Aula 01 - Introdução ao projeto geométrico rodoviário 2024

Projeto geométrico de vias
de transporte
Aula 01 – Introdução ao projeto geométrico rodoviário
Prof. Jorge Luis
Bibliografia
Cronograma
Comunicação
jorge@crateus.ufc.br
Importância da infraestrutura rodoviária
o Indutor de desenvolvimento
socioeconômico
o Matriz predominante no Brasil
(95% do transporte de
passageiros e 65% dos
transporte de cargas)
Para saber sobre a situação das rodovias brasileiras:

https://pesquisarodovias.cnt.org.br/
Infraestrutura rodoviária brasileira
Agentes públicos
Em relação a infraestrutura, há três agentes públicos no setor rodoviário
Normas e manuais
Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR) do DNIT
http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/index_html
o Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais (DNER 706/20 de 1999)

o Manual de Implantação Básica de Rodovias (IPR-742/2010)
o Manual de Projeto de Interseções (IPR-718/2005)
o Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários (IPR-726/2006)
Tipos de classificação viária
o Administrativa
o Funcional
o Técnica
o Geográfica
Classificação viária ADMINISTRATIVA
Indica o nível de responsabilidade governamental sobre as vias
o FEDERAL
o ESTADUAL
o MUNICIPAL
Classificação viária FUNCIONAL
Depende da posição hierárquica da via dentro da rede viária
Relação direta com:
o Porte da localidade atendida
o Volume do tráfego recebido
o Distância média de viagem
Classificação viária FUNCIONAL
o Sistema ARTERIAL
o Sistema COLETOR
o Sistema LOCAL
Classificação viária TÉCNICA (Classes de projeto)
Diz respeito aos padrões a serem obedecidos pelas características
técnicas da via
o Classe 0
o Classe I (A e B)
o Classe II
o Classe III
o Classe IV (A e B)
Rodovia Classe 0
Rodovia Classe I-A
Rodovia Classe I-B
Rodovia Classe II ou III
Rodovia Classe IV
Classificação viária GEOGRÁFICA
Classificação definida no Plano Nacional de Viação (PNV)
o Rodovias RADIAIS – Brasília → Capital estadual ou ponto periférico
importante em qualquer direção
o Rodovias LONGITUDINAIS – Orientação N-S
o Rodovias TRANSVERSAIS – Orientação L-W
o Rodovias DIAGONAIS – Orientação NE-SW ou NW-SE
o Rodovias DE LIGAÇÃO – Orientação qualquer não enquadrada na
classificação anterior e que ligam pontos importantes de 2 ou mais
rodovias federais ou demais previsões do PNV
Nomenclatura das rodovias federais
o Rodovias RADIAIS (0)

o Rodovias LONGITUDINAIS (1)
o Rodovias TRANSVERSAIS (2) 1º ALGARISMO (X)
o Rodovias DIAGONAIS (3)
o Rodovias DE LIGAÇÃO (4)
Como definir o
TRAÇADO
de uma
rodovia?
Início do século XX
o Curvas fechadas com longas tangentes

o Seção transversal coroada
Início do século XX
o 1º Congresso Internacional de
Rodovias em 1908 (Paris)
o Princípios fundamentais de
projeto geométrico publicados
em 1912 (EUA)
o Aumento da frota de veículos
induziu uma série de medidas
de engenharia nos projetos
rodoviários
Evolução (a partir de 1930)
BRASIL
o Primeiros textos técnicos e
instruções nas décadas de 40 e 50
o Na década de 70 surgem os
manuais de abrangência nacional
(DNER)
o Manual de Projeto Geométrico de
Rodovias Rurais (1999)
TRAÇADO RODOVIÁRIO
Alinhamento espacial que representa o eixo principal da via, em
planta e em perfil, em função do qual são definidos os demais
componentes
PROJETO GEOMÉTRICO
Projeto que define detalhadamente os aspectos geométricos de
uma via
PROJETO GEOMÉTRICO
OBJETIVO
Tem por objetivo o completo estudo e consequente definição
das características técnicas (raios mínimos, rampas, etc.)
com precisão tal que permita sua conformação espacial, sua
quantificação, correspondente orçamento e possibilite a sua
execução através de um adequado planejamento.
ESTUDOS DE TRAÇADO
Fadiga e cansaço
Impacto da iluminação
dos faróis a noite
ESTUDOS DE TRAÇADO
Fatores influentes
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO (IS) 207
Segundo a IS-207 os Estudos Preliminares de Engenharia deverão ser

executados em duas fases consecutivas:
Preliminar Definitiva
Reconhecimento Exploração
Fase Preliminar: corresponde à coleta, compilação e análise de
dados e elementos disponíveis, bem como a identificação e estudo das
alternativas de traçado, e de esquemas operacionais e uma
estimativa preliminar sucinta dos custos de implantação (DNIT, 2005)
Elementos necessários nessa fase:

(1)Localização dos pontos inicial e final da rodovia
(2)Indicação dos pontos obrigatórios (de condição)
FASE PRELIMINAR
Pontos obrigatórios de condição: são pontos estabelecidos
antes dos estudos técnicos, condicionando a construção da
estrada à passagem por eles
Fatores POLÍTICOS, ECONÔMICOS e SOCIAIS

FASE PRELIMINAR
Pontos obrigatórios de passagem: são pontos selecionados
no terreno, durante o reconhecimento, pelos quais será
tecnicamente mais vantajoso passar a rodovia
Critérios de Engenharia
FASE PRELIMINAR
Possíveis diretrizes
o Diretriz geral: É a reta que liga os pontos extremos da
rodovia (solução de menor distância)
o Diretriz parcial: É cada uma das retas que liga dois
pontos obrigatórios intermediários. O traçado final da
rodovia é resultado do estudo das diretrizes parciais
FASE PRELIMINAR
Uma das etapas dessa fase é o estabelecimento de critérios
técnico-operacionais da rodovia, tais como:
- Raios mínimos de curva horizontal
- Número e largura das faixas de rolamento
- Largura de acostamento e canteiro
- Superelevação máxima
- Rampas máximas
- Declividade transversal da pista em tangente
Fase Definitiva: abrange a análise e avaliação das
alternativas de traçado e a definição de suas concepções
geométricas
➔ Compatibilidade técnica com os objetivos do projeto

➔ Implicações econômicas
FASE DEFINITIVA
Aspectos considerados na seleção da alternativa de traçado
TOPOGRAFIA
TOPOGRAFIA
Terreno PLANO: superfície do terreno é suficientemente suave
para permitir a execução de um projeto com boas condições de
visibilidade e pequeno volume de movimentação de terra
TOPOGRAFIA
Terreno ONDULADO: superfície do terreno possui inclinações
não muito fortes resultando em médio volume de movimentação de
terra e traçado com curvas suaves
TOPOGRAFIA
Terreno MONTANHOSO: superfície do terreno apresenta
mudanças significativas de elevação, necessitando de grande
volume de movimentação de terra, estabilização de taludes e
curvas acentuadas
TOPOGRAFIA
FASE DEFINITIVA
CONDIÇÕES GEOLÓGICAS E GEOTÉCNICAS
• Tipos de solo
• Profundidade do topo rochoso
• Ocorrência de solos moles
• Jazidas de material rochoso
• Locais com erosão
• Perfis geotécnicos
FASE DEFINITIVA
CONDIÇÕES HIDROLÓGICAS DA REGIÃO
Determinam os volumes de descargas d’água nos exutórios das
bacias interceptadas pela rodovia
o Áreas de contribuição das bacias
o Regime pluviométrico da região
o Permeabilidade do solo
o Densidade de vegetação
FASE DEFINITIVA
IMPOSIÇÕES AMBIENTAIS
Deve-se sempre procurar
traçados que alternativos que
minimizem a agressão ambiental
Estudo de impacto ambiental

(EIA/RIMA)
IMPOSIÇÕES AMBIENTAIS
o Qualidade do ar
o Qualidade da água
o Ruído e vibração
o Alteração da paisagem
o Alteração do ecossistema
o Efeito no uso da terra
o Impactos culturais
FASE DEFINITIVA
ECONOMIA – Custos preliminares de implantação
o Volume de terraplenagem e distância de transporte
o Volume de obras civis e construções especiais
o Volume e condições de interferência com obras existentes
A IS-208 estabelece que o projeto geométrico deve ser elaborado

em duas fases, a saber:
Projeto Básico
Projeto Executivo
Projeto Básico: projeto elaborado com um nível de detalhamento de
maneira a apresentar condição de ser locado em campo (DNIT, 2005).
Na fase de Projeto Básico devem constar:

a) Quadro de características técnicas e operacionais
b) Projeto em planta (escala 1:2000)
c) Projeto em perfil [escalas 1:2000 (H) e 1:200 (V)]
d) Seções transversais típicas da plataforma
PROJETO EXECUTIVO
Projeto Executivo: projeto elaborado com maior grau de
detalhamento (projeto final de engenharia) fornecendo todos
os elementos e informações para a implantação da obra
PROJETO EXECUTIVO
PROJETO EXECUTIVO
Na fase de Projeto Executivo devem constar:
a) Projeto planialtimétrico com estaqueamento de 20 m
[escalas 1:2000 (H) e 1:200 (V)]
b) Seções transversais típicas de projeto [escalas 1:200 ou
1:100]
c) Detalhamento dos projetos especiais (interseções,
retornos e acessos)
PROJETO GEOMÉTRICO
CONSISTÊNCIA DE TRAÇADO
Um traçado consistente é aquele que não exige dos motoristas

variações bruscas de trajetória ou de velocidade, ou seja, aquele
que é coerente com as expectativas dos condutores e não lhes
causa surpresas
Critério mais estudado = variação brusca da velocidade

DEFEITOS DE TRAÇADO GEOMÉTRICO
PROJETO GEOMÉTRICO
https://www.youtube.com/watch?v=5YfD4le-Cq0&t=266s

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Para saber sobre a situação das rodovias brasileiras:

o Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais (DNER 706/20 de 1999)

o Rodovias RADIAIS (0)

o Curvas fechadas com longas tangentes

Segundo a IS-207 os Estudos Preliminares de Engenharia deverão ser

Elementos necessários nessa fase:

Fatores POLÍTICOS, ECONÔMICOS e SOCIAIS

➔ Compatibilidade técnica com os objetivos do projeto

Estudo de impacto ambiental

A IS-208 estabelece que o projeto geométrico deve ser elaborado

Na fase de Projeto Básico devem constar:

Um traçado consistente é aquele que não exige dos motoristas

Critério mais estudado = variação brusca da velocidade

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