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Seminário Os Anormais

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Michel Foucault: Os Anormais

Curso no Collège de France (1974-1975)


Michel Foucault: Os Anormais

Problematizar:
• Práticas e relações de
poder.
•Discursos de saber.
•Modos de subjetivação.
No entanto, tal periodização não é suficientemente precisa:
o próprio Foucault afirmara, em ocasiões distintas, que ora
seu problema sempre fora a questão dos efeitos do poder e
produção de verdades, ora essas diferentes fases estariam
articuladas em torno do fio condutor do sujeito.
Michel Foucault: Os Anormais
Michel Foucault: Os Anormais

Uma genealogia da noção psiquiátrica de “anormal”


Os Anormais: o monstro humano
Exceção dos domínios jurídicos e biológicos!
Os Anormais: o monstro humano
Exceção dos domínios jurídicos e morais!

Psiquiatrização do monstro: Monstro torna-se


“anormal” e “perverso”.
Os Anormais: o indivíduo indisciplinado

“Nascimento técnico-institucional da cegueira, da surdo-mudez,


dos imbecis, dos retardados, dos nervosos, dos
desequilibrados.” (p. 287)
Os Anormais: o onanista e a criança
masturbadora
“Aula de 19 de março de 1975”.
Uma figura mista: o monstro, o masturbador e o
inassimilável ao sistema normativo de educação.

“rejeitado pela escola; ‘Estavam


satisfeitos com você (...) na escola? –
Não quiseram ficar comigo.’” (p. 257)
“Aula de 19 de março de 1975”.
A infância como condição histórica de generalização do
saber e do poder psiquiátricos.
“(...) serão submetidas de pleno direito à inspeção
psiquiátrica todas as condutas da criança, pelo menos na
medida em que são capazes de fixar, de bloquear, de
deter a conduta do adulto, e se reproduzir nela. E,
inversamente, serão psiquiatrizáveis todas as condutas
do adulto, na medida em que podem, de uma maneira
ou de outra, (...) ser rebatidas sobre e transportadas para
as condutas da criança.” (p. 267).
O dispositivo psiquiátrico passou a capturar práticas
sexuais pequenas, de uma sexualidade infantil
camponesa, que até alguns anos anteriores passariam
sem atenção como parte do contexto aldeão.
“Aula de 19 de março de 1975”.
A psiquiatrização da infantilidade e a constituição
de uma ciência das condutas normais e anormais

“Tornando-se ciência da infantilidade das condutas e


das estruturas [morais, mentais e de controle], a
psiquiatria pode se tornar ciência das condutas
normais e anormais. (...) a psiquiatria pôde se tornar
a espécie de instância de controle geral das
condutas.” (p. 269).
“Aula de 19 de março de 1975”.
A psiquiatrização da infantilidade e a constituição
de uma ciência das condutas normais e anormais

“A psiquiatria, nos anos 1850-1870 (época em que


me situo agora), abandonou ao mesmo tempo o
delírio, a alienação mental, a referência à verdade
[médica] e, enfim, a doença. O que ela assume agora
é o comportamento, são seus desvios, suas
anomalias; ela toma sua referência num
desenvolvimento normativo.” (p. 270).
“Aula de 19 de março de 1975”.
As grandes construções teóricas da psiquiatria da segunda
metade do século XIX.
Psiquiatria, operadora geral dos mecanismos de poder:
“Da pequena soberania da família à forma geral e solene da lei,
a psiquiatria aparece agora, deve aparecer e deve funcionar
como uma tecnologia do indivíduo que será indispensável ao
funcionamento dos principais mecanismos de poder. Ela vai ser
um dos operadores internos que vamos encontrar
indiferentemente ou comumente em dispositivos de poder tão
diferentes quanto a família e o sistema judiciário, na relação
pais-filhos ou ainda na relação Estado-indivíduo, na gestão dos
conflitos intrafamiliares assim como no controle ou na análise
das infrações às proibições da lei. Tecnologia geral dos
indivíduos que vamos encontrar afinal onde quer que haja
poder: família, escola, fábrica, tribunal, prisão, etc.” (pg. 242).
“Aula de 19 de março de 1975”.
Psiquiatria e racismo; psiquiatria e defesa social.

Bénédict Morel, 1809-1873


Traité des Dégénérescences
1857

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