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Rede de Atenção Psicossocial

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Ana Maria Melo de Pinho

Qual o papel do psicólogo no SUS? P


 Diagnóstico- Demanda
 Prevalência mundial e nacional de transtornos mentais na
atenção primária: 1/3 ou até 50% da demanda sinaliza
sofrimento difuso com sintomas psiquiátricos;
 Abuso de medicalização do sofrimento mental;
 Centralidade em ação medicamentosa / médico centrada/
solução medicamentosa;
 Centralização nas instituições especializadas e hospitais;
 Despreparo para lidar com a dimensão subjetiva nas
práticas de atenção à saúde;
 Desfio de colocar em pratica os princípios e diretrizes do
SUS (direitos, concepção de saúde, etc.)
 Atuação unicamente no sintoma (relação queixa-conduta);
Problematização
 Falta de responsabilização e tratamento adequado;
 Encaminhamentos para atenção especializada sem
demanda específica;
 Falta de alternativas terapêuticas e de promoção da saúde
(clinica tradicional (saberes de dinâmica de grupos, grupos
sócios educativos, técnicas, etc.);
 Falta de integração da rede: atuação isolada, sem parceria
com outros serviços (fragmentação do processo de trabalho
e das relações profissionais, fragmentação da rede
assistencial, precária interação das equipes);
 Desconhecimento do território;
 Negligencia de outros aspectos psicossociais da vida do
indivíduo
Princípios do SUS
 Universalidade, Integralidade e Equidade da atenção à
saúde;
 Atenção básica como estruturante do SUS;
 Concepção de saúde: não restrita a ausência de
doença, mas referente a qualidade de vida;
 Compromisso com a integralidade do indivíduo;
 Compromisso com a promoção, prevenção, cuidado,
tratamento e PRODUÇÃO DE SAÚDE.
Psicólogia no SUS: princípios e diretrizes da Reforma
Psiquiátrica

 Novo modelo de assistência à saúde mental;


 Cidadania, inserção social;
 Superação do hospital psiquiátrico;
 Criação de uma rede de serviços assistenciais
substitutivos ao hospital psiquiátrico;
 Parceria entre serviços de saúde mental e atenção básica;
 Envolvimento da sociedade civil: técnicos, familiares e
usuários (participação social);
Princípios do SUS e psicologia
Em Reflexões epistemológicas sobre o SUS e atuação do
psicólogo, Böing e Crepaldi (2014), sublinham a importância da
necessidade de equipes interdisciplinares, devido ao próprio
princípio de integralidade do SUS;
Modelo de atuação interdisciplinar como foco da psicologia;

“Dentre essas novas áreas, o campo da assistência pública à


saúde foi para onde convergiu uma considerável parcela dos
profissionais, principalmente a partir do final da década de
[19]70, momento em que se nota um maior contingente de
psicólogos nas instituições públicas no Brasil. Antes disso, havia
apenas experiências isoladas de alguns psicólogos que foram
solicitados a desenvolver atividades no campo da saúde.”
(DIMENSTEIN, 2008).
Princípios do SUS e psicologia
A partir do momento que a psicologia aborda todos os aspectos
do sujeito, que o vê como um ser integral, passamos e discutir
os aspectos psíquicos tanto na importância desta no
surgimento da doença, quanto as consequências destas no
comportamento humano: bem-estar biopsicossocial;
Os hospitais, os ambulatórios, postos e centros de saúde foram
configurando-se como lugares privilegiados para a construção
de novas práticas pelo psicólogo e como oportunidade de
resgate de um certo prestígio social que vinha sendo perdido
gradativamente com o passar dos anos”. (DIMENSTEIN, 2008).
Organização e políticas públicas

Níveis de atenção à saúde

Atenção Primária: usa o processo de prevenção da doença. Assim o psicólogo estará


inserido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas policlínicas, atuando em grupo ou
individual, de acordo com a demanda. Percebendo a demanda, busca formas de atenção ao
usuário; este é assistido ao apresentar uma queixa; sendo trabalhado, evitará o processo de
adoecimento psíquico ou ajudará a minimizar os conflitos, atuando de acordo com a
necessidade.

Atenção Secundária: baseia-se na apresentação de queixa já existente, cabendo ao


profissional, caso seja necessário, encaminhar para outros profissionais e atender o usuário
facilitando um melhor encontro consigo mesmo.

Atenção Terciária: a doença já existe, seja física ou mental. Existe ainda alguma perda a
nível social ou ainda precisa dos recursos do poder público. O psicólogo deve buscar
acompanhar o momento de perda e se caso seja necessários atuar, ou encaminhar para um
profissional que possa intervir a nível de cuidados paliativos.

AULA 9: A psicologia nas políticas públicas de saúde


Organização e políticas públicas

Níveis de atenção à saúde

AULA 9: A psicologia nas políticas públicas de saúde


Organização e políticas públicas

Níveis de atenção à saúde

AULA 9: A psicologia nas políticas públicas de saúde


ACOLHIMENTO
Dispositivo de mudança no processo de
trabalho da gestão e atenção á saúde.
 Acesso - resolutividade - qualidade.
 Universalidade no acesso aos serviços de
saúde.
 Escuta qualificada.
 Responsabilização equipe/usuário
ACOLHIMENTO
Processo constitutivo das práticas de produção e promoção de
saúde que implica responsabilização do trabalhador/equipe
pelo usuário, desde a sua chegada até a sua saída.

Ouvindo sua queixa, considerando suas preocupações e angústias,


fazendo uso de uma escuta qualificada que possibilite analisar a
demanda e, colocando os limites necessários, garantir atenção
integral, resolutiva e responsável por meio do
acionamento/articulação das redes internas dos serviços e redes
externas, com outros serviços de saúde, para continuidade da
assistência quando necessário.

Responsabilização equipe/usuário
Atendimento Integral, resolutivo e responsável
Intraorganização e Extraorganização – Hierarquização e
Regionalização
Clínica ampliada
 Lidar com os sujeitos para além do sintoma;
 Integralidade e complexidade do sujeito: dimensão
subjetiva, social, cultural e econômica;
 Multicausalidade dos problemas de saúde;
 Visão interdisciplinar do indivíduo;
 Proposta de tratamento mais ampla: integralidade do
sujeito e interdisciplinaridade das ações
 Co-responsabilidade do processo saúde-doença:
profissionais e população (adesão ao tratamento)
Saúde Coletiva
• O diagnóstico objetivo realiza-se com base em
dados epidemiológicos, morbidade e
mortalidade basicamente; a ampliação
dependerá da combinação desta análise de
risco com a história de produção do problema
coletivo de saúde pela captação da fala e pela
observação dos usos e costumes dos usuários.
Meios de Intervenção

 Terapêuticas tradicionais— fármacos e clínica —


co-construir intervenções sobre situações de risco
ou de vulnerabilidade do sujeito, do contexto ou da
coletividade;
 Co-construir com a comunidade envolvida projetos
de intervenção sobre saúde/doença.
Projeto Terapêutico
 Ampliar o olhar sobre o usuário e processo de saúde
adoecimento (integralidade da demanda);
 Consideração da história de vida e processos
significativos;
 Inclusão social e melhoria na qualidade de vida;
 Consideração de alternativas terapêuticas não
medicamentosas (espaços comunitários);
Articulação em Rede
 Formação de equipes interdisciplinares;
 Modelos colaborativos de interconsulta;
 Interação direta: profissionais da saúde mental e CSF;
 Restruturação dos serviços;
 Visitas mensais ou quinzenais aos CSF;
 Discursão de casos;
 Vistas domiciliares;
 Postura pedagógica nas atividades conjuntas;
 Atendimentos, reflexões e decisões terapêuticas
compartilhadas.
INTERSETORIALIDADE
 Integração dos serviços de saúde e outros órgãos
públicos com a finalidade de articular políticas e programas
de interesse para a saúde;

 Se os determinantes do processo saúde/doença, nos


planos individual e coletivo, encontram-se localizados na
maneira como as condições de vida são produzidas, isto
é, na alimentação, na escolaridade, na habitação, no
trabalho, na capacidade de consumo e no acesso a
direitos garantidos pelo poder público;

 Então é impossível conceber o planejamento e a gestão da


saúde sem a integração das políticas sociais (educação,
transporte, ação social), num primeiro momento, e das
políticas econômicas (trabalho, emprego e renda)
Matriciamento
 Arranjo institucional para promover uma interlocução
entre serviços especializados com atenção básica;
 Constitui a principal estratégia para guiar as ações de saúde
mental na atenção básica, integrando a rede;
 Forma de operacionalizar um suporte técnico
especializado em conhecimentos e ações historicamente
inerentes ao campo “psi”;
 Forma de reorganizar os serviços e os processos de
trabalho;
 Espaço de trocas de saberes, invenções e experimentações
que podem auxiliar a equipe dos CSF a ampliar a sua clínica
(escuta, acolhimento da “dor psíquica”, subjetividade dos
usuários;
O que se espera das equipes de
PSF?
 Acompanhamento de pacientes graves nos cuidados da
unidade (clínico, atenção à mulher, doenças orgânicas,
etc.);
 Identificação de pacientes: encaminhar para ser
acompanhados em caso de crise (primeiros medidas,
interlocução com serviço responsáveis, etc.);
 Conhecimento da rede: encaminhamento adequado e
responsável;
 Acompanhamento de portadores de sofrimento
mental grave já estabilizados;
Pacientes “psiquiatrizados”
 PSF assumir responsabilidade e tratamento adequado;
 Vinculação, escuta e responsabilização de cuidados;
 Redução de uso de psicofármacos;
 Construção de atividades de promoção e prevenção de
saúde mental: cultura, educação e lazer, promoção à
saúde mental;
 Responsabilidade compartilhada: referência e contra
referência;
 Atenção integral , resolutiva e humanizada
 Consolidar redes de co-responsabilização Intersetorial
O que é preciso para o PSF efetivar
essa parceria?
 Ter apoio constante das equipes de Saúde mental;
(discussões de casos, orientação, interconsultas);
 Acesso aos conhecimentos básicos de saúde mental:
compreensão do sofrimento mental e dos transtornos;
 Responsabilização pelo sofrimento mental:
generalistas assumirem a parte que lhes cabe na
abordagem destes pacientes;
 Responsabilização dos gestores;

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