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Aula P2 - Métodos de Estudo de Proteínas

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05/09/2024

Biologia Molecular e Celular

Aulas Práticas 2024-2025


Prática 2: Métodos de estudo de proteínas

Porquê estudar proteínas?

Moléculas essenciais em todos os processos biológicos

As proteínas estão envolvidas na saúde e na doença

Estudo das proteínas permite estudar a patofisiologia e abordagens terapêuticas

Necessário separar ou identificar proteínas de interesse de/numa mistura

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Como separar proteínas numa mistura?


Cromatografia
Separação de componentes a partir de uma mistura com base na interação diferencial
que estes estabelecem com uma fase móvel e uma fase estacionária.
Dependendo do tipo de parâmetro que é usado, temos diferentes tipos de cromatografia.
Troca iónica Exclusão de tamanho Afinidade

Electroforese (migração de moléculas sob influência de um campo elétrico)

SDS-PAGE (PolyAcrylamide Gel Electrophoresis)

Poliacrilamida - polimero de acrilamida


e bisacrilamida que forma uma malha
porosa que afeta a migração das
proteínas, atrasando as maiores –
separação pelo tamanho

SDS- Detergente fortemente aniónico usado


para:
- a desnaturação das proteínas, reduzindo-as
à sua estrutura primária, linearizada
- conferir às proteínas carga negativa

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SDS-PAGE
Marcador de pesos
moleculares

Como identificar proteínas específicas numa mistura?


Imunoensaios ou técnicas baseadas na reação anticorpo-antigénio

Proteínas específicas podem ser detetadas com base em


reações antigénio-Anticorpo, devido à capacidade de um
anticorpo reconhecer especificamente uma determinada
proteína (que funciona como seu antigénio)

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Como se obtém Anticorpos monoclonais?

ü O ratinho é estimulado a produzir


anticorpos para um determinado antigénio
(proteína de interesse)
ü Isolam-se do baço as células produtoras
de anticorpos (plasmócitos)
ü Hibridam-se células de mieloma com
plasmócitos dando origem aos hibridomas
ü Selecionam-se os clones com
especificidades para diferentes epítopos
ü Cada clone produz anticorpos com uma
única especificidade - anticorpo monoclonal

Métodos de identificação de proteínas (antigénios) com anticorpos monoclonais

Método direto: Método indireto:


O anticorpo primário que O anticorpo primário que reconhece o antigénio
reconhece o antigénio tem não tem associada nenhuma marcação, mas é
associada uma marcação reconhecido por um anticorpo secundário. Este
(por ex: fluorescência, enzima...) último tem associado uma marcação (por ex.
fluorescência, enzima...).

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Método indireto:

O Anticorpo secundário tem que ser produzido numa espécie animal diferente do primário.

Para identificar uma proteína específica num extrato proteico obtido de células ou
tecidos - Western Blot

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Western Blot (continuação)

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Para identificar uma proteína específica numa solução (ex. no soro, na urina, na
saliva...) - ELISA (“Enzyme Lynked immunosorbent assay”)

Ex: vírus, anticorpos, marcadores


de inflamação, hormona da gravidez

A deteção da reação anticorpo-


antigénio é dependente de uma reação
enzimática, isto é, uma enzima
conjugada a um anticorpo reage com
um substrato incolor dando origem a
um produto colorido.

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ELISA (continuação)
ELISA indireto

ELISA sandwich

Método quantitativo

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Para identificar/localizar uma proteína específica em células (cito) ou tecido (histo)


imobilizados numa lâmina de microscópio - Imunocito(histo)química ou Imunofluorescência
Ø A Imunofluorescência ou imunocitoquímica/Imunohistoquímica permite a deteção e localização de proteínas em células e
tecidos, utilizando anticorpos monoclonais específicos, marcados com fluorocromos (ou enzima) de modo a que a
localização dessas proteínas se torne visível ao microscópio (fluorescência ou luz branca).

Imunohistoquímica Imunofluorescência

Complexo
Avidina-
biotina-
Peroxidase

TECIDO

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Para identificar proteínas específicas em células intactas numa suspensão – Citometria de fluxo

Técnica baseada em anticorpos monoclonais fluorescentes


(método direto) usada para identificar proteínas em células
intactas. Usa um equipamento designado por Citometro de fluxo.
As proteínas servem de marcadores que podem ajudar a
caracterizar certas células/populações celulares.

Características físicas das células:


-tamanho relativo (FSC)
-granularidade/complexidade interna (SSC)
-intensidade de fluorescência (dependente da
quantidade de ligações do anticorpo à respetiva proteína)

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Ex: Identificação de células do sangue (LEUCÓCITOS) com base no seu tamanho e granularidade

O FSC (dispersão da luz frontal) correlaciona-se com o tamanho da célula e o SSC (dispersão da luz lateral) correlaciona-se
com a complexidade interna da célula.

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Ex: Identificação de células alguns LEUCÓCITOS especificos com base em marcadores particulares

Este método utiliza também as reações dos anticorpos com as proteínas para determinar os tipos celulares específicos numa amostra de
células. Anticorpos (com fluorescência) reativos contra proteínas específicos das células (CDs de “Cluster of Differentiation”) são incubados com
as células que se querem caraterizar ou IMUNOFENOTIPAR.

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Análise de dados

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Ex: Identificação subpopulações de linfócitos usando anticorpos anti-CD3 e anti-CD4 conjugados com fluorócromos que
se vão ligar especificamente a moléculas (proteínas) na superfície destas células.

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Para separar células suspensas e intactas com base nas proteínas que as caracterizam –
“Fluorescence-activated cell sorting” (FACS)
Alguns citómetros de fluxo para além de analisar as células também permitem a sua separação com base nas proteínas de
superfície das células que são reconhecidas pelos anticorpos fluorescentes

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Como estudar o conjunto de todas as proteínas de um organismo ou tecido (Proteoma) –


Proteómica

1. Separação por geis 3. Identificação por


bidimensionais (2-D) Espectrometria de massa

2. Análise Bioinformática
4. Bases de Dados
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Bibliografia

Ø Alberts, Bruce et al.; Molecular Biology of the Cell; 6ª ou 7ª edição; Garland Garland Science,
Taylor & Francis group. (7.ª Edição 2022, W. W. Norton & Company)
Capítulo 3, 8

Ø Lodish, Harvey et al.; Molecular Cell Biology; 6º ou 7º Edição; W. H. Freeman and Company.
Capítulo 3

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