Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

MATERIAL de APOIO Tecnicos de Enfermagem[1]

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 81

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA SAÚDE
2022
MATERIAL DE APOIO PARA CONCURSO PÚBLICO

TÉCNICOS MÉDIO DE ENFERMAGEM DE 3ª CLASSE

Tel: 925354187
WhatsApp: 925354187
Facebook: Zola Afonso
Pagina Facebook: Enfermagem Para Concurso,
Procedimentos, Perguntas e Respostas

Elaborado por: Lic. Zola Afonso


TEMAS:
1- Sinais Vitais
 Identificação dos Principais Sinais vitais;
 Valores de Referencia.
2- Cálculos de Medicamentos
 Cálculos de Gotejamento;
 Cálculos de dosagem de Medicamentos.
3- Suporte Básico de Vida
 Actuação do Técnico de Enfermagem
4- Banho no Leito
 Descrição do Procedimentos 
 Objectivos;
 Materiais Necessários.
5- Administração de Medicação
 Vias de Administração;
 Finalidades.
6- Cuidados de Enfermagem ao Paciente Acamado
 Cuidados com Úlceras de Depressão;
 Cuidados com Quedas.
7- Feridas
 Tipos;
 Materiais Necessários;
 Tratamento
8- Infecções Intra-Hospitalares
 Conceitos;
 Termos.
9- Cuidados de Enfermagem em Patologias Cirurgicas
 Pré – Operatórios;
 Intra – Operatório;
 Pós – Operatório.
10- Hemodialise
 Tipos de Hemodialise;
 Cuidados com Cateter e Fistulas;
 Cuidados com Doentes com IRC.

Lic. Zola Miranda Afonso 2


11-Enfermagem e Cuidados Obstétricos
 Puérpero Mediático e Imediato;
 Infecção puerperal;
 Cuidados Com Recém- nascido.
12- Esterilização
 Assepsia e Anti – Assepsia;
13- Cuidados de Enfermagem Perante Doentes com Patologias
 Diabetes Mellitus;
 AVC Hemorrágico e Isquémico;
 Cardiopatia;
 Intoxicação
 Urologia;
 Insuficiência Respiratória.
14-Ética e Deontologia Profissional
 Dilema Ético Perante Decisão do Doente Terminal;
 História de Enfermagem;
 Código de Ética Profissional.
15-Ética e Deontologia Profissional;
 Dilema Ético Perante Decisão do Doente Terminal;
 História de Enfermagem;
 Código de Ética Profissional.
16- COVID – 19
 Conceito
 Etiologia
 Quadro clinico
 Classificação
 Criterios de diagnosticoa
 Complicações
 Prognosticos
17-Cultura Geral;

Lic. Zola Miranda Afonso 3


SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são um modo eficiente e rápido de monitorar a condição do paciente ou de identificar
problemas e avaliar a resposta do paciente a uma intervenção. Como indicadores do estado de saúde, essas
medidas indicam a eficiência das funções circulatória, respiratória, neural e endócrina do corpo.

Cores para registo dos sinais vitais.


 Pulso: cor vermelha
 Respiração: cor preta
 Temperatura: cor azul
 Pressão arterial: cor verde
O registro dos SSVV deverá ser realizado no bloco e depois na folha de sinais vitais ou gráfico. Folha de
sinais vitais ou gráfico permite identificar, ou diferenciar as cores com respectivos sinais vitais, já que as
cores identificam grau de risco

Os horários padronizados para verificação dos sinais vitais serão:


 2/2h- 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 2, 4, 6;
 4/4h- 10, 14, 18, 22, 06;
 6/6h- 08, 14, 20, 02;
 8/8h- 6, 14, 22.
 12/12- 6, 18

Os sinais vitais devem ser medidos:


 Na admissão aos serviços de cuidados da saúde;
 Quando avaliar o individuo em visitas domiciliares;
 No hospital, em esquema de rotina conforme prescrições do paciente ou os padrões de prática do
hospital;
 Antes e depois um procedimento cirúrgico ou um procedimento diagnóstico invasivo;
 Antes e depois uma transfusão de sangue e hemoderivados;
 Antes e depois a administração de medicamentos ou terapias que afetam as funções de controle
cardiovascular, respiratório ou de temperatura;
 Quando as condições físicas gerais do individuo são alteradas;
 Antes e após intervenções de enfermagem que influenciam os sinais vitais;
 Quando o paciente informa sintomas inespecíficos de aflição física

Importancia:
 Reflete na mudança das condições do paciente

Objetivos:
 Detectar mediante a medição o comportamento dos sinais que denotam vida.
 Ajudar ao diagnóstico e aplicação de tratamento, a partir dos dados obtidos.
Precauções:
 Comprovar as condições higiênicas e o bom estado das equipes antes de medir os sinais vitais.
 Não medir os sinais vitais depois de exercícios físicos e emoções fortes.

Lic. Zola Miranda Afonso 4


Materiais:
 Tabuleiro
 Aparadeira de lixo
 Aparadeira de materiais recuperaveis
 Esfigmomanômetro
 Estetoscópio,
 Termômetro,
 Recipiente com bolas de algodão seco.
 Almotolia com álcool á 70%.
 Relógio com ponteiros de segundos.
 Bloco de notas
 Luvas de procedimento.
Classificação
 Temperatura
 Pulso
 Respiração
 Tensão arterial.

Temperatura: é o equilíbrio mantido entre produção e a perda de calor pelo organismo no ambiente e
deve – se ao mecanismo controlado pelo hipotalamo no cerebro. Tempo para deixar o termômetro no
paciente é de 5 a 10 minutos.

Tipos de Termómetro

Os tipos de termómetro mais comuns e usados a nivel mundial:

1. Termómetro de mercúrio
2. Termómetro digital
3. Termómetro de infravermelho
4. Termómetro de membrana timpanica

Valores de referência:
 Temperatura axilar- 35.5 - 37.2 ºc
Pode – se verificar em locais tais como: região axilar ou inguinal, região bucal ou sublingual, e região rectal.

Pulso: é a expansão e a contração das arterias resultantes dos batimentos cardiacos.


Pode – se verificar em locais tais como: arteria temporal, arteria carotida, arterial braquail, arterial radial,
arteria femoral, arteria poplitea e a pediosa. O pulso radial é habitualmente o mais verificado.

O pulso e a respiração devem ser verificados no mesmo procedimento, pois o paciente pode interferir,
parando ou alterando o ritmo respiratório.

Valores de referência:
 Pulso normal 60 – 80 bpm
 RN: 120 – 140 bpm

Lic. Zola Miranda Afonso 5


 Lactentes: 110 a 130 bpm (batimentos por minuto)
 Crianças: 70- 100 bpm
Adultos 60 80 bpm

Respiração: é a troca de gases (oxigenio e gás carbonico), ocorrido nos alveolos pulmonares,
transformando o sangue venoso rico em Co2 em sangue arterial rico em O2.

Valores de referência
 RN: 30 - 40 mpm
 Crianças: 20 a 25 C/m
 Adultos: 16 – 20 C/mpm (contagem por minuto)

Pode verificar – se em: Tórax e abdômen

Pressão Arterial: é a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A medida da
pressãoarterial compreende a verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão mínimadiastólica.

Valores de referência:
 Normotenso: 120x80 a 140x90 mmHg
 Hipotenso: <90x60mmHg
 Hipertenso:> 140x90mmHg
Pode – se verificar em regiõestais Como:
 Membros superiores: artériaumeral.
 Membros inferiores: artériapoplítea e femoral.

CÁLCULOS DE MEDICAMENTOS

Cálculo de Gotejamento (Fórmulas)

Macrogotas
Gotejamento macrogotas (gotas por hora)
Nº de gotas: Volume (ml)
Tempo (h) x 3

Gotejamento magrogotas (gotas por minutos)


Nº de gotas: Volume (ml) X 20_
Tempo (h)

Microgotas
Gotejamento Microgotas (Horas)
Nº microgotas: Volume (ml)
Tempo (horas)

Lic. Zola Miranda Afonso 6


Gotejamento Microgotas (Minutos)
Nº microgotas: Volume (ml) X 60____
Tempo (horas)
Consideraçoes:
 1 Gota = 3 microgotas
 1 ml= 20 gotas ou 60 microgotas
 V = Volume
 T = Tempo
 3 = Constante
 20 = Constante
 60 = Constante

Administração de insulina (fórmulas)


Conversão de unidades á unidades

X=dose prescrita x seringa (1ml)


Dose do frasco
Ou
X=P x S
F
Ou
Regras de 3 simples
Tipo de insulina ------------- Tipo de seringa
Unidade a administrar --------------X

Conversão de décimas a unidades


Considerações
 1ml ------- 10 décimas
 40÷10= 4 Unidades ---- 1 decima
 80÷10=8 Unidades ------1 décima
 100÷10= Unidades ------1 décima
 Insulina = unidades
 Tuberculina = unidades

Cálculo de dosagem de medicamento

Cálculo de medicação utilizando a regra de três simples


Exemplo 1:

O médico prescreve a um paciente 150mg de amicacina e na clínica existem apenas ampolas contendo
500mg/2 ml.

Lic. Zola Miranda Afonso 7


Resolução:

500mg = 2ml

150mg = x

(500) X (x) = (150) x (2)

500x = 300

X = 300

500

X = 0,6ml

Respostas: o paciente deve receber uma aplicação de 0,6ml de amicacina.

Exemplo 2:

 Prescrição: 200mg de Keflin EV de 6/6h.


 Frasco disponível na clínica: frasco em pó de 1g.

Resolução:

1grama = 1.000mg

Assim, temos:

1.000mg - 5 ml

200mg - x ml

(1.000) x (x) = 200 x 5 x = 200 x 5 = 1 ml

1.000

Alguns exemplos de cálculo de medicamentos:

Ampicilina

 Apresentação: frasco-ampola de 1g
 Prescrição médica: administrar 250mg de ampicilina

Resolução: transformar grama em miligrama

1g = 1.000 mg

Diluindo-se em 4ml, teremos:

1.000 mg - 4 ml

250 mg - x

X = (250) x (4) x = 1.000 = 1ml

1.000

Lic. Zola Miranda Afonso 8


Penicilina cristalina

 Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000U


 Prescrição médica: 3.000.000U

Observação: a penicilina de 5 milhões aumenta 2ml após a diluição.

5.000.000U - 10 ml (8ml de diluente + 2ml)

3.000.000U - x

5.000.000. X = 3.000.000. 10

X = 30.000.000

5.000.000

x = 6ml

Permanganato de potássio (KMNO4)

 Apresentação: comprimidos de 100mg


 Prescrição médica de KMNO4 a 1:40.000

Quantos ml de água são necessários para se obter a diluição prescrita?

1:40.000 significa: 1g de KMNO4

em 40.000 ml de água, ou

1.000mg de KMNO4

em 40.000ml de água.

Assim: 1.000mg - 40.000ml

100mg - x

X = 100. 40.000 X = 4.000ml ou 4 litros

1000

Portanto, acrescentando-se 100mg (1 comprimido) em 4 litros de água, obtém-se solução de KMNO4 na


concentração 1: 40.000.

Alguns exemplos de rediluição:

Heparina

 Apresentação: frasco-ampola de 5ml com 25.000U (5.000/ml)


 Administrar 200U de Heparina EV.

1 ml - 5000 U

x ml - 200 U

Lic. Zola Miranda Afonso 9


(5.000) x (x) = (1) x (200)

x = 200 x = 0,04 ml

5.000

Entretanto, na prática é impossível aspirar 0,04ml na seringa. Assim, faz-se necessário fazer a rediluição,
acrescentando-se um diluente (água destilada estéril ou solução fisiológica).

1º Passo:

1ml de heparina - 5.000U

1ml de heparina + 9ml de diluente 5.000U

2º Passo:

10ml - 5.000U

X ml - 200U

5000. X = 10. 200

X = 2.000 x = 0,4 ml

5.000

Portanto, 200U da prescrição são equivalentes a 0,4ml de heparina rediluída.

Cálculo de gotejamento de infusão venosa

Exemplo: Calcular o gotejamento, para correr em 8 horas, de 500ml de solução glicosada (SG) a 5%.

É possível calcular o gotejamento de infusões venosas pelos seguintes métodos:

Método A

1º Passo - Calcular o nº de gotas que existem no frasco de solução, lembrando-se que cada ml equiva a 20
gotas. Com três dados conhecidos, é possível obter o que falta mediante a utilização de regra de três
simples:

1ml - 20 gotas

500ml - x

X = 500 x 20 = 10.000 gotas

2º Passo - Calcular quantos minutos estão contidos em 8 horas:

1h - 60 minutos

8h - x

X = 8 x 60 = 480 minutos

3º Passo - Calcular o número de gotas por minuto, com os dados obtidos da seguinte forma:

Lic. Zola Miranda Afonso 10


10.000 gotas - 480 minutos

X - 1 minuto

X = 10.000 x 1 = 21 gotas/minuto

480

Cálculo de microgotas: multiplicar o resultado por 3 = 63 mgt/min

Método B

Aplicar a fórmula:

Nº de gotas = volume, sendo 3 uma constante

Tempo x 3

Aplicando-se a fórmula teremos:

Nº de gotas = 500

8x3 24

= 21 Gotas/minuto

Cálculos de insulina/heparina

 Exemplo 1: Foram prescritos 50 UI de insulina NPH por via SC e não temos seringa própria só de 3
ml.

Como devemos proceder?

100 UI ------ 1 ml 100 x = 50 x = 0,5 ml

50 UI ------- x x = 50/100

 Exemplo 2: Temos que administrar 2.500 UI de heparina SC de 12/12h. Temos frasco de 5.000 UI
em 1ml. Como devemos proceder?

5.000 UI ------ 1 ml 5.000 x = 2.500 x = 0,5 ml

2.500 UI ------ x x = 2.500/5.000

Vamos praticar?

1. Temos que administrar insulina SC e não temos seringa própria só de 3 ml. Então calcule o ml de cada
valor prescrito:

a) 60 UI de insulina

b) 80 UI de insulina

c) 50 UI de insulina

Lic. Zola Miranda Afonso 11


Cálculos de Diferentes

Porcentagens

• Exemplo 1: Temos na clínica ampolas de glicose a 50% com 20 ml. Quantas gramas de glicose temos nesta
ampola?

50 g ------- 100 ml 100 x = 1.000 x = 10 g

X -------- 20 ml x = 1.000/100

• Exemplo 2: Temos disponíveis ampolas de Vit.

C a 10% com 5 ml. Quantos mg de Vit. C temos na ampola?

10 g ------ 100 ml 100 x = 50 x = 0,5 g

X ----- 5 ml x = 50/100

Mas queremos saber em mg

1 g ----- 1.000 mg 1 x = 500 x = 500 mg

0,5 g ---- x x = 500/1

Vamos praticar?

1. Quanto de soluto encontramos nas seguintes soluções:

a) 1 Ampola de 20 ml de glicose a 25%

b) 1 Ampola de 20 ml de NaCl a 30%

c) 1 Frasco de 500 ml de SG a 5%

d) 1 Frasco de 1.000 ml de SG a 5%

Transformando o Soro

• Exemplo 1: Foi prescrito S.G. de 1.000 ml a 10%, temos somente SG de 1.000 ml a 5% e ampolas de
glicose 50 % com 10 ml. Como devo proceder para transformar o soro de 5 para 10%?

• PASSO 1: descobrir quantas gramas de glicose tem no soro que eu tenho.

5 g ------ 100 ml 100 x = 5.000

X ------- 1.000 ml x = 5.000/100

x = 50 g de glicose

• PASSO 2: descobrir quantas gramas de glicose contém no soro prescrito.

10 g ------- 100 ml 100 x = 10.000 x = 100 g

x ------ 1.000 ml x = 10.000/100

• Descobri que devo acrescentar 50 gramas de glicose no SG 5% de 1.000 ml.

Lic. Zola Miranda Afonso 12


• Tenho ampola de glicose 50%

50 g ---- 100 ml 100 x = 500 x=5g

X -------- 10 ml x = 500/100

• Portanto cada ampola de 10 ml contém 5 g de glicose, assim devo colocar 10 ampolas no frasco de soro =
100 ml.

• Entretanto não cabe no frasco, devo então desprezar 100 ml do frasco onde estarei perdendo 5 g de
glicose e acrescento + 1 ampola de glicose.

• Assim utilizaremos 11 ampolas de glicose 50% para transformar o soro.

Vamos praticar?

1. Foi prescrito um frasco de SG 10% de 500 ml.

Temos frascos de SG 5% 500 ml e ampolas de glicose de 20 ml a 50%. Como devemos proceder para
transformar o soro?

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Suporte básico de vida: consiste na realização de manobras de reanimação básica sem o uso de
medicamentos, mediante a estimulação do ritmo cardíaco e a dinâmica respiratória.

Objetivos:
 Oxigenação de emergencia para proteger o Sistema nervoso central.
 Manter a vítima ate que possa efectuarse a RCP avanzada
Causas respiratórias:
 Obstrução da via aérea.
 Pneumonias graves.
 Depressão respiratória. (por convulsões, HTEC; ME)
 Afogamento (drowning).
 Traumatismo torácico.
 Morte súbita do lactante.
 Acidente.

Causas cardíacas:
 Insuficiência cardíaca severa.
 Arritmias.
 Crises hipóxicas.
 Taponamiento cardíaco

Actuação do Técnico de Enfermagem


1-Comprovar inconciencia
2-Pedir ajuda
3-Posição da vítima (decúbito supino sobre superfície dura e plaina)

Lic. Zola Miranda Afonso 13


4- Abrir via aérea (técnica varrido, triplo manobra)
5-Verificar ausência de respiração
6-Determinar ausência de pulso
7-Colocar ao paciente em posição adequada e pedir ajuda.
 Falar em voz alta.
 Beliscar.
 Sacudir (não tem trauma).
 Posição de Farejo (< 1año)
8- Manobra de inclinação da cabeça e elevação do mento: É a extensão do pescoço mas a elevação do
queixo. E está contra-indicada em traumas craneocervicales. (Não deve realizar-se em pacientes que acham
cansado de alturas, sofrido traumas importantes por cima da clavícula, hematomas e equímosis cervicais,
afogamento e sempre que existirem dúvidas.)

9-Manobra de tração da mandíbula ou triplo manobra modificada (se trauma).

10- Comprovar respiração: Durante 5- 10 segundos (Manobra do MÊS).


11-Ventilar: comprova-se sua eficácia pelos movimentos torácicos e as mudanças de coloração. Tem como
primicias:

 Evitar fugas de ar (escapamento).


 Insuflar os pulmões.
 Ténicas adequadas.

Lic. Zola Miranda Afonso 14


12-Reflete de forma básica a função cardio circulatória. Pode apalpar-se qualquer pulso principal embora
em:

Lactante: É o braquial o mas fácil. (flexionar o braço, pulso humeral 2-3 cm em cima do cotovelo
aproximadamente na metade do braço)

Meninos: O carotídeo. (descender sobre a linha medeia do pescoço em cima da noz do Adão, e deslocar-se
2 cm para o lado.
Iniciar se frequência cardíaca <60 por minutos.
Frequência igual a 100-120 por minutos.
13- Contrações Profundidade de pressão ao esterno 2 centímetro aprox. Variam de acordo à idade.

BANHOS NO LEITO
.
Banho no leito Consiste na limpeza da pele com água e sabão, no paciente que se encontra impossibilitado
parcial ou totalmente.

Tipos de banho no leito

 Aspersão - banho de chuveiro;


 Imersão - banho na banheira;
 Ablução - jogando pequenas porções de água sobre o corpo;
 No leito - usado para pacientes acamados em repouso absoluto.

Descrição do Procedimentos

1. Higienizar as mãos conforme recomendações da OMS;

2. Calçar luvas;

3. Soltar a roupa de cama (começar pelo lado mais distante e retirar o travesseiro);

4. Iniciar o banho pela lavagem do rosto (ensaboar o rosto, começando pelo lado mais distante,
abrangendo toda face, orelhas, pescoço e nuca). Na sequência enxaguar e secar;

5. Proceder à higiene oral conforme método descrito;

6. Despir o paciente;

7. Colocar a toalha de banho sobre o tórax, descer o lençol em leque até a região pubiana e deixar os
braços do paciente sobre a toalha;

Lic. Zola Miranda Afonso 15


8. Lavar e enxaguar os membros superiores (iniciar sempre pelo membro mais distante e depois no mais
próximo, iniciando sempre a lavagem pela extremidade distal);

9. Oferecer bacia com água morna e solicitar que o paciente lave as mãos (se necessário realize a lavagem
das mãos do paciente);

10. Solicitar que o paciente coloque as mãos sob a cabeça;

11. Lavar, enxaguar e enxugar as axilas do paciente (iniciar pela mais distante);

12. Lavar, enxaguar e enxugar o tórax. Nas mulheres, atentar-se a higiene na base dos seios, especialmente
em mulheres obesas (manter o local seco e hidratado);

13. Colocar a toalha sobre os membros inferiores;

14. Lavar, enxaguar e secar o membro inferior mais distante e em seguida o proximal (iniciar pela coxa,
seguindo joelho e pernas, depois o pé);

15. Movimentar o paciente para decúbito lateral;

16. Colocar a toalha sob as costas e abaixar o lençol;

17. Lavar, enxaguar e secar o tronco e as nádegas;

18. Colocar as roupas de cama conforme técnica descrita para preparo do leito;

19. Movimentar o paciente para decúbito dorsal;

20. Colocar a toalha de banho e a comadre sob a região glútea;

21. Disponibilizar material para o paciente realizar a higiene íntima, ou se necessário, você deve realizá-la
(incluindo a região pubiana);

22. Retirar a comadre e a toalha;

23. Se necessário colocar fralda no paciente;

24. Vestir o paciente;

25. Terminar o preparo do leito conforme técnica descrita;

26. Oferecer ou utilizar materiais de cuidado com pele do paciente;

27. Providenciar a limpeza, a ordem do ambiente e do material;

28. Retirar as luvas e higienizar as mãos conforme recomendações da OMS;

29. Anotar a assistência prestada.

Observações:

Durante o banho manter a temperatura da água adequadamente (realize a troca de água sempre que
necessário);

A higiene oral deve ser realizada antes do banho, caso não tenha sido realizada;

As unhas devem ser cortadas e limpas;

Lic. Zola Miranda Afonso 16


Estimular o paciente a participar do cuidado. Caso ele consiga realizar banhar-se, deixar o que faça.
Avaliar as condições de pele e anexos, a função motora, circulatória, respiratória e nutricional do
paciente;

Tomar precauções quanto aos riscos de acidentes e quedas;

Manter a pele do paciente hidrata;

Para evitar infecções em âmbito hospitalar, as bacias devem ser lavadas e desinfetadas com solução
alcóolica 70%;

Atentar-se aos cuidados em relação ao uso de dispositivos (sondas, cateteres, dentre outros) e as
restrições do paciente;

Caso as condições do paciente não permitam o banho completo diariamente, realizar ao menos a lavagem
do rosto, dos braços, das axilas, da região dorsal e dos órgãos genitais.

Objetivos:
 Eliminar as secreções e sujeiras da pele.
 Limpeza da pele e conforto do paciente;
 Estímulo a circulação e prevenção de úlceras de pressão.
 Estimular a circulação periférica.
 Proporcionar o bem-estar físico e mental.

Materiais Necessarios
 Material para higiene oral;
 Bacia;
 Balde;
 Jarro com água morna;
 Material para lavagem externa;
 Luva de banho;
 Sabonete;
 Roupa de cama e de uso do paciente;
 Luvas de procedimento.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Via de administração: São as diferentes formas em que um medicamento fica em contato com o organismo
para exercer sua ação.

Classificação
Entérica (através do tubo digestivo):
 Oral ou bocal.
 Sublingual.
 Retal.

Lic. Zola Miranda Afonso 17


Parenteral: (por injeções)
 Intradérmica.
 Subcutânea.
 Intramuscular.
 Endovenosa.

VIA ORAL: é a forma de administrar medicamentos pela boca através do tubo digestivo, e em forma
sublingual ou vestibular mediante a mucosa oral.

Finalidades:
 Obter efeitos gerais e locais.
 Administrar medicamentos que não se possam subministrar por outras vias.

Formas de medida
Para colher-medida os valores precisam ser verificados em cada utensílio, pois podem variar conforme o
fabricante. Para gotejamento os valores são padronizados, entretanto quando for para medicamentos em
frasco-gotas também precisam ser verificados, pois podem variar de acordo com o medicamento.

 1 Colher de sopa corresponde a 15 ml;


 1 Colher de sobremesa corresponde a 10 ml;
 1 Colher de chá corresponde a 5 ml;
 1 Colher de café corresponde a 2,5 ou 3 ml
 1 ml possui 20 gotas;
 1 ml possui 60 microgotas;
 1 Gota possui 3 microgotas.
 1 Gota é igual a 1 macrogota.

Via parenteral: Consiste na injeção de medicamentos nos teciodos ou líquidos corporais

Finalidades:
 Administrar medicamentos com fins diagnósticos ou de tratamento.

INJEÇÃO INTRAMUSCULAR: é a que permite a introdução de medicamentos entre as fibras musculares


profundas que estão providas de abundante irrigação sangüínea.
Finalidades:
 Obter uma ação geral rápida e segura.
 Administrar medicamentos considerados irritantes ou que não possam ser administrados por
outras vias.
 Utilizar o tecido muscular como médio ótimo para a absorção de certos medicamentos.

INJEÇÃO SUBCUTÂNEA OU HIPODÉRMICA: é a forma de introduzir pequenas quantidades de


medicamentos no tecido celular subcutâneo mediante uma seringa de injeção e uma agulha.

Finalidades:
 Obter uma absorção lenta de certos medicamentos mediante a malha celular subcutânea.

Lic. Zola Miranda Afonso 18


 Administrar medicamentos que requeiram esta via.

INJEÇÃO INTRADÉRMICA: Consiste na introdução de pequenas quantidades de soluções medicamentosas


na capa dérmica da pele.

Finalidades:
 Permitir a absorção lenta de soluções através dos copos capilares.
 Administrar vacinas e provas cutâneas de sensibilidade com fins preventivos e diagnósticos.

INJEÇÃO INTRAVENOSA: é a que permite introduzir diretamente o medicamento à corrente circulatória


através de uma veia.

Finalidades:
 Obter uma ação terapêutica rápida.
 Facilitar a administração de soluções irritantes e intolerantes por outras vias.
 Administrar medicamentos como meio de diagnóstico.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACAMADO

ÚLCERA OU LESÃO DE PRESSÃO

Úlceras de pressão: também conhecidas como úlceras de decúbito, escara ou escara de decúbito, são
lesões de pele ou partes moles, que originam-se, basicamente, de isquemia tecidual prolongada.

Ocorre devido a qualquer posição que é mantida pelo paciente durante um longo período de tempo
(comum em pacientes acamados), especialmente em tecidos onde há sobreposição de uma proeminência
óssea, resultante da presença de pouco tecido subcutâneo nessas regiões do corpo.

Fatores de risco:
 Idade avançada,
 Fricção,
 Traumatismos,
 Desnutrição,
 Incontinência urinária
 Incontinência fecal,
 Infecção,
 Avitaminoses,
 Umidade excessiva,
 Pressão arterial
 Edema.
Os locais mais comumente afetados
 Região sacral
 Calcâneos,
 Ísqueo,

Lic. Zola Miranda Afonso 19


 Mentoniana,
 Occipital,
 Escapular,
 Trocanter,
 Crista ilíaca,
 Joelho,
 Maléolo
 Cotovelo,

Nota: Aproximadamente 60% das úlceras de pressão se desenvolvem na região pélvica ou abaixo desta.
A região sacral e o calcâneo são os locais mais frequentes de aparecimento da úlcera por pressão

Classificação das úlceras por pressão

As úlceras de pressão são classificadas em estágios:

1. Estágio I: Afetação da capa mais superficial da pele (epiderme). Quando a pele que encontra-se intacta
sofre alguma alteração relacionada a pressão, apresentando algumas alterações como mudança de
temperatura, mudança na consistência tecidual ou sensação de queimação ou coceira.

Nos indivíduos de pele clara, pode apresentar-se sob a forma de eritema que não torna-se claro após a
remoção da pressão. Em indivíduos de pele escura, apresenta-se como descoloração, manchas arroxeadas
ou azuladas.

2. Estágio II: ocorre a perda parcial da pele que envolve a epiderme, derme ou ambas. Manifesta abrasão,
bolha ou cratera rasa.

3. Estágio III: ocorre a perda da pele em sua espessura completa, envolvendo danos ou necrose do tecido
subcutâneo que pode ser profundo, mas não atinge a fáscia muscular.

4. Estágio IV: ocorre a perda da pele na sua espessura total acometendo áreas extensas, ou danos na
musculatura, ossos, bem como outras estruturas de suporte (como tendão e capsula articular).

A prevenção é a melhor solução para o problema. Primeiro deve ser avaliado o risco, considerando que
este é maior para indivíduos acamados, restritos a cadeira de rodas ou os que apresentam limitada
capacidade de reposicionamento. Devem ser identificados todos os factores de risco, objectivando
programar as medidas preventivas específicas.

A pele necessita de inspecção diária. É fundamental também que se faça o alívio da pressão da pele nas
áreas que apresentam maior risco, ou onde são encontrados ossos proeminentes.

Cuidados de enfermagem
1. Manter o colchão piramidal sobre o colchão de cama do paciente;
2. Mudar sempre a posição do paciente acamado;

Lic. Zola Miranda Afonso 20


3. Elevar os calcanhares colocando-se travesseiros macios por baixo do tornozelo;
4. Uma vez ao dia, posicionar o paciente sentado em poltronas macias, ou revestidas com colchão
piramidal;
5. Alterar a posição das pernas quando o paciente encontra-se sentado;
6. Dieta rica em vitaminas e proteínas;
7. Manter hidratação;
8. Manter o paciente seco e limpo, trocando suas fraldas de três em três horas;
9. Realizar hidratação da pele com hidratantes e/ou óleos corporais a base de vegetais;
10. Usas sabonete com pH neutro para realizar a higiene da área genital;
11. Manter-se atenta para o surgimento de infecções fúngicas;
12. Aplicação de filme transparente e/ou cremes ou loções a base de AGE nas regiões que apresentam
maior risco para surgimento de lesões;
13. Realizar massagem com loção umectante nas regiões de pele sadia, em áreas com maior probabilidade
de surgirem lesões;
14. Manter as roupas de cama sempre limpas e secas;
15. Não utilizar lâmpadas de calor sobre a pele, pois estas ressecam-na.

Tratamento
O tratamento das úlceras de pressão é feito por meio da limpeza das lesões aplicando-se soro fisiológico na
forma de jato sob estas, de preferência morno.

Este jato apresenta a capacidade de limpar a ferida sem lesar o que o próprio organismo vem reparando.

Quando estão presentes escaras (crostas enegrecidas e endurecidas) sobre as lesões, estas deverão ser
removidas por um profissional da área especializado.

Cuidados com Quedas


-Orientar o paciente a levantar devegar , sentar no leito e apoiar os pés
-Auxiliar o paciente com risco moderado para queda durante a deambulacão
-Manter a cama na posicão baixa e com rodas travadas
-Manter grades de proteccão elevadas e se for necessario utilizar protetores entre o vão das grades
-Oferecer suporte de soro com rodas
-Checar o bom funcionamento e integridade da maca, cadeira de roda ou do outro meio de locomocão
antes de transportar o doente
-Oriantar quanto ao uso apropriado de muletas e bengala se for necessário
-Orientar o doente ou ao responsavel sobre as mudancas na prescricão medicamentosa que possam causar
vertigens tonturas hipoglicemias etc.
-Transportar o doente na cadeira de rodas com cinto de seguranca e na maca com grades elevadas
-Evitar locomocão do doente em trajectos tumultuádos quando for possivel

Lic. Zola Miranda Afonso 21


FERIDA

Ferida: É a perda de continuidade de qualquer estrutura corporal já seja interna ou externa, causada por
meios físicos.

Classificação:
Segundo presença ou ausencia de infecção:
 Limpa ou asséptica: Livre de gérmenes patogênicos.
 Suja, infestada ou séptica: Contém gérmenes patogênicos.
Segundo a causa:
 Traumática ou acidental: Ocorre em condições sépticas e existe um grande perigo de que se
infecte. Ex. Politrauma.
 Intencional: É produzida por um propósito específico, sob condições de assepsia. Ex. Ferida
cirúrgica.
Segundo ausência ou ruptura da pele:
 Aberta: Quando há ruptura de pele e mucosa. Ex. Incisa, agudo, abrasão, etc.
 Fechada: Quando não há ruptura de pele e mucosa. Ex. Fratura de quadril, uma martelada.
Segundo maneira em que ocorre:
Incisas: Produzida por objetos com fio como um bisturi, navalha, borde-os da ferida são retos. Ex. A incisão
produzida pelo cirurgião
Agudo: São produzidas por instrumentos de extremo agudo, penetra pelas malhas causando poucas lesões
externas, mas alcançando profundidade. Ex. Estiletes, baionetas, agulha, anzóis, o aguijonazo de uma
abelha, etc.
Por Abrasão: Ocorre como resultado da fricção ou raspadura, é superficial, a capa externa da pele ou
mucosa estão lesadas ou raspadas. Ex. Queda sobre o pavimento, o roce das savanas em um encamado.
Contusa: São produzidas por traumatismos violentos com agentes obtusos que ao golpear não rasgam os
tegumentos, são de pouca gravidade, embora dependa do lugar onde se produziu. Ex. Abdômen, flanco ou
hipocôndrio às vezes resultam graves, pois podem determinar ruptura do fígado, baço ou rim. Um
batimento com um martelo.
Lacerante: As malhas estão rasgadas e têm bordos irregulares. Ex. Produzida por uma serra, serrote,
mordida de cão, etc.
Penetrantes: quando interessa uma cavidade natural, Ej: Por arma de fogo: produz-se por disparos de
armas de fogo, o projétil segue um curso único através das malhas até se chocar com um osso. Estas
podem ser: a linha, quando segue um curso superficial e tangencial quando risca um sulco na pele.
Segundo tipa Intervenção cirúrgica:
1. Limpas: Livre de gérmenes patogênicos, nem contato com líquidos corporais.
2. Limpa poluídas: Embora esteja livre de gérmenes patogênicos, existe contato com fluídos corporais.
3. Poluídas: Existe contato com fluídos corporais, corpos estranhos, sujeiras ambientais (terra, asfalto,
sedimentos fecais, urina, etc.)
4. Infestadas: Existe prévia invasão de agentes patogênicos, lesões sépticas, tecido necrótico, etc.
Fatores que influem no processo de cicatrização:
Generais:
 Idade
 Estado nutricional

Lic. Zola Miranda Afonso 22


 Fatores humorales
 Estado de saúde
Locais:
 Fluxo sanguíneo.
 Presença de infecção.
 Grau ou magnitude do dano hístico.
 Edema.
 Radioterapia.
 Qualidade do tecido útil.
Materiais Necessários:
 Bandeja;
 Mesa auxiliar;
 Lixeira com saco branco leitoso;
 Lixeira com saco preto.
 EPI’s (bata descartavel ou avental, luva de procedimento ou estéril, máscara, óculos);
 Gazes ou comprensas estéreis (quantidade de acordo com o tamanho e tipo de curativo)
 Pinças dente – de - rato; Pinças de Kocher; Pinças de Kelly;
 Solução fisiológica 0,9%;
 Iodopovidona
 Àgua oxigenada
 Solução dakin,
 Álcool,
 Clorexidine alcoólica 0,5%;
 Seringa de 20 ml;
 Agulha 30x10;
 Tesoura;
 Saco plástico;
 Pacote de curativo;
 Adesivo;
 Cobertura primária selecionada (conforme avaliação do enfermeiro ou prescrição de enfermagem);

Tratamento da ferida e curativos

O tratamento da ferida envolve a avaliação das condições clínicas do paciente, o uso de analgésicos, o
cuidado com o curativo e o desbridamento do tecido inviável. Também é necessária a avaliação diária da
evolução da ferida no sentido de continuar ou modificar as condutas até então estabelecidas.

Curativo: é o tratamento local dos vários tipos de feridas.

Finalidades:
 Proteger o ferimento;
 Absorver secreções e facilitar a drenagem;
 Promover hemostasia;
 Minimizar o acúmulo de fluídos;

Lic. Zola Miranda Afonso 23


 Imobilizar o ferimento;
 Evitar o aparecimento de infecção em feridas assépticas;
 Promover uma melhor e precoce cicatrização;
 Aliviar a dor.

Observações:
- Lavar e degermar as mãos antes e após a realização de cada curativo;
- Utilizar sempre material esterilizado;
- Usar luvas esterilizadas na troca de curativos de feridas infectadas extensas;
- As trocas de curativos devem ser feitos de acordo com o potencial de contaminação da ferida,
independente de serváriospacientesounummesmopaciente.
- Ummesmopaciente pode ter uma fístula, umcatetervenosocentrale umaincisãocirúrgicalimpa ou
asséptica.Deve-se, portanto, primeiramente iniciar pelo curativo do cateter, seguindo-se pela realização do
curativo da incisão cirúrgica e finalmente o curativo da fístula;
-Seguir o principio básicos da técnica de curativo, começando pela área menos contaminada e na
seqüência, para a mais contaminada;
-Curativos de incisões cirúrgicas limpas não necessitam de troca quando secos. Após 72 horas da cirurgia,
devem ser deixados abertos;
- Curativos úmidos (seja por secreções ou pelo banho) devem ser trocados quantas vezes forem
necessários, não ultrapassam o tempo de seis horas (tempo provável de multiplicação de bactérias);
- As drenagens de feridas infectadas devem ser feitas por incisão preferencialmente em local adjacente à
ferida e com sistema de drenagem por sucção fechada;
- Coletores de drenagens devem ser colocados em plano inferior ao do cliente;
-Os drenos devem ser de tamanho que permitem a sua permanência na posição vertical, livres de dobras e
curvas;
-Nunca colocar o material contaminado na cama do paciente, na mesa-de-cabeceira ou no recipiente de
lixo don paciente;
- Ao remover o curativo deve-se inspecionar a ferida quanto a sinais de infecção (hiperemia, secreção
purulenta, edema, calor e dor);
-Colher amostras de secreção presente em qualquer ferida em que haja suspeita de infecção, enviar
amostra a bacterioscopia e cultura com antibiograma. Anotar no prontuário que foi colhido material,
necessário ao curativo, no próprio quarto;
-Anotar no prontuário o aspecto da ferida e da secreção ou drenagem se houver;
- A solução fisiológica utilizada para limpeza do ferimento deve ser aquecida a uma temperatura de 37º C;
- Evitar movimentos de vai e vem que possibilitara contaminação do local não contaminado;
-Aplicar o anti-séptico primeiramente na ferida e a pós nas áreas adjacentes, em feridas limpas. Nasferidas
contaminadas, iniciar a aplicação do anti-séptico nas áreas adjacentes;
- Em feridas abertas recomenda-se irrigá-las com soro fisiológico aquecido, utilizando-se seringas.

Soluções utilizadas para o tratamento de Feridas


 Solução salina isotônica (soro fisiológico, s.s. I).
 Iodopovidona
 Clorexidina
 Àgua oxigenada

Lic. Zola Miranda Afonso 24


 Ácido acético 2%,
 Solução dakin,
 Hibitane,
 Benzalconio,
 Cetrimida.
 Álcool,
 Hibitane alcoólico,
 Benzalconio alcoólico.

Segundo a técnica de curativo as mesmas podem ser:

Ferida fechada ou Seca: Ferida limpa ou asséptica. No curativo seco se utiliza soluções anti-sépticas
voláteis: álcool, hibitane alcoólico, benzalconio alcoólico, iodopovidona.

Ferida aberta ou Úmida: Ferida suja, séptica ou poluída. No curativo úmido se utilizam soluções aquosas:
soro fisiológico, água oxigenada, ácido acético 2%, solução Dakin, Hibitane, Benzalconio, Cetrimida.

Cor das feridas

Três cores básicas são observadas em uma ferida:

 Preta,
 Amarela
 Vermelha.

1. Tecido preto no interior da ferida: representa tecido necrótico ressecado. Pode ser retirado da ferida
para que haja migração de tecidos saudáveis.

2. A cor amarela: representa o pus (exsudato purulento) no interior da ferida. Apresenta textura espessa,
em geral odor, e a coloração vária de esverdeada até amarelo-escura.

A supuração ou purulência é um sinal claro de infecção causada por micro-organismos piogênicos


(produtores de pus), sendo necessário o uso de antimicrobianos tópicos, além da realização de uma boa
limpeza na ferida pela técnica de desbridamento.

3. A coloração vermelha – vivo: é observada na ferida limpa em processo de cicatrização.

Um ferimento com essa cor precisa ser protegido e manuseado delicadamente. É a fase da granulação e
indica recuperação tecidual.

Cuidados específicos de enfermagem às feridas


1.Observar as características da ferida
2.Detectar complicações na cicatrização das feridas: hematoma, hemorragia, Infecção, Deiscência e
Evisceração.
3.Preparação do Ambiente.
4.Preparação do Paciente
5.Preparação do Material

Lic. Zola Miranda Afonso 25


6.Realizar curativo tendo em conta as quatro regras básicas.
7.Cumprir com as invariantes funcionais antes e depois do curativo.

INFECÇÃO HOSPITALAR O U N O S O C O M I A L

Infecção hospitalar o u N o s o c o m i a l : é uma infecção adquirida durante a internação do paciente.


Pode se manifestar durante a internação ou mesmo após alta hospitalar. A infecção hospitalar está
associada com a hospitalização ou com procedimentos hospitalares.

Fatores de risco para ocorrer a infecção


 Idade,
 Doenças de base,
 Desnutrição,
 Uso prolongado de medicamentos,
 Tempode hospitalização,
 Procedimentos invasivos,
 Técnica de uso
 Processamento de materiais inadequados.

Fontes ou reservatórios de microrganismos

Os microrganismos apresentam muitas fontes ou reservatórios para desenvolver-se, entre eles:o próprio
organismo, insetos, animais, objetos inanimados,alimentos.

Tipos de infeção hospitalar

a) Endógena: pode ocorrer quando parte da flora natural do paciente sofre alterações, convertendo-se em
patógenos pormodificação de sua estrutura.

Exemplo: candidíase vaginal.

b)Exógena: resulta de microrganismos externos ao indivíduo que não faz em parte da flora natural.

Exemplo: bactérias, vírus, fungos, entre outros.

c) Cruzada: que é comum quando existem vários pacientes na mesma UTI, favorecendo a transmissão de
microorganismos entre as pessoas internadas.

d) Inter – hospitalar: são infeções levada de um hospital a outro. Ou seja a pessoa adquire infecção no
hospital em que teve alta, mas foi internada em outro.

Modo de transmissão

a) Contato: Exemplos de doenças que necessitam isolamento de contato: Infecções por bactérias

Lic. Zola Miranda Afonso 26


multirresistentes, Clostridium difficil e, Difteria cutânea, Enterovirus, Hepatite A, Herpessimples, herpes
zoster, Impetigo, abcessos, celulite ou úlceras de decúbito, ou ou trasinfecções por Staphylococcusaureus
cutâneo, Parainfluenza, VSR, Rotavirus, Escabíose, Pediculose, Shigella, Febre hemorrágica (Ébola)

A transmissão por contato pode ser:

-Direta: transferência física direta de um indivíduo infectado e um hospedeiro susceptível.

Exemplo: Manusear um paciente infectado e logo em seguida manipular outro sem lavar as mãos
(infecção cruzada).

-Indireta: contato pessoal do hospedeiro susceptível com objetos inanimados contaminados.

Exemplo: agulhas, roupas de camas, fômites (comadres, papagaios), entre outros.

b) Gotículas: o agente infeccioso entra em contato com mucosas nasal ou oral do hospedeiro susceptível,
através de tosse ou espirro. Exemplo: Adenovírus, Difteria faríngea, Haemophilus influenza tipo b (
meningitetipob),Influenza(gripe),Parotidite,Mycoplasmapneumoniae,Pertussis,rubéola,Faringiteou
pneumonia estreptocócica .
c) Pelo ar: núcleos secos de gotículas, ou seja, resíduos de gotículas evaporadas que permanecem
suspensas no ar, quando o indivíduo infectado espirra, fala, tosse, etc.

Exemplo: tuberculose, sarampo e varicela.

d ) por vetores : insetos, mosquitos, pulgas, carrapatos, piolhos

e ) por veículos : itens contaminados. Exemplo: sangue, secreções, soluções, entre outros.

Nota: O profissional de saúde pode intervir para evitar que as infecções se desenvolvam ou disseminem,
adotando medidas preventivas adequadas. O profissional exerce papel importante para minimizar a
disseminação de infecções.

Por exemplo: uma simples lavagem das mãos, adotar técnicas adequadas no momento de um banho no
leito.

Os profissionais também podem contrair infecções dos pacientes, caso suas técnicas sejam inadequadas no
controle de transmissão de infecção.

Sistema de Precauções e Isolamento

Objetivos
Prevenção da transmissão de um microrganismo de um paciente portador, são ou doente, para outro
paciente, tanto de forma direta ou indireta.

Lic. Zola Miranda Afonso 27


Esta prevenção abrange medidas referentes aos pacientes, mas também aos profissionais de saúde:

PrecauçãoPadrão: é o conjunto de técnicas que devem ser adotadas por todos os profissionais de
saúde para atendimento de todos os pacientes, independentemente de seu diagnóstico.

Deverão ser usadas quando existir risco de contato com sangue, fluidos corpóreos, pele não íntegra e
mucosas.

É recomendada para todas as situações, independente da presença ou ausência de doença transmissível


comprovada.

Os materiais que compões o conjunto de precauções padrão são:


 Luvas de procedimentos
 Avental de manga longa, descartável ou não
 Máscaras simples
 Óculos protetor

Isolamento

Entende-se por isolamento o estabelecimento de barreiras físicas de modo a reduzir a transmissão dos
microrganismos de um indivíduo para outro.

a)Isolamento reverso: este isolamento é estabelecido para proteger das infecções um indivíduo
imunocomprometido.

Materiais:
 Quarto privado,
 Luvas de procedimentos,
 Máscara comum,
 Avental de manga longa

b) Isolamento para transmissão por via aérea ou gotículas: Quarto privado.

Caso não seja possível dar um quarto a cada doente, junte doentes com a mesma doença. Use máscara N95
se o doente tem tuberculose em fase contagiosa.

C ) Isolamento por transmissão por contato:

Quarto privado. Se não for possível, agrupe os doentes por doença. Use sempre luvas de procedimentos.

Lave as mãos antes e depois de retirar as luvas. Use avental se vai estar em contato próximo com o doente.

Lic. Zola Miranda Afonso 28


Áreas e Artigos hospitalares

Áreas hospitalares
a)Área crítica: são aquelas que oferecem risco potencial para aquisição de infecções em decorrência á
procedimentos invasivos freqüentes, manejo de substâncias infectantes e por admitir em pacientes
susceptíveis á infecções.
 Exemplo: UTI, CC, Unidade de queimados, entre outros.
b)Áreasemi-crítica: são todas aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cuidados intensivos ou de
isolamento.
 Exemplo: enfermarias

C) Área não crítica: são áreas que não são ocupadas por pacientes.
 Exemplo: almoxarifado, copa, farmácia

Artigos hospitalares
a)Artigos críticos: são os artigos que penetram o sistema vascular, bem como todos os que estejam
diretamente conectados com este sistema.

 Exemplo: cateteres vasculares (scalp, jelcos, intracath), equipos, polifix, torneirinhas


b)Artigos semi-críticos: entram em contato com mucosas íntegras ou pele não intacta.

Exemplo: materiais de terapias respiratórias (cânula endotraqueal, sondas de aspiração, cateteres de


O2), endoscópios e sondas em geral.

c)Artigos não críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra.

 Exemplo: termômetros, esfigmomanômetro, estetoscópios, entre outros

Infecção: Invasão do organismo por gérmenes patogênicos que se reproduzem e multiplicam, produzindo
uma enfermidade por lesão celular local, secreção de toxinas ou reação antígeno-anticorpo no hóspede.

Signos e Sintomas locais:


 Aumento do calor.
 Rubor
 Dor.
 Tumefação.
 Edema.
 Impotência funcional.
Signos e Sintomas Gerais:
 Febre
 Cefaléia
 Calafrios
 Náuseas
 Anorexia

Lic. Zola Miranda Afonso 29


 Astenia

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PATOLOGIAS CIRURGICAS

Procedimentos no Centro Cirúrgicos:


1. Craniectomia
2. Toracotomia
3. Pleurotomias Mínima
4. Apendicectomia
5. Colecistectomia
6. Amputações
7. Necrectomia

Preoperatorio: É o período que trascurre entre que o cirurgião decide a intervenção cirúrgica até que o
paciente entra em sala de cirurgia.

Classifica-se em:

Mediato: Inicia desde que se decide sua intervenção cirúrgica até que ingressa no serviço de Cirurgia 24
horas antes.
Imediato: Inicia 24 horas antes da intervenção com a realização da preparação física e psicológica para sua
entrada à sala de cirurgia, com a revisão exaustiva dos exames complementares e confirmação do
diagnóstico e tipo de intervenção realizar pelo cirurgião.

Urgências: É um período curto (minutos, horas) que requer de destreza e especialização para a resolução
cirúrgica de afecções torácicas, abdominais ou de membros graves com compromisso vital.

Objetivos:
 Valorar o melhor estado biopsicosocial do paciente para a intervenção.
 Detectar possíveis complicações clínicas preoperatorias.

Cuidados de Enfermagem:

1- Preparar ao paciente para realizar-se:


 Análise de laboratório: sangue, sedimentos fecais, urina, VIH, serología, glicemia, etc.
 Raios X: Abdômen, tórax, etc.
 Provas endoscópicas: laparoscopias, gastroscopias, etc.
 Outras: Biópsia, ultra-som, etc.
2-Medir signos vitais.
3-Observação estrita do paciente, para detectar complicações que impeçam a intervenção cirúrgica ( Ex.
Tosse, febre, anemia, etc.).
4-Educação para a saúde ao paciente e familiares explicando a necessidade de sua cooperação na
verificação pre-operatório:
 Manter-se em jejumas até que se realize a extração de sangue.

Lic. Zola Miranda Afonso 30


 Administrar enemas evacuantes antes de estudos radiologistas.
 Explicar que tipo de intervenção cirúrgica se realizará e que anestesia receberá.
 Explicar o uso da cunha e o pato.
 Explicar a importância da mobilização precoce, como tossir, etc.
 Cumprir dieta segundo indicação médica, rica em proteínas e minerais.
 Manter higiene pessoal e ambiental.
5-Cumprir dieta médica indicada.
6-Realizar enemas evacuantes 21.00 h e 0600 h para garantir a limpeza assa intestinais e evitar
contaminação da sala de cirurgia.
7-Realizar sondaje vesical para avaliar o ritmo diurético e evitar a contaminação do sala de cirurgia.
8-Realizar sondaje nasogástrico para facilitar o repouso gástrico e a drenagem das secreções.
9-Garantir a higiene pessoal do paciente antes intervenção cirúrgica.
10. Retirar tudo os objetos, objetos, prótese dentaria, esmaltes de unhas que possam ocasionar eventos
adversos no sala de cirurgia.
11-Cumprir premedicação anestésica.
•Barbitúrico. Dose oral de 100 a 200 mg no ancião a dose deve diminuir-se.
•(O efeito é breve, de 2 a 4 horas).
•Diazepan. ação prolongada de 5 a 20 mg Via oral e endovenoso de 5 a 10 mg, lento
•(Anticonvulsivante, ansiolítico).
•Midazolan. (Benzodiacepina, de ação curta, ansiolítico, Sedação 2 mg Endovenoso).
•Morfina. (analgésico entre 8 e 10 mg endovenoso ação entre 4 e 5 horas.
•Meperidina. Entre 50 e 100 mg Intramuscular, ação é mais curta que a da morfina.
•Droperidol. É uma butirofenona, antidopaminergico, produz sedação e ação antiemética (a ação
antiemética é de 2 a 4 horas) de 1 a 3 mg, endovenosa ou 5 mg Intramuscular.
•Metoclopramida. Efeitos antidopaminérgicos e antiserotininérgico, (acelera o transito gastrintestinal)
dose de 0, 1 mg a 03, mg x kg intravenosa, também pode administrar intramuscular.
•Atropina. (anticolinérgica, diminui secreções salivais e digestivas e suprime e suprime reflexos lhes vague,
laringe espasmo e bronco espasmo) dose de 0,5 a 1 mg Intravenosa.

Transoperatório: É o período que permanece o paciente no sala de cirurgia na intervenção cirúrgica e


cessam os efeitos anestésicos e suas complicações. Sendo os enfermeiros instrumentistas, circulantes,
anestesistas e intensivistas que jogam um rol relevante. (Seção pré-operatória imediata, salas de cirurgia,
Seção de Recuperação).

Objetivos:
 Garantir a resolução do problema de saúde em um ambiente asséptico e seguro.
 Potencializar os desempenhos e competências demonstradas do team cirúrgico.

Funções da Enfermeira Circulante:


1-Verificar o plano de operações e o tipo de intervenções que se realizarão. No caso de não contar com
enfermeira de anestesia também preparará a equipe de anestesia, com o objetivo de dispor de todo o
necessário.
2-Verificar que o sala de cirurgia esteja preparado, montado e comprovando o funcionamento dos diversos
aparelhos: sistemas de aspiração, bisturi elétrico, luzes, etc.

Lic. Zola Miranda Afonso 31


3- Preparar a mesa de operações, verificando o correto funcionamento dos mecanismos de movimento e
os acessórios necessários para cada intervenção.
4- Reunir e acomodar onde corresponda os elementos que vão se utilizar na operação, assim como os
requeridos para a lavagem de mãos e o vestuário cirúrgico.
5-Receber ao paciente, comprovando sua identificação e reunindo a documentação e estudos
complementares requeridos.
6. Comprovar que não leva anéis, braceletes (objetos metálicos), lentes de contato nem prótese dentarias.
7-Colaborar na colocação do paciente na mesa de operações.
8-Colaborar com o anestesiólogo na indução anestésica e a preparação da monitorização (se não haver
enfermeira de anestesia)
10-Ajudar a vestir-se à enfermeira instrumentista, entregando à mesma todos os elementos necessários
para a operação.
11-Ajudar a vestir-se a cirurgiões e ajudantes.
12-Colaborar com o pessoal de instrumentação e os cirurgiões durante a intervenção em todo o necessário,
atuando de fora do campo estéril.
13-Controlar durante a intervenção o funcionamento dos sistemas de aspiração, o bisturi elétrico, as luzes,
etc.
14. Recolher o material de refugo produzido durante a intervenção, evitando sua acumulação e seguindo os
passos necessário para manter o sala de cirurgia ordenado.
14-Encarregar-se de recolher amostras para análise, procedendo a seu etiquetado e dispondo seu envio ao
laboratório.
16-Colaborar com a enfermeira instrumentista na recontagem de gazes, compressas e demais elementos
na última parte da intervenção.
17-Colaborar na finalização da operação, colocando curativos externos, fixando drenagens e sondas, etc.
18-Colaborar na colocação do doente na maca e em seu traslado à zona de reanimação.
19-preencherá os dados da folha de Enfermaria Circulante.
19-preparará o sala de cirurgia para as sucessivas operações.

Funções da Enfermeira Anestesista:


1.Preparação dos anestésicos e material necessário para a ótima indução anestésica.
2.Ajudar na correta posição do paciente para a anestesia (regional ou geral).
3.Garante a monitorização contínua do paciente durante a intervenção cirúrgica.
4. Leva estrito controlo do balanço hidroeletrolítico e anestésicos utilizados.
5.Ajuda na reanimação cardiopulmonar se fosse necessário.
6.Realiza o cheio do livro de Estupefacientes e drogas controladas.
7.Facilita o traslado do paciente da sala de cirurgia até a seção de recuperação pós-operatória.

Funções da Enfermeira Intensivista:


1.Realizar a recepção do paciente.
2.Manter monitorização elétrica contínua do paciente.
3.Vigiar complicações hemodinâmicas e anestésicas (hemorragias, apnea, bradipnea,
hipotensão/hipertensão arterial, desidratação, acidoses, arritmias cardíacas ou respiratórias, outras)
4.Valoração da recuperação anestésica ótima.

Lic. Zola Miranda Afonso 32


5.Manter oxigenoterapia suplementar.
6.Realizar espirometría e oximetría de pulso para o desmame do paciente.
7.Checar signos vitais cada 30 min, 1hora até o traslado ao serviço convencional ou cuidados progressivos.
8.Acompanha no traslado do paciente ao serviço.

Cuidados especificos de enfermagem no transoperatorio:

À enfermeira do salão lhe chama enfermeira circulante.

1-Colocar ao paciente na posição cirúrgica adequada uma vez que se acha anestesiado o mesmo.
2-Deixar exposta a área indicada para a preparação da pele.
3-Dirigir a luz do abajur para o sítio da incisão
4-Colocar as compressas que vão se utilizar, no portacompresas (para as contar depois).
5-Conhecer o estado do paciente em todo momento.
6. Preparar todo o material que vai se utilizar e depois do ato cirúrgico contá-lo tudo.
7-Colocar curativos na ferida depois do fechamento desta.
8-Enviar a anatomia patológica as amostras para estudo citológico e citoquímico.
9-Limpar ao paciente depois do ato cirúrgico.
10. Desatar as cintas da bata do cirurgião, para que seja retirada sem poluir-se.
11- Conectar tudas as drenagens a suas bolsas colectoras.

Pós-operatório: É o período que transcurre da recuperação anestésica com o traslado ao serviço de cirurgia
até a total recuperação e incorporação à vida socialmente útil.

Classifica-se em:
•Imediato: Inicia a saída do paciente da sala de cirurgia até sua total recuperação anestésica e
complicações hemodinâmicas.

•Mediato: Inicia das primeiras 24 horas de recuperação anestésica até sua total recuperação com a
emissão da alta médica e incorporação à vida social habitual.

Objetivos:
 Facilitar o restabelecimento biopsicossocial do paciente e sua reincorporação social.
 Potencializar as ações preventivas e de promoção de saúde.

Cuidados de Enfermaria nos serviços cirúrgicos:


1.Acomodar ao paciente em sua cama.
2.Checar signos vitais
3.Extremar os cuidados com as drenagens cirúrgicas, sondagem vesical, nasogástrico, torácicos, etc.
4.Realizar o curativo da ferida cirúrgica, colostoma, traqueostoma, randys.
5.Levar folha de balanço hidromineral e eletrolítico.
6.Vigiar cumprimento da dieta indicada.
7.Iniciar a deambulação precoce para a prevenção do Íleo Paralítico
8.Vigiar a presença de moléstias e complicações pós-operatórias.

Lic. Zola Miranda Afonso 33


9.Vigiar dinâmica cardiovascular e respiratória.
10.Brindar educação para a saúde (dieta, hábitos e ações para sua recuperação).

Fatores de riscos operatórios:


1- Anemias crônicas
2- Enfermidades Crônicas Não Transmissíveis descompensadas ( HTA, Diabetes Mellitus, IRC)
3- Presença de infecções
4- Hipersensibilidade a medicamentos
5- Mau nutrição proteica e calórica
6- Desidratação aguda
7- Dificuldades na cicatrização.
8- Transtornos na cascata enzimática da coagulação
9- Infecções respiratórias altas e baixas
10- Portadores do HIV/SIDA, Hepatite B e C, Sicklemia.

Moléstias Pós-operatórias:
 Náuseas
 Vômitos
 Dor
 Insônia:
 Distenção abdominal:
 Constipação
 Inquietação
 Tosse persistente
Complicações Pós-operatórias:
 Hemorragia
 Deiscência da ferida:
 Evisceração:
 Hematoma:
 Sepsis (infeção)
 Retenção Urinária:
 Estado do Shock
 Hipoxemia:
 Trombose Venosa Profunda:
 Embolia Pulmonar

Centros Cirúrgicos:
Características físicas e ambientais:
1- Deve ter uma ótima iluminação
2- Climatização ótima 16 a 18 graus celcius
3- Paredes devem ser de celosia, que permita sua descontaminação mecânica.
4- Deve ser compartimentadas.
5- As portas devem ser de trilhos, quer dizer, abrir de esquerda a direita.
6- Deve contar com lavamanos de pielera

Lic. Zola Miranda Afonso 34


HEMODIÁLISE

Hemodiálise: processo de difusão ocorre através de uma circulação extracorpórea, onde o sangue do
paciente passa para dentro de uma máquina dialisador ou rim artificial, para que ocorra o processo de
filtração. O processo de hemodiálise, dura em média de 4 a 12 horas e é repetido 2 ou 3 vezes por semana,
conforme as necessidades do paciente.

Tipos de Hemodialise
1-Hemodialise convencional
2-Hemodialise de Alta eficácia
3-Hemodialise de Alto fluxo
4-Hemodiafiltração

1. Hemodiálise Convencional

Características:

 Uso de filtros (dialisadores) de baixa permeabilidade ou fluxo, celulósicos ou sintéticos.

Hemodiálise de Alta Eficácia

Características:

 Uso de filtros (dialisadores) de baixa permeabilidade/fluxo, mas de alta eficiência;


 Monitores com dialisante com bicarbonato;
 Débitos de sangue efectivos> 300ml/min;
 Débitos de dialisante> 500ml/min.

2. Hemodiálise de Alto Fluxo

Características:

 Filtros (dialisadores) de alta permeabilidade/alto fluxo;


 Monitores com dialisante com bicarbonato, preferencialmente em pó seco, e com ultrafiltração
controlada programável.
3. Hemodiafiltração

Características:

 Filtros (dialisadores) de alta permeabilidade/alto fluxo;


 Monitores com dialisante de bicarbonato em pó seco e com ultrafiltração controlada programável;
 Infusão de líquido de reposição comercial ou produzido on-line pelo monitor de diálise, que, nestas
circunstâncias, deve dispor de um duplo ultra-filtro para garantir a qualidade bacteriológica da
solução de dialisante e do fluido de substituição;
 Volume de reposição ≥ 50 ml/min.

Lic. Zola Miranda Afonso 35


4. Hemofiltração

Características:

 Filtros de alta permeabilidade/alto fluxo;


 Ausência de líquido dialisante;
 Monitores com ultrafiltração controlada programável;
 Infusão de líquido de reposição comercial ou produzido on line pelo monitor de diálise, que, nestas
circunstâncias, deve dispor de um duplo ultra-filtro para garantir a qualidade bacteriológica da
solução de dialisante e do fluido de substituição;
 Volume de reposição ≥ 48 litros (L) por sessão ou, pelo menos, igual ao dobro do volume de água
corporal.

Objetivos:
 Extrair do sangue substâncias tóxicas.
 Remover o excesso de água.

Requisitos para a diálise:


 Via de acesso à circulação do paciente.
 Dialisador com membrana semipermeável.
 Banho dialisado apropriado.
Métodos de acesso à circulação do paciente:
 Cateterização da subclávia
 Fístula arteriovenosa.
 Enxerto.
Cuidados de enfermagem na unidade de hemodiálise:
 Proporcionar ambiente limpo, calmo e arejado.
 Verificar o peso do paciente antes de iniciar a diálise.
 Acomodar o paciente na poltrona e orientá-lo sobre o processo.
 Conectar corretamente os cateteres do paciente na máquina.
 Controlar sinais vitais rigorosamente, principalmente PA antes, durante e após a hemodiálise.
 Observar o funcionamento da máquina e estar alerta para qualquer alteração. Nesses casos o
médico deve ser chamado imediatamente.
 Fazer o balanço hídrico ao terminar o processo.
 Manter assepsia rigorosa em todos os procedimentos.
 Observar sinais de hemorragia, choque e infecção.
 Colher sangue do paciente e do aparelho, para verificar o tempo de coagulação, já que é adicionada
heparina ao sangue dialisado.
 Pesar novamente o paciente após o término do processo.
 Anotar todos os dados referentes à diálise.

Complicações da hemodiálise:
Imediatas:
 Hemorragia: acontece devido ao anticoagulante adicionado ao sangue do paciente, para evitar que
o sangue coagule dentro da máquina.

Lic. Zola Miranda Afonso 36


 Infecção: por contaminação, que pode ocorrer na punção arterior.

Cuidados do Acesso Vascular


O acesso vascular pode ser.
TEMPORÁRIO: Cateter e uma veia central jugular, subclávia ou femoral.
DEFINITIVO: Operação pequena que é levada a cabo no nível da boneca com anestesia local que permite
que sejam desenvolvidas as veias do braço para puncionarlas com facilidade.

Cuidados do acesso vascular temporário: cateter.


Manter boa higiene,
Proteger o cateter com um penso impermeável durante o banheiro que não inclui o lavado de cabeça, este
será levado a cabo em outro momento.
Manter coberto o buraco de colocação do cateter.
Informar ao pessoal de enfermagem a presença de dor, calor na região de colocação do cateter, febre,
inflamação, mudança de coloração do membro.

Medidas no caso de hemorragia.


Em presença de rotura, pensar o cateter e contatar com a unidade de Diálise.
No caso de saída do cateter, comprimir o buraco de colocação do cateter e avisar à unidade de Diálise.

Cuidados do acesso vascular definitivo. Fístula


Diariamente deveriam sentir e ouvir a Fístula e informar qualquer alteração que identifique no mesmo:
ausência sonido, dor ou inflamação.
Cuidados pós-operatórios.
Evite inflamação mantendo o braço em alto.
Evite a hipotensão, sentando- se, se fica mareado, advertindo ao pessoal médico: uma diminuição da
tensão arterial pode fazer que a fístula não funcione.
Evite esforços com é membro.
Se colocou bandagem deveriam observar que não este apertado, se presença de sangue advertir ao pessoal
de enfermagem.
Cuidados dirigidos ao desenvolvimento, conservação e manutenção da fístula.
Levar a cabo exercícios de forma que a fístula se desenvolva. Levar a cabo compressões com uma pelota 10
minutos cada 1 hora.
Colocar o membro em água morna com sal, favorece a dilatação das veias e fortalece a pele, três vezes por
dia aproximadamente.
Evitar usar jóias ou roupas que apertam o braço.
Evite dormir encima no braço da fístula.
Não carge objetos pesado com o braço.
Não deveria ser extraído sangre, administrar medicamentos ou medir a tensão arterial no braço da fístula.
Medidas para preveir a infecção.
Lavar com água e ensaboar o braço antes de começar a sessão de diálise.
Tomar cuidado da área para puncionar depois de ter levado as medidas de anti-sepsia durante todo o
proceder.
Depois que a hemodiálises culmine mudar o penso que cobre a região depois do 5 a 6 horas.

Lic. Zola Miranda Afonso 37


Advertir ao serviço de Nefrologia a presença, de dor, enrojecimiento ou outras alterações.

Medidas para controlar a hemorragia.


Se sangramiento no sítio de punção comprimir alguns minutos com gaze até que pare a sangre.
Se o sangramiento não pára avisar ao doutor para medidas mais específica, se fica em casa vá para um
centro de emergência.
Se presença de hematomas aplique gelo para evitar progressão do hematoma, se está em fase de resolução
pode aplicar calor seco e pomadas.

Insuficiência renal crônica

Insuficiência renal crônica: é uma perdA progressiva e irreversível da função renal como conseqüência Os
rins perde sua capacidade para eliminar refugos, concentrá-la urina e conservar os eletrólitos no sangue.

Etiologia
 Má formações congênitas,
 Uropatias obstrutivas,
 Glomerulopatias,
 Síndrome hemolítica urémico.
 Medicamentos ou agentes toxicos.

Quadro clínico
Anemia
Poliuria
Pele e tecido celular: Palidez, pele seca, tintura melánico, prurito e edema
Respiratório: Arritmias respiratórias, dispnéia, estertores
Cardiovascular: Hipertensão arterial, Pericardite, Insuficiência cardíaca
Digestivo: Anorexia, náuseas, vômitos, diarréias, fôlego urémico, epigastrialgias, sangramiento digestivo
Hematológicas: Anemia, hemorragias: gengivite, hematemeses, juba.
Neurológicas: confusão mental, obnubilación, vírgula, diminui a memória, convulsões, atraso no
desenvolvimento psicomotor, atrofia cerebral, encefalopatía dialítica, alterações da linguagem,
deterioração mental
Endocrino: Hipertiroidismo, retardo puberal, infertilidade e difusão sexual, amenorréia

Cuidados Específicos de Enfermagem em Insuficiência Renal Crônica

1. Apóio psicológico ao paciente e família.

2. Preparar o paciente para os métodos dialíticos.

3. Controlo de cumprimento da dieta, restrição de água, sódio, proteínas de origem animal e a entrada
calórica correspondente.

4. Administração de hidróxido de Alumínio para evitar a absorção intestinal do fósforo, deste modo evitar
as alterações do cálcio.

Lic. Zola Miranda Afonso 38


5. Medir sinais vitais periodicamente.

6. Levar a cabo peso e medição da diureses diária, avaliar a evolução dos edemas.

7. Fazer folha de balancé hidromineral.

8. Garantir higiene pessoal e ambiental, com o objetivo de prevenir a sepsis.

9. Levar a cabo procedimento substitutivo adequado.

10. Observar aparecimento de complicações.

Métodos depuradores
 Hemodiálise
 Diálise peritoneal

Diálise peritoneal: Método no que se introduz um líquido estéril na cavidade peritoneal, com a utilização
do peritoneo como membrana dializante, a qual permite a difusão das moléculas, de solutos de maior
concentração para menor concentração, trata-se de substituir a função renal.

Cuidados de enfermagem
Antes:
 Preparação psicológica
 Pesar ao paciente antes do proceder e cada 24 horas para valorar a hidratação.
 Medir temperatura do banho.
 Medir e interpretar signos vitais
 Evacuar bexiga
 Ajudar à inserção do cateter para medir a PVC
 Posição cômoda, decúbito dorsal
Durante:
 Tomar mostra do primeiro banho e enviá-lo a microbiologia.
 Medir signos vitais
 Cumprir indicação médica
 Vigiar entrada e saída de líquidos
 Vigiar temperatura do banho, frio produz calafrios e quente irritação peritoneal.
 Observar obstrução do cateter
 Manter ao paciente em posição semisentado.
 Brindar dieta hiperproteica.
Depois:
 Pesar ao paciente
 Cumprir vitaminoterapia, B1, B12, B6 e C.
 Cuidados com o cateter.
 Anotar em Historia Clínica.
 Medir e interpretar signos vitais
 Tomar mostra do último banho.
 Vigiar complicações (peritonitis, hemorragias ao redor do cateter)

Lic. Zola Miranda Afonso 39


ENFERMAGEM E CUIDADOS OBSTÉTRICOS

Classificação do Puerperio
1. Puerperio imediato: compreende as primeiras 24 H.
2. Puerperio mediato: dura 10 dias.
3. Puerperio tardio: dos 11 dias até os 42 dias (6 semanas).
4. Puerperio remoto: 43 dias até 1 ano.

Cuidados ao Puerpério Imediato


1- Avaliar os signos vitais cada 1 hora as primeiras 4 horas e logo cada 4 horas até completar suas primeiras
24 horas.
2- Realizar massagem uterina para facilitar expulsão de restos placentários.
3- Avaliar a involução uterina
4- Avaliar os loquios de acordo à evolução puerperal
5- Realizar curativo da ferida cirúrgica se o parto foi por cessaria.
6- Realizar curativo da efisorrafia
7- Dieta hiperproteica, hipercalórica e rica em líquidos.
8- Orientar o início precoce da lactação materna
9- Orientar o asseio pessoal
10- Indicar hemoglobina evolutiva
11- Brindar orientações a respeito do planejamento familiar.
12- Reidratar com soluções cristaloides, se hipotensão, enjôos, etc
13- Indicar hemotranfussão, se cifras baixas de hemoglobina.
14- Continuar vitaminoterapia com sai de ferro.

Cuidados ao Puerpério Mediato


1- Avaliar os signos vitais cada 8 horas, ênfase tensão arterial e temperatura.
2- Continuar vitaminoterapia com sai de ferro.
3- Avaliar a involução uterina
4- Avaliar os loquios de acordo à evolução puerperal
5- Realizar curativo da ferida cirúrgica se o parto foi por cessaria.
6- Realizar curativo da efisorrafia
7- Dieta hiperproteica, hipercalórica e rica em líquidos.
8- Orientar continuar da lactação materna ate 6 meses
9- Orientar o asseio pessoal
10- Indicar hemoglobina evolutiva
11- Brindar orientações a respeito do planejamento familiar.
12- Orientar aspectos nutricionais sobre a correta ablatação para precaver desnutrição
13- Indicar la correta planificação da gravidez ate depois 6 meses para garantir uma boa recuperação do
puerpério.

Infecção Puerperal
Infecção puerperal: invasão direta de microorganismos patogênicos aos órgãos genitais, durante ou depois
do parto, favorecida pelas mudanças locais e generais do organismo nestas etapas.

Lic. Zola Miranda Afonso 40


Considera – se infeção puerperal as primeiras 24 h depois do parto, toda puérpera que tenha uma
temperatura superior aos 38 º C, mantida em 2 determinações separadas por um intervalo de 6 h,

Vias de penetração dos Germes


 Ferida placentaria e onde há sangue, que é um meio de cultivo excelente.
 Feridas abertas do pescoço uterino, vagina, vulva e períneo.
 Decidua fina com orifícios abertos.

Os gérmes causais mais freqüentes são:


 Escherichia coli (50 %),
 Estreptococos anaerobios,
 Estreptococos hemolíticos (beta e alfa),
 Estaphylococcus aureus,
 Klebsiella,
 Proteus Mirabilis,
 Entorobacter,
 Pseudomonas,
 Chlamydia trachomatis,
 Neisseria gonorrhoeae

Quadro Clínico
1. Mau estar geral.
2. Calafrios.
3. Febre pela tarde e de noite temprana.
4. Taquisfigmia.
5. Hipotensão arterial.
6. Subinvolução uterina.
7. Loquios fétidos.
8. Dor e engrossamento dos parametrios, dos anejos ou ambos.
9. Retenção de membranas e malhas placentarios.
10. Infecção local do pescoço uterino, vagina, vulva, períneo ou da incisão cirúrgica.

Cuidados De Enfermagem
1. Vigiar signos vitais.
2. Obter mostra e envio ao laboratório.
3. Observar característica da drenagem e estado da ferida.
4. Observar resposta ao tratamento.
5. Facilitar repouso e sonho.
6. Proporcionar medidas higiênicas encaminhadas a melhorar o bem-estar da mulher.
7. Aplicar medidas físicas para favorecer a descida da febre.
8. Efetuar a higiene do periné e mudança de curativo freqüentemente.
9. Verificar os conhecimentos da mulher com relação à higiene e autocuidado.
10. Ajudar à mulher a confrontar o processo, lhe proporcionando apóio psicológico.
11. Cura da ferida

Lic. Zola Miranda Afonso 41


12. Subministrar tratamento com antibióticos.
13. Subministrar analgésicos, se tiver dor.

Infecção mamária puerperal. Mastitis

A mastitis durante o puerperio é uma infecção aguda e purulenta da malha glandular da mama que ocorre
nas mulheres que amamentam a seus filhos. Pode-se apresentar em qualquer momento durante a lactação

Os germes Causais mais frequente


 Staplylococcus aureus,
 Estreptococos hemolíticos

Quadro Clínico
1. Dor e calor da zona afetada da mama.
2. Mal-estar geral.
3. Calafrios.
4. Febre.
5. Inflamação.

Cuidados de enfermagem
1. Aplicar compressas frite e quentes.
2. Interrupção da lactação embora existam distintas opiniões quanto à interrupção, a qual se está
acostumado a recomendar quando a paciente tem febre alta.
3. A mãe pode extrair leite do seio afetado em intervalos periódicos quando diminui a dor para continuar
amamentando a seu filho.
4. A mastitis se está acostumado a acautelar ao evitar que se desenvolvam fissuras no mamilo, por isso se
requer tratamento, se estas se apresentarem.
5. Também se revistam tratar com analgésicos e antibióticos, se o caso o requerer.
6. Participar dos procedimentos (incisão e drenagem).
7. Subministrar antibióticos e analgésicos segundo indicação médica.
8. Subministrar compressas frite ou quentes.
9. Ajudar a que a mãe supere o desconhecimento sobre o cuidado das mamas, com as orientações
específicas sobre as técnicas da lactação e dos cuidados da mama e o mamilo.
10. Comentar os sintomas da mastitis com o objetivo de diminuir os riscos.
11. Proporcionar uma relação de apoio para facilitar a aprendizagem e a aceitação das técnicas da lactação
e dos cuidados do mamilo.
12. Vigiar progresso da cura
13. Vigiar signos vitais

Cuidados imediatos do recém-nascido.

Coloca-se sob uma fonte de calor radiante e se procede a retirar as secreções, o líquido amniótico, o
sangue e o excesso de unto, esfregando cuidadosamente, primeiro a cabeça, logo o tronco e as
extremidades.

Lic. Zola Miranda Afonso 42


Manter o recém-nascido seco e quente desde seu nascimento, pois reduz as perdas de calor, já que o
esfriamento favorece a hipoglucemia, aumenta o consumo de oxigênio pelas malhas e agrava a acidosis
metabólica.

Realiza-se aspiração bucofaringe para que as vias aéreas estejam permeáveis.

Avaliação das condições fisicas do RN depois do parto com test de apgar.

O cordão umbilical se comprime com uma pinça de fechamento fixo, se curta distalmente, examinam-se
seus copos (2 artérias e uma veia) e se liga próximo à pinça, pode ser com bandas elásticas ou presilhas, A
uma distância de 2 cm, aproximadamente, da parede abdominal, depois do qual se retira a pinça. Logo se
limpa com iodo povidona e álcool.

Instila – se uma gota de nitrato de prata A 1 % em cada olho, este tratamento preventivo como profilaxia
da oftalmia neonatal, que produz uma inflamação purulenta da córnea

Administra-se 1 mg de vitamina K por via intramuscular, nos recém-nascidos de sob peso a dose é de 0,5
mg. para a prevenção contra a enfermidade hemorrágica do recém-nascido.

Concluídos os cuidados imediatos, faz-se a primeira pesada no salão de partos e se identifica ao recém-
nascido colocando um bracelete que deve levar o nome da mãe, a hora e a data do nascimento, o peso, o
sexo e o número de história clínica. Em algumas instituições se reliza podograma (rastro plantar do RN) e
dactilograma da mãe (rastro do dedo indicador).

Cuidados Mediatos ao RN

O banho do RN é um dos cuidados rotineiros que lhe realiza para sua higiene e manter o conforto .Se
deve brindar cuidados com a pele.
A cura do coto; resultado da ligadura e corte do cordão umbilical, que se vai enegrecendo e secando até
desprender-se entre o quinto ou oitavo dia, pode extenerse até o décimo segundo dia.
A imunização segundo o esquema de vacinação e segundo as precauções a ter em conta com a
administração de medicamentos pelas diferentes vias.
Avaliação d as mudanças orgânicas e funcionais Através o exame físico.
Ponderações e mensuraciones; medidas antropométricas que permitem a avaliação do crescimento do RN
e seu estado nutricional.
Medição dos signos vitais, de grande importância para detectar alguma anormalidade no recém-nascido.

Lactação materna exclusiva ou amamentação:

É indiscutível o papel que joga a alimentação na sobrevivência do RN garantindo o crescimento e


desenvolvimento físico, psíquico o qual determina um estado de saúde ótimo.

A mãe tem a capacidade natural de alimentar a seu filho, o leite materno é a ideal. Recomenda-se que seja
os primeiros 4-6 meses de vida.

Lic. Zola Miranda Afonso 43


Lactação materna. Importância e vantagem para a mãe

1. É prático e conveniente, sem necessidade de preparação, aquecimento e desinfeção.


2. Promove uma recuperação rápida do corpo da mâe apos o parto maior rapidez na perda de peso)
3. Atrasa a menstruação, prevenindo contra o surgimento de uma nova gravidez (método anticoncepcional
natural)
4.Reduz o risco de surgimento de cancros da mama e do colo uterino.
5.Aumenta a confiança da mãe e a sensação de bem-estar
6. Criar uma melhor ligação emocional emocional entre a mãe e o bebe, o que garante uma estabilidade
maior da criança.
7. Permite uma involução uterina mais rápida e diminui o risco de hemorragia posparto.
6. Proporcionar à mãe uma satisfação e experiência agradável.

Lactação materna exclusiva ou amamentação: VANTAGEM


1. É econômico pois é grátis.
2. É mais saudavel, não requer manipulação.
3. Contem todos nutrientes necessários para o menino.
4. Proporciona ao bebé anticorpos transmitidos pela mãe
5. Favorece aproximação entre mãe e filho.
6. Permite um adequado desenvolvimento afetivo, social e cognitivo.
7. Melhora digestão e minimiza as colicas
8. Constitui a primeira vacina que lhe administra ao menino
9. Previne de várias infeções para o menino
10. Encontra-se sempre disponível a uma temperatura adequada.

Contra-indicações da lactação materna exclusiva ou amamentação:


1. Mães com o VIH positivam.
2. Mães com enfermidades graves (tuberculosis, câncer e psicose).
3. Mães que se administrem alguns medicamentos específicos.
4. Infecções.
5. Recém-nascido com má formações congênitas no sistema digestivo.
6. Recém-nascidos que pressentem galactosemia e intolerância Ao leite.
7. Recém-nascido em estado grave ou crítico.

ESTERILIZAÇÃO

Terminologias Básicas
Esterilização: processo de destruição total de microrganismos, inclusive esporulados.
Assepsia: conjunto de práticas através das quais se evita a propagação de microrganismos em objetos.
Antissepsia: medidas propostas para inibir crescimento de microrganismos em pele e mucosas, através da
aplicação de soluções antissépticas.
Limpeza: remoção mecânica da sujidade depositada em superfícies inanimadas. Isso é feito lavando as
mãos.

Lic. Zola Miranda Afonso 44


Desinfecção: processo aplicado á artigos, qual elimina microrganismos na forma vegetativa.É feito com
sabonetes desinfetantes (clorexidina ou povidona). A flora bacteriana é eliminada.

Assepsia

Assepsia para seu estudo se divide em médica e cirúrgica.

Assepsia médica: permite reduzir a transmissão de microorganismos produtores de enfermidades de uma


pessoaaoutra, jásejadireta ou indiretamente. Compreende as práticas para excluir microorganismos de
uma zona limitada
Assepsia cirúrgica: permite manter livres de microorganismos (estéril) as áreas e os objetos, tanto os que
se usam como os que se guardam. A assepsia cirúrgica é sozinho aplicável com rigor ao material e equipe,
mas não ao organism nem às malhas vitais.

Antissepsia

Um antisséptico adequado deve exercer a atividade gemicida sobre a flora cutâneo-mucosa em presença
de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.

Para a desinfecção das mãos temos:

Soluções antissépticas com detergentes (degermantes) e se destinam à degermação da pele, removendo


detritos e impurezas e realizando anti-sepsia parcial.

Como exemplos:
 Solução detergente de PVPI a 10% (1% de iodo ativo)
 Solução detergente de clorhexidina a 4 %, com 4% de álcool etílico.
 Solução alcoólica para anti-sepsia das mãos:
 Solução de álcool iodado a 0,5 ou 1 % (álcool etílico a 70%, com ou sem 2 % de glicerina)
 Álcool etílico a 70%, com ou sem 2% de glicerina.
Compostos de iodo

O iodo é um halogênio pouco solúvel em água, porém facilmente solúvel em álcool e em soluções aquosas
de iodeto de potássio. O iodo livre é mais bactericída do que bacteriostático, e dá um poder residual à
solução. O iodo é um agente bactericida com certa atividade esporicida.

O composto de iodo mais usado é o álcool iodado a 0,5% ou 1 %. A solução de iodo deve ser preparada
semanalmente e condicionada em frasco âmbar com tampa fechada, para evitar deteriorização e
evaporação e devidamente protegido da luz e calor.

Em resumo: os compostos iodados têm ação bactericida, bacteriostático e residual.

Iodóforos

São chamados de iodóforos e liberam o iodo lentamente, permitindo uma estabilidade maior para a
solução.

Lic. Zola Miranda Afonso 45


O iodóforo mais usado para a anti-sepsia das mãos é a solução degermante, de PVPI a 10% (1% de iodo
ativo), em solução etérica, que é bactericida, tuberculicida, fungicida, virucida e tricomonicida. Essa solução
tem a seu favor, o fato de não ser irritante, ser facilmente removível pela água e reagir com metais.

Para as feridas abertas ou mucosas, (sondagem vesical), usamos o complexo dissolvido em solução aquosa.

Para a anti-sepsia da pele integra antes do ato cirúrgico, usamos o complexo dissolvido em solução
alcóolica.

Em resumo: Os iodóforos têm ação bactericida, fungicida, virucida e ação residual.

Cloro-hexedina ou clorhexedina

A cloro-hexedina (l, 6 di 4-clorofenil-diguanidohexano) é um germicida do grupo das biguanidas, apresenta


maior efetividade com um pH de 5 a 8, e age melhor contra bactérias Gram-positivas do que Gram-
negativas e fungos.

Tem ação imediata e tem efeito residual. Apresenta baixo potencial de toxicidade e de fotossensibilidade
ao contato, sendo pouco absorvida pela pele íntegra.

Para casos de alergia ao iodo, pode-se fazer a degermação prévia com solução detergente de clorohexidina
a 4%.

As formulações para uso satisfatório são: solução de gluconato de clorhexedina a 0,5%, em álcool a 70% e
solução detergente não ionica de clorhexedina a 4%, contendo 4% de álcool isopropilico ou álcool etílico
para evitar a contaminação com Proteus e Pseudomonas.

Soluções aquosas de clorhexedina em concentrações inferiores a 4% de álcool, com ou sem cetrimida, são
mais facilmente contamináveis sendo considerados inadequados para uso hospitalar.

Em resumo: A ação da clorohexedina é germicida, melhor contra Gram-positivo e tem ação residual.

Os álcoois etílico e isopropílico, em concentrações de 70 a 92 % em peso (80 a 95% em volume a 25oC),


exercem ação germicida quase imediata, porém sem nenhuma ação residual e ressecam a pele em
repetidas aplicações, o que pode ser evitado adicionando se glicerina a 2%.

O álcool etílico é bactericida, age coagulando a proteína das bactérias, fungicida e virucida para alguns
vírus, razão pela qual é usado na composição de outros antissépticos. A ação bactericida dos álcoois
primários está relacionada como seu peso molecular, e pode ser aumentada através da lavagem das mãos
com água e sabão.

Em resumo: O álcool etílico é bactericida, fungicida e virucida seletivo, sem ação residual.

Sabões e detergentes

Sabões são sais que se formam pela reação de ácidos graxos, obtidos de gorduras vegetais e animais, com
metais ou radicais básicos (sódio, potássio, amônia etc), são detergentes ou surfactantes aniônicos porque
agem através de moléculas de carga negativa.

Existem vários tipos e apresentação de sabão: em barra, pó, líquido e escamas.

Lic. Zola Miranda Afonso 46


Alguns sabões em barra são alcalinos (pH 9,5 a 10,5) em solução. Sua qualidade pode ser melhorada através
da adição de produtos químicos. O sabonete é um tipo de sabão em barra (composto de sais alcalinos de
ácidos graxos) destinado à limpeza corporal, podendo conter outros agentes tensoativos, ser colorido e
perfumado e apresentar formas e consistências adequadas ao uso.

O sabão ou sabonete antimicrobiano contém antissépticos em concentração suficiente para ser


desodorante, sendo usado para lavar as mãos antes de procedimentos cirúrgicos.

Os sabões têm ações detergentes, que remove a sujidade, detritos e impurezas da pele ou outras
superfícies. Determinados sabões apresentam formação de espuma que extrai e facilita a eliminação de
partículas. A formação de espuma representa, além da ação citada, um componente psicológico de vital
importância para a aceitação do produto.

Preconiza-se o uso de sabão líquido no hospital e unidades de saúde e, como segunda opção, o sabão em
barra ou sabonete, em tamanho pequeno.

O cuidado maior que se deve ter no manuseio do sabão é evitar seu contato com a mucosa ocular, contato
prolongado com a pele, que pode produzir irritação local.

Em resumo: Os sabões têm ação detergente ou degermante.

Cloro e derivados clorados

O cloro é o mais potente dos germicidas que existem. Tóxico para todo tipo de matéria viva, é utilizado para
desinfetar objetos, água de abastecimento e, até certo ponto, tecidos.

A ação bacteriana do cloro é anulada pela matéria orgânica e pH alcalino. Não é recomendado para
desinfetar instrumentos por ser corrosivo.

Em medicina o derivado clorado mais usado é a solução de hipoclorito de sódio ou solução de Dakin, a 0,5
%.

A solução a 5% é um potente germicida indicado para desinfetar instrumentos e utensílios, é muito irritante
para os tecidos e não deve ser usado como antisséptico.

Em resumo: O cloro é um potente germicida.

Compostos de prata
Sais de prata, solúveis ou coloidais, já foram utilizados na anti-sepsia das mucosas, exercendo sua ação
através da precipitação do ion Ag.

O nitrato de prata, em aplicação tópica, é bactericida para a maioria dos micróbios na concentração de
1/1000 e se na concentração de 1/10.000 é bacteriostática.

A instilação de duas gotas de uma solução a 1% de nitrato de prata no saco conjuntival dos recémnascidos
evita a oftalmia neonatal.

Em resumo: Os sais de prata são bacteriostáticos.

Desinfetantes oxidantes

Esses compostos se caracterizam pela produção de oxigênio nascente, que é germicida.

Lic. Zola Miranda Afonso 47


A água oxigenada ou peróxido de hidrogênio é o protótipo dos peróxidos, entre os quais ainda se contam os
peróxidos de sódio, zinco e benzila.

A água oxigenada se decompõe rapidamente, e libera oxigênio quando entra em contato com a catalase,
enzima encontrada no sangue e maioria dos tecidos. Este efeito pode ser reduzido na presença de matéria
orgânica. Útil na remoção de material infectado através da ação mecânica do oxigênio liberado, limpando a
ferida muitas vezes melhor que solução fisiológica ou outros desinfetantes. Não deve ser aplicada em
cavidades fechadas ou abscessos de onde o oxigênio não possa liberar-se 3.

O permanganato de potássio é um potente oxidante que se decompõe quando em contato com matéria
orgânica. Já teve grande uso no passado, mas hoje está ultrapassado como antisséptico 3.

Em resumo: Os desinfetantes oxidantes têm ação germicida.

Esterilização

Para isso dispomos de agentes físicos e químicos.

Metódos de esterilização:
Físico
 Calor seco: estufa, flambagem, fulguração
 Calor úmido: fervura, autoclave
 Radiações: raios alfa, raios gama, raios x
Químico
Desinfetantes:
 Óxido de etileno gasoso: usado apenas em diluição
 Formaldeído gasoso: tóxico
 Peróxido de hidrogênio plasmático: não prejudicial
 Ozono gasoso
 Solução de glutaraldéido ativado: líquido, muitas horas
 Ácido paracético

CUIDADOS DE ENFERMAGEM PERANTE DOENTES COM PATOLOGIAS

Diabetes mellitus:

Diabetes Mellitus: É um estado de hiperglicemia crônica causado por um déficit absoluto ou relativo da
produção ou liberação de insulina que leva a alterações no metabolismo dos carboidratos, lipídios e
proteínas a qual se traduz à larga por um aumento da glicose em sangue e urina.

Valor De Referencia
 Nivel normal da glicose no Sangue 80 – 100
Pacientes com sintomas e signos característicos
 Glicemias em jejumas maior de 7 mmol/l ou 126mg/dl
 Glicemias em plasma venoso major de 11 mmol/l em qualquer momento ou200mg/dl
 Glicose plasmática às 2 h 11.1 m mol/L (200 mg/100 ml) durante uma prova de tolerância à glicose

Lic. Zola Miranda Afonso 48


Classificaçãoetiológica e fisiopatológica:

1. Diabetes tipo I ou Insulinodependiente: Se diagnóstica na infância ou primeirajuventude, estespacientes


de não receberinsulina se descompensan, é de causa Autoinmune e idiopática e não se
produzeminsulinaporque as células beta do pâncreasforamdestruídas por um processo.

2. Diabetes tipo II ou não insulinodependente: Aparece na idadeadulta, Geralmente não


necessitamInsulinanemdesenvolvem Cetoacidosis, controlam-se com a dieta e hipoglicemiantesorais.

3. Diabetes gestacional: É a que se produzdurante o embaraço. Emborageralmentedesaparece depois do


nascimento do bebe ou desenvolvem diabetes tipo II; deve-se a um aumento de secreção de hormônio na
placenta, um dos diversoshormôniosproduzidos pela placenta, como o lactógenoplacentariohumano, a
gonadotropinacoriónica, os estrogênios, a progesterona e um hormônio similar a tirotropina.

4. Outras: Pancreatitis, Neoplasias do pâncreas e Medicamentosa peloabuso do Glucocorticoides, Tiazidas,


etc.

Quadro clínico:
 Polifagia (Fome excessiva)
 Polidipsia (sede excessiva)
 Poliuria
 Perda de peso
 Má cicatrização de feridas.
 Transtornos vasculares. Neurológicos, visuais. Retinianos, renais.
 Astenia.
 Infeccioções a repetição.
 Visão imprecisa.
 Problemas do funcionamento sexual.
 Obesidade.
Examescomplementares:
Glicemia em jejuma e pospandrial de 2 horas
 PTG. Especialmente para os diabéticos de tipo II.
 Albuminuria de 24 H.
 Benedit e Imbert.
 Provasfuncionaishepáticas (se sesuspeitar de afecções Hepáticas).
 Hemograma.
 Eritrocedimentación.
 Ex. Parcial de urina.
 Eletrocardiograma
 Contagem do Addis e filtrado glomerular (se sesuspeitar de Afecções renais).
 Creatinina.
 ÁcidoÚrico
 Uréia.

Lic. Zola Miranda Afonso 49


 Colesterol.
 Urocultivo.
 Ultra-som abdominal.

Tratamento

Durante o tratamento insulínico pode apresentar-se complicações:


 Hipoglicemia
 Lipodistrofia e sobreinsulinização

Nota: Deve - se rodar as zonas do corpo onde se aplicaainjeção, evitalipodistrofia dos tecidos e para que
sejauniforme sua rotação deve realizar-se contrária aos ponteiros.

Existe maior absorção no abdômen (zona periumbilical), por isso se recomenda esta zona para aplicar a
insulina regular. Existe menor absorção nos glúteos

Pilares do Tratamento do Diabético.


1. Dieta: Balançada, (rica em vitaminas, minerais e proteínas e poucoscarboidratos e hipograsadivididos em
6 comidas) e individualizada.
2. Exercícios: Estes se realizassem de acordoàs condições do paciente (devem ser moderados e em casos de
atividadefísicasintensas se administramglúcidos).
3. Tratamento: realizam-se com hipoglicemiantesorais Ex. Diabetón ou tolbutamida, Glibenclamida e
diabefen.
4. Insulina (Lenta ou simples).

Os Hipoglicemiantes por via oral: So estão indicados em pacientes não insulinodependentes depois de 2
semanas com tratamento dietético sem obter controle metabolico adequado ou de entrada se existir em
níveis muito elevados de glicemia.

Ordem de eleição
Glibenclamida: começa-se com ½ ou 1 tablete no café da manhã e se aumenta a dose até 15 0 2
mlglheacrescentando em almoço e comida.
Contra-indicações: Diabéticos insulin dependente. Complicações agudas. Insuficiência hepática ou renal.
Consumo de álcool ou barbitúricos. Pacientes anciões ou depauperados
Tolbutamida: a dose varia de 0.5 a 3g jornaiscomeçando com 1 tab no café da manhã. Se for necessário se
aumenta em comida ou almoço até não mais de 3 gramas ao dia (6tab). É útil em anciões não insulin
dependentes.

Insulina: É o tratamento habitual do paciente insulinodependiente. Utiliza-se ainsulina de açãointermédia


(lenta) que se apresenta em frascos de 10 ml e que cada ml contém 100 unidades de insulina.
Zonas de Injeção
 Zona externa superir dos braços.
 Zona periumbilical.
 Zona externa superior dos glúteos

Lic. Zola Miranda Afonso 50


 Zona anterior e lateral externa das coxas.
Complicações:
 Neuropatías
 Retinopatía
 Nefropatías
 Pé do charcot
 Infecções:
 Cetoacidosis diabética.
 Vírgula diabético.

Cuidados de enfermaria:

1. Educação diabetológica:
Deve conhecer sua dieta,
Conhecersignos de hiper e hipoglicemia,
Ensinarao paciente a realizar Benedit e Imbert,
Orientarao paciente de levar consigo o cartão do diabético.
Ensinarao paciente na administração da insulin segundo o mapa insulínico.

2. Manter higieneambiental e pessoal: Lavá-los péstodos os dias com água morna, sabão suave e logo secá-
los bem, usar sapatos cômodos que não sejam ajustados, corte das unhas correto e uso de loção e vaselina
para a pele seca; além disso as visitasaopodólogo, para tratamentos com os pés.

3. Realizar exercícios e recreação que constituem um elementoimportante que se deve terpresente, pois o
exercício atua como uma dose extra de insulina, por issoterá que regulá-lo.

4. Orientar que não pode fumar, pois o consumo de tabaco piora o fluxosangre aos pés.
5. Verificação periódica da função renal e cardíaca.
6. Orientar a assistência à consulta médica.
7. Lhe orientar que deve levar para viagensmuitacompridos (caramelos ou algo doce).
8. Evitar jejum prolongadas.

Avc Hemorrágico

AVC Hemorrágico: aquele que é produzido pelo rompimento de um vaso sanguíneo cerebral, do qual
resultam duas situações em simultâneo, por um lado o sangue não passa porque o vaso sanguíneo não está
íntegro, por outro lado o sangue derramado provoca edema e uma irritação local inflamatória com
consequente sofrimento das células nervosas.

Causas de avc hemorrágico:


 Hipertensão
 Distúrbios de coagulação do sangue,
 Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro
 Aterosclerose

Lic. Zola Miranda Afonso 51


 Arritmias cardíacas
 Doenças das válvulas cardíacas (prolapso da válvula mitral ou estenose de uma válvula cardíaca)
 Endocardite
 Insuficiência cardíaca
 Infarto agudo do miocárdio
 Trombose cerebral,
 Embolia cerebral
Fatores de risco:

Modificáveis:

 Ingestão de sódio.
 Ingestão de álcool.
 Tabagjsmo
 Hábito de fumar.
 Medicamentos hipertensores.
 Obesidade.
 Estresse físico e emocional.
 Sedentarismo.
 Diabetes mellitus.
 Dislipidemia.

Não modificáveis:

 Idade.
 Sexo.
 Herança.
 Raça.

Quadro Clinico
 Cefaleia intensa
 Hipertemia
 Convulsão
 Hipotonia
 Hemiplegia
 Ataxia
 Disartria
 Afasia
 Diplopia
 Sonolencia
 Parestesia
 Desvio da comissura labial (a boca da vítima apresenta-se desviada para um dos lados);
Tipos de AVC Hemorragico
 AVC hemorrágico intraparenquimatoso
 AVC subaracnóideo
Causas do AVC Hemorragico Intraparenquimatoso

Lic. Zola Miranda Afonso 52


 Pressão alta crônica.
Causas do AVC Subaracnoide
 Ruptura de um aneurisma
 Hipertensão descontrolada.
Hemorragia intraparenquimatosa: é umaafecção que se produz quando há ruptura de um vaso sangüíneo
intracerebral com extravasação de sangue para o parênquima cerebral.

Quadro clínico:

 Disfunção da cara membros inferiores e superiores.


 Transtornos da linguagem.
 Ataxia.
 Sensação de instabilidade e desequilíbrio.
 Vômito, cefaléia.
 Alterações da consciência, letargia, estupor e vírgula

Hemorragia sudaracnoidea: produz-se pela entrada de sangue ao espaço subaracnoideo pelo qual se
dissemina com o líquido cefaloraquídeo.

Quadro clínico.

 Cefaléia intensa de começo súbito (sensação de estallamiento da cabeça).


 Alterações transitiva da consciência.
 Signos meníngeos.
 Hipertermia ligeira.

Exames Complementares
 Ressonância magnética
 Tomografia computadorizada
 Angiografia
 Ultrassonografia
 Ecocardiograma.

Complicações:
 Hemiplejia.
 Hipertensão
 Aterosclerose
 Coma
 Convulsão.
 Afasia
 Apraxias
 Negligência
 Agnosia visual
 Alterações comportamentais
 Transtorno de estresse pós-traumático
Cuidados de enfermagem:
1. Oxigenoterapia suplementar.

Lic. Zola Miranda Afonso 53


2. Canalizar veia periférica ou profunda.
3. Realizar valoração neurológicarápida, segundo a Escala Glasgow.
4. Monitorização elétrica (Monitor, oximetría de pulso)
5. Realizarvigilâncianeurológica (estado consciência, estado pupilas, linguagem, orientação,
alteraçõessensitivas e barcos a motor).
6. Manter posição decúbito supino até 15 graus as primeiras 24 horas e logo a 30 graus, para facilitar a
drenagem postural da veia jugular.
7. Realizar cateterismo vesical, para facilitar a valoração ritmodiurético.
8. Administrar Manitol 10% 100ml cada 4 horas as primeiras 24 horas e repor as perdas com o NaCl 0.9%
Segundo diurese horaria.
9.Checa rsignos vitais cada 1h as primeiras 8 horas, logo cada 2 horas a completar as primeiras 24 horas;
seguimento progressivocada 4 horas ou 8 horas conforme estado clínico do paciente.
10. Extremar os cuidados de um paciente encamado grave.
11. Realizar banho de asseio.
12. Brindar dieta líquida as primeiras 24 horas, logo branda e liquida; para evitar os esforços físicos Durante
a defecación.
13. Cumprimento tratamento antihipertensivo, diuréticos e antibioticoterapiaprofilaxia.
14.Vigia rsignos de irritaçãoneurológica (rigideznucal, por descerebración ou por descorticación,
irritabilidade, convulsões, etc)
15. Valoração da dinâmica respiratória e cardíaca.

AVC Isquêmico
AVC Isquémico ou acidente vascular cerebral isquêmico: aquele que é produzido pela oclusão de um vaso
sanguíneo provocando um défice de oxigenação cerebral a jusante da obstrução.

Esta obstrução pode ser provocada por um trombo (obstáculo que se forma no local) ou por um êmbolo
(quando o obstáculo se desloca na corrente sanguínea até encravar num vaso de pequeno calibre);

As artérias que mais entopem são a carótida interna do pescoço ou a artéria cerebral média dentro do
cérebro.

Tipos de AVC Isquèmico

AVC isquêmico aterotrombótico: esse tipo de AVC isquêmico ocorre por fatores de risco não modificáveis,
como a idade ou doenças crônicas. A principal causa de AVC isquêmico aterotrombótico é a aterosclerose,
doença que causa a formação de placas nos vasos sanguíneos, levando à oclusão.

AVC isquêmico cardioembólico: esse tipo de AVC isquêmico ocorre quando o êmbolo causador do derrame
parte do coração, no geral decorrente de doenças cardiovasculares, como arritmias cardíacas ou doenças
da válvula cardíaca.

Cuidados de Enferamgem
Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura axilar.

Lic. Zola Miranda Afonso 54


Posicionar a cabeceira da cama a 0°, exceto se houver vômitos (nesse caso manter a 30 graus) Acesso
venoso periférico em membro superior não paralisado
Administrar oxigênio por cateter nasal ou máscara,
Checagem de glicemia capilar.
Atuação no AVC
• Abordar a vítima segundo a metodologia ABCDE:
A - Permeabilizar a via aérea com controlo da coluna cervical
B - Ventilação e Oxigenação
C - assegurar a circulação com controlo da hemorragia
D - Disfunção neurológica
E - Exposição com controlo da temperatura.
• Acalmar a vítima;
• Avaliar deficits neurológicos (escala de Cincinatti)
• Verificar e registar os sinais vitais;
• Administrar oxigénio:
• Não dar nada de comer ou beber à vítima;
• Passagem de dados ao CODU;
• Transportar a vítima na posição de decúbito dorsal com a cabeça elevada a trinta graus, mantendo a via
aérea permeável;
• Se houver risco de vómito, transportar a vítima na posição de decúbito lateral para o lado oposto ao da
hemiparesia com elevação da cabeceira a trinta graus;
• Colocar a vítima, se inconsciente,
• Reduzir estímulos sensoriais e o stress aos doentes (ex. barulhos, luzes).

Cardiopatia

Insuficiência cardíaca: Incapacidade do coração para bombear aos copos da circulação geral um volume de
sangue suficiente para satisfazer as necessidades do metabolismo, daí a incapacidade de manter um gasto
cardíaco adequado, é a diminuição da contractilidad do músculo cardíaco.

Cuidados específicos de Enfermaria:


1. Manter em posição fowler sentado ou semisentado.
2. Oxigenoterapia suplementar
3. Melhorar o retornovenoso mediante a realizaçãotorniquetesnos membros inferiores e
superioresdeixando livre só um cada 10 minutos.
4.Administração imediata de 250 mg da Aminofilina e 100 mg da Furosemida por via endovenosa na
emergência, se Edema Agudo Pulmonar.
5. Realizar eletrocardiograma
6. Aplicar terapêuticafarmacológicasegundoprotocoloespecífico.
7. Vigiar aparição de complicações clínicas e reaçõesadversas medicamentosa.
8. Manter um estritocontrole dos líquidos administrados no balance hidromineral do paciente.
9. Aplicar protocoloespecífico se necessidade de ventilaçãomecânica artificial.
10. Suspender mantimentos as primeiras 10 H. Posteriormentesegundo o estado do paciente se
podeincorporar primeiro dietalíquida e posteriormentebranda (segundocritério).

Lic. Zola Miranda Afonso 55


11. Controlar o peso diário do paciente.

Enfermidade reumática: A febre reumática (FR) é uma enfermidade inflamatória, sistêmica não supurada,
relacionada com uma infecção faríngea por estreptococos b hemolíticos do grupo A e caracterizada pela
existência de lesões que podem afetar articulações, pele, tecido celular subcutâneo, coração e sistema
nervoso, evolui por brotos e residivas. É a causa mais freqüente de cardiopatia adquirida nos meninos.

Miocarditis: É um processo inflamatório agudo do Miocardio que pode dever-se a uma infecção viral,
bacteriana, parasitária, também pode ser secundária à liberação de toxinas (Miocarditis tóxica), ou
aparecer como resposta a um mecanismo imunológico, pode evoluir a uma Miocardiopatía dilatada em
meninos maiores, apresenta-se a qualquer idade e a infecção por vírus Coxsakie em mães ao final do
embrazo origina recém-nascidos com cuadrs graves depois do mês de nascido.

Cuidados de Enfermagem
 Alívio dos problemas respiratórios.
 Repouso até que melhore os sintomas e signos.
 Dieta de acordo ao estado do paciente.
 Valorar peso diário.
 Controle do balanço hidromineral
 Valorar signos vitais.
 Apóio a pacientes e familiares.
 Cumprir com o tratamento médico

Cardiopatias congênitas: É um grupo heterogêneo e complexo de anomalias estruturais do coração, os


grandes copos ou de ambas as estruturas.

CLASIFICAÇÃO:

Cardiopatias congênitas com fluxo pulmonar diminuído

 Estenose pulmonar

Cardiopatias congênitas com fluxo pulmonar aumentado

 Comunicação interventricular (CIV)


 Persistência do conduto arterioso (PCA)
 Defeito de septacion átrio – ventricular (DSAV)
 Comunicacion interauricular (CIA)
 Janela aorto – pulmonar.

Cardiopatias congenitas cianoticas.

ICardiopatias congênitas com fluxo pulmonar diminuído e coração de tamanho normal.

 Tetralogía do Fallot

Cardiopatias congênitas com fluxo pulmonar aumentado e Cardiomegalia

Lic. Zola Miranda Afonso 56


 Transposição de grandes artérias (TGA)

Cuidados de Enfermagem

 Colocar ao paciente em posição genupectoral e assegurar-se que a roupa n lhe oprima.


 Administrar oxigênio para combater a hipoxia.
 Pesar e esculpir ao paciente porque podem desenvolver atraso pondoestatural.
 Medir e interpretar os signos vitais enfatizando na freqüência cardíaca, freqüência respiratória.
 Observar signos de piora clínica que nos indique insuficiência cardíaca.
 Brindar apoio psicológico à mãe e aos familiares.
 Em caso de que o menino seja grande suprimir a angústia e o medo.

Intoxicação

Intoxicações: é entrada no organismo de substâncias capazes de produzir lesões localmente ou de modo


geral, que recebem o nome de tóxicos ou venenosos. Processo é evidenciado por sinais e sintomas ou
mediante dados laboratoriais

Substâncias toxicas ou veneno: é toda substância cuja ingestão, inalação, absorção, aplicação na pele ou
produção endógena em quantidades relativamente pequenas lesa tecidos por sua acção quimica.

Causas das IntoxicaçõesToxica


 Medicamentoso. (Psicofármacos, analgésicos e antinflamatorios não esteroideo.
 Plaguicidas.
 Metaispesados.
 Gases tóxicos.
 Substâncias corrosivas.
 Drogas.
 Planta toxicas.
 Mantimentosciguataros e poluídos (bactérias, vírusparasitas, toxinas etc.
Via de entrada dos venenos
 Respiratória
 Oral
 Tópica

Inhalatoria: quando se respiram gases tóxicos como o monóxido de carbono.

Via oral: é a forma mais freqüente dos envenenamentos, mediante a ingestão de substâncias tóxicas.

Pele: quando se usam pomadas para fricções que contêm substâncias tóxicas ou por contato com pós-
venenosos

Injeções como a morfina ou o uso de narcóticos em dose excessiva.

Lic. Zola Miranda Afonso 57


Podem ver-se envenenamentos por: a picada de alguns insetos, serpentes e aranhas.

Sintomas de um envenenamento ou intoxicação


 Dor abdominal,
 Vômitos,
 Diarréias,
 Sensação de queimaduras,
 Sudoração
 Estado de torpor,
 Lábios arroxeados (cianose) respiração,
 Pulso lento, salivação e outros.
 Depressão progressiva do s.n.c.
 Vírgula,
 Estupor,
 Nistagmo,
 Apnea,
 Alucinações,
 Hipotermia.

Os signos e sintomas se encontram em dependência do tipo de intoxicação

Classificação das Intoxicação


 Intoxicação aguda:
 Intoxicação sub-aguda ou sub-crônica
 Intoxicação crônica:

Intoxicação Aguda: Decorre de um único contato (dose única- potência da droga) ou múltiplos contatos
(efeitos cumulativos) com o agente tóxico, num período de tempo aproximado de 24 horas. Os efeitos
surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas.

Intoxicação Sub-Aguda Ou Sub-Crônica: Exposições repetidas a substâncias químicas – caracterizam


estudos de dose ou resposta após administrações repetidas.

Intoxicação Crônica: Resulta efeito tóxico após exposição prolongada a doses cumulativas do toxicante ou
agente tóxico, num período prolongado, geralmente maior de 3 meses a anos.

Fases da Intoxicação
1. Fase de Exposição:
2. Fase de Toxicocinética
3. Fase de Toxicodinâmica:
4. Fase Clínica:

Fase de Exposição: É a fase em que as superfícies externa ou interna do organismoentram em contato com
o toxicante. Importante considerar nesta fase a via de introdução, a freqüência e a duração da exposição,

Lic. Zola Miranda Afonso 58


as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a concentração do xenobiótico e a susceptibilidade
individual.
Fase de Toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na relação entre a disponibilidadequímica e a
concentração do fármaconosdiferente tecidos do organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a
distribuição, o armazenamento, a biotransformação e a excreção das substâncias químicas. As
propriedades físico-químicas dos toxicantesdeterminam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim Como a
velocidade de sua eliminação do organismo.

Fase de Toxicodinâmica: Compreende a interação entre as moléculas do toxicante e os sítios de ação,


específicos ou não, dos órgãos e, conseqüentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático.

Fase Clínica: É a fase em que háevidências de sinais e sintomas, ou ainda, alteraçõespatológicasdetectáveis


mediante provasdiagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante
com o organismo.

Os dados orientadores para o diagnóstico


 Antecedentespatológicospessoais
 Hábitos tóxicosintentos de suicídios,
 Exposições de causa da intoxicação, que pode ser de forma voluntárias e acidentalmente.

Pilares do tratamento da intoxicação.

Primeiros auxílios
1.Eliminar rapidamente a substância tóxica absorvida.
2.Empregar antídotos com o objetivo de neutralizar ou erradicar os efeitos produzidos pelas substâncias
tóxicas.
3.Valorar e controlar a permeabilidade da via aérea freqüência respiratória e o patrão respiratório.
4.Transladar à pessoa imediatamente ao centro hospitalar para cumprir as indicações médicas.
5.Levar a vasilha do veneno se for possível.
6.Tratar de eliminar o tóxico do estômago o antes possível.
7.Tratar de neutralizá-lo no tubo digestivo por meio de um antídoto.
8.Fazer que se elimine o mais rapidamente possível.
9.Sustentar em bom estado o organismo enquanto se encontra lutando para neutralizar e eliminar o
veneno.
10.Tratar de manter normais a circulação e a respiração.
11.Evitar o esfriamento.
13.Eliminar a roupa poluída e realizar lavagem da pele com abundante água e sabão.

Se ingestão:
1.Realizar lavado gástrico.
2.Administrar Absorvente
3.Administrar Catárticos
4.Realizar lavado intestinal.

Lic. Zola Miranda Afonso 59


Obs:

Dar prioridade à parada cárdio-respiratória. Não faça respiração boca-a-boca caso o acidentado tenha
ingerido o produto, para estes casos utilize máscara ou outro sistema de respiração adequado.

Procurar transportar o acidentado imediatamente a um pronto-socorro, para diminuir a possibilidade de


absorção do veneno pelo organismo, mantendo-a aquecida.

Pode-se provocar o vômito em casos de intoxicações por alimentos, medicamentos, álcool, inseticida,
xampu, naftalina, mercúrio, plantas venenosas (exceto diefembácias - comigo-ninguém-pode) e outras
substâncias que não sejam corrosivas nem derivados de petróleo.

Inalações de Gases Venenosos.

Primeiros Auxílios.
 Se a vítima se encontrar em um quarto fechado garagem ou outro espaço pequeno, faça uma
aspiração profunda e retenha-a antes de entrar. Tire a vítima a um lugar de ar fresco.
 Mantenha-lhe aberta as vias respiratórias.
 De respiração artificial se for necessário.
 Afrouxe-lhe a roupa se está apertada.
 Translade à vítima a um centro hospitalar.

Intoxicação por mantimentos.

 Produzem-se pela ingestão de mantimentos que são sempre tóxicos (cogumelos venenosos);

 Produzem – se pela ingestão de mantimentos saudáveis que em certas ocasiões se fazem tóxicos
(batata verde) ou, pela presença nos mantimentos de gérmenes que por meio de suas toxinas ou
de seu desenvolvimento e multiplicação são capazes de produzir alterações a nosso organismo.

 Podem também conter parasitas (ameba) ou substâncias químicas tóxicas.

 Os micróbios podem ser estafilococos, sendo a toxina causador da intoxicação.

 Encontra-se às vezes no leite, carne, queijo e outros às 2 ou 6 horas de havê-lo ingerido aparecem,
dor abdominal, diarréias, pele fria e pálida, calafrios com febre mais tarde vômitos, cólicas
intestinais, diarréias abundantes às vezes sanguinolentas

 Se for muito intensa, cãibras musculares, pele fria e pálida, olhos afundados e outros.

 Às vezes aparecem na pele mancha avermelhadas ou violetas (púrpura) urticária ou erupções.

Conduta a seguir
1. Se os vômitos não foram muito intensos é necessário provocá-los já seja com o uso de vomitivos (água
com sal) ou com o dedo provocar o reflexo do vômito.
2. Usar bolsas quentes que aliviam a dor abdominal e evitam esfriamentos manter o doente deitado.

Lic. Zola Miranda Afonso 60


3. A dieta deve ser líquida ao princípio e aumentar progressivamente
4. Evitar o contágio pelos sedimentos fecais (já que por elas se eliminam os gérmenes).
5. Atenção médica para tratamento específico.

Urologia

Câncer de Próstata: enfermidade oncoproliferativa multicausal does parênquima renal e seusanejos.

Cuidados de Enfermagem:
 Checar sinais vitais.
 Dieta hiperproteica, restringida em sódia e água.
 Pesar e esculpirdiariamente.
 Administrar analgésicos Segundo intensidade da dor.
 Realizarsondaje vesical para facilitar a micção
 Realizar cuidados paliativos imprescindíveis.

SíndromeNefrótico: sindrome clínico humoral que resulta de um aumento da permeabilidade da


membrana basal glomerular às proteínas plasmáticas e que determina a aparição de proteinuria intensa,
hipoproteinemia, hiperlipidemia e edemas.

Cuidados de Enfermagem
1-Atenção à esfera emocional a familiares e pacientes
2-Medir peso corporal e diuresediária
3-Dieta hiperproteíca, restringida Na e líquidos
4-Se se realizarbiópsia renal, observarestritamenteao paciente para detectar o sangramiento,
5. Medirsignos vitais estritamente.
6. Isolar a paciente de focossépticos
7. Extremar as medidas de higiene e manipulação do instrumental, tanto por enfermidade de base como
por tratamento a que estãosubmetidos
8. Vigiaralteraçõesrespiratórias, gastrintestinais, neurológicas e cardiovasculares, para evitar complicações
que poderiamcomprometer a vida do paciente.
9. Levar estrita a folha de balançohidromineral, para controlara evolução do paciente e repor
adequadamente as perdidas.

Litiasis renal: enfermidade inflamatória e dolorosa renal secundário à formação de cálculos na


parênquima renal e de suasestruturasanexas.

Cuidados de Enfermaria.
1. Realizar abordagem venosa para garantir hidratação e analgesia.
2. Orientar e fiscalizar consumo de abundantes líquidos.
3. Regular o consumo de leite e seus derivados, sai de nitros, picantes.
4. Administrar analgésicos Segundo intensidade da dor.
5. Checar sinais vitais
6. Brindar apoio psicológico

Lic. Zola Miranda Afonso 61


7. Brindar educação para a saúde.

Glomerulonefritis Aguda: processo inflamatório não supurativo que afeta os glomérulos de ambos os rins.

Cuidados de Enfermafem:
1. Detectar contatos de pacientesportadores da enfermidade e portadores de infecçõesestreptocócicas
2. Educar a pacientes e familiaressobre causa do transtorno.
3. Orientar como recolhercorretamente a diurese diária.
4. Vigiar aparição signos clínicos alarmantes: convulsões, dispnéia, oliguria, febre.
5. Vigiar reações adversas dos medicamentos.
6. Levar o controle de balançohidromineral.
7. Medir, anotar e interpretar os signos vitais.
8. Repouso físico e psíquico.
9. Observar ou cumprimento da dietasoluçosódica.
10. Manter paciente afastado de infecções.

Sepsis Urinário: transtorno das vias urinárias pela invasãomicrobiana que produzreação inflamatória e
alterações morfológicas ou funcionais.

Cuidados de enfermagem:
1-Aliviar a dor
2. Repouso físico e sexual.
2-Educacion sanitária:
A-Higiene correto dos genitais de adiante para atrás.
B-Tomar banho melhor que lavar-se para manter a flora.
c- Ingesta deabundanteslíquidos, evitarconsumo de café, lhe, bebidas de cauda, álcool.
d- Hábitos de urinar a cada 2 ou 3 horas durante o dia.
E-Esvaziar completamente a bexiga.
F-Urinar depois do coito.
G-Cumprimento do tratamento medico

INSUFICENCIA RESPIRATORIA

Insuficiencia respiratoria aguda: são as limitações que sofre o ar para entrar ou sair dos pulmões por causa
de fatores mecânicos ou extrapulmonares.

Classificação
 Hipercarnea
 Hipoxemia
 Acidosis

Causas
 Acidentes vasculares encefálicos
 Doses excessivas de fármaco depresores centro respiratório

Lic. Zola Miranda Afonso 62


 Depressão anestésica post-operatória
 Traumatismo craneo encefalico.
 Trauma raquimedular
 Antibióticos com ação bloqueadora neuromuscular
 Traumatismo
 Neumotorax
 Obesidad masiva
 Pleuritis restrictiva
 Apnea durante o sonho
 Epiglotitis
 Edema pulmonar
 Embolia pulmonal
 Embolismo gorduroso

Quadro Clínico
 Cefaléia
 Confusão
 Sonolência
 Enjôos
 Sudoración
 Enrojecimiento cutâneo mucoso
 Perdida do conhecimento
 Perturbação do julgamento
 Confusão
 Agressividade
 Incordinação barco a motor
 Coma

Tratamento
 Ventilação artificial
 Oxigenoterapia
 Apoio nutricional
 Sedação
 Analgecia
 Tratamento da causa que lhe deu a origem
Cuidados De Enfermagem
 Colocar ao paciente semisentado
 Medir signos vitais
 Permeabilisar vias aereas
 Realizar fisioterapia respiratória
 Realizar mudanças posturales ou decubito

Lic. Zola Miranda Afonso 63


ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

Dilema ético perante decisão do doente terminal

Terminologias básicas

Distánasia: Prolongar a morte (morte lenta e com muito sofrimento), mais dias de vida e sofrimento.

Eutanasia: Antecipar a morte (quando se tem uma doença que não tem cura), menos de dias de vida e
sofrimento.
Eutanásia Ativa: ação que causa ou acelera a morte.

Eutanásia Passiva: a retirada dos procedimentos que prolongam a vida.

Eutanásia Voluntária: a ação que causa a morte quando há pedido explícito do paciente.

Eutanásia Involuntária: ação que leva à morte, sem consentimento explícito do paciente. Neste caso, não
deveria mais ser chamada de eutanásia, e sim, de homicídio; com o atenuante de que é executada para
aliviar o sofrimento, possivelmente dos cuidadores, familiares ou profissionais.

Ortotanásia: Morrer naturalmente. Não fazer procedimentos invasivos para prolongar os dias de vida. A
interrupção dos tratamentos ou seja, a morte na hora certa

Suicídio: ação que o sujeito faz contra si próprio, e que resulta em morte.

Suicídio Assistido: quando há ajuda para a realização do suicídio, a pedido do paciente. Esta situação é
considerada crime, do ponto de vista legal.
Suicídio Passivo: deixar de fazer alguma ação, podendo resultar em morte; por exemplo, não tomar
medicação. Esta é uma situação muito difícil de ser comprovada. Falar em suicídio sempre implica na
necessidade de uma cuidadosa investigação, já que vários fatores podem estar envolvidos nesta ação.

Princípios Bioéticos
 Beneficência:
 Não-maleficencia:
 Justiça:
 Autonomia:
Beneficência: pretende-se que a atuação do profissional de saúde seja benéfica tanto para o agente como
para o paciente. Pelo general, o paciente ou cliente é quem requer dos serviços do agente, é o membro
mais fraco da interação e quem mais necessidade tem da adequada e benéfica execução do ato.

Não-maleficencia: refere-se a inocuidad da medicina e procede da ética hipocrática, o ajudar ou ao menos


não danificar. Na praxe terá que evitar fazer mal, embora um ato não beneficie, pode ser eticamente
positivo na medida em que evite danos.

Justiça: Exige tratar a todas as pessoas com a mesma consideração sem fazer discriminação de raça ou
ideologia, idade, nível sociocultural e comportamento. A vida e a saúde não só são bens pessoais, também
são sociais.

Lic. Zola Miranda Afonso 64


Autonomia: Este princípio é de caráter liberal/radical, põe ênfase na relação do doente com o serviço de
saúde, a prioridade na tira de decisões sobre o tratamento da enfermidade é a do paciente, é ele quem
decide o que é conveniente, como um direito que deve ser exercido sob uma informação adequada.

Respeito Pelo Doente Terminal

O enfermeiro, ao acompanhar o doente nas diferentes etapas da fase terminal, assume o dever de:

a) Defender e promover o direito do doente à escolha do local e das pessoas que deseja que o
acompanhem na fase terminal da vida;

b) Respeitar e fazer respeitar as manifestações de perda expressas pelo doente em fase terminal, pela
família ou pessoas que lhe sejam próximas;

c) Respeitar e fazer respeitar o corpo após a morte.

Etapas da agonia ou Fase Terminal

Existem 5 etapas ou estágios pelas que passam a maioria das pessoas quando sabem que vão morrer:

 Negação,
 Irritação,
 Negociação
 Depressão
 Aceitação.

Negação: o paciente não aceita isto. Porque esta negação possibilita a esperança de existir. Não esta
sucedido para isto, há um erro, o paciente não esta preparado, pode negar a enfermidade ate ao momento
de sua morte

Ira: Surge a pregunta. Por que a mim? Que fiz para merecer este castigo?

Negociação: O paciente quer viver mais dias, não quer ter dores, quer rectificar seus erros.

Depressão: O paciente expressa tristeza, angústia, lamenta deixar a seu família e os mecanismos de defesa
já não são eficaz.

Aceitação: A paciente aceita que vai morrer, mostra-se cansado, tranquilo, neste momento o pessoal de
enfermaria e a família têm que jogar um importante.

Necessidades físicas do doente em fase terminal

 Perda do tom muscular.


 Afastamento progressivo do peristaltismo.
 Lentidão da circulação sangüínea.
 Respiração difícil.
 Perda dos sentidos.

Lic. Zola Miranda Afonso 65


HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

A história da enfermagem divide – se em quatro (4) periodos históricos:


 Idade Antiga,
 Media,
 Moderna
 Contemporânea.

Idade antiga: Antes do Século V. término que corresponde a um período cronológico delimitado entre a
pré-história e a idade Média, de acordo com a interpretação linear do tempo e a divisão cuatripartita da
história forjada pela visão da Europa como centro cultural da modernidade.

Idade Média: término utilizado para referir-se a um período da história européia que transcorreu da
desintegração do Império romano do Ocidente, no século V, até o século XV.

Idade moderna: (depois do Século XV). Período histórico que, segundo a tradição historiográfica européia e
ocidental, emoldura-se entre a idade Média e a idade contemporânea

Idade contemporânea: Período histórico que acontece à denominada idade moderna e cuja proximidade e
prolongação até o presente lhe conferem umas conotações muito particulares por sua cercania no tempo.
Benedetto Croce, filósofo italiano da primeira metade do século XX, afirmava que a “história é sempre
contemporânea” e se certamente a história tiver como centro ao homem, não menos certo é que esta tem
como centro ao homem atual.

Prática de Enfermaria na Idade Antiga.

Na comunidade primitiva os homens davam solução aos sintomas que padeciam sem conhecer nem
imaginá-la enfermidade como uma entidade.O homem primitivo enriqueceu sua experiência observando os
animais; mas sobre tudo observando sua própria experiência e transmitindo-a a outros homens
contemporâneos e a outras gerações. É esta característica a que identifica à prática médica como
fenômeno da sociedade humana.

Na Mesopotâmia (400 a.n.e.), por exemplo, onde existiram três civilizações em distintos períodos de sua
história, a formação dos médicos se fazia nos templos.

No Summer, (400a.n.e.), a mais antiga das civilizações se desenvolvo a higiene, a cirurgia e a descrição de
algumas enfermidades.

Em Babilônia (200 a.n.e), aparece a primeira legislação para o exercício da prática medica, com seu código
moral e legal, o Código do Hammurabi, com deveres e direitos explícitos, incluindo as sanções para os
transgressores.

Lic. Zola Miranda Afonso 66


Em Assíria (1000 a.n.e.), a última das civilizações mesopotâmicas do mundo antigo, dada as características
jaquetas de seus povos, desenvolve-se a cirurgia e, a partir das necessidades que dela se derivam, inicia-se
a disección de animais, e com eles o conhecimento da anatomia.

No Egito (400 a.n.e.) surge a especialização, os médicos se agrupam em cirurgiões e os que se ocupam das
enfermidades internas. A higiene e as medidas de Saúde Publica que se praticam nesta civilização são
consideradas superiores às que logo foram conhecidas na Idade Média.

Outro elemento importante é que na prática médicas apenas se apreciam elementos religiosos, embora as
primeiras Escolas de Medicina se criaram nos templos dedicados ao Imhotep, pai da medicina egípcia. A
estes templos acudiam gregos, árabes e hebreus para estudar.

Na China (300 a.n.e.), pratica-a medica se desenvolvo entre a classe dominante. Muitos imperadores foram
médicos. Os conhecimentos se transmitiam de pais a filhos. O primeiro tratado da Farmacopeia foi O
Grande Herbário, do imperador Chen Nung, que contou com numerosas reedições, das quais a última foi
em 1911.

Se fazia operações torácicas e abdominais. Relacionou-se a aparição da peste com a existência dos ratos.
Aplicou-se a vacina contra a varíola. Conheceu-se que a contração do coração era a causa do movimento do
sangue. Desenvolve-se a técnica da acupuntura.

Na Grécia (2000 a.n.e.) Esculapio era um deus local em cuja honra se construíram os Asclepiaeum ou
Asclepíades, templos dedicados a seu culto. Seus sacerdotes eram os médicos mais distinguidos.
Posteriormente surgiram as escolas laicas, apoiadas na observação, ponto de partida da clínica real.

Dentro destas escolas se destacaram as do Cnido (século VII), cujos ensinos giravam em torno do
diagnostico a partir dos sintomas da enfermidade, a do Cos (século VI), apoiada no prognóstico e curso das
enfermidades a qual pertenceu Hipócrates , o pai da Medicina Ocidental, e a da Crotona , que era dos
pitagóricos , quem utilizava a disección dos animais para realizar seus descobrimentos anatômicos ( nervo
óptico, tromba do Eustáquio).

Na civilização grega, a mulher era considerada como menor de idade, não tênia liberdade para escolher a
seu marido, e com muito estranhos exceções tampouco participava das atividades intelectuais do homem.
Na Índia (1000 a.n.e.) a higiene foi o mais desenvolvido. Por sua parte, nos livros sagrados, especialmente o
Ayurveda, aparecem descritos os sintomas clássicos da inflamação (calor, rubor, dor), atribuídos
posteriormente ao médico romano, Celso. Praticava-se a operação cesárea e a extração de cálculos biliares.

Realizava-se a cirurgia estética do nariz, com uma técnica que até se utiliza hoje em dia (colgajo da frente).
Entre os procedimentos obstétricos que se praticavam estavam a versão podálica e cefálica, a embriotomia
e a craniotomia.

Em Roma (750 a.n.e) imperavam as ideias teístas, de maneira que havia deuses para as enfermidades
(Febris), deuses protetores dos órgãos (Uterina) e deuses protetores das funções ( Lucina). O Pater Família
conservava e transmitia os conhecimentos. Havia muito interesse pela higiene, daí que construíram

Lic. Zola Miranda Afonso 67


grandes redes de esgoto (Esgoto Máxima), grandes aquedutos e os cemitérios fora das cidades. Praticava-
se a cesárea.

Existia uma regulação da conduta médica (contra o aborto, o envenenamento e a negligência dos
pacientes). Por suas características de povo guerreiro e conquistador se desenvolvo a Sanidade Militar e, já
no século I, surgiram hospitais.

Prática de Enfermaria na Idade Média.

Europa continental, sob a Egida da Igreja Cristã, vê aparecer a criação de asilos junto aos Monastério. Em
geral, o cuidado dos doentes foi um dos primeiros trabalhos da Igreja. Ao princípio, o clero estava obrigado
a visitar doente que o cristão hospedava em sua casa, embora não fora de sua família, pois às vezes se
tratava simplesmente de um viajante.

Durante os primeiros cinco séculos da Idade Média, os conhecimentos médicos e sanitários foram
conservados e exercidos nos monastérios, durante esse período, os senhorios e monastérios estavam se
localizados em lugares isolados, e as enfermidades não se propagavam facilmente. Mas as guerras eram
muito freqüentes e os soldados recebiam feridas. As mulheres dos senhores feudais, ajudadas por seus
sirva, curavam e atendiam com grande habilidade e criatividade aos soldados feridos.

Nos monastérios, muitos monges exerciam a medicina, e outros realizavam atividades de enfermaria. Boa
parte dos jardins dos monastérios estava dedicada ao cultivo das ervas medicinais.

A partir do século VI, em que começam a fundá-los hospitais, muitos destes monges e monjas se convertem
nos enfermeiros e enfermeiras que atendem aos enfermeiros internados.

No século X declino a medicina monástica. A igreja publico decretos proibindo aos monges tratamentos que
considerava como prejudiciais para os doentes e negando a permissão para que praticassem a cirurgia.

O fim do século XII, em 1198, a Papa Inocencio III estabeleceu uma instituição que se propunha como
modelo para a atenção dos doentes. Em Roma lhe chamo Hospital do

Prática de Enfermaria na Idade Moderna.

A partir do século XV ocorrem mudanças importantes no mundo ocidental, que permitam diferenciar este
século e o subsequente do mundo feudal.

A maior parte das novas enfermidades vêm associadas em trocas no comportamento humano. Os centros
urbanos se desenvolvem em forma alarmante, com grandes concentrações de famílias pobres que geram
condições higiênicas deploráveis, favorecendo todo isso o florescimento de diversas enfermidades, tais
como o raquitismo, enfermidades venéreas, epidemias de outras enfermidades transmissíveis (peste, tifo,
gripe, difteria, escarlatina, paludismo e tifoide) e a aparição de algumas enfermidades trabalhistas
(escorbuto entre os marinhos, saturnismo nos pintores e coloreadores de vidro, e silicoses nos mineiros).

Lic. Zola Miranda Afonso 68


Já no século XIX as ciências naturais tinham avançado muito e os médicos, como seus representantes, eram
até mas estimados, contando com os ganhos satisfatórios que lhe permitiam tratar gratuitamente aos
pobres.

Prática de Enfermaria na Época Contemporânea.

A partir de 1925 e até os anos 60, a medicina contribuo um grande número de descobrimentos,
demonstrando que seu progresso nessa etapa foi maior que em todo o tempo anterior transcorrido.

Neste sentido, o Concílio Internacional de Enfermeiras continuava advogando pela materialização da ideia
sobre a Fundação Florence Nightingale, e embora demore perto de duas décadas, pôde ao fim constituir-se
em 1934. Seus recursos se destinavam ao financiamento de atividades de educação em enfermaria em
qualquer parte do mundo.

Com respeito aos problemas éticos e morais do exercício profissional, no Congresso de Montreal, Canadá,
em 1929, apresentou-se já a primeira proposta de criar um Código Internacional de Ética da Profissão,
embora não foi aprovada gasta 1953. No séria até 1973, vinte anos mais tarde, que esse Código fora
modificado, à luz do desenvolvimento da profissão e especialmente no concernente à subordinação
absoluta ao médico.

Os aspetos teóricos da enfermaria foram tratados, desde seus inícios, pela própria Florence Nightingale,
com sua orientação filosófica a respeito da interação paciente entreabro e os princípios e regras sobre os
que sustento seu exercício profissional.

Desde meios dos anos 50, várias teóricas da enfermaria tinham começado a formular suas considerações
sobre o método de atuação profissional das enfermeiras: o Processo de Atenção de Enfermaria (PAE), que
foi realmente considerado um processo, pela primeira vez, por Luta E. Hall, enfermeira norte-americana,
em 1955.

Outras enfermeiras que se desempenhavam no campo da docência em distintas instituições de grande


prestígio, também começaram a trabalhar os aspetos teóricos da enfermaria, incluindo sua definição e as
considerações sobre o Processo.

Entre as mais destacadas da década dos 50 se encontram também:

Dorothea Orem (1958), com sua definição e a teoria do deficit do autocuidado;


Hildegart E.Peplaau, com suas contribuições à enfermaria em geral, e muito em particular à enfermaria
psiquiátrica, centra sua atenção nas relações interpersonales em enfermaria;
Faye Glenn Abdellah, quem definiu 21 problemas clássicos de enfermaria para o diagnostico de
enfermaria, término que se utilizo pela primeira vez em 1950.

Em 1959, na reunião do Buro Executivo do Concílio Internacional de Enfermeiras, celebrada no Helsinki,


Finlândia, aprovou-se para sua publicação a famosa obra da enfermeira norte-americana, Virgínia
Henderson, Princípios básicos de enfermaria.

Lic. Zola Miranda Afonso 69


A década dos anos 60 é muito rica em trabalhos teóricos de enfermaria. Entre as autoras mais destacadas
se encontra:

Myra Estrin Levine, quem sem intenções de redefinir a enfermaria ou elaborar nenhuma teoria, contribuo
o enfoque holístico;
Marta E. Rogers, considerada como uma das mais criativas, centra sua atenção em suas reflexões a
respeito dos seres humanos unitários;
Betty Neuman, elaboro um modelo de sistemas para Laos serviços de saúde mental;
Nancy Roper, trabalho sobre os princípios nos quais descansa a enfermaria e as atividades vitais;
Joyce Travelbee, enfatizo em que a enfermaria devia apoiar-se nas relações pessoa a pessoa;
Kathryn E.Barnard, ativa investigadora sobre os cuidados a meninos descapacitados, desenho um modelo
para avaliar a saúde dos meninos;
Dorothy E.Jonson, desenho um modelo de sistema conductual;
Irmã Calista Roy, centra sua atenção na identidade do homem e seu entorno e sua capacidade de
adaptação;
Madeleine Leininger, elaboro a teoria dos cuidados transculturales;
Imogene King, elaborou seu modelo a partir do reconhecimento da existência de três sistemas: o pessoal, o
interpessoal e o social;
Margaret A. Newman trabalhou sobre a teoria do desenvolvimento em enfermaria.
Ida Jean Orlando (Pelletier), formulo a teoria da resposta profissional na relação reciproca enfermeira-
paciente.

A década dos anos 70 conto com o contribua com contínuo destas estudiosas das teorias e modelos de
enfermaria. A elas se sumariam outras tais como:
Jean Watson, com seu magnífico livro titulado Enfermaria: a filosofia e a ciência do cuidado, quem
concentro sua atenção nos problemas da atenção sanitária, com um enfoque social;
Patrícia Benner, com sua teoria fenomenológica a respeito dos cuidados de enfermaria;
Joan Trilho-Sisca, com seus trabalhos sobre interacionismo simbólico;
Ramona T.Mencer, com seu estudo sobre o rol vital, quem tem escrito além sobre o envelhecimento e o
suicídio;
Nola Pender, quem a partir de seu estudo de como as pessoas tomam as decisões sobre sua própria saúde
elaborou um modelo de promoção de saúde.

Em 1972 se criou a Fundação Christiane Reiman, graças ao generoso legado desta enfermeira
dinamarquesa, quem fora a primeira Secretária assalariada do CIE. Esta fundação outorga um Prêmio cada
quatro anos à enfermeira ou ao grupo de enfermeiras que faça uma contribuição sobressalente à profissão.
A primeira ganhadora deste prêmio, que se outorgo em 1985, foi a imensamente popular Virgínia
Henderson.

O Conselho internacional de enfermagem tem uma publicação que conta com 4 números anuais. A sede da
organização esteve em Londres até 1925 em que se traslado a Genebra, Suíça. Daqui retorno a Londres, em
1947, e, finalmente, desde 1966 radica de novo em Genebra.

Lic. Zola Miranda Afonso 70


Em sua qualidade de Federação de Associação Nacionais de Enfermeira, o CIE é a organização mais antiga
no campo de saúde.

Os últimos vinte anos do recém concluído século XX resultaram muito frutíferos para a enfermaria, como
ciência e profissão. Elaboraram-se novas teorias e modelos e, em consequência foram modificados planos
de estudo, programas da disciplina e disciplinas e se desenhou um novo sistema de educação pós-graduada
que inclui a especialização, diplomado-los, as mestrias e os doutorados.

No campo da gerência em saúde, as enfermeiras ocuparam cada vez mas cargos de responsabilidade, não
só no âmbito de enfermaria propriamente dito, a não ser na gestão sanitária em geral. Outro tanto ocorreu
na elevação do respeito à profissão pelo contribua que proporcionou um trabalho multi e interdisciplina rio
em saúde, onde o protagonismo da enfermaria se reforçou.

PERÍODO FLORENCE NIGHTINGALE

Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuí a inteligência incomum,
tenacidade de propósitos, determinação e perseverança- o que lhe permitia dialogar com políticos e
oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias.

Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim. No desejo de
realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das
IrmandadesCatólicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em
Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.

Decidida a seguir sua vocação, procura completer seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita
o Hospital de Dublin dirigido pela Irmãs de Misericórdia, OrdemCatólica de Enfermeiras, fundada 20 anos
antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris. Aos
poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram
guerra à Rússia: “Guerra da Criméia.’Os soldados acham-se no maiorabandono. A mortalidade entre os
hospitalizados é de 40%.

Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferenteshospitais.
Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina.

Os soldados fazem dela o seuanjo da guarda e ela foi imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque,
de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a Guerra contrai tifo e
aoretornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de inválida. Dedica-se porém, com ardor, a trabalhos
intelectuais. Pelos trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio,
consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem – uma Escola de
Enfermagem em 1959.

Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir
de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo

Lic. Zola Miranda Afonso 71


militar, era uma das características da escola Nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais
das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos.

Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa qualificada para ensinar. A ele
cabia então decidir quais das suas funções poderiam colocar nas mãos das enfermeiras. Florence morre em
13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge não
mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação
assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma
prática social institucionalizada e específica.

CÓDIGO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE ANGOLA

 Dos Princípios Fundamentais


 Direitos
 Das Responsabilidades
 Deveres
 Das Proibições
 Deveres Disciplinares
 Infrações e Penalidades
 Aplicação das Penalidades
 Disposições Gerais
CAPITULO I
Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º – (principio do compromisso): Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser
humano e da coletividade. Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e reabilitação das pessoas,
respeitando os preceitos éticos e legais.

Art. 2º – (principio da participação): O profissional de Enfermagem participa, como integrante da


sociedade, das ações que visem satisfazer às necessidades de saúde da população.

Art. 3º – (principio do respeito à dignidade da pessoa humana): O profissional de Enfermagem respeita a


vida, a dignidade e os direitos da pessoa humana, em todo o seu ciclo vital, sem discriminação de qualquer
natureza.

Art. 4º – (principio da responsabilidade): O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiça,
competência, responsabilidade e honestidade.

Art. 5º – (principio da assistência): O profissional de Enfermagem presta assistência a saúde visando a


promoção do ser humano como um todo.

Art. 6º – (principio de autonomia): O profissional de Enfermagem exerce a profissão com autonomia,


respeitando os preceitos legais da Enfermagem.

Lic. Zola Miranda Afonso 72


CAPITULO II
Dos Direitos

Art. 7º – (direito dos profissionais de enfermagem):

Os profissionais de enfermagem no exercício da sua profissão têm os seguintes direitos:

a) Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal.


b) Ser informado sobre o diagnóstico provisório ou definitivo de todos os clientes que estejam sob sua
assistência.
c) Recorrer ao Conselho Provincial de Enfermagem, quando impedido de cumprir o presente Código
de Ética e Deontologia Profissionais de enfermagem.
d) Participar de movimentos reivindicatórios por melhores condições de assistência, de trabalho e
remuneração.
e) Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada
para a qual trabalhe não oferecer condições mínimas para o exercício profissional, ressalvadas as
situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão a Ordem dos
Enfermeiros.
f) Receber salários ou honorários pelo seu trabalho que deverá corresponder, no mínimo, ao fixado
por legislação específica.
g) Associar-se, exercer cargos e participar das atividades de entidades de classe.
h) Atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais.
i) Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional, cultural e a defesa dos legítimos
interesses de classe.
CAPITULO III

Das Responsabilidades

Art. 8 – (Das responsabilidades dos profissionais de enfermagem)

São responsabilidades dos profissionais de enfermagem no exercício das suas funções as seguintes:

a) Assegurar ao paciente uma assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia,


negligência ou imprudência.
b) Garantir ao paciente sob sua responsabilidade a continuidade de assistência médica no caso de
suspender a sua atividade nos termos da alínea e) do artigo anterior.
c) Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições,
quando capaz de desempenho seguro para si e para os pacientes.
d) Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais, em benefício
do paciente, coletividade e do desenvolvimento da profissão.
e) Promover e/ou facilitar o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural do pessoal sob sua
orientação e supervisão.
f) Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independente de ter sido
praticada individualmente ou em equipa.

Lic. Zola Miranda Afonso 73


CAPITULO IV
Deveres

Art.9. (deveres dos profissionais de enfermagem)

São deveres dos profissionais de enfermagem no exercicio da sua profissão os seguintes:

a) Cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão.


b) Exercer a enfermagem com justiça, competência, responsabilidade e honestidade.
c) Prestar assistência de Enfermagem aos doentes, sem discriminação de qualquer natureza, família,
comunidade, sem discriminação de qualquer natureza aplicando sempre as medidas de
biossegurança.
d) Prestar assistência de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperícia, negligência e
imprudência.
e) Garantir a continuidade da assistência de Enfermagem.
f) Prestar adequadas informações aos pacientes e família a respeito da assistência de Enfermagem,
possíveis benefícios, riscos e conseqüências que possam ocorrer.
g) Respeitar e reconhecer o direito do cliente do doente sobre sua pessoa, seu tratamento e seu bem-
estar.
h) Respeitar o natural pudor, a privacidade e a intimidade do paciente.
i) Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade
profissional, excepto nos casos previstos em Lei.
j) Colaborar com a equipe de saúde no esclarecimento do paciente e família sobre o seu estado de
saúde e tratamento, possíveis benefícios, riscos e conseqüências que possam ocorrer.
k) Colaborar com a equipe de saúde na orientação do cliente ou responsável, sobre os riscos dos
exames ou de outros procedimentos aos quais se submeterá.
l) Respeitar o ser humano desde a concepção até a morte e assegurar as condições para que tenha
uma morte digna.
m) Proteger o paciente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte
de qualquer membro da equipe de saúde, alertando os colegas, os dirigentes e informar o paciente,
n) Colocar seus serviços profissionais à disposição da comunidade em casos de emergência, epidemia
e catástrofe, sem vantagens pessoais.
o) Solicitar consentimento do paciente ou do seu representante legal, de preferência por escrito, para
realizar ou participar de pesquisa ou atividade de ensino em Enfermagem, mediante apresentação
da informação completa dos objetivos, riscos e benefícios, da garantia do anonimato e sigilo, do
respeito a privacidade e intimidade e a sua liberdade de participar ou declinar de sua participação
no momento que desejar.
p) Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo a vida e a integridade da pessoa humana.
q) Ser honesto no relatório dos resultados da pesquisa.
r) Tratar os colegas e outros profissionais com respeito e consideração.
s) Alertar o profissional, quando diante de falta cometida por imperícia, imprudência e negligência.
t) Comunicar ao Conselho Provincial de Enfermagem fatos que infrinjam preceitos do presente
Código de Ética e Deontologia dos Profissionais de Enfermagem de Angola.

Lic. Zola Miranda Afonso 74


u) Comunicar formalmente ao Conselho Provincial de Enfermagem fatos que envolvam recusa ou
demissão de cargo, função ou emprego, motivados pela necessidade do profissional em preservar
os postulados éticos e legais da profissão.

CAPITULO V

Das Proibições

ARTIGO 10. (práticas proibidas aos profissionais de enfermagem)

a) Negar assistência de Enfermagem em caso de urgência ou emergência ou calamidades.


b) Abandonar o paciente em meio a tratamento sem garantia de continuidade da assistência, salvo
em caso de absoluta força maior.
c) Participar de tratamento sem consentimento do paciente ou representante legal, excepto em
iminente risco de vida.
d) Provocar aborto ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação, excepto Nos casos
previstos pela Lei, em que o profissional deverá decidir, de acordo com a sua consciência, sobre a
sua participação ou não no ato abortivo.
e) Promover a eutanásia ou cooperar em prática destinada a antecipar a morte do paciente,
f) Administrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que o compõem e da
existência de risco para o paciente.
g) Prescrever medicamentos ou praticar ato cirúrgico, excepto os previstos na legislação vigente e em
caso de emergência.
h) Executar a assistência de Enfermagem sem o consentimento do paciente ou seu representante
legal, excepto em iminente risco de vida.
i) Executar prescrições terapêuticas quando contrárias à segurança do paciente.
j) Prestar o paciente serviços que por sua natureza incumbem a outro profissional, excepto em caso
de emergência.
k) Provocar, cooperar ou ser conivente com maus-tratos aos pacientes,
l) Realizar ou participar de pesquisa ou atividade de ensino, em que o direito inalienável do homem
seja desrespeitado ou acarrete perigo de vida ou dano à sua saúde.
m) Publicar trabalho com elementos que identifiquem o paciente, sem sua autorização.
n) Publicar, em seu nome, trabalho científico do qual não tenha participação ou omitir em
publicações, nomes de colaboradores e/ou orientadores.
o) Utilizar-se, sem referência ao autor ou sem autorização expressa, de dados, informações ou
opiniões ainda não publicados.
p) Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa humana.
q) Determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e Deontologia dos Profissionais de
Enfermagem de Angola e demais legislações que regulamentam o exercício da Enfermagem.
r) Trabalhar e/ou colaborar com pessoas físicas e/ou jurídicas que desrespeitem princípios éticos de
Enfermagem.
s) Acumpliciar-se com pessoas ou instituições que exerçam ilegalmente atividades de Enfermagem.
t) Interferir ou aproveitar- se função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de concorrência
desleal.

Lic. Zola Miranda Afonso 75


u) Aceitar, sem anuência do Conselho Provincial de Enfermagem de Enfermagem, cargo, função ou
emprego vago em decorrência do previsto da alínea u) do artigo 9
v) Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de saúde, unidade sanitária,
clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento congénere sem nele exercer as
funções de Enfermagem pressupostas.
w) Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que outro profissional
assine as que executou.
x) Receber vantagens de instituição, empresa ou do paciente, além do que lhe é devido, como forma
de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou
para outrem.
y) Colaborar, direta ou indiretamente com outros profissionais de saúde, no incumprimento da
legislação referente aos transplantes de órgãos, tecidos, esterilização ou fecundação artificial.
z) Usar de qualquer mecanismos de pressão e/ou suborno com pessoas físicas e/ou jurídicas para
conseguir qualquer tipo de vantagem.
aa) Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ordens,
opiniões, inferiorizar as pessoas e/ou dificultar o exercício profissional.
bb) Ser conivente com crime, contravenção penal ou ato praticado por membro da equipa de trabalho
que infrinja postulado ético-profissional.
cc) Denegrir a imagem do colega e/ou de outro membro da equipe de saúde, de entidade de classe
e/ou de instituição onde trabalha.

Único: a participação do profissional de enfermagem nas pesquisas experimentais, deve ser precedido de
consentimento, por escrito, do paciente ou seu representante legal.

CAPITULO VI
Deveres Disciplinares

Art. 11.(deveres disciplinares dos profissionais de enfermagem)

São deveres disciplinares de enfermagem:

a) Cumprir as normas da Ordem e dos Conselhos Provinciais dos Enfermeiros,


b) Atender às convocações doam Ordem e dos Conselhos provinciais de enfermagem no prazo
determinado.
c) Facilitar a fiscalização do exercício profissional.
d) Manter-se regularizado com suas obrigações financeiras com o Conselho Provincial da ORDENFA,
e) Obter o número da carteira/Cédula profissional da CONGEFA E ORDENFA figura – lo em sua
assinatura, quando no exercício profissional,
f) Facilitar a participação dos profissionais de Enfermagem no desempenho de atividades nos órgãos
de classe.
g) Facilitar o desenvolvimento das atividades de ensino e pesquisa, devidamente aprovadas.
h) Não apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer bem imóvel, público ou particular de que tenha
posse, em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.
i) Não solicitar nem receber dinheiro em troca de atividades efetuadas ao paciente,

Lic. Zola Miranda Afonso 76


CAPITULO VII
Infrações e Penalidades

Art. 12 – (Caraterização)

A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a aplicação das respectivas penalidades regem-se por
este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos legais.

Art. 13 (conceito de infração ética)

Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou
inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem de Angola,

Art. 14 (conceito de infração disciplinar)

Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas da Ordem e dos Conselhos Provinciais da
ORDENFA,

Art. 15 – (responsabilidades pela infração)

Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela obtiver benefício, quando
cometida por outrem.

Art. 16 – (gravidade pela infração)

A gravidade da infração é caracterizada através da análise dos fatos e causas do dano, suas conseqüências e
dos antecedentes.

Art. 17 – (apuramento da infração)

A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos deste Código e do Código do
Processo Disciplinar dos Profissionais de Enfermagem

Art. 18 – (Competência do Conselho Provincial na aplicação das penalidades)

As penalidades a serem impostas pela Ordem e Conselhos Provincial da ORDENFA são as seguintes:

1. Advertência verbal.
2. Multa.
3. Censura.
4. Suspensão do exercício profissional.
5. Cassação do direito ao exercício profissional.

1. A advertência verbal: consiste numa admoestação ao infrator, do mesmo, na presença das suas
testemunhas.

Lic. Zola Miranda Afonso 77


2.A multa: consiste na obrigatoriedade de pagamento de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da
categoria profissional a qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento.

3.A censura: consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais da Ordem dos Enfermeiros
de Angola,

4.A suspensão: consiste na proibição do exercício da Enfermagem por um período não superior a 30
(trinta) dias e será divulgada nas publicações oficiais da ORDENFA,

5.A cassação: consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem e será divulgada nas publicações da
ORDENFA e em jornais de grande circulação,

Art. 19 – (Competências para aplicação de penas)

As penalidades de advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício Profissional são da alçada
dos Conselhos Provinciais da ORDENFA; a pena de cassação do direito ao exercício Profissional é de
competência da Ordem dos Enfermeiros de Angola,

Único – Na situação em que o processo tiver origem na ORDENFA, terá como instância superior o conselho
de representantes,

Art. 20 – (Graduação das penalidades)

Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se:

I – A maior ou menor gravidade da infração.

II – As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração.

III – O dano causado e suas conseqüências

IV – Os antecedentes do infrator.

Art. 21– (Graduação das infrações)

As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas, conforme a natureza do ato e a circunstância
de cada caso.

1. São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou moral de qualquer
pessoa, sem causar debilidade.

2. São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida, debilidade temporária de membro,
sentido ou função em qualquer pessoa.

Lic. Zola Miranda Afonso 78


3. São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, deformidade permanente, perda ou
inutilização de membro, sentido, função ou ainda, dano moral irremediável em qualquer pessoa.

Art. 22 – (circunstancias atenuadas)

São consideradas circunstâncias atenuantes:

I – Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência, evitar ou
minorar as conseqüências do seu ato.

II – Ter bons antecedentes profissionais.

III – Realizar atos sob coação e/ou intimidação.

IV – Realizar atos sob emprego real de força física.

V – Ter confessado espontaneamente a autoria da infração.

Único: a prática da infração sob coação física inibe o infrator de qualquer culpabilidade.

Art.23 – (circunstancias agravantes)

São consideradas circunstâncias agravantes:

a) Ter o infrator causado danos irreparáveis.


b) Ter o infrator cometido infração dolosamente.
c) Ter o infrator cometido a infração por motivo fútil e torpe,
d) Ter o infrator cometido a infração para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou a vantagem de outra infração.
e) Ter o infrator cometido aproveitar-se da fragilidade da vítima.
f) Ter o infrator cometido a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao
cargo ou função.
g) Ter o infrator maus antecedentes pessoais e/ou profissionais.

CAPITULO VIII

Aplicação das Penalidades

Art. 24 – (Cumulação das penalidades)

As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando houver
infração a mais de um artigo.

Art. 25 – (Pena de advertência verbal)

Lic. Zola Miranda Afonso 79


A pena de Advertência Verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nas alíneas a) a f)
do artigo, nas alíneas a) a f), h) a u) do artigo 9, alíneas a) a c), f) a i), k), m), o), q), u), w), a cc) do artigo 10.
E alínea a) a h) do artigo 11. Do presente Diploma.

Art. 26 – Pena de Multa

A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nas alíneas g) do artigo 9, o),
p), t), v) e do paragrafo único do artigo 10 e i), do artigo 11, do presente Diploma,

Art. 27 – Pena de Censura

A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nas alíneas: j), n), q), e r) do
artigo 10 do presente Diploma,

Art. 28 – Pena de suspensão do exercício Profissional

A pena de suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nas alíneas p) d artigo 9, I), s), y), e z) do artigo 10 do presente Diploma,

Art. 29 – Pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional

A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nas alíneas d) do artigo 10, e bb) do artigo 10 do Presente Diploma,

Se a violação do disposto da alínea p) do artigo 9, I) do artigo 10, resultar a morte da pessoa objecto da
pesquisa aplica – se ao profissional de enfermagem, infrator disposto neste artigo,

CAPITULO IX

Das disposições finais

Art. 30 – Omissões

Os casos omissos serão resolvidos pela Ordem dos Enfermeiros de Angola

Art. 31– alteração

Este Código poderá ser alterado pela Ordem dos Enfermeiros de Angola, por iniciativa própria e/ou
mediante proposta de Conselhos Provinciais,

Único – A alteração referida deve ser precedido de ampla discussão com a categoria.

Art. 32 – Entrada em vigor

O presente Código entrará em vigor na data da publicação, publique - se

Lic. Zola Miranda Afonso 80


BIBLIOGRÁFIA BÁSICA

Fundamentos de Enfermaria tomo I do coletivo de autores ( quando for revisado e editado como texto
definitivo).

Manual de procedimentos de enfermaria. Amparo Magali Castro Torre. Editorial Ciências Médicas Havana
2002.

Manual de Enfermaria Ginecobstétrica. Lic. Alvara Leonard Castelo, Lic. Eloina Hernández.

Obstetrícia e Ginecologia tomos 1, 2 e 3. Rigol Ricardo Orlando.

Fenton Tait, María; León Román, Carlos… (y otros). Temas de Enfermería Médico

Quirúrgica (primera parte). La Habana: Editorial Ciencias Médicas; 2006.

Fenton Tait, María; Moret Montano; Armando… (y otros). Temas de Enfermería Médico Quirúrgica
(segunda parte). La Habana. Editorial Ciencias Médicas; 2006

Livro de Texto Problemas éticos y bioéticos en Enfermería. MSc. María del C. Amaro Cano.

Lic. Zola Miranda Afonso 81

Você também pode gostar