direta com a ditadura, como o caso de filhos de presos
políticos que eram torturados para que seus pais denunciassem aliados. A tortura acontecia de
todas as formas possíveis e não era só física, mas também psicológica, pois os presos
políticos eram deixados por dias em solitárias, sofriam ameaça de terem seus familiares
lesados, além de seus filhos serem utilizados pelos militares como fonte de informação.
Apesar de 21 anos de ditadura, os militares sempre tiveram de enfrentar uma
forte oposição na sociedade. Desde o começo do regime, manifestações contra os militares
aconteceram e foram violentamente reprimidas. O ciclo de 1964 a 1968 ficou marcado por
manifestações gigantescas de estudantes e de trabalhadores. Esse período também ficou
marcado por oposição política, sendo o caso mais notório o da Frente Ampla criado

3
por Carlos Lacerda. Com intensa repressão e autoritarismo, muitos opositores resolveram
lançar-se na luta armada, pois não tinha abertura para manifestar sua insatisfação, foi a forma
encontrada por alguns grupos para resistir. O período da ditadura foi de grande importância
cultural e artística no país. Apesar das restrições à liberdade de imprensa e de expressão,
impostas pela censura, muitos artistas, músicos e cineastas manifestavam seu
posicionamento contrário ao regime, ainda que de maneira metafórica, para não serem
condenados como opositores ao regime.

Consequências da Ditadura Militar no Brasil

A Ditadura Civil-Militar no Brasil foi marcada pela extrema violência com a qual foram
combatidos os opositores do regime. Prisões arbitrárias, torturas, estupros e assassinatos
aconteceram pelas forças militares e policiais no país. Desde o primeiro momento, direitos
políticos foram cassados, instaurando-se ainda uma rígida censura aos meios de comunicação
e à expressão literária e artística da população. A Ditadura Militar foi um período de exceção,
isto é, foi um período de repressão dos direitos civis e políticos da população e de
concentração de poder nos militares, o grupo que comandava o Brasil. Os militares
justificaram todos os abusos cometidos com base na Doutrina de Segurança Nacional,
utilizada para perseguir todos aqueles que supostamente ameaçavam a segurança nacional.
Sendo assim, as prisões arbitrárias, os sequestros, as cassações, as invasões de propriedade,
a tortura, os assassinatos de cidadãos, sumiços de cadáveres e até atentados à bomba foram
realizados pelo Estado, sempre com a justificativa de combate aos subversivos, aqueles que
supostamente ameaçavam o país. A Ditadura Militar também reprimiu o livre pensar e
centenas de publicações de livros foram proibidas, assim como a circulação desses livros. As
universidades passaram a ser monitoradas, o movimento estudantil perseguido e agentes do
governo foram infiltrados nos meios universitários para monitorar tudo que era dito nesses
locais.

O que causou o fim da Ditadura Militar no Brasil?

A partir de 1974, foi iniciado um processo de abertura lenta e gradual, que pretendia
restaurar as liberdades políticas da democracia representativa. Em 1979, foi decretada uma
anistia aos presos políticos e aos exilados, permitindo ainda a formação de novos partidos
políticos. Em 1978, ocorreram intensas greves na região do ABC paulista, o que contribuiu
muito para o enfraquecimento do regime. O esgotamento final do regime militar aconteceu,
principalmente, em decorrência da realização de inúmeras manifestações de massas nas
principais cidades brasileiras, pedindo eleições diretas para presidente da república.
Realizadas por milhões de pessoas, essas manifestações ficaram conhecidas por Diretas Já.
Apesar da manifestação do interesse popular, os militares não realizaram uma eleição
direta. Em 1984, Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil pelo Colégio Eleitoral.
Entretanto, sua morte pouco antes da posse levou ao governo José Sarney, o primeiro
presidente civil do Brasil após 21 anos de Ditadura Civil-Militar.

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CONCLUSÃO

Em conclusão, a ditadura militar no Brasil foi um período marcado por restrições às


liberdades civis, censura, perseguições políticas e violações dos direitos humanos. Durante
mais de duas décadas, o regime autoritário deixou um legado de repressão e sofrimento, com
impactos profundos na sociedade brasileira. No entanto, a resistência e a luta por liberdade e
justiça desempenharam um papel fundamental na busca pela redemocratização do país. Os
eventos e as consequências da ditadura militar no Brasil são essenciais para compreender os
desafios enfrentados pela nação e as transformações que moldaram a sua trajetória política,
social e cultural. A análise desse período crucial da história brasileira nos convida a refletir
sobre as lições aprendidas, os avanços conquistados e as questões não resolvidas
relacionadas aos abusos cometidos durante o regime autoritário. A busca pela verdade, pela

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justiça e pela memória das vítimas da ditadura militar continua a ser um tema relevante na
sociedade brasileira contemporânea. A compreensão desses eventos históricos é fundamental
para fortalecer os valores democráticos e promover uma cultura de respeito aos direitos
humanos.

Portanto, ao analisar a ditadura militar no Brasil, é crucial reconhecer o papel da


sociedade civil na resistência ao autoritarismo e na construção de um futuro baseado na
democracia, na justiça e no respeito aos direitos fundamentais. Ao aprender com o passado,
podemos contribuir para a construção de um país mais justo, inclusivo e democrático para as
gerações futuras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PÁGINAS WEB:

www.todamateria.com.br

www.historiadomundo.com.br

https://brasilescola.uol.com.br

www.politize.com.br

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ANEXOS

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