Posse
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: (i) h cerca de 40 anos atuando com direitos reais, em especial no ramo do direito imobilirio (ii) Chefe da Procuradoria Geral do INCRA situada Rua Baslio Machado, 210 --- melhor procurar o plano de aula de todos os nossos professores e inclu-los sempre no inicio da apresentao de cada professor posso precisar das recomendaes de obras algum dia
Recomendao Bibliogrfica: Sugere leitura de obras clssicas, dentre elas: Orlando Gomes (atualizada por Edson Faquim e organizada por Edvaldo Brito) Silvio Rodrigues W. Barros Monteiro Caio Mrio da Silva Pereira Carlos Roberto Gonalves Silvio de Salvo Venosa Maria Helena Diniz Em especial: Direito das Cousas de Lafaiet Pereira pr cdigo de 16 Avaliao Terica e Prtica Utilizao do CC na avaliao OBRIGATRIA Questionar acerca do: - CC - Estatuto da Cidade Lei 10.257/2001 - Estatuto da Terra Lei 4.504 de 64 - Lei de Registros Pblicos a partir do artigo 167 Lei 6.015/73 - Lei 5.709/71 - Regula a Aquisio de Imvel Rural por Estrangeiro Residente no Pas ou Pessoa Jurdica Estrangeira Autorizada a Funcionar no Brasil, e d outras Providncias.
Aula Devemos saber os limites do direito e de suas caractersticas para que seja respeitado. Direitos reais esto previstos expressamente no art. 1225 do CC, na Parte Especial, livro Do direito das coisas, sob ttulo II Dos direitos reais. Trata-se de um rol taxativo ou numerus clausus:
Art. 1.225. So direitos reais: I - a propriedade; II - a superfcie; III - as servides; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitao; VII - o direito do promitente comprador do imvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concesso de uso especial para fins de moradia; (Acrescentado pela L-11.481/07) XII - a concesso de direito real de uso.
Aqui est contido o direito de seqela, de reaver de quem injustificadamente a detm. O domnio e posse permitem ao dono/ proprietrio: usar, gozar, fruir e dispor! Os direitos reais sobre imveis constitudos, ou transmitidos por atos entre vivos, s se adquirem com o registro no Cartrio de Registro de Imveis dos referidos ttulos, salvo os casos expressos no CC. J os direitos reais sobre coisas mveis, quando constitudos ou transmitidos por atos entre vivos, s se adquirem com a tradio. Distino entre Direito Real e Direito Pessoal
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Direito Real oponvel erga omnes Seu objeto sempre determinado Exige a existncia atual da coisa Pode ser adquirido por Usucapio Seu titular tem a prerrogativa de acompanhar a coisa em poder de quem quer que a detenha ( o direito de seqela)
Direito Pessoal Possui um sujeito passivo determinado Seu objeto pode ser determinvel Admite como objeto uma coisa futura O mesmo no ocorre com o direito pessoal O mesmo no ocorre com o direito pessoal
Em suma, a propriedade erga omnes, incide sobre objeto individualizado! (ver se h mais algum ponto importante, pois estava em reunio extraordinria com a prof. Martha) Classificao dos Direitos Reais Podem ser classificados em: 1) Direito real sobre coisa prpria - Propriedade 2) Direitos reais sobre coisa alheia - Direitos reais de gozo e de fruio: superfcie, servido, usufruto, uso, habitao. - Direitos reais de garantia: penhor, hipoteca, anticrese, propriedade fiduciria - Direito real de aquisio: direito do promitente comprador de imveis Posse Segundo Ihering, posse a exteriorizao da propriedade. Consoante dispe o art. 1196 do CC, no ttulo I Da Posse, Captulo I Da Posse e sua Classificao Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exerccio, pleno ou no, de algum dos poderes inerentes propriedade. Portanto, posse a visibilidade do domnio e possuir aquele que age como se proprietrio fosse! No se confunde posse com deteno, detentor, por exemplo, um caseiro aquele que cumpre instrues para conservao do bem em nome de outrem.
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relao de dependncia para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instrues suas.
Modalidades da Posse Quem detm apenas a posse no possui o direito de invocar direitos possessrios, no pode! Podemos classificar a concesso de posse de duas maneiras: a) Meramente Possessrio: quando dada b) Indulgncia: quando o detentor do domnio anuncia para que outro utilize-se da posse, autoriza que outro utilize a posse por conforme artigo 1208 (pegar na net) indulgncia. Mas ateno, os itens (a) e (b) acima no implicam em Atos Possessrios! Objeto da Posse So objetos da posse as coisas corpreas, exceto se for coisa fora do comrcio. Exemplos: bem pblico ou bem de famlia este, mesmo que inalienvel poder ser objeto de posse. Os direitos reais de fruio: uso, usufruto, habitao e servido tambm podem ser motivo de posse; bem como os bens reais de garantia penhor e anticrese, mas excluindo-se a hipoteca! Importante salientar que para Usucapio deve-se considerar -> Tempo + Posse. Grandes autores vem a posse de forma diferente. No entanto temos Savigny, Tabour, Ihering, Teixeira de Freitas descrevem que posse o direito real, oponvel, ou seja, se ope erga omnes. Curiosidade - H uma figura denominada Edifcio de Posse, situao em que vrios esto imitidos na posse do mesmo imvel, o que com freqncia ocorre pelos integrantes do Movimento Sem Terra. Classificao da Posse Podemos classificar a posse em: a) Direita ou Indireta Direta - aquela em que uma pessoa tem certa coisa em seu poder em carter temporrio, tanto em virtude de um direito real quanto pessoal, e de carter derivado (advm). Em suma, a pessoa a tem em razo de direito pessoal ou real, temporrio e derivado! No afeta a condio jurdica do proprietrio que mantm a posse indireta! Indireta - daquele de quem a posse foi havida (artigo 1197).
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Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, no anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
b) Justa ou Injusta Justa est explicitada no art. 1200, situao em que o individuo desconhece o vcio insanvel que no lhe permitir adquirir o bem. Frise-se que aquele que tem justo ttulo presume-se de boa-f. Injusta aquela havida com violncias, clandestinamente ou com precariedade (posse precria). exatamente o contrrio do disposto no art. 1200. intimamente ligado m-f. Aquele que sabia do vcio que no lhe permitir adquirir o bem!
Art. 1.200. justa a posse que no for violenta, clandestina ou precria.
c) De Boa-f ou de M-f Base jurdica nos artigos 1219 e 1220 Boa-f aquele na posse de boa-f possui o direito de indenizao por benfeitorias teis realizadas ou que vier a fazer. Se no lhe forem pagas, ter o direito de levantar as benfeitorias volupturias, teis ao aformoseamento do bem imvel, caso estas no tenham sido pagas. Pois, se no pagas, ter direito de reteno sobre elas. Ma-f - estando de m-f, ter direito apenas de indenizao por benfeitorias teis ou que vier a fazer. No tocante Perda ou Deteriorao (art. 1218): - o possuidor de boa-f no responde a no ser que tenha sido o responsvel, - j o possuidor de m-f responder pela perda ou deteriorao ainda que por motivos acidentais, a no ser que comprove o estabelecido nos artigos 1217 e segunda parte do art. 1218.
Art. 1.214. O possuidor de boa-f tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. Pargrafo nico. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-f devem ser restitudos, depois de deduzidas as despesas da produo e custeio; devem ser tambm restitudos os frutos colhidos com antecipao. Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que so separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. Art. 1.216. O possuidor de m-f responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de m-f; tem direito s despesas da produo e custeio. Art. 1.217. O possuidor de boa-f no responde pela perda ou deteriorao da coisa, a que no der causa. Art. 1.218. O possuidor de m-f responde pela perda, ou deteriorao da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. Art. 1.219. O possuidor de boa-f tem direito indenizao das benfeitorias necessrias e teis, bem como, quanto s volupturias, se no lhe forem pagas, a levant-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poder exercer o direito de reteno pelo valor das benfeitorias necessrias e teis. Art. 1.220. Ao possuidor de m-f sero ressarcidas somente as benfeitorias necessrias; no lhe assiste o direito de reteno pela importncia destas, nem o de levantar as volupturias. Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e s obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evico ainda existirem. Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de m-f, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-f indenizar pelo valor atual.
d) Posse Nova ou Pose Velha Veja no CPC do artigo 920 ao 933 que tratam das Aes Possessrias (ao especial) Nova aquela posse de at 1 ano e 1 dia, , portanto, at 360 dias. Subverte-se o caso na propositura da ao, retomada a posse (reintegrao/ manuteno da posse), Inaudita altera parte (significa sem ouvir a outra parte). Velha aquela de mais de 1 ano e 1 dia! Caber (sendo que h fungibilidade das aes caso seja realizado o pedido errado, o juiz poder conceder o correto vide artigo 920 CPC): - Ao de manuteno de posse Quando, por ex., algum muda de lugar a cerca que divide os terrenos, logo, h turbao da posse. Veja que a posse no foi perdida, apenas est misturada com a de outrem. - Ao de reintegrao de posse
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Quando, por ex., ao chegar em sua casa de praia ou temporada, se surpreende com uma famlia em sua posse, poder ocorrer esbulho = perda da posse - Ao de interdito proibitrio Nos casos, por ex., do movimento sem terra H ameaa, mas o juiz cientifica, diz para aquele que quer ingressar na posse que no lhe de direito, no lhe pertence. - Ao de imisso de posse Quando determinada pessoa adquire imvel, mas no consegue imitir-se (entrar) - Desforo possessrio a legtima defesa da posse (artigo 1210, 1 do CC), permitido o desforo imediato e na mesma proporo, ou seja, a reao do dono do imvel dever ser na mesma proporo do esbulho ou turbao, deve haver equilbrio entre aes e reao, alm de ser imediato!
Cdigo Civil Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbao, restitudo no de esbulho, e segurado de violncia iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 1 O possuidor turbado, ou esbulhado, poder manter-se ou restituir-se por sua prpria fora, contanto que o faa logo; os atos de defesa, ou de desforo, no podem ir alm do indispensvel manuteno, ou restituio da posse. Cdigo de Processo Civil Livro IV - Dos Procedimentos Especiais, Ttulo I - Dos Procedimentos Especiais de Jurisdio Contenciosa, Captulo V - Das Aes Possessrias, Seo I - Das Disposies Gerais: Art. 920 - A propositura de uma ao possessria em vez de outra no obstar a que o juiz conhea do pedido e outorgue a proteo legal correspondente quela, cujos requisitos estejam provados. Art. 921 - lcito ao autor cumular ao pedido possessrio o de: I - condenao em perdas e danos; II - cominao de pena para caso de nova turbao ou esbulho; III - desfazimento de construo ou plantao feita em detrimento de sua posse. Art. 922 - lcito ao ru, na contestao, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteo possessria e a indenizao pelos prejuzos resultantes da turbao ou do esbulho cometido pelo autor. Art. 923 - Na pendncia do processo possessrio, defeso, assim ao autor como ao ru, intentar a ao de reconhecimento do domnio. (Alterado pela L-006.820-1980) Art. 924 - Regem o procedimento de manuteno e de reintegrao de posse as normas da seo seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbao ou do esbulho; passado esse prazo, ser ordinrio, no perdendo, contudo, o carter possessrio.
SP 14/08/08 Composse Dois ou mais indivduos podem ser posseiros ao 1199 do CC. Poder ser: Pro diviso H diviso de fato, mas no de direito, uma vez que cada condmino j se localiza numa parte determinada da coisa. Exemplo: edifcio de apartamentos.
mesmo tempo, de uma mesma coisa. Conforme artigo Pro indiviso A comunho de fato e de direito. Mas os condminos no tm a posse de determinada parcela da coisa, tudo de todos. Todos exercem a posse ao mesmo tempo, casa um exerce sua composse (acordo) pro indiviso (ateno: na casa de seus pais, voc e seus irmos so meramente ocupantes, e no posseiros por meio de composse). organizao do espao.
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possurem coisa indivisa, poder cada uma exercer sobre ela atos possessrios, contanto que no excluam os dos outros compossuidores.
Professora seguiu analisando os incisos I) a pessoa adquire a posse em nome prprio ou em nome de terceiro (mandatrio). Pode ser, portanto, de forma originria ou derivada II) por terceiro sem mandato, dependendo de ratificao Assim como dispe o artigo 1204 cominado com o artigo 1263, a aquisio originria independe de ato translativo (ref. a um passar posse ao outro/ transmisso). J a aquisio derivada ocorre ao receber de outrem, exige existncia de posse anterior. Logo, a aquisio derivada advm de posse anterior que lhe foi transmitida. - da entrega - do constituto possessrio - da sucesso universal (artigo 1206) esplio responder pelo dbito at o limite e fora de seu quinho inter vivos ou mortis causa - da sucesso particular (legatrio) quanto determinada pessoa recebe um legado, como, por ex., um tio da professora Maria Ceclia detinha muitas posses e bens, mas deixou em seu testamento o legado para cada um de seus sobrinhos universitrios, dentre eles, a professora (no eram as partes imediatas na cadeia sucessria para recebimento de herana). O legatrio no se subordina s obrigaes do esplio se houver (salvo os casos de fraude contra credores)
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possvel o exerccio, em nome prprio, de qualquer dos poderes inerentes propriedade. (...) Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatrios do possuidor com os mesmos caracteres. (...) Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, no sendo essa ocupao defesa por lei.
Modos de Transmisso e Perda da Posse Abandono Tradio (entrega da coisa) Perda ou deteriorao do bem Posse de outrem Constituto possessrio quando o indivduo vendeu, mas se torna inquilino (artigo 1267, Pargrafo nico) Desuso a no utilizao do bem, direito de servido (artigo 1389, III), direito real sobre imvel de outrem direito de passagem, entre outros que veremos em outra ocasio Esbulho que no se presenciou resolvendo no recuper-la (artigo 1224)
Art. 1.267. A propriedade das coisas no se transfere pelos negcios jurdicos antes da tradio. Pargrafo nico. Subentende-se a tradio quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessrio; quando cede ao adquirente o direito restituio da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente j est na posse da coisa, por ocasio do negcio jurdico. (...) Art. 1.224. S se considera perdida a posse para quem no presenciou o esbulho, quando, tendo notcia dele, se abstm de retornar a coisa, ou, tentando recuper-la, violentamente repelido. (...) Art. 1.389. Tambm se extingue a servido, ficando ao dono do prdio serviente a faculdade de faz-la cancelar, mediante a prova da extino: I - pela reunio dos dois prdios no domnio da mesma pessoa; II - pela supresso das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro ttulo expresso; III - pelo no uso, durante dez anos contnuos.
Efeitos da Posse Ao de Nunciao de Obra Nova uma obra nova que ameaa direito alheio (art. 934 ao 939 do CPC) Ao de Dano Infecto construo em runas que ameaa, o proprietrio do bem dever restaurar, demolir, etc. Imisso na Posse
Cdigo de Processo Civil Art. 934 - Compete esta ao: I - ao proprietrio ou possuidor, a fim de impedir que a edificao de obra nova em imvel vizinho lhe prejudique o prdio, suas servides ou fins a que destinado; II - ao condmino, para impedir que o co-proprietrio execute alguma obra com prejuzo ou alterao da coisa comum; III - ao Municpio, a fim de impedir que o particular construa em contraveno da lei, do regulamento ou de postura. Rosemeire Ribeiro de Souza Direito Civil Direitos Reais Pgina 5 de 16
(...) Art. 939 - Aplica-se a esta ao o disposto no Art. 803. (...) Art. 803 - No sendo contestado o pedido, presumir-se-o aceitos pelo requerido, como verdadeiros, os fatos alegados pelo requerente (arts. 285 e 319); caso em que o juiz decidir dentro em 5 (cinco) dias. (Alterado pela L005.925-1973)
Direito Posse O direito posse enseja Ao de Usucapio, como uma das formas de domnio do imvel. H cinco tipos, so eles: - Ordinrio - Extraordinrio - Constitucional rural - Constitucional urbano - Coletivo O grande efeito da Ao de Usucapio poder conduzir a prescrio aquisitiva (usucapir). Fases da aquisio de bem imvel no Brasil anlise cronolgica
Sesmarias Compreende o primeiro e maior perodo Quando D. Pedro reconhece o primeiro individuo legitimado na posse com base na Lei de Terras pelo Brasil Havia descaso em relao aos ttulos dos sesmeiros. Houve crise no campo At que em 1850 surge a Lei Imperial de Terras (lei n 601) que: - consolida posses - mantm sesmarias - requer que todos registrem suas posses Mas como os sesmeiros no sabiam ler nem escrever! Houve a diviso territorial considerando cada Vigrio responsvel por determinado territrio, e o que originou as atuais Circunscries Imobilirias! Foi atravs desta sistematizao jurdica que resultou nos Registros Pblicos (Fazenda Federal, Fazenda Estadual e Fazenda Municipal o que no compete a um, ser de competncia do outro sempre analisando primeiro a Fazenda de maior abrangncia)
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17.07.1822
1822
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Da Lei Imperial de Terras, partimos para o CC de 16, com forte influncia do liberalismo francs. Logo depois, foram criados: Estatuto da Terra, Constituio Federal, Estatuto da Cidade e o CC de 2002 (com vigncia em Janeiro de 2003). Como o perodo de sesmarias foi longo, existem reflexos at hoje. Propriedade Segue a Teoria da funcionalidade - Funo social da Propriedade! Direito propriedade aquele que permite: fruir, dispor, gozar e usar. Artigo 1228 e s.s. Grandes tericos e filsofos abordaram o tema propriedade, atribuindo-lhe diferentes aspectos: - Aristteles (O que a propriedade); - Karl Max; - Alguns consideraram a propriedade como um bem de produo, destinado a produo de outras riquezas, de outros bens; - Outros defendiam a coletivizao da propriedade; - Interpretao sob a tica do Totalitarismo - Aristteles, Jean Serran (e um outro terico que no consegui tomar nota) defendiam a Teoria do Abuso do Direito (O ato praticado no exerccio regular de um direito assegurado pela legislao civil e pela Constituio Federal. No entanto, o abuso nesta prtica leva ilicitude do ato, mais ainda pela promulgao do Cdigo de Defesa do Consumidor. Sobre o tema afirmava o Professor Washington de Barros Monteiro: Em Alguns casos, o prprio ordenamento jurdico se incumbe de fixar a extenso dos direitos concedidos, cominando penas para o seu exerccio arbitrrio. Fonte: Washington de Barros Monteiro 1 vol. Parte Geral Editora Saraiva). - Primeira grande Encclica Rerum Novarum de Joo XIII - So Toms de Aquino define a propriedade como Direito ao Acesso Propriedade - Leon Deguit tratou do tema em importante Conferncia em Buenos Aires, o que originou a obra Transformaes gerais do direito privado aps Cdigo Napolenico - Abordam se assuntos sobre a Propriedade Privada
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- A propriedade devendo atender a Funo Social exigida pela sociedade (nfase s Propriedades Rurais) - Tratado: Aliana para o progresso por John Kennedy (sobre o Mxico e Amrica Latina) Em 1988, no Brasil, temos o importante Estatuto da Terra, disciplinando em seu art. 2 e s.s. que: o imvel rural cumpre a sua funo social atendendo a quatro requisitos bsicos. Em 2001, o Estatuto da Cidade em seu artigo 39 determina que o imvel urbano cumpre sua funo social conforme Plano Diretor. Vide art. 1228, 1 Em 1964, propriedade rural extremada no ordenamento jurdico atravs da Lei 4132. Em 1988, a Carta Magna abordou em seu artigo 5, inc. XXII (da garantia) e XXIII (da obedincia funo social). Bem como o artigo 186 da Constituio, que tratar do aproveitamento, este foi trazido do Estatuto da Cidade para a Carta Magna. O art. 1228 do atual CC, com nfase em seu 1 e seguintes que trataro da Teoria do Abuso de Direito. Veja tambm o Decreto Lei 3365/91 e a Lei 4132/62.
Cdigo Civil Art. 1.228. O proprietrio tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reav-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha 1 O direito de propriedade deve ser exercido em consonncia com as suas finalidades econmicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilbrio ecolgico e o patrimnio histrico e artstico, bem como evitada a poluio do ar e das guas. 2 So defesos os atos que no trazem ao proprietrio qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela inteno de prejudicar outrem. 3 O proprietrio pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriao, por necessidade ou utilidade pblica ou interesse social, bem como no de requisio, em caso de perigo pblico iminente. 4 O proprietrio tambm pode ser privado da coisa se o imvel reivindicado consistir em extensa rea, na posse ininterrupta e de boa-f, por mais de cinco anos, de considervel nmero de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e servios considerados pelo juiz de interesse social e econmico relevante. 5 No caso do pargrafo antecedente, o juiz fixar a justa indenizao devida ao proprietrio; pago o preo, valer a sentena como ttulo para o registro do imvel em nome dos possuidores. Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espao areo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade teis ao seu exerccio, no podendo o proprietrio opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que no tenha ele interesse legtimo em impedi-las. Art. 1.230. A propriedade do solo no abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidrulica, os monumentos arqueolgicos e outros bens referidos por leis especiais. Pargrafo nico. O proprietrio do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construo civil, desde que no submetidos a transformao industrial, obedecido o disposto em lei especial. Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, at prova em contrrio. Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietrio, salvo se, por preceito jurdico especial, couberem a outrem. Estatuto da Terra Art. 1 Esta Lei regula os direitos e obrigaes concernentes aos bens imveis rurais, para os fins de execuo da Reforma Agrria e promoo da Poltica Agrcola. 1 Considera-se reforma agrria o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuio da terra, mediante modificaes no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princpios de justia social e ao aumento de produtividade. 2 Entende-se por Poltica Agrcola o conjunto de providncias de amparo propriedade da terra, que se destinem a orientar, no interesse da economia rural, as atividades agropecurias, seja no sentido de garantir-lhes o pleno emprego, seja no de harmoniz-las com o processo de industrializao do pas. Art. 2 assegurada a todos a oportunidade de acesso propriedade da terra, condicionada pela sua funo social, na forma prevista nesta Lei. 1 A propriedade da terra desempenha integralmente a sua funo social quando, simultneamente: a) favorece o bem-estar dos proprietrios e dos trabalhadores que nela labutam, assim como de suas famlias; b) mantm nveis satisfatrios de produtividade; c) assegura a conservao dos recursos naturais; d) observa as disposies legais que regulam as justas relaes de trabalho entre os que a possuem e a cultivem. 2 dever do Poder Pblico: a) promover e criar as condies de acesso do trabalhador rural propriedade da terra econmicamente til, de preferncia nas regies onde habita, ou, quando as circunstncias regionais, o aconselhem em zonas prviamente ajustadas na forma do disposto na regulamentao desta Lei;
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b) zelar para que a propriedade da terra desempenhe sua funo social, estimulando planos para a sua racional utilizao, promovendo a justa remunerao e o acesso do trabalhador aos benefcios do aumento da produtividade e ao bem-estar coletivo. Estatuto da Cidade (Lei n 10.257, de 10 de julho de 2001) Art. 1 Na execuo da poltica urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituio Federal, ser aplicado o previsto nesta Lei. Pargrafo nico. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pblica e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurana e do bem-estar dos cidados, bem como do equilbrio ambiental. (...) Captulo III - Do Plano Diretor Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidados quanto qualidade de vida, justia social e ao desenvolvimento das atividades econmicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2 desta Lei.
Acerca da nossa legislao, indispensvel destacar: - CF, art 5, inc. XXII da garantia - CF, art 5, inc. XXIII da obedincia funo social - CF, art. 186 aproveitamento - CF, art. 5, inc. XXIV desapropriao - CF, art. 5, inc. XXV requisio os nicos so os bombeiros - CC, art. 1228, 4 e 5 - do usucapio coletivo pr-indiviso pago - CC, art. 1230 caput, seu nico e Cdigo de Minerao sobre minrio e propriedade Federal - CC 1233 caput, seu nico e art. 1234 remetem ao 647 depositrio legal/ necessrio - CC 1235 (Importante) culpa ou dolo - CC 1236 leia o artigo recordando-se que muito oneroso a publicao em editais! - CC 1237 caput e nico quanto ao Municpio, assemelha-se ao 1263 ao se referir ao bem imvel (artigos sobre Usucapio sero vistos em outra ocasio) - CC 1245 e art. 167 da Lei de Registros Pblicos - fase em que a diviso e registro de terras eram controlados pelo vigrio - registro de imveis para hipoteca - registro Trrens (auditoria pouco utilizado no Brasil) Sugeriu a leitura da obra O mistrio do Capital de Hernando de Sotto.
S.P. 25/08/08 Registros Pblicos O CC traz em seu art. 1245 e ss O Registro originrio a partir do: - Vigrio (registro de posse) - Registro Geral de Hipotecas (registro de domnio) Faz-se o estudo da cadeia dominial. Sobre a Lei de Registros Pblicos Registro a forma de aquisio derivada do domnio. Importante salientar os artigos 195 e 235 da Lei de Registros Pblicos. H o importante princpio da Continuidade: No existe um registro sem outro que o anteceda. Se no h registro, jamais foi do particular! Deve haver prenotao para constar no ttulo de propriedade registro! Artigos da Lei de registros Pblicos Art. 167 Para Averbao ou registros, o que diferente de Prenotao, este o ato de apresentar, por exemplo, protocolar para que seja prenotada certa hipotecada que recaia sobre o imvel, devendo constar no ttulo de propriedade. A Lei do Estatuto da Cidade modifica o inc. XX do art. 167 (Rose ver se esse inciso mesmo), quanto ao registro urbano e no no registro rural. Art. 169
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importante e h quem no o observe! Estabelece que todos os registros de imveis em comarcas ou circunscries limtrofes devem ser registrados em ambos os Cartrios de Registros de Imveis Competentes, j que limtrofe! Art. 173 (indicadores livros que cruzam informaes entre si) Art. 277 e s.s. Do Registro Trrens: chegou no Brasil em 1890, como sendo inscrio do imvel rural no registro Torrens, no obrigatrio! Apesar de gerar benefcio, pois gera presuno Absoluta sobre o imvel rural, foi pouco utilizado no pas em razo de implicar gasto. Princpios do Registro 1) Publicidade Exteriorizao do domnio ope-se erga omnes 2) Legalidade Pressupe que o negcio jurdico legal 3) Fora Probandi a fora da f-pblica. Veja artigo 1245, em seu 2, do CC. 4) Continuidade At 1928 no havia este princpio. comum, por exemplo, a reivindicatria em face deste princpio. Sobre este importante princpio, vide artigos: - 225 e 227 da Lei de Registros Pblicos - 213 e 216 da Lei de Registros Pblicos interpretados conjuntamente com o art. 1247 do CC 5) Constitutivo O Ttulo com os devidos registros constitui propriedade, ou seja, faz nascer a propriedade! Mesmo sendo por aquisio originria!
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S.P. 28/08/08 Aquisio por Ascesso Aquela que independe de ato translativo, podem ser: Naturais Artificiais Por fora da natureza. Advm da fora humana.
Ex.: Formao de ilhas, aluvio, avulso, lveo abandonado (crrego abandonado). Para frisar a diferena entre aluvio e avulso, memorize da seguinte forma: - Avulso o V de Violncia est posto logo na segunda slaba da palavra, logo causada por VIOLENTA FORA DA NATUREZA - Aluvio - o V de Violncia est posto l no final da palavra, em sua penltima slaba, logo no to nefasta como a avulso. Ocorrendo Avulso, quem perdeu poder reclamar em Um ano ou ser indenizado h, portanto, prazo decadencial (decai o exerccio de um direito). Em relao s Ilhas h trs tipos: (i) Ocenica (ii) Martima (iii) Fluvial (esta do particular) A Ocenica e a Martima so da Unio, salvo se j de domnio de outrem at a Emenda Constitucional (ou seria Estado Constitucional... ixi), havendo concesso do Estado.
Ex.: construes e plantaes. Presume-se que estas so do proprietrio do terreno, at que se prove o contrrio. 1) Em solo prprio com material alheio (plantao ou construo) 2) Com seu material no terreno alheio No caso 1) preciso verificar: a) se agiu de m-f dever reparar, isto , pagar o equivalente ao material alheio utilizado mais perdas e danos b) se agiu de boa-f tem o dever de reparar No caso 2) preciso verificar: a) se de m-f: perde tudo o que empregou no terreno alheio (perde o que l est) b) se d boa-f: possui direito de indenizao Salvo nico do art. 1255 e nico do art. 1256, ambos do CC. Os arts. 1258 Responsabilidade artificial! e 1259 tratam da Civil sobre Acesso
S.P. 01/09/08 Segundo Kant Para o domnio necessrio o estudo da cadeia dominial, fazendo-o chegaremos ao Estado como o poder legitimado para dar garantia! o Estado quem por limite na relao jurdica, caso contrrio chegar sempre Ado e Eva e por conseguinte em Deus! Cria-se, portanto, a Prescrio Aquisitiva, tambm chamada de Usucapio!!! Por Kant: - segurana s relaes jurdicas - importante impor limite para dar inicio as prescries aquisitivas A Usucapio Temos na legislao brasileira diferentes espcies de forma de aquisio pela Usucapio, com diferentes prazos, nos casos da Usucapio para aquisio de domnio os prazos sero de 5, 10 ou 15 anos de posse j Usucapio para aquisio de servido so necessrios 20 anos! Pode ser: - Ordinria Ou - Extraordinria A Lei 6969 estabelece usucapio para Zona Rural. Logo: Prolabore = Usucapio especial agrrio Usucapio rural O Estatuto da Cidade regulamenta a Usucapio constitucional Urbana! E Usucapio Coletivo!
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Temos cinco tipos de Usucapio, so eles: 1) Ordinria 2) Extraordinria 3) Constitucional Rural 4) Constitucional Urbana 5) Coletivo Curiosidade: Em So Paulo h menor frao de parcelamento (frao mnima de parcelamento de 3 hectares acho que ouvi isso). (ver se tem um quadro no DA sobre isso na pasta da professora de D. Civil ou de D. Ambiental) Tipos de Usucapio e suas especificidades (Usucapio = Tempo + Posse) Surge Tempo Posse Forma de Pode em Aquisio ser Art. 1238 10 Simples (s Indireta Rural CC anos posse) ou Urbano Art. 1242 15 Com justo Indireta Rural CC anos ttulo e de ou Boa-f Urbano (ignorncia) Posse Qualificada Art. 1239 5 anos Posse Posse Direta Rural CC Agrria pelo vide art. exige prescribente 191 CF e Morada Lei habitual e 6969/81 Cultivo efetivo (caso de Manoel Joaquim dos Reis) Art. 1240 5 anos Exige Posse Direta Urbano CC Morada pelo vide art. Habitual prescribente 183 CF e Lei 10257/01 (Estatuto da Cidade) Art. 1228 5 anos Exerce Posse Direta Rural CC atividade pelo ou conforme prescribente Urbano art. 1228, 4 e 5
Ordinrio
Extraordinrio
Constitucional Rural
Constitucional Urbano
Coletivo
Hoje: Se a posse comeou h 40 anos da entrada em vigor do CC de 18, deve-se reconhecer a posse, ou seja, a usucapio com a sentena Declaratria. Usucapio Constitucional Ordinria: Art. 1242 caput e Pargrafo nico do CC trata da usucapio ordinria; o Pargrafo nico pode ser por 5 anos, saliento que trata-se de exceo em que se diminuda de 10 para 5
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S.P. 04/09/08 Bens Pblicos - uso comum do povo - especial - dominial (vide art. 183 da CF) Terras Devolutas Importantes doutrinadores: - Spencer Vampr - Reinaldo Ponchat
CC
Em 1933 houve lei que indicava que qualquer que seja a natureza do bem imvel prescricional.
CF
1877
Bens Dominiais
1917
1933
1981
1988
Lei 6969
S. Vampr e R. Ponchat em relao a administrao pblica exercendo atividade de Imprio, ambos defendiam que por ter carter como se propriedade privada fosse, cabia Usucapir.
Vide art. 183 3 e 191 nico da CF Celso Barros Tratou em sua obra A Constituio Comentada, vol. 7, acerca do art. 188 e 191 da CF, referindo-se s terras pblicas e devolutas. Afirmou em sua anlise que um dos artigos indica que em terras pblicas no cabe usucapio! Mas em contrapartida, terras devolutas so prescritveis!!! Portanto, caberia usucapio!!! Celso Barros no recebeu louvor por sua observao, Silvio Rodrigues foi um dos grandes doutrinadores que a princpio se ops a afirmao de Celso, mas pouco antes de seu falecimento, em nota, afirmou que Celso Barros tinha razo por tal observao! Ateno ainda hoje no aceita!!!
Terras Devolutas Ter posse em terras devolutas cabia Usucapio, sendo deciso Declaratria. Requisitos: Posse + Tempo Terras Devolutas exigiam Procedimento Administrativo (por ao discriminatria demora quase 60 anos). J terras Particulares exigem Procedimento Judicial
Jurisprudncia Hoje: Entende que Terra Devoluta Terra Pblica!!! Por isso imprescritvel!!! *procurar artigo de Silvio Rodrigues no D.A. na pasta da professora Maria Ceclia de Civil ou em sua pasta de Direito Agrrio.
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Posse se transmite: 1) Para fins de usucapio rural exclusiva para os prescribentes sempre analisar Tempo + Posse Exerccio Ana, tendo herdado o imvel em Santos de sua tia, vende-o para Marisa, esta, por sua vez, quando leva registro o referido imvel, tem seu requerimento negado pelo oficial do Cartrio de Registro de Imveis, sob a alegao do imvel estar registrado em nome de Marta. Ana alega que o CRI est errado, apresentando o formal de partilha a seu favor, o que permitiria vender o imvel para Maria. Quem est com a razo, Ana ou o Cartrio? Resposta: Devido ao princpio da continuidade, o Oficial est correto. Base nos artigos ??? (Acho que baseado em alguma coisa mais ou menos assim: 1206 do CC ou seria 1245 verrrrrrr cominado com o artigo __???__ da Lei de Registros Pblicos (seria o art. 172 - verrrrr)
Da Aquisio da Propriedade Mvel Usucapio Os mesmos dispositivos da usucapio de coisa imvel Artigos do CC que foram lidos em aula: 1260 trata da usucapio ordinria (prazo de 3 anos) 1261 trata da usucapio extraordinria (prazo de 5 anos) 1262, 1263, 1264 1265 onde consta prdio compreenda como imvel Enfiteuse 1266 trata das enfiteuses (em uma das reformas de nossa legislao, o legislador probe NOVAS ENFITEUSES verificar qual artigo expressa essa proibio) Impostos que recaiam sobre os imveis e devidos pelos Servos da Terra ou Enfiteutas (existentes at hoje): - o atual imposto denominado Foro era chamado Cano tem origem por certo indivduo reconhecer que h outro superior (O Senhorio exemplo: Igreja, Estado, etc.), corresponde a uma taxa de ocupao do terreno/ imvel - outro imposto de origem similar o Laudmio, devido no momento da transferncia do terreno/ imvel (venda da posse e no do domnio, j que o domnio pertence ao Senhorio, podendo ser o Estado, Igreja ou outrem antigamente!) Ambos os impostos devidos pelos servos da terra chegaram no Brasil com a colonizao portuguesa. A enfiteuse pode deixar de recair sobre o imvel quando: a) Enfiteuta morre sem deixar herdeiros b) Enfiteuta deixou de pagar 3 foros Demais artigos analisados em sala: 1266 detentor do domnio direto no tem qualquer direito; tem apenas direito ao Foro e Laudmio (vulgarmente falando: uma figura que aparece de escanteio) Sugere vista sobre art. 2038 do CC e 2 da Lei Especial (vide Decreto Lei que trata do Estado e Decreto Lei 9760 mais leis posteriores) A enfiteuse Perptua! Tradio
Tradio a entrega ou transferncia da coisa, sendo que, para tanto, no h necessidade de uma expressa declarao de vontade; basta que haja a inteno do tradens (o que opera a tradio) e do accipiens (o que recebe a coisa) e efetivar tal transmisso; pode ser efetiva ou material (que se manisfesta por uma entrega real do bem, como sucede quando o vendedor passa ao comprador a coisa vendida), simblica ou ficta (substitui-se a entrega material do bem por atos indicativos do propsito de transmitir a posse) e consensual, que apresenta-se sob 2 formas, traditio longa manu e traditio brevi manu.
(excerto do site: http://www.centraljuridica.com/doutrina/100/direito_civil/modos_aquisitivos_da_posse.html) Artigos do CC: 1267 - quanto ao seu pargrafo nico, exemplificando-o: vendo a casa, mas continuo posseiro, o constituto possessrio.
O constituto possessrio ocorre quando o possuidor de um bem (imvel, mvel ou semovente) que o possui em nome prprio passa a possu-lo em nome alheio; uma modalidade de transferncia convencional da posse, onde h converso da posse mediata em direta ou desdobramento da posse, sem que nenhum ato exterior ateste qualquer mudana na relao entre a pessoa e a coisa.
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(excerto do site http://www.centraljuridica.com/doutrina/100/direito_civil/modos_aquisitivos_da_posse.html) 1268 1269 h especificao que Trabalhar em matria prima! A M-f e Boa-f so considerveis!!! Constatada a m-f, h o dever de pagar o preo da coisa alheia mais Perdas e danos! 1270 1271 Da Confuso, da Comisso e da Adjuno (obs.: o cdigo apresenta Comisso, mas a ideologia ideal seria Comisto) 1272 Confuso coisa lquida Comisso (Comisto) coisa slida Adjuno sobreposio de uma coisa a outra 1273 1274 S.P. 10/09/08 Da Perda da Propriedade 1275 e s.s. vide incisos elenco exemplificativo e no taxativo, exemplo: para o inciso I cabe troca ou permuta; doao, etc. Renncia um ato que o bem ... (ver no artigo) O ato transmissivo ou de renncia deve ser registrado no R.I. Abandono Art. 1276 E tpico dos direitos reais No , claro, necessrio registrar. H duas situaes: No art. 1276 Caput trata do imvel urbano com ausncia de posseiro, logo VAGO! Quando urbano -> Municpio ou Distrito Federal
No CPC, h o artigo 1270 tratando tambm do bem vago! Na Lei 10.257 (Estatuto da Cidade) regula artigos constitucionais, pois aquela lei anterior a Constituio de 88. Art. 5, 6, 7 e 8 do Estatuto da Cidade tratam do parcelamento do solo. Mas no sobre bem Vago, complementa a ocupao do solo. Quando do descumprimento de impostos e ausncia de pagamento de tributos, decorridos 3 anos, pode ser o bem declarado Municipal ou Federal (primeiro para Urbano e segundo caso para Rural) Desapropriao a) 1941 - Decreto Lei 3365/41 desapropria por utilidade pblica j que o legislador equiparou utilidade necessidade! A utilidade j abrange a necessidade, logo h erro por termo desnecessrio nos Decretos de Desapropriao, em que consta desapropriao por necessidade e utilidade pblica somente utilidade o suficiente! Dessa forma, no volta ao particular, integra patrimnio da Unio. b) Lei 4132/62 criou a desapropriao por interesse social. Ser para readequar/ re-equacionar populao x espao! Em Outubro de 64, a Emenda Constitucional 46 inova tratando da necessidade do Estatuto da Terra Ver inc. 6 da Carta de Punta Del Leste. H possibilidade de obrigao do Estado em desapropriar, a desapropriao sano (rural ou urbano) quando se descumpria a funo social da propriedade isso gera ttulos de dvida pblica (correo pela tabela SELIC, resgatvel, mas parcelado, portador receber a partir do 2 ano, at findar a dvida. ttulo que a jurisprudncia permite: juros compensatrios mais juros moratrios)! Desapropriao Indevida
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Caso consiga se provar que a desapropriao foi indevida, e ainda, conseguindo provar que cumpria a funo social, receber a quantia em dinheiro e vista! Pois no possuir os requisitos da desapropriao sano! Retrocesso (pesquisar jurisprudncia no TJ) Possibilidade/ Hipteses: 1) Devolve a propriedade mais indenizao quando o Estado no cumprir o objetivo/ destinao 2) H, quando, uma vez que foi para o patrimnio pblico, no integra ao patrimnio do particular, logo, no pode ser devolvido. Por isso o Estado dever pagar perdas e danos. 3) J que o bem no pode voltar ao patrimnio do particular e h a obrigao do Estado em pagar, converte-se em Dao em pagamento (dando o bem na dao)! Renovao Aquele que possui legitimidade para desapropriar pode revogar atravs de longo processo administrativo que findar com a assinatura do Presidente! Exemplo prtico: A Unio declara de interesse social para fins de desapropriao, mas o Poder Executivo que concretizar este feito ao propalar sentena transitada em julgado (at Ministrio Pblico participa). Ainda antes da sentena ser prolatada, pode a Unio manifestar-se em razo da Renovao! Assim o decreto de desapropriao ser revogado! Desapropriao Indireta a inverso. Quando o proprietrio ingressa com ao contra o Governo, Estado ou Unio (conforme o caso) junto a Justia Federal. S.P. 15/09/08 Direito de Vizinhana O Direito de Vizinhana interfere no USO ANORMAL DA PROPRIEDADE. Pelo cdigo civil de 16 era denominado uso nocivo. Ainda hoje, doutrinadores fazem referncia a estes termos ao tratar do direito de vizinhana. Esto inseridos nele, por exemplo, o direito de construir, passagens de tubulaes de gua, etc. Tal direito disciplinado pelo legislador a partir do artigo 1277 do C.C.. O Direito de Vizinhana invoca sempre que pelo menos um dos trs s sofre ameaa, so eles: (i) sossego (ii) segurana (iii) sade art. 1228, ateno maior ao 2 art. 1277, ateno maior ao seu Pargrafo nico art. 1280 Aes: a) Ao de Dano Infecto (infecto no sentido de no feito). O dano que ainda no aconteceu, mas estaria por acontecer. Exemplo: ameaa causada por um prdio em runas, podendo desabar a qualquer momento. Pede-se, diante da situao, a conservao do prdio atravs de reformas. b) Nunciao de Obra Nova (art. 934 CPC). muito mais um exerccio de direito do proprietrio do que direito do possuidor. c) Ao Demolitria. Exemplo: requer que seja demolido um prdio em runas, que no seja passvel de medidas de conservao, restaurao ou reformas. (Veja questes municipais que trata do parcelamento do solo) Das rvores art. 1282, 1283 e 1284: - se h rvore na divisa de duas propriedades (rvores bem no meio do muro, por ex.), a lei atribui que cada um tem metade do prdio confinante, (vide art. 1283 e 1284) - h artigo seguinte no CC que autoriza a poda de rvore que invada sua propriedade, afim de preservla. No entanto, para o corte de qualquer que seja a espcie de rvore, imprescindvel a autorizao da autoridade competente. Por questo de preservao ambiental. Da Passagem Forada diferente de Servido, no se confunde com o direito real de servido!!! No caso da passagem forada, exige-se um prdio encravado.
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Ningum poder vetar o direito ao outro de dar um passo! - No art. 1286 e no art. 1287, o legislador inovou ao mencionar indenizaes; Das guas - ver tambm Cdigo de guas de 1934 e Lei de Recursos Hbridos Ningum pode impedir a gua de fluir! Ningum pode represar a gua! (ver todos os artigos) O CC absorveu as regras do Cdigo das guas de 1934 e Lei de Recursos Hbridos
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