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Solo Cimento

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ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO UNEMAT CAMPUS UNIVERSITRIO DE CCERES JANE VA NINI INSTITUTO DE CINCIAS

S NATURAIS E TECNOLGICAS DEPA RTAM ENTO DE A GRONOM IA CONSTRUOES RURAIS

SOLO-CIMENTO

Discentes: Wagner Kazuo M. Soma

Cceres-MT, Maro de 2012.

INTRODUO O solo-cimento um material obtido atravs da mistura homognea de solo, cimento e gua, em propores adequadas e que, aps compactao e cura mida, resulta num produto com caractersticas de durabilidade e resistncias mecnicas definidas. Este material de construo vem suprir boa parte das necessidades de instalaes econmicas na maioria das regies rurais e suburbanas no Brasil. O uso do solo-cimento no Brasil vem, desde 1948, ajudando na satisfao de tais necessidades, encontrando-se hoje j bastante difundido. Os tijolos solos-cimento constituem uma alternativa pra a construo em alvenaria. Esses elementos, aps pequeno perodo de cura, garantem resistncia a compresso simples similar dos tijolos macios e blocos cermicos, sendo a resistncia tanto mais elevada quanto maior for a quantidade maior de cimento empregada; esta, no entanto, deve ser limitada a um teor timo que confira ao material curado a necessria qualidade, sem aumento do custo de fabricao.

OBJETIVO O presente trabalho tem como finalidade esclarecer e fornecer os elementos necessrios para nos tornar profissionais aptos a projetar, construir e administrar obras para fins rurais, visando o emprego correto dos materiais e tcnicas de construo, resist ncia de materiais e dimensionamento de estruturas, sabendo que a necessidade de preservao ambiental e a tendncia de escassez dos recursos naturais fazem com que a construo rural e civil passe a adquirir novos conceitos, buscando solues tcnicas que visem a sustentabilidade de suas atividades. Nesse sentido a mistura solo-cimento vem de forma pratica nos mostrar que esse fundamento e possvel de se alcanar, devido o emprego de solo-cimento ir desde a fabricao at a sua utilizao no canteiro de obras. Os equipamentos utilizados so simples e de baixo custo, possibilitando a operao no prprio canteiro. Isso reduz os custos com transporte, energia, mo-de-obra e impostos. Alm dessas vantagens, a mistura solo-cimento agrada tambm do ponto de vista ecolgico, pois no passa pelo processo de queima, no qual se consomem grandes quantidades de madeira ou de leo combustvel, como o caso dos tijolos produzidos em cermicas de modo convencional.

CONCEITO Solo-cimento definido como a mistura de solo pulverizado, cimento Portland e gua que, sob compactao a um teor de umidade tima, forma um material estruturalmente resistente, estvel, durvel e de baixo custo (Freire, 1976). Conhecido tambm como tijolo ecolgico, o solo-cimento um material alternativo, obtido pela mistura homognea de solo, gua e um pouco de cimento. A massa compactada endurece com o tempo, em poucos dias ganha consistncia e durabilidade suficientes para diversas aplicaes na construo civil e no meio rural. No precisam ser queimados em forno, logo no proporcionam agresso ao ecossistema e, por isso, so conhecidos como ecolgicos. O produto resultante deste processo um material com boa resistncia compresso, bom ndice de impermeabilidade, baixo ndice de retrao volumtrica e boa durabilidade. O solo o componente mais utilizado para a obteno do solo-cimento. O cimento entra em uma quantidade que varia de 5% a 10% do peso do solo, o suficiente para estabiliz- lo e conferir as propriedades de resistncia desejadas para o composto. Praticamente qualquer tipo de solo pode ser utilizado, entretanto os solos mais apropriados so os que possuem teor de areia entre 45% e 50%. Somente os solos que contm matria orgnica em sua composio (solo de cor preta) no podem ser utilizados. O solo a ser utilizado na mistura pode ser extrado do prprio local da obra. O incio da utilizao deste material no Brasil data de 1945 e, atualmente, uma vasta literatura sobre o assunto pode ser encontrada (Barbosa et al., 1997). O uso do solo-cimento no Brasil vem, ajudando na satisfao de tais necessidades, encontrando-se hoje j bastante difundido. Uma das grandes vantagens do solo-cimento que o solo um material local, constitui justamente a maior parcela da mistura. O solo-cimento uma evoluo de tcnicas de construo do passado, como o adobe e a taipa. A vantagem que os aglomerantes naturais, de caractersticas variveis e instveis, foram substitudos pelo cimento, produto industrializado e de qualidade controlada.

A escolha da tcnica a ser utilizada depende das caractersticas de cada obra em particular. A sua principal aplicao na construo de paredes, mas pode ainda ser utilizado na construo de fundaes, passeios e contrapisos. Fonte: Projeto Habitar GENERALIDADES Segundo ABIKO (1980), o solo-cimento foi usado pela primeira vez em 1915 nos Estados Unidos pelo engenheiro Bert Reno, que pavimentou uma rua com uma mistura de conchas marinhas, areia de praia e cimento Portland. Porm, s em 1935 a Portland Cement Association (PCA) iniciou pesquisas estudando a tecnologia desse material. No Brasil, segundo THOMAZ (1979), o emprego de solo-cimento na construo de edificaes aconteceu pela primeira vez em 1945, na cidade de Santarm (PA), onde foi construda, em carter experimental, uma casa de bombas com 42 m2, para abastecimento das obras de construo do aeroporto local. Em 1948, foi feita a construo de casas residenciais de solo-cimento no logradouro de Vale Florido, na Fazenda Inglesa, em Petrpolis (RJ). Em 1953 foi inaugurado o Hospital de Tuberculosos de Manaus (AM), hoje Hospital Geral Adriano Jorge, com uma rea total construda de 10.800 m2, completamente feito com solo-cimento em paredes monolticas. O bom estado de conservao em que essas edificaes encontram-se hoje atesta claramente a qualidade do material e da tcnica construtiva. A partir da, o uso do solocimento foi consideravelmente ampliado por causa das vantagens tcnicas e econmicas que o material oferece. Sabendo que a tcnica solo-cimento constituem uma das alternativas para a construo em alvenaria e que esses elementos, aps pequeno perodo de cura, garantem resistncia compresso simples similar dos tijolos macios e blocos cermicos, sendo a resistncia tanto mais elevada quanto maior for a quantidade de cimento empregada; esta, no entanto, deve ser limitada a um teor timo que confira ao material curado a necessria qualidade, sem aumento do custo de fabricao. A principal aplicao do solo-cimento em habitaes populares no meio urbano a construo de paredes monolticas. Por afinidade, seu emprego pode ser estendido para construes de casas, depsitos, galpes, avirios, armazns, etc.

Por ser um processo de fcil assimilao por qualquer pessoa, utilizando somente materiais locais, no necessitando de energia de qualquer natureza para sua produo, nem mesmo animal, a tecnologia de solo-cimento certamente se constitui no processo que permitir uma verdadeira revoluo nas construes rurais e urbanas brasileiras, pois associa um baixo custo a uma elevada qualidade. VANTAGENS DO SEU EMPREGO Podem ser mencionados as principais vantagens dos tijolos de solo-cimento a) Podem, em geral, ser produzidos com o prprio solo local e no canteiro de obras, reduzindo ou evitando o custo de transporte; b) A aplicao do chapisco, emboo e reboco so dispensveis, devido ao acabamento liso das paredes monolticas, em virtude da perfeio das faces (paredes) prensadas e a impermeabilidade do material, necessitando aplicar uma simples pintura com tinta base de cimento, aumentando mais a sua impermeabilidade, assim como o aspecto visual, conforto e higiene ; c) Podem dispensar o uso de revestimento, desde que protegidos da ao direta da gua, sendo, portando, recomendveis para paredes com tijolos vista; d) No consomem combustvel na fabricao, por dispensar a queima; e) Utilizam basicamente mo-de-obra no especializada. f) Uma outra vantagem ainda que, ao contrrio dos tijolos de argila queimada, que tm de ser jogados fora quando quebram, os de solo-cimento podem ser modos e reaproveitados. Apesar dos pontos positivos ao uso do solo-cimento destacados, no Brasil, o interesse pelo solo-cimento na construo de habitaes (como componente de alvenaria) foi desaparecendo na proporo que outros materiais, na maioria dos casos materiais industrializados, surgiam no mercado. Assim sendo, sua utilizao mais expressiva em obras de pavimentao (cerca de 90% das bases de nossas rodovias so de solo-cimento), barragens e contenes (GRANDE, 2003).

USOS A mistura solo-cimento apresenta diversas formas de usos capaz de diminuir o custo em ate 50% na construo civil ou rural, desde uma casa, galpes entre outros, utilizando o prprio solo e um pouco de cimento nas fundaes e na confeco de tijolos H 4 principais modos de utilizao do solo-cimento: tijolos ou blocos, pavimento, parede macia, ensacado. TIJOLOS OU BLOCOS DE SOLO-CIMENTO: so produzidos em prensas, dispensando a queima em fornos. Eles s precisam ser umedecidos, para que se tornem resistentes. Alm de grande resistncia, outra vantagem desses tijolos ou blocos o seu excelente aspecto. PAREDES MACIAS: so compactadas no prprio local, em camadas sucessivas, no sentido vertical, com o auxlio de formas ou guias. O processo de produo assemelha-se ao sistema antigo de taipa de pilo, formando painis inteirios, sem juntas horizontais. PAVIMENTOS: tambm so compactados no local, com o auxlio de frmas, mas em uma nica camada. Eles constituem placas macias, totalmente apoiadas no cho. SOLO-CIMENTO ENSACADO: resulta da colocao da mistura "farofa"mida em sacos, que funcionam como frmas. Depois de terem a sua boca costurada, esses sacos so colocados na posio de uso, onde so imediatamente compactados, um a um. O processo de execuo assemelha-se construo de muros de arrimo com mataces de pedra. Outras aplicaes para o solo-cimento ptios industriais, estacionamentos, acostamentos e aeroportos; base de revestimento para trfego leve ou muito leve, de pedestres ou bicicletas; revestimento de barragens de terra, canais, diques e reservatrios; pavimentao de estbulos; estabilizao de taludes e encostas;

revestimento e impermeabilizaes de tneis; reconstituio da fundao e alamento de placa de concreto; melhoria de suporte de fundaes fracas de pavimentos; construo de silos areos e subterrneos, terreiros para caf.

Apesar de apresentar diversas vantagens e formas de usos com o composto solocimento, esse trabalho ira focar principalmente na forma de preparo do tijolos de solocimento, devido este ser o mais empregado e difundido atualmente. FORMAS DE PREPARO A idia do tijolo solo-cimento no novidade e j foi empregada na construo da Muralha da China, h mais de 4 milnios. De l para c, sua utilizao sofreu modificaes quanto ao uso e formatos, porm em pequena escala, comparado ao processo tradicional de construes. O engenheiro civil recm- formado pela Universidade de Uberaba, Daniel Bertolucci Silva, 24 anos, explica que o tijolo solo-cimento um material elaborado no prprio canteiro de obras. Os materiais fornecidos pelo solo so misturados com gua e cimento. Esta mistura prensada em uma mquina para adquirir forma. Feita a modelagem, o tijolo sofre processo de cura e aps sete dias, pode ser empregado na obra.

DESCRIO DO PROCESSO Para a fabricao de materiais de solo-cimento usa-se basicamente uma mistura constituda de solo, cimento e gua, devidamente prensada. A prensagem feita dentro de moldes e a forma variada destes possibilita produzir diversos tipos de tijolos. Os elementos fabricados so estocados em uma rea para cura e, mantidos midos, por um perodo nunca inferior a 07 dias. MATERIAIS CONSTITUINTES DO COMPONENTE SOLO-CIMENTO SOLO Praticamente qualquer tipo de solo pode ser utilizado, entretanto os solos mais apropriados so os que possuem teor de areia entre 45% e 50%. Somente os solos que contm matria orgnica em sua composio (solo de cor preta) no podem ser utilizados. O solo a ser utilizado na mistura pode ser extrado do prprio local da obra. O solo o elemento que entra em maior proporo na mistura, devendo ser selecionado de modo que permita o uso da menor quantidade possvel de cimento. De maneira geral, os solos mais adequados para a mistura solo-cimento no deve ser muito argiloso, mas tambm no deve ser arenoso. Devem apresentar as seguintes caractersticas: % passando na peneira ABNT 4,2mm (n 4) - 100% % passando na peneira ABNT 0,075mm (n 200) - 10 a 50% Limite de Liquidez - 45% ndice de Plasticidade - 12% Normalmente, os solos arenosos estabilizam-se com pequenas quantidades de cimento. No devem ser utilizados solos que contenham matria orgnica, pois esta pode perturbar a hidratao do cimento. Embora existam solos que sozinhos no podem ser utilizados no processo, h possibilidade de se misturar dois ou mais solos para obteno de um solo vivel que venha a estabilizar-se e possa ser usado como solo-cimento.

O solo antes de ser misturado com o cimento, deve estar seco, isento de matria orgnica, e peneirado numa peneira com malha de 4,8mm. Em caso de no dispor de uma peneira de malha especificada (4,8mm), adota-se a peneira utilizada para caf, isto , que so usadas por ocasio da colheita do caf, sua malha tem abertura aproximada de 5mm x 5mm. COLETA DE AMOSTRAS NO CAMPO PARA ESTUDO PRVIO de fundamental importncia para a produo dos componentes em solo-cimento que seja efetuada uma avaliao prvia da jazida de solo a ser utilizado. ENSAIOS DE LABORATRIO Preparao de amostra de solo para ensaio de compactao e ensaios de caracterizao fsico- mecnica (NBR 6457); Determinao da massa especfica dos gros de solo (NBR 6508); Solo determinao do limite de plasticidade (NBR 7180); Anlise granulomtrica de solos (NBR 7181) Observao: para execuo desses ensaios necessita-se de uma amostra com 50 kg de solo. ENSAIO PRTICO OU DE CAIXA Os solos ideais para a mistura com o cimento so os que possuem teor de areia um pouco superior a 50%, devendo-se evitar solos com matria orgnica. Os critrios apresentados nesta cartilha para a escolha do solo, e para controle da umidade de compactao da mistura, referem-se a procedimentos prticos que voc pode adotar na falta de um laboratrio. Para obteno do solo a ser usado faa o teste de caixa: I. Tome uma poro de solo destorroado e peneirado, (peneira de 4,8mm) e misture gua aos poucos at que o solo comece a grudar na lmina da colher de pedreiro.

II.

Coloque o solo umedecido sem compactar, em uma caixa de madeira com as dimenses internas indicadas de acordo com a finalidade de uso do produto a ser produzido. A caixa deve estar lubrificada com leo diesel ou similar.

III. IV.

Encha a caixa at a borda, e alise a superfcie com a colher. Deixe a caixa guardada, em um ambiente fechado, ao abrigo do sol e da chuva, durante sete dias. Aps este perodo, faa a leitura da retrao nas extremidades e nas trincas, no sentido do comprimento da caixa. Se a soma no ultrapassar 2cm, o solo pode ser utilizado. Em caso contrrio, adicione areia at obter um solo com as caractersticas desejadas.

CIMENTO Os cimentos que podero ser utilizados devero atender s seguintes especificaes: NBR 5732 Cimento Portland comum NBR 5733 Cimento Portland de alta resistncia inicial NBR 5735 Cimento Portland de alto forno NBR 5736 Cimento Portland pozolnico Os nmeros referentes s Normas Brasileiras Registradas (NBRs) vem estampados nas sacas de cimento. GUA Geralmente, se a gua for potvel, ela estar apta para o uso. Se a gua for proveniente de poos ou cisternas, recomendvel analis- la em laboratrio especializado para se certificar de que no h substncias nocivas hidratao do cimento, tais como matria orgnica e sulfatos, dissolvidas nela. ESCOLHA DO TRAO E PREPARAO DA MISTURA O trao da massa, ou seja, a dosagem dos componentes deve ser estudada com cuidado fazendo quantos corpos de prova forem necessrios. Em geral, nas obras de pequeno porte

usa-se o trao padro de 1 para 12, ou seja, uma parte de cimento para cada 12 partes de solo adequado, aquela mistura que aprovamos no teste da caixa. Em obras de maior porte o solo-cimento pode ser produzido em usinas ou centrais de mistura, com prensas manuais ou hidrulicas. Em obras de pequeno porte, a mistura feita manualmente, pois a mistura em betoneira difcil, pois o material tem muita liga. Quanto maior for dosagem de cimento no solo mais resistente ser o tijolo. Dos componentes bsicos do solo-cimento, o que exige maior preparao o solo. PREPARAO E PENEIRAMENTO DO SOLO O solo normalmente retirado das jazidas e transportado para o depsito; necessrio que ele seja preparado desagregando-se os torres e eliminando-se o material retido na peneira ABNT n 4,8mm. Antes de fazer a mistura do solo com o cimento, o solo deve estar seco, isento de matria orgnica e preciso passar o solo por uma peneira de malha entre 4,8mm ou por uma utilizada para peneirar caf, malha com abertura aproximada de 5,0mm x 5,0mm, para retirar pedras e outras impurezas. Existem solos que apresentam grande quantidade de partculas gradas, neste caso, costuma-se aplicar um destorroador, cuja finalidade reduzir o tamanho dos grados. Sugerese que, quando o solo apresentar mais de 50% de material retido na peneira ABNT n 4,8mm, utiliza-se primeiramente o destorroador seguindo ao peneirador. PREPARAO DA MISTURA A quantidade de solo e de cimento a serem misturados podero ser medidas em volume para maior facilidade de operao. Normalmente, a quantidade de cimento e do solo feito em recipientes, (Ex: baldes, padiola, etc.), colocando-se inicialmente o solo at adquirir um trao adequado ao manuseio e com a capacidade produtiva, por um perodo de no mximo 01 (uma) hora. Em seguida adicione o cimento. Depois, esparramar o solo sobre uma superfcie lisa e impermevel, numa camada com 20cm a 30cm de altura. Espalhar cimento sobre o solo peneirado seco e revolver bem, misturados at completa homogeneizao, que alcanada quando a mistura adquirir

colorao uniforme. Novamente, espalhar a mistura numa camada com 20cm a 30cm de altura e adicionar gua, aos poucos, de preferncia com um regador com crivo, misturando tudo novamente. Os componentes devem ser misturados at que a massa fique parecendo uma farofa mida de colorao uniforme, prxima cor do solo utilizado mas levemente escurecida devido presena da gua. Entretanto, ateno: muito importante que a quantidade de gua da mistura seja dosada com ateno. Muita gua faz com que o material perca resistncia e tenda a trincar. Com pouca gua a compactao fica difcil e o solo-cimento ficar com menos resistncia. TESTES PRTICOS PARA A UMIDADE IDEAL I. Encha bem a mo com a mistura e aperte com fora. Logo em seguida abra a mo e o bolo formado deve apresentar perfeitamente a marca dos dedos. Se isto no acontecer, a mistura est com pouca gua. II. A seguir, levante o bolo at uma altura de 1 m e deixe cair. No impacto o bolo deve se desmanchar, caso contrrio porque a mistura est com muita gua. Nesse caso, esparrame e revolva bastante a mistura, para que o excesso de gua evapore, ou ento adicione mais solo e cimento. Repita o teste, at estar certo de que a quantidade de gua est adequada. III. A mistura do solo-cimento comea a endurecer rpido, devendo ser usada em no mximo duas horas aps o preparo. Por isto, deve-se evitar preparar mais solo-cimento do que for ser utilizado nesse intervalo de tempo. FABRICAO DE TIJOLOS: LANAMENTO, COMPACTAO E CURA Numa condio mais rudimentar, os tijolos podem ser feitos em pequenas formas de madeira com adensamento manual. Para agilizar o processo, a produo de pequenos volumes de tijolos pode ser feita com uma prensa manual, leve e de baixo custo. Cada prensa pode facilmente produzir 1500 tijolos por dia. O procedimento simples: 1. Abrir a tampa da forma da prensa e preench- la com a mistura de solo-cimento previamente preparada. 2. Nivelar a mistura, retirando o excesso, e depois fechar a tampa da forma da prensa.

3. Acionar a prensa para compactar a mistura.-- Acionar a alavanca da prensa para retirar os tijolos da forma. Aps esta desforma, retirar cuidadosamente os tijolos da prensa. Eles devem ser empilhados em local protegido do sol e do vento, tomando o cuidado de fazer pilhas com no mximo 1,5m de altura. Feita a produo, preciso cuidar da cura do cimento. A cura feita nos tijolos recm produzidos, no local onde devem ficar armazenados, sem movimentao, pelos tempo em que dura o processo. Molhar os tijolos ao menos 3 vezes ao dia, durante os 7 primeiros dias. Aps essa fase os tijolos estaro prontos para serem armazenados ou outro local ou usados imediatamente. As prensas manuais no produzem blocos de solo-cimento, apenas tijolos. Mas as prensas hidrulicas podem fabricar tanto tijolos quanto blocos de solo-cimento, com grande volume de produo, mas o preo do equipamento elevado e s se justifica em obras de grande porte.

CONCLUSO De acordo com as informaes obtidas e pesquisadas com a elaborao do trabalho apresentado, podemos observar e confirmar que a tcnica do solo-cimento muito interessante e tem inmeras aplicaes, devido solo-cimento viabilizar a construo civil e rural em locais distantes dos centros urbanos; diminuir os custos dos empreendimentos, j que o solo do prprio local da obra pode ser empregado como material de construo; e pos sui grande apelo ecolgico, porque evita a queima de madeira usada no mtodo tradicional de fabricao de tijolos cermicos, substituindo essa queima pelo uso do cimento no papel de agregante. Mostramos aqui apenas o bsico para conhecer alguma coisa dos procedimentos como o treinamento da mo-de-obra sendo importante nos sistemas que usam o solo-cimento. Cada sistema; tijolos ou blocos de solo-cimento, paredes macias, pavimentos de solo-cimento, solo-cimento ensacado tem suas prprias caractersticas, que devem ser ensinadas separadamente, caso a caso, mas consideramos de grande importncia pesquisar o assunto e pensar, alm das vantagens econmicas, tambm no lado social e da no-agresso ao meioambiente, ou seja, na sustentabilidade de seu empreendimento ou ao social.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Solo -cimento na habitao popular. 2 ed.. So Paulo, 1987. 12 p. Dissertao de Mestrado apresentada Escola de Engenharia de So Carlos, 1987. ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Estudo Tcnico 53 Dosagem de Solo Melhorado com Cimento. PITTA, Mrcio Rocha, Engenheiro Civil. SoPaulo, 1983. BANCO NACIONAL DA HABITAO/CEPEA. Tijolos macios de solo -cimento: fabricao e utilizao. Rio de Janeiro, 1985. 20 p. ilust. CENTRO DE PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO. Manual de Construo com SoloCimento. THABA, Camaari, 1984. http://www.ecivilnet.com/artigos/solo_cimento.htm acessado em 14/03/12 http://www.abcp.org.br/conteudo/basico-sobre-cimento/aplicacoes/solo-cimento acessado em 14/03/12 http://www.abcp.org.br/conteudo/sustentabilidade/sustentabilidade-do-concreto acessado em 15/03/12 http://www.ceplac.gov.br/radar/Artigos/artigo7.htm acessado em 15/03/12 http://www.ceplac.gov.br/radar/semfaz/solocimento.htm acessado em 14/03/12

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