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Cálculo Diferencial e Integral III

7o Semestre

Prof. Kleiton Andre Schneider


23 de Março de 2021
UFMS
Preliminares
Modelo de Crescimento Populacional

 Considere o seguinte modelo de crescimento populacional.


I Premissa 1: “Uma população cresce a uma taxa proporcional ao
tamanho da população."
Suponhamos que temos uma população (de bactérias, por exemplo)
e indiquemos:

t = tempo
N(t) = número de indivíduos no instante t
dN
= taxa de crescimento da população
dt

1
Modelo de Crescimento Populacional

Assim, de acordo com a Premissa 1,


dN
= λN, (1)
dt
dN
onde λ é a constante de proporcionalidade. A equação = λN é dita
dt
uma equação diferencial porque contém uma função desconhecida N e
0
sua derivada N .

2
Modelo de Crescimento Populacional

Assim, de acordo com a Premissa 1,


dN
= λN, (1)
dt
dN
onde λ é a constante de proporcionalidade. A equação = λN é dita
dt
uma equação diferencial porque contém uma função desconhecida N e
0
sua derivada N .
Observação
Se desconsiderarmos uma população nula, então N(t) > 0, ∀t. Assim, se
0
λ > 0, por (1), temos que N (t) > 0, ∀t, ou seja, se a população
aumenta, a taxa de crescimento aumenta.

2
Modelo de Crescimento Populacional

Como N(t) 6= 0, podemos reescrever a equação (1) como

1
dN = λdt (2)
N

3
Modelo de Crescimento Populacional

Como N(t) 6= 0, podemos reescrever a equação (1) como

1
dN = λdt (2)
N
Integrando (2) em ambos os lados, temos
Z Z
1
dN = λdt
N
⇐⇒ ln |N(t)| = λt + c, c ∈ R

3
Modelo de Crescimento Populacional

Como N(t) 6= 0, podemos reescrever a equação (1) como

1
dN = λdt (2)
N
Integrando (2) em ambos os lados, temos
Z Z
1
dN = λdt
N
⇐⇒ ln |N(t)| = λt + c, c ∈ R
⇐⇒ |N(t)| = e λt+c , c ∈ R

3
Modelo de Crescimento Populacional

Como N(t) 6= 0, podemos reescrever a equação (1) como

1
dN = λdt (2)
N
Integrando (2) em ambos os lados, temos
Z Z
1
dN = λdt
N
⇐⇒ ln |N(t)| = λt + c, c ∈ R
⇐⇒ |N(t)| = e λt+c , c ∈ R
⇐⇒ |N(t)| = ke λt , k ∈ R

3
Modelo de Crescimento Populacional

Fazendo k variar, obtemos uma família de soluções

20

15 k=10

k=8
10
k=6
k=4
5
k=2
k=0
N(t)

0
k=-2
k=-4
-5
k=-6

-10 k=-8
k=-10
-15

-20
-0.5 0 0.5
t (anos)
4
Modelo de Crescimento Populacional

Como N(t) > 0, ∀t, estamos interessados apenas nas soluções com
k > 0. E estamos preocupados com valores de t maiores que o tempo
inicial t = 0.
Observação
Fazendo t = 0, temos N(0) = ke λ0 = k, ou seja, a população inicial é k.

20

15 k=10

k=8
10
k=6
k=4
5
k=2
N(t)

-5

-10

-15

-20
-0.5 0 0.5 5
t (anos)
Modelo de Crescimento Populacional

Observação
i) N(t) = ke λt é chamada solução geral da equação
diferencial (1).
ii) N(t) = 0 é solução de (1) e está incluída na solução geral.

6
Modelo de Crescimento Populacional

Observação
i) N(t) = ke λt é chamada solução geral da equação
diferencial (1).
ii) N(t) = 0 é solução de (1) e está incluída na solução geral.

As soluções constantes de uma equação diferencial são chamadas


“pontos de equilibrio"ou “soluções de equilibrio".

6
Modelo de Crescimento Populacional

Se acrescentarmos uma condição inicial à equação diferencial, teremos


um problema de valor inicial (PVI). Por exemplo, se soubermos que no
instante t = 0 temos N0 indivíduos, teremos o PVI
(
dN
dt = λN
N(0) = N0

7
Modelo de Crescimento Populacional

Se acrescentarmos uma condição inicial à equação diferencial, teremos


um problema de valor inicial (PVI). Por exemplo, se soubermos que no
instante t = 0 temos N0 indivíduos, teremos o PVI
(
dN
dt = λN
N(0) = N0

Temos N(t) = ke λt , e logo k = N(0) = N0 , ou seja, N(t) = N0 e λt é a


solução do PVI.

7
Modelo de Crescimento Populacional

 Para uma modelagem mais realística do problema, considere:


I Premissa 2: “Um dado ambiente tem recursos limitados. Isto é, uma
população pode crescer exponencialmente no início, mas tende a
estabilizar-se quando se aproxima de sua capacidade de suporte s."

8
Modelo de Crescimento Populacional

 Para uma modelagem mais realística do problema, considere:


I Premissa 2: “Um dado ambiente tem recursos limitados. Isto é, uma
população pode crescer exponencialmente no início, mas tende a
estabilizar-se quando se aproxima de sua capacidade de suporte s."

Consideremos então:
dN
 ≈ λN, se N é pequeno comparado com s (premissa 1).
dt
dN
 < 0, se N > s (N diminui se excede s).
dt

8
Modelo de Crescimento Populacional

 Para uma modelagem mais realística do problema, considere:


I Premissa 2: “Um dado ambiente tem recursos limitados. Isto é, uma
população pode crescer exponencialmente no início, mas tende a
estabilizar-se quando se aproxima de sua capacidade de suporte s."

Consideremos então:
dN
 ≈ λN, se N é pequeno comparado com s (premissa 1).
dt
dN
 < 0, se N > s (N diminui se excede s).
dt
De outro modo,  
dN N
= λN 1 − (3)
dt s

N
 se N é pequeno comparado com s, fica próximo de 0, e temos
s
dN
≈ λN
dt
N dN
 se N > s, então 1 − < 0, e assim <0
s dt 8
Modelo de Crescimento Populacional

Observação
 As funções N(t) = 0 e N(t) = s são soluções de equilibrio de (3).

14

12

10

k=s
8
N(t)

k=0
0
-0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
t (anos)

9
Modelo de Crescimento Populacional

Observação
dN
 Se a população inicial N(0) é tal que 0 < N(0) < s, então >0e
dt
a população aumenta.

14

12

10

k=s
8
N(t)

k=0
0
-0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
t (anos)
9
Modelo de Crescimento Populacional

Observação
dN
 Se N(0) > s, então < 0 e a população diminui.
dt
14

12

10

k=s
8
N(t)

k=0
0
-0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
t (anos)

9
Modelo de Crescimento Populacional

Observação
 Em qualquer um dos casos, se a poulação se aproxima da
dN
capacidade de suporte (N −→ s), então −→ 0, ou seja, a
dt
população estabiliza.

14

12

10

k=s
8
N(t)

k=0
0
-0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
t (anos) 9
Um objeto em queda livre

 Suponha que um objeto esteja caindo na atmosfera, perto do nível


do mar.
 Vamos supor que a velocidade do objeto caindo é positiva quando o
sentido do movimento é para baixo.
 A lei física que governa o movimento de objetos é a segunda lei de
Newton:
F = ma.
onde m é a massa do objeto (kg), a é a aceleração do objeto ( sm2 ), e
F é a força total agindo sobre o objeto (N).

10
Um objeto em queda livre

 Podemos descrever a aceleração como a taxa de variação da


velocidade, ou seja,
dv
a=
dt
 Podemos considerar a força F como o peso do objeto mais uma
força devido à resistência do ar. Por um lado, a força peso é
calculada como mg, onde g é a aceleração da gravidade,
determinada experimentalmente como ≈ 9, 8 sm2 . Podemos supor que
a resistência do ar é proporcional á velocidade, ou seja, que essa
força tem módulo κv, onde κ é uma constante, chamada coeficiente
de resistência do ar. Objetos lisos aerodinâmicos tem coeficientes de
resistência muito menores que objetos rugosos, por exemplo.
Lembremos que a gravidade sempre age para baixo, enquanto a
resistência do ar age para cima, ou seja,

F = mg − κv.

11
Um objeto em queda livre

 Por fim, temos um modelo matemático em equações diferenciais que


simula um objeto caindo na atmosfera,
dv
m = mg − κv.
dt

12
Um objeto em queda livre

 Podemos reescrever a equação como


dv dt
=
mg − κv m

13
Um objeto em queda livre

 Podemos reescrever a equação como


dv dt
=
mg − κv m

 Integrando ambos os lados,


1 t
− ln |mg − κv| = + c1
κ m

13
Um objeto em queda livre

 Podemos reescrever a equação como


dv dt
=
mg − κv m

 Integrando ambos os lados,


1 t
− ln |mg − κv| = + c1
κ m

 ou ainda,
−κt
ln |mg − κv| = + c2
m

13
Um objeto em queda livre

 Podemos reescrever a equação como


dv dt
=
mg − κv m

 Integrando ambos os lados,


1 t
− ln |mg − κv| = + c1
κ m

 ou ainda,
−κt
ln |mg − κv| = + c2
m

 Elevando ambos lados à exponencial,


−κt
|mg − κv| = c3 · e m

13
Um objeto em queda livre

 Como m > 0 e v > 0, então,


−κt
mg − κv = c3 · e m

14
Um objeto em queda livre

 Como m > 0 e v > 0, então,


−κt
mg − κv = c3 · e m

 Logo,
mg −κt
v= + c4 · e m
κ

14
Um objeto em queda livre

 Como m > 0 e v > 0, então,


−κt
mg − κv = c3 · e m

 Logo,
mg −κt
v= + c4 · e m
κ

 Tomemos como condição inicial do problema, em t = 0, que


v(0) = v0 . Assim,
mg
v0 = v(0) = + c4
κ

14
Um objeto em queda livre

 Como m > 0 e v > 0, então,


−κt
mg − κv = c3 · e m

 Logo,
mg −κt
v= + c4 · e m
κ

 Tomemos como condição inicial do problema, em t = 0, que


v(0) = v0 . Assim,
mg
v0 = v(0) = + c4
κ

 Logo,
mg
c4 = v0 −
κ

 Por fim,
mg mg −κt
v= + [v0 − ]·e m
κ κ 14
Um objeto em queda livre

 Tomemos m = 10 kg e κ = 2 kg
s .

100

90

80

70

60

50 k=s
v(t)

40

30

20

10
k=0
0

-4 -2 0 2 4 6 8 10 12
t (s) 15
Um objeto em queda livre

 Gráfica para diferentes valores de c4 .

100

90

80

70

60

50 k=s
v(t)

40

30

20

10
k=0
0

-4 -2 0 2 4 6 8 10 12
t (s)
15
Um objeto em queda livre

 Todas as soluções tendem à solução de equilíbrio.

100

90

80

70

60

50 k=s
v(t)

40

30

20

10
k=0
0

-4 -2 0 2 4 6 8 10 12
t (s)
15
Perguntas?

15

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