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Devolutiva caderno 03 2

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AFYA

NOTA FINAL
CURSO DE MEDICINA - AFYA
Aluno:
Componente Curricular: Integradora 7º Período
Professor (es):
Período: 202401 Turma: Data: 12/06/2024

INTEGRADORA _7 PERIODO_12 DE JUNHO_2024.1_PROVA


IRREGULARES_IESC

RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA


PROVA 12351 - CADERNO 003

1ª QUESTÃO
Enunciado:

Homem, de 67 anos, consulta na unidade básica de saúde para apresentar o resultado dos
exames solicitados em consulta anterior para investigação de um quadro de fadiga, palidez,
hiporexia e palpitações, há um mês. Apresenta hipertensão há dez anos e está em tratamento
para hanseníase multibacilar há seis meses. Faz uso de losartana, dapsona, clofazimina e
rifampicina.

HEMOGRAMA:
Hemácias: 3,5 milhões/mm3 (Valor de referência: 4,32 - 5,67 milhões/mm3)
Hemoglobina: 9,0 g/dL (Valor de referência:13,3 - 16,5 g/dL)
Hematócrito: 27% (Valor de referência:39,2 - 49,0%)
HCM: 30 pg (Valor de referência: 27,7 - 32,7 pg)
VCM: 87 fL (Valor de referência: 81,7 - 95,3 fL)
CHCM: 33,2 g/dL (Valor de referência: 32,4 - 36,0 g/dL)
RDW: 13,0% (Valor de referência: 11,8 - 14,1%)
Leucócitos: 5.850/mm3 (Valor de referência: 3.650 - 8.120/mm3)
Plaquetas: 182.000/mm3 (Valor de referência:151.000 - 304.000/mm3)
Reticulócitos: 5,0% (Valor de referência: 0,5% a 2,5 %)

Assinale a alternativa que contem o diagnóstico mais provável e a melhor conduta.

Alternativas:

(alternativa D) (CORRETA)
Anemia hemolítica. Suspender dapsona e encaminhar para serviço
especializado.

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Resposta comentada:

Trata-se de anemia normocítica e normocrômica, desfavorecendo hipóteses de anemia ferropriva


e perniciosa. Como o índice de reticulócitos está elevado, a hipótese de anemia hemolítica é
favorecida sobre a de anemia por doença crônica, sobretudo em paciente em uso de Dapsona
para o tratamento da hanseníase.

Durante o tratamento para hanseníase, em caso de anemia hemolítica, a principal ação é a


suspensão da dapsona e substituição do esquema terapêutico.

Referência:

Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase [recurso


eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos
Estratégicos em Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
152 p. : il. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-
z/h/hanseniase/publicacoes/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-da-hanseniase-2022/

2ª QUESTÃO
Enunciado:

Em um dia de trabalho rotineiro na UBS, a médica da unidade atende um paciente apresentando


tosse seca há cerca de 01 mês, associada à inapetência e sudorese vespertina. Tabagista de
longa data, refere ter saído da reclusão (penitenciária) há cerca de 45 dias. Diante do quadro
exposto e da história social, a médica acredita tratar-se de um quadro de tuberculose pulmonar e
segue com os procedimentos necessários para diagnóstico e tratamento.

Assinale a alternativa que apresenta o meio de diagnóstico e acompanhamento de cura do


paciente:

Alternativas:

(alternativa C) (CORRETA)
Baciloscopia e Cultura para diagnóstico e Baciloscopia mensal para acompanhamento.

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Resposta comentada:

A baciloscopia é um exame que serve tanto para diagnóstico quanto acompanhamento dos casos
em tratamento, enquanto a cultura só é realizada quando a baciloscopia é positivada.

A radiografia do tórax é solicitada para avaliar alterações sugestivas de tuberculose pulmonar,


tuberculose miliar, bem como diagnóstico diferencial. Além disso, serve para avaliação de
gravidade.

O TRM-TB além de ser um exame caro e de dificil acesso pode permanecer positivo por muitos
meses, não sendo utilizado para controle de cura.

GUSSO, G, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios, formação


e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). G r u p o A , 2 0 1 9 . C a p . 1 5 6 .
Tuberculose.

DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em


evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 151).

Manual de Controle da tuberculose. Disponível em: manual_recomendacoes_controle_tu


berculose_brasil_2_ed.pdf (saude.gov.br)

3ª QUESTÃO
Enunciado:

Paciente gestante, com 33 semanas e 4 dias, compareceu a Unidade de Saúde da Família com
queixa de "saída de líquido pela vagina" há mais ou menos 4 horas. Informa que há 15 dias iniciou
fluxo vaginal cremoso com odor fétido e prurido, e que o parceiro encontra-se sem queixas. Ao
exame: PA 100x70 mmHg; Fundo uterino 30cm; BCF 140 bpm; Contrações uterinas ausentes.
Ao exame especular: presença de fluxo espesso, amarelado em fundo de saco com odor fétido
acentuado; Colo uterino hiperemiado fluindo líquido claro sem grumos pelo OE (orifício externo do
colo) compatível com líquido amniótico, em pequena quantidade, que aumenta com manobra de
valsalva.

Assinale a alternativa que apresenta as condutas corretas para essa paciente.

Alternativas:

(alternativa C) (CORRETA)
Encaminhar à maternidade de referência com relatório médico e descrição do exame
realizado.

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Resposta comentada:

Alternativa correta: Fazer encaminhamento à maternidade de referência com relatório


médico e descrição do exame realizado. O Risco obstétrico do caso se deve a RPM em
gestação abaixo de 36 semanas, devendo a paciente ser referenciada à maternidade com
relatório médico e descrição do exame.

Alternativa incorreta: Tratar com metronidazol creme vaginal por 7 dias, encaminhar para casa
com orientação de repouso. Reavaliar após tratamento. Em caso de perda de LA a USG
obstétrica para avaliação fetal pode ser realizada após avaliação em serviço de referência e não
como solicitação ambulatorial.

Alternativa incorreta: Tratar vulvovaginite por fungos com fluconazol oral dose única e encaminhar
a maternidade se persistir perda de líquido. É contraindicado o uso de antifúngico oral na
gestação.

Alternativa incorreta: Solicitar USG obstétrica para avaliação fetal e optar por internamento.
Mesmo sendo quadro de vaginose devido perda de LA e gestação pré-termo a paciente deve ser
encaminhada para serviço de maternidade.

Referência:

Brasil. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Caderno de atenção básica n
32. pág. 168 à 170; 207 e 208. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
– Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.

4ª QUESTÃO
Enunciado:

Um homem de 65 anos, procura a UBS para um exame de rotina de manutenção da saúde,


sendo portador de SIDA, controlada. Nos últimos 6 meses, ele teve um aumento na frequência de
evacuações e fezes com sangue ocasionais, além de perda de peso importante. Ele tem
hipertensão arterial. Ele fuma um maço de cigarros por dia há 30 anos. Sua temperatura é de
36,5°C, o pulso é de 75/min e a pressão arterial é de 128/75 mm Hg. O exame cardíaco não
mostra sopros, atritos ou galopes. Os pulmões estão limpos à ausculta. O abdômen é macio,
sem visceromegalias. O exame retal digital mostra uma grande hemorróida interna, grau I. O
teste de sangue oculto nas fezes é positivo.

Assinale a alternativa que indica o próximo passo mais apropriado .

Alternativas:

(alternativa C) (CORRETA)
Colonoscopia.

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Resposta comentada:

Mudanças nos hábitos intestinais e hematoquezia em um homem idoso com histórico de


tabagismo devem levantar suspeita de um câncer colorretal.

A colonoscopia é o teste diagnóstico padrão ouro para câncer colorretal porque permite a
visualização direta e a biópsia de pólipos e lesões suspeitas. Dada a idade deste paciente (> 65
anos), histórico de tabagismo e mudança recente nos hábitos fecais com hematoquezia, o câncer
colorretal é o diagnóstico mais preocupante e deve ser descartado.

Embora a hemorróida interna não tenha prioridade sobre o diagnóstico e tratamento do câncer
colorretal, ela merece intervenção neste paciente para prevenir a progressão e porque pode estar
contribuindo para sua hematoquezia. Como é uma hemorróida interna grau I, a terapia
conservadora (por exemplo,laxantes, aconselhamento dietético) também seria necessária.

BMJ Best Practice - Hemorroidas - última atualização 03 jan 2020

5ª QUESTÃO
Enunciado:

Maria, 27 anos, G2P1A0, chega à Unidade Básica de Saúde (UBS) com queixa dor abdominal e
lombar intensa que persiste há horas, inicialmente apresentou secreção vaginal de odor forte e,
posteriormente, houve um episódio de sangramento. Relata estar também com febre (39ºC) e
mal estar. Data da última menstruação há aproximadamente 8 semanas, gravidez confirmada
por teste de BHCG há 2 semanas, quando teve um episódio de corrimento vaginal amarelo
esverdeado.

Qual a conduta emergencial mais adequada a ser adotada na UBS?

Alternativas:

(alternativa B) (CORRETA)
Realizar exame especular para identificar a presença de produtos de concepção e, em
seguida, encaminhar para centro de referência em abortamento.

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Resposta comentada:

De acordo com a clínica da paciente, e perante a suspeita de aborto infectado, devemos realizar o
exame especular e ter a certeza de que a pacientes está com saída de restos ovulares ou
secreção purulenta pelo orifício externo no colo do útero. Confirmando o caso, devido à gravidade
dessa condição, a mulher deve ser imediatamente encaminhada ao hospital para
monitorização/restabelecimento dos sinais vitais, realização de exames, antibioticoterapia
intravenosa e esvaziamento uterino com técnica apropriada, de acordo com a IG e as condições
clínicas da mulher.

Referências:

DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em


evidências. Disponív el em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap.194 e 120).

NETO, Rodrigo Antonio B.; SOUZA, Heraldo Possolo de; MARINO, Lucas O.; et al. Medicina de
emergência: abordagem prática: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9788520464380. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520464380/. Acesso em: 30 mar. 2024.
(Cap.127).

MAIS OBSTETRICIA: FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia: Grupo GEN,


2018. E-book. ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 28 mar. 2023.
MONTENEGRO, Carlos Antônio B.; FILHO, Jorge de R. Rezende Obstetrícia Fundamental. 14.
ed. Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788527732802. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732802/. Acesso em: 28 mar. 2023.

6ª QUESTÃO
Enunciado:
Pedro, 18 anos, vem à consulta na Unidade Básica de Saúde com sua mãe porque não consegue
deambular sem apoio. Está sentindo bastante dor abdominal. A dor iniciou há 3 dias na região
periumbilical. Relata episódios de náuseas, hipofagia e vários picos febris. Houve melhora parcial
no uso de Buscopan composto. Ao exame físico o paciente chora de dor, principalmente à
palpação do abdome inferior. O sinal de Giordano foi negativo. A pressão do paciente está 90/60
mmHg, temperatura de 39,5 graus e com frequência cardíaca de 118 bpm. Marque a alternativa
que melhor representa a conduta mais apropriada de acordo com o diagnóstico sindrômico do
paciente.

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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA)
Trata-se de um abdome agudo com possibilidade de ser apendicite, assim o paciente deve ser
encaminhado ao serviço terciário.

Resposta comentada:

O paciente não refere dor lombar, elemento importante ao quadro de nefrolitíase, estando o item a
incorreto.

No item com gastroenterite como possibilidade diagnóstica em um quadro clínico que não
menciona diarreia, estando também incorreto.

Diante de um quadro abdominal súbito em um paciente com critérios de gravidade (febre que não
melhora, taquicardia e dificuldade de deambular devido ao peritonismo).

Nas uretrites teríamos descargas penianas purulentas e disúria e o item e está incorreto.

Referência:

Duncan, Bruce, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em


evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022.

7ª QUESTÃO
Enunciado:
Uma mulher de 50 anos, casada, costureira, faz uso de Diazepam (20 mg/dia), diariamente, há 15
anos. A medicação foi prescrita no início em unidades de emergência e desde então vem sendo
utilizada pela paciente. A paciente não apresenta sinais e sintomas condizentes com transtornos
de ansiedade, mas refere não conseguir dormir sem o uso da medicação. Ao consultar sua
Médica de Família e Comunidade (MFC), ambas decidem pela retirada da medicação. Qual deve
ser a proposta terapêutica?

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Alternativas:

(alternativa D) (CORRETA)
Retirada gradual da droga visando evitar a precipitação de efeitos colaterais.

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Resposta comentada:

Alternativa incorreta: Retirada gradual da droga e uso de flumazenil visando prevenir


sintomas de abstinência.

Após longos períodos de uso de benzodiazepínicas, a sua retirada do esquema terapêutico deve
ser lenta e gradual, para evitar a precipitação de sinais e sintomas de abstinência. O flumazenil é
uma droga utilizada durante a intoxicação por benzodiazepínicos.

Alternativa incorreta: Encaminhamento ao psiquiatra, visto que a dose utilizada é alta e


requer manuseio por especialista.

O manejo do uso de benzodiazepínicos, assim como sua forma adequada de desprescrição


devem fazer parte das habilidades do médico da família, principalmente por ser um medicamento
amplamente prescrito por diversas especialidades médicas, sob diversos contextos. Sua faixa
terapêutica é entre 5mg ao dia até 60mg ao dia, podendo ser maior em casos específicos.

Alternativa correta: Retirada gradual da droga visando evitar a precipitação de efeitos


colaterais.

A deprescrição deve ser lenta e gradual, podendo levar meses para sua retirada completa nos
casos com uso mais prolongado.

Alternativa incorreta: Retirada abrupta da droga, pois estudos demonstram que a retirada
gradual aumenta a possibilidade de recaídas.

A forma correta de retirada é exatamente a oposta, como explicado acima.

A retirada deve ser feita em regime ambulatorial, exceto para pacientes que tenham história de
abstinência severa, convulsões ou comorbidades importantes. Deve-se trocar o BZD em uso por
um de tempo de meia-vida mais longo. A dose não deve ultrapassar o equivalente a 40 mg de
diazepam. Divide-se essa dose em 3 tomadas fixas ao longo do dia, e faz-se a redução de 10 a
15% da dose por semana. As tomadas devem ser supervisionadas, e o medicamento deve ficar
preferencialmente com algum familiar do paciente. Uma sugestão é a troca do diazepam por
clonazepam, visto que este tem apresentação em solução oral, podendo ser titulado em gotas
para facilitar a retirada.

Referências:

DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em


evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 176).

8ª QUESTÃO

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Enunciado:

Um paciente de 35 anos chega à unidade de saúde com febre intermitente, calafrios, sudorese
profusa e dor de cabeça intensa. Ele relata que há duas semanas retornou de uma viagem a uma
região endêmica para malária. Durante o exame físico, o médico observa icterícia leve e
esplenomegalia. Com base nessas informações e nos seus conhecimentos sobre malária,
analise as afirmações abaixo.

I. O médico deverá solicitar uma contagem de plaquetas e um esfregaço de sangue periférico


para identificação de Plasmodium spp. Se confirmada a malária, iniciar tratamento com
antipalúdicos. Se não confirmada, investigar outras causas de febre.

II. Prescrever antipiréticos e orientar repouso, monitorando a evolução dos sintomas. Caso a
febre persista por mais de 48 horas, realizar uma punção lombar para descartar meningite.

III. Encaminhar o paciente para um especialista em doenças tropicais para avaliação mais
detalhada. Aguardar resultados de exames laboratoriais antes de iniciar qualquer tratamento.

É correto o que se afirma em:


Alternativas:
(alternativa A)
(CORRETA) I.

Resposta comentada:

A abordagem correta para um paciente com sinais clínicos de malária, especialmente vindo de
uma região endêmica, é realizar testes específicos para confirmar o diagnóstico. A contagem de
plaquetas e o esfregaço de sangue periférico são essenciais para identificar a presença de
parasitas Plasmodium spp. Se confirmada a malária, o tratamento com antipalúdicos deve ser
iniciado imediatamente. Caso contrário, outras causas de febre devem ser investigadas.

Referências:

GUSSO, G, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes:


princípios, formação e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019.
(Cap.258, 259).

DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em


evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição).

Grupo A, 2022. (Cap. 160). Malária na Atenção Básica / André Siqueira ... [et al.]. Belo Horizonte:
Nescon/UFMG, 2018.

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9ª QUESTÃO
Enunciado:

Gestante, 25 anos, em consulta de pré-natal, na UBS, apresenta nos exames avaliados, titulação
do VDRL de 1:8. Não relata história de sífilis prévia ou tratamento prévio para sífilis.

A conduta mais apropriada para essa gestante é:

Alternativas:

(alternativa B) (CORRETA)
Solicitar um teste treponêmico para confirmar o diagnóstico de sífilis.

Resposta comentada:

Iniciar imediatamente o tratamento com penicilina benzatina: Não é apropriado iniciar o


tratamento sem confirmação do diagnóstico de sífilis. A titulação de VDRL de 1:8 pode
ser positiva em outras condições não relacionadas à sífilis, e o tratamento com
penicilina deve ser reservado para casos confirmados.
Solicitar um teste treponêmico para confirmar o diagnóstico de sífilis: Esta é a conduta
mais apropriada. Os testes treponêmicos são mais específicos e podem confirmar o
diagnóstico de sífilis. Uma vez que o teste treponêmico seja positivo, confirma-se o
diagnóstico de sífilis e o tratamento adequado pode ser iniciado.
Repetir o teste de VDRL em 4 semanas para verificar se houve aumento da titulação:
Embora seja uma opção razoável em alguns casos, uma titulação de VDRL de 1:8 já é
considerada positiva e sugestiva de sífilis. A repetição do teste pode não ser
necessária se um teste treponêmico confirmatório estiver disponível.
Encaminhar para uma consulta com um especialista em doenças infecciosas: Esta
opção pode ser considerada se houver dúvidas sobre o diagnóstico ou se a gestante
precisar de manejo adicional da sífilis, como em casos de sífilis congênita ou sífilis
tardia.

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST) – Ministério da Saúde – 2022.

DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em


evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 155).

10ª QUESTÃO

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Enunciado:

Manoel, 60 anos comparece a sua UBS com relato que manteve relação extra conjugal com uma
conhecida, Mariana, há 1 dia. Ele relata preocupação, pois ouviu boatos em sua vizinhança de
que Mariana tinha “doenças da rua”. Ao ser indagado, Manoel relata que não usou preservativos e
que não se recorda direito dos fatos pois estava alcoolizado.

Frente ao caso, a conduta mais adequada seria

Alternativas:

(alternativa B) (CORRETA)
iniciar PEP após teste rápido para HIV negativo e solicitar rastreio para demais ISTs.

Resposta comentada:

Estamos frente a um caso de um paciente que preenche critérios de eleição para receber
profilaxia pós exposição.

O início da terapia pós exposição deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras duas horas
após exposição e, no máximo, 72 horas após.

A contraindicação para o início da terapia é em pacientes que já tenham o diagnóstico de HIV,


logo se o teste rápido positivar o paciente deixa de ser um candidato a terapia.

Vale ressaltar que as sorologias solicitadas de demais ISTs não devem atrasar o início da terapia
PEP.

Referência:

Manual HIV, Ministério da Saúde.

11ª QUESTÃO

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Enunciado:

Um paciente de 29 anos buscou a Unidade Básica de Saúde relatando hematúria macroscópica


há 3 meses. Relata dificuldade para urinar e necessidade de utilizar sonda de alívio, mas sem
alterações na cistoscopia. Trouxe vários exames de sangue feitos nos últimos meses, mostrando
anemia normocítica e normocrômica e EAS sem alterações. Solicitou pedido de tomografia e
laudo para o INSS, pois além da hematúria sente dores lombares incapacitantes que não lhe
possibilitam trabalhar. É usuário de metadona por quadro de nefrolitíase. De acordo com o caso
clínico descrito, analise as assertivas abaixo.

I. O paciente é usuário de uma substância psicoativa, metadona, mas sem perfil de adição.

II. A hematúria pode estar sendo provocada pelo uso da sonda vesical, configurando um
transtorno factício.

III. As alterações inespecíficas do paciente em conjunto com um quadro de impossibilidade


laboral devem levar a suspeita de um transtorno conversivo.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas:
(alternativa A)
(CORRETA) II e III.

Resposta comentada:

A metadona é um opioide que causa adição.

A hematúria pode estar sendo autoprovocada uma vez que o exame de urina foi normal e a
cistoscopia também.

As alterações inespecíficas, o uso de uma substância psicoativa e o pedido de laudo podem


demonstrar um ganho secundário.

Referência:

Duncan, Bruce, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em


evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. Cap. 174.

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