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SERMÃO DE 1 TESSALONICENSES 4. 1-12

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SERMÃO DE 1 TESSALONICENSES 4: 1-12.


Na primeira parte principal da carta, Paulo explicou as circunstâncias que o
impedi-o de voltar à igreja de Tessalônica a fim de encorajar os membros a se
tomarem fortes e maduros na fé cristã. Agora, na segunda parte principal, passa
a escrever o tipo de instruções que gostaria de ter passado a eles oralmente.
Parece estranho que Paulo tivesse que estender-se tanto para inculcar a pureza
sexual numa congregação cristã; mas é preciso que devemos entender três
coisas.
Em primeiro lugar, fazia muito pouco tempo que os tessalonicenses tinham
abraçado a fé cristã; viviam em uma sociedade em que a virgindade era uma
virtude desconhecida.
Em segundo lugar, devemos lembrar que nunca houve uma época na história em
que os votos matrimoniais fossem tão menosprezados e o divórcio tão
desastrosamente fácil.
Em terceiro lugar, a vida sexual no mundo greco-romano nos tempos do Novo
Testamento era um caos, sem lei. Naquele tempo a vergonha parecia ter sumido
da terra. A homossexualidade em Roma era algo escandaloso. O historiador
Gibbon afirma que dos quinze imperadores, Cláudio, o traído pela mulher, foi o
único imperador que não foi homossexual. Na Grécia a imoralidade estava tão
acentuada que Demóstenes, o maior orador grego, disse: “Os gregos têm
prostitutas para o prazer; concubinas para as necessidades diárias do corpo e
esposas para procriar filhos”.
1. Exortados a viver dignamente. (1-2).
Rogamos e exortamos. A palavra grega exortar (parakaloumen) significa "vir ao
lado e incentivar." A palavra poderia ser usada em um sentido de autoridade,
mas aqui Paulo usou para expressar seu desejo de ajudar no crescimento
espiritual dos tessalonicenses.
Como de nós recebestes... Viver e agradar a Deus. O que Paulo quer dizer com
isso?
Fp. 1: 27. Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para
que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que
estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé
evangélica.
Progredindo cada vez mais. Isso significa
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1Co. 1: 58. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é
vão.
Paulo chamou os tessalonicenses a excelência espiritual, que eles poderiam
atingir porque eles estavam no Senhor Jesus.
O crescimento espiritual não é um processo instantâneo; não chegará ao máximo
durante a noite. Em vez disso, a busca da excelência espiritual é um
compromisso que dura a vida toda.
Agradar a Deus significa muito mais do que simplesmente fazer a vontade de
Deus, os fariseus eram bons nisso.
Estais Inteirados de quantas instruções. Paulo refere-se aos crentes
tessalonicenses que deveriam viver do modo agradável a Deus porque eles já
haviam sido instruídos na verdade.
A palavra grega paraggelia, “instrução”, denota uma palavra de ordem recebida
de um superior, que deve ser passada a outras pessoas.
2. A santificação do corpo. (3-8).
A vontade de Deus para a igreja é a santificação.
O cristão é aquele que se abstém da impureza sexual (4.3b). A palavra grega
pornéia, traduzida por “prostituição”, significa pecado sexual, relações sexuais
ilícitas, atividade sexual ilícita.
O cristão é alguém que sabe controlar o seu corpo. A Bíblia diz que o nosso
corpo é um vaso 2Co 4: 7. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para
que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
2Tm 2: 20-21. Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de
prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém,
para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será
utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado
para toda boa obra.
O cristão é aquele que resiste aos desejos lascivos. A palavra grega epithimia,
traduzida por “lascívia”, significa desejo imoderado de satisfazer a sensualidade,
apetite sexual.
O cristão é aquele que não ofende nem defrauda a seu irmão (4.6a). A palavra
grega pleonektein, “defraudar”, significa despertar um sentimento ou desejo no
outro que não pode ser licitamente satisfeito.
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O Senhor é o vingador” (4.6b). A palavra grega ekdikos, “vingador” era usada


nos papiros para o ofício de um representante legal, ou seja, a pessoa que
executa a sentença.
Deus age como o sustentador da ordem moral contra aqueles que pensam que
podem quebrá-la impunemente.
Deus nos chamou para o que? Ef. 1:4. Assim como nos escolheu, nele, antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em
amor.
Não podemos inverter o propósito de Deus em nossa vida.
Quem pratica a impureza não se trata apenas da rejeição de um código de ética,
de preceitos da igreja e ou regulamentos morais da família. Se trata de rejeitar o
próprio Deus.
3. O amor fraternal. (9-12).
A igreja já havia sido instruída que o amor é uma das marcas da vida cristã.
Paulo emprega a palavra grega philadelphia, o amor que existe entre irmãos de
sangue.
O amor fraternal deve crescer (4.10). A igreja de Tessalônica demonstrava em
sua vida a prática do amor, mas é preciso continuar a crescer, não devemos ficar
satisfeitos com estado atual, devemos continuar a progredir no crescimento do
amor e na fé.
O amor fraternal é responsável (4.11). Agora, a ênfase não é tanto o amor entre
os irmãos, mas o testemunho para com os de fora. Amor não fingido.
Viver tranquilamente aqui é o contrário de “ser um abelhudo”, ou seja, cada um
cuide de sua vida.
Trabalhar com as próprias mãos. Por detrás deste mandamento pode haver a
atitude grega que desprezava o trabalho manual, atitude esta que Paulo rejeitava
tanto no seu próprio modo de vida (1 Co. 4: 12) quanto no seu ensino (Ef. 4: 28).
Eminencia da volta de Jesus.
Portar com dignidade. Este motivo de não ser um tropeço para pessoas que ainda
não eram cristãs e, portanto, de não dar à igreja uma má reputação.
Aplicação:
a. A prioridade dos crentes é o progresso espiritual motivado por um desejo de
conhecer a Deus.
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b. Que Deus é Vingador.


c. Que os crentes devem ter em mente que foram chamados, não à impureza, e,
sim, em santificação.
d. Que aquele que rejeita esta instrução, rejeita não ao homem, e, sim, a Deus.
e. Que Deus, com o fim de nos ajudar em nossa luta contra o pecado, também
nos concede o seu Santo Espírito.
f. Os crentes devem ambicionar a tranquilidade.
g. Os crentes devem preocupar-se com seus próprios afazeres.
h. Os crentes devem trabalhar com suas próprias mãos.
i. A conduta dos crentes não pode ser uma ofensa aos de fora.
Conclusão:
Devemos agradar a Deus por meio de nossa conduta, a qual deverá estar em
harmonia com sua vontade. Entretanto, nós devemos abundar cada vez mais,
pois a vontade de Deus é a nossa santificação.
Devemos insistir em que cada um de nós, estejamos longe de persistir ou voltar
aos vícios pagãos, por exemplo, defraudando um irmão ou irmã por meio de
uma conduta desonrosa para com a esposo, esposa ou a filha e filho dos irmãos,
cada irmão e irmã deve tomar um cônjuge para si em santificação e honra, não
cedendo à paixão lasciva.
No tocante ao amor entre os irmãos em Cristo, o Espírito de Deus que em nós
habita já nos ensinou a amarmos uns aos outros. Contudo, nós devemos procurar
abundar nesta virtude.
Devemos nos preocupar-nos com nossos próprios afazeres, trabalhar com suas
próprias mãos, nós devemos evitar toda e qualquer ofensa aos de fora. Além
disso, ao trabalhar diligentemente, uma pessoa desenvolve a arte de não
depender de ninguém.

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