Circea 100-119
Circea 100-119
Circea 100-119
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
TRÁFEGO AÉREO
CIRCEA 100-119
2024
ANEXO I
REQUISITOS BÁSICOS DE TORRE DE CONTROLE DIGITAL DE AERÓDROMO (CIRCEA 100-119)
SUMÁRIO
Art.
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I – Finalidade e âmbito ............................................................................................ 1°/2°
Seção II – Abreviaturas e conceituações............................................................................ 3°/4°
CAPÍTULO II – GENERALIDADES ......................................................................................... 5°/8°
CAPÍTULO III – CONCEPÇÃO DE EMPREGO........................................................................ 9°/12
CAPÍTULO IV – COMPOSIÇÃO DO SISTEMA D-TWR............................................................ 13/15
CAPÍTULO V – COMPONENTES DE D-TWR
Seção I – No Aeródromo...................................................................................................... 16
Seção II – Na Torre .............................................................................................................. 17
CAPÍTULO VI – REQUISITOS OPERACIONAIS PARA A D-TWR
Seção I – Instalação............................................................................................................. 18/19
Seção II – Serviços............................................................................................................... 20/26
Seção II – Visualização........................................................................................................ 27/35
Seção III – Estações de trabalho......................................................................................... 36/38
CAPÍTULO VII – REQUISITOS TÉCNICOS PARA A D-TWR
Seção I – Equipamentos ...................................................................................................... 39
Seção II – Performance dos sistemas ópticos ..................................................................... 40/51
Seção III – Combate a incêndios.......................................................................................... 52
CAPÍTULO VIII– DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................. 53/54
ANEXO II – FIGURAS E TABELAS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I
Finalidade e âmbito
Art. 1° Esta Circular tem como finalidade estabelecer os critérios mínimos para a
implantação de uma Torre de Controle Digital de Aeródromo – D-TWR, em complemento ao disposto
em legislações específicas sobre implantação de órgãos do Serviço de Tráfego Aéreo - ATS.
Art. 2° As regras e procedimentos aqui descritos aplicam-se a todos os órgãos do Sistema
de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro - SISCEAB e, naquilo que lhes couber, às organizações
prestadoras de serviços especializados, de natureza pública ou privada, envolvidas nos processos para
autorização, implantação, homologação, ativação, operação, fiscalização, controle e desativação de
Torre de Controle Digital de Aeródromo – D-TWR.
Seção II
Abreviaturas e conceituações
Subseção I
Abreviaturas
Subseção II
Conceituações
CAPÍTULO II
GENERALIDADES
CAPÍTULO III
CONCEPÇÃO DE EMPREGO
CAPÍTULO IV
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA D-TWR
Art. 13. O sistema D-TWR é composto da seguinte lista de funções, sincronizada com NTP
comum e com compartilhamento de dados através de uma rede fechada:
I - apresentação visual necessária – RVP;
II - áudio ambiente do aeródromo – AAA;
III - gravador de dados – DR;
IV - pistola de sinalização luminosa – SLG;
V - visualização do estado de controle – CSD;
VI - terminal de dados de manutenção – MDT;
VII - função binocular; e
VIII - apresentação visual suplementar – SVP (opcional).
Art. 14. As funções do sistema D-TWR estão descritas na Tabela 1 do Anexo II,
juntamente com os componentes que podem constituir cada função. A atribuição conceitual de
componentes representa um meio, mas não o único, para arquitetar um sistema D-TWR.
Art. 15. O esquema da Figura 1 do Anexo II apresenta a estrutura básica de um sistema
D-TWR com os seus principais componentes.
CAPÍTULO V
COMPONENTES DE D-TWR
Seção I
No Aeródromo
Seção II
Na Torre
CAPÍTULO VI
REQUISITOS OPERACIONAIS PARA A D-TWR
Seção I
Instalação
Seção II
Serviços
Art. 20. A D-TWR será implementada em aeródromos nos quais seja identificada a
necessidade operacional da prestação ou manutenção da prestação do Serviço de Controle de
Aeródromo, considerando-se o seguinte:
I - a implantação de uma torre digital deverá seguir os mesmos critérios operacionais para
a implantação de uma TWR convencional, previstos em norma específica do DECEA;
II - em aeródromos que dispõem de uma torre convencional cuja estrutura se encontre
em estado tal que comprometa a operação e não haja vantagens na reforma ou construção de nova
TWR convencional; ou
III - em circunstâncias temporárias para atender a situações de contingência, de
demandas sazonais ou de certas operações especiais em determinados aeródromos.
Art. 21. Obedecidos os requisitos operacionais específicos estabelecidos nesta Circular e
os requisitos de implantação contidos em norma específica do DECEA, uma D-TWR somente poderá
atender a um aeródromo.
Parágrafo único: É possível haver mais de uma D-TWR dentro de um mesmo local
designado especificamente para este fim.
Art. 22. O Serviço de Controle de Aeródromo prestado pela D-TWR considerará,
principalmente, as seguintes informações básicas:
I - informes e visualização por meio de câmeras, do tráfego operando na área de
manobras do aeródromo ou em voo nas imediações dele;
II - meteorologia aeronáutica disponível do aeródromo;
III - informações aeronáuticas disponíveis do aeródromo;
IV - status de funcionamento dos auxílios à navegação aérea;
V - informes da administração do aeródromo; e
VI - informes de outros serviços do aeródromo.
Art. 23. A D-TWR deverá ser capaz de prestar o Serviço de Controle de Aeródromo e o
Serviço de Alerta, utilizando os meios de telecomunicações aeronáuticos do SMA e SFA, conforme
previsto nas publicações pertinentes do DECEA.
Art. 24. A D-TWR deverá possuir procedimentos e treinamentos específicos para
gerenciar o movimento de veículos na área de manobras, assim como para operação com baixa
visibilidade e/ou teto baixo, ou, ainda, em condições meteorológicas críticas no aeródromo.
Art. 25. A fim de minimizar qualquer impacto potencial dos serviços prestados
digitalmente, durante a implantação de uma D-TWR, deverão ser considerados, entre outros fatores, os
seguintes:
I - efeito na observação visual do circuito de tráfego e da circulação dos tráfegos visuais
(Rotas Especiais de Aeronaves - REA, Carta de Aproximação Visual – VAC, etc.);
II - necessidade de atendimento aos requisitos locais específicos, por questão de
segurança operacional, tais como:
a) aplicação de separações diferenciadas;
b) instalação de equipamentos especiais (ex.: Sistema de Vigilância de Superfície);
c) configuração específica de câmera (ex.: duas camadas para o solo e uma para o céu,
para diminuir o contraste);
d) dotação de equipamentos adicionais para as câmeras (ex.: invólucros especiais para
diminuir o efeito do reflexo solar);
e) funcionalidades específicas para as telas (ex.: ajuste automático de contraste para
diminuir o efeito das variações de luz ao longo do dia); e/ou
f) existência de equipamentos auxiliares específicos (ex.: sistema automático de limpeza
das lentes de proteção das câmeras).
Art. 26. A D-TWR deverá possuir procedimentos de contingência adaptados para as
condições digitais, em caso de degradação do sistema total ou parcial, considerando os seguintes
elementos:
I - pistolas de sinalização ou outros sinais luminosos e procedimentos para utilização
desses equipamentos;
II - procedimentos para os casos de incursão em pista/excursão em pista;
III - alerta para os casos de degradação dos sistemas; e
IV - procedimentos para a continuidade do serviço em caso de degradações.
Seção III
Visualização
Seção IV
Estações de trabalho
Art. 36. As instalações da D-TWR deverão permitir a operação das posições operacionais
necessárias para atender ao tráfego aéreo do aeródromo, levando em consideração as suas
características operacionais.
Art. 37. As estações de trabalho deverão ser providas de sistemas e equipamentos mínimos
que sejam capazes de efetuar o(a):
I - gerenciamento e operação de comunicações do SMA;
II - gerenciamento e operação de comunicações do SFA;
III - gerenciamento da progressão dos voos – Sistema Total Air Traffic Information Control
- TATIC ou outro aprovado pelo DECEA;
IV - gerenciamento de luzes de aeródromo;
V - monitoramento de auxílios à navegação aérea;
VI - visualização de informações meteorológicas e das câmeras; e
VII - operação digital de pistola de iluminação.
Art. 38. Adicionalmente, a estação de trabalho da D-TWR deverá:
I - ser dotada de meios dedicados de comunicação com a administração e os serviços que
utilizam a área de manobras do aeródromo;
II - ser dotada de meios que propiciem acesso ao status de funcionamento dos auxílios à
navegação aérea, quando previsto em legislação específica; e
III - ser instalada em área compatível às suas necessidades técnicas e operacionais, com
restrição de acesso a pessoas estranhas à sua operação.
CAPÍTULO VII
REQUISITOS TÉCNICOS PARA A D-TWR
Seção I
Equipamentos e sistemas
Art. 39. Os sistemas de energia e comunicação deverão ser projetados para atender às
demandas operacionais e administrativas, conforme legislação vigente do DECEA.
Art. 40. Todos os sistemas a serem instalados deverão dispor de mecanismos de
segurança cibernética capazes de protegê-los contra ataques que visam interromper seu
funcionamento, alterar as informações disponibilizadas aos ATCO ou aquelas armazenadas, o sequestro
de dados, além de outras ameaças que possam reduzir o nível de confiabilidade do sistema.
Seção II
Performance dos sistemas ópticos
Art. 41. A latência consiste no tempo de captura para exibição do sistema mais o
intervalo de tempo entre 2 frames.
Art. 42. Não deve haver um atraso maior que 1 segundo entre a ocorrência de um evento
no mundo real e a apresentação na tela.
Art. 43. A latência máxima de 1 segundo está relacionada aos padrões de sensores de
vigilância terrestre existentes e é considerada razoável em um ambiente de Torre Digital.
Art. 44. Tecnicamente, a taxa de atualização de vídeo deve ser maior que 5 frames de
atualização, por segundo.
Art. 45. O tempo decorrido de qualquer falha que afete a usabilidade operacional das
imagens de vídeo apresentadas ao operador e sua notificação ao operador não deverá exceder 2
segundos.
Art. 46. No tocante à latência de controle das câmeras remotamente, a função PTZ (Pan-
Tilt-Zoom), deve responder dentro de 250 milissegundos da ação do operador.
Art. 47. Quanto ao movimento das câmeras, a função PTZ deve ser capaz de atingir uma
varredura contínua de pelo menos 60 graus por segundo.
Art. 48. A velocidade de inclinação PTZ deve ser capaz de atingir uma velocidade de
inclinação contínua de pelo menos 60 graus por segundo.
Art. 49. O tempo entre duas posições de pan, ou seja, a orientação horizontal de uma
câmera PTZ, que estão a 60 graus de distância de um estado de repouso para um outro estado de
repouso deve ser menor que 2 PTZ.
§ 1° Posicionamento de Inclinação: o tempo entre duas posições de inclinação que estão
a 60 graus de distância de uma posição de repouso para um estado de repouso deve ser inferior a 2
segundos, não incluindo a latência de controle da função PTZ.
§ 2° O desempenho da velocidade do zoom não foi considerado como mínimo, exigência
devido à variabilidade de diferentes níveis de zoom e equipamentos. Esses requisitos de desempenho do
sistema podem ser satisfeitos com um zoom (ou seja, um sensor de distância focal fixa).
Art. 50. O sistema deve ser sincronizado com uma referência de tempo externa, como
um relógio UTC mestre, com uma precisão de 100 milissegundos.
Art. 51. O sistema deve incluir um buffer de jitter de vídeo para minimizar o jitter de
atualização de vídeo. O tempo de armazenamento em buffer deve ser definido. Se o jitter for maior que
este tempo de buffer, uma notificação deve ser emitida.
§ 1° Tecnicamente, é muito difícil medir e definir um valor específico de jitter de
atualização de vídeo como um requisito. Portanto, nenhum requisito específico de composição de
imagens de atualização de vídeo é descrito aqui, mas um requisito de armazenamento em buffer é
definido. Esse buffer reequilibra a uniformidade dos quadros de vídeo.
§ 2° Definir um tempo de armazenamento em buffer razoável depende da latência geral
do sistema, qualidade da rede etc. Aumentar o tempo de armazenamento em buffer aumentará a
latência ao sistema.
Art. 52. O jitter de vídeo (jitter de captura de vídeo e jitter de atualização de vídeo) do
sistema óptico deve ser validado para confirmar que o desempenho operacional exigido é alcançado no
contexto operacional específico.
Seção III
Combate a incêndios
Art. 53. A D-TWR deverá dispor de sistemas de detecção e combate a incêndio conforme
a legislação em vigor. Deverá, ainda, dispor de um sistema de evacuação de emergência que inclua a
abertura comandada de posição externa à sua estrutura.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 54. As sugestões para o contínuo aperfeiçoamento desta publicação deverão ser
enviadas acessando o link específico da publicação, por intermédio dos endereços eletrônicos
http://publicacoes.decea.intraer/ ou http://publicacoes.decea.mil.br/.
Art. 55. Os casos não previstos nesta Circular serão submetidos ao Diretor-Geral do
DECEA.
ANEXO II – FIGURAS E TABELAS
Descrição Componentes
Microfone(s);
Caixas de som;
Fornece ao ATCO o áudio ambiente do aeródromo na
AAA Processador de dados;
D-TWR.
Codificadores/Decodificadores; e
Estação de trabalho de exibição de controle.
Componentes Descrição
Pistola de luz de sinal de controle remoto capaz de ser direcionada em azimute e elevação para
RLG
cobrir a comunicação de backup com aeronaves, veículos e pessoal nas áreas de jurisdição.
Fornecem o processamento necessário dos sensores ópticos para produzir um fluxo de vídeo e
Processadores/
fluxo de áudio para criar o ambiente de aeroporto virtual para o RVP, AAA e opcionalmente
Codificadores
para a SVP e a Função Binocular. A função do processador também pode apoiar a capacidade
de Dados
de monitoramento e controle.
Câmeras e controles suplementares para fornecer informações para SVP(s) (por exemplo:
Câmera(s) SVP
câmeras/visualizações adicionais, câmeras PTZ).
Componentes Descrição
Dispositivo óptico de
7x50mm binóculos.
distância focal curta
Dispositivos de
Dispositivos de armazenamento NVM para gravar e salvar dados em
armazenamento de
suporte à Função de Gravador de Dados.
memória