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Série Romanos - Justiça e Paz (RM 5.1)

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Srie Romanos O Evangelho de Deus Mensagem 261 Justia e Paz! (Texto: Rm 5:1) Introduo. Justia e Paz.

z. So duas palavras que consideramos como virtudes no mundo de hoje. o objetivo de todos os pases, de todas os seres humanos. A Declarao Universal dos Direitos Humanos promulgado em 1948 pela Assembleia Geral da ONU diz que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da famlia humana e de seus direitos iguais e inalienveis o fundamento da liberdade, da justia e da paz no mundo2 . As pessoas querem justia e viver em paz. A primeira tem muito a ver com um tribunal, e a segunda tem a ver com o conforto da nossa casa. Uma tem um sentido mais formal e a outra um significado mais ntimo. Enquanto o mundo inteiro procura essas duas virtudes em um sistema poltico melhor, em um judicirio mais eficaz, em polcia na rua, na ausncia de guerras, a Bblia nos revela que Justia e Paz s podem, e s conseguem estar juntas na figura de apenas uma pessoa: Jesus Cristo. Ou seja, apenas Jesus pode trazer a verdadeira justia e a verdadeira paz ao mundo. Vamos pensar hoje nesses dois termos em relao a Deus. Afinal, todas as boas virtudes nascem Dele. S sabemos o que justo, quando olhamos para Deus e s podemos desfrutar da verdadeira paz quando a desfrutamos dentro Dele. Lemos um dos textos mais importantes de toda a Bblia. Esse texto foi um dos principais pontos de apoio dos Reformadores do sc. XVI como Martinho Lutero, Joo Calvino, Zunglio. Todos eles criam que apenas por meio de Jesus, e de mais ningum, podemos experimentar tanto a justia de Deus em nos inocentar e perdoar de todos os nossos pecados, como de nos reconciliar com Deus a fim de viver uma relao de amizade eterna com Ele. Esses dias estava lendo a Biografia de Steve Jobs que o jornalista Walter Isaacson. O mundo o idolatra como o grande gnio do sc XXI. Entretanto, Jobs teve problemas na sua vida. A mais traumtica foi relacionado sua adoo. Os pais naturais de Steve Jobs, jovens com 23 anos, o doaram para adoo com a condio de que os pais adotivos dessem todas as condies para poder entrar e cursar uma boa universidade. Steve Jobs nunca reconciliou-se com seu pai, isso porque, no fundo, Jobs nunca perdoou seu pai. Jobs nunca teve paz verdadeira, pois no foi capaz de experimentar a justia verdadeira que vem atravs do perdo. Ele morreu rico e famoso, mas sem resolver o seu maior trauma.

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Pregado no MEP dia 12 de fevereiro de 2012. http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm acessado em 11.02.2012

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Meus irmos, temos o nosso maior trauma tambm, e no podemos morrer sem resolv-lo. Ele se chama pecado. O trecho que lemos hoje fala exatamente disso: apenas em Jesus, confiando e crendo Nele, podemos experimentar justia e paz. Em Jesus essas duas virtudes se beijam! A minha orao que cada um de vocs possa viver a plenitude da vida com Cristo experimentando Nele aquilo que o anseio de toda a humanidade: Justia e Paz. 2. Exposio do texto. (Rm 5:1) Portanto, tendo sido justificados pela 18 f temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo ,
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1. Justificao. O apstolo Paulo faz um resumo geral de tudo o que ele escreveu nos quatro captulos anteriores. 1. Ns somos pecadores que merecemos necessariamente o julgamento e o castigo de Deus por causa dos nossos pecados. 2. Porm, por ato deliberado, por graa, Deus enviou ao mundo seu Filho Jesus, para que atravs dele, todos os nossos pecados pudessem ser pagos, pela sua morte na Cruz. 3. Por isso, se cremos em Jesus como nosso Senhor Salvador, entregando nossa vida a Ele, e confiando, ou seja, tenho f Nele, logo, somos inocentados de todos os nossos pecados. 4. Jesus pagou em nosso lugar todos os pecados diante de Deus. A ira de Deus em relao aos meus pecados foi satisfeita em Cristo. Meus irmos, no h presente maior do que esse: a certeza total de que todos os nossos pecados foram pagos e que no h mais nenhuma dvida entre Deus e ns. Paulo afirmou em Rm 3:23 que a conseqncia do pecado era a morte. Pois bem, Cristo morreu em nosso lugar para pagar essa dvida. Se hoje ns estamos aqui, porque Jesus derramou na Cruz o seu sangue que nos purificou e nos tornou aceitveis a Deus. Por isso, Paulo podia prosseguir dizendo: Portanto, tendo sido justificados pela f temos paz com Deus (vr. 1a). A primeira pergunta que devemos fazer a seguinte: O que ser justificado? Quero compartilhar pelo menos dois pontos sobre isso. Vimos que ser justificado , de maneira simples, ser considerado inocente, ou seja, o injusto ser revestido por justia. Justificao, em primeiro lugar, tem a ver com a concepo jurdica do termo. s voc imaginar-se diante de Deus, no tribunal do fim dos dias. Deus o juiz e voc est diante dele como ru, por causa de todos os pecados que voc cometeu. Voc injusto, ou seja, sem justia, culpvel diante de Deus. Mas esse ru, que voc, foi deliberadamente absolvido de todos os seus crimes e pecados. 2

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Em segundo lugar, justificao tem a ver com aquilo que chamamos de Antecipao Escatolgica. O que isso? Todos cremos, por que as Escrituras nos revelam, que Jesus voltar fisicamente ao mundo para julgar os vivos e os mortos. Chamamos isso de o fim do mundo, os telogos chamam de escatn. Gosto de chamar de comeo de um novo mundo. Pois bem, no momento que entregamos a nossa vida a Jesus pela f, esse julgamento que iria ocorrer no fim do mundo foi antecipado historicamente. Para quando? Para o momento em que Jesus estava pagando o meu e o seu pecado na Cruz do Calvrio. Assim, ns j recebemos, no momento de nossa converso, o veredicto do juiz: voc foi absolvido de todos os crimes e pecado, voc inocente. Meus irmos! Para um ru, a sentena de absolvio o comeo de uma nova vida! No se trata simplesmente do perdo do pecado, mas do cancelamento definitivo, da absolvio completa de todos os pecados cometidos antes de conhecermos Jesus! 2. F. O quero perguntar para cada um de vocs hoje o seguinte: COMO ns fomos salvos por Jesus? Como a sua obra na Cruz pde ter efeito em nossas vidas? Como a Salvao nos alcanou? Como podemos ter sido considerados como justos, mesmo sendo injustos? O Apstolo Paulo nos responde: pela f (Rm 5:1). Em outras passagens, Paulo confirma essa verdade: Em Efsios 2:8 diz: Pois vocs so salvos pela graa, por meio da f, e isto no vem de vocs, dom de Deus; no por obras, para que ningum se glorie. Em Glatas 2:16 ele diz: sabemos que ningum justificado pela prtica da lei, mas mediante a f em Cristo Jesus. Assim, ns tambm cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela f em Cristo, e no pela prtica da Lei, porque pela prtica da Lei ningum ser justificado. A f o principal vnculo que nos une a Deus. A discusso da poca era a seguinte: o que ns fazemos com o Antigo Testamento? Se Jesus veio, cumpriu toda a lei, morreu na cruz, ressuscitou e prometeu voltar, como deve ser a nossa nova vida em Cristo? Lembrem-se que os primeiros convertidos eram todos judeus e esses judeus tinham uma relao muito especial com a Lei de Moiss e tambm com a tradio dos mestres da lei e dos fariseus. Ser que Jesus era s mais um ponto a prestarem ateno alm da observncia da Lei ou tudo deveria ser redefinido na pessoa Cristo? O que Paulo estava tentando dizer era o seguinte: no adianta vocs cumprirem a Lei em todos os seus meandros se antes no tiverem aquilo que essencial: f. Nunca a salvao foi pelas obras da Lei, nem no Antigo Testamento. Paulo disse em Rm 4:3 que Abrao creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justia. As pessoas pensavam que pelo seu esforo em
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cumprir e agradar a Deus eles podiam estar seguros. No! Todo o mrito da nossa salvao est em Jesus, porque apenas por meio DELE, por meio da f que temos NELE, que somos salvos por ELE. Meus irmos, esse trecho muito importante para ns. A razo de muitos cristos se cansarem com a vida crist est em no entenderem essa maravilhosa verdade. Quando voc tentar viver com suas prprias foras e segundo as suas prprias vontades o cristianismo, voc ir se cansar, se desanimar e desistir. Quando voc querer andar com as suas prprias pernas, voc perceber que no poder ir muito longe. Quando voc tentar ser santo pelas suas prprias foras, enxergar que dentro de voc h um oceano de pecados. Mas, se ns crermos que basta apenas crer em Jesus e confiar Nele em todos os dias da nossa vida, e, baseado nessa confiana, viver da melhor maneira possvel, a sim, seremos cristos plenos! 3. Paz com Deus. Temos paz com Deus (vr. 1) A parbola do filho prdigo uma das histrias mais lindas que algum j contou. Um pai tem dois filhos, mas o mais novo, antes que o pai morresse, toma toda a parte de sua herana, vai para uma terra estrangeira e torra todo dinheiro com amigos, bebida, prostitutas. Quando j estava no fundo do poo, quando estava comendo da rao dos porcos, ele cai em si e, arrependido volta para os braos do Pai, que dia e noite o esperava s de casa. exatamente o desenho da nossa relao nossa com o nosso Pai Celestial. Torramos todas as nossas moedas no pecado e quando no temos mais para onde ir, nos lembramos de Deus. Naquela hora que o Pai abraou o filho prdigo, deu-lhe seu anel, colocou vestes nobres sobre ele e chamou uma grande festa, o Pai no somente estava perdoando seu filho, mas estava se reconciliando com ele. O termo que Paulo usa para falar que, por meio de Jesus, ns somos reconciliados novamente com Deus paz. Ter paz com Deus significa que ns fomos reconciliados com Ele por meio de Jesus Cristo! Essa paz no pode ser entendida em termos somente subjetivos ou relacionados apenas a resoluo de algum tipo de conflito interno ou externo ao homem, porm, deve seguir o conceito mais pleno do ~Alv' hebraico. Esse termo que em grego foi traduzido como implica no somente uma questo fsica, mas tambm, e sobretudo, espiritual. Ela deve ser entendida no seu sentido positivo prosperidade, de plenitude de um relacionamento com Deus. Karl Bath diz: paz com Deus significa um acordo entre o homem e Deus, tornando possvel por meio da modificao da condio humana, vinda da parte de Deus, e efetivada por meio do estabelecimento das relaes normais

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da criatura com o Criador, pela fundamentao do amor a Deus no temor do Senhor, o nico e verdadeiro amor que a criatura pode dedicar a Deus3. Calvino dizia que essa paz significava tranqilidade de conscincia4 que vem da certeza de que nossa relao com Deus no mais de inimizade causada pelo pecado, mas sim, por amizade costurada por Jesus na Cruz do Calvrio. E mais, para Calvino, dizer que fomos reconciliados com Deus por meio da morte de Cristo significa que foi um sacrifcio expiatrio, atravs da qual Deus foi pacificado com relao ao mundo5 . No h sensao mais sublime do que ter a certeza de que temos paz com Deus! Concluso. Portanto, tendo sido justificados pela f temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (vr. 1) Como libertador e refrescante ouvir, repetir e pensar nessas palavras! Mesmo sem mritos, me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Por causa de Jesus, que pagou o preo na Cruz, sou justo e amigo de Deus! Isso no tem preo! Novamente vamos voltar s palavras Justia e Paz... Olhamos para o nosso mundo e temos a certeza que ns no conseguimos produzir a justia perfeita e nem uma paz duradoura. Quanta injustia no mundo, quanta guerra ainda nos aflige, homens e mulheres do sc. XXI? S em Cristo, na s mais plena e absoluta confiana e f Nele que podemos ver a justia e a paz dando as mos e se fazendo presente em nossa vida! Amm.

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BARTH, Karl. Romanos, pg. 238. CALVIN, John. Romans, pg. 187. Ibid.

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