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Portaria ANP 118 de 2000

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AGNCIA NACIONAL DO PETRLEO

PORTARIA N 118, DE 11.7.2000 - DOU 12.7.2000


Regulamenta as atividades de distribuio de gs natural liqefeito (GNL) a granel e de construo, ampliao e operao das centrais de distribuio de GNL. O DIRETOR-GERAL da AGNCIA NACIONAL DO PETRLEO - ANP, no uso de suas atribuies legais, com base na Resoluo de Diretoria n 399, de 11 de julho de 2000, torna pblico o seguinte ato:

Das Disposies Gerais


Art. 1. Ficam regulamentadas, atravs da presente Portaria, as atividades de distribuio de gs natural liqefeito (GNL) a granel e de construo, ampliao e operao das centrais de distribuio de GNL. Pargrafo nico. As atividades mencionadas no caput deste artigo sero executadas de acordo com o disposto nesta Portaria e em conformidade com as normas tcnicas, estaduais e federais, pertinentes matria, as normas da ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), as recomendaes da OIML (International Organization of Legal Metrology), ISO (International Organization of Standardization), NFPA 59-A ((National Fire Protection Association) e em especial as discriminadas no quadro abaixo: Ttulo Norma/Regulamento Tcnico ABNT/NBR 7500 INMETRO RT 6 INMETRO RTQ 5 INMETRO RTQ 32 Smbolo de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. Transporte rodovirio de cargas ou produtos perigosos. Veculo destinado ao transporte de produtos perigosos inspeo. Veculo rodovirio destinado ao transporte de produtos perigosos - construo, instalao e inspeo de pra-choque traseiro.

Das Definies
Art. 2. Para fins desta portaria, ficam estabelecidas as seguintes definies: I - Gs Natural (GN) ou Gs: todo hidrocarboneto que permanea em estado gasoso nas condies atmosfricas normais, extrado diretamente a partir de reservatrios petrolferos ou gasferos, incluindo gases midos, secos, residuais e gases raros;

II - Gs Natural Liqefeito (GNL): fluido no estado lquido em condies criognicas, composto predominantemente de metano e que pode conter quantidades mnimas de etano, propano, nitrognio ou outros componentes normalmente encontrados no gs natural; III - Distribuio de GNL a granel: compreende as atividades de aquisio ou recepo, armazenamento, transvasamento, controle de qualidade, e comercializao do GNL, atravs de transporte prprio ou contratado, podendo tambm exercer a atividade de liqefao de gs natural, que sero realizadas por pessoas jurdicas constitudas sob as leis brasileiras, com sede e administrao no Pas. IV - Veculo Transportador: veculo que dispe de tanque criognico, especialmente projetado e utilizado para o transporte e Transvasamento de GNL, construdo e operado com observncia do disposto no Pargrafo nico do art. 1 desta Portaria e devidamente certificado pelo INMETRO; V - Recipiente: recipiente criognico estacionrio construdo e operado com observncia do disposto no Pargrafo nico do art. 1 desta Portaria e devidamente certificado pelo INMETRO; VI - Transvasamento: qualquer operao de carga e descarga do GNL entre recipientes e veculos transportadores, podendo ser realizada nas unidades de liqefao, nas distribuidoras ou nas unidades consumidoras finais; VII - Central de Distribuio de GNL: rea devidamente delimitada que contm os Recipientes destinados ao recebimento, armazenamento e transvasamento de GNL, construda e operada de acordo com as normas internacionalmente adotadas;

Da Atividade de Distribuio de Gs Natural Liquefeito


Art. 3. A autorizao para o exerccio da atividade de distribuio de GNL a granel ser solicitada em requerimento ANP, na forma da legislao em vigor, acompanhada da seguinte documentao: I - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado na Junta Comercial, em se tratando de sociedades comerciais e, no caso de sociedades por aes, acompanhado de documentos de eleio de seus administradores ou diretores; II - comprovao de inscrio nas Fazendas Federal e Estadual; III - inscrio no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF); IV - comprovao de propriedade de central de distribuio de GNL prpria ou de terceiros, devidamente autorizada pela ANP a operar, para receber do produtor ou de outra fonte supridora o volume de GNL correspondente aos contratos para distribuio; V - comprovao de propriedade, no mnimo, de 2 (dois) veculos transportadores, que podero ser prprios, fretados ou arrendados, adequados ao transporte de carga perigosa, nos termos do Regulamento Tcnico INMETRO RT 6. Art. 4. A ANP ter o prazo de 60 (sessenta) dias para se manifestar sobre o requerimento de que trata o artigo anterior, contados da data do seu protocolo. Pargrafo nico. A ANP poder solicitar documentos ou informaes adicionais, sendo que nessa hiptese o prazo de que trata o caput deste artigo ser contado a partir do protocolo dos documentos ou informaes solicitadas. Art. 5. As pessoas jurdicas autorizadas a exercer a atividade de distribuio de GNL a granel ficam obrigadas a: I - informar mensalmente ANP os volumes e respectivo Poder Calorfico Superior (Kcal/m), das aquisies ou recebimentos, estoque inicial, estoque final e vendas ou entregas de GNL realizadas no ms anterior, em formulrio prprio que se encontra disponvel no Escritrio Central da ANP ou em seu website;

II - informar ANP, com antecedncia mnima de 30 (trinta) dias, a data em que pretende encerrar suas atividades; III - elaborar manual de procedimentos para situaes de emergncia; IV - dispor de materiais e de meios de comunicao para orientao aos consumidores; V - promover inspees anuais, que sero realizadas por empresas credenciadas pelo INMETRO, em todos os equipamentos por eles instalados e operados, conforme mtodos e prazos estabelecidos nas normas pertinentes ou em normas internacionais, encaminhando os respectivos laudos ANP, no prazo mximo de 30 (trinta) dias contados da data da sua concluso. Art. 6. As pessoas jurdicas autorizadas a exercer a atividade de distribuio de GNL a granel so responsveis pelos procedimentos de segurana nas operaes de transvasamento, ficando obrigadas a orientar os consumidores quanto s normas de segurana que devam ser obedecidas, em especial aquelas relacionadas com o correto posicionamento, desligamento, travamento e aterramento do veculo transportador, bem como do acionamento das luzes de alerta, sinalizao de extintores, dentre outros procedimentos que se faam necessrios. Pargrafo nico. No caso de impedimento de rea livre para manobra, estacionamento e escape rpido do veculo dentro do imvel do consumidor, no ser permitida a operao em via pblica.

Da Construo e Ampliao de Centrais de Distribuio de GNL


Art. 7. A autorizao para construo e ampliao de Centrais de Distribuio de GNL ser solicitada em requerimento ANP, acompanhada da seguinte documentao: I - Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado na Junta Comercial, em se tratando de sociedades comerciais e, no caso de sociedades por aes, acompanhado de documentos de eleio de seus administradores ou diretores; II - Comprovao de inscrio nas Fazendas Federal e Estadual; III - Projeto bsico completo da instalao, apresentando o servio pretendido, a capacidade de armazenagem discriminada para cada etapa de implantao do projeto, alm de dados tcnicos bsicos pertinentes a cada tipo de instalao; IV- Cronograma fsico-financeiro de implantao do empreendimento; V - Licena de Instalao (LI) expedida pelo rgo ambiental competente; e VI - Licenas de Construo Expedidas pelos rgos municipais e estaduais. Art. 8. A ANP ter o prazo de 60 (sessenta) dias para se manifestar sobre o requerimento de que trata o artigo anterior, contados da data do seu protocolo. Pargrafo nico. A ANP poder solicitar documentos ou informaes adicionais, sendo que nessa hiptese o prazo de que trata o caput deste artigo ser contado a partir do protocolo dos documentos ou informaes solicitadas. Art. 9. O projeto para a construo de Centrais de Distribuio de GNL identificar na planta baixa o local de operao do veculo transportador numa rea externa s edificaes, dentro da rea delimitada da Central, de acordo com as exigncias da NFPA 59-A. Art. 10. A construo de Centrais de Distribuio de GNL obedecer, rigorosamente, s especificaes do projeto apresentado ANP, sendo que quaisquer modificaes no projeto devero ser previamente aprovadas pela ANP. Art. 11. As pessoas jurdicas autorizadas a construir ou ampliar as Centrais de Distribuio de GNL a granel ficam responsveis perante a ANP pela execuo dos servios de instalao e construo, ainda que tenham contratado empresa prestadora de servio especializado.

Da Operao de Centrais de Distribuio de GNL


Art. 12. A autorizao para operao de Centrais de Distribuio de GNL ser solicitada em requerimento ANP, acompanhada da seguinte documentao: I - Licena de Operao (LO) expedida pelo rgo ambiental competente; II - Atestado de Comissionamento da obra expedido por entidade tcnica especializada, societariamente independente da empresa solicitante, enfocando a segurana das instalaes e certificando que as mesmas foram construdas segundo as tcnicas adequadas; III - sumrio do Plano de Manuteno das instalaes e do Sistema de Garantia de Qualidade para a fase de operao. Art. 13. A ANP ter o prazo de 30 (trinta) dias para se manifestar sobre o requerimento de que trata o artigo anterior, contados da data do seu protocolo. Pargrafo nico. A ANP poder solicitar documentos ou informaes adicionais, sendo que nessa hiptese o prazo de que trata o caput deste artigo ser contado a partir do protocolo dos documentos ou informaes solicitadas. Art. 14. A pessoa jurdica autorizada a operar Central de Distribuio de GNL manter atualizados o Plano de Manuteno das instalaes e o Sistema de Garantia de Qualidade, visando a operao segura de suas instalaes, que podero ser fiscalizados a qualquer tempo pela ANP ou, por solicitao dessa atravs de entidade tcnica especializada, societariamente independente da pessoa jurdica autorizada. Pargrafo nico. A pessoa jurdica autorizada a operar Central de Distribuio de GNL manter os registros das manutenes peridicas realizadas nas instalaes. Art. 15. A pessoa jurdica autorizada a operar Central de Distribuio de GNL comunicar a ANP sobre a ocorrncia de qualquer evento decorrente do exerccio das suas atividades que possa acarretar riscos sade pblica, segurana de terceiros e ao meio ambiente, indicando as causas de sua origem, bem como as medidas tomadas para sanar ou reduzir o seu impacto, de acordo com os termos da legislao pertinente. Art. 16. As pessoas jurdicas que estejam construindo ou ampliando Centrais de Distribuio de GNL na data da publicao da presente Portaria, ficam obrigadas a adequar-se mesma, antes de solicitar a respectiva Autorizao de Operao. Art. 17. As autorizaes de que trata esta Portaria sero revogadas nos seguintes casos: I - liqidao ou falncia homologada ou decretada; II - a requerimento da pessoa jurdica autorizada; III - por descumprimento das obrigaes de que trata esta Portaria e de outras disposies legais aplicveis. Art. 18. As autorizaes concedidas nos termos desta Portaria no eximem a pessoa jurdica de obter as demais autorizaes e licenas de competncia de outros rgos federais, estaduais e municipais. Art. 19. O no cumprimento do disposto nesta portaria sujeitar o infrator s penalidades previstas na Lei n 9.847, de 26 de outubro de 1999, e legislaes complementares. Art. 20. Esta portaria entra em vigor na data de sua publicao.

DAVID ZYLBERSZTAJN

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