#3 - Mortífera Mag.
#3 - Mortífera Mag.
#3 - Mortífera Mag.
N E P H A S T U S
ANÚNCIOS, PARCERIAS E RELEASES
EDITORIAL
mortiferamag@gmail.com
CRÉDITOS FOTOS EDIÇÃO #3
Rafael Passos
Novamente, sejam bem vindos a mais uma Ricardo Pinto
Edson Alburquerque
edição da Mortífera Mag. Com intuito de Isa Mioto
divulgar a Cena Paraibana, principalmente Niel Melo
o universo do Rock e seus subgêneros, a Adril
Mortífera nasce com o intuito de Marcus Russo
fortalecer o cenário musical local Josi Calitxo
abordando tanto temas e entrevistas com COLABORADORES
músicos e bandas que já passaram pelo
meio, como também, as que estão Igor Silva
chegando recentemente na área e Anita Rogeria
desejam fazer parte do Underground.
EDIÇÃO E TEXTOS
Fundada em abril de 2024 por Beatriz J. Beatriz J. Sena
Sena, nasce a revista homenagem a
banda campinense composta por EDIÇÃO #1
mulheres, Mortífera, considerada
possivelmente a primeira banda com
apenas integrantes femininas de Death
Metal do Brasil.
Beatriz J. Sena
@beatrizjarrys
EDIÇÃO #2
EDITORA E FUNDADORA
Beatriz Jarry Sena
EDIÇÃO #3 3
FOTO//RICARDO P.
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 4
FOTO//RICARDO P.
já foi comentado previamente por um dos Poderia destacar várias coisas sobre a banda mas
membros sobre a necessidade da divulgação dessa vez venho citar o Jorge Victor por esse
desse som que ainda não conquistou um grande projeto, quem além de ser uma das cabeças da
espaço dentro da cena, sendo um dos poucos banda -e frequentar a cena já faz tempo-, é
cujo som implementa as raizes nordestinas em responsável pelo festival alternativo, Indie Rock
sua sonoridade. Fest.
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 5
CONHEÇA +
Quais bandas já tocaram nas edições
passadas?
Já fizeram parte do festival Vênus In Fuzz, Emerald
SOBRE O
Hill, Margaridas em Fúria, Tela Azzu, Doce
Escárnio e nossos amigos de Pernambuco, as
bandas Write Love e Lizzies Dream. Além de nós,
INDIE ROCK
claro, a Sorrystate.
Quais bandas você gostaria de ver
pelo Fest?
FEST!
Algumas bandas que me cativaram recentemente
foram Kinoa (PE), Dead Poetz que é do interior da
Paraíba e faz um Horror Punk bastante honesto e
os paulistas da Eliminadorzinho, banda que já
Fale um pouco sobre o festival. trocamos ideia pela internet e recentemente
Miguel (guirarrista da Sorrystate) acabou viajando
A ideia do festival surgiu pela necessidade de e assistindo um show dos caras. Seria uma honra
abrir espaço nas casas de show para bandas contar com esse pessoal no nosso rolê e quem
mais alternativas. Quando a Sorrystate lançou o sabe não aconteça no futuro.
EP "Fantasmas do Passado" em 2022, nós
sentimos dificuldade em nos encaixar em uma
cena ou de simplesmente sermos aceitos ou Quais são os planos para 2024?
convidados para eventos, visto que a grande
maioria de shows na cidade se voltam para Bom, em 2024 já realizamos uma edição,
bandas de Metal ou de covers. O Indie Rock contando com Emerald Hill e Write Love (PE). Os
Fest é idealização nossa mas sempre contou planos são continuar organizando os eventos
com o apoio das bandas amigas que sempre esporadicamente, já que o foco da Sorrystate é
fizeram questão de fortalecer. Um salve sempre estar compomdo e gravando. Temos ideias
especial para Igor e Tarcísio da Vênus in Fuzz, de edições especiais, como no Halloween e
que sempre nos deram a mão e somaram podemos garantir que esse ano ainda vai ter muito
conosco! mais barulho e Indie Rock Fest pra vocês.
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 6
DOCE
A Doce Escárnio, um trio onde para a minha
surpresa, nenhum dos integrantes é de maior e
formam um trio que busca na psicodelia, rock
ESCÁRNIO
progressivo, shoegaze, tropicalista, pós punk e
experimentalismo a sua fonte de inspiração para
uma música conduzida por uma bateria jazzistica e
que interage com os grooves de um baixo muito
bem conduzido e bastante presente . O guitarrista
POR IGOR SILVA faz soar sonhos e pesadelos e também é
responsável pela maioria dos vocais cantados,
falados e as vezes berrados, sempre de forma
Como a banda surgiu e como tem sido a passional. Tudo isso tocado com uma naturalidade
recepção no cenário local? de quem parece estar brincando e como é bom ver
a banda "brincar" no palco e calar qualquer coroa
A banda surgiu em 2021 justamente com babaca que acha que tem idade pra sentir e
essa premissa de ser uma banda acima entender música.
de tudo experimental.
Que a gente não precisa se prender a um até porque desde sempre eu e Pedro Neto (baterista)
estilo específico e que se sinta bem a sempre tivemos essa química musical, de saber o que o
vontade para criar, girar e viajar. outro vai fazer, então até nos ensaios a gente improvisa,
é muito satisfatório.
A recepção no cenário local foi até
inesperado na verdade, a gente não Para finalizar, deixo aqui o espaço para o que quiserem
sabia que ia conseguir atrair a atenção acrescentar, falar sobre planos, futuros projetos ou
de tantas pessoas em algumas poucas deixar qualquer recado que acharem interessante.
apresentações e nenhuma música
lançada nas plataformas, então nós Temos muitos planos, muitos sonhos, como qualquer
sempre encaramos como um saldo banda. Mas estamos tentando viver um dia de cada vez e
positivo essa nossa inserção na cena. acho que isso vale para tudo. A gente não pode se
render a ansiedade de fazer tudo de uma vez e nem
sequer conseguir marcar um ensaio. Tem que ter calma,
Soube que entraram em estúdio para resiliência e muita paciência. É um verdadeiro
gravar material. Já existe previsão de relacionamento.
lançamento? Como foi o processo de
gravação no estúdio? Acho que o recado que eu (alan martins) quero dar, para
A gente ainda não tem previsão para os artistas, para as bandas que tão nesse cenário junto
lançar, mas garantimos que estamos com a gente, de algo mais alternativo, é justamente esse,
colocando todas as nossas viagens no ter paciência, ter consciência que vai ter gente que vai
estúdio também! odiar o que você faz, mas vai ter gente que vai amar e te
O processo de gravação é bem mais apoiar muito e é uma coisa natural na vida de qualquer
centrado, não é bom perder tempo, não é artista. Mas para quem ta começando ou ta chegando
bom errar muito. Mas num geral, acredito numa nova fase, é sempre bom relembrar esses velhos
que vem sido tranquilo... conceitos de ter calma e paciência consigo mesmo e
com sua arte.
Apesar de serem mais novos que a
maioria dos integrantes das bandas
locais, vocês vão muito além da zona de
conforto do que se entende como banda
de rock. Esse direcionamento mais para
o experimentalismo foi algo planejado ou
surgiu de modo espontâneo?
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 7
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 8
A HISTÓRIA DA CENA
Rock Independente em Tibiri
É urgente sair de João Pessoa.
UNDERGROUND EM
Nisso reside a riqueza deste
documentário super bem dirigido.
Elenca as bandas Jardim Crônico,
Delfos, Território, Anemone, Master
DOCUMENTÁRIOS
Harpyah, Dolphins, Verso Marginal,
Espaço em Branco e, de todos que
vi, é o que mais dá espaço para
mulheres. Depoimentos de Alan
POR ANA ROGÉRIA Pear, Robson Feoli, Eli, Andréia de
Jesus, ilustram bem como era a
Fiz um passeio pelo YouTube e cataloguei cena. Destaque para a Caixa de
algunsdocumentários que são bem representativos e Resistência, reduto que acolhia as
ilustram o contexto, os desafios que o mundo bandas, sob comando do Sandro
underground ainda enfrenta (e sempre vai enfrentar). das Estrelas. Direção de Deyse
Décadas depois, pouca coisa mudou, mas há algo em Plácido e Roberto Menezes, 2013.
comum: a vontade fazer música seja lá como for, do jeito
que der. Creio que essa seja a essência underground. Rock Suor Skate
Antes de tudo, é bom que se diga: existia uma coisa O skate une os integrantes da
chamada VHS. Então em alguns docs, as imagens não icônica banda Restos Mortais, de
estão boas, o som também não está lá essas coisas,
mas tá valendo. Quais bandas? Quem fez o quê? Onde?
João Pessoa. Entre uma e outra
Fazer essa cena acontecer não é fácil! É essencial para manobra, os meninos vão dando
as novas gerações saber quem veio antes, pois foi boa opiniões e contextualizam bem a
parte dessa galera que está nos vídeos que abriu cena independente da qual
caminhos e palcos.Tem um LINK para cada doc, olha fazem parte. Tem cenas do
só que gentileza! finado half do Espaço Cultural.
Direção da sempre querida Olga
Costa, 1990.
Tão sentindo cheiro de queimado? Rock em João Pessoa Rock 4 X 4 no
Clássico!!! O doctem como aporte o Acho muito bem feito, além de ser muito Funcionários IV
programa Jardim Elétrico, especial. Traz bandas como Machine
conduzido por Olga Costa, que Hands, Rota 66, Rotten Flies, Mind Grind. Aqui a periferia pulsa forte. Mesmo
apresenta as bandas Disunidos, Coloca a discussão da época: banda com poucas edições, os festivais
Aberração Sonora, Desordem cover X banda autoral. Cita ainda as conseguiram reunir muitas
Armada, Restos Mortais, Medicine bandas Metallica Cover, Black Sabbath bandas suburbanas, o que é
Death, Danger, Nephastus. Fala Cover, Ramones Cover e entrevista o muito bom! O doc traz, com
sobre os fazines, as principais Raimundos, sucesso do momento. Conta destreza, esse olhar. Comedores
formas de divulgação das bandas com participação do Ulisses de Freitas e de Lixo, Roadside, Anárquila,
e o grande dilema entre punks e Jesuíno André, entes indies. Direção do Scary Monsters, Gramáticos
headbangers. Direção de Bertrand sempre presente Rodrigo Rocha, 1995. marcam presença. Flávio
Lira e Everaldo Pontes, 1991 Cavalcanti e Escurinho também
estão por lá. Direção de José
Ronaldo, 2007.
Rock em João Pessoa – Opus II
O doc chega numa cena mais
recente, com as bandas Bona
Dea, Nailspop, Flávio Cavalcanti,
Cuidado com o Cão, Escurinho e
banda Labacé, mostrando outras
vertentes do rock. Também tem a
Rotten Flies e Ovnis Gay, DJs
Oddie e Rick Mala, e uma
participação massa do Ricardo
(do bar da Feirinha de Tambaú).
Em pauta, a dor e a delícia da
cena underpessoense. Direção
do Carlos Dowling, 2000.
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 9
FILHO DO
“Filhos do Caos” é nome de uma música
lançada pela primeira banda de rock de
Cajazeiras, a Conspiração Apocalipse.
CAOS:
Esse mesmo nome foi escolhido pelo
cineasta Didier Junior para o documentário
ENTREVISTA
que mostra a cena independente do Alto
Sertão paraibano. O lançamento está
previsto para o segundo semestre deste
COM DIDIER
ano. Confira uma breve conversa com o
realizador.
JR. Confira
também o livro
Canções e
Documentário “Filhos Tensões
Apocalípticas,
do Caos” retrata cena primeiro livro
independente do Alto lançado pelo
Didier (2024)
Sertão paraibano
Por que abordar a cena independente?
“Filhos do Caos” é nome de uma
música lançada pela primeira banda
de rock de Cajazeiras, a
Conspiração Apocalipse. Esse
mesmo nome foi escolhido pelo
cineasta Didier Junior para o
documentário que mostra a cena
independente do Alto Sertão
paraibano. O lançamento está
previsto para o segundo semestre
deste ano. Confira uma breve
conversa com o realizador.
E a escolha por Cajazeiras? FOTO//EDSON ALBUQUERQUE
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 10
FOTO//ISA MIOTO
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 11
METAL RAÍZ
meios de streaming, levando aquele som mais obscuro
para o público paraibano.
PESSOENSE:
¡NEGATIVUS!
Se você é de João Pessoa e acompanha a trajetória
do Behaviour, você provavelmente conhece o
Eduardo Jarry. O conhecido “chileno paraibano”,
Eduardo é vocalista do Behaviour desde os anos 80 e
já passou por vários projetos como Omago,
Carcinoma e Stomachal Corrossion.
Desde seu começo dentro da Cena, sua afinidade
sempre foi mais próxima e alinhada com as ideias e
sonoridade mais do Death Metal School e o Grindcore
em seu início. Com influências que variam do Carcass
ao Napalm Death, Eduardo decide juntar tudo isso em
seu novo projeto que leva ainda suas letras e som
para um lado mais intenso e obscuro.
Com letras em português , o projeto faz forte críticas a
vários temas que também são abordados no “Rex
Imbecilic” do Behaviour, só que dessa vez, de uma
jeito ainda mais literal e direto.
Sobre a produção, por trás do projeto houve a
participação dos seus companheiros de banda,
Thyago Trajando e Eduardo Amorim, junto com o
produtor Vitor Hugo que vem trabalhando com a
mixagem dos trabalhos do Eduardo desde seus
projetos fora do país.
FOTO//RAFAEL PASSOS
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 13
COALIZÃO:
FOTO//NIEL MELO
RESISTÊNCIA
E HARCORE
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 6
O RETORNO DO
A Matriarcaos é uma banda que surgiu em
2017, em João Pessoa, PB, com fortes
PUNK ROCK
influências femininas do meio artístico,
variando da música até artes visuais e
FEMINISTA:
literatura. Com inspiração que vai do
Hardcore, Dark, Rap e outros, a banda não
MATRIARCAOS
define exatamente seu som com apenas um
subgênero específico, se consideram abertas
a experimentar e focar mais em expressar o
grito de resistência através de suas
No período de 2016-2019, a banda esteve composições.
ativa com diversos ensaios abertos e
participando em festivais locais como Festival
Pela Vida Das Mulheres e Grito Rock 2018.
Após essa trajetória, para 2024 foi definido
uma nova formação de forma fixa que conta
com Marilia, Misandri, Amanda e Gabi Diaz.
E AÍ, VOCÊ
QUER
APOIAR AS
MINAS DA
CENA? SACA
SÓ!
Algumas
opções
para
você
conferir!
Pink - Técnica de Luz
Nayara França - Ilustradora
Grupo Seiva -Grupo artístico
Stephany Eloy - Fotógrafa/Redatora
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 16
EM BREVE: ROTTEN
FLIES ESTARÁ DE
VOLTA!
HISTÓRIA
MORTÍFERA MAG.
#MORTINDICA
EDIÇÃO #3 17
VERM
GOD
Desde sua fundação em 20
de fevereiro de 2009, a
banda de Black Metal
VERMGOD vem marcando a
cena musical de João
Pessoa, capital da Paraíba.
Fundada pelo guitarrista e
vocalista Luiz Eduardo
Viana, a banda é uma
mescla intensa de
influências de grupos como
Trespasser, Darkthrone, Der
Weg Einer Freiheit e Gaerea,
unindo um som sombrio a
letras que exploram temas
de anti-cristianismo,
filosofia e morte.
A banda já lançou dois
discos e seu último trabalho
foi lançando em 2023, o EP
“Ascension’s Wrath”.
DEAD
POETZ
Formada na cidade de
Pirpirituba, Paraíba,
emergiu na cena musical
em pleno Halloween de
2021, trazendo um som
que mescla horror punk
com toques de post-punk
e pop punk. Influenciados
por ícones do horror punk
como Blitzkid e Misfits, a
Dead Poetz explora temas
de terror com uma
abordagem poética,
abordando também
questões profundas como
depressão, suicídio e
dependência química.
Confira o último
lançamento da banda
“Anestesia”.
MORTÍFERA MAG.
INCES
EDIÇÃO #3 18
SANTE
Desde 2010, a banda paraibana
Incessante vem marcando presença na
cena do rock local com seu som único e
engajado. Com letras em português que
abordam temas atuais e políticos, a banda
se destaca por sua musicalidade pesada e
variada, transitando pelo
“rapcorefunkmetal” e incorporando sons
tribais.
Em 2014 lançou seu primeiro EP “Ponto de
Vista” com influências de diversas bandas
como Biohazard, Pavilhão 9, Sepultura,
Rage Against entre outras. E novamente
em 2019/2020, já no período da pandemia,
a banda lança mais um EP com 4 faixas
inéditas nos streams.
Recentemente, a banda foi a primeira do
gênero a tocar no programa “Clan
Sessions” para o Youtube da TV Cidade
João Pessoa, levando aos palcos das
gravações um pouco do som que rola
frequentemente na cidade nos rolês
underground.
Todas as faixas tocadas e o vídeo da
sessão, pode ser encontrada em diversas
plataformas da banda.
FOTOS//ADRI L
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 19
INFORMAÇÕES
ESSENCIAIS
SOBRE COMO
APOIAR A
CENA LOCAL
AJUDE OS PRODUTORES É BEM COMÚM VOCÊ
LOCAIS E COMPRE ENCONTRAR MERCH
INGRESSO ANTECIPADO! EM VÁRIOS SHOWS,
DIVERSAS PÁGINAS
RESPONSÁVEIS PELO PRINCIPALMENTE
CONTEÚDO SOBRE O UNDERGROUND!
CENÁRIO MUSICAL JÁ COMPRANDO UM
CONFIRMARAM QUE UM PRODUTO DE UMA
DOS MAIORES BANDA/ARTISTA
PROBLEMAS ATUAIS É A
COMPRA DE ÚLTIMA LOCAL, VOCÊ
HORA. CONSEGUE AJUDÁ-
ISSO MUITAS VEZES LO DE DIVERSAS
CHEGAR A SER FORMAS TANTO DE
PREJUDICIAL, FORMA FINANCEIRA
INCLUSIVE, PARA ATÉ NA PRÓPRIA
EVENTOS DE PEQUENO
PORTE. AS VENDAS DIVULGAÇÃO DO
ANTECIPADAS TRABALHO.
PERMITEM GARANTIR UM QUANDO VOCÊ
MELHOR EVENTO E QUE PUDER, AJUDE E
AS PRODUTORAS COMPRE MERCH!
CONTINUEM PRESENTES
NA CENA!
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 20
TOP 5
BANDAS DA
PB POR
WILIANE DE
FRANÇA
NOSKILL
ESCURINHO E BANDA Banda de Hardcore aqui de João
É um cantor e percusionista Pessoa, de meados dos anos
Paraibano que na verdade, é 2000, que na época que as
um ícone da nossa cena. conheci, era formada apenas por
Escurinho transita entre o mulheres. Tive contato com essa
rock n’ roll, música popular banda ainda quando criança por
paraibana dentre outros intermédio da guitarrista Aline
gêneros de uma forma tão Myrtes que foi minha professora
fluida que pega de surpresa de inglês na escola. Acredito que
quem está ouvindo. E essa foi uma das minhas primeiras
acompanhado por grandes referências para a vontade de
artistas como Júnior Espínola fazer música.
e outros, formando uma das
melhores bandas da Paraíba.
PAPANGU
Banda de rock progressivo
da Paraíba, que impressiona
bastante com sua
sonoridade que transita
entre rock, metal, forró e
várias coisas loucas.
Acredito que, atualmente, é
uma das bandas melhores
produzidas da cena
paraibana!
MORTÍFERA MAG.
SHOWS COM APOIO
EDIÇÃO #3 21
DA MORT.
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 22
ERA:
nome da Tela Azzu nessa
edição. Com uma
“mistura” de diversos
CONHEÇA A
subgêneros musicais e
várias experimentações,
a banda conversa um
TELA AZZU
pouco com a MORT.
sobre sua trajetória e
lançamento do disco
Baleia Explode.
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 23
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 24
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 25
A ESSÊNCIA DO ROCK
PARAIBANO
FOTO//MARCUS RUSSO
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 26
Como surgiu a banda? E de Além da de gostar de se reunir A partir do convite recebido pela
onde surgiu o nome “Musa pra tocar, ensaiar e estar juntos produção do Palco Tabajara, um
Junkie”? se divertindo, soma-se a isso um programa feito ao vivo e
Surgiu em meados da década sentimento de resistência e transmitido pela rádio e redes
de 1990 com o encontro de três resiliência. Somos muito sociais, tivemos a ideia de fazer
caras que estavam a fim de estamos sempre compondo, esse registro. Para tanto,
fazer um som, José de Jesus, ensaiando, fazendo coisas e chamamos Adriano Leão, produ-
Beto e Edliano. com vontade de mostrar tudo produtor musical e amigo, que
Tivemos várias formações, isso. Apesar de algumas pausas já conhecia o som da banda,
passaram pela banda por motivos pessoais dos para captar o som ao vivo. Ele
NildoGonzalez (Zumbir, Seu integrantes, o que nos move é captou, e levou pro seu estúdio
Pereira, Flavio C, Star 61, essa inquietação musical. pra remixar e masterizar todas
Totonho etc), Oscar Filho as faixas. Ainda convidamos o
A banda tem diversas Anderson oliveira, do Clan
(Calibre 12, Nenê Vodoo, influências em seu som que Musical, para reeditar os vídeos
Disunidos, Coalizão), Rogério vai do Punk até Surf Rock. e conseguimos lançar esse
Aragão (Rota 66), Túlio Flávio Como vocês definem o som material de áudio (plataformas
(Zackarias Nepomuceno, que vocês fazem? E quais de streaming) e vídeo
Cuidado com o cão) e a
formação atual é Edliano influências predominam no (YouTube).
Valeriano (baixo e voz), Edy processo criativo da banda?
Gonzaga (guitarra e voz), Diego Gostamos muito desse registro
Não temos muitos rótulos e por ter a cara dessa nova
Second (Guitarra e voz) e Rayan temos as influências mais formação, com Rayan e Second,
Lins (bateria e voz). diversas, que se somam na hora fazendo um passeio por músicas
O nome é uma homenagem as de compor e arranjar as antigas e músicas novas já
musas de atitude ligadas à músicas. As influências compostas com essa formação.
música, como por exemplo, Elis poderiam ir de ABBA à Cartola,
Regina, Clara Nunes, Marilyn passando por toda aquela fase Quais são os futuros planos
Monroe, Calíope, Melpômene, indie, de efusão do rock para a banda e o que você
Janis Joplin,Carmen Miranda, alternativo dos anos 90. pode compartilhar conosco.
Aracy de Almeida, entre outras. Essasinfluências diversas, vão
Musa Junkie é reconhecida se somando e mixando com os Por enquanto estamos tocando
por ser uma das bandas sons que escutamos em todos esse repertório do Palco
esses anos de parceria, Tabajara nos shows e
pioneiras da cena rock composição e estúdio. compondo material novo para,
paraibano dos anos 90, em breve, gravar um novo EP,
como vocês definiram essa O último lançamento foi um ainda sem data pra sair.
trajetória da banda até os ao vivo no palco tabajara.
dias atuais? Como foi feita essa Agradecemos o trabalho da
gravação ao vivo? Mortífera MAG, que
consideramos essencial para
que a nossa cena cresça ainda
mais, dando oportunidades de
bandas novas aparecerem e
formarem novos públicos aqui e
Brasil e/ou mundo afora.
Obrigado! Sigamos!
FOTO//RAFAEL PASSOS
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 27
BONA DEA
O Bona Dea foi uma banda que atuou em um curto
período, mas que nos poucos anos de existência,
conseguiu destaque no underground nacional, tendo
resenha elogiando a demo, inclusive a qualidade da sua
Por Igor Silva produção, gravada no já na época veterano, estúdio
Peixe Boi. Além desses destaques na mídia impressa, a
banda chamou atenção da MTV, mas o fim do Bona
Dea, abriu um novo capítulo na trajetória musical de
Após o fim da década de 90, um jovem tímido tinha saído Flaviano André, que pretendo contar mais para a frente,
da sua primeira tentativa de fazer música decidido a por enquanto fica aqui esse relato e a recomendação
montar uma nova banda, nesse momento ele já estava se da audição dessa demo histórica, que nem existe
tornando conhecido na cena musical quando começou a disponível nos streamings, mas.pode ser ouvida no
trabalhar na loja de discos Música Urbana, localizada no YouTube e vale destacar, que além de toda a
centro de João Pessoa, local ideal para servir de
inspiração para as letras que aquele rapaz iria musicar em importância já destacada, a voz de Flaviano é
uma sequência de projetos musicais intensos e que nunca espetacular, ele teve formação musical, fez parte de
passaram despercebidos. O impacto da música idealizada coral, mas nunca se adaptou a certas caretices do meio
por Flaviano André era algo impossível de causar erudito, sempre foi um artista que se entregou a sua
indiferença e junto com uma formação improvável que produção, criando uma obra que vai além dessa demo
contava com ex integrantes do Medicine Death, do Bona Dea, mas vem depois com a bandas Star 61 e a
respectivamente Hansen nas guitarras, Ganzales no baixo, carreira solo batizada de Fla Mingo ficam para outras
Wilame nos teclados (atualmente a frente do duo synth edições, por enquanto procurem conhecer essa demo
dark pop Electro Bromance) e a bateria eletrônica tratada que apesar de conter poucas faixas, é auto explicativa,
como uma integrante relevante e batizada com o singelo só ouvindo para entender o destaque e a importância
nome de Pâmela Suck Suck. Com essa formação, que a banda teve, inclusive para mim, sendo referência
entraram em estúdio e gravaram a demo clássica e com a constante e indo além das lembranças de um tempo
melhor produção que a cena presenciou, o título “My room que já se foi, tanto que de todos os projetos, esse foi o
is a graveyard of love” entregava as referências de Smiths, que não passou por tantas mudanças de formação e se
Cure, Echo and The Bunnymen e Suede, coisa que consolidou como uma daqueles clássicos não datados,
destoava da formação que acompanhava Flaviano e que nada daquela música fedendo a mofo, segue relevante,
tinha um histórico como uma das bandas mais clássicas atual em melodias e ambiência envolventes,inclusive
do metal paraibano. Esse registro não lembrava não só o
metal e o Medicine Death, como nada tinha a ver com desfilando um leque sonoridades que hoje tem sido
hardcore que estava em seu auge na época e muito redescobertas por muitas bandas atuais. Assim, encerro
menos com as experimentações pop/regionais que meu relato sobre um artista que ousou vomitar um arco
ecoavam o legado dos movimentos da tropicalia e mangue íris purpurinado em uma cena que ainda não estava
beat. preparada para ser realmente inclusiva, fazendo
rock'n'roll do alto do seu salto plataforma e sendo
visceral e combativo ao seu modo em um momento
histórico, de lá para cá muita coisa mudou, no mundo,
O Bona Dea era algo entre o glamour rock dos anos 70 de na sua carreira, está em mutação a comunicar e tudo
Bowie e T-rex, inclusive no visual de Flaviano no palco, isso foi impulsionado na cena musical paraibana, por um
além de uma sonoridade mais sombria e melancólica que
assombrava todas as músicas, bebendo das fontes do pós artista que no seu dia a dia, parecia ter receio,e
punk,do shoegaze mais melódico e atmosférico e do rock provavelmente tinha mesmo, mas isso não o impediu de
gótico, além de umas pitadas das bandas mais glamour do ousar e tentar.
britpop como o já citado Suede e as bandas Pulp e Gene.
Flaviano era antenado no que havia de melhor na música
alternativa e tinha uma presença de palco que foi sendo
moldada a cada show, se tornando mais intensa, onde a
androginia do seu visual, fazia dele um ícone LGBTQIAPN+
em um cenário onde se criticava a homofobia abertamente
apenas em gigs anarcopunks do Cilaio Ribeiro e entre as
bandas punk e hardcore mais politizadas, coisa que era
forte, mas restrita em um meio que já era restrito.
Empunhando seu violão ou as vezes só no vocal ou
somando as batidas com uma pandeiros, aquele garoto
tímido, no palco exorcizava tudo que no dia a dia tentava
silenciar ele e outras pessoas que se sentiam deslocadas.
Muita gente tenta negar, mas o underground não era
realmente acolhedor para pessoas que estavam fora da
normatividade hetero, hoje não é tão diferente, mas já foi
muito mais complicado, mas graças a bandas como o Bona
Dea, Flávio Cavalcanti e a Mãe de quem? Através de
integrantes que estavam à frente dessas bandas, um
público que antes era muitas vezes segregado, começou a
se sentir acolhido, passou a ser mais participativo abrindo
espaço para outros artistas, tornando a cena mais
inclusiva para todes.
MORTÍFERA MAG.
# MORTINDICA: ¡MARCAS
INDEPENDENTES!
A marca Coraticum, nascida na Paraíba em 2017, é um reflexo da arte
independente e artesanal da Gabriela. A marca produz em pequena
escala bolsas, roupas e outros produtos limitados feitos com matéria-
prima excedente e reutilizada da indústria têxtil. Reinventando,
transformando e permanecendo coração coragem.
EDIÇÃO #3 29
PROFILE UNDERGROUND
EDY GONZAGA
Melhor disco da PB
Dificíl, Bea. Poderia citar vários que gosto bastante. Lugar onde gostaria de tocar em João Pessoa
Mas tem um em especial que pra mim é Teatro Pedra do Reino. Mas não tenho essa esperança.
representativo pela importância das pessoas Acho q o cenário de q a gente faz parte, é difícil para
envolvidas, incluindo os músicos e convidados que aquele espaço, que é longe e não muito acessível. Mas
participaram, que não foram poucos, que é o álbum acho q seria lgl tocar naquele palco, como foi tocar no
‘Vem no Vento’, do Jaguaribe Carne, grupo criado Teatro Nacional em Brasília com O Chico Corrêa, banda
pelos irmãos Pedro Osmar e Paulo Ró. Além das q tocava na época.
músicas e das pessoas que fizeram esse álbum, ele
teve presente fortemente num momento muito difícil
que atravessei e me fez resistir, reencontrar um Disco da PB que recomendaria
caminho pelas músicas, pelas letras e pela época. Pra
mim é de suma importância não só da música Começando pelos mais antigos: Medicine Death –
paraibana pelas pessoas envolvidas, mas por esse Genetic Radioactive Experimentes; Rotten Flies –
lado pessoal. Cultura do Ódio; Cine Parahyba – Junior Espínola;
Mas tem muitos outros que gosto e é muito cruel Labacê – Escurinho; Conflict das Marees – Tribo Ethnos;
escolher apenas um, vai pela memória afetiva. Papangu - Holoceno; HeadSpawn – Parasites;
obviamente, Vem no Vento – Jaguaribe Carne; Tocaia da
Paraíba – Botando pra Quebrar; Zepelin e o Sopro do
Lugar onde mais tocou em João Pessoa Cão – Corona Gaze; Zefirina Bomba –
Outra pergunta difícil. A memória já não ajuda tanto, Noisecocogrooveenvenenado; Zackarias Nepomuceno
muito tempo nesse cenário underground Mas lembro –Quero Sangrar em cima de você; Flávio Cavalcanti –
com muito carinho do Teatro Cilaio Ribeiro, Flavio Cavalcanti na Praia.. são muitos, passaria um
praticamente o CBGB da minha época pra gente. O tempo aqui citando, álbuns legais de ouvir, citei os q me
Espaço Mundo tb foi um lugar onde participei de vieram à cabeça agora.
vários eventos. Na FUNESC como um td, teatro de
Arena, Teatro Paulo Pontes e Praça do Povo, tb foram
vários. Aì tb vi shows memoráveis, como a fase em que Cinco bandas que chamaria para um festival
tinha muitos shows do Dead Nomads e Metallica
Cover. Na época tocava com o Rotten Flies, cheguei Rage Against The Machine, Suicidal tendencies,
a deslocar meu braço duas vezes em uma no em Circle Jerks, Minor Threat e The Stooges
rodas de pogo por lá.. kkkkk
MORTÍFERA MAG.
PROFILE UNDERGROUND
EDIÇÃO #3 30
EDY GONZAGA
CONHEÇA AS BANDAS:
CABRUÊRA, ZEFERINA
BOMBA, MUSA JUNKIE,
DISUNIDOS, COALIZÃO,
BURGO E LA GAMBIAJA
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 31
+ 5 FATOS
CURIOSOS
SOBRE A CENA
PESADA
UNDERGROUND
PARAIBANA
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 32
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 33
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 34
ÓDIO BANZO
BACURAU ONLINE
CORPOS
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 35
DESTRÓI
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 36
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 37
FORMAÇÃO CLÁSSICA
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 38
SEPULTURA EM CG
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 39
KREATOR + NEPHASTUS
MORTÍFERA MAG.
EDIÇÃO #3 40
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EDIÇÃO #3 41
FANZINEs PARAIBANAS:
CONHEÇA UMA POR EDIÇÃO
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EDIÇÃO #3
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