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Biologia 11 ano

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Biologia 11 ano

DNA e RNA entre entra as bases azotadas, desta forma


➔ A informação genética contida nas assegura a separação das duas cadeias
células (no núcleo) é a fonte da antiparalelas.
informação hereditária e do ➔ De seguida, 2 DNA polimerases
metabolismo celular. Também na ligam-se às duas cadeias separadas e
célula existem organelos como as começam a produzir por
mitocôndrias e cloroplastos com DNA complementaridade e no sentido
próprio e circular, portanto têm um 5-3'uma nova cadeia a partir da
metabolismo autónomo em relação ao cadeia de DNA parental.
núcleo. ➔ Assim no final do processo teremos
➔ Em relação ás macromoléculas duas duplas hélices de DNA. Este
orgânicas que definem a herança processo assegura tanto a produção
genética e metabólica temos duas: de células geneticamente idênticas
DNA (ácido desoxirribonucleico) e como a passagem da informação
RNA (ácido ribonucleico). Ambas têm genética ao longo das gerações, em
como monómeros os nucleótidos que todos os organismos.
são constituídos por três grandes
grupos: grupo fosfato, base azotada e
pentose.
DNA: Bases azotadas - Adenina, guanina,
citosina e timina
Pentose - desoxirribose (menos um oxigénio
que a do RNA)
RNA - Adenina, uracilo, guanina e citosina
Replicação dispersiva
Pentose - ribose
As duas cópias de DNA teriam porções
alternadas de DNA parental e de DNA recém
sintetizado.
Replicação conservativa
A partir de uma dupla cadeia de DNA parental
formavam-se duas: uma totalmente nova e a
outra exatamente igual á do DNA parental.

Estrutura do DNA
Constituído por duas cadeias antiparalelas (5-
3'e 3- 5) em forma de hélice, com as bases
ligadas entre si por complementaridade, ou
seja, a adenina só se liga á timina (por duas
ligações) e a guanina só se liga á citosina (por
três ligações) . RNA
Replicação semiconservativa de DNA Ácido nucleico formado por uma única cadeia
O DNA possui a capacidade de originar cópias polinucleotidica com uracilo, adenina , guanina
de si mesmo, através de um processo e citosina .
chamado de replicação. A replicação ocorre Ao contrário do DNA , que só tem uma forma ,
no núcleo das células eucarióticas (ou no o RNA pode apresentar-se em três diferentes
citoplasma nas células procarióticas). formas: tANA (RNA de transferencia ) , rRNA (
RNA ribossomicço ) e mRNA (RNA
No início do processo, o complexo DNA mensageiro ) .
polimerase (heliçase) liga-se á dupla hélice
provocando a rotura das pontes de hidrogénio
RNA mensageiro
Sequencia de RNA produzida a partir de uma
sequencia de DNA por complementaridade .

RNA de transferência
RNA em forma de cruz, que tem na
extremidade 3/esta cadeia transporta um
aminoácido (dependente da sequência do
anticodão ) , no lado oposto da estrutura tem
um sequência de 3 bases azotadas que fazem NOTA : Uma porção de uma sequencia de
complementaridade com três bases do MRNA, DNA denominamos por gene . Para que exista
chamada anticodão . Entre as bases azotadas expressão de um gene é necessário a
estabelecem-se pontes de hidrogênio (como conversão da sequencia de DNA em RNA
no DNA). para que depois seja produzido uma proteína .
Logo toda a nossa informação genética
codifica para proteínas que nos conferem as
características físicas e metabólicos do nosso
organismo.
Síntese de Proteínas

RNA :
RNA característico dos ribossomas que
apresenta diferenças entre os seres
procarióticos e eucarióticos. Os ribossomas
têm uma estrutura dividida em subunidades
(maior e menor) , e só exercem as suas
funções se estas duas estiverem Ligadas
entre si . Nas células eucarióticas podemos
observar ribossomas no citoplasma, RER
(retículo endoplasmático rugoso) , nas
mitocôndrias e nos cloroplastos (caso a célula
seja vegeta! )

➔ o núcleo controla o metabolismo


celular a partir da informação genética
contida neste. a expressão dos genes
( porção de DNA) é feita partir da
síntese de proteínas ou seja a
codificação genética permite a
produção de proteínas que implicam
mudanças em todo o metabolismo.
A síntese de proteínas é feita a partir de duas A tradução esta compreendida por 3 fases e
fases: Transcrição e Tradução tem lugar no citoplasma: Iniciação,
Transcrição: Alongamento e Finalização.
Passa-se no núcleo e permite a transformação 1. A subunidade maior do ribossoma
de uma porção de DNA especifica ( a que tem liga-se á cadeia de mRNA e somente
informação para a determinada proteína) depois se liga a subunidade menor.
numa molécula de mRNA por Depois de encontrar o codão de
complementaridade. iniciação (AUG) emite um sinal para
1. Depois de localizado a porção de DNA que o tRNA que possui o anticodão
especifica para a codificação da complementar (UAC) se ligue por
proteína a DNA helicase abre a cadeia complementaridade ao codão
de DNA. (INICIAÇÃO)
2. De seguida a enzima de RNA 2. Depois da iniciação o ribossoma
polimerase começa a juntar começa a percorrer a molécula de k
nucleótidos de RNA por MRNA sempre pelo mesmo processo,
complementaridade á porção de DNA ou seja, o ribossoma identifica o
3. A molécula de RNA pré mensageiro codão, o tRNA desloca-se até ao local
produzida ainda tem de sofrer uma de tradução e liga-se por
ultima transformação antes de migrar complementaridade deixando o
para o citoplasma : o processamento. aminoácido ligarse ao aminoácido
4. No processamento são removidas anterior por uma ligação peptídica
proções de nucleótidos que não (ALONGAMENTO).
codificam para nenhum aminoácido 3. Na fase do alongamento existe um
(intrões), ficando a molécula de mRNA aumento do comprimento da
só com porções codificastes (exões) sequência de aminoácidos.
5. Depois do processamento a molécula 4. Na fase da finalização, o ribossoma
de mRNA migra para o citoplasma, encontra uma sequência de
onde irá ocorrer a tradução. finalização (UAA, UAG e UGA) que
Tradução: emite um sinal para um fator de
Na molécula de mRNA cada sequencia de dissociação que degrada todo o
três nucleótidos, o codão corresponde á aparelho de tradução.
informação necessária para codificar Depois de formada a sequencia proteica, esta
aminoácidos. migra até ao retículo endoplasmático e
complexo de Golgi para maturar e tornar se
uma proteína funcional.

Código Genético

Conjunto de codões específicos que codificam


para os 20 aminoácidos presentes nos seres
vivos. Os codoões são complementares de
uma sequencia de três nucleótidos (Tripleto)
DE DNA (Codogene).
Caraterísticas do código genético: O material genético sofre , por vezes ,
➔ Universal: é aceite para todos os alterações espontâneas ou provocadas por
organismos fatores mutagénicos ( radiações e produtos
➔ Redundante: diferentes codões químicos ) . Tais anomalias devem-se a trocas
podem codificar para o mesmo de nucleótidos , á sua adição ou á sua
aminoácido eliminação e têm como resultado uma
Exemplo: O codão ACU codifica somente modificação na informação do gene para a
para a treonina (não é ambíguo) mas a síntese de uma dada proteína . As novas
treonina pode ser codificada por várias características podem ser prejudiciais aos
sequencias com ACU, ACC, ACA e ACG) mutantes ( ex: anemia falciforme ) ou conferir
(redundância do código genético). vantagem ao individuo, ajudando-o a
Também temos que notar que a primeira base sobreviver no meio ambiente .
do codão é muito mais especifica di que a Mutação genica por substituição:
terceira, ou seja, a primeira base é Substituição de uma base por outra no DNA.
determinada para o aminoácido a cobiçar mas Mutação genica por deleção:
a terceira não o é. Eliminação de uma base da cadeia de DNA.
Exemplo o codão UUU codifica para a Mutação genica por inserção:
fenilamina mas se modificar a primeira base Inserção de uma base na sequência genica.
para CUU já codifica para a Leucina. Por outro
lado, se alterarmos a UUU para UUC
continuamos a codificar para fenilamina.

Polissoma ou polirribossoma:
Processo pelo qual a mesma cadeia de mRNA
é traduzida por vários ribossomas, sendo
desta forma produzidas grandes quantidades
de uma proteína especifica. Este processo
ocorre quando a célula tem carência proteica
ou caso haja um processo metabólico (divisão
celular) em processamento na célula
TAC GGA GGT GTG GTC ACA AAA AT
AUG CCU CCA CUC CUG UGU UUU UA Divisão Celular
Complementaridade Ciclo Celular
DNA ---- RNA
A. U
T. A
G. C
C. G
Mutações Genéticas
Quer nos seres unicelulares quer nos
pluricelulares, uma nova célula surge sempre
por divisão de uma célula que existia
anteriormente. Esta célula, após um período
mais ou menos longo de crescimento, irá
sofrer divisão celular e originar duas
células-filhas. O conjunto de transformações
que uma célula sofre desde o seu
aparecimento até ao momento em que sofre
divisão denomina-se ciclo celular. O ciclo
celular compreende duas etapas
fundamentais:
A mitose consiste na divisão nuclear da qual
Interfase: constituída por três fases: G1 - resulta a formação de dois núcleos
durante o qual ocorre um crescimento intenso exatamente iguais (clones) da célula que os
da célula devido á síntese de proteínas originou.
necessárias para a divisão; S - quando ocorre
a replicação semiconservativa do DNA , o que
permite que as células passem a dispor de
dois cromatídeos irmãos (alteração da
estrutura do cromossoma ) ; G2 - em que a
célula atinge o seu volume máximo e produz
todos os componentes necessários para
entrar em divisão (divisão dos centríolos) .

Divisão celular ou fase mitótico: prófase,


metáfase, anáfase e prófase (fases da mitose) PROFASE: etapa mais longa da mitose;
e se seguida a citocinese (divisão do processo de condensação dos cromossomas
citoplasma) . em que se tornam visíveis ao microscópio
Para que estes fenómenos ocorram é ótico. Cada um deles é constituído por dois
necessário que o DNA esteja condensado em cromatídeos unidos por um centrómero. Os
cromossomas bem definidos. As lisossomas centríolos (nas células animas) e o
contribuem para a estabilidade e citoesqueleto (nas células vegetais)
empacotamento do DNA tem nucleossomas, e organizam o fuso acromático, formado por
ao enrolamento dos nucleossomas dá-mos o fibrilas de microtúbulos proteicos. O invólucro
nome de cromatina. Ao conjunto da cromatina nuclear e os nucléolos degradam-se.
toda empacotado dá-mos o nome de
cromossoma.
Cariótipo - conjunto de todos os
cromossomas de uma determinada espécie
No caso do ser humano: 22 pares de
cromossomas não sexuais (somáticos) e um
par de cromossomas sexuais (não somáticos).

METÁFASE: os cromossomas atingem o


máximo de condensação e ligam-se pelo
centrómero às fibrilas do fuso acromático. Os
cromossomas alinham-se na zona equatorial
da célula com os centrómeros alinhados placa
equatorial).
da célula continuam até se unirem e formarem
duas células.
Célula vegetal: A presença da parede celular
impede a divisão por estrangulamento. Nestas
células ocorre a acumulação, na zina
equatorial, de vesículas formadas no aparelho
de Golgi, que, fundindo-se, originam a
membrana citoplasmática das duas células.
Posteriormente ocorre a formação da parede
celular entre elas.
ANÁFASE: migração dos cromatídeos irmãos Crescimento e regeneração de tecidos
para polos opostos a partir da rutura do A partir da mitose originam-se células filhas
centrómero e do encurtamento das fibrilas do geneticamente iguais às células mãe. Este
fuso acromático. No final desta etapa existem, processo. permite o crescimento celular, ou
nos dois polos da célula, conjuntos de seja, aumenta o número de células
cromossomas idênticos, possuindo cópias exponencialmente.
idênticas de DNA.

Durante o processo de crescimento de um


organismo, as células podem sofrer um
processo de diferenciação celular que as torna
TELOFASE: o invólucro nuclear e os morfologicamente diferentes e aptas para
nucléolos voltam a ser formados, o fuso desempenhar certas funções.
acromático degrada-se e os cromossomas
descondensam A diferenciação celular consiste na ativação
de certos genes e no bloqueio de outros que
não são necessários para o desempenho da
célula especializada.

As células iniciais resultantes da divisão do


ovo são indiferenciadas e têm todas as
potencialidades para se tornarem em todos os
tipos de células. células totipotentes.

Um tipo de células que podem originar alguns


tipos de células são as estaminais. Estas
CITOCINESE: normalmente esta começa na células são: autorrenováveis, não
telófase e a forma como acontece depende do especializadas e conseguem originar outros
tipo de célula em questão: tipos de células, tem como, uma linhagem de
Célula animal: a membrana citoplasmática células estaminais constante.
começa a deslocar-se para o interior do
citoplasma, devido á ação de um anel NOTA: A capacidade de uma célula tem de
contráctil de filamentos proteicos que puxa a originar outros tipos de células especializadas
membrana para o interior. Estes é, em geral, tanto maior quanto menor for a
deslocamentos dos dois lados da membrana sua diferenciação.
ou gemas) no corpo do progenitor. O
progenitor mantém -se e o gomo origina um
descendente de menores dimensões.

Partenogénese: As fêmeas produzem óvulos


que sem serem fecundados, originam novos
descendentes. Os descendentes podem ser
machos, fêmeas ou de ambos os sexos. Ex:
pulgões

Fragmentação: ocorre em estrelas-do-mar e


consiste na fragmentação do organismo
capazes de regenerar as partes em falta, de
modo a constituir um novo organismo.

Esporulação: muito comum em bolores, e


consiste na produção de células leves e
Reprodução Assexuada resistentes pelo progenitor. Estas células
A partir da reprodução assexuada originam-se dispersam através de fatores ambientais como
clones do progenitor (único). É um processo o vento e quando assentam no substrato
rápido e produz elevado número de germinam e desenvolvem um descendente
descendentes o que permite uma rápida geneticamente igual ao progenitor.
dispersão das populações.
Estratégias da reprodução assexuada:
Bipartição, cissiparidade ou divisão binária:
ocorre em seres unicelulares como as
bactérias e consiste na divisão da célulamãe
em duas células filhas geneticamente iguais e
com as mesmas dimensões. Multiplicação vegetativa: muito comum em
morangueiros e fetos e consiste na formação
de descendentes a partir de certas partes da
planta. Algumas técnicas de multiplicação
vegetativa como a enxertia e a propagação in
vitro. São utilizadas. frequentemente na
Gemulação: ocorre em leveduras e consiste propagação de variedades de interesse
no surgimento de pequenas saliências (gomos agrícola.
Vantagens da reprodução assexuada:
● Estratégia rápida e que origina grande
quantidade de descendentes
● Menor gasto de energia do
descendente
● Sendo o meio ambiente favorável á
propagação da espécie tanto
progenitor como descendentes
estarão bemadaptados às condições
ambientais.
Meiose Ser humano: No caso do ser
Desvantagens
humano, o genótipo é constituído por 23 pares
● Caso o ambiente tenha uma mudança
de cromossomas homólogos ou 46
repentina, as espécies adaptadas ao
cromossomas. Em termos gerais, todas as
ambiente anterior poderão não estar
células do ser humano são diploides
bem-adaptadas ás novas condições,
(possuem cromossomas aos pares) com
podendo mesmo extinguir-se.
exceção das gametas femininas (óvulo) e
masculino ( espermatozoides ) - células
Reprodução Sexuada
haploides (células com 23 cromossomas).
➔ Este tipo de reprodução distingue-se
pelo facto de cada descendente ser o
resultado de uma fecundação (união
de dois gametas). As gametas podes
ser formada em progenitores
diferentes ou no mesmo progenitor (
hermafrodita - animais ou dioico -
plantas).
➔ Os descendentes apresentam
diferenças entre si, resultando da
conjugação de material genético
sempre diferente contido nas
gametas. Sendo assim, esta contribui
para a variabilidade genética dentro
de uma população.
Ciclo celular: Telófase I
Interfase: semelhante á interface da mitose, degradação do fuso, descondensação dos
com a fase S a ser a fase da replicação do cromossomas e reorganização do involucro
DNA e a G1 e a G2 para se produzirem nuclear. Pode ou não ocorrer citocinese.
diversas substâncias necessárias á divisão.

Divisão I (divisão redaccional):


Prófase I - condensação dos cromossomas,
degradação do nucléolo e do involucro.
Emparelhamento dos cromossomas - tétrada
cromatídica ou díada cromossómica. Em
certos pontos podem ocorrer troca de material
genético (crossing-over) em pontos de Divisão II (divisão equacional)
quiasma. (fator que contribui para o aumento Antes de ocorrer a divisão II da meiose, ocorre
da variabilidade genética). uma pequena interfase de preparação para a
dividir-se , sem que ocorra a fase S da
replicação de DNA . Esta divisão é
semelhante á mitose.
Prófase II
Nova condensação dos cromossomas,
degeneração do invólucro nuclear e formação
do fuso acromático

Metáfase II
Metáfase I Os cromossomas alinham -se na zona
Formação do fuso acromático e disposição equatorial da célula formando a placa
dos cromossomas na placa equatorial da equatorial. Os cromossomas estão presos ao
célula. Os centrómeros estão presos as fuso acromático pelo centrómero.
fibrilas do fuso acromático.

Anáfase II
Migração dos cromatídeos para polos opostos
Anáfase I da célula, através da clivagem (separação)
Migração aleatória dos cromossomas dos centrómeros.
(aumento da variabilidade genética).
Telófase II NOTA: A fecundação aumenta a variabilidade
Reorganização do invólucro nuclear, fuso genética na medida em que a fusão de dois
acromático degenera e formação de 4 núcleos núcleos (cariogamia) é feita ao acaso.
haploides através da citocinese. Mutações: Durante a meiose podem ocorrer
anomalias que alteram a estrutura ou o
número de cromossomas. As mutações que
ocorrem ao nível dos genes permitem o
aparecimento de novos genes e,
consequentemente, de novas características.

Meiose e Mitose: diferenças


MITOSE:
Uma célula diploide origina duas células
diploides (2n) geneticamente iguais (clones).
Só é constituída por uma divisão e ocorre em
todas as células não- sexuais
MEIOSE: Ciclo de Vida
Uma célula diploide origina quatro células
haploides (n) todos geneticamente diferentes.
A meiose ocorre para a formação de gametas,
ou seja , o óvulo e o espermatozoide ( no caso
dos mamíferos ) .

Para que efetivamente ocorram ciclos de vida


é necessário que haja dois acontecimentos:
Meiose: dá inicio a uma fase com metade da
carga genética (haplófase)
Fecundação: união de dois núcleos haploides
e dá início á diplófase. Todos os ciclos de vida
possuem alternância de fases nucleares,
podendo distinguir-se três tipos de ciclos
dependentes da altura onde ocorra a meiose.

Fatores de variabilidade genética na Ciclo de vida haplonte: exemplo da


meiose: espirogira (alga microscópica)
Crossing-over na 11rófase | e segregação
independente dos cromossomas homólogos Nos ciclos de vida haploides a meiose ocorre
na anáfase |. após a formação do zigoto (meiose
pós-zigótica) . Logo a diplófase só está
presente na formação do ovo ou zigoto.

A espirogira é uma alga filamentosa, que


possui filamentos com gametas femininos e
outros filamentos com gametas masculinos.
Na altura da reprodução, e se as condições
ambientais assim o favorecerem, formam-se
tubos de conjugação entre o filamento
masculino e o filamento feminino.
Um dos gametas (gameta dador) transfere o gametas. O protalo possui um anterídio que
material genético para o outro gameta produz anterozoides (gameta masculino) e um
(gameta recetor) , e seguidamente dá-se a arquegónio que produz uma oosfera (gameta
fecundação (e formação do zigoto ( diplófase) feminino). Os anterozoides deslocam-se até á
. De seguida o zigoto sofre meiose (retorno á oosfera e dá-se a fecundação (reposição da
haplófase) e começa a dividir-se para originar diplófase).
um ser adulto.
Depois da fecundação origina-se um
esporófito jovem que se vai desenvolver até
um estádio adulto para que sejam produzidos
esporos e de seguida sofrerem meiose (final
da fase gametófita e inicio da fase esporófito).

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Ciclo de vida diploide: (todos os Origem das células eucarísticas a partir das
mamíferos) células procarióticas
Nos ciclos de vida diploides, a meiose ocorre Este fenómeno evolutivo tenta ser
para se formarem os gametas, portanto é uma explicado por dois modelos:
meiose pré-gamética . Este acontecimento Modelo autogénico: algumas células
determina que as únicas células haploides procarióticas ter-se-iam tornado
sejam as gametas progressivamente mais complexas e
prolongamentos da membrana celular
No estádio adulto (2n) existe a formação de ter-se-iam formado para o interior do
gametas através da meiose (haplófase) nas citoplasma. Desta forma originar-se-iam uns
gónadas. Depois da fecundação (reposição da compartimentos separados que viriam a
diplófase) o ovo ou zigoto divide-se, cresce e constituir os organelos celulares. O invólucro
diferencia-se através de múltiplas mitoses até nuclear terá sido um dos primeiros
atingir o estádio adulto. compartimentos a surgir dentro da célula.

Ciclo de vida haplodiplonte (exemplo do


polipódio)
Nos ciclos de vida haplodiplontes, a meiose
ocorre antes da formação dos esporos, logo
uma meiose pré - espórica. A haplófase
inicia-se com os esporos que a partir de
mitoses sucessivas, originam estruturas
pluricelulares (protalo) onde se formam os
Modelo endossimbiótico: admite que as Lei do criacionismo: um ser divino teria
células procarióticas primitivas teriam colocado as espécies tal e qual como as
incorporado os ancestrais das mitocôndrias conhecemos hoje em dia no planeta.
(seres procarióticos aeróbios) e dos Lei do catastrofismo (forma de os fixistas
cloroplastos (seres procarióticos autotróficos explicarem as extinções): grandes catástrofes
fotossintéticos) , nas quais estabelecessem naturais teriam extinguido grandes grupos de
uma relação de endossimbiose (relação espécies .
interespecífico que ambos os seres vivos são Lei da geração espontânea: a partir de
beneficiados ) . matéria inorgânica formavam-se células
(contrariada mais tarde por Pasteur).

Desta relação as células obteriam energia e


matéria orgânica e os ancestrais dos
cloroplastos e mitocôndrias obteriam proteção
contra agentes externos.
A partir do século XIX começaram a surgir
Gradualmente esta relação teria -se tornado
teorias que acreditavam na mudança das
mais dependente até evoluírem para uma
espécies ao longo do tempo. A primeira
célula eucariótica. Evidencias que apoiam a
grande teoria foi a de Lamarck (Lamarckismo )
hipótese endosimbiótica :
que assentava em duas grandes leis : lei do
As mitocôndrias e os cloroplastos possuem
uso e do desuso e lei dos caracteres
material genético próprio ( DNA circular sem
adquiridos . Para Lamarck, o ambiente em
histonas ) selante ao dos seres procarióticos.
mudança é o principal responsável pela
Ambos se dividem por um processo igual ao
evolução dos seres vivos. A necessidade que
das bactérias - fissão binária.
os seres vivos sentem de se adaptarem às
Ambos os organelos possuem ribossomas de
novas condições ambientais conduz ao uso ou
dimensões menores (tal como as células
desuso contínuo de certos órgãos. Desta
procarióticas).
forma, novos órgãos podem surgir nos seres
Verificam-se, em seres vivos atuais,
vivos como resposta a novas necessidades.
associações de simbiose intracelular que
Também defendia que estas mudanças eram
atestam a viabilidade destes processos.
passadas às gerações seguintes, e com o
Maior eficiência no uso da energia pelos
acumular de novas características
diferentes tecidos
formar-se-iam novas espécies.
Maior especificação de tecidos que provoca
uma independência em relação ao meio.
Vantagens em termos competitivos

Mecanismos de evolução
Fixismo

Teoria que defendia a imutabilidade de


espécies e que era sustentada por tês
grandes leis:
lei do criacionismo, lei do catastrofismo, lei da
geração espontânea.
Darwinismo
Darwin defendia que a seleção natural é o
mecanismo essencial que orienta e dirige a
evolução das características das espécies. A
teoria de Darwin assenta em quatro pontos
importantes: Variabilidade intraespecífica:
dentro da mesma população ( mesma
espécies) existe variedade de características Paleontologia
Os indivíduos cujas características lhes O estudo dos fósseis permite perceber a
conferem algum tipo de vantagem conseguem mudança que certas espécies estiveram
alimentar-se e reproduzir-se. (sobrevivência sujeitas ao longo do tempo (afasta a ideia de
diferencial ), os com características menos imutabilidade). Fósseis de transição são
vantajosas acabam por morrer ou por se fósseis com características de diversos grupos
reproduzir a uma taxa menor. Os indivíduos de seres vivos. Estes permitem perceber que
mais aptos conseguem, então passar estas a existência de um ancestral comum é
características para as gerações seguintes evidente para a explicação da origem de
(reprodução diferencial ). A seleção natural, diversas espécies.
atuando ao longo de muitas gerações , leva á
acumulação de variações nos organismos ,
podendo conduzir á formação de novas
espécies.

Biogeografia
Neodarwinismo
Darwin percebeu que quando mudava de
Com o desenvolvimento da ciência e o
ambiente específico as características dos
aparecimento da genética reformulou-se a
tentilhões eram diferentes também (demonstra
teoria da evolução de Darwin - Neodarwinismo
que o ambiente seleciona os mais aptos)
ou Teoria sintética da Evolução. Esta
perspetiva veio acrescentar dados aos
estudos de Darwin: A variabilidade
intraespecífica numa população resulta das
mutações e dos fenómenos de recombinação
genética (crossing over e migração aleatória
dos cromossomas homólogos na meiose). O
Meio ambiente atua seletivamente sobre os
indivíduos das populações, determinando a
Citologia e biquimica
sobrevivência de indivíduos com o genótipo
Todas as células são constituídas por DNA
mais favorável. Ao longo do tempo, o conjunto
(ácido nucleico universal) e que nele está
de genes que caracterizam a população vai
contida toda a informação genética dos
variando (fundo genético). A variação do
indivíduos. A partir do estudo das proteínas de
fundo genético de uma população constitui o
cada espécie podemos perceber que a um
principal indicador da sua evolução.
padrão de proximidade entre elas.
Sistemática de seres vivos
Sistemas de classificação genéticos e
filogenéticas

Os primeiros sistemas de classificação


surgiram na Grécia Antiga, sendo um sistema
Embriologia prático que se baseavam nas características
Com o estudo do estádio inicias de alguns observáveis. Mais tarde surgiram os sistemas
grupos de espécies (mamíferos , anfíbios , de classificação racionais que podem ser
aves , répteis e peixes ) conseguimos verificar divididos em horizontal (não têm em conta o
um padrão comum nesta fase (existência de fator evolutivo) e os verticais (têm em conta as
um ancestral comum ) relações evolutivas dos seres vivos).

Sistema de classificação horizontal


Sistema fenético.
Baseiam-se nas características morfológicas
ou quantificáveis. Não têm em consideração
relações evolutivas e consegue-se expor esta
proximidade entre seres vivos a partir de
fenogramas.
Sistemas de classificação filogenéticos
Anatomia comparada (verticais)
Estruturas homólogas: estruturas com origem Nesta perspetiva, os seres vivos passaram a
embrionária semelhante, anatomia e fisiologia ser classificados não só de acordo com a sua
semelhante mas função diferente, resultado afinidade estrutural e morfológica, mas
de uma evolução divergente em que o também de acordo com a sua história
ambiente selecionou os mais aptos. (ex:pata evolutiva. Com o desenvolvimento da citologia
do cavalo , ave do morcego e mão humana). e da bioquímica tem sido possível a
identificação de ancestrais comuns, ajudando
a definir sequencias que esclarecem o
percurso evolutivo dos grupos de seres vivos.
As árvores filogenéticas/ cladogramas
traduzem afinidades evolutivas entre grupos
relativamente aos quais se considera a
existência de antepassados comuns

Limitações: A dificuldade na determinação da


afinidade entre alguns grupos, sobretudo das
espécies fósseis.
Taxonomia e Nomenclatura
Estruturas análogas No sistema de classificação de Lineu, a taxa
Estruturas com origem embrionária e ou níveis taxonómicos encontram-se
anatomia diferente, mas função semelhante dispostos por nível hierárquico. A unidade
resultante de uma evolução convergente. Ex: básica deste sistema é a espécie sendo a taxa
asa do morcego e asa da borboleta) mais uniforme e com menor capacidade de
inclusão. A espécie é a única taxa natural
visto que os organismos que estão inseridos
são capazes de se cruzar e originar
descendência.
Taxas: Espécie, género, família, ordem,
classe, filo e Reino . Sendo o reino
O taxa mais abrangente e mais heterogéneo.
Ao longo desta hierarquia, da espécie para o
reino, vai aumentando o número de organismo
incluídos em cada nível, mas diminuindo o
grau de parentesco entre eles.

NOTA: a diferença do sistema de Whittaker


para o modificado, é que no modificado todas
as algas foram passadas para o reino protista
enquanto que no de Whittaker as algas
estavam distribuídas entre o reino Plantae e
protista.

Evolução dos sistemas de classificação


dos reinos

Regras da nomenclatura
Nomenclatura binomial é usada para designar
o nome da espécie. Ex : Fragaria vesca.
O primeiro nome determina o género em que
está inserido e começa sempre por maiúscula
e o segundo é o restritivo específico e aparece
sem escrito em minúsculas.
NOTA: Quando o nome é manuscrito deve
ser sublinhado. Depois do nome deve
aparecer o nome do autor seguido do ano em
que foi publicado.
Muitas vezes a espécie admite uma sob
espécie com uma nomenclatura trineminal (o
nome da espécie mais o restritivo sob
específico.
Sistema de classificação de Whittaker
Modificado Sistema de classificação que se
divide em cinco reinos de acordo com três
critérios fundamentais:
Tipo de células / nivel de organização celular
Tipo de nutrição
Interação nos ecossistemas :
macroconsumidores ( heterotróficos por
ingestão ) ou microconsumidores (
heterotróficos por absorção)

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