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2023_Proposta de Gestão e Implementação de Um Projeto de Identificação e Desenvolvimento de Talentos_CRUZEIRO_Rafael Rezende

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Proposta de Gestão e Implementação de um Projeto

de identificação e Desenvolvimento de Talentos


Cruzeiro Esporte Clube
APRESENTAÇÃO DO AUTOR
Graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais, com MBA em Gestão Pública, Mestrando em Administração e Direção de
Empresas, Mestrando em Treinamento Esportivo aplicado ao Futebol, Executivo de Futebol pela CBF Academy gestor em futebol pela Universidade do
Futebol e pela CBF Academy, participou do Programa de Desenvolvimento de Gestores Públicos pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP),
além de ser treinador de futebol licenciado pela CBF Academy. Atuou como treinador, coordenador e gestor em diversos clubes de futebol brasileiro,
sendo a experiencia mais recente como coordenador Metodológico do Cruzeiro Esporte Clube, além de estar vinculado à Coordenação e Gestão de
diversas instituições de ensino de esportes, mais recentemente junto à Escola de Esportes MOVED/Santo Agostinho – Unidade Gutierrez.
Atualmente, é secretário adjunto de Esporte e Lazer do município de Contagem (MG) e atua como CEO da Rezende Sports, empresa que presta serviços
de consultoria e coordenação a diversos clubes, prefeituras e instituições de fomento ao esporte.
Com o Objetivo de estar a frente de um processo efetivo de Identificação e Desenvolvimento de Talentos, o Autor apresenta este documento como uma
forma de perpetuar suas ideias e suas convicções sobre o processo de Gestão do Departamento de base.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL CONTATOS
(31) 9 9352-6466

rafael.antunes@contagem.mg.gov.br
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
• Mestrando em Administração e Direção de Empresas – FUNIBER (Em curso); • Curso de Gestão Pessoal - Base da Liderança - ENAP;
• Mestrando em Treinamento Esportivo aplicado ao Futebol – FUNIBER (Em • Curso de Inovação Social para Aperfeiçoamento de Políticas Públicas - TCU;
curso); • Curso de Introdução ao Orçamento Público - ENAP;
• Master FIFA/CIES/FGV – FGV (Em Curso); • Curso de Planejamento Estratégico para Organizações Públicas - ENAP;
• Programa de Formação de Executivos de Futebol – CBF Academy; • Curso de Planejamento Governamental - TCU;
• Workshop Direito e Futebol – CBF Academy; • Participação do UFMG Soccer Science Congress/2018 – UFMG Soccer Science
• Legislação Trabalhista Aplicada – SENAC; Center
• Curso Contador na Pratica – Viver de Contabilidade; • Participação do 6º Soccer Experience, organizado pelo Núcleo de Pesquisa e
• Curso de Análise Ex Ante de Políticas Públicas - ENAP; Estudos em Futebol do Departamento de Educação Física da Universidade
• Curso de Ciclo de Gestão do Investimento Público - ENAP; Federal de Viçosa;
• Curso de Controle na Administração Pública - TCU; • Curso de Treinamento em Força, Velocidade e Potência: da Base ao
• Curso de Defesa do Usuário e Simplificação - TCU; Profissional, do programa de formação de treinadores da CBF.
• Curso de Estruturas de Gestão Pública - TCU; • III UFMG SOCCER SCIENCE – Transição Base/Profissional no Futebol Brasileiro;
• Curso de Gestão de Riscos no Setor Público - ENAP;

Rezende Sports 2023 02


PREFACIO
Nos últimos anos o Esporte vem se desenvolvendo de maneira única na história, em especial o Futebol, devido a
grande visibilidade, capacidade de giro financeiro no mercado e, principalmente, o avanço da competitividade, tem
feito com que os clubes e ligas tenham investido cada vez mais em qualificação para competir dentro do mercado.

Segundo a 12ª edição do Relatório produzido pelo Itaú BBA, o futebol brasileiro teve uma Receita Total
Bruta Corrigidas pelo IPCA de R$6.183.000,00 em 2019 e de R$4.797.000,00 em 2020, sendo que 23% em
2019 e 27% em 2020 desta receita é referente transações de Direitos Econômicos de Atletas. Diante disso,
um dos aspectos que mais desenvolveu, foi referente à identificação e desenvolvimento de Talentos, uma
vez que pode representar um modelo de negócio bastante lucrativo para os Clubes.

Para o desenvolvimento dos Talentos, é inegável que um dos fatores mais importantes que
influencia o desenvolvimento de todos os atletas estão relacionados a qualidade e
adequação do ambiente de treinamento ofertado (Bloom, 1985) e a identificação deste
talento, principalmente em fases iniciais do processo de formação, para incluir o atleta
dentro do ambiente de treinamento já citado, tem sido prioridade para grande parte dos
projetos de formação mundial (Martindale, 2005). Contudo a organização e boas praticas
de Gestão para este ambiente é de suma importância.

Considerando tal cenário, este documento tem por objetivo apresentar


alguns princípios e conceitos relacionados a implementação de um
Programa de Identificação e Desenvolvimento de Talentos.

Rezende Sports 2023 03


SUMÁRIO
01 - INTRODUÇÃO 05

02 - GESTÃO ESTRATÉGICA 19

03 - GESTÃO ORÇAMENTARIA 45

04 - GESTÃO ORGANIZACIONAL 65

05 - GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA 74

06 - GESTÃO DE PROCESSOS 128

07 - GESTÃO DE RISCOAS 137

Rezende Sports 2023 04


INTRODUÇÃO

“Tu, em campo, parecias tantos,


e no entanto, que encanto! Eras um só,
Nilton Santos”

Armando Nogueira
Organização do Capitulo

Analise do Cenário
“Apresentação do cenário futebolístico e de formação, conceitos de mercado e analise do Processo
de Formação como Investimento ao Clube”

Identificação e Desenvolvimento de Talentos


“Apresentação dos conceitos e definições de Identificação e desenvolvimento de talentos, bem
como apresentar propostas que estão sendo aplicadas no mundo”

Base Conceitual da Proposta


“Construção do conhecimento de Gestão e Pagamento aplicado ao cenário de
desenvolvimento de talentos, elucidado por esta proposta”

Rezende Sports 2023 06


Analise do Cenário
Apresentação do cenário futebolístico e de formação, conceitos
de mercado e analise do Processo de Formação como
Investimento ao Clube
01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 08

Analise Do Cenário
O desenvolvimento
TEXTO de talentos no futebol é um processo fundamental para garantir um futuro promissor
e competitivo no mundo do esporte mais popular do planeta. A busca por jovens jogadores com
habilidades induzidas e potencial de alto rendimento tem sido uma constante nas estratégias dos clubes
e instituições esportivas em todo o mundo. Através de programas de desenvolvimento bem apoiados e
aproximados especializados, é possível nutrir e lapidar esses talentos, proporcionando-lhes as melhores
oportunidades de alcançarem o sucesso no cenário futebolístico.

O desenvolvimento de talentos no futebol vai além da mera identificação de jogadores com


habilidades naturais. Envolve um processo holístico que abrange aspectos técnicos, táticos,
físicos e psicológicos. Os clubes e instituições esportivas desempenham um papel fundamental
ao oferecerem programas de treinamento e treinamento especializado, visando aprimorar as
habilidades dos jovens jogadores, fortalecer sua técnica de base, ensinar táticas de jogo e
prepará-los para os desafios futuros.

Uma abordagem eficaz para o desenvolvimento de talentos no futebol envolve a


implementação de programas controlados, com uma combinação de treinamentos
regulares, competições à faixa etária e orientação profissional especializada. É
necessário proporcionar um ambiente de treinamento estimulante, onde os jovens
jogadores possam desenvolver suas habilidades com supervisão técnica treinada e
acompanhamento constante.
01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 09

Analise Do Cenário
Além disso, este processo se torna uma importante estratégia de negócio para o
clube. Segundo a 12ª edição do Relatório produzido pelo Itaú BBA, o futebol
brasileiro teve uma Receita Total Bruta Corrigidas pelo IPCA de R$6.183.000,00 em
2019 e de R$4.797.000,00 em 2020, sendo que 23% em 2019 e 27% em 2020 desta
receita é referente transações de Direitos Econômicos de Atletas. Em 2022, com base no
relatório emitido pela Assessoria Convocados, em parceria com a Galápagos Capital,
tivemos uma redução percentual, contudo com valores brutos semelhantes aos anos
anteriores. Diante disso, um dos aspectos que mais desenvolveu, foi referente à identificação e
desenvolvimento de Talentos, uma vez que pode representar um modelo de negócio bastante
lucrativo para os Clubes.
Identificação e
Desenvolvimento de Talentos
“Apresentação dos conceitos e definições de Identificação e
desenvolvimento de talentos, bem como apresentar propostas
que estão sendo aplicadas no mundo”
01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 11

Identificação E Desenvolvimento De Talentos


Antes de iniciar o desenvolvimento da proposta, Algumas perguntas são cruciais: É POSSIVEL SE
TEXTO
DESENVOLVER TALENTOS? COMO ISSO PODE OCORRER?
Dentro da literatura, muitos autores tem tentado explicar como acontece o talento, dentro delas
podemos destacar três principais perspectivas filosóficas, sendo elas:
• Talento esportivo como uma característica naturalmente determinada (NATURALISMO);

• Talento esportivo como uma característica adquirida por intervenção de programas de treinamento e condições adequadas
de envolvimento social e cultural (CULTURALISMO)

• Talento esportivo como uma potencialidade naturalmente determinada e desenvolvida através de adequado processo
de treinamento e condições de envolvimento (CONSTRUCIONISMO).

Dentro destas perspectivas, vários autores apresentam teses expressivas no cenário mundial,
contudo vamos destacar a proposta de Martindale.
01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 12

O modelo de procedimentos eficazes de identificação e desenvolvimento de talentos proposto


por Martindale
TEXTO Natureza do
Característica chave Métodos Chave

modelo
Metas e métodos de longo •
Desenvolver uma visão de longo prazo, propósito & identidade;
Desenvolver planejamento e implementação sistemáticos;
prazo • Fornece reforço coerente em uma variedade de níveis;

Integrado, Holístico e Sistemático


• Fornecer Filosofias, Objetivos e Métodos Coerentes em uma variedade de níveis (por exemplo, pais,
conteúdo do treinador, sistemas de prática e recompensa, seleção, financiamento, estrutura de
competição, NGBs);
Amplo suporte e • Educar e utilizar pais, escolas, colegas, treinadores e outras pessoas importantes;
• Utilizar modelos de papéis em uma variedade de níveis;
mensagens coerentes • Estabelecer uma variedade de Redes de suporte a longo prazo (por exemplo, Pares, Treinador, Equipe de
Esportes, Família);
• Fornecer Fóruns para Padrões de Comunicação Abertos e Honestos em Vários Níveis;

• Retire a ênfase de "vencer" como sucesso no estágio de desenvolvimento;


• Forneça expectativas claras, funções e significados dentro do "quadro geral" em todos os níveis;
• Fornecer Experiências Integradas e Ensino "Específicos de Estágio";
Enfatizar o ➢ Habilidades Físicas e Perceptuais Fundamentais;
desenvolvimento ➢ Habilidades Mentais Fundamentais (Aprendizagem e Desenvolvimento: Relacionado à Vida e ao
Desempenho);
apropriado, NÃO a seleção ➢ Habilidades específicas do esporte (técnicas, táticas, mentais, físicas, perceptivas);
➢ Equilíbrio
antecipada • Incentivar o aumento da responsabilidade e autonomia na aprendizagem / desenvolvimento;
• Desenvolver motivação intrínseca e compromisso pessoal com o processo;
• Relevância pessoal, compreensão e conhecimento do atleta;

• Ofereça oportunidades e fundamentos para o maior número possível de jovens;


Desenvolvimento • Fornecer sistemas flexíveis para permitir variação de desempenho e desenvolvimento físico;
• Identificar, preparar e apoiar indivíduos durante as principais transições;
individualizado e contínuo • Fornecer processos regulares de revisão e definição de metas individuais;
• Fornecer contingências de reforço sistemático;
01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 13

Identificação E Desenvolvimento De Talentos


Mas na prática, como os países tem apresentado modelos de desenvolvimento de
talentos? Em 2015, para apresentação e construção de conhecimento voltado ao 5º
Congresso Internacional dos Jogos desportivos, foi investigado exatamente como vários
países pelo mundo apresentam estes processos.

PROGRAMA AMERICANO
Programa de Desenvolvimento de Talentos proposto sobre uma ótima oferta diversificada de estímulos nas
escolas (Educação Formal) e Competições bem organizadas em todos os níveis/categorias.

PROGRAMA AUSTRALIANO
Programa de Desenvolvimento de Talentos proposto sobre um sistema organizado de detecção de talentos e
monitoramento dos mesmos, com testes altamente precisos (principalmente Físicos);

PROGRAMA CHINÊS
Programa de Desenvolvimento de Talentos proposto sobre um grande investimento em programas de altíssima qualidade na
iniciação e direcionamento esportivo (Escolas de Esportes);

E o Brasil???
01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 14

Identificação E Desenvolvimento De Talentos


TEXTO

Este artigo de 2012, nos mostra como é o investimento de tempo durante os anos de formação de
talentos do Futebol brasileiro, podemos destacar o altíssimo investimento em práticas chamadas de
“play” pelo autor, que nada mais é que práticas de jogos e brincadeiras de rua.

“Muitos estudos científicos mostram que a habilidade e a criatividade surgem na


infância, para depois serem aprimoradas. O menino precisa brincar com a bola, sem
compromisso, (...) para depois aprender a técnica, a tática, o jogo coletivo e as posições
do campo. A liberdade de brincar, e não os campos de terra, é que era importante. As
atuais escolinhas, de clube ou não, costumam fazer o contrário: ensinam aos meninos
as regras e os comportamentos padronizados antes mesmo de desenvolverem a
habilidade e a criatividade e antes de terem um desenvolvimento psicomotor
adequado”
TOSTÃO

Tempos vividos, sonhados e perdidos, 2016, p. 175


01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 15

Identificação E Desenvolvimento De Talentos


Por fim, trazemos duas reflexões que exprimem o entendimento de talento a ser levado em
TEXTO
consideração no Programa:

Esta capacidade de perceber dentro do contexto de jogo o companheiro de equipe mais bem posicionado e a melhor resposta
a ser dada para a situação – “leitura de jogo” - juntamente com a capacidade de efetuar corretamente o passe, finalizar,
driblar ou movimentar-se sem bola - “escrever a resposta correta” - talvez sejam as principais capacidades a se ter em conta
na formação de um craque.
Teoldo, (2015)

A dinâmica do futebol exige do jogador um processo perceptivo ativo de captação de informação e não,
simplesmente, de recepção da informação sensorial, implicando numa elevada capacidade para decodificar os
sinais relevantes, encontrar soluções, perceber e corrigir os desacertos, fazendo do jogador um Agente Ativo no
contexto do jogo (GARGANTA, 2006). Ao ser ativo, o jogador deverá atribuir significado à informação sensorial
recebida, identificando e comparando-a com acontecimentos passados de forma que possa processar a
resposta mais eficaz para a situação dentro do seu leque de possibilidades conhecidas.

Teoldo, (2015)
Base Conceitual da Proposta
“Construção do conhecimento de Gestão e Pagamento aplicado
ao cenário de desenvolvimento de talentos, elucidado por esta
proposta”
01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 17

Base Conceitual Da Proposta


O presente documento, como já apresentado, tem por objetivo apresentar princípios a serem
TEXTO
desenvolvidos no Gerenciamento de um Programa de Identificação e Desenvolvimento de Talentos.
Desta forma, podemos inferir que grande parte do exposto se assemelha a construção de um
planejamento, que para tanto, esta intrínseco que, será aplicado os conceitos presentes, dentro da
realidade do clube, para construção de um Planejamento Estratégico.
Na construção deste planejamento, será considerado 03 níveis, sendo eles:
Nível Estratégico
“Compreende a organização das decisões da instituição que a envolvem como um todo, em um
plano mais macro, com efeitos mais duradouros, com difícil alteração e, na maioria das vezes,
com efeitos de longo prazo.”
Nível Tático ou Gerencial
“Trata das decisões relacionadas às unidades administrativas, no qual se desdobram as
diretrizes estratégicas para cada setor da organização, ou seja, com esta ferramenta,
estamos avançando na materialização dos setores do clube.”
Nível Operacional
“Envolve todas as tarefas e atividades, direcionando-se ao dia-a-dia do clube. Trata-se
de ações que focalizam o imediato com o desdobramento dos planos fixados em nível
intermediário de cada departamento em ações específicas.”

Poderíamos inferir que, a organização de um documento Didaticamente preparado


para servir como orientador a um processo de categoria de base deveria ser
construído seguindo a ordem dos níveis. Contudo, como o presente documento
tem o intuito de apresentar princípios e não ser o planejamento, iremos apresentar
alguns tópicos de Gestão presente em todos os níveis.
01 INTRODUÇÃO Rezende Sports 2023 18

Base Conceitual Da Proposta


Além disso, A parte mais importante do início de qualquer trabalho é tentar entender
o ambiente ao qual está ingressando, respeitando todos os aspectos construídos
historicamente pelo clube, entendendo os problemas e levantando todos os indicadores
relevantes para se traçar um Plano de Gestão Eficaz para a instituição.

Corroborando com nossa primeira explanação, Chiavenato em seu livro a INTRODUÇÃO A


TEORIA GERAL DA ADMINSTRAÇÃO, apresenta a seguinte afirmação:
“Em função dos aspectos exclusivos de cada organização, o administrador define estratégias, efetua diagnósticos de
situações, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, resolve problemas, gera inovação e competitividade.”

Da importância de se ter um diagnostico eficaz da instituição assumida, não existe duvidas, Mas como
realizar um diagnostico eficiente? Quais os indicadores relevantes para as primeiras ações? Como
coletar os dados de maneira fidedigna com a realidade?

Para melhor organizar o sistema de coleta de informações sobre a instituição, adotamos um sistema de
Análise Ex ante, organizada por 04 eixos centrais e com um check list para cada eixo. Sendo eles:

• DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL – Entender os aspectos relacionados a Estrutura política e Física do clube;

• DIAGNÓSTICO TÉCNICO – Entender os aspectos relacionados a parte Técnica Especifica do Clube;

• DIAGNOSTICO GERENCIAL – Entender os aspectos Relacionados a situação jurídica do clube, contratos, receita e despesas, fornecedores, ativos e gestão
organizacional;

• DIAGNOSTICO OPERACIONAL – Entender como funciona o dia-a-dia do clube, planejamentos, relatórios e outros aspectos na operacionalização do processo de
formação.
GESTÃO ESTRATÉGICA

“Tu, em campo, parecias tantos,


e no entanto, que encanto! Eras um só,
Nilton Santos”

Armando Nogueira
Organização do Capitulo
Background
“Apresentação do Tema e analise da relevância para o processo de Identificação e desenvolvimento
de Talentos”

Plano Estratégico
“Apresentação dos Conceitos de Missão, Visão, Valores, Objetivos (de Resultados, de
Processos e de Gestão) aplicados ao processo de Desenvolvimento de Talentos”

Governança
“Apresentação da Conceito de Governança, Princípios e Diretrizes”

Controle de Processos (KPIs)


“Apresentação dos conceitos e ferramentas de controle e monitoramento
da Gestão, principalmente através de Indicadores de Desempenho”

Rezende Sports 2023 20


Background
“Apresentação do Tema e analise da relevância para o processo
de Identificação e desenvolvimento de Talentos”
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 22

Background
Após a análise
TEXTO ex ante do processo de gestão, a construção do Documento de Diagnostico e o alinhamento com
a equipe de Gestão, iniciamos a Organização do Planejamento a ser executado.
Conforme já citamos na introdução deste documento, o Planejamento pode ser subdividido em 03 Níveis,
sendo o primeiro e mais macro o PLANEJAMENTO ESTRÁTEGICO.
O Planejamento no nível Estratégico compreende a organização das decisões da instituição que a
envolvem como um todo, em um plano mais macro, com efeitos mais duradouros, com difícil
alteração e, na maioria das vezes, com efeitos de longo prazo.
Sabemos que, no entendimento teórico do tema PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO e no
entendimento profundo do clube, a construção de uma ação em nível institucional deveria
ser tomada pelo clube como um todo, e possivelmente, a maioria dos clubes já possuem
um direcionamento neste sentido. Contudo, considerando a importante tarefa do
departamento de formação, e sua implicação no longo prazo, aconselha-se respeitar o
planejamento feito pelo clube, mas desenhar um planejamento estratégico especifico para
a formação, considerando e anexando todos as diretrizes apontadas pelo clube.
Deste modo, iremos organizar o planejamento estratégico na montagem de
um Plano Estratégico (Apresentação da Missão, Visão, Valores e Objetivos),
Construção dos Objetivos e Metas Estratégicas, Modelo de Governança e,
por muitas vezes negligenciado apesar de sua vital importância para o
processo, a construção dos processos de Controle com Indicadores de
Desempenho.
Plano Estratégico
“Apresentação dos Conceitos de Missão, Visão, Valores,
Objetivos (de Resultados, de Processos e de Gestão) aplicados
ao processo de Desenvolvimento de Talentos”
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 24

Plano Estratégico
O plano estratégico é um documento que retrata a estratégia da organização e como ela pretende alcançar
seus objetivos.
TEXTO O fato de a estratégia estar reunida e descrita em um documento consolidado facilita a
comunicação às partes envolvidas de “como” ela será alcançada, isto é, traz orientações voltadas para a
execução da estratégia.

Em geral, o plano estratégico lista os objetivos e o referencial estratégico (missão, visão, valores),
podendo defini-los como:
Missão: objetivo fundamental de uma organização, pois traduz a razão de sua existência. Consiste na sua finalidade estratégica geral, portanto costuma ser a
resposta à pergunta: “Por quê ou para quê existimos?”. Em geral, é um enunciado que expressa a intenção fundamental da gestão e serve de ponto de partida para a
definição de objetivos e meios para alcançá-lo. Segundo Chiavenato (1999), a missão funciona como orientador para as atividades da organização. Ela tem por
finalidade clarificar e comunicar os objetivos, os valores e a estratégia adotada pela organização. Ainda segundo o autor, é fundamental que todos na organização
conheçam a missão e os principais objetivos institucionais, pois se as pessoas que fazem parte da empresa não sabem o motivo de sua existência e os rumos que
pretende adotar, dificilmente elas saberão o melhor caminho a ser seguido.

Visão: é a expressão do estado futuro desejado e alinhado com objetivos definidos, ou seja, “aonde queremos chegar”. A visão retrata uma situação
ainda não atingida, que serve de inspiração para a ação da organização, como se fosse um “sonho”. Inclusive, é recomendado que a visão seja, além
de utópica, motivadora e mobilizadora, de forma a desafiar a instituição a persegui-la. Chiavenato (1999) define visão como a imagem que a
organização tem a respeito de si e do seu futuro, a qual lhe serve de guia. A visão é estabelecida considerando os fins da instituição e corresponde à
direção suprema que a organização busca alcançar. É um plano, uma ideia mental que descreve o que a organização quer realizar objetivamente num
prazo determinado.
Valores: conjunto de princípios que estruturam a cultura organizacional e devem nortear a conduta das pessoas que integram a instituição. Em geral, os
valores constituem uma lista de fundamentos que orientam e informam as atividades da instituição. Quando claramente estabelecidos, ajudam a
organização a reagir rápida e decisivamente nas situações inesperadas que surjam.
Objetivos: é a organização de onde queremos chegar com todo o processo construído, servindo principalmente, como um norteador e um
controle para traçar alterações e avaliar o trabalho desempenhado. Para organizar, sugere-se que os objetivos sejam subdivididos em
OBJETIVOS DE RESULTADOS, OBJETIVOS DE PROCESSOS e OBJETIVOS DE GESTÃO.

Considerando o exposto, vamos apresentar o Plano Estratégico EXEMPLO


para o ciclo de Gestão apresentado ao Programa de Identificação e
Desenvolvimento de Talentos.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 25

Missão Visão
.“Formular e implementar Programa de Identificação e Desenvolvimento de “Ser uma Instituição organizada e solida no que se refere aos processos
Talentos, de maneira Econômica, eficiente, Eficaz e Efetiva, respeitando Estratégicos, Gerenciais e Operacionais nos fluxos de Identificação e
aspectos culturais e históricos do clube, além de introduzir tais ativos no Desenvolvimento do Talento, bem como a imersão deste atleta ao mercado,
mercado valorizando e aumentando o Patrimônio do Clube”. sendo referência na Organização na Gestão de Processos, Recursos, Pessoas e
Ambiente”.

OBJETIVOS DE RESULTADOS OBJETIVOS DE PROCESSOS OBJETIVOS DE GESTÃO

Garantir a formação de Atletas de Qualidade, respeitando os


Comprometimento;

aspectos culturais-históricos e estatutários do clube, com alto Organizar o processo de Desenvolvimento do talento Esportivo, Estruturar os Aspectos Estratégicos do clube,
sempre acreditando numa perspectiva Contracionista (Genótipo
Imparcialidade;

investimento no desenvolvimento do jogar através das principalmente no que se refere ao modelo de


dimensões Técnicas (Gesto Técnicos Automatizados, & Fenótipo), garantindo uma estrutura curricular Didático-
Cooperação;

Estabilizados e Variados / Ações Técnico-Táticas Efetivas para pedagógico planejado de maneira coletiva, Implementando de Governança aplicado no Processo, Desenvolvimento
Eficiência.

solução de Situações problema de jogo), Tático (Gestão de maneira Efetiva e Fiel, Avaliando e monitorando com de Metas e Objetivos Reais, bem como Ferramentas
Espaço de jogo / Execução de Princípios de maneira efetiva / indicadores eficientes, além de revisa-lo se possível. de Controle e Indicadores de Desempenho
Valores

Aspectos cognitivos subjacentes a tomada de decisão), Físicos


(Desenvolvimento das Capacidades relevantes ao sucesso no
jogo) e Psicossocial (Estabilidade emocional / Emancipação
psicossocial / Desenvolvimento Integral do Atleta);



Garantir Ferramentas eficientes de Analise de Estruturar os Aspectos Gerenciais do Clube,


Mercado e Identificação do Talento, principalmente principalmente nos aspectos relacionados ao
Profissionalismo;

nos anos iniciais do processo de formação, bem Gerenciamento de Pessoas, Processos, Recursos e
Transparência;

Garantir a imersão, de maneira competitiva, do Ativo


como criar estratégias efetivas para trazer esse
Honestidade;

gerado pelo clube, assegurando a valorização máxima e Ambiente.


crescimento do patrimônio do clube. talento para o clube
Respeito;

Garantir um ambiente ótimo para formação desportiva, Estruturar os Aspectos Operacionais, Garantindo a
suborganizado em Estruturas Substantiva (O que ensinar? / transferência do planejamento para a pratica, fortalecendo



Garantir controle nos resultados esperados, sempre processos de controle, construção das sessões de Ensino-
Dimensão dos Conteúdos), Estrutura Metodológica (Como
valorizando cada setor e não desperdiçando possíveis ativos Aprendizagem-Treinamento, bem como relatórios e
Ensinar? / Metodologia de Ensino)) Estrutura Temporal
gerados, sempre pensando na organização do Clube registros documentais para o clube
(Quando Ensinar? / Organização Longitudinal do Processo).
Governança
“Apresentação da Conceito de Governança, Princípios e
Diretrizes”
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 27

Governança
Após um entendimento profundo do funcionamento do clube, principalmente sobre os aspectos políticos e decisórios, torna-se
TEXTO
necessário estabelecer as práticas de Governança para a Instituição.

As práticas de boa governança lidam com questões relativas à direção e ao controle de organizações,
compreendendo tópicos como o exercício do poder e a conciliação entre diferentes interesses. Sua utilização pode
abranger aspectos legais, financeiros, estratégicos e de gestão. Existem definições com diferentes enfoques.
Entretanto, há pontos básicos comuns, conforme pode ser observado na definição proposta por Andrade e Rossetti
(2007, p. 141): “Governança corporativa é um conjunto de princípios, propósitos, processos e práticas que rege o
sistema de poder e os mecanismos de gestão das empresas”.
Apesar de a governança ter surgido como forma de buscar a conciliação dos interesses de gestores e
proprietários, antes de traçar as estratégias de Governança, devemos entender que essas partes não são
as duas únicas que possuem interesses relativos às organizações. A literatura relacionada à
administração demonstra que há diversos e numerosos grupos de interesses (stakeholders) legítimos que
influenciam ou podem ser influenciados pelas consequências decorrentes da atuação de gestores e
proprietários. Há desde proprietários, investidores e membros internos (empregados, diretores,
conselheiros e auditores) até partes externas (fornecedores, clientes, consumidores, credores,
comunidades locais, poder público e a sociedade civil) (ANDRADE; ROSSETTI, 2007).

O futebol é um fenômeno de vasta complexidade ambiental, devido a sua pluralidade de


stakeholders, tanto externos quanto internos, envolvidos no processo. Por este motivo,
novamente, um bom diagnostico político e decisional, aliado a instauração de boas
práticas de governança, poderá ser crucial na instauração do processo de formação de
atletas. Caso contrário, poderá ser frustrado pelo afastamento do cargo, antes
mesmo de poder colher os primeiros resultados.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 28

Governança
Diferentes pesquisadores e organizações, de acordo com suas visões, propõem diversas
práticas de governança em seus respectivos modelos e códigos. Entretanto, pode-se observar a
existência de quatro princípios básicos que norteiam as discussões e a elaboração dos diversos
códigos e modelos de governança. Uma análise das propostas desses pesquisadores e organizações
(ANDRADE; ROSSETI, 2007; IBGC, 2009; DELLOITE, 2003; OCDE, 2004) revela o conteúdo de cada um
dos valores básicos de governança:

• Equidade (fairness): senso de justiça no tratamento de acionistas, inclusive minoritários, no que diz respeito à
participação nos resultados das operações e no exercício de direitos. Alguns órgãos dão uma interpretação mais ampla
ao princípio, buscando garantir um tratamento semelhante a todos os grupos de interesse e considerando inaceitáveis
quaisquer ações ou políticas discriminatórias.

• Transparência (disclosure): abertura em relação a informações, principalmente em relação às de alta relevância, que podem
causar impactos nos resultados do negócio. Esse princípio não deve ser considerado apenas como uma obrigação, ao
disponibilizar informações exigidas por leis ou regulamentos, e sim um desejo de informar sobre questões que sejam de interesse
dos stakeholders. Informações essas que não são restritas àquelas sobre o desempenho econômico-financeiro, compreendendo os
diferentes fatores que norteiem a ação gerencial em sua busca por criação de valor. Tal postura tende a criar um clima de confiança,
interna e externamente.

• Prestação de contas (accountability): a ser feita de forma responsável, baseada nas melhores práticas de auditoria e contabilidade. Os
agentes de governança devem prestar contas e assumir integralmente a responsabilidade pelas consequências de seus atos e omissões.

• Conformidade no cumprimento de normas (compliance): respeito à legislação, regulamentações setoriais, regimentos internos e estatutos
sociais. Compõe esse princípio o exercício da responsabilidade social, pelo qual os agentes de governança, no exercício de suas atividades,
devem considerar aspectos sociais e ambientais, além dos econômicos, buscando zelar pela sustentabilidade e longevidade da organização.
Também compreende o enforcement, que é a maior rigidez na aplicação de normas legais.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 29

Governança
Conforme já citado, este documento tem por objetivo ser um norte para construção de um Plano
TEXTO
Especifico ao clube, além do mais, como já refletimos, o Modelo de Governança, aplicado ao
entendimento do Diagnostico da Cultura Política e Decisional do clube, pode ser crucial para o sucesso
da Gestão. Iremos apresentar, inspirados no Documento do TCU (2014), 10 passos para a boa
Governança, que devem ser respeitados durante toda a Construção do Planejamento e aplicados, com
ajustes específicos, de acordo com o Diagnostico, sob a ótica do clube. São Eles:
PASSO 01 - Escolha líderes competentes e avalie seus desempenhos
Os resultados de qualquer organização dependem fundamentalmente das pessoas que nela trabalham. Por essa razão, as organizações devem garantir que seus profissionais possuam as
competências necessárias ao exercício do cargo.
Ao selecionarem suas equipes de profissionais, sejam relacionados ao administrativo do clube, comissões técnicas ou outros setores, os gestores devem avaliar a idoneidade moral e a
reputação dos candidatos; seus conhecimentos, habilidades e atitudes; sua experiência em funções de natureza semelhantes; bem como possíveis impedimentos e conflitos de interesse.
O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?
• Você precisará ter pessoas de confiança em locais estratégicos do clube, mas sempre procure Criar processos Seletivos abertos ao mercado, Estabelecendo e dando
transparência ao processo de seleção de membros da Administração, das comissões Técnicas e outros setores do clube;
• Capacite os membros da sua equipe, principalmente os com tarefa de Gerenciamento de Pessoas e Processos;
• Avalie o desempenho dos membros da sua equipe, sempre utilizando indicadores de desempenho fidedignos com os Objetivos e Metas do Clube;
• Estabeleça com clareza e transparência, o organograma, delimitando atribuições, pré-requisitos ao cargo, e procure sempre garantir que os benefícios concedidos aos
membros da equipe sejam adequados às suas responsabilidades e dê transparência aos benefícios.

PASSO 02 - Lidere com ética e combata os desvios


A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear os gestores de qualquer instituição, não podendo
estes desprezar o elemento ético de sua conduta.
Diante disso, é essencial que os clubes estabeleçam mecanismos para encorajar e reforçar o comportamento ético de suas lideranças e agentes e, mais do que isso,
demonstrem estar sempre agindo de acordo com o interesse da entidade, de modo que todos os envolvidos confiem que os recursos estão sendo geridos no seu exclusivo
interesse.
O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?
• Adote código de ética e conduta para membros da sua equipe e de colegiado superior ou conselhos;
• Entenda os Princípios e Valores da instituição, expressos no Estatuto, documentos oficiais ou no currículo oculto (pratica cotidiana do clube) e
estabeleça ferramentas de divulgação e respeito a esses pontos;
• Estabeleça mecanismos de controle para evitar que preconceitos, vieses ou conflitos de interesse influenciem as decisões e as ações;
• Estabeleça mecanismos para garantir que a Alta Administração atue de acordo com padrões de comportamento baseados nos valores e
princípios estatutários, legais e organizacionais e no código de ética e conduta adotado.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 30

PASSO 03 - Estabeleça sistema de governança com poderes de decisão balanceados e funções críticas segregadas
Sistema de governança é o modo como os diversos atores se organizam, interagem e procedem para obter boa governança. Compreende as instâncias internas e externas
de governança, fluxo de informações, processos de trabalho e atividades relacionadas a avaliação, direcionamento e monitoramento.
O alcance de uma boa governança depende fundamentalmente da definição e implantação de um sistema de governança ao mesmo tempo simples e robusto, com poderes de
decisão balanceados e funções críticas segregadas.

O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?


• Estabeleça as instâncias internas de governança da organização;
• Se possível, estabeleça Conselhos e Comitês, deliberativos e de controle, com paridade na participação, para diversos temas;
• Garanta o balanceamento de poder e a segregação de funções críticas;
• Estabeleça o sistema de governança da organização e divulgue-o para as partes interessadas.

PASSO 04 - Estabeleça modelo de gestão da estratégia que assegure seu monitoramento e avaliação
O papel fundamental atribuído às organizações cujo este trabalho se adequa, está diretamente relacionado na identificação do talento, a captação, o desenvolvimento do Talento e a imersão ao
mercado profissional, seja de forma direta (Equipe Profissional do Próprio Clube) ou indireta (negociação do Ativo a outra equipe Profissional).
A organização, a partir de sua visão de futuro, da análise dos ambientes interno e externo e da sua missão institucional, deve formular suas estratégias, desdobrá-las em planos de ação e acompanhar
sua implementação, oferecendo os meios necessários ao alcance dos objetivos institucionais e à maximização dos resultados.

O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?


• Estabeleça modelo de gestão da estratégia que considere aspectos como transparência e envolvimento das partes interessadas;
• Estabeleça a estratégia da organização;
• Monitore e avalie a execução da estratégia, os principais indicadores de desempenho da organização.

PASSO 05 - Estabeleça a estratégia considerando as necessidades das partes interessadas


Considerando o necessário foco das organizações na construção de um processo de formação de qualidade, o alinhamento de suas ações com as expectativas dos PLAYERS envolvidos e demais partes interessadas é
fundamental para a otimização dos resultados.

De forma geral, os gestores precisam satisfazer uma gama complexa de objetivos políticos, econômicos e sociais, além de garantir o bom desempenho desportivo da equipe. Logo, o modelo de governança adotado deve
propiciar o equilíbrio entre as legítimas expectativas das diferentes partes interessadas.

O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?

• Estabeleça e divulgue canais de comunicação com as diferentes partes interessadas e assegure sua efetividade;
• Estabeleça relação objetiva e profissional com a mídia, organizações de controle e outras organizações;
• Assegure que decisões, estratégias, políticas, programas, projetos, planos, ações, serviços e produtos atendam ao maior número possível de partes interessadas, de modo balanceado.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 31

PASSO 06 - Estabeleça metas e delegue poder e recursos para alcançá-las

O modelo de liderança organizacional decorre da aplicação dos princípios da coordenação, da delegação de competência e do modelo de governança adotado.
Por esses princípios fundamentais, a Alta Administração estabelece uma estrutura de unidades e subunidades funcionais, nomeia gestores para chefiá-las e a eles delega autoridade (mandato legal e poder sobre os recursos e
processos específicos) para executar os planos. A responsabilidade final pelos resultados, contudo, permanece com a autoridade delegante.
TEXTO
O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?

• Avalie, direcione e monitore a gestão;


• Responsabilize-se pelo estabelecimento de processos e diretrizes para a gestão e pelo alcance dos resultados;
• Assegure, por meio de política de delegação e reserva de poderes, a capacidade das instâncias internas de governança de avaliar, direcionar e monitorar a organização;
• Responsabilize-se pela gestão de riscos;
• Avalie os resultados das atividades de controle e dos trabalhos de auditoria e, se necessário, determine que sejam adotadas providências.

PASSO 07 - Estabeleça mecanismos de coordenação de ações com outras organizações

A obtenção de resultados exige, cada vez mais, que os múltiplos atores do clube adotem uma abordagem colaborativa para atingir metas, objetivos e propósitos coletivos.
Do contrário, abre-se espaço para a fragmentação da missão e a sobreposição de interesses, com o consequente desperdício de recursos.

O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?

• Estabeleça mecanismos de atuação conjunta com vistas a formulação, implementação, monitoramento e avaliação de ações transversais,
multidisciplinares e/ou descentralizadas, em prol do gerenciamento e promoção dos processos de formação dos atletas.

PASSO 08 - Gerencie riscos e institua os mecanismos de controle interno necessários


Riscos surgem da incerteza natural dos atuais cenários econômico, político e social e podem se apresentar como desafios ou oportunidades, na medida em que dificultem ou
facilitem o alcance dos objetivos organizacionais. O instrumento de governança para lidar com a incerteza é a gestão de riscos, que engloba, entre outras coisas, os controles
internos.
A gestão de riscos permite tratar com eficiência as incertezas, seja pelo melhor aproveitamento das oportunidades, seja pela redução da probabilidade e/ou impacto de eventos
negativos, a fim de melhorar a capacidade de gerar valor e fornecer garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos.

O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?

• Estabeleça sistema de gestão de riscos;


• Monitore e avalie o sistema de gestão de riscos, a fim de assegurar que seja eficaz e contribua para a melhoria do desempenho organizacional.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 32

PASSO 09 - Estabeleça função de auditoria interna independente que adicione valor à organização
A auditoria interna auxilia a organização a realizar seus objetivos a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos
processos de gestão de riscos, controle e governança.

Constitui uma forma de dotar o gestor de uma rede de informações e instrumentos de suporte à tomada de decisão. Ademais, a atuação efetiva da auditoria interna auxilia na
prevenção de desvios que poderiam ensejar apontamentos de irregularidades durante a gestão, bem como auxiliar na construção da confiabilidade entre seus pares e demais
atores.
O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?

• Estabeleça a função de auditoria interna;


• Crie condições para que a auditoria interna seja independente e proficiente;
• Assegure que a auditoria interna adicione valor à organização.

PASSO 10 - Estabeleça diretrizes de transparência e sistema de prestação de contas e responsabilização

A transparência é essencial ao aprofundamento e consolidação de qualquer entidade, uma vez que possibilita a todos os atores acompanharem a execução das ações dos gestores.

“Accountability” refere-se à obrigação que têm aqueles a quem foram confiados recursos de assumir as responsabilidades de ordem fiscal, gerencial e programática que lhes foram conferidas, e de
informar a quem lhes delegou essas responsabilidades. Assim como a transparência, consiste em valor democrático, consequência direta da delegação do poder aos gestores.

O QUE PODE SER FEITO PARA DAR ESSE PASSO?

• Dê transparência da organização às partes interessadas, admitindo-se o sigilo, como exceção, nos termos da lei;
• Preste contas da implementação e dos resultados dos sistemas de governança e de gestão, de acordo com a legislação vigente, as diretrizes estatutárias do clube e com o princípio de “Accountability”;
• Avalie a imagem da organização e a satisfação das partes interessadas com seus serviços;
• Garanta que indícios de irregularidades sejam apurados de ofício, promovendo a responsabilização em caso de comprovação.
Controle de Processos (KPIs)
“Apresentação dos conceitos e ferramentas de controle e
monitoramento da Gestão, principalmente através de
Indicadores de Desempenho”
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 34

Controle de Processos
Por mais que, muitas vezes seja negligenciado dentro do cenário da Gestão Futebolística, medir e
TEXTO
controlar resultados de estratégias podem ser fatores relevantes para que a organização atinja o seu
objetivo (Sellitto & Walter, 2006). Nesse contexto insere-se a avaliação de desempenho. Grafton, Lillis
e Widener (2010) esclarecem que um dos objetivos de avaliar o desempenho é incentivar o gestor a
ter uma visão estratégica, monitorando e avaliando capacidades organizacionais. Nessa linha,
entende-se que a entidade se torna mais competitiva pelo nível de conhecimento que tem sobre seu
comportamento organizacional, o que pode ser obtido a partir da adoção de diferentes indicadores de
desempenho (Pereira, Stocker, Mascena, & Boaventura, 2020).

Uma forma de contribuir para a gestão empresarial se dá por meio desses indicadores de
Desempenho, que são formas de mensurar os processos e resultados obtidos pela
instituição, com intuito de ser responsável pelo acompanhamento contínuo do processo de
operacionalização de todo plano de gestão, identificando seus avanços, diagnosticando suas
dificuldades, ajudando-o a superá-las, inclusive revendo seu próprio modelo e
reprogramando-o quando necessário.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 10

Controle de Processos
Para tal tarefa, torna-se de suma importância delimitar, na construção inicial do
Planejamento, quais serão os Indicadores de Desempenho a termos como referência e as
metas a serem atingidas, conforme a reflexão anterior nos aponta. Deste modo, podemos
subdividir os Indicadores de Desempenho em:

• Indicadores Econômicos: Estão relacionados aos dados gerados pelas transações orçamentarias,
principalmente no que se refere a receita e despesas, e com o patrimônio da entidade.
Ex: Balanço Patrimonial, Endividamento Geral, Rentabilidade do Ativo, EBITDA.

• Indicadores de Insumos: estão relacionados aos recursos materiais, financeiros e humanos destinados à
execução dos processos do Clube. São utilizados para apoiar as atividades de dimensionamento de recursos
necessários à produção, não sendo úteis, no entanto, para a aferição dos resultados gerados pela ação.
Ex.: Quantidade de Atletas avaliados no processo de Captação

• Indicadores de Processos: permitem a mensuração do desempenho nas atividades relacionadas à geração de


produtos, a partir do emprego dos insumos, permitindo que sejam conhecidos os níveis de produtividade dos processos
de trabalho que irão compor os processos de gestão. Ex.: Quantidade de Atletas Aprovados e a Quantidade dos atletas
Avaliados no processo de Captação.

• Indicadores de Produtos: referem-se aos produtos gerados pelos projetos e programas, demonstrando, de forma quantitativa,
os bens e serviços ofertados à sociedade. Ex. Quantidade de Atletas Aprovados no Processo de Captação

• Indicadores de Resultado: estão relacionados com os objetivos para os quais foram criados os projetos e os programas, sendo
úteis para sinalizar os resultados de mais longo alcance dentro do clube, gerados a partir dos produtos ofertados pela ação Gestão.
Ex.: Relação entre Atletas dispensados e quando foi captado (tempo no processo de formação do Clube);
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 36

Controle de Processos
Entendemos a construção de Indicadores de Desempenho como ferramentas crucial para uma boa condução
TEXTO
do trabalho.
Nossa proposta apresenta uma formulação de acompanhamento através de indicadores de Desempenho a
cada Setor / Metas & Objetivos / Gestão (sendo esse considerado as subdivisões já citadas), sendo alguns
chave (com acompanhamento continuo) e outros de suporte.
Trazendo para pratica, podemos imaginar 04 principais resultados que podem apresentar um bom
trabalho voltado ao departamento de base de um clube, sendo eles IMERSÃO DE ATLETAS AO
MERCADO, RENDIMENTO FINANCEIRO AO CLUBE, CAPACIDADE DE OPERACIONALIZAR O
PLANEJAMENTO e, claro, RESULTADOS COMPETITIVOS.
Considerando esses 04 objetivos e com intuito de corroborar com a importante tarefa de termos
indicadores a serem coletados e avaliados, criando dados que demonstrem, monitorem e avalie o
rendimento da gestão, podemos exemplificar com:
• IMERSÃO DE ATLETAS AO MERCADO – Indicadores de Resultados Quantitativos referente ao Nº de Atletas inseridos na Equipe Principal
+ Nº de Atletas Inseridos no mercado por negociação / Nº de Atletas dispensados em últimos anos de sub-20;
• RENDIMENTO FINANCEIRO AO CLUBE – Indicadores Econômicos Quantitativos referente a Receita adquirida de Fonte Interna (Tesou
/ Receita Adquirida por Resultados e Fontes próprias da Base, podendo se cruzar tudo com as Despesas;
• CAPACIDADE DE OPERACIONALIZAR O PLANEJAMENTO – Indicadores de Processos Quantitativos ou Qualitativos
referente a análise das ações dos jogadores comparado aos Princípios Táticos Específicos planejados no Modelo de Jogo,
cruzando com referenciais Situacionais da ação (O princípio executado está de acordo com o momento, setor e condição
do adversário que nosso Modelo de jogo apresenta) e ainda com o resultado da ação. Este indicador pode ser
enriquecido, comparando a evolução deste dado ao longo das categorias
• RESULTADOS COMPETITIVOS – Indicadores de Processos Quantitativos referente a evolução das Gerações
nos Resultados Competitivos Regionais, Estaduais, Nacionais e Internacionais;
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 37

Controle de Processos
O entendimento conceitual e a construção de Indicadores de Desempenho que reflitam
os dados relacionados as Metas, Objetivos e Processos do clube são de suma importância
para o sucesso do programa, contudo não se trata somente de planejar. A aplicação
continua destes indicadores, bem como a tramitação dos dados apresenta um trabalho que
pode se tornar um problema no dia-a-dia do clube.

Por esse motivo, ao planejar um processo e controle através de Indicadores de Desempenho, o


Gestor deve ter consciência de como será a aplicação pratica deste sistema, incluindo fluxos e
geração de relatórios.

Sendo assim, adotamos no processo 05 princípios “SMART” para construção dos Indicadores de
Desempenho:
• Simples (Simple) – Simplifique os dados levantados para facilitar o entendimento do processo e invista tempo e recurso em questões
relevantes ao Programa;

• Mensurável (Measurable) – Adote Indicadores relativamente fáceis de calcular e que gere o mínimo impacto durante a coleta;

• Preciso (Accurate) – Vincule os Dados a resultados reais e que expressem a realidade dos Objetivos do Clube;

• Realista (Realistic) – Estabeleça processos que possam ser operacionalizados na pratica, além de adotar metas realistas, principalmente na análise dos Dados para tomada de Decisão.
Ninguém nunca vai conseguir 100% de sucesso sempre.

• Tempo Limite (Timebound) – Estabeleça vínculos Temporais para análise dos Dados, sempre cruzando com Categoria, ano, período da temporada (Macro Ciclo). Isso não impede de realizar
analises amplas, mas para tomada de decisão é importante entender quando o dado foi coletado, tanto no período temporal do clube, quanto da formação do atleta;

Iremos apresentar alguns exemplos de indicadores a ser usados em programas de desenvolvimento de talentos, mas
sempre considerando que cada clube e cada realidade ira demandar diferentes objetivos e indicadores.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 38

Sistema de Indicadores de Desempenho Aplicados ao Projeto de Identificação e


Desenvolvimento de Talentos
TEXTO

Indicadores Econômicos
Dimensão da Avaliação / Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo
Indicador Setor Responsável
Medidor (01º ano) (03º ano) (04º ano)
01 Receita Total Destinada ao Processo de Formação. Eficácia / Valor em R$ Direção / Administrativo / Financeiro

02 Receita Captada pelo próprio sistema de formação. Eficácia / Valor em R$ Direção / Administrativo / Financeiro

03 Despesas destinados ao Centro de Custo Administrativo Economicidade / Valor em R$ Direção / Administrativo / Financeiro

04 Despesas destinados ao Centro de Custo Técnico Eficiência / Valor em R$ Direção / Administrativo / Financeiro

05 Despesas destinados ao Centro de Custo Operacional Economicidade / Valor em R$ Direção / Administrativo / Financeiro

06 Despesas destinados ao Centro de Custo Futebol Eficiência / Valor em R$ Direção / Administrativo / Financeiro

07 Resultados Financeiros Eficácia / Status Direção / Administrativo / Financeiro

08 Rentabilidade do Ativo Eficiência / Valor em R$ Direção / Administrativo / Financeiro

Vale reforçar que indicadores de desempenho possuem objetivo de monitorar e avaliar os processos, devendo ser executados para controlar e, se necessário,
reorganizar a gestão e planejamento, para alcançarmos os objetivos propostos. Deste modo, alguns indicadores devem ter um peso diferente na análise.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 39

Sistema de Indicadores de Desempenho Aplicados ao Projeto de Identificação e


Desenvolvimento de Talentos
TEXTO
Indicadores de Insumos
Dimensão da Avaliação / Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo
Indicador Setor Responsável
Medidor (01º ano) (03º ano) (04º ano)
Aumentar a Quantidade de Jogadores Aumentar a Quantidade de Jogadores Aumentar a Quantidade de Jogadores
01 Nº de Atletas Avaliados Eficácia / Quant. Identificação de Talentos Avaliados com qualidade em 50% Avaliados com qualidade em 80% Avaliados com qualidade em 100%
(Indicador de Controle) (Indicador de Controle) (Indicador de Controle)
Aumentar a Quantidade de Jogadores Aumentar a Quantidade de Jogadores Aumentar a Quantidade de Jogadores
Monitorados com qualidade em 50% Monitorados com qualidade em 80% Monitorados com qualidade em 100%
02 Nº de Atletas Monitorados Eficácia / Quant. Identificação de Talentos
por Categoria por Categoria por Categoria
(Indicador de Controle) (Indicador de Controle) (Indicador de Controle)
Demandas Técnicas das Categorias
Ter uma relação de 1/20 Ter uma relação de 1/10
03 Nº de Atletas Captados Economicidade / Quant. Identificação de Talentos / Técnico atendidas
(Indicador de Controle) (Indicador de Controle)
(Indicador de Controle)
Índice Alto de Captação Índice Alto de Captação Índice Alto de Captação
04 Captação de Atletas no Ciclo de Iniciação Eficácia / Índice de Captação. Identificação de Talentos / Técnico
(entre 70% a 90% do Grupo captado) (entre 75% a 90% do Grupo captado) (entre 75% a 90% do Grupo captado)
Índice Médio de Captação Índice Médio de Captação Índice Médio-Baixo de Captação
05 Captação de Atletas no Ciclo de Desenvolvimento Eficácia / Índice de Captação. Identificação de Talentos / Técnico
(entre 30% a 60% do Grupo captado) (entre 30% a 60% do Grupo captado) (entre 20% a 40% do Grupo captado)
Índice Mínimo de Captação Índice Mínimo de Captação
Índice Baixo de Captação
06 Captação de Atletas no Ciclo de Especialização Eficácia / Índice de Captação. Identificação de Talentos / Técnico (10% ou casos Pontuais de (10% ou casos Pontuais de
(entre 10% a 30% do Grupo captado)
oportunidades de Mercado) oportunidades de Mercado)
Eficácia / Ter uma relação de 1/50 Ter uma relação de 1/20 Ter uma relação de 1/10
07 Saldo de Captação Identificação de Talentos / Técnico
Quant. Avaliados X Quant. Aprovados (Indicador de Controle) (Indicador de Controle) (Indicador de Controle)
Economicidade / Investimento na
08 Controle de Captação por região Identificação de Talentos Saldo Positivo Saldo Positivo Saldo Positivo
Região X Quant. Atletas Captados
Economicidade /
09 Controle de Materiais Esportivos Quant. Adquirida X Quant. Controle Administrativo / Operacional Saldo Positivo Saldo Positivo Saldo Positivo
Mensal
Economicidade /
10 Controle de Insumos Alimentares Administrativo / Saúde (Nutrição) Saldo Positivo Saldo Positivo Saldo Positivo
Quant. Prevista X Quant. Executada
Economicidade /
11 Controle de Insumos de Manutenção Administrativo / Operacional Saldo Positivo Saldo Positivo Saldo Positivo
Quant. Prevista X Quant. Executada

Vale reforçar que indicadores de desempenho possuem objetivo de monitorar e avaliar os processos, devendo ser executados para controlar e, se necessário, reorganizar a gestão e planejamento, para
alcançarmos os objetivos propostos. Deste modo, alguns indicadores devem ter um peso diferente na análise.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 40

Sistema de Indicadores de Desempenho Aplicados ao Projeto de Identificação e


Desenvolvimento de Talentos
TEXTO Indicadores de Processos
Dimensão da Avaliação / Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo
Indicador Setor Responsável
Medidor (01º ano) (03º ano) (04º ano)
Controle de Minutagem Competitiva pro Categoria
24 min/Sem. | 96 min/mês | 960 min/ano 60 min/Sem | 180 min/mês | 1800 min/ano 60 min/Sem | 180 min/mês | 1800 min/ano
01
INICIAÇÃO Eficácia / Minutos Totais Metodológico / Técnico /
(Análise qualitativa se dará pela subdivisão em Competições (Semanal, Mensal e Anual) Analise de Desempenho 60% Reg. | 30% Estad. | 10% Nac. 50% Reg. | 40% Estad. | 10% Nac. 50% Reg. | 40% Estad. | 10% Nac.
Regionais, Estaduais e Nacionais)
Controle de Minutagem Competitiva pro Categoria
60 min/Sem. | 180 min/mês | 1800 min/ano 90 min/Sem | 270 min/mês | 2700 min/ano 90 min/Sem | 360 min/mês | 3600 min/ano
02
DESENVOLVIMENTO Eficácia / Minutos Totais Metodológico / Técnico /
(Análise qualitativa se dará pela subdivisão em Competições (Semanal, Mensal e Anual) Analise de Desempenho 50% Reg. | 30% Estad. | 20% Nac. 40% Reg. | 30% Estad. | 30% Nac. 30% Reg. | 40% Estad. | 30% Nac.
Regionais, Estaduais e Nacionais)
Controle de Minutagem Competitiva pro Categoria
90 min/Sem. | 360 min/mês | 3600 min/ano 120 min/Sem | 480 min/mês | 4800 min/ano 120 min/Sem | 480 min/mês | 4800 min/ano
03
ESPECIALIZAÇÃO Eficácia / Minutos Totais Metodológico / Técnico /
(Análise qualitativa se dará pela subdivisão em Competições (Semanal, Mensal e Anual) Analise de Desempenho 40% Reg. | 30% Estad. | 30% Nac. 20% Reg. | 30% Estad. | 50% Nac. 10% Reg. | 30% Estad. | 60% Nac.
Regionais, Estaduais e Nacionais)
Controle de Minutagem Competitiva por Jogador
15 min/Sem. | 60 min/mês | 600 min/ano 36 min/Sem | 144 min/mês | 1440 min/ano 48 min/Sem | 192 min/mês | 1920 min/ano
04
INICIAÇÃO Eficácia / Minutos Totais Metodológico / Técnico /
(Análise qualitativa se dará pela subdivisão em Competições (Semanal, Mensal e Anual) Analise de Desempenho 60% Reg. | 30% Estad. | 10% Nac. 50% Reg. | 40% Estad. | 10% Nac. 50% Reg. | 40% Estad. | 10% Nac.
Regionais, Estaduais e Nacionais)
Controle de Minutagem Competitiva por Jogador
48 min/Sem. | 192 min/mês | 1920 min/ano 72 min/Sem | 216 min/mês | 2160 min/ano 72 min/Sem | 288 min/mês | 2880 min/ano
05
DESENVOLVIMENTO Eficácia / Minutos Totais Metodológico / Técnico /
(Análise qualitativa se dará pela subdivisão em Competições (Semanal, Mensal e Anual) Analise de Desempenho 50% Reg. | 30% Estad. | 20% Nac. 40% Reg. | 30% Estad. | 30% Nac. 30% Reg. | 40% Estad. | 30% Nac.
Regionais, Estaduais e Nacionais)
Controle de Minutagem Competitiva por Jogador
72 min/Sem. | 288 min/mês | 2880 min/ano 96 min/Sem | 384 min/mês | 3840 min/ano 96 min/Sem | 384 min/mês | 3840 min/ano
06
ESPECIALIZAÇÃO Eficácia / Minutos Totais Metodológico / Técnico /
(Análise qualitativa se dará pela subdivisão em Competições (Semanal, Mensal e Anual) Analise de Desempenho 40% Reg. | 30% Estad. | 30% Nac. 20% Reg. | 30% Estad. | 50% Nac. 10% Reg. | 30% Estad. | 60% Nac.
Regionais, Estaduais e Nacionais)
CONTEÚDOS GERAIS CONTEÚDOS GERAIS CONTEÚDOS GERAIS
Controle de Minutagem de Conteúdos por Categoria (120 min/Sem. | 480 min/mês | 4800 min/ano) (120 min/Sem. | 480 min/mês | 4800 min/ano) (120 min/Sem. | 480 min/mês | 4800 min/ano)
07
INICIAÇÃO Eficácia / Minutos Totais Metodológico / Técnico / CONTEÚDOS DE FORMAÇÃO CONTEÚDOS DE FORMAÇÃO CONTEÚDOS DE FORMAÇÃO
(Análise qualitativa se dará pela subdivisão em Conteúdos (Semanal, Mensal e Anual) Analise de Desempenho (60 min/Sem. | 240 min/mês | 2400 min/ano) (60 min/Sem. | 240 min/mês | 2400 min/ano) (60 min/Sem. | 240 min/mês | 2400 min/ano)
Gerais, Conteúdos de Formação e Conteúdos Estratégicos) CONTEÚDOS ESTRATÉGICOS CONTEÚDOS ESTRATÉGICOS CONTEÚDOS ESTRATÉGICOS
(30 min/Sem. | 120 min/mês | 1200 min/ano) (30 min/Sem. | 120 min/mês | 1200 min/ano) (30 min/Sem. | 120 min/mês | 1200 min/ano)

Vale reforçar que indicadores de desempenho possuem objetivo de monitorar e avaliar os processos, devendo ser executados para controlar e, se necessário, reorganizar a gestão e planejamento, para
alcançarmos os objetivos propostos. Deste modo, alguns indicadores devem ter um peso diferente na análise.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 41

Sistema de Indicadores de Desempenho Aplicados ao Projeto de Identificação e


Desenvolvimento de Talentos
TEXTO
Indicadores de Processos
Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo
Indicador Dimensão da Avaliação / Medidor Setor Responsável
(01º ano) (03º ano) (04º ano)
Eficácia / % de Comportamentos dentro do Esperado
Execução de Princípios Táticos Específicos
(Modelo de Jogo) Executados em Partidas 50% dos comportamentos adotados na 60% dos comportamentos adotados na 70% dos comportamentos adotados na
Subdividir em Organização Ofensiva (Tiro de Meta,
Estaduais Metodológico / Técnico / resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas
17 Construção, Criação, Conclusão), Transição Defensiva,
Analise de Desempenho correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos
Organização Defensiva (Marcação do Tiro de Meta,
Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo.
(DESENVOLVIMENTO) Impedir Progressão Espacial, Preparar para Pressionar,
Recusar a Entrada nos Espaços) e Transição Ofensiva
Eficácia / % de Comportamentos dentro do Esperado
Execução de Princípios Táticos Específicos
(Modelo de Jogo) Executados em Partidas 50% dos comportamentos adotados na 80% dos comportamentos adotados na 90% dos comportamentos adotados na
Subdividir em Organização Ofensiva (Tiro de Meta,
Estaduais Metodológico / Técnico / resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas
18 Construção, Criação, Conclusão), Transição Defensiva,
Analise de Desempenho correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos
Organização Defensiva (Marcação do Tiro de Meta,
Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo.
(ESPECIALIZAÇÃO) Impedir Progressão Espacial, Preparar para Pressionar,
Recusar a Entrada nos Espaços) e Transição Ofensiva
Eficácia / % de Comportamentos dentro do Esperado
Execução de Princípios Táticos Específicos
(Modelo de Jogo) Executados em Partidas 30% dos comportamentos adotados na 40% dos comportamentos adotados na 60% dos comportamentos adotados na
Subdividir em Organização Ofensiva (Tiro de Meta,
Nacionais Metodológico / Técnico / resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas
19 Construção, Criação, Conclusão), Transição Defensiva,
Analise de Desempenho correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos
Organização Defensiva (Marcação do Tiro de Meta,
Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo.
(INICIAÇÃO) Impedir Progressão Espacial, Preparar para Pressionar,
Recusar a Entrada nos Espaços) e Transição Ofensiva
Eficácia / % de Comportamentos dentro do Esperado
Execução de Princípios Táticos Específicos
(Modelo de Jogo) Executados em Partidas 45% dos comportamentos adotados na 50% dos comportamentos adotados na 70% dos comportamentos adotados na
Subdividir em Organização Ofensiva (Tiro de Meta,
Nacionais Metodológico / Técnico / resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas
20 Construção, Criação, Conclusão), Transição Defensiva,
Analise de Desempenho correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos
Organização Defensiva (Marcação do Tiro de Meta,
Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo.
(DESENVOLVIMENTO) Impedir Progressão Espacial, Preparar para Pressionar,
Recusar a Entrada nos Espaços) e Transição Ofensiva

Vale reforçar que indicadores de desempenho possuem objetivo de monitorar e avaliar os processos, devendo ser executados para controlar e, se necessário,
reorganizar a gestão e planejamento, para alcançarmos os objetivos propostos. Deste modo, alguns indicadores devem ter um peso diferente na análise.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 42

Sistema de Indicadores de Desempenho Aplicados ao Projeto de Identificação e


Desenvolvimento de Talentos
TEXTO
Indicadores de Processos
Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo
Indicador Dimensão da Avaliação / Medidor Setor Responsável
(01º ano) (03º ano) (04º ano)
Eficácia / % de Comportamentos dentro do Esperado
Execução de Princípios Táticos Específicos
(Modelo de Jogo) Executados em Partidas 40% dos comportamentos adotados na 60% dos comportamentos adotados na 80% dos comportamentos adotados na
Subdividir em Organização Ofensiva (Tiro de Meta,
Nacionais Metodológico / Técnico / resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas resolução de Situações-Problemas
21 Construção, Criação, Conclusão), Transição Defensiva,
Analise de Desempenho correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos correspondentes aos Princípios Táticos
Organização Defensiva (Marcação do Tiro de Meta,
Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo. Específicos Previsto no Modelo De Jogo.
(ESPECIALIZAÇÃO) Impedir Progressão Espacial, Preparar para Pressionar,
Recusar a Entrada nos Espaços) e Transição Ofensiva
Psicossocial / Técnico /
22 Controle de Dados Psicossociais dos Atletas Anamnese Evolução Evolução Evolução
Metodológico
Fisiologia / Técnico /
23 Media Km percorrido total Individual/ Jogo Km/jogo
Metodológico
Média de Capacidade de Sprints Repetidos Fisiologia / Técnico / Estabelecimento de Metas de acordo com Estabelecimento de Metas de acordo com Estabelecimento de Metas de acordo com
24 Nº de Sprints / jogo
Individual/ Jogo Metodológico primeiros dados primeiros dados primeiros dados

Vale reforçar que indicadores de desempenho possuem objetivo de monitorar e avaliar os processos, devendo ser executados para controlar e, se necessário,
reorganizar a gestão e planejamento, para alcançarmos os objetivos propostos. Deste modo, alguns indicadores devem ter um peso diferente na análise.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 43

Sistema de Indicadores de Desempenho Aplicados ao Projeto de Identificação e


Desenvolvimento de Talentos
TEXTO Indicadores de Produtos
Dimensão da Avaliação / Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo
Indicador Setor Responsável
Medidor (01º ano) (03º ano) (04º ano)
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
01 Nº de Atletas com Classificação adequada no Ciclo de Iniciação Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Nº de Atletas com Classificação adequada no Ciclo de Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
02 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desenvolvimento Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
03 Nº de Atletas com Classificação adequada no Ciclo de Especialização Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
04 Nº de Atletas com sondagem e convocações para seleção Brasileira Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
05 Nº de Atletas ingressados do sub 09 para o sub 10 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
06 Nº de Atletas ingressados do sub 10 para o sub 11 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
07 Nº de Atletas ingressados do sub 11 para o sub 12 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
08 Nº de Atletas ingressados do Ciclo de Iniciação Para Desenvolvimento Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
09 Nº de Atletas ingressados do sub 13 para o sub 14 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
10 Nº de Atletas ingressados do sub 14 para o sub 15 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Nº de Atletas ingressados do Ciclo de Desenvolvimento Para Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
11 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Especialização Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
12 Nº de Atletas ingressados do sub 16 para o sub 17 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
13 Nº de Atletas ingressados do sub 17 para o sub 18 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Técnico / Metodológico / Analise de Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
14 Nº de Atletas ingressados do sub 18 para o sub 20 Eficácia / % de Atletas do Grupo
Desempenho com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Vale reforçar que indicadores de desempenho possuem objetivo de monitorar e avaliar os processos, devendo ser executados para controlar e, se necessário, reorganizar a gestão e planejamento, para
alcançarmos os objetivos propostos. Deste modo, alguns indicadores devem ter um peso diferente na análise.
02 GESTÃO ESTRATÉGICA Rezende Sports 2023 44

Sistema de Indicadores de Desempenho Aplicados ao Projeto de Identificação e


Desenvolvimento de Talentos
TEXTO
Indicadores de Resultado
Dimensão da Avaliação / Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo Meta a Curto Prazo
Indicador Setor Responsável
Medidor (01º ano) (03º ano) (04º ano)
Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
01 Nº de Atletas no Elenco Principal Eficácia / % de Atletas do Grupo Técnico / Administrativo
com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
02 Nº De Atletas Negociados para Mercado Primário Eficácia / % de Atletas do Grupo Técnico / Administrativo
com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
03 Nº de Atletas Negociados em Mercado Secundário Eficácia / % de Atletas do Grupo Técnico / Administrativo
com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
04 Nº de Atletas Emprestados Eficácia / % de Atletas do Grupo Técnico / Administrativo
com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados
Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo Estabelecimento de Metas de acordo
05 Nº de Atletas Dispensados Eficácia / % de Atletas do Grupo Técnico / Administrativo
com primeiros dados com primeiros dados com primeiros dados

Vale reforçar que indicadores de desempenho possuem objetivo de monitorar e avaliar os processos, devendo ser executados para controlar e, se necessário,
reorganizar a gestão e planejamento, para alcançarmos os objetivos propostos. Deste modo, alguns indicadores devem ter um peso diferente na análise.
GESTÃO ORÇAMENTARIA

“Tu, em campo, parecias tantos,


e no entanto, que encanto! Eras um só,
Nilton Santos”

Armando Nogueira
Organização do Capitulo
Background
“Apresentação do Tema e analise da relevância para o processo de Identificação e desenvolvimento
de Talentos”

Receitas
“Apresentação da Organização por Fontes de receita e Possibilidades para a Categoria
de Base”

Despesas
“Apresentação da Organização por Centro de Custos e Possibilidades para a
Categoria de Base”

Implementação do Orçamento
“Apresentação da proposta de implementação e mecanismos de controle”

Rezende Sports 2023 46


Background
“Apresentação do Tema e analise da relevância para o processo
de Identificação e desenvolvimento de Talentos”
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 48

Background
A Gestão Financeira pode ser definida como o monitoramento e a divulgação do fluxo de caixa e forma
prudente e em conformidade com a Lei. É o processo pelo qual se planeja, orça, implementa e reporta suas
TEXTO
atividades de forma regular. É um componente do Planejamento Estratégico. Gerir os fundos de forma
transparente, eficiente e eficaz é essencial para garantir receitas contínuas e crescimento para sua
Entidade/Instituição.
Um dos principais passos para uma boa gestão financeira é ter uma clara compreensão do que está
sendo dito, quando as finanças estão sendo avaliadas. Deste modo, antes de entrarmos na formatação
do Ciclo de Gestão Financeira, vamos revisar alguns conceitos:
• DESPESAS: São Custos necessários na aplicação das atividades da Entidade ou Investimentos realizados na aquisição ou melhora de ativos do clube. Sugere-se que
organize as despesas em Centros de Custo e de Investimento, reorganizando como ocorre o fluxo de saída do caixa do clube;
• GERAÇÃO DE CAIXA (EBITDA): A expressão EBITDA (Earnings Before Interest Depreciation and Amortization) é utilizada para definir o valor que sobra
para o clube após pagar seus custos e despesas correntes. É o que se chama de Geração de Caixa, pois após comprar matéria prima, transformá-la e
vende-la, é quanto esta atividade de transformação gerou de valor. Na prática do futebol, é quanto sobra de dinheiro para o clube pagar suas dívidas e
fazer investimentos
• RECEITAS: As receitas são o montante total em recursos recolhidos pela instituição e que serão incorporados ao patrimônio do Clube. Essas
receitas servem para custear as despesas e as necessidades de investimentos. Vale ressaltar que, por muitas vezes o trabalho de planejamento
orçamentário está relacionado na projeção destas receitas, muito em função de contratos assinados, expectativas de receita em jogos e possíveis
fontes de receita que o clube possa agregar ao seu ciclo financeiro. De acordo com Rezende (2001, p. 151-152), as receitas orçamentárias podem
ser classificadas sobre três óticas principais: (a) da captação de recursos; (b) da origem de recursos; (c) do orçamento a que estão vinculadas. No
futebol, comumente temos o entendimento de Receita subdividida em RECEITAS TOTAIS consideram tudo que é Operacional, ou seja, tudo que foi
gerado no dia a dia do Clube, ainda temos uma segunda derivada, que é utilizar o conceito de RECEITA RECORRENTE, onde excluímos a Venda de
Atletas, pois apesar de ser operacional, é muito errática, e para fins de gestão deveria ser desconsiderada nos orçamentos. Ainda temos algumas
receitas que não são operacionais, como Perdão de Dívida, Abatimento de Impostos, Recuperação de Despesas e Avaliação/Reavaliação de
Ativos, bem como Ganhos na Alienação de Ativos. Estas e outras com as mesma características que podem ser classificadas como OUTRAS
RECEITAS. Outra ponderação importante está relacionado à Venda dos Atletas. Sempre que houver terceiro com parte do direito econômico e
comissão de negociação, deve-se prever essa dedução destes valores das Receitas com Venda de Atletas ou criar-se uma despesa igualmente
denominada, justamente para apresentarmos o valor que resulta no caixa do clube.
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 49

Background
• NCG (Necessidade de Capital de Giro): São os financiamentos operacionais, e geralmente num clube de futebol eles “ajustam” as receitas e os
investimentos. Primeiro vamos pensar no impacto no caso das Receitas com Vendas de Atletas. Muitas vezes as vendas são pagas à prazo. Vamos
imaginar o seguinte cenário: um atleta é vendido por R$10.000.000,00 mas o valor será pago em 2 anos, sendo R$5.000.000,00 agora e
R$5.000.000,00 no ano que vem. Nas receitas aparecerá R$10.000.000,00 como venda de atletas, mas no fluxo de caixa aparecerá “R$ 5.000.000,00
NEGATIVO” que é uma dedução da receita, pois o valor só entrará no caixa no próximo ano. No caso dos Investimentos em Compras de Atletas a ideia
é a mesma. O clube compra um atleta por R$10.000.000,00 para ser pago em duas vezes, uma já e outra no ano seguinte. No fluxo de caixa aparecerá
“R$10.000.000,00 NEGATIVOS”, como investimento (é uma saída de dinheiro do caixa do clube), mas na NCG aparecerá R$5.000.000,00 que é a parcela a
ser paga no ano seguinte. Ou seja, o clube gastou efetivamente apenas R$5.000.000,00 no ano, da mesma forma que entrou apenas R$5.000.000,00 no
caixa no caso da venda. Isto é importante para ajustar e entender a dinâmica do fluxo de caixa dos clubes

• ATIVOS/BENS: Valores que a entidade/instituição possui ou de que usufrui, podem ser BENS CORRENTES, que pertencem à organização por um curto período,
como atletas, ou BENS FIXOS ou de longo prazo, como uma propriedade que possui por muito tempo.

• PASSIVOS: Bens que são de propriedade alheia; os passivos se referem às dívidas da Entidade/Instituição. Podem ser PASSIVOS CORRENTES, a serem pagos em um curto
espaço de tempo, como o dinheiro devido para pagamento de passagens, ou PASSIVOS DE LONGO PRAZO, como uma hipoteca.

• EXCEDENTE OU SUPERÁVIT: Excesso de receitas sobre as despesas.

• DÉFICIT: Excesso de despesas sobre as receitas.

• LIQUIDEZ: O montante de dinheiro de acesso imediato para pagar as contas.

• RESERVAS: O volume de fundos disponíveis em determinado momento, mas que não estão sendo utilizados.

• BALANÇO: Uma demonstração de todos os ativos e passivos da Entidade/ Instituição. É um retrato instantâneo da posição financeira em um dado momento.

• DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO: Um registro das receitas e despesas geradas em um determinado período. Essas contas mostram se a Entidade/Instituição possui um
excedente ou um déficit.

• DESPESAS DE CAPITAL: Despesas com a aquisição ou incremento de ativos/ bens fixos, como compra de equipamentos, construções e ampliações de um prédio.
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 50

Background
Pode parecer muitos termos, mas a ideia aqui é trazer o máximo de conteúdos que facilite a organização de
TEXTO
um Plano de Gestão e o entendimento destes termos, irá facilitar a organização do sistema financeiro do
clube e até auxiliar no diálogo com os setores específicos do clube.

Após essa organização de termos, podemos dar o próximo passo e exemplificar, como a Gestão
Financeira irá ser organizada na Prática. Isso se dará através da organização do Ciclo de Gestão
Financeira, que será dividida em 04 Fases:

Planejamento
Orçamentário

Ciclo de
Implementação do
Prestação de Contas Gestão
Orçamento
Financeira

Avaliação e Controle
Receitas
“Apresentação da Organização por Fontes de receita e
Possibilidades para a Categoria de Base”
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 52

RECEITA | ORGANIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSO


TEXTO

Receita Própria

5º 2º
Lei de Incentivo ao
Publicidade e Patrocínio
Esporte

4º 3º
Centros de Iniciação
Outras Receitas
Esportiva
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 53

Receita Própria
Entendendo
TEXTO o objeto principal do departamento de categoria de base como o Processo de Identificação e
Desenvolvimento de talentos, elencamos como fonte de receita possíveis ganhos em cima deste processo,
envolvendo Mecanismo de Solidariedade, Indenização por Formação e Clausula Indenizatória, em casos de
contrato especial de trabalho firmados na categoria de base.
Sabemos que culturalmente, os principais atletas do departamento de base se acoplam no
profissional e, mesmo que isso não aconteça, são negociados por um setor especifico, geralmente
ligado ao departamento de futebol profissional. Entendemos também que um clube deve funcionar
em sua totalidade, não segmentando setores e criando concorrência interna.
Vale lembrar também, que uma porcentagem considerável de ativos do clube não são
acoplados ao elenco profissional e, ainda, demonstra uma dificuldade de encontrar negociações
em mercados primários, fazendo muitas vezes que uma dispensa aconteça e o recurso investido
se perca no processo.
O que propomos com esse sistema de arrecadação de receita, é que em caso de
negociações de ativos junto ao departamento profissional, estipule 25% da receita
destinada exclusivamente ao departamento de base e que se dê liberdade à gestão para
que negociações em mercados secundários e terciários aconteçam com atletas
“dispensáveis”, tendo um retorno de sua totalidade ao departamento de formação.
Cumprindo tais mecanismos, temos a criação de uma fonte de Receita
Própria ao Departamento de formação em cima de seu objeto principal.
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 54

Lei de Incentivo ao Esporte


Um clube de Futebol apresenta uma gama de parceiros e patrocinadores que, por
sua vez, possuem um investimento em divulgação de sua marca e outros benefícios
publicitários advindos de tal parceria.

Como forma de fomentar as práticas desportivas, o poder público desenvolveu um


sistema de isenção fiscal em troca de apoio a projetos esportivos. Essa política,
amplamente utilizada em nosso pais, possui a denominação de Lei de Incentivo ao esporte,
podendo ser Federal, regida pela Lei 11.438/2006, através de isenção fiscal sobre Imposto de
Renda, além de termos a lei estadual, tendo a isenção sobre o ICMS como forma de estimular o
contribuinte a apoiar projetos.

Entendemos essa junção de fatores, tanto a legislação, quanto a parceria já existente com Empresas,
uma excelente oportunidade de captação de receita para o projeto de formação.

Iremos adquirir, já no início da gestão, uma associação e vincular seu objeto a categoria de base do
clube. Através dessa associação, iremos inscrever projetos destinados a formação.
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 55

Centros de Iniciação Esportiva


Em muitos
TEXTO
clubes, o termo Escolas de Esportes é visto como Gastos e muitas vezes cria-se um sistema de
“licenciamento”, onde um terceiro (por vezes conselheiro do clube), explora economicamente apenas
vendendo o direito do uso da imagem do clube para escolas que já existem.
Atualmente é grande a proliferação de Escolinhas de várias modalidades na nossa sociedade, como
futebol, vôlei, basquete, natação..., destinadas a acolher um público infantil e adolescente, basicamente
compreendendo as idades de 6 até 16 anos.
Este fenômeno não é à toa. Apesar da grande concorrência, um projeto de iniciação esportiva
amplo e bem organizado, pode se tornar uma fonte de receita considerável para o clube.
A ideia é criar vários Centros de Iniciação esportiva, não tendo apenas o futebol, mas
diversas praticas da cultura corporal do movimento, como danças, ginastica, lutas e, claro,
esportes, com uma metodologia única, garantindo um ambiente rico em experiencias
motoras, cognitivas e sociais, de maneira extremamente lúdica, resgatando a cultura dos
jogos e brincadeiras de rua, gerenciado pelo próprio clube.
Um projeto como esse, bem organizado e com a força da marca do Clube, que traz
consigo uma história gloriosa, além de uma legião de torcedores, pode fazer com que
o clube tenha, não somente uma fonte de receita considerável, mas também uma
forte maneira de impulsionar ainda mais sua marca.
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 56

Publicidade e Patrocínio
O patrocínio esportivo é um investimento que uma entidade pública ou privada
faz em um evento, atleta ou equipe com a finalidade de atingir público e mercado
específico e receber, em contrapartida, uma série de vantagens como incremento de
vendas, melhoria da imagem e simpatia do público.

Considerando a especificidade das atividades dos processos de Identificação e


Desenvolvimento de Talentos, além da ampla divulgação de algumas competições
nacionais, entende-se que, a busca por patrocínio exclusivo do processo de formação,
pode-se ter uma fonte de receita e até, diminuição de custo com insumos, vinculada a um
processo que se difere do departamento profissional.

Vale ressaltar que tais parcerias, devem estar bem alinhadas com a gestão do clube, sempre
respeitando os parceiros já existentes, evitando concorrências e, mais uma vez, o entendimento do
clube como partes separadas. A ideia é que a base possa e tenha liberdade para buscar fontes de
receita próprias, tornando assim sustentável independente da situação do grupo principal, uma vez
que um projeto de desenvolvimento de talentos, em sua maioria, surtirá efeitos positivos a longo
prazo, sendo que para isso, não se pode ter alterações no planejamento, corpo de profissionais e
orçamento. Necessita-se de uma estabilidade mínima para a boa condução do trabalho.
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 57

Outras Receitas
Entendendo
TEXTOa complexidade do futebol, elencamos um centro de receitas como “Outras Receitas”, para
garantir um controle sobre fontes que não se adequam as demais, como premiações, doações e outras que
possam surgir ao longo do processo;
Despesas
“Apresentação da Organização por Centro de Custos e
Possibilidades para a Categoria de Base”
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 59

DESPESAS | CENTRO DE CUSTOS


TEXTO

Custos Administrativo

4º 2º
Custo Técnico Custo Futebol


Custo Operacional
Implementação do Orçamento
“Apresentação da proposta de implementação e mecanismos de
controle”
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 61

Implementação do Orçamento

Após o Planejamento Orçamentário, deve-se criar ferramentas de implementação da


proposta, onde temos níveis de atuação e envolvimento de mais de um setor.

No Brasil, temos visto grandes ações irresponsáveis de gestores, por motivações políticas,
desportivas ou até mesmo por falta de capacidade, que geram grandes rombos nos cofres dos
clubes. Existe uma grande semelhança, tanto no histórico irresponsável de gestores, quanto no
perfil e motivações dos mesmos, com o poder público.

No dia 04 de maio de 2000, foi publicado a Lei Complementar 101, que estabelece normas de finanças
públicas voltadas para responsabilidade na gestão fiscal. Esta lei, apresenta, dentre várias ferramentas
de controle, fluxos de planejamento e operacionalização das finanças públicas.

Do mesmo modo, é prudente que o clube crie ferramentas de controle da operacionalização das finanças,
principalmente em valores aplicados em contratos longitudinais, que somando, exercem valores expressivos
para o caixa da entidade.

Sugere-se então, a criação de FLUXOS DE REQUISIÇÃO DE COMPRAS, FLUXO DE PRONTO PAGAMENTO (com valor
definido mensalmente) e Câmara de Coordenação Orçamentária e Administração Financeira – CCOAF.
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 62

Controle e Avaliação Orçamentário


No contexto
TEXTO dos clubes de futebol, há uma escassez de aplicação de sistemas de controle gerencial e
avaliação dos processos orçamentários.
Para o projeto em questão, além da aplicação dos Indicadores de Desempenho já expostos anteriormente, e
o Conselho fiscal, previsto nos Art. 77 ao 83 do Estatuto do Clube, teremos a criação de 03 mecanismos
administrativos de controle e Avaliação do orçamento, são eles:
Câmara de Coordenação Orçamentaria e Administração Financeira (CCOAF) – Órgão colegiado, composto por
membros da Gestão do Clube, que possui como atribuição, acompanhar a execução do orçamento, analisar requisição
de compras, monitorar indicadores e deliberar sobre empenho de recursos, autorizando ou não os mesmos;

Requisição de Compras – Fluxo documental para pedido de aprovação de empenho de recurso e aquisição de
novos contratos, onde deve-se conter 03 orçamentos, Termo de Referência (Documento contendo objetivo,
fundamento, planilha detalhada de gastos). Os processos criados por esse mecanismo, devem ser arquivados,
independente do sucesso de tal solicitação, para controle e memoria institucional;

Pronto pagamento – Fluxo de empenho de recurso do clube liberado para uso cotidiano e/ou de
urgência, para demandas que não possam aguardar os processos internos de Requisição de compras,
tendo um limite de gastos de R$10.000,00 mensais, devendo ser preenchido formulário de pronto
pagamento e anexado notas fiscais para tal. O valor pode sofrer alterações mediante a solicitação
previa a CCOAF. Os processos criados por esse mecanismo, devem ser arquivados, independente do
sucesso de tal solicitação, para controle e memoria institucional;
03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 63

Fluxograma de Empenho de Recurso


Demanda de Alguma Requisição
de Serviço ou Produto
TEXTO

Existe NÃO Valor Acima SIM Encaminhamento de Empenho Montagem de Relatório SIM NÃO Requisição de compra
Contrato que de Vale insistir?
via REQUISIÇÃO DE COMPRAS conclusivo da CCOAF fracassada
atenda? R$10.000,00?

SIM NÃO
Montagem do Termo de Revisar Termo de Referencia Montagem do Processo Final da
Solicitação do Serviço ou Encaminhamento de Empenho
Referencia Compra
Compra via PRONTO PAGAMENTO

Encaminhamento de 03 NÃO
Preenchimento do Formulário Orçamentos Solicitação do Serviço ou
Geração do Relatório da Compra
Compra de Pronto Pagamento

Encaminhamento para Processo SIM Geração do Relatório da


aprovação da CCOAF aprovado? Compra
Compra ou aquisição do Serviço
Encaminhamento para o
Financeiro efetuar o pagamento
Encaminhamento para o
Financeiro efetuar o pagamento
Anexo da Nota Fiscal ao Montagem do Processo Final da Analise mensal do Pronto
Formulário Compra pagamento pela CCOAF
Montagem do Processo Final da
Compra Montagem do Processo Final da
Compra

Encaminhamento para o
Financeiro efetuar o pagamento

Analise mensal do Contrato


pela CCOAF Arquivamento do Processo

Todos os documentos serão anexados na Prestação de Contas Anual


03 GESTÃO ORÇAMENTARIA Rezende Sports 2023 64

Prestação de Contas
Ao final de cada ano será entregue ao conselho fiscal e aos gestores um documento que
compile todas as transações e empenhos, constando tanto os documentos quanto notas
fiscais, com intuito de transparecer como foi realizado o gerenciamento do recurso do clube.
GESTÃO ORGANIZACIONAL

“Tu, em campo, parecias tantos,


e no entanto, que encanto! Eras um só,
Nilton Santos”

Armando Nogueira
Organização do Capitulo

Background
“Apresentação do Tema e analise da relevância para o processo de Identificação e desenvolvimento
de Talentos”

Organograma e Atribuições
“Apresentação do Conceito de Organograma e gerenciamento intersetorial de
maneira integral, bem como a definição de Atribuição e função”

Rezende Sports 2023 66


Background
“Apresentação do Tema e analise da relevância para o processo
de Identificação e desenvolvimento de Talentos”
04 GESTÃO ORGANIZACIONAL Rezende Sports 2023 68

Background
O Primeiro
TEXTOpasso para estruturar a Gestão de Pessoas do clube, após o entendimento do funcionamento atual
advindo do Diagnostico, é a construção do Organograma do Clube.
O Organograma representa um mapa que desenha as estruturas do clube e como os processos de liderança
devem ser realizados.
Sugere-se que, para além do organograma, crie-se as ATRIUBUIÇÕES e REQUISITOS DO CARGO, para a
partir daí, se ter clareza no que se é exigido de cada setor e quais profissionais tem o perfil para ocupar
a vaga.
Obviamente que a criação do organograma está diretamente relacionada com o orçamento
disponível pelo clube, modelo de negócio, estrutura física e outros aspectos gerenciais,
contudo, compreendendo a estrutura organizacional para tal tarefa, iremos apresentar, como
proposta, o Organograma IDEAL, apresentando qual a estrutura que cria um ambiente ótimo
para o desenvolvimento de talentos.

Para além disso, apresentaremos também 03 descrições de cargos como exemplo da


organização das atribuições.
Organograma e Atribuições
“Apresentação do Conceito de Organograma e gerenciamento
intersetorial de maneira integral, bem como a definição de
Atribuição e função”
04 GESTÃO ORGANIZACIONAL Rezende Sports 2023 70

Diretoria Executiva de
Futebol de Base ÓGÃOS COLEGIADOS
• Câmara de Coordenação Orçamentária e Administração Financeira (COAF);
Assessoria Diretoria
• Conselho Deliberativo (Estatutário);
• Conselho Fiscal (Estatutário);
Gerencia de Futebol de
• Conselho Gestor (Estatutário);
Base
• Conselho Consultivo (Estatutário);
Assessoria Jurídica
(Registros)
Coordenação
Departamento de Saúde Coordenação do Departamento
de Desenvolvimento Humano

Psicologia

Medicina Coordenação do Departamento de


Coordenação do Coordenação do Departamento Coordenação do Departamento Serviços Sociais
Departamento Administrativo Técnico-Metodológico de Negócios Inteligência e Informação
Assessoria de
Enfermaria Assessoria de Pedagogia
Aux. Adm. T.I,
Comunicação

Fisioterapia
Coordenação de Análise Coordenação de Coordenação de
Supervisão Supervisão de Supervisão de Supervisão de Desempenho Performance Captação
de Futebol Almoxarifado Registros Financeira
Odontologia Análise de Comissão de Assessoria de
Desempenho Avaliação Captação
Auxiliar de
Rouparia
Nutrição Campo
Coordenação
Analista de Mercado
de Transição

Coordenação de Coordenação de Coordenação de Departamento


Iniciação Desenvolvimento Especialização e Rendimento Supervisão de
de Fisiologia Captação Regional
Departamento de
desenvolvimento Físico Observação
Técnica

Comissão Comissão Comissão Comissão Comissão Comissão Comissão Comissão Comissão Comissão Comissão Nucelos de
Sub 09 Sub 10 Sub 11 Sub 12 Sub 13 Sub 14 Sub 15 Sub 16 Sub 17 Sub 18 Sub 20 Desenvolvimento

Obs: As comissões são formadas por Treinador, Auxiliar Técnico, Preparador Físico e Treinador de Goleiro
04 GESTÃO ORGANIZACIONAL Rezende Sports 2023 71

Diretoria Executiva de Futebol de Base


Atribuições
• Ordenar Despesas e Coordenar Receitas;
• Gerenciar Contratos e Serviços envolvendo atividades das Categorias de Base;
• Planejar, Coordenar Implementação, Monitorar e Avaliar o Planejamento
de Identificação e Desenvolvimento de Talentos;
• Articular novas Receitas;
• Gerir pessoas e Organizar Processos ;
• Liderar e gerenciar todas as operações relacionadas as categorias de base do clube;
• Prestar contas anuais sobre a Execução do Orçamento e Metas atingidas dentro dos
Objetivos do Clube;
• Definir, em conjunto com os coordenadores, Macro Ciclos de treinamento, bem como
Calendário competitivo das Categorias;
• Estar em constante contato com os Gestores do Clube, reorganizando a Categoria de
Base de acordo com os interesses do clube;

Pré-Requisitos
• Ensino Superior Completo;
• Curso Executivo de Futebol da CBF;
• Experiencia prévia como Gestor em Categorias de Base no futebol;
04 GESTÃO ORGANIZACIONAL Rezende Sports 2023 72

Coordenação do Departamento Técnico-Metodológico


Atribuições
TEXTO
• Coordenar a atuação das Comissões técnicas, principalmente no planejamento das sessões de E-A-T
(Ensino-Aprendizagem-Treinamento), Conceitos Estratégicos presente no Modelo de Jogo e Controle
de Minutagem;
• Gerenciar atuação dos Coordenadores de Especialização, Desenvolvimento e Iniciação, organizando
com eles o Gerenciamento dos elencos de cada categoria;
• Organizar Reuniões Pós treino, Pós jogo, pré Jogo, reunião com outros departamentos, reunião de
planejamento semanal e/ou outras atividades que envolva as sessões de treino e/ou jogos;
• Monitorar a aplicação dos princípios de treinamento, metodologia do clube, modelo de jogo e
didática desenvolvida pelo clube pelos treinadores;
• Controlar, em conjunto com a coordenação e comissões, minutagem individual dos atletas
• Auxiliar áreas de suporte, em sua atuação interdisciplinar junto as comissões,
principalmente alinhando fluxo de informações;
• Desenvolver Relatórios e Documento de Controles de Indicadores destinado ao seu setor;
• Realizar Tarefas complementares que possam ser atribuídas ao seu cargo por seus
superiores;
Pré-Requisitos
• Ensino superior completo em Educação Física;
• Pós graduação em Pedagogia do Esporte;
• Conhecimento profundo em processos pedagógicos de desenvolvimento de
talentos;
04 GESTÃO ORGANIZACIONAL Rezende Sports 2023 73

Treinador de Especialização e Performance


Atribuições (Comissão Sub 16 / 17 / 18 / 20)
• Desenvolver Planejamento de sessões de E-A-T (Macro, Meso, Morfo e Micro
ciclo) e encaminhar aos superiores;
• Ministrar sessões de E-A-T;
• Participar das reuniões destinadas ao controle e acompanhamento da categoria,
sempre apresentando dados e reajustando postura de acordo com deliberação;
• Respeitar conteúdos destinados a esta faixa etária;
• Desenvolver aspectos estratégicos, quando permitido pela gestão, com intuito de
adaptar modelo de jogo em questões circunstanciais da categoria;
• Respeitar o modelo de jogo na condução das atividades;
• Coordenar atuação da comissão e liderar o elenco;
• Gerenciar minutagem individual dos atletas;
• Receber informações de departamentos e alinhar com a coordenação as tomadas de decisões;
• Criar modelo de Liderança e estratégias de comunicação (Didática) adequado a faixa etária;
• Transmitir valores esportivos, como fair play, respeito ao adversário, disciplina e trabalho em equipe
• Apresentar ao superior Relatórios e Controle de Indicadores, conforme demandado ao seu setor;
• Realizar Tarefas complementares que possam ser atribuídas ao seu cargo por seus superiores;
Pré-Requisitos
• Graduação em Educação Física;
• Licença A CBF Academy
GESTÃO
TÉCNICA-METODOLÓGICA

“Tu, em campo, parecias tantos,


e no entanto, que encanto! Eras um só,
Nilton Santos”

Armando Nogueira
Organização do Capitulo
Background
“Apresentação do Tema e analise da relevância para o processo de Identificação e desenvolvimento de Talentos”

Modelo De Jogo
“Apresentação do conceito de organização embasado na construção de um Modelo de Jogo e perfil por
posição/função”

Estrutura Substantiva (O que Ensinar?)


“Apresentação da organização dos conteúdos a serem ensinados no processo de
Ensino-Aprendizagem-Treinamento”

Estrutura Metodológica (Como Ensinar?)


“Apresentação da organização dos Processos Didático-Pedagógicos (Metodologia) a
serem aplicadas no processo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento”

Estrutura Temporal (Quando Ensinar?)


“Apresentação da organização dos Processos de formação de maneira
longitudinal, considerando aspectos temporais e maturacionais”

Avaliação Continuada
“Apresentação de processos de avaliação e acompanhamento do
Desempenho dos atletas, como forma de monitoramento do Trabalho”

Formação Integral
“Apresentação de Elementos pertencentes ao processo
de Desenvolvimento de talentos que traz um viés de
formação Integral dos Atletas”

Rezende Sports 2023 75


Background
“Apresentação do Tema e analise da relevância para o processo
de Identificação e desenvolvimento de Talentos”
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 77

Background
Um dos aspectos mais importantes para construção de um projeto de formação está na construção de
TEXTO
um documento orientador, por muitas vezes chamados de Caderno metodológico, mas aqui entendido
como um Projeto Político Pedagógico voltado a Gestão Técnica-Metodológica do processo de
Desenvolvimento de atletas.
Ao desenvolvermos um projeto para o clube, planejamos o que temos intenção de fazer, de realizar.
Lançamos para diante, com base no que temos, buscando o possível. Veiga (2002) apud Gadotti
(1994, p. 579) explica:
“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para
arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de
estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas
tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.”

Assim todo projeto é muito mais que um mero acumulo de informações e treinos prontos ou
algo a ser desenvolvido por questões burocráticas. O projeto tem o intuito de buscar um
rumo. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido
coletivamente.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 78

Background
Para Mello (2004) o Projeto Político Pedagógico é político, por estar associado a
compromissos sociopolíticos e a interesses reais e coletivos da população, no sentido de
formação dos cidadãos para a sociedade; é pedagógico, por definir as ações educativas
e características necessárias as escolas, para cumprirem seus propósitos e intencionalidade.
"A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática
especificamente pedagógica" (SAVIANI 1983, p. 93). Na dimensão pedagógica reside a
possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão
participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as
ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua
intencionalidade.

Assim o Projeto Político Pedagógico configura-se como a sistematização de um planejamento


participativo, no qual se define a ação educativa que será realizada na caminhada pedagógica
(BASSOLI, et al. 2011). Veiga (2002) propõe alguns princípios norteadores para o Projeto Político
Pedagógico como organização do trabalho da escola democrática, pública e gratuita, são eles:
1- Igualdade de condições para acesso e permanência na Instituição de Ensino (no caso o clube);
2- Qualidade que não pode ser privilegio de minorias econômicas e sociais (Garantir sistema de ingresso justo e qualificado);
3- Gestão democrática é um princípio consagrado pela constituição vigente;
4- O princípio da liberdade, que está sempre associado à ideia de autonomia;
5- Valorização do magistério.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 79

Background
TEXTO
Assim como a escola tradicional (principal fonte de estudo dos autores responsáveis pelo conhecimento
apresentado) pretende dar uma formação acadêmica e cultural aos seus alunos para que mais tarde
possam ser inseridos na vida ativa, o processo ensino/aprendizagem/treinamento no futebol, sendo a
essência dos Clubes na Base, deveria dar uma formação adequada aos Atletas com coerência logica,
objetivos bem definidos e adequados as diferentes fases do desenvolvimento.
Esse currículo consiste no desenvolvimento dos conteúdos: técnicos, táticos, físicos, psicológicos,
sociais, comportamentais, nutricionais, educacionais e de qualidade de vida. Sendo assim,
iremos apresentar alguns conceitos a serem construídos como orientadores ao processo de
formação, sendo de suma importância a construção do Documento Orientador, bem como,
obviamente, a operacionalização do mesmo no dia-dia do clube. Alguns conceitos já foram
apresentados ao longo do documento, ficando neste momento apenas o que ainda não foi
contemplado.
Modelo De Jogo
“Apresentação do conceito de organização embasado na
construção de um Modelo de Jogo e perfil por
posição/função”
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 81

Modelo De Jogo
Na tentativa de compreender e entender o jogo de futebol, verifica-se uma separação do jogo em quatro
TEXTO
dimensões: TÁTICA, TÉCNICA, FÍSICA E PSICOSSOCIAL. Tal entendimento nos ajuda a aprofundar a
compreensão do fenômeno desportivo, principalmente no que se refere a organização de conteúdo para
processos de Ensino-Aprendizagem-Treinamento (E-A-T).
Vale ressaltar, que apesar de todo o respaldo teórico a tal afirmação, cada vez mais surgem novas
abordagens que elegem o jogo com uma criação inteira e complexa.

Diante destas diferentes abordagens, com intuito de entender o jogo e o treino, que o molda,
entendemos que o conceito de Tática se torna crucial para a formação estratégica de todo o projeto.

Neste contexto se as definições de tática dos diferentes autores nos remetem para os
comportamentos que o jogador e/ou a equipe tomam para resolver corretamente os
problemas de jogo sistematicamente no plano da ocupação do terreno, faz sentido afirmar
que o conceito de tática pode ser concebido como a gestão do espaço de jogo pelos
jogadores e pela equipe.
Antes de continuar, vale um parênteses para ressaltar a importância de termos a
consciência dos aspectos cognitivos subjacentes a tomada de decisão, que por
muitas vezes são classificados como aspectos táticos por vários autores, e
realmente apresenta uma relevância no desempenho de experts de diversas
áreas, mas nossa ideia é construir uma reflexão sobre a gestão do espaço de
jogo, sem diminuir a importância da cognição e tomada de decisão.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 82

Modelo De Jogo
Para tal gestão, existem alguns conceitos que ajudam a organizar a tomada de decisão
coletiva dos jogadores, sendo eles SISTEMA DE JOGO, ESQUEMA DE JOGO, ESTRATÉGIA DE
JOGO, mas principalmente MODELO DE JOGO. Podemos sintetizar a definição de modelo de
jogo sobre a luz de princípios táticos específicos, que representam padrões de comportamento
a serem executados em diversos momentos de jogo. Para melhor entender esse modo de jogar,
o Modelo de jogo (organizado em princípios) será subdivididos em 03 planos:

Plano Macro – Apresentação de Macro princípios presentes nos 4 momentos do jogo (Organização Ofensiva,
Transição Defensiva, Organização Defensiva e Transição Ofensiva), além de apresentar o Sistema de Jogo como um
referencial espacial que deverá ser aplicado em todas as categorias;

Plano Meso – Apresentação dos Subprincípios, já apresentando uma forma de jogar mais clara, subdividida em 08
Sub-momentos, sendo 04 relacionados a Fase Ofensiva (Saída do Tiro de Meta, Construção das Jogadas, Criação das
Jogadas e Conclusão das Jogadas) e 04 relacionados a Fase Defensiva (Marcação do Tiro de Meta, Impedir Progressão
Espacial, Preparar para Pressionar e Recusar a Entrada nos Espaços).

Plano Micro ou Estratégico – Representa a interpretação do modelo de jogo, seja por vieses estratégicos (Próximo jogo ou perfil
de atletas disponíveis, por exemplo) ou por questões temporais (adaptação pela faixa etária dos atletas). Fazendo uma analogia
para facilitar o entendimento, Pense nos princípios propostos como uma cor, a interpretação do plano micro se dá pela variadas
tonalidades que esta cor pode atingir, de acordo com os objetivos;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 83

Modelo de Jogo
(Exposição dos Macro Princípios)
Esquema de Jogo: 1-4-3-3
(Com variações para 1-4-3-3 / 1-4-1-4-1 / 1-4-2-4 / 1-3-1-5-1 / 1-3-2-4-1 / 1-2-3-4-1 Dependendo do Fase e Momento do jogo)

Ao perder a Posse
Mudança rápida de atitude com Pressão Pós Perda

Jogo de Aproximação;
Mudança Rápida de atitude
Ataque Rápido Pressão agressiva e imediata dos
Autonomia e Autorregulação; jogadores próximo ao local da perda
Jogo em Amplitude e Profundidade; para recuperar;
1x1 Agressivo; OU
Noção de linha de passe (Bola no pé) Cobrir a bola e retardar o contra
e ataque ao espaço (Diagonais); taque obrigando o adversário a jogar
para trás;
Organização Ofensiva Organização Defensiva
Ser Protagonista, com circulação da posse de Marcação por zona com indução ao adversário as
forma efetiva e Agressivo no Ultimo Terço do Zonas de Pressão, principalmente em bloco alto
Campo
Mudança Rápida de atitude
Proteção das zonas de maior risco;
Expandi o espaço de jogo e Sair da pressão
em AMPLITUDE; Indução;
OU Encaixe e encurtamento das linhas
Diagonais e saída rápida e agressiva do com cobertura entre linhas e retirar
time da pressão em PROFUNDIDADE; linhas de passe de progressão do
adversário;

Ao Recuperar a Posse
Retirar a bola da zona de pressão de maneira vertical, principalmente
em profundidade acelerando o jogo e atacando os espaços
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 84

Modelo de Jogo | Fase Ofensiva


(Exposição dos Subprincípios)
SaídaTEXTO
do Tiro de Meta
• Variação na Saída de Bola;
• Saída Curta;
• Saída Media (Laterais);
• Saída Longa direcionada (Casquinha);
• Saída Longa quebrada;
Construção das Jogadas
• Variações no comportamento de Construção;
• Saída de 3 em diferentes Estruturas;
• Saída Sustentada;
• Posse efetiva e em Progressão;
• Variação em Progredir pelas laterais e pelo corredor Central;

Criação das Jogadas


• 1x1 Agressivo;
• Criar Superioridade Numérica;
• Alternância na Velocidade e Intensidade do jogo;
• Ataque nos espaços (Diagonais curtas e longas/lado oposto);
• Movimentação e troca de posições;

Conclusão das Jogadas


• Reciclar posição (Atacar a Bola);
• Jogadores Dispostos em Diferentes Profundidades;
• Finalizar de Média e curta distância;
• Reagir a segunda bola;
• Finalização ao Gol sempre será a primeira opção;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 85

Referências Espaciais
Corredor
Esquerdo (CE)

OE OC
OD

ME MC MD

DE DC DD
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 86

Referências Espaciais
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 87

Referências Espaciais

9,15

Epicentro
de Jogo
Linha da Bola

Centro de Jogo
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 88

Referências Espaciais

Baixo Risco

Alto Risco

Altíssimo
Risco
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 89

Modelo de Jogo | Fase Defensiva


(Exposição dos Subprincípios)
TEXTOdo Tiro de Meta
Marcação
• Bloco alto (1-4-2-4);
• Pressão agressiva na saída;
• Atenção a bola longa;

Impedir Progressão Espacial


• Impedir a progressão e induzir o jogo para os corredores laterais e para o campo defensivo do adversário;
• Retirar as opções;
• Equilíbrio defensivo;
• Postura corporal pronta para correr da 1ª Linha;
• Compactação na bola negativa e/ou coberta;
• Recuo e estar preparado para atacar a bola quando estiver positiva e/ou descoberta
Preparar para Pressionar
• Impedir a progressão e induzir o jogo para os corredores laterais e para o campo defensivo do adversário;
• Retirar as opções;
• Equilíbrio defensivo;
• Postura corporal pronta para correr da 1ª Linha;
• Compactação na bola negativa e/ou coberta;
• Recuo e estar preparado para atacar a bola quando estiver positiva e/ou descoberta;
Recusar a Entrada nos Espaços
• Concentração e ocupação das zonas de maior risco;
• Evitar igualdade numérica;
• Não permitir inferioridade numérica;
• Entrada de 3+1 na área;
• Temporização;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 90

ORGANIZAÇÃO DO PERFIL POR POSIÇÃO


Conforme já desenvolvido, tradicionalmente a qualidade do desempenho do jogo
está relacionado com quatro dimensões: Tática, Técnica, Física e Psicossocial (bangsbo
1998; Garganta, 1997; Soares, 1998);

Deste modo, com intuito de traçar o perfil de atleta que desejamos para cada posição, iremos
respeitar a subdivisão das dimensões, elencando características desejadas em cada uma delas.

As diretrizes presentes nas Características/Perfil do Atleta por posição, tem o intuito de auxiliar de
forma efetiva o processo de Identificação e Desenvolvimento de Talentos, principalmente na captação
e organização de conteúdos apresentados. Por acreditarmos que todos os atletas nas categorias de base
devem estar sujeitos a evolução e não vão chegar “prontos”, bem como entendemos a referência temporal
relacionada as diferentes faixas etárias, e para operacionalizar de forma eficaz, foi desenvolvido uma tabela
referência, com a porcentagem dos itens levantados a ser buscado em cada Categoria, criando assim o Perfil
de Egresso a cada categoria, sendo utilizado como princípio norteador para progressão de conteúdo.
15% 30% 40% 50% 75% 90%
Sub 09 Sub 11 Sub 13 Sub 15 Sub 17 Sub 20

25% 35% 45% 60% 85%


Sub 10 Sub 12 Sub 14 Sub 16 Sub 18

Obs: Sabemos que pode parecer confuso misturar um indicador qualitativo com referências quantitativas, mas pense que a subjetividade presente na analise está relacionada ao perfil completo
e que estamos falando de comportamentos. Deste modo essas diretrizes servem de referência, sempre buscando que os atletas tenham prognósticos positivos a se desenvolver todos os
elementos apresentados.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 91

CARACTERISTICA/PERFIL DO ATLETA | GOLEIRO


Técnico
TEXTO
• Boa Execução dos Fundamentos Técnicos Básicos • Reposição de bola (Mãos, voleio e bolas paradas); • Parede / posição base;
Defensivos (Posição Básica, Punho, Entrada, Saída de • Bilateralidade nas ações; • Técnicas de Recomposição corporal (Giro, alavanca e
gol/cruzamento, Pegada Alta e Quedas Laterais); • Cabeceio defensivo; cruzada de perna);
• Jogo com os pés (Recepção, passe curto e passe longo, • Rebatida;
tanto em amplitude quanto em profundidade); • Espacate;

Tático
• Posicionamento na Organização Defensiva e • Antecipação; • Leitura de Jogo;
Ofensiva; • Cobertura Defensiva; • Reação;
• Tomada de Decisão; • Cobertura Ofensiva / Criar linha de passe na fase de
• 1x1; Construção;

Físico

• Biótipo (Estatura, envergadura e composição • Força; • Coordenação Motora;


corporal); • Agilidade;
• Potência; • Aceleração;

Psicológico
• Concentração : centrada, alternada e • Confiante e passar confiança para o time; • Resiliente- excelente ( tomar gol e não se
dividida- excelente • Visão periférica: boa abater)
• Antecipação: ótimo • Comunicativo • Capaz de suportar pressão- excelente;
• Tempo de reação: o melhor do time • De preferência- líder: orientar o time • Sereno: não pode ser ansioso.
• Focar e refocar; • Mentalidade decisiva: não pode ter dúvidas
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 92

CARACTERISTICA/PERFIL DO ATLETA | LATERAL


Técnico
• Passe (Cruzamentos); • Postura de marcação a distância; (bote);
• Bilateralidade nas ações; • Cabeceio Defensivo;
• Condução de bola em velocidade; • Recepção e domínio;
• Proteção de bola prox. Corpo; • Ação defensiva de pressão ao portador da bola

Tático
• 1x1 defensivo; decisão); • Jogo defensivo em bola coberta/descoberta,
• 1x1 e 1+1x1 ofensivo; • Qualidade na marcação; positiva/negativa e bola boa/bola ruim;
• Tabelas; • Espaço sem bola;
• Ataque Rápido em superioridade numérica; • Contenção;
• Disputar primeira bola quebrada; • Cobertura defensiva;
• Qualidade do apoio (ultrapassagens, tomadas de • Compactação;

Físico

• Biótipo para a posição; • Resistência de Velocidade;


• Força; • Resistência Aeróbia;
• Resistência de força; • Resistencia a Fadiga;

Psicológico
• Rápida reação na transição- reagir rápido ao • Ter um bom timing; • Resistente a fadiga mental;
perder a bola e ofensivamente; • Pode ser agressivo positivamente; • Coletivo;
• Atenção e concentração boa; • Ativo e volúpia (não pode ser preguiçoso); • Bom ouvinte (aguentar o treinador);
• Voluntarioso; • Enérgico;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 93

CARACTERISTICA/PERFIL DO ATLETA | ZAGUEIRO


Técnico
TEXTO
• Cabeceio; • Passe Curto e médio;
• Bilateralidade nas ações; • Téc. De marcação no jogo de chão;
• Qualidade da quebra (passe); • Téc. De marcação jogo aéreo;

Tático
• Princípios Táticos Fundamentais defensivos; • Tempo de bola; • Compactação Defensiva (Amplitude e Profundidade);
• 1x1 Defensivo (aéreo e chão); • Disputa da primeira bola quebrada; • Encurtar/Diminuir a relação de Tempo/espaço do
• Cobertura na última linha defensiva; • “Bola Quebrada” quando necessário; adversário;

Físico

• Biótipo para a posição; • Velocidade; • Resistência Anaeróbia;


• Força • Resistência de força; • Resistencia a Fadiga;
• Potência; • Resistência Aeróbia;

Psicológico
• De preferência: líder • Consegue se controlar emocionalmente e • Prudente;
• Comunicação: excelente. Ter atitude para agir sobre pressão; • Precisa ser agressivo positivamente para
orientar os companheiros sem passar • Concentrado e alerta: capacidade de focar e atacar a bola no ataque.
afobação ou insegurança. refocar. • Voluntarioso na cobertura;
• Antecipação: excelente • Não pode ser ansioso ou demonstrar isso • Resistencia a fadiga mental;
• Tempo de reação: excelente nas atitudes dentro do campo;
• Ter um excelente timing; • Não pode ter agressividade negativa;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 94

CARACTERISTICA/PERFIL DO ATLETA | 1º VOLANTE


Técnico
• Passe; • Recepção e domínio; • Passe em amplitude;
• Bilateralidade nas ações; • Ação defensiva de pressão ao portador da bola • Disputar primeira e segunda bola quebrada;
• Postura de marcação a distância; • Marcação a distância;
• Cabeceio Defensivo; • Abordagem Agressiva;

Tático
• Ataque Posicional; • Passe de segurança (Execução e dar opção); • Cortar linhas de passe;
• Saída de 3; • Temporização;
• Fase da tomada de bola; • Contenção;
• Antecipação; • Concentração;
• Espaço com bola; • Cobertura Defensiva;

Físico

• Biótipo para a Posição; • Resistência de força;


• Força; • Resistencia Aeróbica;
• Potência;

Psicológico
• Precisa ser ativo, volúpia para conectar a defesa • Precisa ser alerta. • Consciência 360º do jogo.
ao ataque; • Concentração alternada e dividida: excelente • Voluntarioso;
• O ritmo do jogo é controlado por ele. • De preferência: líder e comunicativo • Agressivo positivamente;
• Consciência do jogo, controlar tempo e • Precisa ter atitudes coletivas • Responsável pela posição;
velocidade. • Menos individualista de todos • Obediência tática;
• Antecipação: ótima • Precisa ter boas relações com outros da equipe.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 95

CARACTERISTICA/PERFIL DO ATLETA | 2º VOLANTE


Técnico
TEXTO
• Passe (curto, Longo em amplitude e profundidade, jogar • Cabeceio Defensivo; • 1x1 defensivo;
com 1 toque); • Recepção e domínio; • Marcação a distância;
• Bilateralidade nas ações; • Ação defensiva de pressão ao portador da bola • Disputar primeira e segunda bola quebrada;
• Postura de marcação a distância; • Tabelas;

Tático
• Ataque Posicional; • Cobertura ofensiva; • Concentração;
• Ataque Rápido; • Espaço com bola; • Cobertura Defensiva;
• Contra Ataque; • Passe de segurança (Execução e dar opção); • Cortar linhas de passe;
• Jogo de Aproximação • Triangulação; • Pressão pós perda;
• Fase da tomada de bola; • Leitura de jogo;
• Antecipação; • Temporização;
• Desmarcar-se; • Contenção;

Físico

• Biótipo para a Posição; • Resistencia Aeróbica;


• Força; • Resistencia Anaeróbia;
• Resistência de força;

Psicológico
• Precisa ser ativo, volúpia para conectar a • Concentração alternada e dividida: • Consciência 360º do jogo.
defesa ao ataque; excelente • Voluntarioso;
• O ritmo do jogo é controlado por ele. • De preferência: líder e comunicativo • Agressivo positivamente;
• Consciência do jogo, controlar tempo e • Precisa ter atitudes coletivas • Responsável pela posição;
velocidade. • Menos individualista de todos • Obediência tática;
• Antecipação: ótima • Precisa ter boas relações com outros da
• Precisa ser alerta. equipe.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 96

CARACTERISTICA/PERFIL DO ATLETA | MEIA


Técnico
• Passe (assistência, Lançamentos, passes longos, • Fase da tomada de bola;
Cruzamento); • Finalização a Curta distância (dentro da área); • Disputar segunda bola quebrada;
• Conduzir a bola próxima do corpo; • Bilateralidade nas ações; • Driblar / Fintar;
• Finalização de longa distância; • 1x1 ofensivo; • Tabelas;
• Jogo em 1 toque; • Ação defensiva de pressão ao portador da bola;

Tático
• Jogo com superioridade Numérica; • Desmarcar-se; • Penetração;
• Marcação a distância; • Tomada de decisão (Último passe, momento do • Criar superioridade Numérica;
• Ataque Posicional; drible e finalização); • Cobertura Defensiva;
• Jogo de Aproximação; • Cobertura ofensiva; • Cortar linhas de passe;
• Triangulação; • Espaço com bola; • Chegada na Área do Adversário;
• Ataque Rápido; • Leitura de jogo; • Pressão pôs Perda;
• Antecipação; • Intensidade de passe em profundidade;

Físico

• Biótipo para a Posição; • Força explosiva (Potência);


• Força; • Resistencia Aeróbica;
• Velocidade acíclica com bola;

Psicológico
• Consciência 360º do jogo ( menos que o volante); passe ou de chutar ao gol ou partir para o drible. • Confiante e decisivo;
• Ativo e energizado; • Alto nível de percepção do que está acontecendo • Criativo;
• Pode ser individualista; no jogo sobre estímulos complexos; • Coragem para arriscar;
• Precisa ser ambicioso e ter agressividade positiva; • Tempo de tomada de decisão: milésimos de • Visão periférica- excelente
• Tomar a decisão correta e rápida na hora de dar o segundo. • Concentração centrada, alternada e dividida- boa
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 97

CARACTERISTICA/PERFIL DO ATLETA | ATACANTE DE BEIRADA


Técnico
TEXTO
• Passe (assistência, Cruzamento); • Finalização; bola, pressão ao erro, indução, bote);
• Bilateralidade nas ações; • Velocidade com Bola;
• Drible; • Ação defensiva de pressão ao portador da bola (cobrir a • Cabeceio Ofensivo;

Tático
• Tabelas; • Contra-ataque; drible e finalização);
• 1x1 ofensivo; • Fase da tomada de bola; • Mobilidade de Ruptura;
• Marcação a distância; • Antecipação; • Segundo pau (Finalização de primeira e cabeceio);
• Ataque Posicional • Desmarcar-se; • Penetração;
• Jogo de Aproximação • Driblar / Fintar; • Espaço;
• Ataque Rápido; • Tomada de decisão (Último passe, momento do

Físico

• Biótipo para a posição; • Força explosiva (Potência); • Resistencia de Velocidade;


• Força; • Resistencia Aeróbica;
• Velocidade acíclica com bola; • Resistencia Anaeróbia;

Psicológico

• Ambicioso e agressivo positivamente; • Energizado e ativo; • Coragem.


• Pode ser impulsivo; • Tomar decisões com rapidez; • Resiliência;
• Competitivo; • Criativo.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 98

CARACTERISTICA/PERFIL DO ATLETA | ATACANTE CENTRAL


Técnico
• Passe (Pivô); • Finalização; • Bilateralidade nas ações;
• Drible (Principalmente com a bola próxima do • Finalização de Primeira; • Ação defensiva de Indução e pressão ao portador
corpo); • Recepção para a Finalização; da bola;
• Proteção da bola; • Cabeceio;

Tático
• Tabelas; • Ataque Rápido; • Noção tempo-espaço (Posicionamento na área);
• 1x1 ofensivo (Criar oportunidade de finalização); • Fase da tomada de bola; • Oportunismo;
• Marcação a distância; • Antecipação; • Penetração;
• Ataque Posicional; • Desmarcar-se; • Espaço;
• Jogo de Pivô; • Driblar / Fintar;
• Diagonais (Curtas e longas); • Tomada de decisão (finalização);
• Jogo de Aproximação • Mobilidade de Ruptura;

Físico

• Biótipo para a posição; • Força explosiva (Potência); • Resistencia de Velocidade;


• Força; • Resistencia Aeróbica;
• Velocidade acíclica com bola; • Resistencia Anaeróbica;

Psicológico
• Persistente; • Paciente; • Coragem;
• Para alguns treinadores, é imprescindível ser • Tempo de tomada de decisão: excelente; • Inteligente;
impulsivo; • Decisivo; • Resistencia a dor;
• Agressividade positiva; • Oportunista; • Individualista;
• Antecipação e tempo de reação : nível EXCELENTE • Frio; • Mentalidade decisiva;
Estrutura Substantiva
(O que Ensinar?)
“Apresentação da organização dos conteúdos a serem
ensinados no processo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento”
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 100

Matriz de Conteúdos | Conteúdos Gerais


A Matriz de Conteúdo a ser passada aos atletas dizem respeito à grupos de saberes Futebolísticos com características e dinâmica similares, agrupados para facilitar o
controle de minutagem dedicados a cada um, podendo estas serem utilizadas para diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:

Treinamento de Base
Treinamento Tático Treinamento Motor
Capacidades Táticas Básicas Estruturas Funcionais Treinamento Cognitivo Habilidades Fundamentais Treinamento Coordenativo Família de Habilidades Motoras
E.F. Gerais: Percepção;
1x0;
1x1; Memória de Trabalho; Controle dos Ângulos;
Acertar o alvo; 1+1x1; Coordenação com bola:
2x1; Memória de longo prazo; Regulação de Aplicação da Força;
Habilidades Locomotoras: correr,
Transportar a bola para o
2x2; galopar, saltitar, salto sobre Pressão de tempo;
objetivo;
obstáculo, salto horizontal, deslizar
1+2x2; Flexibilidade Cognitiva; Determinar o momento do passe;
lateralmente;
Jogo coletivo; 3x2; Pressão de precisão;
Determinar linha de corrida e tempo
3x3; Controle Inibitório;
da bola;
Criar superioridade
1+3x3; Pressão de Organização;
Numérica;
E.F. Direcionada: Atenção; Oferecer-se;
Reconhecer espaços; 1x0; Pressão de Complexidade;
1x1; Antecipação; Habilidades Manipulativas: rebater Antecipar a direção do passe;
Se oferecer e se orientar; 1+1x1; uma bola estacionária, chutar, quicar, Pressão de variabilidade;
2x1; Pensamento Convergente; receber, lançar por cima do ombro e Antecipação defensiva;
Superar o adversário; 2x2; rolar a bola no chão. Pressão de carga;
1+2x2; Pensamento Divergente; Observação dos deslocamentos;
3x2;
3x3; Tomada de Decisão;
1+3x3;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 101

Matriz de Conteúdos | Conteúdos de Formação


A Matriz de Conteúdo a ser passada aos atletas dizem respeito à grupos de saberes Futebolísticos com características e dinâmica similares, agrupados para facilitar o
controle de minutagem dedicados a cada um, podendo estas serem utilizadas para diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:

Gesto Técnico
ATAQUE DEFESA GOLEIRO
1 – Ações motoras sem bola: 1 – Ações Motoras 1 – Ações motoras
Corrida com mudança de direção Deslocamentos: Deslocamentos para frente, para trás, para os lados
Deslocamentos de frente, de costas, laterais • De frente Saltos
Freadas bruscas, giros, saltos • De costas Sprints
Corte em V, L e Vai e Volta • Laterais 2 – Técnicas para segurar a bola
2 – Ações motoras com bola • Com mudança de direção Bolas rasteiras, meia altura e altas
Condução Saltos 3 – Reposição da bola em jogo
• Trajetória Giros Quanto à distância (curta, média e longa)
• Toque 2 – Uso do corpo Quanto à trajetória: rasteira, parabólica,...
Passe Proteção da bola (bloquear) Quanto ao toque; pé e mãos
• Quanto à bola 3 – Tomada da bola Quanto à bola: parada ou em movimento
• Quanto ao executante Antecipação 4 – Saída do gol
• Quanto à distância Passe Fora da área: com o pé, cabeça,...
• Quanto à trajetória Jogador Dentro da área com as duas ou com uma das mãos: socar, agarrar, desviar
• Quanto ao toque Disputa da bola 5 – Queda
Finalização 1ª fase: aproximação Bola rasteira, meia altura ou alta
• Quanto à bola • Frente 6 – Espalmar a bola
• Quanto ao executante • Diagonal Com as duas mãos ou com uma das mãos
• Quanto ao tipo • Atrás Mão trocada
• Quanto à distância 2ª fase: abordagem Bolas rasteiras, meia altura e altas
• Quanto à trajetória • De frente
• Quanto ao toque • Por trás
Drible • De lado
• Quanto à bola • Acompanhamento
• Quanto ao executante 3ª fase: desarme
• Execução 4 – Cobertura do companheiro
Recepção (domínio)
• Quanto à trajetória da bola
• Quanto ao toque
• Quanto ao executante
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 102

Matriz de Conteúdos | Conteúdos de Formação


A Matriz de Conteúdo a ser passada aos atletas dizem respeito à grupos de saberes Futebolísticos com características e dinâmica similares, agrupados para facilitar o
controle de minutagem dedicados a cada um, podendo estas serem utilizadas para diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:

Técnicas Especificas por Posição


Goleiro: Zagueiros: Laterais: Volante: Meias: Atacante de Beirada: Atacante Central:
Passe (assistência, enfiada de
Reposição de bola Rápida e Lenta Cabeceio Defensivo Passe Passe (curto, virada de jogo,1 Passe
bola, Lançamentos, passes Passe (Pivô);
(Curta, média e longa); (Cruzamentos); (Cruzamentos); toque); (Cruzamentos);
longos, Cruzamento, 1 toque);
Cabeceio Defensivo Passe Passe Drible (Principalmente com a
Saída do gol na bola aérea; Postura de marcação a distância; Drible;
(Cruzamentos de Bico); (Cruzamentos de Bico); (Cruzamentos de Bico); bola próxima do corpo);
Cabeceio Defensivo Conduzir a bola próxima do
Saída do gol no 1x1; Condução de bola em velocidade; Cabeceio Defensivo Drible e velocidade com bola; Proteção da bola;
(Bola Quebrada); corpo;
Cabeceio Ofensivo Finalização Finalização
Jogar com os pés; Proteção de bola prox. Corpo; Recepção e domínio; Finalização de longa distância;
(Finalização bola aérea); (Bola no 2º Pau) (Cruzamento)
Qualidade da quebra Finalização Finalização
Velocidade de Reação; Postura de marcação a distância; Recepção e domínio Orientado ; Finalização de média distância;
(passe longo); (Cruzamento) (Corte e Finalização)
Cabeceio Defensivo Ação defensiva de pressão ao Finalização
Técnica de defesa; Recepção e Passe Curto e médio; Recepção e domínio Orientado ; Finalização de longa distância;
(Cruzamentos); portador da bola (bote); (Corte para dentro e Finalização)
Téc. De marcação no jogo de Cabeceio Defensivo
Bilateralidade nas ações; Finalização de longa distância; Finalização de média distância;
chão; (Cruzamentos de Bico);
Cabeceio Defensivo Ação defensiva de pressão ao
Téc. De marcação jogo aéreo; Finalização de média distância; Finalização de Curta distância;
(Bola Quebrada); portador da bola e cobertura;
Recepção e domínio para
Finalização de Curta distância; Cabeceio;
progredir;
Ação defensiva de pressão ao
Ação defensiva de pressão ao
portador da bola (cobrir a bola, Bilateralidade nas ações;
portador da bola (bote);
pressão ao erro, indução, bote);
Ação defensiva de Indução e
Domino bola Longa pressão ao portador da bola;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 103

Matriz de Conteúdos | Conteúdos de Formação


A Matriz de Conteúdo a ser passada aos atletas dizem respeito à grupos de saberes Futebolísticos com características e dinâmica similares, agrupados para facilitar o
controle de minutagem dedicados a cada um, podendo estas serem utilizadas para diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:
Ações Técnico-Táticos
INDIVIDUAL
Defesa Ataque Goleiro
Marcação à distância Passar Optar por uma forma de defesa (mão trocada, socando,...)
Fases da tomada de bola Chutar Saída de bola
Antecipação Driblar /fintar Saída de gol
Acompanhamento Desmarcar-se Colocação no gol
Evitar a progressão Deslocar-se
Levar o adversário a uma posição desfavorável
GRUPO
Defesa Ataque Goleiro
Cobertura Tabela
Orientação quanto ao posicionamento nas diferentes situações
Tomada do homem / troca de homem Cruzamento
Puxar o contra-ataque
Balanço defensivo Corta-luz
Balanço ofensivo
COLETIVA
Defesa Ataque Goleiro
Quanto ao tipo Tática de contra-ataque Puxar o contra-ataque
Sistema de Jogo (ex: 1-4-4-2, 1-4-3-3, 1-3-5-2) – explorar as fraquezas
Zona Jogar com o tempo
do adversário
Individual Jogar com o tempo Posicionamento nas bolas paradas
Mista Bolas paradas
Quanto ao posicionamento
Pressão
Meia pressão
Espera
Quanto ao atacante
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 104

Matriz de Conteúdos | Conteúdos de Formação


A Matriz de Conteúdo a ser passada aos atletas dizem respeito à grupos de saberes Futebolísticos com características e dinâmica similares, agrupados para facilitar o
controle de minutagem dedicados a cada um, podendo estas serem utilizadas para diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:

Treinamento Tática
Princípios Táticos Gerais Princípios Táticos Operacionais Princípios Táticos Fundamentais

ATAQUE ATAQUE

Conservar a bola; Penetração;

Tentar criar superioridade numérica; Construir ações ofensivas; Cobertura Ofensiva;

Progredir pelo campo de jogo adversário; Espaço;

Criar situações de Finalização; Mobilidade de Ruptura;

Finalizar a baliza adversária; Unidade Ofensiva;

Evitar igualdade numérica; DEFESA DEFESA

Impedir a progressão do adversário; Contenção;

Reduzir o espaço de jogo adversário; Cobertura Defensiva;

Proteger a baliza; Equilíbrio;

Não permitir inferioridade numérica; Anular as situações de finalização; Concentração;

Recuperar a bola; Unidade Defensiva;


05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 105

Matriz de Conteúdos | Conteúdos de Formação


A Matriz de Conteúdo a ser passada aos atletas dizem respeito à grupos de saberes Futebolísticos com características e dinâmica similares, agrupados para facilitar o
controle de minutagem dedicados a cada um, podendo estas serem utilizadas para diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:

Treinamento Tático
Princípios Táticos Específicos (MODELO DE JOGO)
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA TRANSIÇÃO DEFENSIVA ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA TRANSIÇÃO OFENSIVA
Método de Jogo Macro Princípios de Jogo Método de Jogo Macro Princípios de Jogo
Expandi o espaço de jogo e Sair da pressão em Pressão agressiva e imediata dos jogadores próximo ao local
Ataque Posicional Marcação Individual
AMPLITUDE; da perda para recuperar;
Diagonais e saída rápida e agressiva do time da Cobrir a bola e retardar o contra taque obrigando o adversário
Ataque Rápido Marcação por Setor
pressão em PROFUNDIDADE; a jogar para trás
Contra-ataque Aculturação e Criação de Hábitos Marcação Individual por Setor Aculturação e Criação de Hábitos
Macro Princípios de Jogo Mudança Rápida de Atitude Marcação Zonal Mudança Rápida de Atitude
Jogo de Aproximação; Marcação Mista
Autonomia e Autorregulação; Pressing e Pressão
Jogo em Amplitude e Profundidade; Macro Princípios de Jogo
1x1 Agressivo; Proteção das zonas de maior risco;
Noção de linha de passe (Bola no pé) e ataque ao espaço (Diagonais); Indução;
Encaixe e encurtamento das linhas com cobertura entre
Aculturação e Criação de Hábitos linhas e retirar linhas de passe de progressão do
adversário;
Movimentação e Trocas de Posições; Aculturação e Criação de Hábitos
Ter o máximo de tempo possível de posse da bola (Coletivo); Cobertura Defensiva;
Ficar o mínimo de tempo possível com a bola no pé (Individual); Postura Corporal Defensiva (Epicentro de Jogo);
Aumentar o Espaço Efetivo de jogo (Amplitude e Profundidade); Time em Bloco (Coeso, Compacto e Encurtado);
Leitura da situação espacial do jogo (Paciência/Agressividade);
Criar Superioridade Numérica:
Agressividade no Ultimo Terço
Mudanças de intensidade e Velocidade de Jogo
Primeira opção sempre a busca do gol;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 106

Matriz de Conteúdos | Conteúdos Estratégicos


A Matriz de Conteúdo a ser passada aos atletas dizem respeito à grupos de saberes Futebolísticos com características e dinâmica similares, agrupados para facilitar o
controle de minutagem dedicados a cada um, podendo estas serem utilizadas para diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:

Os Conteúdos considerados Estratégicos estão relacionados aos saberes desenvolvidos dentro da lógica interna dos
Modelos de jogos e Princípios Táticos Específicos utilizados dentro de determinada equipe e competição. São eles:

• Modelo de Jogo (Sub Princípios e Sub Sub Princípios)


• Variações Estratégicas no Modelo de Jogo;
• Análise e Preparação para enfrentamento do Modelo de Jogo de Determinado Adversário;

Obs: Durante a iniciação esta minutagem de treinamento é dividida entre Futsal, Fut 07 e Futebol;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 107

Matriz de Conteúdos | Competição


A Matriz de Conteúdo a ser passada aos atletas dizem respeito à grupos de saberes Futebolísticos com características e dinâmica similares, agrupados para facilitar o
controle de minutagem dedicados a cada um, podendo estas serem utilizadas para diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:

Os Conteúdos considerados Competição, refere-se aos momentos de Formação voltados a Competição propriamente
dita, sendo subdividida em:

• Jogos Amistosos;
• Competições Regionais;
• Competições Estaduais;
• Competições Nacionais;
• Competições Internacionais;

Obs: Durante a iniciação esta minutagem competitiva é dividida entre Futsal, Fut 07 e Futebol;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 108

Matriz de Conteúdos | Minutagem

CONTEÚDOS FORMATIVOS CONTEÚDOS COMPETITIVOS


Total
Horas /
Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégico Competição
Categoria (Conceitual) (Conceitual) (Contextual)
% Total % Total % Total % Total
Sub-09 220 52% 114,4 20% 44 20% 44 8% 17,6
Sub-10 330 35% 114,4 40% 132 20% 66 5% 17,6
Sub-11 330 27% 88 40% 132 20% 66 13% 44
Sub-12 330 20% 66 47% 154 20% 66 13% 44
Sub-13 396 17% 66 50% 198 22% 88 11% 44
Sub-14 396 17% 66 44% 176 28% 110 11% 44
Sub-15 396 6% 22 39% 154 39% 154 17% 66
Sub-16 396 6% 22 39% 154 44% 176 11% 44
Sub-17 396 6% 22 22% 88 56% 220 17% 66
Sub-18 396 6% 22 33% 132 44% 176 17% 66
Sub-20 792 6% 44 11% 88 56% 440 28% 220
Total 4378 15% 646,8 33% 1452 37% 1606 15% 673,2
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 109

Matriz de Conteúdos | Minutagem

CONTEÚDOS FORMATIVOS CONTEÚDOS COMPETITIVOS


Total Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégico
Horas / Competição
(Conceitual) (Conceitual) (Contextual)
Categoria
Horas/Mês Horas/Sem. Horas/Mês Horas/Sem. Horas/Mês Horas/Sem. Horas/Mês Horas/Sem.
Sub-09 220 10,4 2,6 4 1 4 1 1,6 0,4
Sub-10 330 10,4 2,6 12 3 6 1,5 1,6 0,4
Sub-11 330 8 2 12 3 6 1,5 4 1
Sub-12 330 6 1,5 14 3,5 6 1,5 4 1
Sub-13 396 6 1,5 18 4,5 8 2 4 1
Sub-14 396 6 1,5 16 4 10 2,5 4 1
Sub-15 396 2 0,5 14 3,5 14 3,5 6 1,5
Sub-16 396 2 0,5 14 3,5 16 4 4 1
Sub-17 396 2 0,5 8 2 20 5 6 1,5
Sub-18 396 2 0,5 12 3 16 4 6 1,5
Sub-20 792 2 0,5 4 1 20 5 10 2,5
Total 4378 411,4 1260,6 1293,6 987,8
Estrutura Metodológica
(Como Ensinar?)
“Apresentação da organização dos Processos Didático-
Pedagógicos (Metodologia) a serem aplicadas no processo de
Ensino-Aprendizagem-Treinamento”
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 111

Princípios Didático-Pedagógico | Metodologia


Na literatura na área da Pedagogia do Esporte, relacionada a processos de
Ensino-aprendizagem-Treinamento utiliza-se atualmente o conceito de modelo em
substituição ao de método . Por meio deste modelo obtém-se uma perspectiva mais
compreensiva e integral do processo de ensino e permite-se a elaboração de um plano
global e uma abordagem de Ensino-Aprendizagem coerente. Com isso iremos trabalhar com
a ideia de Modelo integrando todos os princípios que norteiam nossa prática.

Elegemos alguns princípios que devem estar presentes durante todo o Processo, são eles:

• Jogar para aprender e Aprender Jogando


“Transforma as sessões de treino mais atraentes aos participantes, uma vez que temos a prática de jogos, em detrimento a práticas mecanizadas e
repetitivas, como base metodológica das aulas;”.

• Oportunizar ambiente criativo de experimentação motora e cognitiva.


“Todas as sessões de treino devem garantir uma variedade de estímulos, sempre oportunizando aos alunos vivencias ricas e criativas de experiencias
motoras e cognitivas, tanto gerais quanto especificas a uma modalidade.”

• O jogo como Exercício e o Exercício como Jogo.


“Todas as atividades, exercícios e/ou jogos desenvolvidos nas sessões de ensino-aprendizagem-treinamento devem ter um link direto com todo o processo
didático-pedagógico proposto pela matriz apresentada, bem como estar diretamente relacionada com a proposta específica do programa e as sessões de
Ensino-Aprendizagem passadas e futuras, criando um processo interligado de ensino.”

• Ao se ensinar Esporte, Ensinar mais do que Esporte.


“Todo processo de ensino-aprendizagem-treinamento é constituído das relações que se estabelecem entre professor-aluno no ato de educar. Portanto, torna-
se necessário ensinar o esporte, não deixando de abordar conteúdos específicos da modalidade em questão, assim como se ensinar pelo esporte, tendo o
esporte como meio para desenvolvimento de competências, comportamentos, atitudes, valores”.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 112

Princípios Didático-Pedagógico
“Ambiente de Jogo”
Garantia do
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 113

Matriz Metodológica
Jogos Reduzidos Treinamento Posicional Jogo Grande
• Comp. Estruturais: Variáveis Flexíveis; • Comp. Estruturais: Variáveis Flexíveis; • Comp. Estruturais: Variáveis Fixas;
• Elemento Didático: Complexidade Baixa; • Elemento Didático: Complexidade Variável; • Elemento Didático: Complexidade Alta;
Dificuldade Flexível; Dificuldade Média/Baixa; Dificuldade Flexível;
• Carga: Intensidade Alta x Volume Baixo ; • Carga: Intensidade Baixa x Volume Médio; • Carga: Intensidade Média x Volume Alto;
• Lógica do Treino: Conceitual; • Lógica do Treino: Contextual; • Lógica do Treino: Contextual;

G G G

G
G

G
G

G G G G

Treino Situacional Recuperação Ativa / Jogos de Rua Treinamento Técnico


• Comp. Estruturais: Variáveis Flexíveis; • Comp. Estruturais: Variáveis Flexíveis;
• Comp. Estruturais: Variáveis Flexível;
• Elemento Didático: Complexidade Baixa • Elemento Didático: Complexidade Baixa x
• Elemento Didático: Complexidade Flexível;
Dificuldade Baixa; Dificuldade Flexível;
Dificuldade Flexível;
• Carga: Intensidade Baixa x Volume Baixo; • Carga: Intensidade Variável x Volume Médio/Baixo;
• Carga: Intensidade Média x Volume Alto;
• Lógica do Treino: Lúdico (Conceitual ou Contextual); • Lógica do Treino: Gesto Técnico;
• Lógica do Treino: Contextual;
G
G G

G G
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 114

Princípios Didático-Pedagógico
Os métodos de treino dizem respeito à grupos de atividades com características e dinâmica similares, podendo estas serem utilizadas para
TEXTO
diversos objetivos dentro do processo de formação de jogadores:
• Jogos Reduzidos; • Jogo Grande; • Treinamento Posicional;
• Treino Situacional • Recuperação Ativa; • Treinamento Técnico;

Morfo Ciclo
10
JOGO REDUZIDO

JOGO REDUZIDO

TREINAMENTO
JOGO GRANDE

JOGO GRANDE
9

POSICIONAL

FOLGA
JOGO
8

5 JOGO REDUZIDO

JOGO REDUZIDO
TREINAMENTO

TREINAMENTO

TREINAMENTO
4
TÉCNICO

TÉCNICO

TÉCNICO

FOLGA
JOGO
3

0
Segunda-Feira Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-Feira Sábado Domingo
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 115

Princípios Didático-Pedagógico | Didática


A prática docente não é uma tarefa muito simples e intuitiva, principalmente quando trazemos para um ponto de vista mais
TEXTO
ampliado e reflexivo, onde esta ação deve ir além da simplicidade da palavra Formar ou, da pratica Formadora, afinal, para nós, a
pratica docente não é transferir conhecimento, mas criar a possibilidade para a sua produção ou a sua construção.

Paulo Freire, em sua obra de 1996, intitulada de “PEDAGOGIA DA AUTONOMIA – Saberes Necessários à Prática
Educativa” , elaborou uma teoria, ou, como ele mesmo preferia dizer “uma certa compreensão ético-critico-política da
educação”, que tem como uma de suas bases o diálogo que possibilita a conscientização com o objetivo de formar
cidadãos da práxis progressista, transformadores da ordem social, econômica e política injusta. Nesta obra, ele
apresenta reflexões a relação educadores-educandos, orientadas para a prática desse diálogo político-pedagógico e
calcadas nas virtudes éticas, para que estabeleçam as condições que abram a possibilidade de ambos se existenciarem
na autonomia, na cidadania responsável e na apropriação crítica do conhecimento e sua recriação, que por sua vez, se
manifesta através de alguns princípios docentes que elegemos de suma importância para a pratica de nossos
professores, são eles:

• Ensinar exige rigorosidade metódica; • Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos
• Ensinar exige pesquisa; direitos dos educandos;
• Ensinar exige respeito aos saberes dos Educandos; • Ensinar exige alegria e esperança;
• Ensinar exige criticidade; • Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível;
• Ensinar exige Estética e Ética; • Ensinar exige curiosidade;
• Ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo; • Ensinar exige comprometimento;
• Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer • Ensinar exige compreender que TODA forma de educação é
forma de discriminação; uma forma de interação no mundo;
• Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática; • Ensinar exige saber escutar;
• Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando; • Ensinar exige disponibilidade para o diálogo;
• Ensinar exige bom-senso; • Ensinar exige querer bem aos educandos;
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 116

Estilo de Liderança

Fatores
• Tamanho do Grupo; Autocrático Democrático Vantagens Desvantagens
• Pressão de Tempo;
Situacionais • Maturidade;
• Orientado à pessoa; • Mais Eficiente, energia dirigida • Pode aumentar os níveis de ansiedade de
• Orientado à Tarefa;
Característica • Dependente; • Poder de Pessoa; principalmente para a tarefa; certos componentes do grupo;
dos Liderados • Autônomo •
• Poder de Posição; • Mais eficaz em situações Sacrifica a segurança pessoal dos membros
LIDERANÇA • Gasta pouco tempo em comunicações

Cratty, 1983. In: Samulski, 1995


EFETIVA reativamente estruturadas e do grupo pela realização dos objetivos;
interpessoais;
Qualidade • Empatia; • Mais eficaz em situações estruturadas e objetivos não bem definidos; • Menos eficaz em situações moderadamente
do líder • Comunicação;
objetivos bem definidos; • Incentiva iniciativa; tencionastes, nas quais os membros do

Martens, 1987
• Designa rapidamente tarefas em atividades
grupo podem desejar interagir;
estruturadas;
Estio de • Autocrático; • Oferece segurança em momentos de • Pode não trabalhar bem com subordinados
liderança • Democrático;
tensão; • Eficaz em situações altamente favoráveis à importantes, nem satisfazer a necessidade
liderança nas quais se dá grande poder ao dessa pessoa de assumir uma liderança
líder; secundária;

Fonte de poder do Líder


Fonte Definição Exemplo
Vantagens Desvantagens Os atletas respeitam o técnico pelo medo de ser Alta Maturidade
Coerção Baseia-se no temor.
punido.
Competência
• Falta de preocupação sobre a Baseia-se nas “conexões” do líder
• Pode reduzir a ansiedade em situações nas Conexão com pessoas importantes, dentro
Capacidade de um técnico indicar um atleta para 1
execução bem-sucedida da tarefa; e fora da organização.
uma seleção por conhecer pessoas influentes. Informação
quais a tarefa foi completamente sem
• Menos eficiente em situações
sucesso; Baseia-se no poder do líder em Os atletas respeitam o técnico pelas recompensas

& Blanchard, 1986


Samulski, 2009, baseado em Hersey
Recompensa
altamente estressantes ou recompensar os membros. oferecidas por ele.
Referência
• Pode lidar melhor com pessoas inseguras; naquelas em que se dá ao líder Legitimidade
Baseia-se na posição ocupada Os atletas respeitam o técnico em função do
pelo líder. cargo ocupado por ele.
Legitimidade
grande poder;
Baseia-se nas características
2
• Age melhor quando os membros do grupo • Pode causar ansiedade nos Referência pessoais do líder (admirado,
Os atletas respeitam o técnico por ele ser uma
pessoa agradável. Recompensa
geralmente precisam opinar nas tomadas membros do grupo que sejam estimado).

de decisões; mais orientados à tarefa; Baseia-se na posse e no acesso a


Os atletas respeitam o técnico porque ele tem
Informação informações consideradas
acesso à lista de convocados da seleção. Conexão
importantes.

Baseia-se na experiência, Os atletas respeitam o técnico devido ao Coerção


3
Competência habilidade e conhecimento que o reconhecimento obtido por ele na conquista de
líder possui (respeito). vários títulos. Baixa Maturidade
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 117

Princípios Didático-Pedagógico | Valores


Assim como possuímos Princípios específicos a vivência pedagógica e docente, também
julgamos de suma importância elencar valores a serem transferidos e adotados pelos
Atletas durante todo o processo, são eles:

• Ética e Integridade;
“A integração “sentir-pensar-falar-agir”, pautada na coerência e em princípios sólidos, devem preceder a tudo, norteando todas as ações de nossos
alunos e professores.”

• Competitividade
“Entrar sempre em campo para competir até o último momento, sempre em busca da Vitoria”

• Garra
“Não se acomodar e sempre lutar a cada dia, seja em treino ou em jogo, dando o seu melhor”

• Identificação e Amor ao Clube


“O orgulho de ser uma das agremiações mais tradicionais do Mundo deve ser transmitido, juntamente com nossos valores, a um número cada vez maior de adeptos, de
outras gerações”

• Capacidade de Aprender
“Os alunos devem chegar em todas as aulas motivados, sabendo que dentro desse momento conjunto haverá conteúdo a serem assimilados e informações descobertas, formando
assim um ambiente de Ensino-Aprendizado ativo.”

• Capacidade de Esforço
“Os Alunos devem ter consentimento que grandes realizações só vêm com muito esforço e trabalho, tendo como referência, para se dedicar a cada dia para melhorar ainda mais”.

• Capacidade de Atitude
“Problemas acontecem em nosso cotidiano, contudo devemos ter possibilidade de criar linhas estratégicas e atitude para solucionarmos, sem necessidade de terceiros. Contudo, devemos
enfatizar que, as soluções dessas questões podem vir em equipe e, se necessário, não é vergonha alguma pedir ajuda”.
Estrutura Temporal
(Quando Ensinar?)
“Apresentação da organização dos Processos de formação de
maneira longitudinal, considerando aspectos temporais e
maturacionais”
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 119

GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA

Processo de Formação

INICIAÇÃO DESENVOLVIMENTO RENDIMENTO

IMPLANTAÇÃO NO
Sub 09

PROFISSIONAL
Sub 13
Sub 10 Sub 16
Sub 14
Sub 11 Sub 17
Sub 15
Sub 12 Sub 18
Sub 20
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 120

PROCESSO DE FORMAÇÃO | Iniciação


Objetivo Principal
TEXTO
Neste Ciclo de Formação, possui como principal objetivo:
• Desenvolver os Aspectos Básicos da Modalidade; • Estimular a bilateralidade;
• Foco nessa fase é no desenvolvimento individual do atleta, e não no coletivo; • Criar um entendimento amplo das diversas posições;
• Período Sensível para iniciação da coordenação motora com e sem bola; • Estimular criação de Liderança e Comunicação Interpessoal;
• Ofertar ambiente rico em experimentação Motora e Cognitiva; • Atenção aos comportamentos extracampo como conduta (respeito e
• Estimular o interesse no atleta pelo futebol e admiração pelo Clube; cooperação), dedicação e escolarização.
• Atividades que auxiliem no desenvolvimento da relação com bola, domínio, condução,
drible, giro e controle;

Diretrizes Metodológicas
Neste Ciclo de Formação, possui como uma visão geral das Diretrizes Metodológicas:
• Atividades que estimulem as capacidades técnicas e motora; • Modelo de Liderança Democrática (Orientado ao Atleta);
• Predominância dos métodos de ensino através da aprendizagem Incidental; • Atividades de iniciação a bilateralidade;
• Atividades que estimulem os aspectos cognitivos subjacentes a Tomada de Decisão; • Adesão do FUTSAL como Ferramenta de desenvolvimento e E-A-T;
• Atividades lúdicas estimulando o interesse no atleta pelo futebol; • Rotatividade de posição/atletas e rodízio de capitães em jogos;
• Atividades em campos reduzidos com número menor de atletas e pouca • Resgate da Pedagogia da Rua no Processo de E-A-T;
complexidade;

Rotina de Treinamento
Neste Ciclo de Formação, o morfociclo de treinamento é organizado da seguinte forma:
• Sub 09 – 03 sessões semanais / 60 min. (01 Futsal | 02 Futebol);
• Sub 10 – 04 sessões semanais / 90 min. (02 Futsal | 02 Futebol);
• Sub 11 – 04 sessões semanais / 90 min. (02 Futsal | 02 Futebol);
• Sub 12 – 05 sessões semanais / 90 min. (02 Futsal | 03 Futebol);
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 121

PROCESSO DE FORMAÇÃO | Desenvolvimento


Objetivo Principal
Neste Ciclo de Formação, possui como principal objetivo:
• Foco nessa fase é no Aprimoramento individual do atleta e desenvolvimento Coletivo;
• Estabilizar, Automatizar e Variar os Gestos Técnicos;
• Desenvolver os Aspectos Cognitivos Subjacentes a Tomada de Decisão aplicado ao jogo;
• Desenvolver Princípios Tático Fundamentais;
• Iniciar a lógica do Modelo de Jogo;
• Estimular criação de Liderança e Comunicação Interpessoal;
• Atenção aos comportamentos extracampo como conduta (respeito e cooperação), dedicação e escolarização.

Diretrizes Metodológicas
Neste Ciclo de Formação, possui como uma visão geral das Diretrizes Metodológicas:
• Desenvolvimento Técnico através do modelo de ensino analítico através do eixo Pendular;
• Aplicação dos Métodos de Ensino, através da aprendizagem Incidental e Intencional (Descoberta Guiada);
• Atividades que estimulem os aspectos cognitivos subjacentes a Tomada de Decisão aplicadas ao jogo;
• Atividades em campos reduzidos com número menor de atletas;
• Modelo de Liderança Democrática (Orientado ao Atleta);
• Atividades de Desenvolvimento da bilateralidade;
• Estruturas Funcionais;

Rotina de Treinamento
Neste Ciclo de Formação, o morfociclo de treinamento é organizado da seguinte forma:
• Sub 09 – 03 sessões semanais / 60 min. (01 Futsal | 02 Futebol);
• Sub 10 – 04 sessões semanais / 90 min. (02 Futsal | 02 Futebol);
• Sub 11 – 04 sessões semanais / 90 min. (02 Futsal | 02 Futebol);
• Sub 12 – 05 sessões semanais / 90 min. (02 Futsal | 03 Futebol);
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 122

PROCESSO DE FORMAÇÃO | Especialização


Objetivo Principal
TEXTO
Neste Ciclo de Formação, possui como principal objetivo:
• Foco nessa fase é a modelação Final, desenvolvimento avançado do Atleta e a inserção em ambientes competitivos;
• Entendimento Profundo de Modelo de Jogo;
• Desenvolver os Aspectos Cognitivos Subjacentes a Tomada de Decisão aplicado ao jogo;

Diretrizes Metodológicas
Neste Ciclo de Formação, possui como uma visão geral das Diretrizes Metodológicas:
• Treinamento Técnico Especifico por posição (Treinamento Analítico);
• Treinamento de Princípios Táticos Específicos (Modelo de Jogo);
• Predominância dos métodos de ensino através da aprendizagem Intencional
(Ensino pela Compreensão);
• Desenvolvimento Estratégico da Modalidade;

Rotina de Treinamento
Neste Ciclo de Formação, o morfociclo de treinamento é organizado em todas as categorias de forma flexível, de
acordo com as demandas de formação e competitivas da semana, podendo possuir 2 turnos de treinamento
entre outras dinâmicas de formação.
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 123

Progressão de Conteúdos
Além de estabelecer todos os conteúdos, conforme apresentamos, existe a necessidade de
criar elementos norteadores para Progressão dos Conteúdos. Dentro dessa perspectiva,
pode-se ter vários princípios, mas nesta proposta acreditamos no PERFIL DE EGRESSO (como
o atleta deve sair a cada categoria), como principal norteador.
Avaliação Continuada
“Apresentação de processos de avaliação e acompanhamento
do Desempenho dos atletas, como forma de monitoramento do
Trabalho”
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 125

Avaliação Continuada
Caldeiras (2002) apresenta uma lógica de avaliação como parte integrante do processo de ensino, que é
TEXTO
responsável pelo acompanhamento continuo do processo de aprendizagem do Atleta, identificando seus
avanços, diagnosticando suas dificuldades, ajudando-o a superá-las, inclusive revendo seu próprio ensino e
reprogramando-o quando necessário.
Deste modo, protocolos de avaliação de evolução Técnica, Tática, Física e Psicossocial, como o
FUTSAT, por exemplo, deverá ser utilizado periodicamente ao longo de todo o processo de formação,
gerando dados de evolução comparativo do atleta.
Formação Integral
“Apresentação de Elementos pertencentes ao processo de
Desenvolvimento de talentos que traz um viés de formação
Integral dos Atletas”
05 GESTÃO TÉCNICA-METODOLÓGICA Rezende Sports 2023 127

Avaliação Continuada
A Educação
TEXTOIntegral Inovadora tem como premissa a concepção de que o Atleta deve estar no centro do
processo de ensino e aprendizado.
Para que isso aconteça de fato, é preciso que todos os responsáveis pelo seu desenvolvimento planejem
suas ações a partir de informações gerais sobre o perfil das novas gerações, bem como dados específicos
sobre cada um dos alunos, incluindo o contexto em que vivem, suas características pessoais e a forma
como aprendem.
Também é importante que promovam oportunidades educacionais que façam sentido e engajem os
estudantes, além de fazê-los refletir sobre o que e como estão aprendendo.
Faz-se necessário ainda que deem espaço para que os alunos assumam autoria e
responsabilidade crescentes pela sua educação e colaborem com o desenvolvimento de colegas,
professores, escola e comunidade.

Acima de tudo, é preciso assegurar que todos e cada um desses estudantes tenham
condições de se desenvolver em todas as suas dimensões – INTELECTUAL, EMOCIONAL,
CULTURAL, FÍSICA E SOCIAL – e adquiram as capacidades essenciais para que tenham
autonomia para realizar o seu projeto de vida.
Sendo assim, Dinâmicas relacionadas ao desenvolvimento da Educação
Financeira, Reflexão sobre violência doméstica, preconceito, Doping, Relação com
a Imprensa, Direitos e Deveres, Identidade com o Clube, Grandes ídolos históricos,
entre outros, devem estar presente a todo processo.
GESTÃO DE PROCESSOS

“Tu, em campo, parecias tantos,


e no entanto, que encanto! Eras um só,
Nilton Santos”

Armando Nogueira
06 GESTÃO DE PROCESSOS PARANÁ CLUBE
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS
Rezende Sports 2023 129
Ficha de Treino | Categoria Sub-20

Supervisor de Futebol Treinador Auxiliar Técnico Preparador Físico Treinador de Goleiro Analista de Desempenho Auxiliar de Campo

Data Período Local Horário Tempo Total

Objetivo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento 1º Momento


Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão Expectativa de PSE
0
2º Momento
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão

Relação de Atletas
Goleiro Lateral Direito Lateral Esquerdo Zagueiro Destro Zagueiro Canhoto Volante Destro Volante Canhoto Meia Destro Meia Canhoto Atac. De Beirada Destro Atac. De Beirada Canhoto Atacante Central

Momento 01 Momento 02 Momento 03 Momento 04


Duração Duração Duração Duração
Recuperação Recuperação Recuperação Recuperação
Formatação Formatação Formatação Formatação
Conteúdo Específico Conteúdo Específico Conteúdo Específico Conteúdo Específico
Descrição Descrição Descrição Descrição

Variações Variações Variações Variações

Pontos de Intervenção Pontos de Intervenção Pontos de Intervenção Pontos de Intervenção

Materiais Materiais Materiais Materiais

Utilização de Goleiros Utilização de Goleiros Utilização de Goleiros Utilização de Goleiros

Avaliação

Matériais

Planilha de construção do Micro Ciclo


06 GESTÃO DE PROCESSOS PARANÁ CLUBE
Rezende Sports 2023 130
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS PARANÁ CLUBE
DEPART AMENT O DE DESENVOLVIMENT O DE T ALENT OS
Planejamento Morfo Ciclo Planejamento Morfo Ciclo

Segunda-Feira Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-Feira Sábado Domingo


Data 00/01/1900 00/01/1900 00/01/1900 00/01/1900 00/01/1900 00/01/1900 00/01/1900
Categoria Supervisor de Futebol Treinador Auxiliar Técnico Preparador Físico Treinador de Goleiro Analista de Desempenho Auxiliar de Campo Horário 00:00:00 00:00:00 00:00:00 00:00:00 00:00:00 00:00:00 00:00:00
Local 0 0 0 0 0 0 0 Total Minutos
Tempo Total Previsto (Min) 80,00 60,00 90,00 60,00 45,00 90,00 0,00 425,00

Segunda-Feira
Morfo Ciclo
12 Segunda-Feira 4 80 4
Data Período Local Horário Tempo Total

JOGO REDUZIDO

JOGO REDUZIDO

JOGO GRANDE

JOGO GRANDE

TREINAMENTO
Terça-Feira 6 60 6

POSICIONAL
Quarta-Feira 9 90 9

FOLGA
10

JOGO
Objetivo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento 1º Momento Quinta-Feira 6 60 6
Sexta-Feira 4 45 4
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão 8
Sábado 9 90 0
Domingo 0 0 0
Expectativa de PSE 6

JOGO REDUZIDO
2º Momento 0

JOGO GRANDE
TREINAMENTO

TREINAMENTO

BOLA PARADA
POSICIONAL
ANALÍTICO
4

FOLGA
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão

JOGO
2

0
Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégicos Competição
Segunda-Feira Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-Feira Sábado Domingo
0,00 0,00 0,00 0,00

Dimensão do Conteúdo

Terça-Feira
Data Período Local Horário Tempo Total Conteúdos Gerais 80,00
21% 19% Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação 115,00
Conteúdos Estratégicos 140,00
Objetivo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento 1º Momento Conteúdos de Formação Competição 90,00

Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão Conteúdos Estratégicos


Expectativa de PSE
2º Momento 0 27% Competição
33%
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão

Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégicos Competição


0,00 0,00 0,00 0,00

Conteúdo Majoritário da Semana


Quarta-Feira

Data Período Local Horário Tempo Total


0% Treinamento_Estratégico
Objetivo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento 1º Momento Treinamento_Técnico Treinamento_Estratégico 0 0 0
Treinamento_Técnico 0 0 0
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão Treinamento_Cognitivo Treinamento_Cognitivo 0 0 0
Princípios Princípios 0 0 0
Expectativa de PSE MODELO_DE_JOGO 0 0 0
2º Momento 0 MODELO_DE_JOGO JOGO 0 0 0
JOGO Bola_Parada 0 0 0
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão Treino_Físico 0 0 0
Bola_Parada
Treino_Físico
Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégicos Competição
0,00 0,00 0,00 0,00

Quinta-Feira Minutagem Semanal do Conteúdo Majoritário


(Escala MACRO)
Data Período Local Horário Tempo Total

Objetivo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento 1º Momento


0%
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão
Expectativa de PSE
2º Momento 0
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão

Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégicos Competição


0,00 0,00 0,00 0,00

Sexta-Feira
Minutagem Semanal do Conteúdo Majoritário
Data Período Local Horário Tempo Total (Escala MESO)

Objetivo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento 1º Momento


Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão
Expectativa de PSE 0%

2º Momento 0
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão

Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégicos Competição


0,00 0,00 0,00 0,00

Sábado

Data Período Local Horário Tempo Total

Objetivo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento 1º Momento


Minutagem Semanal do Conteúdo Majoritário
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão
(Escala MICRO)
Expectativa de PSE
2º Momento 0
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão

Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégicos Competição 0%


0,00 0,00 0,00 0,00

Domingo

Data Período Local Horário Tempo Total

Objetivo de Ensino-Aprendizagem-Treinamento 1º Momento


Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão
Expectativa de PSE
2º Momento 0
Conteúdo Majoritário da Semana Sub-Dinâmica Tempo da Sessão

Conteúdos Gerais Conteúdos de Formação Conteúdos Estratégicos Competição


0,00 0,00 0,00 0,00

Planilha de construção do Morfo Ciclo


06 GESTÃO DE PROCESSOS Rezende Sports 2023 131

Ferramentas de Gerenciamento da Informação


• Reunião Pós-Jogo
➢ Frequência: 48 Horas após a partida (Aplicado nas categorias sub 14 ao 20);
➢ Duração: 120 Minutos;
➢ Objetivo: Apresentar ambiente para se debater os dados e Indicadores da partida, trazendo a visão de vários departamentos, com intuito principal
de avaliar o Desempenho num contexto da formação, democratizar os dados e uniformizar o entendimento estratégico das concepções de formação
da equipe, Modelo de Jogo e alinhamento no processo de formação;
➢ Participantes: Comissão Técnica, Diretoria, Coordenação, Supervisão, Nutrição, Preparação Física, Fisiologia, Departamento Médico, Psicologia,
Assistência Social e Análise de Desempenho
➢ Roteiro Básico: Apresentação dos dados do Jogo seguindo a Ordem – Dados Fisiológicos; Dados Individuais da Análise de Desempenho; Dados da
Psicologia; Relatório do Departamento Médico; Dados Coletivos da Análise de Desempenho; Representação das Tomadas de Decisão e Estratégias adotadas
pela Comissão Durante a partida – Seguida do Debate

• Reunião Pré-Jogo (Morfo-ciclo)


➢ Frequência: 24 Horas antes do Início da Semana de Treino (Aplicado nas Categorias sub 17 a 20 Durante competição);
➢ Duração: 90 Minutos;
➢ Objetivo: Apresentar ambiente de debate e construção da semana de treinamento, apresentando dados individuais dos atletas, dados do próximo adversário e dados
coletivos da equipe.
➢ Participantes: Comissão Técnica, Coordenação, Nutrição, Preparação Física, Fisiologia, Departamento Médico, Psicologia, Assistência Social, Pedagogia, Analise de
Desempenho, e Supervisão
➢ Roteiro Básico: Apresentação dos dados Individuais e coletivos de equipe, principalmente sob a situação Física dos Atletas / Apresentação dos Dados do Próximo adversário
/ Construção da Semana de Treino;

• Reunião Pré-Jogo (Preleção)


➢ Frequência: 24 Horas antes da Preleção (Aplicado nas Categorias sub 17 a 20);
➢ Duração: 60 Minutos;
➢ Objetivo: Apresentar ambiente de debate para reflexão final sobre estratégias e delimitar dinâmicas para a partida, tendo como principais objetivos reavaliar a semana de
treinamento, apresentar dados físicos e condição de jogo dos atletas e rever aspectos sobre o próximo adversário;
➢ Participantes: Diretoria, Coordenação, Comissão Técnica, Departamento Médico, Fisiologia, Psicologia, Analise de Desempenho e Nutrição
➢ Roteiro Básico: Apresentação dos dados individuais dos atletas (condição de jogo), Revisão dos comportamentos do adversário e construção da preleção e Tomadas de Decisão
Estratégicas da Partida;

• Preleção
➢ Frequência: 24 Horas antes da Partida (Aplicado Todas as Categorias)
➢ Duração: 45 Minutos;
➢ Objetivo: Apresentar ambiente capaz de revisar, no plano conceitual, dados do adversário e aspectos estratégicos da partida (Aspectos motivacionais estarão envolvidos no Pré-jogo)
➢ Participantes: Comissão Técnica, Coordenação, Psicologia, Analise de Desempenho e Jogadores
➢ Roteiro Básico: Apresentação dados do Adversário / Apresentação da Escalação / Apresentação Aspectos Estratégicos da Partida / Apresentação Bolas Paradas Ofensivas e Defensivas
06 GESTÃO DE PROCESSOS Rezende Sports 2023 132

Ferramentas de Gerenciamento da Informação


• Reunião de Planejamento Morfo-Ciclo
➢ Frequência: 72 Horas antes do início da Próxima semana de treinamento (Aplicado em todas as categorias, exceto sub 17 ao 20 em período de competição);
➢ TEXTO
Duração: 120 Minutos;
➢ Objetivo: Apresentar ambiente de debate dos aspectos Metodológicos e Didáticos da Semana de Treino que passou e construir a próxima semana;
➢ Participantes: Coordenação, Comissão Técnica, Nutrição, Analise de Desempenho, Supervisão, Preparação Física, Fisiologia, Departamento Médico, Pedagogia, Assistência Social
e Psicologia
➢ Roteiro Básico: Apresentação dos Indicadores de Desempenho da semana de Treino que se passou aplicados ao Modelo de Formação, Minutagem de Conteúdos Individuais e
Aplicação do Planejamento (Quanto foi alterado do que foi planejado), Dados individuais dos atletas na semana e construção da próxima semana de treinamento;

• Reunião de Monitoramento dos Atletas


➢ Frequência: Mensal
➢ Duração: 120 Minutos;
➢ Objetivo: Analisar evolução dos atletas, monitorar aspectos Atitudinais dos atletas, controlar da minutagem de conteúdo e competitiva, além de iniciar
debates de possíveis promoções, dispensas ou negociações
➢ Participantes: Supervisão, Coordenação, Direção, Comissão Técnica, Fisiologia, Departamento Médico, Preparação Física, Pedagogia, Assistência Social,
Psicologia e Análise de desempenho;
➢ Roteiro Básico: Cada Departamento irá apresentar os indicadores de desempenho individuais dando foco nos destaques positivos e negativos, sendo seguido
de um debate sobre a situação destes atletas e construção de Planos de Ações Inter departamentos sob demandas individuais;

• Reunião de Departamentos
➢ Frequência: Mensal
➢ Duração: 120 Minutos;
➢ Objetivo: Apresentar ambiente de debate sobre os Indicadores de Desempenho de Cada departamento e possíveis proposições para
melhora na rotina
➢ Participantes: TODOS OS DEPARTAMENTOS
➢ Roteiro Básico: Apresentação da Direção sob os Indicadores de Cada departamento, seguido de um breve explanação dos feitos e
combinados cada departamento, finalizando com um debate sobre melhoras no processo operacional do clube;
06 GESTÃO DE PROCESSOS Rezende Sports 2023 133

Ferramentas de Gerenciamento da Informação


• Reunião de Captação
➢ Frequência: SEMANAL
➢ Duração: 90 Minutos;
➢ Objetivo: Analise dos Atletas que estão em avaliação no Clube
➢ Participantes: Coordenação, Comissão Técnica, Comissão Técnica de Captação, Departamento de Captação;
➢ Roteiro Básico: Debate aberto a todos os setores, sempre tratando um atleta de cada vez;

• Reunião de Acompanhamento do Desenvolvimento Integral


➢ Frequência: Mensal
➢ Duração: 90 Minutos;
➢ Objetivo: Apresentar ambiente de debate para monitorar as ações sob a perspectiva do desenvolvimento integral e emancipação dos atletas, bem como
avaliar os indicadores de participação dos atletas, envolvimento dos profissionais e traças novas estratégias futuras
➢ Participantes: Direção, Coordenação, Comissão Técnica, Psicologia, Pedagogia, Assistência Social e Supervisão;
➢ Roteiro Básico: Apresentação das ações, Indicadores e Planejamento dos departamentos, seguindo a ordem: Psicologia, Pedagogia e Assistência Social; Amplo
debate sobre os dados e planejamento futuro;
06 GESTÃO DE PROCESSOS Rezende Sports 2023 134

Fluxograma de Captação
Identificação do
Talento
TEXTO
SIM
(Nível 01)
Ind.
Observador NÃO Ind. Analista NÃO Ind. Direção
NÃO Atleta não
de Mercado Identificado
Técnico
SIM SIM
(Nível 02) SIM (Nível 02)
SIM
Seletiva 01 (Nível 01)
(Seletiva local)

Duvida Seletiva 02 Seletiva 03


(Semana de Treino no CT) (Semana de treino com o Grupo
Principal)
Produção Relatório de Duvida Duvida
Captação
SIM SIM
Reunião de Captação Reunião de Captação

Análise do
Atleta
Departamento de Atleta Atleta
Aprovado?
Captação Aprovado? Aprovado?

NÃO NÃO NÃO SIM

Produção Ficha de
Liberação Liberação do Atleta Produção Ficha de
Aprovação Aprovação do Atleta
06 GESTÃO DE PROCESSOS Rezende Sports 2023 135
06 GESTÃO DE PROCESSOS Rezende Sports 2023 136

ROTINA DE JOGOS
Ação Previsão
Último treino antes da partida Depende da Logística
Almoço dia anterior ao jogo Depende da Logística
Reunião Pré jogo Depende da Logística
Toda a rotina da partida depende da categoria, competição, local do jogo, logística e etc. Contudo
todas as categorias do clube deveram seguir o presente Roteiro, observando as seguintes
Jantar Depende da Logística
considerações:
Concentração no CT Depende da Logística
Café da Manhã MATCHDAY Depende da Logística • Reunião Pré Jogo – Momento de passagem de conceitos estratégicos e analise do adversário.
Chegada no local da partida 120 Min antes do Jogo Uso de ferramentas visuais. (Todas as categorias devem possuir este momento);
Troca de Roupa (Descontração) 90 Min antes do Jogo
Ativação Pré Jogo 60 Min antes do Jogo • Ativação pré Jogo – Subida ao campo ou área de aquecimento, com uniformes específicos para
Retorno para o Vestiário 30 Min antes do Jogo aquecimento. Organizada em momentos de ativação muscular geral, ativação com bola,
Fala Ativação emocional do Treinador 30 Min antes do Jogo ativação grupo que irá começar jogando (pequeno jogo de posse de bola);
Fala Ativação emocional do Grupo 25 Min antes do Jogo
• Canto de ativação – Todas as categorias deveram cantar de maneira enérgica o seguinte canto:
Oração 20 Min antes do Jogo
“ Nós somos Loucos / Somos Cruzeiro (2x) Dizem que somos Loucos da Cabeça / Amamos o Cruzeiro e
Canto de Ativação 18 Min antes do Jogo é o que interessa / o mundo inteiro teme la bestia negra / seremos campeões e não se esqueça (...)”
Subida para o campo 15 Min antes do Jogo
Início do Jogo Horário da Partida • Retorno para o vestiário no intervalo de TODOS os atletas, para assistirem e aprenderem com a
Fim do Primeiro tempo Horário da Partida palestra técnica;
Voltar a calma 00 min até 05 min após o fim do primeiro tempo
Palestra Técnica 05 min até 10 min após o fim do primeiro tempo • Suplementação durante todo o evento, de acordo com orientação do departamento;
Retorno ao campo 12 min após o fim do primeiro tempo
Reativação 12 min até 15 min após o fim do primeiro tempo
Início do Segundo Tempo Horário da Partida
Termino do jogo Horário da Partida
Retorno ao Vestiário Fim do jogo
Logística pós Jogo Fim do jogo
Reunião Pós Jogo 48 horas após a partida
GESTÃO DE RISCOS

“Tu, em campo, parecias tantos,


e no entanto, que encanto! Eras um só,
Nilton Santos”

Armando Nogueira
07 GESTÃO DE RISCOS Rezende Sports 2023 138

Gestão de Riscos
Risco é o efeito da incerteza sobre objetivos estabelecidos. É a possibilidade de ocorrência de eventos que
afetem a realização ou alcance dos objetivos, combinada com o impacto dessa ocorrência sobre os resultados
TEXTO
pretendidos.
Os riscos existem independentemente da atenção que damos a eles. Seja na nossa vida cotidiana, seja no
mundo corporativo, estamos imersos em ambiente repleto de riscos, oportunidades e ameaças que, se não
gerenciados, podem comprometer o alcance de objetivos almejados.
A cada tomada de decisão, a cada movimento que executamos, ou deixamos de executar, alteramos
a probabilidade de ocorrência de eventos futuros e, por conseguinte, ampliamos ou reduzimos o
nível de riscos a que estamos expostos.
Na vida, existem pessoas com maior apetite a riscos, que se dispõem a aceitar maiores níveis
de risco por avaliarem que os impactos positivos superam os negativos. No extremo oposto, há
pessoas que não se sentem confortáveis com possíveis efeitos da incerteza sobre seus
objetivos.
Desse modo, diante de um mesmo risco pessoas podem ter reações diferentes, a
depender de sua maturidade e experiências pregressas, de sua capacidade de evitar,
mitigar ou potencializar sua ocorrência, bem como de reduzir ou tolerar seu impacto.
Em geral, à medida que amadurecemos tomamos maior consciência do
ambiente em que estamos inseridos, ficamos mais hábeis na identificação de
vulnerabilidades (falhas ou fraquezas), mais aptos a identificar ameaças e
oportunidades e, portanto, mais prontos a identificar eventos que podem
impactar o alcance de nossos objetivos.
07 GESTÃO DE RISCOS Rezende Sports 2023 139

Gestão de Riscos
Ao analisarmos o ambiente em que estamos inseridos, e tendo em vista os objetivos
estabelecidos, podemos decidir acerca de quais medidas ou controles internos podem ser
adotados para tratar os potenciais riscos de sorte a mantê-los em níveis compatíveis com nosso
apetite (aceitação) e tolerância (resiliência).

Considerando que não existe risco zero, é bom lembrar que restam, ao final da adoção das medidas
mitigadoras, riscos residuais que precisam ser monitorados e mantidos dentro de limites compatíveis
com os critérios de risco estabelecidos.

Deste modo, podemos considerar Gestão de riscos como um conjunto de atividades coordenadas para
identificar, analisar, avaliar, tratar e monitorar riscos. É o processo que visa conferir razoável segurança
quanto ao alcance dos objetivos.

Para lidar com riscos e aumentar a chance de alcançar objetivos, as organizações adotam desde abordagens
informais até abordagens altamente estruturadas e sistematizadas de gestão de riscos, dependendo de seu porte
e da complexidade de suas operações.

Adotar padrões e boas práticas estabelecidos em modelos reconhecidos é uma maneira eficaz de estabelecer uma
abordagem sistemática, oportuna e estruturada para a gestão de riscos, que contribua para a eficiência e a obtenção de
resultados consistentes (ABNT, 2009), evitando que a organização seja aparelhada com uma coleção de instrumentos e
procedimentos burocráticos, descoordenados, que podem levar à falsa impressão da existência de um sistema de gestão
de riscos e controle efetivo, mas que, na prática, não garantem os benefícios desejados.
07 GESTÃO DE RISCOS Rezende Sports 2023 140

Gestão de Riscos
TEXTO
Embora exista uma grande quantidade de frameworks de gestão de riscos mundialmente reconhecidos, tais
como ISO 31000, Orange Book do Tesouro Britânico, dentre outras, para a construção deste documento
iremos aprofundar no COSO ERM, com a metodologia construída pelo autor especificamente para o
ambiente de formação para futebolistas.

Em 2004, o COSO publicou o Enterprise Risk Management - Integrated Framework (conhecido como
COSO-ERM ou COSO II), modelo de referência que estendeu o COSO I, tendo como foco a gestão de
riscos corporativos.

Trata-se de modelo de gestão de riscos predominante no cenário corporativo internacional,


especialmente na América do Norte, desenvolvido pela PricewaterhouseCoopers LLP, sob
encomenda do COSO, com o propósito de fornecer estratégia de fácil utilização pelas
organizações para avaliar e melhorar a gestão de riscos.
07 GESTÃO DE RISCOS Rezende Sports 2023 141

Gestão de Riscos
O modelo é apresentado na forma de matriz tridimensional (cubo), demonstrando uma
visão integrada dos componentes que os gestores precisam adotar para gerenciar os riscos
de modo eficaz, no contexto dos objetivos e da estrutura de cada organização.

Observe-se que a face superior do cubo apresenta as categorias de objetivos que são comuns a todas as organizações
e que a gestão de riscos deve fornecer segurança razoável de seu alcance; a face lateral esquerda indica os componentes
que devem estar presentes e funcionando de modo integrado à rotina da organização para que a gestão de riscos seja
eficaz; e a face lateral direita representa a estrutura organizacional, os diversos níveis e/ou funções da organização,
incluindo projetos, processos e demais atividades que concorrem para a realização dos seus objetivos.
07 GESTÃO DE RISCOS Rezende Sports 2023 142

Metodologia de Gestão de Riscos aplicada ao Futebol


TEXTO
A partir da base teórica apresentada, foi desenvolvido um sistema de controle de Gestão de Riscos aplicado
ao Futebol, ao qual está organizada em 5 Etapas que iremos apresentar junto da planilha

1º Levantamento do
Ambiente e dos Objetivos


Informação, Comunicação

Identificação de Evento de
e Monitoramento Riscos

4º 3º
Avaliação de Eventos de
Resposta ao Risco
Risco e Controle
07 GESTÃO DE RISCOS Rezende Sports 2023 143

ETAPA 01 – Ambiente e Objetivos


O ambiente de controle está relacionado aos controles não transacionais, que estão
vinculados aos valores das pessoas da organização e são igualmente importantes para
gerar um ambiente de controle saudável. A análise do ambiente tem a finalidade de colher
informações para apoiar a identificação de eventos de riscos, bem como contribuir para a
escolha de ações mais adequadas para assegurar o alcance dos objetivos do
macroprocesso/processo.

Definidos pela alta administração, os objetivos devem ser divulgados a todos os componentes da
organização antes da identificação dos eventos que possam influenciar nos seus atingimentos.
Eles devem estar alinhados à missão da entidade e devem ser compatíveis com o apetite a riscos.
07 GESTÃO DE RISCOS Rezende Sports 2023 144

ETAPA 02 – Identificação do Evento de Risco


Esta etapa tem por finalidade identificar e registrar tanto os eventos de riscos que comprometem o alcance do
objetivo do processo, como as causas e os/as efeitos/consequências de cada um deles. Considere, neste
momento,TEXTO
o resultado da análise do Ambiente e de Fixação de Objetivos, Etapa 1.
Por meio da identificação de eventos de riscos, pode-se planejar a forma de tratamento adequada e qual o
tipo de resposta a ser dada a esse risco, destacando que os eventos de riscos devem ser entendidos como
parte de um contexto, e não de forma isolada.
Algumas orientações importantes:
1) Subprocesso/atividade: indica o nível em que se realizará a identificação dos eventos
de riscos do macroprocesso/processo escolhido para a análise.
2) Evento de Risco: descreve os eventos de riscos identificados, a partir da utilização da
técnica escolhida para essa atividade.
3) Causas: descreve as possíveis causas, condições que dão origem à possibilidade de um
evento ocorrer, também chamadas de fatores de riscos e podem ter origem no
ambiente interno e externo.
4) Efeitos/consequências: descreve os/as possíveis efeitos/consequências de um possível
evento de risco sobre os objetivos do processo.
5) Categoria dos Riscos: sabendo-se que a categorização de riscos não é consensual na
literatura, cabe a cada organização o desenvolvimento de suas categorias de acordo
com suas peculiaridades. O MP, com auxílio do Comitê Técnico de Riscos, qualificou as
categorias de risco conforme abaixo:

a. Estratégico: eventos que possam impactar na missão, nas metas ou nos objetivos estratégicos da unidade/órgão, caso venham ocorrer.
b. Operacional: eventos que podem comprometer as atividades da unidade, normalmente associados a falhas, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas, infraestrutura e sistemas,
afetando o esforço da gestão quanto à eficácia e eficiência dos processos organizacionais.
c. Orçamentário: eventos que podem comprometer a capacidade do MP de contar com os recursos orçamentários necessários à realização de suas atividades, ou eventos que possam comprometer a
própria execução orçamentária, como atrasos no cronograma de licitações.
d. Reputação: eventos que podem comprometer a confiança da sociedade em relação à capacidade do MP em cumprir sua missão institucional, interferem diretamente na imagem do órgão.
e. Integridade: eventos que podem afetar a probidade da gestão dos recursos públicos e das atividades da organização, causados pela falta de honestidade e desvios éticos.
f. Fiscal: eventos que podem afetar negativamente o equilíbrio das contas públicas.
g. Conformidade: eventos que podem afetar o cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis.

6) Natureza dos Riscos: está relacionada à categoria de risco escolhida. Se a categoria de risco for fiscal ou orçamentária, a natureza do
risco será orçamentário-financeira. Se a categoria do risco for estratégica, operacional, reputacional, integridade ou conformidade, a
natureza do risco será não orçamentário-financeira.
07 GESTÃO DE RISCOS Rezende Sports 2023 145

ETAPA 03 – Avaliação de Eventos de Risco e Controle


Esta etapa tem por finalidade avaliar os eventos de riscos identificados considerando os
seus componentes (causas e consequências). Os eventos devem ser avaliados sob a
perspectiva de probabilidade e impacto. Normalmente as causas se relacionam à
probabilidade de o evento ocorrer e as consequências ao impacto, caso o evento se
materialize.

A avaliação de riscos deve ser feita por meio de análises quantitativas e qualitativas ou da
combinação de ambas e, ainda, quanto à sua condição de inerentes (risco bruto, sem considerar
qualquer controle) e residuais (considerando os controles identificados e avaliados quanto ao desenho
e a sua execução).
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ETAPA 04 – Resposta ao Risco


Atividades de Controles são os procedimentos estabelecidos e executados para reduzir os riscos que a unidade
tenha optado por responder, também denominadas de procedimentos de controle. As atividades de controles
devem TEXTO
estar distribuídas por toda a unidade, em todos os níveis e em todas as funções. Incluem uma gama de
controles internos da gestão preventivos e detectivos, bem como a preparação prévia de planos de
contingência/ continuidade em resposta a possível materialização de eventos de riscos.
Em alguns casos, a atividade de controle aborda diversos riscos e, às vezes, são necessárias diversas
atividades para resposta a apenas um risco.
Conhecido o nível de risco residual, verifique qual estratégia a ser adotada para responder ao evento
de risco. A escolha da estratégia dependerá do nível de exposição a riscos previamente estabelecidos
em confronto com a avaliação que se fez do risco (matriz de riscos).
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ETAPA 05 – Informação, Comunicação e Monitoramento


O acesso a informações confiáveis, íntegras e tempestivas é vital para que a gestão de
integridade, riscos e controles internos da gestão seja adequada e eficaz no alcance de
seus objetivos. Para isso, o fluxo das comunicações deve permitir que informações fluam em
todas as direções, e que os direcionamentos estratégicos, vindos do Comitê de Gestão
Estratégica, alcancem todo o Clube. Além disso, as informações externas relevantes aos processos
de trabalho também devem ser consideradas e compartilhadas tempestivamente. A comunicação
em direção à sociedade também é objeto de controle, reduzindo riscos de respostas inadequadas
às necessidades da população.

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