Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Nuvens

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

Museu de Topografia Prof.

Laureano Ibrahim Chaffe


Departamento de Geodésia – IG/UFRGS

NUVENS

Texto original: Wikipédia, a enciclopédia livre

Ampliação e ilustração: Iran Carlos Stalliviere Corrêa-IG/UFRGS

Nuvem

Nuvem (do latim nubes) é um conjunto visível de partículas


diminutas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao
mesmo tempo (mistas), que se encontram em suspensão na atmosfera,
após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenômenos
atmosféricos.
A nuvem pode também conter partículas de água líquida ou de gelo
em maiores dimensões e partículas procedentes, por exemplo, de
vapores industriais, de fumaças ou de poeiras.
As nuvens apresentam diversas formas, que variam dependendo
essencialmente da natureza, dimensões, número e distribuição espacial
das partículas que a constituem e das correntes
de ventos atmosféricos.
A forma e cor da nuvem depende da intensidade e da cor da luz
que a nuvem recebe, bem como das posições relativas ocupadas pelo
observador e da fonte de luz (sol, lua, raios) em relação à nuvem.
Constituição das nuvens

As nuvens são constituídas por gotículas de água condensada,


oriunda da evaporação da água na superfície do planeta, ou cristais de
gelo que se formam em torno de núcleos microscópicos, geralmente de
poeira suspensa na atmosfera.

Após formadas, as nuvens podem ser transportadas pelo vento,


tanto no sentido ascendente quanto descendente. Quando a nuvem é
forçada a se elevar ocorre um resfriamento e as gotículas de água podem
ser total ou parcialmente congeladas. Quando os ventos forçam a nuvem
para baixo ela pode se dissipar pela evaporação das gotículas de água.
A constituição da nuvem depende, então, de sua temperatura e altitude,
podendo ser constituída por gotículas de água e cristais de gelo ou,
exclusivamente, por cristais de gelo em suspensão no ar úmido.
Formação de nuvens
As nuvens formam-se a partir da condensação do vapor de
água existente em ar úmido na atmosfera. A condensação inicia-se
quando mais moléculas de vapor de água são adicionadas ao ar já
saturado ou quando a sua temperatura diminui. É o arrefecimento de
ar úmido que se eleva na atmosfera que dá origem à formação de
nuvens. A elevação do ar é um processo chave na produção de nuvens
que pode ser produzido por convecção, por convergência de ar, por
elevação topográfica ou por levantamento frontal.

Existem nuvens formadas devido ao resfriamento do ar úmido que


faz com que a água se condense, outras devido à subida e expansão do
ar, quando ele sobe para níveis onde a pressão atmosférica é
progressivamente menor e se expande, consumindo energia que é
absorvida do calor contido no próprio ar, fazendo com que
a temperatura diminua. Este fenômeno é conhecido por resfriamento
adiabático. A condensação e congelamento ocorrem em torno de
núcleos de condensação microscópicos, como partículas de poeira,
processos que resultam no resfriamento adiabático, seguido pela criação
de uma corrente de ar ascendente.
Uma vez formada, a nuvem poderá evoluir, crescendo ou se
dissipando. A dissipação da nuvem é resultado da evaporação das
gotículas de água, que a compõem, em razão de um aumento de
temperatura em virtude da mistura do ar no qual ela está contida com
outra massa de ar mais aquecida, o que é conhecido como aquecimento
adiabático, ou pela mistura com uma massa de ar seco.
Em outras ocasiões uma nuvem pode surgir quando uma certa
massa de ar é forçada a deslocar-se para cima acompanhando o relevo
do terreno. Essas nuvens,conhecidas como "nuvens de origem
orográfica", também ocorrem em virtude da condensação do vapor de
água pelo resfriamento adiabático do ar.
Quando uma porção de ar se eleva, expande-se. E essa expansão é
adiabática e resulta numa perda de energia que faz com que a sua
temperatura baixe de cerca de 9,8 °C por cada quilômetro de elevação.
Quando uma bolha de ar sobe, passa de uma altitude em que
a pressão atmosférica é maior para outra em que ela é menor. Como
a pressão exterior diminui, a bolha de ar expande-se, aumentando o
seu volume. Como o ar é um bom isolante térmico podemos considerar
que toda a energia despendida para a expansão ("empurrando o ar
ambiente à sua volta") vem das moléculas dentro da própria bolha de ar,
ou seja, que a expansão é um processo adiabático. Podemos ignorar as
fugas para o exterior e considerar que o ar se esfria apenas por
descompressão: a temperatura diminui,se reduz a pressão e vice versa.
As moléculas de ar perderão alguma energia cinética e o ar arrefecerá.
A taxa de arrefecimento é aproximadamente constante: cerca de
9,8 °C/km para ar seco (não saturado). Quando o ar desce, é comprimido
e aquece também segundo a mesma taxa (9,8 °C/km).
O arrefecimento do ar traduz o fato de que a velocidade média
das suas moléculas diminui, aumentando a probabilidade de que as
moléculas livres de vapor se liguem a moléculas vizinhas, passando ao
estado líquido por condensação. Isso leva à diminuição do valor máximo
de vapor que pode estar presente no ar, ou seja, provoca um aumento
da sua umidade relativa. Se a temperatura desce até ao chamado ponto
de orvalho, a densidade de vapor é a máxima, igual à de saturação. A
partir desse momento qualquer arrefecimento resultará em que o vapor
em excesso tenha que ser removido por condensação, formando-se
gotículas de água que podem formar nuvens.
A condensação do vapor começa a ocorrer na base da nuvem, a
que, por isso, se chama «o nível de condensação». Se a temperatura
de ponto de orvalho é negativa (nesse caso, chama-se-lhe também
o ponto de geada), o vapor pode passar diretamente ao estado sólido
sob a forma de cristais de gelo, por sublimação. Quando uma molécula
livre se liga às vizinhas, perde energia cinética que é libertada para o
ambiente sob a forma de calor latente (cerca de 600 calorias por cada
grama de vapor de água condensada). As nuvens formam-se a partir da
condensação do vapor de água existente em ar úmido na atmosfera. A
condensação inicia-se quando mais moléculas de vapor de água são
adicionadas ao ar já saturado ou quando a sua temperatura diminui.

Classificação
Tabela de classificação cruzada
Cirriformes
Estratiformes Estratocumuliformes Cumuliformes
principalmentes Cumulonimbiformes
Formas e alturas não convectivas livremente
não convectivas fortes
convectivas limitadas convectivas
convectivas

Altas Cirrostratus Cirrus Cirrocumulus

Médias Altostratus Altocumulus

Cumulus
Baixas Stratus Stratocumulus
fractus

Desenvolvimento vertical
Nimbostratus Cumulus
médio

Grande desenvolvimento Cumulus


Cumulonimbus
vertical congestus
Apesar de parecerem muitos tipos, basta notar que resultam da
combinação de algumas características básicas:

• As nuvens altas são sempre antecedidas do prefixo cirro porque


apresentam sempre um aspecto ténue e fibroso;
• As nuvens médias apresentam o prefixo alto;
• A designação estrato entra nas nuvens de maior extensão
horizontal, enquanto a designação cumulo entra nas de maior
desenvolvimento vertical;
• As nuvens capazes de produzir precipitação identificam-se com o
termo nimbo.

Quanto ao aspecto

Cumulus Nimbus

• Estratiformes - nuvens de desenvolvimento horizontal, cobrindo


grande área; apresentam pouca espessura; dão origem a precipitação
de caráter leve e contínuo.

• Estratocumuliformes - nuvens de desenvolvimento horizontal, sob a


forma de rolos ou ondulações.

• Cumuliformes e cumulonimbiformes - nuvens de desenvolvimento


vertical, em grande extensão; surgem isoladas; dão origem a
precipitação forte, em pancadas e localizadas.

• Cirriformes - nuvens de desenvolvimento horizontal. São fibrosas, de


aspecto frágil e ocupam as altas atmosferas. São formadas por cristais
de gelo minúsculos e não dão origem a precipitação; porém elas
são fortes indicativos de precipitação.


Cumulus

Quanto à constituição

• Sólidas - Podendo conter gelo até mesmo de tamanho elevado,


chegando a pesar 1 tonelada, essas nuvens são chamadas de negras ou
tremulas.

• Líquidas - constituídas basicamente por gotículas de água.

• Mistas - constituídas tanto por gotículas de água quanto cristais de gelo.

Quanto ao estágio (altura)

De acordo com o Atlas Internacional de Nuvens da OMM


(Organização Meteorológica Mundial) existem três estágios ou grupo de
alturas de nuvens:

• Altas - base acima de 6 km de altura - constituídas por nuvens sólidas.

• Médias - base entre 2 a 4 km de altura nos pólos, entre 2 a 7 km em


latitudes médias, e entre 2 a 8 km no equador - podendo ser nuvens
líquidas ou mistas.

• Baixas - base até 2 km de altura - constituídas de nuvens líquidas.


Nuvens baixas a médias verticalmente desenvolvidas podem alcançar
altitudes de cerca de 3 km.
Tipos de nuvens

Altas: Cirriformes, estratocumuliformes e estratiformes

• Cirrus (Ci): aspecto delicado, sedoso ou fibroso, cor branca brilhante.


Ficam a 8 km de altitude, numa temperatura a 0 °C. Por isso são
constituídas de microscópicos cristais de gelo.

• Cirruscumulus (Cc): delgadas, agrupam-se num padrão regular. São
compostas de elementos extremamente pequenos e em forma de grãos
e rugas. Servem para indicar a base de corrente de jato e turbulência.

• Cirrustratus (Cs): em forma de um véu quase transparente, fino e


esbranquiçado, que não oculta o sol ou a lua, e por isso dão origem ao
fenômeno de halo (fotometeoro). Se localizam logo abaixo dos Cirrus e
também são formados por cristais de gelo.

Médias: Estratiformes e estratocumuliformes

• Altostratus (As): camadas cinzentas ou azuladas, muitas vezes


associadas a altocumulus; são compostas de gotículas superesfriadas
e cristais de gelo; não formam halo pois encobrem o sol de modo a
"filtrar" sua luz; dão origem à precipitação leve e contínua.
• Altocumulus (Ac): lençol ou camada de nuvens brancas ou cinzentas,
tendo geralmente sombras próprias. Constituem o chamado "céu
encarneirado".

Baixas: Estratiformes e estratocumuliformes

• Stratus (St): muito baixas, em camadas uniformes e suaves, cor cinza;


coladas à superfície é o nevoeiro; apresenta topo uniforme (ar estável)
e produz chuvisco (garoa). Quando se apresentam fraccionadas são
chamadas fractostratus (Fs).
• Stratocumulus (Sc): lençol contínuo ou descontínuo, de cor cinza ou
esbranquiçada, tendo sempre partes escuras. Quando em voo,
há turbulência dentro da nuvem.

Desenvolvimento vertical médio: Estratiformes e


cumuliformes

• Nimbostratus (Ns): aspecto amorfo, base difusa e baixa, muito


espessa, escura ou cinzenta; produz precipitação intermitente e mais ou
menos intensa.

• Cumulus (Cu): contornos bem definidos, assemelham-se a couve-flor;


máxima frequência sobre a terra de dia e sobre a água de noite. Podem
ser orográficas ou térmicas (convectivas); apresentam precipitação em
forma de pancadas; correntes convectivas. Quando se apresentam
fraccionadas são chamadas fractocumulus (Fc) que são alturas baixas
. As muito desenvolvidas são chamadas cumulus congestus que são
grande desenvolvimento vertical. É sinal de bom tempo.

Grande desenvolvimento vertical: Cumulonimbiformes

• Cumulonimbus (Cb): nuvem de trovoada; base entre 600 e 2000 m,


com topos chegando a 12 e 15 km de altura, sendo a média entre 4 e
9 km; são formadas por gotas d'água, cristais de gelo, gotas
superesfriadas, flocos de neve e granizo. Se apresentarem forma de
bigorna, são Cumulonimbus Incus: o topo apresenta expansão
horizontal devido aos ventos superiores, lembrando a forma de uma
bigorna de ferreiro, e é formado por cristais de gelo, sendo nuvens do
tipo Cirrostratus (Cs).

Referências

E.C. Barrett & C.K. Grant (1976). «The identification of cloud types in
LANDSAT MSS images». NASA. Consultado em 22 de agosto de 2012

Você também pode gostar