Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Telegram

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Introdução e definição

A crise aguda de asma consiste em uma piora do padrão


inflamatório das vias aéreas consequente a exposição a algum
fator desencadeante.

Fisiopatologia e etiologia

Asma O principal fator desencadeante da exacerbação é infecção viral


(80%). Outras causas comuns são:
Exposição a poeira Estresse emocional | atividade física
Mudanças climáticas Infecção bacteriana

Ao se expor ao fator desencadeante, haverá a ativação da cascata


inflamatória e liberação de mediadores inflamatórios, resultando
em contração da musculatura lisa, gerando hipertrofia e fibrose a
longo prazo.

Sinais e sintomas
Geralmente, é um paciente que já tem o diagnóstico de asma e
chega referindo que houve uma piora. Muita das vezes, teve um
quadro gripal poucos dias antes. Os sintomas são:

venda proibida venda proibida


Avaliar sempre os preditores de exacerbação aguda grave,
Dispneia: piora do padrão respiratório, com maior esforço
que são:
Tosse: na maioria dos casos é seca
História de IOT ou necessidade de UTI prévios, história de
Desconforto torácico: referida como opressão torácica
doença psiquiátrica e problemas psicossociais, uso de mais

Exame físico de 2 frascos de beta-2-agonista/mês, acompanhamento


ambulatorial inadequado, presença de comorbidades
Os sinais vitais podem estar alterados, como a frequência
(cardiovasculares ou DPOC), hospitalização no último ano,
cardíaca, respiratória e saturação. No aparelho respiratório:
três ou mais visitas ao pronto-socorro em < 1 ano.
Inspeção: taquipneia, expiração prolongada, por vezes com
tiragem intercostal
Exames complementares
Palpação: diminuição da expansibilidade, frêmito toracovocal
diminuído No quadro agudo de asma, não são necessários exames para o

Percussão: hiperressonância ocasional diagnóstico. Porém, alguns exames podem ser solicitados a

Ausculta: MV diminuído, prolongamento da expiração, roncos depender da clínica do paciente

e sibilos Se ele estiver com febre e tosse produtiva, pode-se suspeitar de


# BIZU: Dispneia, opressão torácica e
pneumonia e solicitar hemograma, PCR. Caso suspeite de
sibilância é a tríade clínica clássica!
derrame pleural, pode ser solicitado Raio-X. A gasometria é

Pontos importantes: indicada para todos com desconforto respiratório importante, se


PaCO2 > 45 mmHg, é indicado internar em UTI.
Se o paciente estiver confuso ou com rebaixamento do nível de
consciência e tórax silente, há indicação de IOT imediata!

venda proibida venda proibida


Tratamento
Anticolinérgico
Oxigênio suplementar Estudos demonstraram que em pacientes com salbutamol +
Só se paciente hipoxêmico. O alvo é saturação > 92% brometo de ipratrópio houve diminuição na taxa de admissão
Se for criança ou gestante, o alvo é > 95% hospitalar, sendo indicada em toda exacerbação aguda grave
Geralmente, 1-3 litros é o suficiente. (VEF1 < 60%)

Agonista beta-2-adrenérgico (fundamental para o tratamento) Dose: 500 microgramas (40 gotas) repetida em todas as inalações

1. Nebulização: a dose é 10-20 gotas (2,5 a 5 mg) de fenoterol ou Em aerossol, a dose é de 2-3 puffs (400-600 microgramas) com

salbutamol, diluído em 3-5 ml de solução fisiológica. intervalo de 3-8 horas.

2. Bombinha: administração pode ser 4-8 puffs e repetida até 3x


Corticosteroides
dentro da primeira hora (20 em 20 minutos). Manutenção:
Ótimo para todos os pacientes, com exceção de quem melhora
espaçado de 1/1 hora até 4/4 horas.
rapidamente à terapia inicial com beta-2-adrenérgico inalatório.
Prednisona:
# BIZU:
Dose inicial: 40-80 mg ao dia em dose única ou dividida em
Se o paciente estiver na iminência de PCR ou se houve falha
duas tomadas
na terapia inalatória, pode-se usar a terapia parenteral:
Terbutalina SC ou IM 250 a 500 microgramas até de 4/4
A medicação tem boa absorção e deve ser preferida. Porém,

horas. Uma ampola geralmente tem 500 se o paciente estiver com diarreia, vômitos, má-absorção
microgramas/ml. gastrointestinal ou exacerbação muito grave, a preferência
Dose inicial: 25 microgramas/min, pode ser aumentada será pela via endovenosa.
de 5-10 microgramas/min de 10 em 10 minutos.

venda proibida venda proibida


Corticosteroides endovenosos
Metilxantinas
Metilprednisolona:
Tanto a aminofilina ou teofilina não são recomendadas, pois
Dose é de 20-60 mg a cada 6/6 h ou 12/12h.
aumentam o risco de eventos adversos, sem melhorar desfechos
Melhor penetração pulmonar e menor efeito
Sulfato de Magnésio
mineralocorticoide, geralmente é o preferido pela via
Pacientes que se beneficiam do sulfato de magnésio:
endovenosa
Falha em responder à terapêutica inicial
Pode ser usado no máximo por 3 dias
Dose:
Hidrocortisona:
1,2-2,0 g diluídos em solução fisiológica de 100-500 mL EV em
Dose inicial de 200-300 mg EV ao dia seguido por 100 mg EV a
20 minutos
cada 8/8h ou 6/6h
Epinefrina
Efeito broncodilatador discretamente superior ao dos
# BIZU: É importante na alta prescrever corticosteroide VO broncodilatadores inalatórios. Porém, às custas de aumento de
por 5-7 dias e corticoide inalatório para uso a longo prazo, efeitos colaterais
visto que essa é a duração do processo inflamatório que causa
Só é recomendado caso o paciente apresente anafilaxia
a exacerbação aguda de asma.
concomitante
Dose inicial de 0,3 mg em solução 1:1000.
Se usou corticoide < 3 semanas, não precisa desmamar.

venda proibida venda proibida

Você também pode gostar