Paschalis Sollemnitatis
Paschalis Sollemnitatis
Paschalis Sollemnitatis
PASCHALIS SOLLEMNITATIS1
II. A Semana Santa
27. Na Semana Santa a Igreja celebra os mistrios da salvao, levados a cumprimento por Cristo nos ltimos dias da sua vida, a comear pelo seu ingresso em Jerusalm. O tempo quaresmal continua at Quinta-feira Santa. A partir da missa vespertina na Ceia do Senhor inicia-se o trduo pascal, que abrange a Sexta-feira Santa "da paixo do Senhor" e Sbado Santo, e tem o seu centro na viglia pascal, concluindo-se com as vsperas do domingo da ressurreio. [] a) Domingo de Ramos 28. A Semana Santa tem incio no Domingo de Ramos da paixo do Senhor, que une num todo o triunfo real de Cristo e o anncio da paixo. Na celebrao e na catequese deste dia sejam postos em evidncia estes dois aspectos do mistrio pascal. 29. A procisso seja uma s e feita sempre antes da missa com maior concurso de povo, tambm nas horas vespertinas, tanto do sbado como do domingo. Os fiis participam nesta procisso levando ramos de oliveira ou de outras rvores. O sacerdote e os ministros precedem o povo, levando tambm eles os ramos. A bno dos ramos feita para os levar em procisso. Conservados em casa, os ramos recordam aos fiis a vitria de Cristo celebrada com a mesma procisso. 33. A histria da Paixo reveste particular solenidade. [Porm] a proclamao da paixo feita sem os portadores de castiais; sem incenso, sem a saudao ao povo e sem o toque no livro. b) Missa do Crisma 35. A Missa do Crisma na qual o bispo, concelebrando com o seu presbitrio, consagra o santo Crisma e benze os outros leos, uma manifestao da comunho dos presbteros com o prprio bispo, no nico e mesmo sacerdcio e ministrio de Cristo (PO 7) Os fiis sejam encarecidamente convidados a participar nesta missa.
O novo Crisma e o novo leo dos catecmenos devem ser usados na noite da viglia pascal, para a celebrao dos sacramentos da iniciao crist. 36. O acolhimento aos santos leos pode ser feito em cada uma das parquias, antes da celebrao da missa vespertina na Ceia do Senhor ou noutro momento mais oportuno. Isto poder ajudar a fazer os fiis compreenderem o significado do uso dos santos leos e do Crisma, e sua eficcia na vida crist.
na
Ceia
do
Documento da Congregao para o Culto Divino, sobre a preparao e celebrao das festas pascais, de 16 de janeiro de 1988.
44. Com a missa celebrada nas horas vespertinas da Quinta-feira Santa, a Igreja d incio ao trduo pascal e recorda aquela ltima ceia em que o Senhor Jesus, na noite em que ia ser trado, tendo amado at ao extremo os seus que estavam no mundo, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espcies do po e do vinho e deu-os aos apstolos como alimento, e ordenoulhes, a eles e aos seus sucessores no sacerdcio, que fizessem a mesma oferta.
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45. Toda a ateno da alma deve estar orientada para os mistrios, que, sobretudo nesta missa so recordados: a saber, a instituio da Eucaristia, a instituio da Ordem sacerdotal e o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna: tudo isto seja explicado na homilia. 48. Antes da celebrao, o tabernculo deve estar vazio. As hstias para a comunho dos fiis devem ser consagradas na mesma celebrao da missa. Consagrem-se nesta missa hstias em quantidade suficiente para este dia e para o dia seguinte. 49. Reserve-se uma capela para a conservao do Santssimo Sacramento e seja ela ornada de modo conveniente, para que possa facilitar a orao e a meditao. 51. O lava-ps que, por tradio, feito neste dia..., significa o servio e a caridade de Cristo, que veio no para ser servido, mas para servir (Mt 28,20). Convm que esta tradio seja conservada e explicada no seu significado prprio. 53. Para os doentes que recebem a Comunho em casa, mais oportuno que a Eucaristia, tomada da mesa do altar no momento da Comunho, seja a eles levada pelos diconos ou aclitos ou ministros extraordinrios, para que possam assim unir-se de maneira mais intensa igreja que celebra. 54. Concluda a orao aps a Comunho, forma-se a procisso que, passando pela igreja, acompanha o Santssimo Sacramento ao lugar da reposio. A procisso precedida pelos ministros que levam a cruz, as velas acesas e o incenso. Durante a procisso, canta-se o Canta a Igreja ou outro cntico eucarstico. 55. O Sacramento seja conservado num tabernculo fechado. Nunca se pode fazer a exposio com o ostensrio. [] 56. Convidem-se os fiis a permanecer na igreja, depois da missa por um determinado espao de tempo na noite, para a devida adorao ao Santssimo Sacramento solenemente ali conservado neste dia. Durante a adorao eucarstica prolongada pode ser lida uma parte do Evangelho segundo Joo (cap. 13-17). Aps a meia-noite, esta adorao seja feita sem solenidade, j que comeou o dia da paixo do Senhor. 57. Concluda a missa desnudado o altar da celebrao. Convm cobrir as cruzes da igreja com um vu de cor vermelha ou roxa, [...] No se
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V. A Sexta-feira Santa
58. Neste dia, em que "Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado", a Igreja, com a meditao da paixo do seu Senhor e Esposo e adorando a cruz, comemora o seu nascimento do lado de Cristo que repousa na cruz, e intercede pela salvao do mundo todo. 59. A Igreja, seguindo uma antiqssima tradio, neste dia no celebra a Eucaristia; a sagrada Comunho distribuda aos fiis s durante a celebrao da paixo do Senhor; aos doentes, impossibilitados de participar desta celebrao, pode-se levar a Comunho a qualquer hora do dia. 64. Respeite-se religiosa e fielmente a estrutura da ao litrgica da paixo do Senhor (liturgia da palavra, adorao da cruz e sagrada Comunho), que provm da antiga tradio da Igreja. A ningum lcito introduzir-lhe mudanas de prprio arbtrio. 65. O sacerdote e os ministros dirigem-se para o altar em silncio, sem canto. No caso de alguma palavra de introduo, esta deve ser feita antes da entrada dos ministros. O sacerdote e os ministros, feita a reverncia ao altar, prostram-se: esta prostrao, que um rito prprio deste dia, seja, conservada diligentemente, pois significa no s a humilhao do "homem terreno", mas tambm a tristeza e a dor da Igreja. Durante a entrada dos ministros os fiis permanecem em p, e depois ajoelham-se e oram em silncio. 67: A orao universal, com a amplitude de intenes, expressa o valor universal da paixo de Cristo, pregado na cruz para a salvao do mundo inteiro. 68. A cruz a ser apresentada ao povo seja suficientemente grande [...] Use-se uma nica cruz para a adorao, tal como o requer a verdade do sinal. 71. Depois da Comunho procede-se desnudao do altar [...].
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Esta viglia tambm espera da segunda vinda do Senhor. b) A estrutura da viglia pascal e a importncia dos seus elementos e das suas partes 81. A viglia tem a seguinte estrutura: depois do lucernrio e da proclamao da Pscoa (primeira parte da viglia) , a santa Igreja contempla as maravilhas que Deus operou em favor do seu povo desde o incio (segunda parte ou liturgia da Palavra), at ao momento em que, com os seus membros regenerados pelo Batismo (terceira parte), convidada mesa, preparada pelo Senhor para o seu povo, memorial da sua morte e ressurreio, espera da sua nova vinda (quarta parte). Esta estrutura dos ritos por ningum pode ser mudada arbitrariamente. 82. A primeira parte compreende aes simblicas e gestos, que devem ser realizados com tal dignidade e expressividade, de maneira que os fiis possam verdadeiramente compreender o significado, sugerido pelas advertncias e oraes litrgicas. Na medida em que for possvel, prepare-se fora da igreja, em lugar conveniente, o braseiro para a bno do fogo novo, cuja chama deve ser tal que dissipe as trevas e ilumine a noite. Prepare-se o crio pascal que, no respeito da veracidade do sinal, deve ser de cera, novo cada ano, nico, relativamente grande, nunca artificial, para poder recordar que Cristo a luz do mundo. 83. A procisso com que o povo entra na igreja deve ser iluminada unicamente pela luz do crio pascal. Assim como os filhos de Israel eram guiados de noite pela coluna de fogo, assim tambm os cristos, por sua vez, seguem a Cristo ressuscitado.