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Fibras - Por Que Consumi Las

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FIBRAS: por que consumi-las?

consumi

COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA NUTRICIONAL


GVEDNT / SUVISA / SES-GO
Fibras: por que consumi-las?

GOIÂNIA – 2014
Autoria
Maria Janaína Cavalcante Nunes
Daniela Ayumi Amemiya
Cássia Verônica Almeida Silva

Financiamento
Fundo de Alimentação e Nutrição/Ministério da Saúde

Produção, distribuição e informações


Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
Superintendência de Vigilância em Saúde
Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Não Transmissíveis
Coordenação de Vigilância Nutricional
Avenida 136, Qd. F44, Lt. 22 ao 24, 5º andar, Ed. Cézar Sebba, St. Sul.
Goiânia – Goiás
Cep. 74.093-280
Telefone: 3201-3593

Todos os direitos autorais reservados. É permitida reprodução parcial ou total


desta obra, desde que citada a fonte e autoria, e que não seja para venda ou
qualquer fim comercial.
Apresentação

O consumo de fibras

A fim de auxiliar na prevenção do aparecimento de


doenças crônicas relacionadas à dieta, a FAO/OMS recomenda
o consumo de pelo menos 25 g/d de fibras
na dieta (14).
Estudos epidemiológicos sugerem que as fibras
dos cereais e produtos à base de grãos integrais são capazes
de prevenir a obesidade e o ganho de peso, além
de contribuir na diminuição do risco para o desenvolvi mento de DM (15). No entanto, os resultados
obtidos a
partir dos estudos de intervenção são conflitantes. Neste
sentido, também existe atualmente certa controvérsia em
relação ao papel das fibras solúveis na perda de peso.
O que são as fibras?
fibras

Fibra alimentar é a parte comestível de plantas


ou carboidratos análogos que são resistentes à
digestão e absorção no intestino delgado de humanos
(COLII, SARDINHA, FILISETTI, 2002).
A flora intestinal é o nome dado ao conjunto de bactérias que
habitam o intestino grosso. Essas bactérias ajudam na digestão do
alimento e controlam o crescimento de micro-organismos
micr organismos que causam
doenças. Por isso quem consome muitas fibras tem um intestino
saudável (COPPINI, MARCO, WAITZBERG, 2002; GREEN, 2000).

A recomendação adequada de fibras é em torno de 14g para cada


1000 kcal ingeridas.
Quais são os tipos de fibras?

As fibras alimentares podem ser classificadas de acordo com a


sua solubilidade em: fibras solúveis e fibras insolúveis (CAVALCANTI,
1997; MELLO; LAAKSONEN, 2009).
As fibras solúveis incluem a maioria das pectinas, gomas,
mucilagens e hemiceluloses. São encontradas em frutas, farelo de
aveia, cevada e leguminosas. A fibra solúvel dissolve em água formando
géis viscosos. Não é digerida no intestino delgado e é facilmente
fermentada pela microflora do intestino grosso. Além disso, é
responsável pelo aumento do tempo de trânsito intestinal e está
relacionada à diminuição do esvaziamento gástrico, ao retardo da
absorção da glicose, diminuição da glicemia pós-prandial e redução do
colesterol sanguíneo devido às suas propriedades físicas que conferem
viscosidade ao conteúdo luminal (COPPINI, MARCO, WAITZBERG,
2002; MELLO; LAAKSONEN, 2009).
No cólon, as fibras solúveis são fermentadas pelas bactérias
intestinais, produzindo ácidos graxos de cadeia curta, responsáveis por
aumentar o fluxo sanguíneo e produção de muco, estimular a absorção
de sódio e água, exercer efeito sobre o metabolismo lipídico e glicídico
(GREEN, 2000).
Entre as fibras insolúveis estão a celulose, as hemiceluloses e a
lignina. São encontradas em maior quantidade no farelo de trigo, nos
cereais integrais e seus produtos, nas raízes e hortaliças. As fibras
insolúveis não são solúveis em água, portanto não formam géis, e sua
fermentação é limitada. Contribuem para o aumento do volume do bolo
fecal, redução do tempo de trânsito intestinal, retardo da absorção de
glicose e retardo da hidrólise do amido (COSTA, SILVA, MAGNONI,
1997; MELLO; LAAKSONEN, 2009).
Como as fibras atuam no nosso corpo?

As características físico-químicas das fibras promovem efeitos


locais e sistêmicos no organismo humano. Os principais grupos de fibras
que chegam ao intestino grosso são os polissacarídeos não amido,
substâncias associadas a esses polissacarídeos, os amidos resistentes
e oligossacarídeos. Esses componentes são parcial ou totalmente
fermentados e utilizados como fonte energética pela microflora no cólon,
convertidos em gases (hidrogênio, metano e dióxido de carbono) e
ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), principalmente acetato,
propionato e butirato (MELLO; LAAKSONEN, 2009).
A disponibilidade de substrato no cólon resulta no aumento do
número de bactérias e consequentemente no aumento do bolo fecal. O
incremento na produção de AGCCs, como resultado da fermentação,
resulta na diminuição do pH intracelular e colônico. O meio mais ácido
inibe a proliferação de organismos patogênicos bem como a formação
de produtos de degradação tóxicos, além de reduzir a solubilidade dos
ácidos biliares e facilitar a absorção de cálcio, interferindo no
metabolismo ósseo (MELLO; LAAKSONEN, 2009).
O que são PREBIÓTICOS?

Denominam-se prebióticos os componentes alimentares não


digeríveis pelas enzimas humanas que estimulam seletivamente o
crescimento e/ou atividade de uma ou de um número limitado de
bactérias no cólon.
Por favorecerem a multiplicação de bactérias benéficas,
beneficiam a saúde do hospedeiro. A microbiota intestinal é formada por
microrganismos benéficos, patogênicos e neutros. Comparados a outros
carboidratos resistentes à digestão, os prebióticos podem ser distintos
por seu padrão de fermentação e estímulo seletivo do crescimento de
bifidobactérias, capazes de produzir as vitaminas B1, B2, B6, B12, ácido
nicotínico, ácido fólico e biotina.
No intestino grosso, as bifidobactérias fermentam os carboidratos
não digeridos no intestino delgado, formando gases (hidrogênio,
oxigênio, dióxido de carbono, amônia e metano) e produzindo AGCCs,
principalmente butirato, utilizado preferencialmente como fonte de
energia pelos colonócitos. A inulina e os frutoligossacarídeos são típicos
prebióticos, naturalmente presentes em frutas e vegetais como banana,
chicória, tupinambos, cebola, alho, alho-poró e trigo.
Benefícios do consumo de fibras

Aumento do tempo de trânsito intestinal;


Está relacionada à diminuição do esvaziamento gástrico;
Retarda à absorção da glicose; Controle glicêmico
Diminuição da glicemia pós-prandial;
Melhora o trânsito intestinal;
Redução do colesterol sanguíneo.

(COPPINI, MARCO, WAITZBERG, 2002; GREEN, 2000; COSTA, SILVA,


MAGNONI, 1997).

O consumo de fibras deve ser associado a uma ingestão adequada de


água (2-3L por dia).
Onde encontrar?

FIBRA SOLÚVEL FIBRA INSOLÚVEL

A aveia é uma fonte muito rica em fibras solúveis, principalmente o seu


farelo. As frutas e vegetais também são fontes de fibras solúveis, porém
em menor quantidade, principalmente de pectinas. Os legumes (feijões,
lentilhas, ervilhas) e cereais são fontes de ambos os tipos de fibras,
sendo que os cereais em geral têm em sua composição um maior teor
de fibras insolúveis como no caso do grãos integrais (cevada, farinha
integral), o arroz e o centeio.

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