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Erupção pliniana

Ver artigo principal: Erupção pliniana

Erupção pliniana. 1: pluma vulcânica; 2: chaminé vulcânica; 3:


chuva de cinza vulcânica; 4: camadas de lava e cinza; 5: estrato; 6: câmara magmática.

A erupção pliniana é associada à erupção do Monte Vesúvio em 79, descrita por


Plínio, o Jovem, erupção essa que matou o seu tio Plínio, o Velho e soterrou as cidades
de Pompeia e Herculano em cinza vulcânica. Na erupção pliniana, brotam fragmentos
de rocha, lava viscosa e uma coluna de fumaça e gás. É usualmente o tipo de erupção
mais poderoso. Associados a este tipo de erupção encontram-se frequentemente
também rápidos fluxos piroclásticos. Erupções plinianas de grande intensidade, como
as que ocorreram a 18 de maio de 1980 no monte Santa Helena ou a 15 de Junho de
1991 em Pinatubo nas Filipinas, podem enviar cinzas e gases vulcânicos a vários
quilómetros de altitude, até à estratosfera, e a cinza resultante pode afectar áreas a
centenas de quilómetros de distância na direcção dos ventos. São características
distintas deste tipo de erupção a ejecção de grandes quantidades de pedra-pomes e
fortes erupções contínuas de gases.

Erupções plinianas curtas podem durar menos de um dia. Eventos mais longos podem
durar desde alguns dias a vários meses. As erupções mais prolongadas iniciam-se com
a produção de cinza vulcânica ou fluxos piroclásticos. A quantidade de magma que
brota pode ser tão grande que o topo do vulcão pode colapsar, formando uma caldeira.
Pode haver deposição de cinza muito fina em áreas extensas. São frequentemente
acompanhadas de forte ruído, como aquele produzido em Krakatoa.

As erupções plinianas de Krakatoa em 1883, monte Santa Helena em 1980, Monte


Tarumae (Japão) em 1667 e 1739,[3] Tira c. 1 600 a.C., a que formou o Lago Crater em 4
860 a.C. e a do Vesúvio em 79, são exemplos de erupções plinianas que resultaram na
formação de caldeiras. A lava é normalmente riolítica e rica em silicatos; é raramente
basáltica, tendo sido uma erupção com magma basáltico registada no Monte Tarawera
em 1886.

Erupção vulcaniana
Erupção vulcaniana. 1: pluma vulcânica; 2: lapilli; 3: fonte de
lava; 4: chuva de cinza vulcânica; 5: bomba vulcânica; 6: fluxo de lava; 7: camadas de lava e cinza;
8: estrato; 9: soleira; 10: chaminé magmática; 11: câmara magmática; 12: dique.

As erupções vulcanianas foram assim denominadas após as observações de


erupções de 1888–1890 do vulcão na ilha de Vulcano, no Mar Tirreno, por Giuseppe
Mercalli. Outro exemplo deste tipo de erupção foi a de Paricutín, em 1947. Mercalli
descreveu a erupção como "(...) disparos de canhão com longos intervalos (...)". Neste
tipo de erupção, brotam enormes fragmentos de rocha quente; uma espessa nuvem de
cinzas sai explosivamente da cratera a uma elevada altitude, formando alguma cinza
fumegante uma nuvem esbranquiçada perto do topo do cone. A sua natureza explosiva
deve-se ao conteúdo rico em sílica do magma, que aumenta a viscosidade e portanto a
explosividade deste. Pode encontrar-se quase todo o tipo de magma neste tipo de
erupção, mas magma com cerca de 55% de basalto-andesito (ou mais sílica) é o mais
comum.

As erupções vulcanianas começam normalmente com erupções freatomagmáticas


que podem ser extremamente ruidosas, devido ao aquecimento de água subterrânea
pelo magma em ascensão. Este processo é usualmente seguido de uma explosão que
desobstrui a chaminé vulcânica, erguendo-se uma coluna suja, cinzenta ou negra,
devido à expulsão de rochas preexistentes na chaminé. As erupções vulcanianas
podem lanças blocos de rocha de vários metros de dimensão a centenas de metros ou
mesmo alguns quilómetros de distância. À medida que a chaminé é desobstruída, as
nuvens de cinza tornam-se mais esbranquiçadas, sendo a saída de rolos de cinza
similar à das erupções plinianas. Esta fase é seguida pela produção de lava viscosa
contendo grandes quantidades de gases e produzindo cinza vulcânica vítrea. Conhece-
se a ocorrência de fluxos piroclásticos, como aconteceu nas erupções do Stromboli,
em 1930, de Montserrat, desde 1995 e do Monte Unzen, entre 1991 e 1995.

A tefra é dispersa numa área maior que nas erupções havaianas e estrombolianas. A
rocha piroclástica e os depósitos formam um cone vulcânico de cinzas, cobrindo a
cinza uma grande área. A erupção finaliza com um fluxo de lava viscosa.
Erupção peleana

Erupção peleana. 1: pluma vulcânica; 2: chuva de cinza


vulcânica; 3: cúpula de lava; 4: bomba vulcânica; 5: fluxo piroclástico; 6: Camadas de lava e cinza;
7: estratos; 8: chaminé magmática; 9: câmara magmática; 10: dique.

Numa erupção peleana ou nuée ardente ("nuvem ardente"), tal como a ocorrida no
vulcão Mayon,nas Filipinas, em 1968, há grande quantidade de explosões de
fragmentos de rocha quente, vapores, poeiras e cinzas a partir da cratera central. Estes
materiais caem sobre a zona da cratera e formam avalanches que se deslocam a
velocidades que podem chegar aos 160 km/h. O magma é geralmente viscoso e rico
em riólito ou andesito. Este tipo de erupção partilha algumas características com as
erupções vulcanianas, distinguindo-se pela avalanche de material piroclástico e a
presença de uma cúpula de lava no topo do vulcão. Observam-se também curtos
fluxos de cinza e criação de cones de pedra-pomes.

A fase inicial da erupção é caracterizada por fluxos piroclásticos. Os depósitos de tefra


têm um menor volume e alcance que em erupções plinianas e vulcanianas. O magma
viscoso forma uma cúpula escarpada ou uma agulha de lava na chaminé vulcânica. A
cúpula pode colapsar mais tarde, resultando em fluxos de cinza e blocos de rocha
quente. O ciclo eruptivo completa-se no espaço de alguns anos, podendo nalguns
casos prolongar-se por décadas, como no caso de Santiaguito.[4]

As erupções peleanas podem causar grande destruição e perda de vidas se ocorrerem


em zonas povoadas, como demonstrado pela devastação ocorrida em Saint-Pierre
após a erupção do Monte Pelée, na Martinica, em 1902. Outros exemplos incluem a
erupção de 1948–1951 do Hibok-Hibok, a erupção de 1951 do Monte Lamington (a mais
bem descrita até ao presente), a erupção de 1956 do Bezymianny, a erupção de 1968
do vulcão Mayon e a erupção de 1980 do Monte Santa Helena.[5]

Erupção subglacial
Erupção subglacial. 1: nuvem de vapor de água; 2: lago; 3: gelo;
4: camadas de lava e cinza; 5: estratos; 6: pillow lava; 7: chaminé magmática; 8: câmara
magmática; 9: dique.

As erupções subglaciais ocorrem debaixo de gelo ou glaciares, podendo causar


inundações e lahars e originar hialoclastite e pillow lava ("lava em almofada"). Apenas
cinco erupções deste tipo ocorreram no presente. Algumas erupções subglaciares são
provocadas por um tipo de vulcão subglacial, o tuya. Os tuyas na Islândia são
denominados "montanhas mesa" devido aos seus topos planos. O tuya Butte, na
Colômbia Britânica, é um exemplo deste tipo de vulcão.

Não é bem conhecida a termodinâmica das erupções subglaciais. Os escassos


estudos publicados indicam que existe uma quantidade apreciável de calor retido na
lava, sendo que uma unidade-volume de magma consegue derreter dez unidades-
volume de gelo. A velocidade a que o gelo é derretido é, no entanto, ainda inexplicada e
é uma ordem de magnitude maior em erupções reais que em modelos de previsão.

Erupção hidromagmática
Ver artigo principal: Erupção freatomagmática
As erupções hidromagmáticas, freatomagmáticas ou ultravulcanianas são
conduzidas por vapor explosivo em expansão resultante do contacto entre solo frio ou
águas de superfície frias e rocha quente ou magma. As explosões freáticas distinguem-
se por lançarem fragmentos de rocha sólida preexistente na chaminé vulcânica, não
havendo erupção de magma. A actividade freatomagmática é geralmente fraca,
embora sejam conhecidos casos de forte actividade, como na erupção do vulcão Taal,
nas Filipinas, em 1965, e a actividade de 1975–1976 em La Grande Soufrière,
Guadalupe.

Erupções históricas
As piores erupções da história, que causaram maiores danos:[carece de fontes]

1. Nevado del Ruiz (Colômbia), 1985


2. Monte Pelée (Martinica), 1902
3. Krakatoa (Indonésia), 1883
4. Monte Tambora (Indonésia), 1815
5. Monte Unzen (Japão), 1792
6. Vesúvio (Itália), 79
7. Tera (Santorini, Grécia), século XVII a.C.
Ver também
• Índice de Explosividade Vulcânica
• Ponto quente
• Sismo
• Supervulcão
• Vulcão dos Capelinhos
Referências
1. ↑ Burton, Mike; Allard, Patrick; Muré, Filippo; La Spina, Alessandro (2007). «Magmatic Gas
Composition Reveals the Source Depth of Slug-Driven Strombolian Explosive Activity».
Science. 317 (5835): 227-230. Consultado em 18 de janeiro de 2008
2. ↑ Hamish Clarke (13 de julho de 2007). «Volcanoes belch 'slugs' from deep underground»
(em inglês). Consultado em 21 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 17 de julho de
2007
3. ↑ Enlightenment activities for improvement on disasters from Tarumae Volcano, Japão,
"Cities on Volcanoes 4", 23-27 January 2006
4. ↑ «Kinds of volcanic eruptions» (em inglês). Consultado em 21 de janeiro de 2008. Arquivado
do original em 10 de janeiro de 2006
5. ↑ Steve Mattox. «Is a pelean eruption the same as a plinian eruption?» (em inglês).
Consultado em 21 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 1 de setembro de 2006
Bibliografia
• Frankel, Charles (2005). Worlds on Fire: Volcanoes on the Earth, the Moon, Mars, Venus and Io.
[S.l.]: Cambridge University Press. pp. 21–22. ISBN 0521803934
• Frankel, Charles (1996). Volcanoes of the Solar System. [S.l.]: Cambridge University Press. 17
páginas. ISBN 0521477700
• Casadevall, T.J. (ed.) (1995). Volcanic Ash and Aviation Safety: Proceedings of the First
International Symposium on Volcanic Ash and Aviation Safety. [S.l.]: DIANE Publishing. 437
páginas. ISBN 0788116509
• MacDonald, Gordon A.; Peterson, Frank L.; Abbott, Agatin T. (1983). Volcanoes in the Sea:
Geology of Hawaii 2.ª ed. [S.l.]: University of Hawaii Press. pp. 156–157. ISBN 0824808320
Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Erupções
vulcânicas
• «Como funcionam os vulcões - Departamento de Ciências Geológicas da
Universidade Estatal de San Diego» (em inglês)
• «Tipos de erupção vulcânica» (em inglês)
• «Glossário fotográfico de termos vulcanológicos (U.S. Geological Survey)» (em
inglês)
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Desastres naturais
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Vulcões e vulcanologia

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